Shirink Stoping
Shirink Stoping
Shirink Stoping
Carla Nurbo
Humberto Anfonso
Mamudo Nazir
(licenciatura em geologia)
Universidade Rovuma
Nampula
Maio 2020
Dércio José Albano Colaço
Carla Nurbo
Humberto Afonso
Mamudo Nazir
Universidade Rovuma
Nampula
Maio 2020
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
2. METODOLOGIA ............................................................................................................... 4
3. OBJECTIVOS .................................................................................................................... 4
7. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 15
8. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 16
3
1. INTRODUÇÃO
A Lavra subterrânea é aquela executada no seio dos terrenos. É aplicável a corpos sob
espessas camadas de capeamento, cuja remoção seja antieconômica para lavra a céu aberto,
ou em casos impostos ( legislação mineira, jazidas sob cidades ou espessas lâminas dágua,
etc.)
Os métodos de lavra subterrânea são baseados em três princípios fundamentais: o de
abandono de pilares, o de enchimento e o de abatimento controlado do céu da mina. Esses
princípios se referem à maneira de se suportar a rocha encaixante, e o próprio minério,
durante a lavra. Se bem que, quase sempre, há necessidade de algum escoramento com meio
auxiliar ou temporário de suporte.
O presente trabalho tem como tema Métodos de lavra Subteranea com Suportes das
encaixantes “Recalque (Shrinkage Stoping)’’ , visa debruçar exactamente aquilo que é
este método no sentido de nos abrir mais um pouco a visão daquilo que acontece em algumas
minas, sobre tudo na lavra de extracção subterrânea. A escolha de um método de lavra é uma
das decisões mais importantes que são tomadas durante o estudo de viabilidade económica.
Na fase de planejamento, a selecção é baseada em critérios geológico, social, geográfico e
ambiental, todavia as condições de segurança e higiene devem ser garantidas durante toda a
vida útil da mina.
4
2. METODOLOGIA
O tipo de pesquisa adoptado para a elaboração e desenvolvimento do trabalho, dependeu de
fontes bibliográficas, que se resumem em manuais e/ou documentos em formato electrónico,
o uso da internet para o esclarecimento de vários conceitos, e tudo isto acompanhado com o
conhecimento adquirido desde o princípio da formação na área da Geologia.
3. OBJECTIVOS
3.1. Geral
Pesquisar e conhecer o Métodos de lavra Subteranea com Suportes das encaixantes
“Recalque (Shrinkage Stoping)’’
3.2. Específicos
Contextualizar termos relacionados com a labra subteranea;
Saber a sua Caracterização;
Saber a sua Aplicabilidade;
Saber o desenvolvemto do metodo;
Conhecer os equipamento utilizados;
Conhercer as suas vantagens e desvantagem;
5
Longwall
6
Em geral, são empregados em minérios de alto valor unitário, pois os custos com enchimento
e manutenção do minério em recalque são altos e a produtividade é baixa, onerando a lavra.
A diluição costuma ser baixa, o que depende muito da qualidade das encaixantes, do controle
do desmonte e da contaminação pelo material de enchimento. A recuperação costuma ser
alta, dado que a quantidade de minério deixada em pilares normalmente é baixa, isto e,
Normalmente, esses métodos são empregados em minérios de menor valor unitário, pois a
diluição costuma ser alta. A recuperação é frequentemente comprometida pelo abandono de
parte do minério onde a diluição é maior.
De acordo com Nicholas (op cit) esse método de lavra é operacionalizado com a abertura de
realces, utilizando o desmonte com explosivos onde a rocha desmontada vai sendo depositada
dentro do próprio realce abaixo da parte do corpo de minério ainda a desmontar, sendo
recuperada através de galerias desenvolvidas na parte inferior do realce, e serve para a
sustentação das rochas encaixantes e como piso de trabalho para os operários (Figura 7). Esse
método é bastante aplicado para corpos estreitos e com mergulho acentuado e quando os
maciços rochosos das encaixantes possuem competência limitada (Nicholas, op cit).
A perfuração costuma ser feita através de carretas de perfuração tipo jumbo ou mini jumbos,
carretas tipo wagon drill, eletro- hidráulicas ou pneumáticas ou de marteletes pneumáticos.
Em geral são utilizados furos com diâmetros entre 40 a 45mm (marteletes) ou 45 a 51mm
(jumbos e wagon drills). É semelhante ao cut & fill. A sequência inicial para o
desenvolvimento é idêntica. Contudo, é comum fazer-se uma série de pontos de descida de
minério (cones interligados) a partir do crosscut. A principal diferença entre cut & fill e
8
shrinkage é que o minério partido é deixado no local para suportar as paredes laterais e
formar o piso de trabalho com o progresso do stope.
Para a aplicação do método, a rocha do minério deve ser resistente bem como as encaixantes.
O corpo de minério pode ter qualquer forma porém com limites bem definidos. O mergulho
do corpo de minério deve ser preferencialmente acima de 50º para permitir o fluxo livre do
minério por gravidade. O desenvolvimento da lavra geralmente se dá por galerias dentro do
corpo de minério, separadas verticalmente por níveis que variam de 30 a 180 metros. Após a
definição dos limites do corpo de minério, são feitos raises para se comprovar a continuidade
do corpo e também para se fornecer ventilação e entrada para suprimentos e operadores. Para
as atividades de perfuração, são utilizadas perfuratrizes manuais na lavra e jumbos podem ser
empregados no desenvolvimento dos níveis. Para a limpeza das frentes de desenvolvimento e
nivelamento do piso de trabalho podem ser utilizadas carregadeiras do tipo LHD (load haul
dump) ou escavadeiras de pequeno porte. O carregamento do material pode ser feito por meio
de vagonetas que devem ser instaladas sobre os chutes de minério ou por caminhões
rebaixados. A figura 14 ilustra um modelo esquemático de lavra por recalque.
