ATV. TRIBUTÃ - RIO - Fichas
ATV. TRIBUTÃ - RIO - Fichas
ATV. TRIBUTÃ - RIO - Fichas
Fato Gerador:
O fato gerador do ITBI é a transmissão da propriedade de um bem imóvel. Isso pode
ocorrer de diversas formas, como em casos de compra e venda, doações, permutas, heranças,
cessões de direitos e até mesmo em fusões de empresas quando envolvem imóveis. Esse
tributo é devido no momento da formalização do ato que gera a transferência, que pode ser
representado por um contrato, escritura pública ou outro instrumento legal.
Base de Cálculo:
A base de cálculo do ITBI varia conforme a legislação municipal. Geralmente, é
determinada com base no valor venal do imóvel, que é uma estimativa feita pela prefeitura do
valor pelo qual o imóvel seria negociado no mercado, ou no valor da transação, prevalecendo
o maior desses valores. É importante notar que alguns municípios podem ter regras
específicas para determinar a base de cálculo, como descontos para imóveis de interesse
social.
Alíquota:
Registro e Fiscalização:
A complexidade das regras do ITBI pode ser acentuada pela diversidade de legislações
municipais. Cada município pode ter suas próprias normas e procedimentos, o que exige que
compradores, vendedores e seus representantes estejam atentos às particularidades locais para
garantir a conformidade fiscal em suas transações imobiliárias.
Portanto, o ITBI é um tributo de relevância no contexto da transferência de bens
imóveis, com nuances importantes que variam de acordo com a legislação de cada município,
tornando fundamental uma análise minuciosa das regras aplicáveis em cada situação.
Recomenda-se sempre contar com o apoio de profissionais especializados em direito
imobiliário e tributário para assegurar o correto cumprimento das obrigações relacionadas a
esse imposto.
I. REGIME GERAL
O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é um tributo brasileiro que incide sobre
a propriedade de imóveis localizados em áreas urbanas, sejam eles residenciais, comerciais ou
industriais. Este imposto é uma importante fonte de receita para os municípios, sendo
utilizado para financiar serviços públicos, como a infraestrutura urbana, a educação, a saúde e
a segurança, que são fundamentais para o bem-estar da população local.
O imposto predial e territorial urbano (IPTU) tem como base para sua incidência (fato
gerador) a propriedade, o domínio útil ou a posse de um bem imóvel localizado em uma zona
urbana municipal.
Conforme estabelecido no artigo 156, inciso I, da Constituição Federal de 1988, a
competência para criar impostos sobre a propriedade de imóveis urbanos recai sobre os
Municípios e o Distrito Federal. Isso implica que todo indivíduo que seja proprietário,
detentor do domínio útil ou possuidor com intenção de posse deverá cumprir com o
pagamento deste imposto municipal, o qual incide sobre a propriedade de imóveis localizados
em áreas urbanas. O critério para definir o que constitui uma área urbana está disposto no
artigo 32 do Código Tributário Nacional.
A delimitação da zona urbana é estabelecida por meio de legislação municipal.
Conforme o Código Tributário Nacional, no entanto, para que um determinado local seja
considerado como zona urbana, é necessário que contenha, no mínimo, dois dos seguintes
melhoramentos: (i) meio-fio ou calçamento, com sistema de canalização de águas pluviais;
(ii) fornecimento de água potável; (iii) sistema de esgotamento sanitário; (iv) rede de
iluminação pública; (v) existência de escola primária ou posto de saúde a uma distância
máxima de três quilômetros do imóvel em questão.
Dessa forma, uma região será considerada urbana de acordo com a legislação
municipal vigente, desde que apresente melhoramentos urbanos, tais como pavimentação,
fornecimento de água, e iluminação pública, entre outros. Para que um imóvel seja
classificado como urbano, é necessário que este contenha pelo menos dois dos cinco
melhoramentos mencionados no referido artigo, incluindo o seu parágrafo 1º. Além disso, o
imposto predial e territorial urbano (IPTU) também pode incidir sobre imóveis localizados em
áreas de expansão urbana, conforme previsto no parágrafo 2º do artigo 32 do CTN. Portanto,
mesmo que nenhum dos tipos de melhoramentos citados esteja presente nessas áreas de
expansão, o imposto poderá ser exigido do proprietário do imóvel.
III. CARACTERÍSTICAS
Regime Geral do IPTU: O IPTU é um imposto municipal, o que significa que sua
regulamentação e arrecadação são de responsabilidade das prefeituras municipais. Cada
município pode estabelecer suas próprias regras e alíquotas para o IPTU, dentro dos limites
estabelecidos pela Constituição Federal e pelas legislações estaduais. Geralmente, o imposto é
cobrado anualmente, podendo ser parcelado em várias prestações ao longo do ano.
Base de Cálculo do IPTU: A base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel, ou seja, o valor
de mercado que ele teria em uma transação de compra e venda. Esse valor é determinado pela
prefeitura com base em critérios como a localização, o tamanho do terreno, a área construída e o
padrão do imóvel. Sobre o valor venal, aplica-se a alíquota estabelecida pelo município para
calcular o valor do imposto devido.
IPTU ITR
IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE
PREDIAL E TERRITORIAL URBANA TERRITORIAL RURAL
IPTU: Incide sobre imóveis ITR: Incide sobre imóveis
OBJETO TRIBUTAÇÃO localizados em áreas rurais, ou seja,
urbanas, ou seja, em propriedades localizadas
cidades. em áreas rurais.
