Estatuto e Organica Da PJ - 2 Por Página
Estatuto e Organica Da PJ - 2 Por Página
Estatuto e Organica Da PJ - 2 Por Página
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
695 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
Artigo 2º a) Homicídio doloso bem como ofensas à integrida-
Actuação processual e autonomia de física dolosas de que venha a resultar morte
1. A Polícia Judiciária actua no processo penal na fase do ofendido, quando o agente do respectivo
da instrução ou equivalente, praticando os actos que a lei facto delituoso não seja conhecido;
permite directamente ou por delegação, sob a direcção b) Contra autodeterminação sexual, puníveis com
e na dependência funcional do Ministério Público, sem pena cujo limite máximo seja superior a três
prejuízo da sua organização hierárquica. anos de prisão;
2. Na fase da audiência contraditória preliminar ou c) Incêndio, explosão, exposição de pessoas a
equivalente, o Juiz pode requisitar à Polícia Judiciária a substâncias radioactivas e libertação de gases
realização de diligências de investigação criminal. tóxicos ou asfixiantes, desde que, em qualquer
3. Sem prejuízo do referido nos números anteriores caso, o facto seja imputável a título de dolo;
e no número 1 do artigo 1º, a Polícia Judiciária goza de d) Poluição com perigo efectivo para a vida e perigo
autonomia no domínio do planeamento operacional e grave para a integridade física de outrem;
execução técnica das acções de investigação.
Artigo 3º e) Injúria, ameaça, coacção, devassa da vida pri-
vada, quando cometidos através de telefone ou
Competências em matéria de investigação criminal
outra formas análogas;
1. Compete genericamente à Polícia Judiciária:
f) Furto ou roubo, cometidos em edifícios ou ser-
a) Coadjuvar as autoridades judiciárias na inves- viços púbicos, instituições de crédito, institui-
tigação; ções parabancárias e instituições financeiras
b) Desenvolver e promover as acções de prevenção internacionais;
e investigação da sua competência ou que lhe
g) Furto, roubo e uso não autorizado de veículo,
sejam cometidas pelas autoridades judiciárias
quando cometidos por desconhecidos;
competentes.
h) Furto, roubo, dano, contrafacção ou receptação
2. Compete especificamente à Polícia Judiciária:
de coisa móvel que tenha valor científico,
a) A investigação dos crimes cuja competência artístico ou histórico ou para o património
reservada lhe é conferida pela presente lei e cultural que se encontre em colecções públicas
dos crimes cuja investigação lhe seja cometida ou privadas ou em local acessível ao público,
pela autoridade judiciária competente para a que possua elevada significação no desen-
direcção do processo; volvimento tecnológico ou económico ou que,
b) Assegurar a ligação dos órgãos e autoridades de pela sua natureza, seja substância altamente
polícia criminal e de outros serviços públicos perigosa;
nacionais com as organizações internacionais i) Burla e outras fraudes quando cometidas de
de cooperação de polícia criminal, designada- forma organizada ou com recurso à tecnologia
mente a INTERPOL; informática;
c) Assegurar os recursos nos domínios da cen-
j) Cometidos por meio de informática e infracções
tralização, tratamento, análise e difusão, a
económico-financeiras cometidas de forma
nível nacional, da informação relativa à cri-
organizada ou com recurso à tecnologia infor-
minalidade participada e conhecida, da perícia
mática;
técnico-científica e adequada às atribuições de
prevenção e investigação criminais, necessá- k) Infidelidade, adulteração de contas e inventá-
rios à sua actividade e que apoiem a acção dos rio, publicitação de falsidade sobre situação e
demais órgãos de polícia criminal; sociedade pacto contra interesses societários;
d) Centralizar as informações em matéria de pre- l) Falsificação de documentos nos termos dos ar-
venção criminal e combate à criminalidade tigos 232º a 234º do Código Penal;
organizada e dos crimes sobre estupefacientes
e substâncias psicotrópicas; m) Falsificação de moeda, títulos de crédito, valo-
res selados, títulos públicos, de selos, cunhos,
e) Assegurar o recebimento e tratamento das co- pesos e medidas, outros valores equiparados
municações relativas a lavagem de capitais e e de respectiva pesagem;
a financiamento do terrorismo, nos termos das
convenções internacionais a que Cabo-Verde n) Contra a comunidade internacional: atentado
está vinculado. contra entidades estrangeiras, ultraje de
símbolos estrangeiros, incitamento à guerra
3. Sem prejuízo do disposto nos artigos 4º e 11º da Lei
e ao genocídio, recrutamento de mercenários
nº 30/VII/2008, de 21 de Julho, que regula a investigação
e organização para discriminação;
criminal, é da competência reservada da Polícia Judi-
ciária, em todo o território nacional, a investigação e a o) Desvio ou tomada de navio ou aeronave, aten-
prática dos respectivos actos processuais dos seguintes tado contra a segurança dos transportes,
crimes: comunicações e outros serviços essenciais;
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 696
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
697 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
automóveis, com indicação, conforme os casos, da iden- 5. As entidades públicas ou empresas que exerçam
tidade do comprador, do preço da venda e dos elementos funções de vigilância, segurança ou protecção de pessoas,
identificadores do veículo a que respeitam. bens ou serviços públicos ou privados têm o dever especial
de auxiliar ou colaborar, em qualquer momento, com a
6. Os proprietários, administradores, gerentes,
Polícia Judiciária, podendo esta exigir-lhes, sempre que
directores ou quaisquer outros responsáveis de em-
entender necessário, o fornecimento das relações com as
presas locadoras de qualquer natureza, constituem-se
identidades do seu pessoal.
na obrigação de entregar no departamento da Polícia
Judiciária com jurisdição na área em que se situam, 6. O Ministério Público, a Polícia Judiciária e as entida-
relações completas, conforme modelo exclusivo cuja des referidas no nº 1 promovem reuniões periódicas com
cópia lhes é facultada em suporte digital, dos contratos vista à coordenação das suas actividades e à resolução de
efectuados que lhes forem contratados pelos respecti- eventuais dificuldades na delimitação prática das suas
vos clientes, com menção dos veículos e identificação competências ou quaisquer outras relacionadas com o
completa dos locatários. exercício destas.
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 698
Artigo 7º b) Existirem indícios fortes de que a pessoa a deter
Autoridades de polícia criminal se prepara para fugir à acção da justiça;
1. São autoridades da polícia criminal, para efeitos c) Não for possível, dada a situação de urgência e
previstos no Código de Processo Penal e na Lei da organi- de perigo na demora, esperar pela intervenção
zação de investigação criminal, os seguintes funcionários da autoridade judiciária.
da Polícia Judiciária.
3. Detenção em flagrante delito, quando no decurso de
a) O director nacional; revistas e buscas sejam apreendidos ao suspeito objectos
que tiverem servido ou estivessem destinados a servir
b) O director nacional adjunto;
a prática de um crime ou constituam seu produto, seja
c) Os directores de departamento; punível com pena de prisão, ainda que com pena alter-
nativa de multa.
d) Os coordenadores superiores de investigação
criminal; 4. A realização de quaisquer dos actos previstos no
números anteriores obedece, subsidiariamente, à trami-
e) Os Coordenadores de Investigação criminal;
tação do Código de Processo Penal, tem de ser de imediato
f) Os Inspectores Chefes quando dirigem departa- comunicada à autoridade judiciária titular da direcção
mentos de investigação criminal. da instrução para os devidos efeitos e sob as cominações
Artigo 8º
da lei processual penal e, no caso dos números 2 e 3, o
detido tem de ser apresentado no prazo legalmente pre-
Competências processuais visto à autoridade judiciária competente, sem prejuízo
1. As autoridades da polícia criminal referidas no de esta, se assim o entender, determinar a apresentação
artigo anterior têm ainda especial competência para, no imediata.
