Trabalho Autoral Sobre Carnono e Cultivo
Trabalho Autoral Sobre Carnono e Cultivo
Trabalho Autoral Sobre Carnono e Cultivo
Guia de financiamento
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CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL – CNA
Diretoria Executiva
Vice-Presidentes
Ágide Meneguette (PR)
Almir Morais Sá (RR)
Álvaro Arthur Lopes de Almeida (AL)
Carlos Augusto Melo Carneiro da Cunha (PI)
Carlos Fernandes Xavier (PA)
Eduardo Silveira Sobral (SE)
Fábio de Salles Meirelles (SP)
Flávio Viriato de Saboya Neto (CE)
Francisco Ferreira Cabral (RO)
José Hilton Coelho de Sousa (MA)
José Álvares Vieira (RN)
Luiz Iraçu Guimarães Colares (AP)
Mário Antônio Pereira Borba (PB)
Muni Lourenço Silva Júnior (AM)
Pio Guerra Júnior (PE)
Renato Simplício Lopes (DF)
Roberto Simões (MG)
Rodolfo Tavares (RJ)
Rui Carlos Ottoni Prado (MT)
&DSD&DUWLOKD$%&LQGG
Agropecuária brasileira contribui para a
redução do aquecimento global
Para o setor agropecuário, o desafio é evoluir das práticas convencionais para uma agricultura de baixa
emissão de carbono, sem deixar de proporcionar renda aos agricultores e alimentos de qualidade e
baratos para a população. Os produtores brasileiros estão preparados para enfrentar esse desafio e
elevar a agropecuária nacional para um novo patamar de sustentabilidade.
Com o Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, o Governo federal inicia, no Brasil, um novo
ciclo de desenvolvimento agropecuário. Por meio do Programa para Redução de Emissão de Gases de
Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC) são financiadas práticas e tecnologias adequadas e também
sistemas produtivos eficientes que contribuem para a menor redução dos gases causadores do efeito
estufa.
O programa ABC também garante ao produtor maior capacidade de pagamento, pois o crédito é
oferecido com prazos de carência e de pagamento diferenciados, além de taxas de juros mais baixas.
Todas as condições dos financiamentos e as regras para acesso a essa linha podem ser consultadas neste
guia, elaborado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) a partir de um projeto
desenvolvido em parceria com a Embaixada Britânica e com o apoio do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do
Banco do Brasil.
Queremos que você conheça um pouco mais sobre a agricultura de baixo carbono e o Programa
ABC e colabore para um novo ciclo de avanço do setor, garantindo as necessárias condições para a
agropecuária brasileira se consolidar como a maior e a mais sustentável do planeta.
44 p.
CDU 502.3(81)
Sumário
PARTE I – AGRICULTURA DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO:
PRINCIPAIS PROCESSOS E SUAS VANTAGENS 04
1. O que é agricultura de baixa emissão de carbono? 05
2. Por que incentivar a agricultura de baixa emissão de carbono 06
3. Métodos de produção, tecnologias e medidas priorizadas pelo Brasil para a transição da
agricultura tradicional para a agricultura de baixo carbono 08
4 Milho em Plantio Direto na propriedade dos irmãos Roque e Domingos Deda em Araucária.
1. O que é agricultura de baixa emissão de carbono?
5
2. Por que incentivar a agricultura de
baixa emissão de carbono?
Lutecia Beatriz dos S. Canalli
setores da economia, apresentados na Segunda
Comunicação Oficial do Brasil à Convenção Quadro
das Nações Unidas, tornam evidente o potencial
das atividades agrícolas sustentáveis como forma
de contrabalançar as emissões de gases no setor
agropecuário. Essa contribuição pode ser feita,
principalmente, por meio da fixação de carbono a
partir do aumento das áreas de florestas plantadas
e da ampliação do uso de sistemas de produção
com distúrbio mínimo do solo.
foi iniciada uma nova fase de negociações no País, do número de práticas de agricultura
internacionais sobre mudanças climáticas global. de baixa emissão de carbono contribuirá para
O Brasil confirmou no Acordo de Copenhague proteger o agronegócio brasileiro de potenciais
e na COP-16, realizada no ano seguinte em barreiras comerciais no futuro. Também permitirá
Cancún, no México, seu compromisso com ações a geração de serviços ambientais e ecossistêmicos
voluntárias de redução de emissões de GEEs que poderão qualificar ainda mais o País no
e comprometeu-se com uma redução entre comércio internacional. Para aproveitar todas
36,1% a 38,9% em relação às emissões brasileiras essas oportunidades, estão sendo implementadas
projetadas até 2020. diferentes ações, entre elas a redução do
desmatamento da Amazônia e do Cerrado,
Os dados de emissões de dióxido de carbono (CO2), ampliação da eficiência energética e adoção em
metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) de diferentes larga escala de práticas sustentáveis na agricultura.
