Curso 245762 Aula 01 4414 Completo
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20 de Abril de 2023
Índice
1) Considerações Iniciais
..............................................................................................................................................................................................3
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, Estrategista!
Professor André Rocha passando para dar alguns breves recados em mais uma aula que iniciamos.
Minha ideia é sempre trazer um conteúdo objetivo e direcionado, sem, contudo, deixar de aprofundar
no nível necessário exigido em prova.
Mais do que tornar você um especialista no assunto, meu objetivo é fazer você assinalar a alternativa
correta em cada questão, aumentando as chances de aprovação. Isso muitas vezes passa não pelo
esgotamento do assunto em si, mas pelo foco naquilo que realmente importa e pela identificação de
assertivas/alternativas incorretas.
==18d107==
Nesse sentido, a resolução das questões do livro digital (PDF) é essencial porque também contém
parte da teoria atrelada. Ademais, lembre-se que temos também as videoaulas de apoio, mas o estudo pelo
livro digital é sempre mais ativo e completo!
Dito isso, já podemos partir para o que interessa: MUITO FOCO a partir de agora!
Instagram: @profandrerocha
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A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), instituída pela Lei nº 6.938/81, estabelece o Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) como o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do
Meio Ambiente (SISNAMA).
Como órgão consultivo e deliberativo, o CONAMA é responsável por assessorar, estudar e propor ao
Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e
deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida (Lei nº 6.938/81, art. 6º, II).
Nesse contexto, a Lei nº 6.938/81 determina como um dos instrumentos da PNMA o estabelecimento
de padrões de qualidade ambiental. É a partir desses padrões de qualidade que os órgãos governamentais
estabelecem os limites quantitativos e qualitativos de determinados poluentes no meio.
Tais padrões são definidos a partir de um grande processo de pesquisa e levam em consideração a
ideia de manutenção da qualidade ambiental e a capacidade do meio de se recuperar após algum
lançamento poluidor.
Nessa esteira, a Lei nº 9.433/97 também prevê como um dos instrumentos da Política Nacional de
Recursos Hídricos (PNRH) o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos
preponderantes da água (art. 5º, II).
Segundo a mesma lei, o enquadramento dos corpos de água em classes visa a dois objetivos principais
(art. 9º):
I - assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas;
II - diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes.
É nessa conjuntura que foi aprovada a Resolução Conama nº 357/05, a qual dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento. Antes de 2011, referida
Resolução também estabelecia as condições e padrões de lançamento de efluentes, mas essa parte da
norma foi revogada pela Resolução Conama nº 430/11.
Como veremos no decorrer da aula, o enquadramento dos corpos de água nada mais é do que o
estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido
em um segmento de corpo de água, de acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo
(Res. Conama nº 357, art. 2º, XX).
Nesse contexto, as classes de qualidade são o conjunto de condições e padrões de qualidade de água
necessários ao atendimento desses usos preponderantes, atuais ou futuros (Res. Conama nº 357/05, art. 2º,
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IX). Neste ponto, cumpre diferenciar as condições de qualidade dos padrões de qualidade, segundo
definições da própria Res. Conama nº 357/05
Condição de qualidade é aquela apresentada por um segmento de corpo de água, num determinado
momento, em termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às Classes de Qualidade (art. 2º,
XII). Desse modo, quando se estabelece a faixa de pH de uma classe de água ou a turbidez máxima
permitida, está se estabelecendo uma condição de qualidade da água.
Como você perceberá durante a aula, Estrategista, eu pincelarei brevemente alguns aspectos sobre
os padrões de qualidade e focarei majoritariamente nas condições de qualidade. Isso porque os padrões
praticamente não caem em prova e, na prática, consistem em muitíssimos valores difíceis de serem
memorizados.
Voltando às disposições da Res. Conama nº 357/05, é importante salientar que o enquadramento dos
corpos de água deve ocorrer de acordo com as normas e procedimentos definidos pelo Conselho Nacional
de Recursos Hídricos (CNRH) e Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos (art. 38). Cuidado com
alternativas que mencionem que essas normas e procedimentos são definidos pelos Comitês de Bacias
Hidrográficas ou outros órgãos afins.
Desta feita, o enquadramento do corpo hídrico deve ser definido pelos usos preponderantes mais
restritivos da água, atuais ou pretendidos (art. 38, § 1º). Assim, nas bacias hidrográficas em que a condição
de qualidade dos corpos de água esteja em desacordo com os usos preponderantes pretendidos, devem ser
estabelecidas metas obrigatórias, intermediárias e final, de melhoria da qualidade da água para efetivação
dos respectivos enquadramentos, excetuados nos parâmetros que excedam aos limites devido às condições
naturais (art. 38, § 2º).