âmbito da delegação de competências para investigação Artigo 9º
criminal e das atribuições definidas na Lei da organização
Especificidades e exigências das funções
de investigação criminal, ordenar:
a) A realização de perícias a efectuar por organis- 1. As funções da Polícia Judiciária são de carácter
mos oficiais, salvo os casos de diligências e ac- permanente e obrigatório, sendo a permanência nos ser-
tos reservados legalmente ao juiz e de assistir viços assegurada, fora do horário normal, por um serviço
a exames susceptíveis de ofender o pudor das de piquete, que funciona de acordo com o regulamento
pessoas; aprovado por portaria conjunta dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas da Justiça e das Finanças.
b) A realização de revistas, quando houver fortes
indícios de que alguém que se encontra em 2. Todo o pessoal da Polícia Judiciária tem o dever de
lugar aberto ao público ou sujeito à vigilância comunicar superiormente qualquer facto do seu conhe-
policial, oculta na sua pessoa quaisquer ob- cimento que possa estar relacionado com a preparação
jectos relacionados com um crime ou possam ou execução de algum crime, quer se encontrem ou não
servir de prova; a decorrer investigações.
c) A realização de buscas, com excepção das do- 3. O pessoal de investigação criminal que tenha co-
miciliárias, bem como as realizadas em escri- nhecimento da preparação ou consumação de algum
tórios ou domicílio de advogado, consultório crime deve, em qualquer circunstância, mesmo que se
médico ou escritório, gabinete ou consultório encontre fora da sua área de actividade normal, tomar as
de outros profissionais vinculados legal ou providências para evitar a sua prática ou para descobrir
estatutariamente a segredo, estabelecimentos e prender, com respeito pela lei, os seus agentes.
de comunicação social e estabelecimentos uni- Artigo 10º
versitários, quando houver fortes indícios de
que os objectos referidos na alínea anterior ou Segredo de justiça e profissional
o arguido ou outra pessoa que deva ser detida 1. Todos os actos praticados no domínio de investigação
se encontram em lugar aberto ao público ou criminal e de coadjuvação das autoridades judiciárias
sujeito à vigilância policial; estão sujeitos ao segredo de justiça nos termos da lei.
d) Apreensões, excepto de correspondências ou as
2. As acções de prevenção, os processos contra-orde-
que tenham lugar em escritório de advogado,
nacionais, disciplinares, de inquérito, de sindicância, de
em consultório médico, estabelecimentos de
averiguações e ainda quaisquer factos com elas relacio-
comunicação social e estabelecimentos univer-
nados estão sujeitos ao segredo profissional.
sitários;
3. O pessoal da Polícia Judiciária não pode fazer reve-
2. Há detenção fora do flagrante delito, quando se
lações públicas relativas a processos ou sobre matéria de
verifiquem os seguintes requisitos:
índole reservada, salvo o que se encontra previsto neste
a) Se tratar de crime doloso punível com pena de diploma sobre informação pública e acções de natureza
prisão cujo limite máximo seja superior a três preventiva junto da população e ainda o disposto nas leis
anos; de processo penal.
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
699 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 700
2. Os serviços referidos no número anterior ficam di- e) Fixar o modo de dependência e articulação entre
rectamente dependentes do director nacional, que fixa o subdirecção central, departamentos e depar-
modo de dependência e de articulação entre os serviços tamentos de investigação criminal;
centrais e os Departamentos de Investigação Criminal.
f) Decidir sobre a colocação e informar sobre a
Secção I requisição e o destacamento do pessoal para
Direcção nacional outros organismos;
Artigo 17º g) Emitir directivas, ordens de serviço e instruções
Natureza e estrutura
que julgar convenientes;
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
701 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
Artigo 20º a) Representar a unidade orgânica que dirige;
Substituição
b) Coadjuvar directamente o director nacional ou
Nas suas ausências e impedimentos o director nacional o director nacional adjunto, nas respectivas
é substituído pelo director nacional adjunto. áreas de competência;
Subsecção II c) Dirigir, orientar e coordenar a unidade orgânica
Director nacional adjunto nos domínios da respectiva competência;
Artigo 21º d) Emitir ordens e instruções tendentes à exe-
Competências do director nacional adjunto cução das directivas, despachos e instruções
permanentes de serviço cuja aplicação deva
1. Compete ao director nacional adjunto coadjuvar di- assegurar;
rectamente o director nacional, exercer as competências
que lhe forem delegadas e dirigir a Direcção Central de e) Distribuir o pessoal pelos serviços que dirige;
Investigação Criminal. f) Exercer o poder disciplinar;
2. Na chefia da Direcção Central de Investigação Crimi- g) Emitir informações e pareceres que lhe forem
nal, compete, em especial, ao director nacional adjunto: solicitados pelo director nacional ou pelo di-
a) A representação do departamento que dirige; rector nacional adjunto;
b) Orientar e coordenar, a nível nacional, as acções h) Apresentar superiormente, até 31 de Janeiro, o
de prevenção, de investigação e coadjuvação relatório anual de actividades;
das autoridades judiciárias relativamente a i) Exercer as competências que lhe forem delega-
crimes da sua competência e das unidades
das ou subdelegadas.
orgânicas e funcionais que dela dependem;
2. O director de departamento pode assumir directa-
c) A emissão de directivas, ordens de serviço e
mente a direcção e chefia de qualquer dos serviços que
instruções que julgar convenientes;
integram a respectiva unidade orgânica.
d) A distribuição do pessoal pelos serviços, exercen- Artigo 24º
do sobre eles os demais poderes que lhe forem
Substituição
delegados;
O director de departamento é substituído, nas suas
e) O exercício do poder disciplinar, nos termos do
ausências e impedimentos, por funcionário qualificado
disposto na lei.
que o director nacional designar.
f) A elaboração e apresentação de propostas ao Subsecção IV
director nacional de medidas tendentes à me-
lhoria do funcionamento dos serviços; Direcção central de investigação criminal
Artigo 25º
g) O fornecimento de informações e emissão de pa-
receres que lhe forem solicitados pelo director Estrutura e Composição
nacional; A Direcção Central de Investigação Criminal é cons-
h) A apresentação do plano de actividades para o tituída por secções e brigadas centrais de investigação
ano seguinte, até à elaboração da proposta de criminal e por um núcleo de expedientes e arquivo.
orçamento; Artigo 26º
i) A apresentação trimestral, ao director nacional, Composição das brigadas centrais de investigação criminal
dos dados estatísticos respectivos e, até 31 de
As brigadas centrais de investigação criminal são in-
Janeiro, do relatório anual das actividades;
tegradas por Inspectores.
j) Exercer as demais competências que lhe forem Artigo 27º
delegadas e subdelegas pelo director nacional.
Competências da direcção central de investigação criminal
Artigo 22º
1. Compete à direcção central de investigação criminal
Substituição
orientar e coordenar, a nível nacional as actividades de
O director nacional adjunto é substituído, nas suas prevenção, de investigação criminal e de coadjuvação
ausências, impedimentos e em caso de vacatura de lugar, das autoridades judiciárias, relativamente a seguintes
por um Coordenador Superior de Investigação Criminal crimes:
ou por um Coordenador de Investigação Criminal que for
a) Os referidos no n.º 2 do artigo 3º do presente
designado pelo director nacional.
diploma;
Subsecção III
b) Qualquer outros, cuja investigação seja atribuí-
Directores de departamento
da à Polícia Judiciária, e que, pela sua nature-
Artigo 23° za, o director nacional entenda atribuir-lhe;
Competências do director de departamento
2. Compete ainda à direcção central de investigação cri-
1. Compete ao director de departamento: minal, apoiar o Gabinete da cooperação internacional.
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 702
Artigo 28º h) Dar cumprimento às directrizes e recomenda-
Competências das secções centrais de investigação criminal ções de serviço emanadas pelo Secretariado-
Geral da Organização Internacional de Polícia
As competências das secções centrais de investigação
Criminal;
criminal são definidas pelo director nacional, sob proposta
do respectivo director nacional adjunto. i) Propor superiormente a adopção de medidas
Artigo 29° susceptíveis de contribuir para a prevenção
e repressão da criminalidade, especialmente,
Chefia
internacional, promovendo a aplicação das
1. As secções centrais de investigação criminal são recomendações e resoluções aprovadas pela
chefiadas por coordenadores de Investigação Criminal. Organização Internacional de Polícia Crimi-
2. As brigadas centrais de investigação criminal são nal;
chefiadas por Inspectores Chefes. j) Estabelecer estreita colaboração com as autori-
Subsecção V dades policiais e outras entidades, designada-
Gabinete da cooperação internacional mente as de fronteiras, aduaneiras, portuárias,
aeroportuárias e a Guarda Costeira Nacional,
Artigo 30º
procedendo ao intercâmbio de informações re-
Estrutura lativas a criminosos internacionais e à difusão
O Gabinete da Cooperação Internacional: de documentação de interesse policial;
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
703 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
Artigo 33º g) Executar outras incumbências que lhe sejam
Competências do serviço de tradução e cifra cometidas pelo director nacional.