6
O Programa ABC favorece o agronegócio e viabiliza inúmeros benefícios
para a sociedade brasileira:
O Programa ABC viabilizará inúmeros benefícios para a sociedade brasileira, contribuindo para
a melhoria da imagem do agronegócio nacional, que pode ser ao mesmo tempo empresarial
e sustentável. Por meio desse programa, o Brasil poderá acelerar a adoção de um portfólio de
tecnologias, muitas já conhecidas, incorporando, oportunamente, o desejável e pertinente
discurso de tecnologias ecoamigáveis a uma decisão (adoção) de natureza predominantemente
econômica.
Com o Programa ABC, o Brasil poderá mostrar ao mundo que é possível utilizar processos
de produção de alimentos com baixa dependência de insumos externos, aliando práticas
conservacionistas de solo e de água (os dois maiores e principais bens de uma propriedade
rural) e atingindo, inclusive, requisitos de sustentabilidade e desenvolvimento de modelos de
certificação. Desta forma, o incentivo à adoção da Agricultura ABC é algo imprescindível para o
futuro da agropecuária nacional.
7
3. Métodos de produção, tecnologias e medidas
priorizadas pelo Brasil
Os sistemas, métodos e tecnologias de produção selecionados para a Agricultura ABC são: Sistema
de Plantio Direto (SPD), Integração Lavoura–Pecuária–Floresta (iLPF), recuperação de áreas
e pastagens degradadas, florestas plantadas, fixação biológica de nitrogênio e tratamento de
dejetos animais.
8
por agricultores familiares. Uma prova disso foi entre os componentes (sinergia). A iLPF e os
dada pelo agricultor Roberto Qualhato, um dos sistemas agroflorestais (SAFs) contribuem para a
agricultores do projeto de extensão da Associação recuperação de áreas degradadas, manutenção e
de Pequenos Agricultores do Serra-Abaixo reconstituição da cobertura florestal, promoção,
(APASA), que recebeu o Prêmio Agricultor de geração de emprego e renda, adoção de boas
Plantio Direto Tropical, de 2003, promovido pela práticas agropecuárias (BPA), melhoria das
Associação de Plantio Direto no Cerrado (APDC) / condições sociais, adequação da unidade
Fundação AGRISUS1. Agricultores familiares do Rio produtiva à legislação ambiental e valorização
Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina também dos serviços ambientais oferecidos pelos
são representantes dessa realidade. agroecossistemas, tais como: (i) conservação dos
recursos de solo e água; (ii) abrigo de insetos
e animais polinizadores e de controle natural
3.2. Integração Lavoura–Pecuária–Floresta
de pragas e doenças; (iii) fixação de carbono e
(iLPF) nitrogênio; (iv) redução da emissão de GEE; (v)
A iLPF é uma estratégia de produção sustentável reciclagem de nutrientes; (vi) biorremediação
que integra atividades agrícolas, pecuárias e do solo e (vii) manutenção e uso sustentável da
florestais, realizadas na mesma área, em cultivo biodiversidade.
consorciado, em sucessão ou rotacionado, e O avanço da iLPF e dos SAFs tem sido muito
busca, para um mesmo fim, efeitos convergentes acentuado, sendo utilizados em todos os biomas
e regiões geográficas do Brasil, desde Roraima ao
1. ALMEIDA, R. A. Introdução do sistema de plantio direto em pequenas
propriedades do Estado de Goiás. Revista da UFG, Vol. 7, No. 01, junho Rio Grande do Sul e do Acre a Pernambuco.
2004, on line <www.proec.ufg.br>. Disponível em <http://www.proec.
ufg.br/revista_ufg/agro/A08_plantio.html>. Acesso em 09 jan 2012.
Divulgação Embrapa
9
3.3. Recuperação de áreas e pastagens para sustentar os níveis de produção e qualidade
degradadas exigidos pelos animais, assim como, em superar
os efeitos nocivos de pragas, doenças e invasoras,
A técnica consiste em transformar as terras culminando com a degradação avançada dos solos
degradadas (no caso específico de pastagens e pastagens, em razão de manejos inadequados.
degradadas) em áreas produtivas para a Com o avanço do processo de degradação, ocorre
produção de alimentos, fibras, biodiesel,
perda de cobertura vegetal e redução no teor de
florestas e carne, evitando a derrubada de novas
matéria orgânica do solo, emitindo gás carbônico
áreas de florestas.