9
6.2. Aplicabilidade
Em corpos de céu e minério fortes (pelo menos o céu deve ser forte), mergulho superior a 45o
e potências pequenas ou não muito grandes (vieiros). Ocasionalmente em maciços, como
subsidiário de outros métodos. O método é simples, requer um mínimo de escoramento,
dispensa paleação e é de baixo custo. A extração é praticamente total em vieiros estreitos.
O método de recalque pode ser usado: quando o corpo de minério tem um mergulho que
excede o ângulo de repouso natural, tem limites regulares e não é afetado pela permanência
no alargamento. A rocha encaixante e o minério devem ser competentes (RMR maior que
60). Segundo Hustrulid (1982), é um método aplicável às seguintes condições:
10
Corpos bastante regulares em teor, forma e com paredes que não apresentem
esfoliação na operação para evitar perdas e contaminações.
Atualmente este método vem caindo em desuso devido à busca por maiores produtividades,
devido às dificuldades operacionais como perfuração manual, e também porque o retorno
financeiro é demorado.
6.3. Desenvolvimento
Além dos acessos e conexões, compreende central de transporte no nível ou nos subníveis e
subidas, comumente no minério. Geralmente essas centrais distam de 30 m a 60 m entre si
(em profundidade), dependendo de menor ou maior facilidade de escoamento do minério
desmontado armazenado. As subidas de acesso aos diversos alargamentos de cada central são
executadas de cada 30m a 100 m, conforme a consideração anterior e o armazenamento
tolerável. Os alargamentos São abertos a partir de uma subida central, de duas extremas ou de
várias subidas.
No caso de centrais abertas no minério, elas são fortemente protegidas por paliçadas, com
chutes a cada 6 a 10 m, ou é deixado um longo pilar de proteção. Em alguns casos, as centrais
11
O carregamento do minério pode ser feito com carregadeiras rebaixadas tipo LHD a partir
dos pontos de carga, quando são usados caminhões em sistemas sem chutes ou a partir de
chutes ou carregadeiras tipo overshoot loader, quando se utilizam trens.O Carregamento ou
Transporte podem ser utilizadas várias combinações:
Carregadeiras frontais.............Caminhão
LHD........................................LHD Caminhão
O transporte pode ser feito por caminhões ou trens com vagões de pequeno porte. Quando são
usados caminhões, estes são rebaixados e articulados e variam em capacidade, de 15t até 20t
a 25t. Quando são usados trens, os vagões costumam ser do tipo gramby com 4t a 8t de
capacidade, em trens com 8 a 12 vagões por composição.
6.4. Lavra
Comporta várias modalidades, uma delas faz com que o minério da abertura de alargamento
caia na central e ai é carregado e transportado; estabelece-se paliçada de proteção, com portas
e bicas para a necessária descarga do minério desmontado, mantendo uma frente livre de 2 a
3m acima do empilhamento ( c ) . O acesso e a ventilação se fazem por passagens nas
extremidades, emadeiradas ( A ), ou por passagens auxiliares ( P ), todas gradativamente
aumentadas à medida do avanço de alargamento. Afrente de avanço é, comumente,
sensivelmente horizontal, às vezes estagiada ou corrida.
12
6.5. Vantagens
Baixo custo no desenvolvimento e boa recuperação.
6.6. Desvantagens
Requer desmonte em fragmentos pequenos, para evitar o engaiolamento nas portas de
descarga;
Inflexibilidade do método;
Difícil de lavrar zonas ricas e o desmonte deve ser relativamente fino para não entupir
os chutes;
7. CONCLUSÃO
Neste trabalho que acabamos de ler que foi tratado essencialmente o método com suporte da
encaixantes em mineração, fez se um breve resumo sobre o tal tema, aprofundando e dando o
máximo das informações sobre este método. Método de lavra é a coordenação do conjunto do
trabalho, para a retirada mais completa, mais económica, mais segura e mais rápida do
minério ou massa mineral. Obviamente o método mais eficaz para certa situação será aquele
que minimize os problemas atendendo aos requisitos de cada método.
8. BIBLIOGRAFIA
HUSTRULID, H. L. Underground Mining Methods Handbook, pp. 362-482. 1982. Lima, A.
A.; Oliveira, W. L.; Alcântara, W. W. M; Leite, E. N.; Sarmento, H. J. L.; Alves, C. S.;
Silva, C. A. V. . Modificação do Método de Lavra Subterrânea Visando MACÊDO, A. J. B.
de; BAZANTE, A. J.; BONATES, E. J. L. (2001). Selecção do método de lavra: arte e
ciência. Revista Escola de Minas. v. 54(3). Acesso: www.scielo.br
NOVITZKY, A. Metodos de Explotacion Subterranean y Planificacion de Minas, pp. 250-
282. 1975.
SILVEIRA, T.; Girodo, A. C. Métodos e equipamentos de mineração com vistas à melhoria
da produtividade. IV Congresso Brasileiro de Mineração, IBRAM, 64p. 1991.
STEWART, D. (ed). Design and Operation of Caving and Sublevel Stoping Mines. AIME,
pp. 425-640. 1981.
PINHO, R.; Ambrósio Jr, G.; Rocha, J. C. F.; Pinheiro, N. A Aplicação do VRM na lavra
subterrânea de realces e pilares da Mineração Caraíba. I Congresso Brasileiro de Mina
Subterrânea. 2000.