Artigo 37º
Compete ao Serviço de Tradução e Cifra:
Estrutura
a) Traduzir, codificar, descodificar e retroverter as
radiogramas e demais mensagens que para o 1. O Departamento de Informação Criminal, Polícia
efeito lhe forem entregues; Técnica e Apoio Tecnológico compreende os seguintes
sectores:
h) Desempenhar as demais tarefas da sua especiali-
dade que lhe forem determinadas pelo director a) Informação Criminal;
nacional. b) Polícia Técnica;
Artigo 34º
c) Prevenção Criminal;
Direcção
d) Telecomunicações, Informática e Apoio Tecno-
O Gabinete da Cooperação Internacional é dirigido lógico;
pelo director nacional ou por um coordenador superior
ou por um coordenador de investigação criminal que ele 2. Os serviços referidos no número anterior podem
designar. ser organizados por núcleos.
Artigo 35º Artigo 38º
Competência do sector de informação criminal
Condenação de estrangeiros
2. O serviço central responsável pelo controlo de estran- a) A catalogação dos crimes, cujos agentes não
geiros comunica ao Gabinete da Cooperação Internacio- foram descobertos, organizada por «modus ope-
nal as expulsões de estrangeiros que forem determinadas, randi», local e quaisquer outras circunstâncias
antes da sua efectivação. ou referências úteis;
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 704
k) A recolha dos elementos necessários à completa c) Fiscalizar e vigiar salas de jogos, bares, hotéis,
identificação de detidos, arguidos e suspeitos; pensões e outros locais ou estabelecimentos
l) A organização de ficheiros de objectos relacio- onde se suspeite de cometimento de acções
nados com a prática de actos ilícitos; ilícitas ou ainda da presença de indivíduos
suspeitos de se dedicarem a actividades deli-
m) A recolha de quaisquer outros elementos e tuosas;
informações úteis à investigação criminal,
incluindo o registo de características físicas, d) Confirmar notícias ou denúncias anónimas,
sinais particulares e outros; canalizando-as para os órgãos competentes;
n) A organização de índices remissivos. e) Proceder a acções de controlo, em articulação
com outras entidades policiais, através de
2. Para efeitos do disposto no número anterior, os servi-
acções de identificação de pessoas, em locais
ços do Ministério Público e da Polícia Nacional remetem
suspeitos de serem frequentados por delin-
obrigatoriamente á Polícia Judiciária cópia ou duplicado
quentes;
das participações dos crimes não investigados por esta.
Artigo 39º f) Colaborar em acções de investigação dando apoio
Competência do Sector de Polícia Técnica
a outros departamentos em buscas, vigilâncias
ou detenções;
O Sector de Polícia Técnica desenvolve as competências
referidas nas alíneas d) e e) do artigo 36º, cabendo-lhe g) Localizar pessoas desaparecidas, em especial
nomeadamente: menores e adultos que sofram de doenças do
foro psiquiátrico e neurológico, e ainda outras
a) Realizar inspecções aos locais dos crimes; pessoas cujos desaparecimentos possam, de
b) Elaborar relatórios e informações técnicas na alguma forma, ser considerados estranhos ou
sequência das inspecções realizadas; se suspeite terem sido vítimas de crime;
c) Prestar colaboração técnica adequada a outras h) Recolher e tratar elementos referentes à iden-
entidades, nomeadamente às autoridades ju- tificação de cadáveres;
diciárias;
i) Cumprir mandados de condução de menores
d) Proceder à recolha, transporte, preservação, tra- em situação de risco, emitidos pelas entidades
tamento, registo e identificação de vestígios; competentes;
e) Proceder à identificação de detidos ou arguidos; j) Fiscalizar os estabelecimentos que procedam às
f) Proceder à identificação de cadáveres; transacções previstas nas alíneas a) a e) do nº1
do artigo 4º.
g) Proceder às diligências necessárias para o es-
clarecimento de falsas identidades; Artigo 41º
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
705 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 706
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
707 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 708
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
709 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
3. O Conselho só pode deliberar quando estiverem a quaisquer diligências, sem prejuízo, em qualquer dos
presentes, pelo menos, dois terços do número total dos casos, da sua superior orientação e coordenação, obser-
seus membros. vando-se a disciplina fixada pelo director nacional.
4. As deliberações são tomadas por pluralidade de votos 3. Quando se tornar estritamente necessário, os de-
dos membros presentes, cabendo ao presidente voto de partamentos de investigação criminal podem exercer as
qualidade. competências do Serviço de Telecomunicações, Informá-
tica e Apoio Tecnológico.
5. Atenta a matéria em apreciação, o presidente pode
convocar para participar nas reuniões, sem direito a voto, 4. A área territorial e de acção dos departamentos de
os funcionários que julgar conveniente, podendo ainda investigação criminal é definida por portaria do ministro
convidar outras entidades se tal se revelar de especial da justiça, sob proposta do director nacional.
interesse para o desempenho das atribuições da Polícia Artigo 64º
Judiciária.
Direcção
6. Os elementos eleitos para o conselho têm livre acesso
Os departamentos de investigação criminal são dirigi-
aos vários serviços da área que representem, com vista ao
dos por Coordenadores Superiores ou por Coordenadores
acolhimento de sugestões que visem o bom funcionamento
de Investigação Criminal, nomeados por despacho do
desses departamentos ou serviços.
ministro da Justiça, sob proposta do director nacional.
7. O Conselho é apoiado administrativamente pelo Artigo 65º
Departamento de Recursos Humanos, Financeiro e
Competência dos dirigentes dos departamentos
Patrimonial. de investigação criminal
Secção II
1. O coordenador superior ou o coordenador de investi-
Departamentos de investigação criminal gação criminal que chefiam os departamentos de inves-
Artigo 62º tigação criminal têm competência conferida ao director
Estruturação nacional adjunto, com as devidas adaptações.
1. Os departamentos de investigação criminal estrutu- 2. O director nacional pode delegar e subdelegar nestas
ram-se à semelhança da Direcção Central de Investigação chefias a competência para despachar assuntos relativos
Criminal, com as devidas adaptações, e podem ser cons- aos recursos humanos e administração geral dos respec-
tituídas por secções e brigadas de investigação. tivos serviços.