(CO2) para a atmosfera, além de tornar o local
A degradação de pastagens é o processo improdutivo. A recuperação e manutenção da
evolutivo de perda de vigor, de produtividade e da produtividade das pastagens contribuem para
capacidade de recuperação natural das pastagens mitigar a emissão dos gases do efeito estufa.
AB C : PRI N C IPA I S PR OC E S SOS E SUAS VAN TAG E N S
Recuperação de pastagem.
10
Luciane Jaques
3.4. Florestas plantadas
O plantio de espécies florestais de rápido
crescimento (eucalipto, pinus e acácia-negra,
entre outras) proporciona renda, abastece um
amplo mercado consumidor e reduz o carbono
do ar por causa da fotossíntese.
11
Rosa Motta
principais fatores limitantes nos solos tropicais e na agricultura. A FBN é amplamente reconhecida
como prática sustentável, uma vez que diminui
o custo da produção e os riscos para o meio
ambiente, pois reduz a emissão de GEE, além de
elevar o conteúdo de matéria orgânica (sequestro
de carbono) e melhorar a fertilidade do solo.
12
Airton Kunz
3.6. Tratamento de dejetos animais
Técnica que aproveita os dejetos de suínos e
outros animais para a produção de energia (gás)
e composto orgânico.
Ricardo Steinmetz
13
parte II
AÇÕES DO GOVERNO FEDERAL PARA ATINGIR OS
COMPROMISSOS VOLUNTÁRIOS ASSUMIDOS PELO
BRASIL NA COP-15 PARA A REDUÇÃO DAS EMISSÕES
DE GASES DE EFEITO ESTUFA – GEEs
AÇÕ E S DO GOVE RN O F E DE R AL A S S U M I D A S N A CO P 15
14 Sistema silvipastoril.
Através da Lei n° 12.187, de 29 de dezembro de 2009 foi instituída a Política Nacional sobre Mudança
do Clima, onde foi estabelecido o compromisso de redução de emissões de gases de efeito estufa de
36,1% a 38,9% das emissões projetadas até 2020.
Nesse sentido, o Brasil submeteu em nível internacional, no Acordo de Copenhague em 2009, uma lista
de ações nacionais de mitigação, denominadas NAMAs2. O país implementará essas ações de maneira
voluntária e de acordo com os princípios e provisões estabelecidos pela Convenção sobre Mudança do
Clima, através da adoção de Planos de Ação Setoriais.
Os Planos de Ação Setoriais foram divididos nas seguintes categorias: Mudanças de Uso da Terra
(desmatamento na Amazônia e no Cerrado), Agropecuária, Energia e Outros (substituição de biomassa
oriunda de floresta nativa por florestas plantadas na siderurgia).
Para a implementação das Ações Setoriais relacionadas à Agropecuária foi concebido o Plano de
Agricultura de Baixo Carbono - ABC.
O plano foi idealizado a partir dos compromissos de redução de emissões de GEE estabelecidos na Política
Nacional sobre Mudanças Climáticas (PNMC), Lei no. 12.187/09. Sua elaboração deu-se pelos ministérios
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA), contando
inclusive com a participação das entidades representativas dos produtores, dentre elas a CNA.
Os ministérios e a Casa Civil são responsáveis pela coordenação das ações necessárias ao estabelecimento
do Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma
Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura.
15
5. Qual o objetivo geral do Plano ABC?
P romover a adoção de tecnologias que diminuem a emissão de GEE na agricultura, de acordo com
a PNMC, com a melhoria da eficiência no uso de recursos naturais, aumento da resiliência de sistemas
produtivos e de comunidades rurais, e a adaptação do setor agropecuário às mudanças climáticas.
COMPROMISSO
PROCESSO TECNOLÓGICO (AUMENTO DE ÁREA/USO)
1
Por meio do manejo adequado e adubação
2
Incluindo Sistemas Agroflorestais
3
Não está computado o compromisso brasileiro relativo ao setor da siderurgia; e não foi contabilizado o potencial de atenuação de emissão de GEE.
16
7. Quais ações são previstas no Plano ABC?
P ara atingir com sucesso as metas do Plano ABC, não bastam apenas as idéias e recursos financeiros,
mas também, e principalmente, um elenco de ações integradas. Por isso, foi estabelecido o seguinte
conjunto de ações para todas as tecnologias componentes do compromisso:
2. Disponibilização de tecnologias;
17
parte III
PROGRAMA ABC
Nilton Souza
PR OG R AMA AB C
18 Plantação de eucalipto.
8. O que é o Programa ABC?
Lutécia Beatriz dos S. Canalli
Essa nova agricultura sustentável conta com incentivos governamentais que tornam o Programa
uma alternativa atraente frente aos instrumentos de financiamento existentes no mercado, como
veremos a seguir.
