10486-Texto Do Artigo-30700-1-10-20150604
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Abstracts: This article analyzes the political and social repression that followed the
course of the constitutionalist revolution of 1932 in São Paulo city and assesses the
impact of practices restraint in affected organizations, especially trade unions e
parties led by activist of the social revolution. The main sources for the preparation of
the text documents are produced by DEOPS/SP.
Keywords: Revolution. São Paulo. DEOPS/SP.
1 Mestre em História e Doutor em Sociologia pela Unesp, é professor da Fundação Escola de Sociologia
e Política de São Paulo.
2 Sobre o assunto, ver BORGES, Vavy Pacheco. Memória Paulista. São Paulo: Edusp, 1997.
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3 Nunca é demais lembrar que os “mártires da revolução” (os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e
Camargo) foram incluídos no ano de 2012 no Livro dos Heróis da Pátria ou Livro de Aço, por decreto
sancionado pela Presidenta Dilma Roussef (Lei Federal 12.430 de 20 de junho de 2011).
4 Cito por exemplo o trabalho do historiador e professor da UFSCar Marco Antônio Villa 1932:
imagens de uma revolução (Prensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008) e do jornalista e
historiador Osvaldo Faustino Legião negra: a luta dos afro-brasileiros durante a revolução
constitucionalista de 1932 (São Paulo, editora agora, 2011).
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5 Comentando sobre as quedas dos quadros dirigentes do PCB ocorrida em São Paulo em 1932
(assunto que será abordado posteriormente neste trabalho) comenta Leôncio Basbaum: “Praticamente
se acabara o PCB em São Paulo, onde, aliás, nunca fora grande coisa”. (BASBAUM, 1976, p.111). Sobre
as deficiências do PCB na capital paulista, afirma Octávio Brandão: “São Paulo sempre foi uma das
nossas falhas, sempre as nossas posições foram fracas” (BRANDÃO, 1993, p.35).
6 Embora a atividade sindical comunista fosse considerada, pelos próprios, insuficiente em São Paulo,
Vol.2. doc.18.
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8 Entre esses, encontravam-se a União dos Trabalhadores da Light, Sindicato dos Manipuladores de
Pão, Liga Operária da Construção Civil, União dos Artífices em Calçados, Sindicato dos Vendedores
Ambulantes, União dos Operários Metalúrgicos, União Geral dos Profissionais do Volante, Sindicato
dos Operários em Fábricas de Chapéu, Sindicato dos Alfaiates de São Paulo, União dos Operários em
Fábricas de Vidro, Sindicato dos Ferroviários do Estado de São Paulo, União dos Ladrilheiros, União
dos Operários em Ofícios Vários, Liga Operária da Lapa e Água Branca, Liga Operária da Vila
Anatácio, União dos Canteiros de Itatiba e União dos Trabalhadores Gráficos. Sobre o assunto, ver:
Prontuário DEOPS n. 716 da FOSP, vol 2 (informes reservados) e Prontuário n. 2.431 do PCB vol.4.
“Informação reservada” de 02/08/1934.
9 “FOSP”. Prontuário DEOPS/SP n.716 da FOSP vol. 3.
10 Uma apreciação resumida das atividades da FSR em São Paulo e das práticas de contenção do
DEOPS sobre a entidade no ano de 1931 consta do “relatório sobre sindicatos”, enviado do DEOPS
para o Gabinete de Investigações: “Tem funcionado sempre clandestinamente e sem sede declarada.
Suas reuniões são efetuadas ora na residência de um membro, ora na residência de outro. A polícia,
diversas vezes, tem varejado a casa onde os elementos se reuniam. Os componentes da FSR são
membros da comissão de agitação e propaganda do PCB, sua atividade é desenvolvida nos centros
operários e procurando se infiltrar-se nos seus sindicatos, afim de capturar a simpatia do proletariado.