Artigo 66º
2. Os departamentos de investigação criminal podem,
ainda, ser integradas por um arquivo de informação Coordenador superior de investigação criminal
criminal e por uma unidade administrativa, cujas compe- 1. Compete, em geral, ao Coordenador Superior:
tências, à escala local ou regional e com as devidas adap-
tações, são idênticas às dos sectores do Departamento de a) Representar a unidade orgânica que dirige;
Informação Criminal e de Polícia Técnica. b) Coadjuvar directamente o director nacional e o
3. Nos departamentos de investigação criminal poderá director nacional adjunto;
o membro do governo responsável pela área da justiça, c) Dirigir departamentos de investigação criminal
sob a proposta do director nacional, e ouvido o Procura- ou outras unidades orgânicas equivalentes;
dor-Geral da República, criar por portaria, um núcleo de
Laboratório de Polícia Científica, habilitado a realizar, 2. Compete, em especial e designadamente, ao Coor-
nomeadamente, perícias lofoscópicas e operações de fo- denador Superior:
tografia criminalística. a) Orientar e coordenar superiormente os respec-
4. A estrutura organizativa e a dotação de pessoal dos tivos serviços;
departamentos de investigação criminal são aprovadas b) Emitir ordens e instruções de serviço tendentes à
por despacho do director nacional. execução das directivas, despachos e instruções
Artigo 63º cuja aplicação deva assegurar;
Competências c) Distribuir os funcionários pelas unidades orgâ-
1. Compete aos departamentos de investigação crimi- nicas que dirija;
nal a prevenção, investigação criminal e coadjuvação das d) Emitir as informações e pareceres que lhe forem
autoridades judiciárias, relativos aos crimes da compe- solicitados;
tência da Polícia Judiciária cometidos na respectiva área
e) Exercer o poder disciplinar, nos termos do dis-
territorial de intervenção e que não sejam atribuídos à
posto na lei;
Direcção Central de Investigação Criminal.
f) Apresentar superiormente, até à elaboração da
2. Sempre que as circunstâncias o aconselhem ou
proposta do orçamento, o plano de activida-
justifiquem, pode a Direcção Central de Investigação
des;
Criminal delegar, pontualmente, nos departamentos de
investigação criminal a realização de investigações que g) Apresentar superiormente, até 31 de Janeiro, o
sejam da sua competência ou solicitar-lhes que procedem relatório anual;
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 710
h) Prestar assessoria técnica de investigação crimi- o) Analisar, até 31 de Dezembro, todos os processos
nal de elevado grau de qualificação e responsa- pendentes e ordenar o que julgar adequado
bilidade, designadamente na área de análise para a sua regularização.
de tendências da criminalidade, elaborando
2. Nas suas faltas e impedimentos, o coordenador de
estudos, relatórios e pareceres, representando
investigação criminal é substituído por um dos elementos
comissões e grupos de trabalho que exijam
do pessoal de investigação criminal que o director nacio-
conhecimentos altamente especializados ou
nal designar, de entre os de mais elevada qualificação
uma visão global da organização; profissional.
i) Colaborar em acções de formação; Artigo 68º
j) Colaborar nas inspecções e auditorias aos ser- Competências dos inspectores chefes na chefia de brigadas
viços; Compete aos Inspectores Chefes na chefia de brigadas:
k) Colaborar no exercício do poder disciplinar, ins- a) Coadjuvar directamente os coordenadores supe-
truindo processos de inquérito, disciplinares riores de investigação criminal ou os coorde-
e de averiguações decorrentes do exercício do nadores de investigação criminal;
poder disciplinar.
b) Chefiar brigadas ou unidades orgânicas equiva-
Artigo 67º
lentes;
Competência dos coordenadores de investigação
criminal na chefia de secções c) Elaborar o planeamento operacional e assegurar
o respectivo controlo da execução, sem prejuízo
1. Compete aos coordenadores de investigação criminal do disposto na alínea c) do número 1 do artigo
na chefia de secções: anterior;
a) Representar a secção que chefia; d) Chefiar pessoalmente as diligências de inves-
b) Coadjuvar directamente o director e director tigação criminal, planeando, distribuindo e
nacional adjunto; controlando as tarefas executadas pelos ins-
pectores;
c) Elaborar o planeamento da investigação crimi-
e) Controlar e garantir o cumprimento de prazos
nal e assegurar o respectivo controlo operacio-
processuais e das operações, acções, diligências
nal;
e actos de investigação criminal, elaborando o
d) Emitir ordens e instruções de serviço tendentes à respectivo relatório ou o sumário especificado
execução das directivas, despachos e instruções de concordância com o relatório detalhado
cuja aplicação deva assegurar; elaborado pelo inspector;
e) Distribuir o pessoal pelas brigadas; f) Distribuir o serviço ou tarefas pelos Inspectores
e orientar, coordenar, fiscalizar e controlar a
f) Distribuir o serviço pelas brigadas e pelos
sua execução;
Inspectores Chefes e orientar, coordenar e
fiscalizar a sua execução; g) Assumir a direcção das investigações de maior
complexidade, sem prejuízo do disposto na
g) Gerir os recursos humanos e materiais e contro- alínea h) do número 1 do artigo anterior;
lar a sua eficácia;
h) Elaborar despachos, relatórios e pareceres,
h) Assumir a direcção das investigações de maior tendo em vista preparar a tomada de decisão
complexidade; superior sobre medidas de prevenção e inves-
i) Controlar a legalidade e a adequação das opera- tigação criminal.
ções, acções, diligências e actos de prevenção i) Remeter ao Departamento de Informação
e investigação criminal; Criminal e de Polícia Técnica os elementos
j) Elaborar despachos, relatórios e pareceres; susceptíveis de registo e tratamento;
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
711 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
a) Realizar operações, acções, diligências e actos serviços da Polícia Judiciária, se entender que, da apre-
de investigação criminal e os correspondentes ciação dos dados referidos no n.º 3 do artigo anterior,
actos processuais; existe matéria indiciária que o justifique, indicando o
b) Proceder a vigilâncias ou detenções; âmbito e o objecto de incidência.
c) Pesquisar, recolher, compilar, tratar e remeter às 2. A realização desses inquéritos ou sindicâncias tam-
respectivas unidades a informação criminal com bém pode ser efectuada por solicitação do membro do
menção expressa na investigação em curso; Governo responsável pela área da justiça ou por proposta
do director nacional, cabendo, em todos os casos, ao Mi-
d) Elaborar relatórios, informações, mapas, gráfi-
nistério Público a instrução dos processos disciplinares
cos e quadros;
que devam seguir-se, sendo, no seu termo, submetidos a
e) Executar outras tarefas de investigação criminal decisão daquele membro do Governo.
que lhe forem superiormente determinadas;
3. O Director nacional pode ordenar a realização de
f) Colaborar em acções de formação; inquéritos, averiguações, inspecções e sindicâncias aos
g) Conduzir viaturas de serviço quando superior- serviços da Policia Judiciária, para verificar o grau de
mente autorizado. cumprimento e implementação das orientações e decisões
que visam a melhoria e eficácia dos serviços.
CAPÍTULO III
Fiscalização e Disciplina 4. As conclusões obtidas deverão ser dadas a conhecer ao
membro do Governo responsável pela área da Justiça.
Artigo 70º
Fiscalização Artigo 72º
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 712
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
713 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 714
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
715 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
k) Analisar, até 31 de Dezembro, todos os processos c) Pesquisar, recolher, compilar, tratar e remeter às
criminais pendentes e ordenar o que julgar respectivas unidades a informação criminal com
adequado para a sua regularização ou ultima- menção expressa na investigação em curso;
ção.
d) Elaborar relatórios, informações, mapas, gráfi-
Artigo 9º cos e quadros;
Inspector Chefe e) Executar outras tarefas de investigação criminal
1. Compete, em geral, ao Inspector Chefe: que lhe forem superiormente determinadas;
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 716
trabalho; Secção I
e) Recolher e tratar informação para divulgação 1. O ingresso e o acesso no quadro privativo do pessoal
nas áreas de interesse para a Polícia Judiciá- da Policia Judiciária efectua-se nos termos do presente
ria; diploma, do regulamento de concursos aprovado por
portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis
f) Utilizar os equipamentos e os meios disponíveis pelas áreas da justiça e da Administração Pública (AP)
necessários à execução das suas tarefas e zelar e, supletivamente, do regime geral da AP.
pela respectiva guarda, segurança e conserva-
ção; 2. Em igualdade de circunstâncias, no provimento dos
lugares do quadro privativo preferem os funcionários da
g) Colaborar em acções de formação. Polícia Judiciária.
Artigo 15º
3. Quando o provimento de lugares depender de apro-
Especialista-adjunto superior vação em curso de formação, formação em serviço ou
Ao Especialista-adjunto superior compete apoiar os estágio, os candidatos serão graduados de acordo com o
especialistas superiores, designadamente, executar, a aproveitamento que neles tenham obtido.
partir de instruções, trabalhos de apoio aos especialistas Artigo 20º
superiores, nos domínios da polícia científica, da polícia Estágio
técnica, da criminalística, das telecomunicações, da in-
formática, da perícia financeira e contabilística e gestão 1. O estágio para o ingresso no quadro da Policia Ju-
administrativa, financeira, patrimonial e de recursos diciária tem a duração de um ano, sem prejuízo de, por
humanos. despacho do Ministro da Justiça, sob proposta do Director
Nacional, atentas razões de conveniência para o serviço,
Artigo 16º
poder ser reduzido para nove meses.