O fato gerador do ISS é a prestação de serviços de qualquer natureza, realizada por empresas
ou profissionais autônomos, no âmbito do município. Este aspecto material indica que o
imposto incide sobre a atividade de serviços em si, independentemente de sua forma, natureza
ou complexidade. Isso é um reflexo da ampla gama de serviços que podem ser tributados,
abrangendo desde serviços técnicos, profissionais e de consultoria até serviços mais
tradicionais, como os de limpeza e transporte.
O aspecto temporal do fato gerador se dá no momento em que o serviço é efetivamente
prestado. Isso significa que o ISS incide no exato instante em que a atividade de serviço é
executada, tornando-se devido na data do seu efetivo fornecimento. Essa característica
temporal é fundamental para determinar a ocorrência do fato gerador e, por consequência, a
obrigação tributária do contribuinte.
“A competência para cobrança do ISS, sob a égide do DL 406/68 era o do local da prestação
do serviço (art. 12), o que foi alterado pela LC 116/2003, quando passou a competência para o
local da sede do prestador do serviço (art. 3º)”. (Primeira Seção, REsp 1.117.121/SP, rito do
art. 543-C do CPC, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe 29.10.2009).
A base de cálculo do ISS é o valor total do serviço prestado. Ela serve como referência
para o cálculo do valor a ser pago ao município. No entanto, é importante mencionar que o
valor da base de cálculo pode ser reduzido em função de descontos ou deduções previstos na
legislação municipal, desde que respeitados os limites estabelecidos pela Constituição
Federal.
As alíquotas do ISS são determinadas pelo próprio município, observando o limite
máximo estabelecido pela Constituição. Isso proporciona uma certa autonomia aos entes
municipais para decidirem as taxas que consideram adequadas para sua realidade econômica.
Entretanto, a aplicação das alíquotas deve ser uniforme para serviços similares, evitando-se
tratamento discriminatório.
CRITÉRIO QUANTITATIVO – ALÍQUOTAS
● Importante ressaltar que a base de cálculo do ISS não abrange: Valores referentes a
tributos exigidos por outros entes; Despesas e valores de terceiros; Meros reembolsos
de despesas, correções monetárias e juros; Descontos concedidos.
COBRANÇA DO ISS
No presente caso, o evento que deu origem à ação executiva está relacionado ao
período em que a DL 406/68 estava em vigor. A própria sentença já atestou que a recorrente
tem sua sede na cidade de Osasco/SP, e não houve qualquer discussão sobre a existência de
fraude relacionada a essa localização. Portanto, o Município de Tubarão não possui
competência para exigir o ISS sobre as transações realizadas pela empresa Potenza Leasing
S.A. Arrendamento Mercantil. Em vista disso, é necessário acolher os Embargos do Devedor
e inverter os ônus sucumbenciais.
Da relação com o ICMS, em especial sobre o aspecto da bitributação e as soluções dadas para
eventuais controvérsias.
A bitributação ocorre quando uma pessoa física ou jurídica é cobrada pelo mesmo
tributo por dois entes públicos distintos, como a União, estados e municípios.
Conforme estabelecido na Constituição Federal, essa prática é considerada ilegal. No
entanto, a bitributação pode ocorrer, especialmente quando há discordância entre os diferentes
órgãos federativos responsáveis pela cobrança de tributos.
Por lei, apenas dois casos de bitributação são permitidos:
● Em situações de iminente guerra externa, permitindo que o governo federal institua
impostos extraordinários;
● Em casos de bitributação internacional, quando dois países cobram impostos idênticos
sobre uma mesma fonte de renda, como lucros, dividendos, royalties e outros.
Em geral, as pessoas jurídicas (PJ) têm uma maior probabilidade de enfrentar situações
de bitributação em comparação com as pessoas físicas (PF). Dois exemplos de tributos que
podem ser cobrados duas vezes para um mesmo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)
são o ISS (Imposto sobre Serviço) e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação).
O ISS é um tributo municipal que incide sobre empresas que prestam serviços. A
bitributação ocorre quando duas prefeituras divergem sobre qual delas deve receber o
imposto. Isso é mais comum quando uma empresa possui sua sede registrada em uma cidade,
mas suas atividades de prestação de serviços ocorrem em outra. Naturalmente, o ISS é
cobrado pela prefeitura onde o CNPJ foi registrado, conforme a Lei Complementar 116/03.
No entanto, o órgão fiscalizador da cidade onde a empresa efetivamente presta os serviços
também pode exigir o pagamento do ISS.
No caso do ICMS, a bitributação acontece quando a empresa precisa pagar o imposto
tanto no estado onde está localizada sua sede como no estado de destino da mercadoria. O
planejamento tributário, também conhecido como elisão fiscal, consiste em um conjunto de
análises, medidas e estratégias destinadas a identificar meios legais de minimizar a carga
tributária de uma empresa. É altamente recomendável que seja elaborado por profissionais
contábeis, pois esse planejamento contribui para uma compreensão mais clara das obrigações
fiscais que a empresa deve cumprir, ao mesmo tempo que ajuda a evitar a bitributação.
REFERÊNCIAS:
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 23. ed. São Paulo : Saraiva Educação,
2019.
MOTA, Douglas; TOSCHI, Caio. IPTU: entenda como funciona e como é calculado pelos
municípios.Jota Info, 2021. Disponível em:
https://www.jota.info/tributos-e-empresas/tributario/iptu-entenda-como-funciona-e-como-e-ca
lculado-por-municipios-13052021 Acesso em: 16/09/2023.