Geralmente são escolhidos indivíduos de fácil oratória, conhecedores profundos dos assuntos sociais e
que sabem cativar os auditórios. Até escolas comunistas freqüentam para esses fins. A FSR não conta
com grandes elementos para um movimento grevista em São Paulo. Entretanto, iniciada uma greve, a
FSR incontinenti, procura se assenhorar da situação, por meio dos seus agentes que se infiltram nos
meios operários, até conseguir ‘desideratum’, haja visto o movimento de maio do ano corrente na SPR
e outras indústrias”. “Relatório sobre sindicatos”. Prontuário DEOPS/SP n.880 da Federação Sindical
Regional de São Paulo.
11 “Informação reservada”. Delegado de Ordem Social, 02/08/1934. Prontuário DEOPS/SP n. 2431 do
PCB.
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continente, por esse ser o seu maior centro industrial. “Assim os comunistas foram se
concentrando na capital paulista, estabelecendo ligações com o interior, formando
células e aplicando diretamente, no meio paulista, as ordens emanadas do
Komintern”(CAMPOS, 2000, p.152). No final de 1931, a FSR realizou a conferência
da unidade sindical, participando os sindicatos dos metalúrgicos unidos, do vestuário
e dos madeireiros. A UTG dos gráficos trotskistas, em turras com os dirigentes
anarquistas da FOSP, também se fez representar no congresso da FSR, que por sinal,
teve suas plenárias invadidas pelos policiais do DEOPS12.
A crescente presença dos comunistas em São Paulo, disputando espaço com
os anarcossindicalistas nos meios operários, despertou os investigadores da polícia
política para as diferenças ideológicas e de atuação entre os militantes do partido e
das organizações ácratas. Tais diferenças, conhecidas desde antes pelas autoridades,
ganharam nova ênfase nos documentos da policia a partir do momento em que a
influência da FSR fez-se sentir com maior ressonância nas organizações operárias
oficializadas pelo Departamento do Trabalho.13 Foi com a “permanente agitação”
promovida pelos comunistas nos meios sindicais que os policiais paulistas passaram
a produzir relatórios que referenciavam a estrutura e o funcionamento do aparelho
burocratizado do partido, apontando suas distinções em relação às organizações
sindicais independentes, que até então eram os segmentos “privilegiados” na
elaboração dos roteiros de investigação e contenção desenvolvidos pela agência. A
medida evidencia o pragmatismo orientador da atividade policial, que selecionava
seus “alvos” conforme as exigências da época e o conhecimento capturado in loco, no
cenário do conflito. Outro fato que chamou a atenção dos policiais sobre as atividades
clandestinas do aparelho do PCB foi a transferência da cúpula partidária do Rio de
Janeiro para São Paulo.
A empreitada de transferir o Comitê Central (C.C.) do partido do Distrito
Federal para a capital paulista, efetivada com intuito de reforçar a atividade sindical
12Sobre o assunto, ver: Prontuário DEOPS/SP n. 880 da Federação Sindical Regional de São Paulo.
13O sucesso dos comunistas nos sindicatos legais, em 1932, seria avaliado pelo DEOPS num relatório
elaborado em 1935 com o escopo de refazer o histórico da propaganda comunista anteriormente
verificada em São Paulo: “Do trabalho sindical resultaram conseqüências imediatas, entre elas a
criação de um permanente estado de agitação em vários sindicatos notadamente bancários,
comerciários, contadores, ferroviários, agitação essa capeadas pelas reivindicações econômicas de
classe. Os movimentos grevistas da época tiveram notória publicidade, salientam recordar, entre eles o
de têxteis e ferroviários da SPR, dirigida por comunistas, e padeiros, que embora orientada por
anarquistas, foi largamente explorada pelo partido comunista como movimento de massas”. “A
propaganda comunista no Estado de São Paulo”. 10/07/1935. Prontuário DEOPS/SP n.2431 do PCB.
Vol 9.
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PCB. Vol 9.