Especialista auxiliar
2. Caso seja considerado apto, o estagiário, findo o
Ao especialista auxiliar compete, designadamente, período de estágio, é nomeado definitivamente.
executar, a partir de instruções superiores, todo o pro-
Artigo 21º
cessamento de apoio relativo à unidade orgânica em que
se encontra colocado. Provisoriedade do provimento
c) Controlar o acesso de pessoas aos edifícios e pro- Contrato a termo e de prestação de serviço
teger individualidades; 1. Em caso de impossibilidade de recrutamento através
d) Apoiar a investigação criminal, nomeadamente, dos mecanismos normais previstos no presente diploma
na protecção de testemunhas, no transporte e quando esteja em causa a satisfação de necessidades
e guarda de detidos, de material apreendido específicas, pode o membro do governo responsável pela
e valores; área da Justiça, mediante parecer prévio do serviço
central competente do departamento governamental que
e) Colaborar em acções de formação;
tutela a administração pública, autorizar a admissão de
f) O mais que resultar da lei ou das directivas e pessoal de apoio à investigação criminal, por contrato de
instruções dos órgãos e entidades dirigentes trabalho a termo certo, ou ainda em regime de prestação
da Polícia Judiciária. de serviço.
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
717 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 718
CAPITULO V Secção II
Subsecção I
Secção I
Regime de ingresso
Pessoal dirigente
Artigo 33º
Artigo 29º
Ingresso nas carreiras de investigação criminal
Regra geral
1. O ingresso na carreira de investigação criminal faz-
1. Os cargos dirigentes e de chefia dos Departamentos se na categoria de inspector, mediante concurso.
de Investigação Criminal são providos em comissão de 2. Os candidatos que se encontrem nomeados definiti-
serviço, por períodos de 3 (três) anos, renováveis nos vamente nos quadros da Administração Central e Local
termos da lei geral.
e frequentarem o curso de formação para ingresso na
2. A renovação da comissão de serviço deve ser comu- carreira de investigação criminal e o respectivo estágio,
nicada ao interessado até 30 (trinta) dias antes do seu consideram-se em regime de comissão extraordinária
termo, cessando a mesma automaticamente no final do de serviço, conservando o direito à percepção das remu-
respectivo período se a entidade competente para a nome- nerações de origem, a ser pago pela Policia Judiciária
ação não tiver manifestado expressamente a intenção de até à tomada de posse como inspector, abrindo vaga no
a renovar, caso em que o titular se mantém no exercício respectivo quadro.
de funções de gestão corrente até à nomeação do novo Artigo 34º
titular do cargo.
Requisitos para o ingresso
3. A comissão de serviço pode ser dada por finda a 1. São requisitos para o ingresso na carreira do pessoal
qualquer momento, mediante despacho fundamentado da de investigação criminal:
entidade competente para a nomeação, por sua iniciativa,
sob proposta do director nacional ou a requerimento do a) Ser cidadão cabo-verdiano;
interessado. b) Ter idade não inferior a 21 (vinte e um) anos
Artigo 30º nem superior a 35 (trinta e cinco) anos à data
da publicação do aviso de abertura do concurso
Director Nacional
no Boletim Oficial;
O cargo de director nacional é provido, por resolução c) Estar no pleno gozo dos seus direitos civis e
do Conselho de Ministros, de entre titulares de formação políticos;
universitária, com o grau de licenciatura ou equivalente,
de reconhecida competência e idoneidade, de preferência d) Possuir formação universitária com grau de
Magistrados Judiciais ou do Ministério Público, com pelo licenciatura ou equivalente oficialmente re-
menos 5 (cinco) anos de serviço na categoria. conhecida em área adequada às funções da
Policia Judiciária;
Artigo 31º
e) Ter boa conduta cívica e moral;
Director Nacional Adjunto
f) Não ter antecedentes criminais e policiais;
O cargo de Director Nacional Adjunto é provido, por
despacho do membro do Governo responsável pela área g) Ter robustez física e não padecer de doença
da Justiça, sob proposta do Director Nacional, de entre infecto-contagiosa,
coordenadores superiores de investigação criminal, co- h) Ter sido aprovado em concurso de provas prá-
ordenadores de investigação criminal com pelo menos ticas, psicotécnicas, entrevistas e formação
5 (cinco) anos de serviço na categoria, magistrados ju- de acordo com o previsto no regulamento de
diciais ou do Ministério Público e titulares de formação concurso da Policia Judiciária;
universitária, com grau de licenciatura ou equivalente,
de reconhecida competência profissional, idoneidade e i) Satisfazer os demais requisitos estabelecidos na
experiência para o exercício do cargo. lei para nomeação de funcionários do Estado e
no regulamento de concurso da Policia Judici-
Artigo 32º
ária.
Director de Departamento
2. Pode ainda ser exigida como requisito a titularidade
Os cargos de Director de Departamento são providos, da carta de condução de automóveis ligeiros.
por despacho membro do Governo responsável pela área Artigo 35º
da Justiça, sob proposta do Director Nacional, de entre
Formação para carreira de investigação criminal
indivíduos titulares com formação universitária com grau
de licenciatura ou equivalente, com pelo menos 3 (três) 1. Os candidatos seleccionados em concurso de ingresso
anos de serviço na carreira, de reconhecida idoneidade, sujeitam-se a frequência de um curso de formação ade-
competência profissional e experiência para o exercício quada às funções da Policia Judiciária, nos termos do
de funções. respectivo regulamento.
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
719 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 720
3. Os lugares de Inspectores de nível III são providos de Pessoal de apoio à investigação criminal
entre Inspectores de nível II, com 3 (três) anos de serviço Artigo 44º
no nível, classificação de serviço de Bom, e frequência,
Regra geral
com aproveitamento, de pelo menos 1 (uma) acção de
formação especializada na categoria. 1. O ingresso nas carreiras do pessoal de apoio à in-
vestigação criminal faz-se no nível I, precedido de um
4. Os lugares de Inspectores de nível II são providos de período de estágio.
entre Inspectores de nível I, com 3 (três) anos de serviço
no nível, classificação de serviço de Bom, e frequência, 2. Nas situações de mobilidade, é condição de ingresso
com aproveitamento, pelo menos, uma acção de formação nas carreiras a classificação mínima de Bom nos anos
especializada na categoria. relevantes para a mesma.
Artigo 45º
5. Os Inspectores de nível I são providos por nomeação,
nos termos do disposto no artigo 34º. Ingresso nas carreiras de apoio à investigação criminal
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
721 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
b) Pela classificação de serviço e pela classificação 3. Os lugares de especialista auxiliar de nível II são
obtida nos cursos, nos casos de frequência providos de entre especialistas auxiliares de nível I, com
obrigatória de cursos de formação inicial. 4 (quatro) anos de serviço no nível, com classificação de
Bom, que consiste na apreciação e discussão do currículo
3. O tempo de estágio, quando seguido de provimento
profissional do candidato, e de entre indivíduos habilita-
definitivo, é contado como prestado na carreira.
dos com 12.º ano de escolaridade e formação específica.
Artigo 46º
4. Os lugares de especialista auxiliar de nível III são
Especialista superior
providos de entre especialistas auxiliares de nível II,
1. A carreira de especialista superior compreende 3 com 5 (cinco) anos de serviço no nível, com classificação
(três) níveis. de Muito Bom, que consiste na apreciação do currículo
profissional do candidato.
a) Especialista superior de nível I;
Secção V
b) Especialista superior de nível II;
Carreiras de segurança e de auxiliar
c) Especialista superior de nível III.