19
10. Regras de financiamento do Programa ABC
20
10.3. Público-alvo
O Programa ABC tem como público alvo os produtores rurais e suas cooperativas, inclusive, para repasse
aos associados.
ATENÇÃO
Apesar dos juros de 5,5% serem interessantíssimos, o produtor deverá procurar
saber se para sua condição não existem linhas melhores. Certamente, se o
produtor for enquadrado nas exigências do Programa Nacional de Agricultura
Familiar (PRONAF), terá juros menores que os da linha ABC.
21
10.6. Garantias exigidas
As garantias exigidas para financiamento de
investimento podem ser de natureza hipotecária
e de natureza pignoratícia5.
Garantia Hipotecária:
imóvel.
22
11. Itens financiáveis
23
I - Até 35% do valor financiado, quando destinado à implantação e manutenção de florestas comerciais
ou recomposição de áreas de preservação permanente ou reserva legal.
II - Até 40% do valor financiado, quando o projeto incluir a aquisição de bovinos, ovinos e caprinos, para
reprodução, recria e terminação, e de sêmen dessas espécies.
Projeto técnico específico, assinado por profissional habilitado pelo órgão de classe,
contendo, obrigatoriamente: identificação do imóvel e área total; croqui descritivo e
histórico de utilização da área a ser beneficiada; comprovante de análise de solo e da
recomendação agronômica; ponto central da fazenda georreferenciado por Sistema
de Posicionamento Global (GPS) de navegação ou outro instrumento de aferição
mais precisa, de preferência da parte central da propriedade; e Plano de manejo
agropecuário, florestal ou agroflorestal, conforme o caso, da área do projeto.
ATENÇÃO
A não apresentação dos relatórios no prazo de até seis meses, a contar do prazo
estabelecido, desclassificará a operação a partir da data do término do referido prazo.
24
b) Nos financiamentos para adequação ou regularização das propriedades rurais frente à legislação
ambiental, englobando recuperação de reserva legal, de áreas de preservação permanente, e o
tratamento de dejetos e resíduos, entre outros.
Projeto técnico específico, assinado por profissional habilitado junto ao seu respectivo
órgão de classe, com a identificação da área total do imóvel e o croqui da área a ser
recuperada.
Além destes documentos, são necessários outros que podem ser acessados no endereço: <http://www.
bb.com.br/docs/pub/siteEsp/agro/dwn/BNDES.pdf>.
25
13. Quais os passos para a obtenção de
financiamento pelo Programa ABC?
26
ATENÇÃO
O produtor só pode dar entrada do projeto na agência em que tem conta. Ou seja, o
produtor pode ter uma propriedade em um município e dar entrada em uma agência
em outro município, desde que seja nela que tenha conta.
27
14. Procedimento para a elaboração de um bom
projeto para o Programa ABC
28
14.7. Plano de Manejo da Área do Projeto 14.9. Anexos
É o plano de manejo da atividade em si, que • Comprovantes de análises de solo e da respectiva
recomendação agronômica;
inclui a recuperação da pastagem degradada, a
plantação florestal comercial, entre outros pontos.
Não se trata, portanto, do Plano de Manejo • Croqui descritivo e histórico de utilização da
área a ser beneficiada;
Florestal Sustentável, pois este é uma dos itens
financiáveis.
• Fotografias das áreas degradadas que serão
objeto de recuperação, se for o caso.
14.8. Declarações do Proponente e do
Responsável Técnico 14.10. Observações
Neste item o proponente autoriza o MAPA Vale incluir qualquer informação que o projetista
a fazer visitas para efetiva comprovação da e/ou o proponente julgue relevante.
correta aplicação dos recursos financeiros, e o
responsável técnico declara que os investimentos
propostos atendem os objetivos estabelecidos
pelo Programa ABC.
Pasto recuperado.
29
parte IV
CASOS DE SUCESSO
Os custos da fazenda, de 922 hectares, eram muito elevados, e a produtividade, Marize Porto adotou o sistema
iLPF em sua fazenda.
muito baixa. Ela costuma se referir àquela época dizendo que antigamente não
se plantava capim na fazenda e sim cupim.
Com a morte de seu marido, ela teve que assumir o negócio. Como não tinha a experiência necessária para
administrar a fazenda, buscou apoio na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). O primeiro
encontro, em 2006, foi com Homero Aidar, que lhe deu um livro sobre iLP e a apresentou ao pesquisador
João Kluthcouski. A partir das orientações do pesquisador, a Fazenda Santa Brígida começou a mudar.