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combinou-se com à forte intervenção policial no seio das “classes perigosas”. Assim
como nos anos de chumbo da implacável repressão bernardista, ocorreram prisões
em massa de operários, incluindo mulheres e crianças. Estimou-se em 6.800 o
número de pessoas detidas pela polícia durante o conflito. 16 Os partidários da
revolução social denunciavam, em boletins distribuídos nas ruas da cidade, a
arbitrariedade das diligências e prisões promovidas pela polícia política. Alguns
desses manifestos foram apreendidos pelo DEOPS e, como de costume, seu destino
era o arrolamento aos prontuários dos militantes. Esses documentos, guardados pela
polícia, ajudam hoje a dimensionar a intensidade da repressão que se abateu sobre o
movimento operário de São Paulo – pauta pouco discutida pela historiografia –
durante os meses da revolução constitucionalista.
16 Sobre o assunto, ver: O que era proibido dizer, cartilha escrita pelo trotskista Mário Pedrosa e
publicada pela LCI. Um exemplar, apreendido pela polícia, pode ser observado no Prontuário
DEOPS/SP n.2030 de Mário Pedrosa.
17 “O Socorro Vermelho protesta energicamente contra as bárbaras perseguições praticadas pela polícia
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memórias, quando após ser preso em São Paulo e remetido ao Rio de Janeiro, acabou
por desembarcar na Ilha Grande sem nenhuma referência de até quando seria
obrigado a cumprir a penitência requisitada pelos policiais paulistas.
18 Em 1932, o número estimado de militantes era de 1.500. No final de 1933, as estimativas policiais
calculariam em 3.000 o número de adeptos do partido. Sobre o assunto, ver: “A propaganda
comunista no Estado de São Paulo”. 10/07/1935. Prontuário DEOPS/SP n.2431 do PCB. Vol. 9.
19 Sobre o assunto, ver: BASBAUM, 1976; DULLES, 1977; PINHEIRO, 1993.
20 Uma cópia da célebre auto-critica de Astrojildo, elaborada no momento de sua retirada do comando
do PCB, na qual “se considera incapaz de dirigir o partido e afirma que se retirava do palco para a
platéia” repousa em seu prontuário DEOPS/SP, de n. 44.
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fosse médico e pertencente a uma tradicional família de políticos, foi um dos quadros
mais identificados com a política de subordinação ao Komintern e as suas diretrizes21.
A disputa entre os quadros dirigentes arrefecia as normas internas de
segurança que deviam preservar o organismo clandestino do partido das investidas
policiais.22 Leôncio Basbaum, então secretário do C. R. de São Paulo, militante tido
como intelectual, cuja influência nas bases do partido era visceralmente combatida
por Fernando de Lacerda e sua mulher, Erecina (Cina) – elevada ao Comitê Central
por imposição do marido – relembra até que ponto as divergências entre os quadros
de direção comprometiam a segurança do organismo partidário:
21 Segundo John Foster Dulles: “Inêz Guralsky e Fernando de Lacerda [...] levaram a política do
obreirismo bem além do que seria o desejo de Ferreira Lima: negaram aos intelectuais o direito de
voto nas reuniões do C.C. [...] Fernando de Lacerda tornou-se o novo secretário geral, enquanto Inêz
mandava no partido” (DULLES, 1977, p.389).
22 As condições de admissão dos partidos comunistas, elaboradas desde o I Congresso da III
Internacional, previam a criação de um organismo legal e outro clandestino, protegido da reação, que
devia estar apto para coordenar as atividades de agitação e propaganda mesmo nos momentos de
maior repressão: “Em quase todos os países da Europa e da América, a luta de classes entra no período
da guerra civil. Em tais condições, os comunistas não podem confiar na legalidade burguesa. Por isso é
seu dever criar paralelamente à organização legal, um organismo clandestino, capaz de cumprir no
momento decisivo o seu dever para com a revolução. Em todos os países onde, devido ao Estado de
Sítio ou as leis de exceção, os comunistas não tenham a possibilidade de desenvolverem legalmente
toda a sua ação, é indubitavelmente necessário coordenar a atividade legal e a ilegal”. 3a condição de
Ingresso na Internacional. In Os quatros primeiros congressos da Internacional Comunista.