Artigo 49º
2. Os lugares de especialista superior de nível I são Carreira de segurança
providos de entre indivíduos habilitados com licenciatura
adequada às funções da Policia Judiciária. 1. A carreira do pessoal do núcleo de segurança com-
preende 3 (três) níveis:
3. Os lugares de especialista superior de nível II são
providos de entre especialistas superiores de nível I, a) Segurança de nível I;
com 4 (quatro) anos de serviço nessa categoria e com b) Segurança de nível II;
classificação de Bom.
c) Segurança de nível III.
4. Os lugares de especialista superior de nível III são
providos de entre especialistas superiores de nível II, 2. O ingresso na carreira de segurança faz-se na catego-
com 5 (cinco) anos de serviço no nível, com classificação ria de nível I, de entre indivíduos habilitados com 12.º ano
de Muito Bom, mediante a realização de concurso de de escolaridade ou equivalente, com idade compreendida
provas de selecção, que consistem: entre 21 e 30 anos, possuidores de carta de condução de
veículos ligeiros, aprovados em curso adequado, salvo se
a) Apreciação do currículo profissional do candidato; desempenhavam as mesmas funções na policia nacional,
b) Avaliação de um trabalho versando um tema caso em que ficam dispensados.
que estabeleça uma clara e nítida correlação 3. Os lugares de segurança de nível II são providos de
com a função. entre seguranças de nível I, com 4 (quatro) anos de per-
Artigo 47º manência de serviço no nível, com classificação de Bom e
Especialista Adjunto Superior
mediante procedimento interno de selecção, que consiste
na apreciação do currículo profissional.
1. A carreira de especialista adjunto superior compre-
ende 2 (dois) níveis: 4. Os lugares de segurança de nível III são providos
de entre seguranças de nível II, com 5 (cinco) anos de
a) Especialista adjunto superior de nível I; permanência de serviço no nível, com classificação de
b) Especialista adjunto superior de nível II; Muito Bom e mediante realização de concurso de provas
públicas, que consiste na apreciação do currículo profis-
2. Os lugares de especialista adjunto superior de nível sional do candidato.
I são providos de entre indivíduos habilitados com curso
Artigo 50º
superior que não confere o grau de licenciatura.
Carreira do pessoal auxiliar
3. Os lugares de especialista adjunto superior de nível
II são providos de entre especialistas adjuntos superiores A carreira de auxiliar integra a carreira horizontal
de nível I, com 4 (quatro) anos de serviço no nível, com do pessoal de apoio à investigação criminal, conforme
classificação de Muito Bom. mapa anexo.
Artigo 48º CAPÍTULO VI
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 722
2. A deslocação ou transferência do pessoal para de- 6. O número de Oficiais de Ligação é fixado por despa-
partamento situado fora da região da sua residência cho conjunto dos Ministros dos Negócios Estrangeiros,
habitual, confere-lhe o direito a um período de tempo de das Finanças e da Justiça.
instalação até 5 (cinco) dias e a subsídio de instalação,
7. Quando tal se revelar apropriado, sob proposta do
nos termos do regulamento de colocações da Policia
Ministro da Justiça, os oficiais de ligação poderão ser
Judiciaria.
acreditados pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros
3. A colocação, a transferência e os demais modos de como adidos junto das missões diplomáticas de Cabo
mobilidade interna do pessoal da Policia Judiciária são Verde no estrangeiro e utilizar a mala diplomática, com
objecto de regulamentação por portaria do membro do observância das regras em vigor, para o uso da mesma.
Governo responsável pela área da Justiça. Secção II
Artigo 52º
Classificações e louvores
Exercício de funções em outros organismos
Artigo 54º
da Administração Pública
Classificações
1. O pessoal da Policia Judiciária pode desempenhar
funções em organismos da Administração Pública em 1. O pessoal da Polícia Judiciária que não se encontre
regime de requisição, destacamento e comissão de serviço, nomeado em comissão de serviço em lugares dirigentes é
nos termos da lei geral. classificado, de acordo com o seu mérito, de Muito Bom,
Bom, Suficiente e Medíocre.
2. O desempenho de funções do pessoal de investiga-
ção criminal, nos termos do número anterior, carece de 2. A classificação de Medíocre implica a instauração
autorização do Ministro da Justiça, ouvido o Director de processo disciplinar por inaptidão para o exercício
Nacional, podendo cessar a qualquer momento. das funções.
3. O pessoal de investigação criminal referido no nú- 3. As classificações de Medíocre e de Muito Bom devem
mero anterior continua sujeito à disciplina das entidades ser devidamente fundamentadas.
competentes da Polícia Judiciária. Artigo 55º
Artigo 53º Louvores
Oficiais de Ligação
1. O pessoal da Polícia Judiciária pode ser distinguido
1. Podem ser nomeados Oficiais de Ligação, de entre com louvores por extraordinários serviços prestados no
pessoal de investigação criminal da Polícia Judiciária, exercício de suas funções, de acordo com o regulamento a
para acreditação junto dos Estados estrangeiros ou aprovar por portaria do membro do Governo responsável
organismos internacionais, nos termos dos acordos in- pela área da Justiça.
ternacionais celebrados pelo Governo Cabo-verdiano,
2. A distinção é publicada na II Série do Boletim
mediante despacho conjunto dos Ministros dos Negócios
Oficial.
Estrangeiros e da Justiça.
CAPITULO VII
2. A nomeação de Oficiais de Ligação é feita em re-
Direitos, Deveres e Incompatibilidades
gime de comissão especial de serviço, por três anos,
prorrogáveis, por urgente conveniência de serviço, salvo Artigo 56º
se o contrário for expressamente declarado no despacho Regra geral
conjunto de nomeação.
O pessoal da Polícia Judiciária tem os deveres e os
3. Os oficiais de ligação mantêm o direito à remunera- direitos dos funcionários e agentes da Administração
ção correspondente ao lugar de origem, tendo igualmente Pública, sem prejuízo dos demais que resultam do pre-
direito a remunerações adicionais fixadas em despacho sente capítulo.
conjunto dos Ministros dos Negócios Estrangeiros, das
Artigo 57º
Finanças e da Justiça, as quais são estabelecidas se-
gundo os critérios em uso para o pessoal equiparável Direitos especiais do pessoal dirigente
e de investigação criminal
do Ministério dos Negócios Estrangeiros em serviço no
estrangeiro. 1. O pessoal dirigente e de investigação criminal gozam
dos seguintes direitos:
4. Por despacho conjunto dos Ministros dos Negócios
Estrangeiros, das Finanças e da Justiça, são ainda fixa- a) Uso de meios próprios de identificação;
dos os quantitativos respeitantes a abonos para despesas
b) Uso e porte de arma de defesa, dos modelos
de instalação individual, transporte, seguro e embalagem
utilizados na Polícia Judiciária, independen-
de móveis e bagagens e despesas eventuais e outros abo-
temente de licença;
nos para despesas quando chamados a Cabo Verde ou
mandados deslocar em serviço extraordinário dentro do c) Assistência jurídica assegurada por advogado
Estado em que estejam acreditados ou fora dele. da sua escolha, pago pela Polícia Judiciária,
quando demandado civil ou criminalmente,
5. Na fixação dos abonos referidos no número anterior
em virtude do exercício das suas funções;
deve atender-se aos quantitativos em uso para o pessoal
equiparável do Ministério dos Negócios Estrangeiros em d) Seguro de vida pago pelo Estado nos montantes
serviço no estrangeiro. que vierem a ser definidos;
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
723 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
5. Não se considera ter havido cedência a outrem nos 2. A detenção do pessoal dirigente, de investigação
casos da utilização ocasional desta pelo cônjuge, des- criminal e de apoio à investigação criminal, ainda que na
cendentes, ascendentes, irmãos e afins na linha recta situação de aposentação, decorre em regime de separa-
ou colateral do primeiro grau do beneficiário da isenção ção dos restantes detidos ou presos, o mesmo sucedendo
fiscal referida no n.º 3. relativamente à sua remoção ou transporte.