Marize passou a incentivar os funcionários, que reviraram o pasto, destruíram os cupinzeiros, corrigiram
a acidez do solo e plantaram soja no local. Em 2006, a Santa Brígida ganhou um parceiro: a empresa de
máquinas e implementos agrícolas John Deere. Com a parceria e muito trabalho, aquela fazenda, que
apresentava um triste cenário de pastagem degradada, conseguiu, na safra 2006/2007, recuperar cerca
de 50% da área.
No projeto de Marize, que teve apoio de uma equipe técnica, foi desenvolvido um sistema que
consorciava milho com braquiárias e adubos verdes. Ao introduzir a braquiária, passou a produzir pasto
de boa qualidade no período seco, e a obter os benefícios agronômicos produzidos pela braquiária,
como descompactação de solos, reciclagem de nutrientes e aumento de matéria orgânica. Os adubos
verdes aumentaram o aporte de nitrogênio no solo, por meio de fixação biológica, o que beneficiava a
pastagem e as plantações.
31
Segundo Marize, em apenas um ano, a produção agrícola pagou parte do investimento feito com a
orientação da EMBRAPA.
O primeiro ciclo de iLP na Santa Brígida está quase terminando e 600 hectares estão recuperados, dos
quais 50% cultivados com soja e outros 50% com milho e braquiária. Na safra 2010/2011, foram colhidas
35 mil sacas de milho e 20 mil sacas de soja. O hectare de pastagem passou a render em torno de R$ 500.
Antes do projeto, não passava de R$ 100.
Desta forma, surgiu a idéia de plantar eucalipto no meio da área de integração. Hoje, são vistos renques
de eucalipto por toda a fazenda. A distância entre cada linha dupla de eucalipto é de 24 metros. No
intervalo entre as linhas duplas, há o cultivo consorciado de grãos (verão) e pasto (inverno).
Segundo o gerente da fazenda, Anábio Ribeiro, com a integração, o pasto fica verde no auge da seca,
favorecendo a alimentação do gado, que engorda, em média, 1,2 Kg diariamente. Este sistema também
proporciona nove safras a cada oito anos: duas a três de grãos, cinco a seis safras de pecuária e uma de
eucalipto. Em 2012, por exemplo, será colhida a primeira safra de madeira, com estimativa de ganho de
aproximadamente R$ 1 mil por hectare/ano.
Com a experiência adquirida em tecnologias de baixa emissão de carbono, Marize não deixou passar a
oportunidade de crédito ofertada pelo Programa ABC. Ela foi a primeira produtora rural a obter crédito
do programa e revela que não houve problemas para conseguir o financiamento. Recebeu, inclusive, a
visita do Vice Presidente de Agronegócio do Banco do Brasil (BB),
Osmar Dias, que ficou bastante impressionado com o que viu.
Saiba mais sobre a
A fazenda Santa Brígida continuará inovando com o apoio dos recursos fazenda Santa Brígida
do Programa ABC, preparando-se para um futuro no qual as exigências <http://glo.bo/qVbCUt>
de mercado vão premiar os produtores inovadores e, certamente, <http://bit.ly/ugqkSe>
cobrar um custo alto para os que resolveram apostar na continuidade <http://bit.ly/t1Dn7J>
da agricultura tradicional. É o exemplo de que a agricultura sustentável
é viável em todos os aspectos.
O ex-ministro da Agricultura e produtor rural Alysson Paolinelli é um dos beneficiados pelo Programa
ABC. Ele já trabalha com iLP há quase uma década em sua fazenda, em Baldim, Minas Gerais. Ele
define este sistema, baseado na diversificação e rotação das atividades agrícola e pecuária dentro da
32
propriedade, como “um ovo de Colombo” descoberto pela EMBRAPA.
Às vezes, classifica a iniciativa como um sistema “tupiniquim”, tamanha
a versatilidade que apresenta. Por meio da iLP, a fertilidade do solo é
corrigida com cultivos anuais, as pastagens são recuperadas a custos
muito mais baixos, evita-se a erosão e quebra-se o ciclo de pragas e
doenças. Também permite a produção de pastos, forragens e grãos
para alimentação animal na estação da seca e para produção de carne.
O contrato de financiamento de Paolinelli é uma marca para o Programa ABC, uma vez que é um dos
detentores do prêmio “The World Food Prize”, concedido para pessoas que contribuem para o aumento
da quantidade e melhoria da qualidade da produção de alimentos no mundo.