Edições Maria da Fonte, p. 119.
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fomentavam um especial ódio aos comunistas lituanos. “[...] os lituanos, comunistas, eram odiados
pela polícia. Quem tivesse cabelo loiro e olhos azuis apanhava desde a detenção, mesmo que fosse
simplesmente suspeito” (MAFFEI, 1984, p. 92)
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Húngara de São Paulo e o Centro Lituano de Cultura da Vila Zelina29), teriam seus
ativistas presos e suas sedes ocupadas pela polícia. Os simpatizantes da comunidade
judaica, “que muito contribui para a propaganda subversiva clandestina, sendo
elemento de destaque na organização comunista denominada O Socorro
Vermelho”30, também sofreriam com as apreensões e prisões policiais.
Embora as denúncias dos infiltrados corroborassem grande parte das
investigações e prisões efetuadas em 1932 – como no caso das supostas delações de
Sebastião “Gaguinho”, “policial declarado e responsável de imprensa do PC, da JC e
do SVI roubada pela policia”31 ou do lituano João Gerulaits, o qual se tornou
reservado da polícia após sua prisão na casa de Olga Pandarsky e que
“gratuitamente prestou relevantes serviços à ordem social”, facilitando a
“desarticulação de um importante núcleo comunista dirigente no setor estrangeiro,
bem como a apreensão de uma bem montada tipografia dos comunistas lituanos”32 –
a intensa repressão forneceu ao DEOPS um novo cabedal de informações e de saberes
sobre o PCB, permitindo aos agentes aprimorar suas técnicas investigativas. Na casa
de Fernando de Lacerda, preso em maio durante as agitações sindicais, foram
encontrados os arquivos do PCB33. A quantidade enorme de documentos internos
apreendidos, composto de minuciosas atas de reuniões de células e dos comitês
deliberativos, informes da direção nacional e do bureau sul-americano, entre
outros34, ampliava o leque de informações da policia política sobre o modus operandi
da organização. O conteúdo dos documentos, analisados pelos policiais, permitiu
também a caracterização mais precisa, por parte das autoridades, das normas de
conduta e meios de atuação utilizados pela militância comunista. Os documentos
apreendidos corroboravam informações outrora levantadas por secretas e traziam
novos dados para a elaboração das diligências policiais.
29 Sobre o assunto, ver os prontuário DEOPS/SP n. 538 e n.539, da Sociedade Amizade Húngara de
São Paulo e do Clube Lituano de Cultura, respectivamente.
30 “Informação reservada” 02/10/1934. Prontuário DEOPS/SP n. 2431 do PCB, vol.4.
31 “Circular da Comissão da Juventude Comunista de São Paulo”. Prontuário DEOPS/SP n. 2391 de
Noé Gertel.
32 “Comunicado referente ao requerimento de naturalização de João Gerulaits”. Delegado Manuel
técnica do partido, e isso foi corroborado pela abundante cópia de material interno”. Prontuário
DEOPS/SP n. 2431 do PCB. Vol.4.
34 Os documentos apreendidos na ocasião podem ser observados no prontuário DEOPS/SP n. 780 de
Fernando de Lacerda.