6. No caso de cessação da efectividade de funções an- 3. Na falta de espaços especificamente destinados à se-
tes de decorridos seis anos, por facto dependente da sua paração determinada nas situações indicadas no número
exclusiva vontade, o beneficiário da regalia constante do anterior, a autoridade judiciária competente, providencia
número 3 deverá pagar os direitos aduaneiros, imposto com a efectiva coadjuvação do dirigente máximo dos
de consumo e emolumentos gerais, salvo nas situações serviços penitenciários do departamento governamental
responsável pela área da Justiça, e a expensas do Cofre
de titular de órgão de soberania ou outros cargos cons-
Geral de Justiça, no mais curto tempo útil, o modo do
titucionais electivos.
adequado acolhimento, deslocação ou remoção do detido
Artigo 58º ou preso, que entretanto fica depositado à guarda do
Direitos especiais do Director Nacional piquete da Policia Judiciária ou da entidade que, por lei,
suas vezes fizer.
Para além dos direitos referidos no artigo anterior, o
Director Nacional goza ainda dos seguintes direitos: Artigo 62º
Habitação
a) Protecção especial da sua pessoa, familiares e
bens, mesmo depois de cessação de funções, 1. Os funcionários devem residir preferencialmente
a requisitar ao comando da força policial da na localidade onde habitualmente exercem funções ou
área da sua residência, sempre que ponderosas em outra, desde que eficazmente servida por transporte
razões de segurança o exijam; público regular.
b) Moradia condigna, devidamente mobilada e 2. Os funcionários podem ser autorizados pelo director
fornecida gratuitamente pelo Estado; nacional a residir em localidade diferente, quando as
circunstâncias o justifiquem e não haja prejuízo para a
c) Telefone na sua residência pago pelo Estado,
total disponibilidade para o exercício de funções.
dentro dos limites fixados no orçamento;
3. Aos coordenadores superiores e coordenadores de
d) Viatura de uso pessoal para as suas deslocações,
investigação criminal que desempenham funções de
considerando que as suas funções são de ca-
chefias nos departamentos de investigação criminal em
rácter permanente;
localidades situados fora do local de residência habitual,
e) Precedência e tratamento protocolares nos ter- é garantida habitação condigna fornecida pela Policia
mos da lei; Judiciária.
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 724
Artigo 63º c) Não praticar actos de tortura, tratamentos desu-
Utilização de meio de transporte manos, cruéis ou degradantes, devendo recusar
ou ignorar qualquer ordem ou instrução que
1. As autoridades de polícia criminal e o demais pessoal implique tais actos;
de investigação criminal têm direito mediante simples
d) Agir com integridade e imparcialidade, opondo-
identificação à utilização, em todo o território nacional,
se vigorosamente a qualquer acto de corrup-
dos transportes colectivos, terrestres e marítimos.
ção;
2. Os restantes funcionários da Polícia Judiciária,
e) Garantir a vida e a integridade física dos detidos
quando em serviço, gozam do direito de utilização dos
ou das pessoas que se achem sob a sua custódia
referidos transportes, dentro da área de circunscrição
ou protecção, no estrito respeito da honra e
em que exercem funções. dignidade da pessoa humana;
3. Para efeitos do disposto no número anterior, con- f) Actuar com a decisão e prontidão necessárias,
sidera-se em serviço a deslocação entre a residência e o quando da sua actuação dependa a prática de
local normal de trabalho. um dano grave, imediato e irreparável, obser-
4. A compensação às transportadoras pela utilização vando os princípios da adequação, da oportu-
referida nos números anteriores é fixada anualmente nidade e da proporcionalidade na utilização
por despacho conjunto dos membros do Governo respon- dos meios disponíveis;
sáveis pelas áreas da Justiça, Finanças e Transportes, g) Agir com a determinação necessária, mas sem
mediante prévia negociação com as representações dos recorrer à força para além do que for estrita-
correspondentes ramos empresariais e são suportadas mente necessária para uma tarefa legalmente
pelo Cofre Geral de Justiça. exigida ou autorizada;
Artigo 64º h) Actuar sem discriminação em razão da ascen-
Funcionário arguido dência, sexo, raça, língua, território de origem,
religião, convicções políticas ou ideológicas,
1. Em casos devidamente justificados, pode o director instrução, situação económica ou condição
nacional providenciar pela contratação de advogado para social;
assumir o patrocínio de funcionários demandados ou que
i) Identificar-se como funcionário da Polícia Judi-
pretende demandar criminalmente por actos praticados
ciária no momento em que devam proceder à
em serviço ou por causa dela.
identificação ou detenção;
2. A detenção, prisão preventiva e o cumprimento de
j) Capturar, nos termos da lei, qualquer pessoa,
penas privativas de liberdade de funcionários da Polícia
observados os direitos liberdades e garantias
Judiciária, ainda que nas situações de disponibilidade
fundamentais, desde que seja posta em causa
ou de aposentação, decorre obrigatoriamente em estabe- a vida de qualquer elemento da corporação no
lecimento prisional especial, ou na sua falta em regime exercício das suas funções.
de absoluta separação dos restantes detidos ou presos,
Artigo 66º
o mesmo sucedendo relativamente à sua remoção ou
transporte. Uso de armas de fogo
3. Quando se vier a verificar por decisão tomada pela 1. O recurso a armas de fogo apenas é permitido como
entidade competente, que as denúncias interpostas con- medida extrema de coacção e desde que proporcional às
tra funcionários tenham sido manifestamente grosseiras, circunstâncias concretas de cada caso.
nomeadamente aquelas que visam por parte dos argui- 2. É proibido o uso de armas de fogo sempre que possa
dos limitar a actuação dos funcionários de investigação colocar terceiros em perigo, salvo em caso de legítima
criminal nos processos que investigam, os seus direitos defesa ou estado de necessidade.
indemnizatórios serão obrigatoriamente patrocinados
pela Polícia Judiciária. 3. O uso de arma de fogo deve ser precedido de adver-
tência claramente perceptível, sempre que a natureza do
Artigo 65º
serviço e circunstâncias o permitam, podendo essa ad-
Deveres especiais vertência consistir num tiro para o ar com as necessárias
cautelas de presunção que ninguém será atingido.
O pessoal de investigação criminal é especialmente
obrigado a observar os seguintes deveres, decorrentes da 4. Sempre que tenha utilizado uma arma de fogo, ainda
natureza e especificidade das respectivas funções: que sem qualquer consequência, deve o pessoal da Polí-
cia Judiciária comunicar o facto, por escrito, ao superior
a) Comunicar por escrito ao superior hierárquico hierárquico, o mais brevemente possível.
competente os factos do seu conhecimento que
constituam infracção disciplinar ou criminal; 5. Quando do uso de armas de fogo tiverem resultado
feridos, o pessoal da Polícia Judiciária é obrigado, além
b) Exercer as suas funções com um especial sentido do disposto no número anterior, a tomar as medidas de
de responsabilidade e de disciplina, permanen- socorro que as circunstâncias aconselharem e se mos-
te disponibilidade e espírito de colaboração; trarem possíveis.
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
725 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 726
a) 15% da remuneração base mensal, para o pes- 2. O pessoal da carreira de investigação criminal e se-
soal de apoio à investigação criminal; gurança que complete 34 (trinta e quatro) anos de serviço
tem direito a pensão de aposentação por inteiro.
b) 20% da remuneração base mensal, para o pes-
soal dirigente e de investigação criminal. 3. Ao pessoal da carreira de investigação criminal e
segurança que, tendo completado 55 (cinquenta e cinco)
Artigo 74º
anos de idade, não tiver completado 34 (trinta e quatro)
Subsídio da condição policial anos de serviço, tem igualmente direito à aposentação
voluntária, calculando-se o montante da pensão propor-
Todo o pessoal da Investigação Criminal em efectivida- cionalmente ao tempo de serviço prestado.
de de funções tem direito ao Subsídio da Condição Policial
fixado em 10% da remuneração base mensal. 4. Conta-se como tempo de serviço prestado ao Es-
tado, o tempo prestado na Polícia Judiciária, acrescido
Artigo 75º
do prestado nas Forças Armadas e nas demais funções
Subsídio de piquete públicas.