Em relação ao Programa ABC, ele tem a certeza de que é uma grande oportunidade para quem tem
pastagens degradadas e quer recuperá-las. Consiste, também, em uma alternativa para quem faz plantio
direto, para quem usa leguminosas em substituição à adubação química nitrogenada e para quem
pretende plantar floresta para produção de madeira ou carvão. Outra vantagem do ABC é o fato de ser uma
ferramenta de crédito para quem necessita adequar ambientalmente sua propriedade com a recuperação
de áreas de reserva legal e de preservação permanente e/ou tratamento
de dejetos de animais.
Saiba mais sobre o que Dr.
Desta forma, Paolinelli orienta os produtores brasileiros a procurarem Paolinelli pensa sobre agricultura
as agências do Banco do Brasil (BB), onde estão disponíveis os recursos de baixa emissão de carbono
para o ABC. Os interessados não terão dificuldades na liberação do <http://www.revistaopinioes.com.br/
crédito e devem apenas seguir os procedimentos necessários para a cp/materia.php?id=398>
obtenção do financiamento. Segundo ele, o BB está se desdobrando
para firmar o maior número de contratos e se estabelecer cada vez <http://www.agroanalysis.com.br/
mais como a principal instituição financiadora do desenvolvimento materia_detalhe.php?idMateria=38
sustentável da agricultura brasileira.
33
parte V
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Carlos Rudiney/Abrapa
IN FOR MAÇÕE S ADIC ION A IS
34 Campo de algodão.
O guia é uma ferramenta para orientar aqueles que desejam financiar atividades de baixa emissão
de carbono. Neste contexto, esta publicação traz informações adicionais que possibilitarão ao leitor
adquirir um conhecimento geral sobre o tema “agricultura de baixa emissão de carbono”, e sobre os
instrumentos de política pública estabelecidos para apoiá-lo.
17. Sites
Fontes de consulta sobre agricultura de baixa emissão de carbono e serviços ambientais:
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) | <http://www.embrapa.br/>
35
18. Siglas
APASA – Associação de Pequenos Agricultores do Serra-Abaixo
APDC – Associação de Plantio Direto no Cerrado
ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural
BACEN – Banco Central
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BPA – Boas Práticas Agropecuárias
CMN – Conselho Monetário Nacional
CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
COP – Conferência das Partes
CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FBN – Fixação Biológica de Nitrogênio
GEE – Gases de Efeito Estufa
GPS – Sistema de Posicionamento Global
iLP – Integração Lavoura–Pecuária
iLPF – Integração Lavoura–Pecuária–Floresta
IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano
MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
MCR - Manual de Crédito Rural
MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário
MRV– Monitoramento, Relato e Verificação
PAC – Política Agrícola Comum
PNATER – Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural
PNMC – Plano Nacional sobre Mudança do Clima
PPCerrado – Plano de Ação para a Prevenção e o Controle do Desmatamento e das Queimadas do
Cerrado
IN FOR MAÇÕE S ADIC ION A IS
36
19. Glossário
Aquecimento global | Aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da
Terra que ocorre desde meados do século XX e que deverá continuar no século XXI. A maior parte
desta elevação observada desde o século passado foi causada por concentrações crescentes de Gases
de Efeito Estufa (GEE), resultado de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e o
desmatamento.
Biogás | É uma mistura gasosa composta principalmente de gás metano (CH4), obtida pela digestão
anaeróbia (ausência de oxigênio) de matéria orgânica, onde microrganismos atuam em um ecossistema
balanceado com limites de temperatura, pH, nutrientes e teor de umidade.
Dióxido de carbono (CO2) | Molécula composta por um átomo de carbono e dois de oxigênio. É usado
como referência para outros GEE. Tem aumentado muito por culpa da população humana que tem
usado combustíveis fósseis em demasia e exagerado no corte de florestas para os mais diversos usos.
Economia de baixo carbono | É uma economia centrada no uso de energia oriunda de fontes
renováveis e na utilização de processos que produzam a menor quantidade possível de GEE. Por isto, é
uma economia que aponta para o desenvolvimento sustentável e, por consequência, para o mínimo de
alterações climáticas.
Efeito estufa | O fenômeno conhecido como “efeito estufa” ocorre quando a radiação solar, na forma
de ondas curtas que chegam ao Planeta Terra, passa pela atmosfera, aquece a superfície terrestre e
parte desta radiação é refletida novamente na forma de calor, em comprimentos de onda na região do
infravermelho, de volta para a atmosfera.
Neste momento, este calor é bloqueado por alguns constituintes químicos gasosos da atmosfera.