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35 A prática da manutenção de arquivos pelas camadas dirigentes do PCB permitiria aos agentes da
polícia a descoberta de outros crimes, para além dos delitos contra a ordem política e social. Esse foi o
caso do célebre assassinato de Elvira Cupelo Calônio, ou “Elza Fernandes”, mulher de “Miranda” ou
Américo Maciel Bonfim, secretário do PCB durante o episódio da malograda intentona de 1935 e
apontada falsamente como uma agente provocadora. O inquérito sobre o “justiçamento” de Elza só
seria aberto pelos policiais devido aos documentos que caíram com Luis Carlos Prestes em sua célebre
prisão na Rua Honório em 1936. A investigação somente seria encerrada em 1940, quando “caiu” o
C.C. do PCB sediado no Rio de Janeiro acarretando a prisão dos demais acusados do assassinato, entre
eles Adelino Deycola dos Santos “Tampinha”, Lauro Reginaldo da Rocha “Bangu”, Honório de Freitas
Guimarães “Martins” e Eduardo Ribeiro Xavier “Abóbora”. É interessante lembrar que nessa ocasião
também foram apreendidos novamente os arquivos do PCB, encontrados na casa de “Abóbora”. O
episódio será analisado no quarto capítulo deste trabalho. Sobre o assunto, ver no Cedem/Unesp no
Fundo DK os documentos referentes aos processos do TSN contra militantes do PCB. Na caixa 2
repousa uma cópia do processo n.1.381sobre o caso de Elvira Calônio.
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36 Existem diversos relatórios nos prontuários do DEOPS que evidenciam e caracterizam a organização
do PCB e os modos e meios de atuação das instâncias partidárias clandestinas e dos militantes. Alguns
repousam no prontuário n. 2431 do PCB em seus diversos volumes. O primeiro documento elaborado
com essa finalidade é datado de novembro de 1932 (vol.7), corroborando a afirmação de que foi a
partir da queda do arquivo do partido, em maio do respectivo ano, que o DEOPS/SP passou a
sistematizar estas informações.
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37“O Partido Comunista, sua estrutura orgânica, métodos e táticas”. Novembro de 1932. Prontuário
DEOPS/SP n.2.431 do PCB vol. 7.
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38 Idem.
39 “Célula comunista varejada pela polícia”. 04/09/1933. Prontuário DEOPS/SP n.2431 do PCB. Vol.1.
40 Idem.
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41 “Célula comunista varejada pela polícia”. 04/09/1933. Prontuário DEOPS/SP n.2431 do PCB. Vol 1.
42 Idem.
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49Idem.
50Segundo depoimento de Sebastião Francisco ao DEOPS carioca em 1940 – quando da queda do C.C.
do PCB que funcionava no Rio de Janeiro – a reunião na Escola de Capacitação comunista que o levou
à prisão em 1933 tinha como escopo reorganizar diversas comissões do partido destruídas pela
repressão de 1932. Tal fato não foi mencionado pelos policiais no relatório elaborado à época,
demonstrando que os agentes envolvidos na diligência, embora houvessem percebido que a escola era
mantida pela cúpula partidária e destinada ao aprimoramento de militantes “maduros”, não
perceberam o verdadeiro intuito dos comunistas naquela ocasião. Sobre o assunto, ver no
Cedem/Unesp, fundos Dainis Karepovs, na caixa 2, referente ao processo do TSN n.1.362, o termo de
declaração de Sebastião Francisco ao DEOPS/RJ em 13/05/1940.
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No início dos anos 1930, as idéias fascistas se espalhavam por São Paulo e
conquistavam novos adeptos, fornecendo renovado alento aos críticos do socialismo
revolucionário. A vitória nazista na grande potência alemã faria exportar as idéias
xenófobas e anti-semíticas do partido, que encontrariam entusiastas nos meios
intelectuais da cidade. Em novembro de 1933, o jornalista Assis Chautebriand
publicaria no Diário da Noite o artigo As águas turvas do socialismo. O ensaio,
recheado das idéias “renovadoras” do nazismo e do fascio italiano, demonstra como o
ideário totalitário permitia a reconstrução, sob nova argumentação, de velhos
preceitos das elites políticas conservadoras nacionais, sempre pouco afeitas à idéia da
participação popular nos assuntos referentes ao poder:
52“As águas turvas do socialismo”. Artigo publicado no Diário da Noite em 08/11/1933. Prontuário
DEOPS/SP n.1.009 do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Vol.1.
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Referências bibliográficas
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