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
727 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
o mapa anexo ao presente diploma, do qual faz parte 4. O pessoal do gabinete é nomeado, por despacho
integrante, passando a integrar o quadro privativo da do director nacional, em comissão de serviço, de entre
Polícia Judiciária e sem dependência de quaisquer outras pessoal de investigação criminal ou de outras áreas
formalidades. afins às atribuições da Policia Judiciária, de reconheci-
da competência profissional, idoneidade e experiência,
2. O tempo de serviço prestado nas carreiras e cate-
e na ausência de pessoal com formação especifica, de
gorias actualmente detidas contam como globalmente
entre técnicos superiores vinculados ou não à função
prestados nas carreiras e categorias de transição.
pública.
Artigo 83º
5. Os secretários e o condutor são designados por
Regime especial de transição do pessoal despacho do director nacional, em comissão de ser-
viço, preferencialmente de entre os funcionários do
1. Os actuais Subinspectores e Agentes que transitam
departamento dos recursos humanos, fi nanceiros e
para as categorias de inspectores chefes e de inspec-
tores, respectivamente, só podem aceder à categoria patrimonial.
imediatamente superior desde que possuam o grau de 6. O pessoal do gabinete referido no número 1 é equipa-
licenciatura. rado para todos os efeitos ao pessoal do quadro especial
2. Os Subinspectores e agentes que não possuam o dos membros do Governo.
grau de licenciatura podem beneficiar de um regime Artigo 88º
especial de licença para formação, nos termos a definir
em diploma especial. Legislação complementar
2. O gabinete do Director Nacional é um serviço de 1. O presente diploma entra em vigor no dia seguinte
apoio geral, directo e pessoal do Director Nacional, sendo ao da sua publicação.
as competências definidas no regulamento interno.
2. As disposições do presente diploma que alteram ao
3. O gabinete do director nacional apoiará o Director quadro remuneratório do pessoal da Policia Judiciária,
Nacional Adjunto. produzem, efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2009.
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 728
Inspector de Nível 3, referencia 15, escalão A Coordenador de I. Criminal, de Nível 3, referencia 11, escalão A
Inspector de Nível 2, referencia 14, escalão A Coordenador de I. Criminal, de Nível 2, referencia 10, escalão A
Inspector de Nível 1, referencia 13, escalão A Coordenador de I. Criminal, de Nível 1, referencia 9, escalão A
Subinspector de Nível 4, referencia 12, escalão B Inspector Chefe de Nível 4, referencia 8, escalão A
Subinspector de Nível 3, referencia 12, escalão A Inspector Chefe de Nível 3, referencia 7, escalão A
Subinspector de Nível 2, referencia 11, escalão B Inspector Chefe de Nível 2, referencia 6, escalão A
Subinspector de Nível 1, referencia 11, escalão A Inspector Chefe de Nível 1, referencia 5, escalão A
Agente de Nível 4, referencia 9, escalão B, Inspector de Nível 4, referencia 4, escalão A
Agente de Nível 3 referencia 9, escalão A, Inspector de Nível 3, referencia 3, escalão A
Agente de Nível 2 referencia 8 escalão B, Inspector de Nível 2, referencia 2, escalão A
Agente de Nível 1 referencia 8 escalão A Inspector de nível 1, referencia 1, escalão A
CARREIRAS/CATEGORIAS TRANSIÇÃO
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
729 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
30 Inspector de nível 4
70 Inspector de nível 3
90 Inspector de nível 2
200 Inspector de nível 1
4 Chefe de sector
8 Chefe de núcleo
5 Segurança de nível 3
10 Segurança de nível 2
20 Segurança de nível 1
14 Auxiliar
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 730
Lugares Cargos
1 Director Nacional
1 Director Nacional Adjunto
10 Director do Departamento
ESCALÃO
A B C D E F G H
Coordenador Superior N2 13 240 250 260 270
Coordenador Superior N1 12 230 240 250 260
Coordenador I. Criminal N3 11 210 220 230 240 250 260
Coordenador I. Criminal N2 10 200 210 220 230 240 250
Coordenador I.Criminal N1 9 190 200 210 220 230 240
Inspector Chefe N 4 8 175 185 195 205 215 225 230
Inspector Chefe N 3 7 165 175 185 195 205 215 220
Inspector Chefe N2 6 155 165 175 190 200 210 215
Inspector Chefe N1 5 145 155 165 175 185 195 205
Inspector N4 4 130 140 150 160 170 180 185 190
Inspector N3 3 120 130 140 150 160 170 175 180
Inspector N2 2 110 120 130 140 150 160 165 170
Inspector N1 1 100 110 120 130 140 150 155 160
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
731 I SÉRIE — NO 31 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008
ESCALÃO
CATEGORIA Ref. A B C D E F G H I
Especialista Superior de
nivel 3 9 420 430 440 450 460
Especialista Superior de
nivel 2 8 390 400 410 420 430
Especialista Superior de
nivel 1 7 340 350 360 370 380 390
Especialista adjunto
Superior de nivel 2 6 290 300 310 320 330 340
Especialista adjunto
superior de nivel 1 5 260 270 280 290 300 310
Especialista auxiliar de
nivel 3 4 180 190 200 210 220 230
Especialista auxiliar de
nivel 2 3 160 170 180 190 200 210 220 230 240
Especialista auxiliar de
nivel 1 2 135 145 155 165 175 185 190 195 200
Auxiliar 1 100 110 120 130 140 150 155 160 165
ESCALÃO
CATEGORIA Ref. A B C D E F G H I
Segurança de nivel 3 3 130 140 150 160 170 180 185 190
Segurança de nivel 2 2 115 125 135 145 155 165 175 180
Segurança de nivel 1 1 100 110 120 130 140 150 160 170 180
Publique-se.
E2O4X6T8-213ZRURD-7E4U9C9W-29K3ROHT-9C0Y4S3O-28180Y80-9A2T1R6I-7N5M6U8R
I SÉRIE — NO 31 « B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 18 DE AGOSTO DE 2008 732
B O L E T I M OFICIAL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001 Av. Amílcar Cabral/Calçada Diogo Gomes,cidade da Praia, República Cabo Verde.
C.P. 113 • Tel. (238) 612145, 4150 • Fax 61 42 09
Email: [email protected]
Site: www.incv.gov.cv
AVISO ASSINATURAS
Para o país: Para países estrangeiros:
Por ordem superior e para constar, comunica-se que não serão aceites
quaisquer originais destinados ao Boletim Oficial desde que não tragam Ano Semestre Ano Semestre
aposta a competente ordem de publicação, assinada e autenticada com
selo branco. I Série ...................... 8.386$00 6.205$00 I Série ...................... 11.237$00 8.721$00
Sendo possível, a Administração da Imprensa Nacional agradece o II Série...................... 5.770$00 3.627$00 II Série...................... 7.913$00 6.265$00
envio dos originais sob a forma de suporte electrónico (Disquete, CD,
III Série ................... 4.731$00 3.154$00 III Série .................... 6.309$00 4.731$00
Zip, ou email).
Os prazos de reclamação de faltas do Boletim Oficial para o Concelho Os períodos de assinaturas contam-se por anos civis e seus semestres. Os números publicados antes
da Praia, demais concelhos e estrangeiro são, respectivamente, 10, 30 e de ser tomada a assinatura, são considerados venda avulsa.
60 dias contados da sua publicação.
AVULSO por cada página ............................................................................................. 15$00
Toda a correspondência quer oficial, quer relativa a anúncios e à
assinatura do Boletim Oficial deve ser enviada à Administração da PREÇO DOS AVISOS E ANÚNCIOS
Imprensa Nacional. 1 Página .......................................................................................................................... 8.386$00
A inserção nos Boletins Oficiais depende da ordem de publicação neles
1/2 Página ....................................................................................................................... 4.193$00
aposta, competentemente assinada e autenticada com o selo branco, ou,
na falta deste, com o carimbo a óleo dos serviços donde provenham. 1/4 Página ....................................................................................................................... 1.677$00
Não serão publicados anúncios que não venham acompanhados da Quando o anúncio for exclusivamente de tabelas intercaladas no texto, será o respectivo espaço
importância precisa para garantir o seu custo. acrescentado de 50%.