Desta forma, intensifica sua retenção nas camadas mais baixas da atmosfera. Esse fenômeno natural
é importante para a manutenção da temperatura, considerada dentro dos limites aceitáveis à vida no
Planeta Terra.
É um efeito originado pela retenção de parte da radiação solar por uma camada de gases. Sem a
retenção desta parte da radiação não haveria o calor necessário à vida na Terra. Semelhante ao processo
que ocorre em casa de vegetação, substituindo o vidro pelos gases na atmosfera.
Emissões | É a liberação de GEE na atmosfera numa área específica e em determinado período. São
chamadas emissões antrópicas quando ocorrem por interferência do homem.
Fixação biológica de nitrogênio | É o processo pelo qual o nitrogênio químico é captado da atmosfera,
onde se caracteriza pela sua forma molecular relativamente inerte – N2 e é convertido em compostos
nitrogenados (como amônia ou nitrato) usados em diversos processos químico-biológicos do solo,
especialmente importantes para a nutrição de plantas.
37
Gases de efeito estufa (GEEs) | São os gases que evitam que a maior parte do calor proveniente da
radiação solar deixe a Terra. Com isto, o planeta fica mais quente. Os GEEs são necessários, imprescindíveis
e benéficos, pois impedem o congelamento do planeta. O que não pode haver é o aumento exagerado
da emissão. Alguns provêm de processos naturais, como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), e
o óxido nitroso (N2O). Outros provêm de atividades industriais, como hidrofluorocarbonos (HFCs),
perfluorcarbonos (PFCs) e hexafluoreto de enxofre (SF6).
Integração Lavoura Pecuária-Floresta (iLPF) | A iLPF é uma estratégia de produção sustentável, que
integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área, em cultivo consorciado,
em sucessão ou rotacionado, buscando efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema,
contemplando a adequação ambiental, a valorização do homem e a viabilidade econômica.
Mudanças climáticas | Mudanças que podem ser, direta ou indiretamente, atribuídas à atividade
humana, que alteram a composição da atmosfera mundial e que se somam àquela provocada pela
variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis.
Sistemas Agroflorestais (SAFs) | Sistemas de uso e ocupação do solo em que plantas lenhosas
perenes são manejadas em associação com plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas, culturas agrícolas
e forrageiras, em uma mesma unidade de manejo, de acordo com um arranjo espacial e temporal,
com alta diversidade de espécies e interações entre estes componentes e que promovem benefícios
econômicos e ecológicos.
Sustentabilidade | Significa usar os recursos naturais com critério para nunca faltar. Do ponto de
vista ambiental, significa usar os recursos naturais para satisfazer as necessidades do presente sem
comprometer a satisfação das necessidades de quem virá habitar o planeta no futuro.
20. Legislação
Planos, Leis e Normas relacionadas com o tema | Endereço eletrônico
I N FORMAÇÕE S A D IC IO N AIS
LEIS
Lei no. 12.533, de 2 de dezembro de 2011. Institui o Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças
Climáticas. | <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12533.htm>
Lei no. 12.188, de 11 de janeiro de 2010. Institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão
Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o Programa Nacional de Assistência
38
Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária - PRONATER, altera a Lei no 8.666,
de 21 de junho de 1993, e dá outras providências. | <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2010/Lei/L12188.htm>
Lei no. 12.187 de 29 de dezembro de 2009. Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima -
PNMC. | <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/2009/lei/l12187.htm>
Lei no. 12.114, de 9 de dezembro de 2009. Cria o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, altera os
arts. 6o e 50 da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, e dá outras providências. | <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12114.htm>
Lei no. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins
e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. | <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L6938.htm>
Lei no. 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal. | <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/L4771compilado.htm
DECRETOS
Decreto no. 7.390, de 9 de dezembro de 2010. Regulamenta os arts. 6o, 11 e 12 da Lei no. 12.187, de 29
de dezembro de 2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC. | <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7390.htm
Decreto no. 7.343, de 26 de outubro de 2010. Regulamenta a Lei no. 12.114, de 9 de dezembro de
2009, que cria o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), e dá outras providências. | <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7343.htm>
Decreto no. 6.263, de 21 de novembro de 2007. Institui o Comitê Interministerial sobre Mudança
do Clima (CIM). Orienta a elaboração do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), e dá outras
providências. | <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6263.htm>
Decreto de 28 de agosto de 2000. Revoga o Decreto no. 3.515, de 20 de junho de 2000. Dispõe sobre
o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e dá outras providências | <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/DNN/2000/Dnn28-8.2000.htm#art10>
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Decreto de 7 de julho de 1999. Cria a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, com
a finalidade de articular as ações de governo nessa área. | <http://www6.senado.gov.br/legislacao/
ListaPublicacoes.action?id=226934&tipoDocumento=DEC&tipoTexto=PUB>
Decreto no. 2.652, de 1º de julho de 1998. Promulga a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima, assinada em Nova York, em 9 de maio de 1992. | <http://www.planalto.gov.br
ccivil_03/decreto/D2652.htm>
PROJETOS DE LEI
Projeto de Lei, no. 212 de 2011. Institui o sistema nacional de redução de emissões por
desmatamento e degradação, conservação, manejo florestal sustentável, manutenção e aumento
dos estoques de carbono florestal (REDD+), e dá outras providências. | <http://www.senado.gov.br/
atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=100082>
Projeto de Lei do Senado, no. 309 de 2010. Institui a Política Nacional de Bens e Serviços Ambientais
e Ecossistêmicos - PNBASAE, e dá outras providências. | <http://www.senado.gov.br/atividade/
materia/detalhes.asp?p_cod_mate=98636>
Projeto de Lei no. 2009. Institui a Política Nacional dos Serviços Ambientais, o Programa Federal de
Pagamento por Serviços Ambientais, estabelece formas de controle e financiamento desse Programa,
e dá outras providências. | <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Projetos/PL/2009/msg447-090605.
htm>
Projeto de Lei do Senado, no. 33 de 2008. Dispõe sobre a Redução Certificada de Emissão (RCE)
(unidade padrão de redução de emissão de gases de efeito estufa). | <http://www.senado.gov.br/
atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=84038>
RESOLUÇÕES
Resolução do Banco Central (BACEN) no. 3.979 de 31 de maio de 2011. Dispõe sobre programas de
investimento agropecuário amparados em recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
I N FORMAÇÕE S A D IC IO N AIS
PLANOS
Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012. | <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Ministerio/
Plano%20Agr%C3%ADcola%20e%20Pecu%C3%A1rio/Plano_Agricola2011-2012%20-%20
ATUALIZADO.pdf>
40
21. Bibliografia
Documentos | Endereço eletrônico
A agricultura na EU: enfrentar o desafio das alterações climáticas | <http://bit.ly/shNgt4>
A Low Carbon Development Guide for Local Government Actions in China | <http://bit.ly/rLO0xu>
A short guide to the European Commission´s proposals for EU for rural development after 2013 | <http://
bit.ly/sLtFR7>
Best management practices for lowering greenhouse gases from pastoral farming | <http://bit.ly/uzPQT>
Brazilian greenhouse gás emissions: the importance of agriculture and livestock | <http://bit.ly/v5pLTE
Comunicação Nacional Inicial do Brasil à Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do
Clima | <http://bit.ly/tFAHXb
Estudo de baixo carbono para o Brasil: modelagem do uso da terra no Brasil | <http://bit.ly/s38bP>
Livro verde sobre a informação e a promoção dos produtos agrícolas: uma estratégia com grande valor
acrescentado europeu para promover os sabores da Europa | <http://bit.ly/vBO5D>
41
Plano nacional sobre mudanças Do clima | <http://bit.ly/t9tov2>
Práticas de gestão para redução da emissão de gases de efeito estufa e remoção de carbono na
agricultura, pecuária e engenharia florestal brasileira | <http://bit.ly/ujL8Y9>
Propostas empresariais de políticas públicas para uma economia de baixo carbono no Brasil: energia,
transportes e agropecuária | <http://bit.ly/cK2OEh>
Redução das emissões de carbono do desmatamento no Brasil: o papel do Programa Áreas Protegidas
da Amazônia (ARPA) | <http://bit.ly/w4bpto>
Resource guide for Indian Business: low carbon investment in India | <http://bit.ly/v5TnL1>
Soil carbon and organic farming: a review of the evidence of agriculture´s potential to combat climate
change | <http://bit.ly/v2iRgu>
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CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL – CNA
Equipe Técnica
Camila Nogueira Sande
Emanuela Da Rin Paranhos
Fabíola Salvador
Letícia Dias de Souza
Nelson Ananias Filho
Pablo Ulisses
Paulo Zarat Tavares
Rodrigo Justus de Brito
Apoio
Banco do Brasil
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
Realização
Embaixada Britânica
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
Agradecimentos
Fazenda Santa Brígida
Alysson Paolinelli
Elaboração
Medrado Consultores Agroflorestais Ltda
Fotos
Igo Estrela e Wenderson Araújo
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Apoio
Realização
,167,7872
,167,7872
www.canaldoprodutor.com.br/agriculturabaixocarbono
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