Além disso, as ações de gestão referentes ao uso dos recursos hídricos, tais como a outorga e
cobrança pelo uso da água, ou referentes à gestão ambiental, como o licenciamento, termos de
ajustamento de conduta e o controle da poluição, devem basear-se nas metas progressivas intermediárias
e final aprovadas pelo órgão competente para a respectiva bacia hidrográfica ou corpo hídrico específico
(art. 38, § 3º).
Ressalte-se que essas metas progressivas obrigatórias, intermediárias e final, devem ser atingidas em
regime de vazão de referência, excetuados os casos de baías de águas salinas ou salobras, ou outros corpos
hídricos onde não seja aplicável a vazão de referência, para os quais deverão ser elaborados estudos
específicos sobre a dispersão e assimilação de poluentes no meio hídrico (art. 38, § 4º).
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A vazão de referência nada mais é do que aquela utilizada como base para o processo de
gestão, tendo em vista o uso múltiplo das águas e a necessária articulação das instâncias
do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) e do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGRH).
Ainda, saliente-se que, no caso de corpos de água intermitentes ou com regime de vazão que
apresente diferença sazonal significativa, as metas progressivas obrigatórias podem variar ao longo do ano
(art. 38, § 5º). Ademais, em corpos de água utilizados por populações para seu abastecimento, o
enquadramento e o licenciamento ambiental de atividades a montante devem preservar,
obrigatoriamente, as condições de consumo (art. 38, § 6º).
Enquadramento é meta
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
ou objetivo de
diretrizes ambientais para seu enquadramento
qualidade da água
Cumpre, ainda, mencionar que as exigências e deveres previstos na Res. Conama nº 357/05
caracterizam obrigação de relevante interesse ambiental (art. 45, § 2º). Por isso, o não cumprimento das
suas disposições pode acarretar aos infratores as sanções previstas pela legislação vigente, particularmente
às sanções previstas na Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), conforme preconiza o art. 48.
Destarte, para que não haja descumprimento da Resolução, os órgãos ambientais e gestores de
recursos hídricos, no âmbito de suas respectivas competências, devem fiscalizar o seu cumprimento, bem
como quando pertinente, a aplicação das penalidades administrativas previstas nas legislações
específicas, sem prejuízo do sancionamento penal e dar responsabilidade civil objetiva do poluidor (art.
45, § 1º).
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Um último aspecto introdutório antes de partirmos para as disposições mais incidentes em prova é
que a Res. Conama nº 357/05 previu que, enquanto não aprovados os respectivos enquadramentos, as águas
doces devem ser consideradas classe 2, as salinas e salobras classe 1, exceto se as condições de qualidade
atuais forem melhores, o que determinará a aplicação da classe mais rigorosa correspondente (art. 42).
Trata-se de uma disposição final e transitória da referida Resolução para promover a transição de suas
determinações quando de sua aprovação. A despeito do caráter provisório dessa determinação, isso já foi
cobrado em prova!
Feita a contextualização inicial, partamos para as disposições da Res. Conama nº 357/05 que mais
caem em prova. Muita atenção a partir de agora!
Inicialmente, cumpre salientar que a referida Resolução considera a classificação das águas doces,
salobras e salinas essencial à defesa de seus níveis de qualidade, avaliados por condições e padrões
específicos, de modo a assegurar seus usos preponderantes.
Destarte, o art. 2º apresenta um critério objetivo para se diferenciar águas doces, salobras e salinas.
Evidentemente, o critério é a concentração de sal presente na água, conforme os seguintes valores:
Observe que os valores limites de concentração de sal estão em permilagem (por mil) e não
porcentagem (por cem). Assim, para que uma água seja considerada doce, por exemplo, pode haver no
máximo 0,5 g de sal a cada 1000 g de água.
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ÁGUAS
0,5 ‰ > salinidade < 30 ‰
SALOBRAS
ÁGUAS
Salinidade ≥ 30 ‰
SALINAS
(IBFC/POLÍCIA CIVIL-RJ - 2013) Águas com salinidade superior a 0,5 % e inferior a 30%, com respeito a
Resolução CONAMA nº 357/2005, são classificadas como:
a) Águas salinas.
b) Águas salobras.
c) Águas doces
d) Água dura.
e) Água bruta.
Comentários:
A banca errou nesta questão, pois apresentou os valores em percentagem, não permilagem, conforme
apresenta a Resolução Conama nº 357/05.
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De qualquer maneira, deu para entender o que ela quis dizer. Conforme vimos há pouco, as águas que
possuem concentração de sal superior a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰ são as salobras (art. 2º, II), sendo a
alternativa B o gabarito da banca (na minha opinião, deveria ser anulada).
Para proceder com o enquadramento dos corpos de água, a Res. Conama nº 357/05 prevê que as águas
doces, salobras e salinas do território nacional são classificadas, segundo a qualidade requerida para os seus
usos preponderantes, em 13 classes de qualidade, sendo 5 classes de águas doces, 4 de águas salobras e 4
de águas salinas (art. 2º).
Nesse contexto, as águas de melhor qualidade podem ser aproveitadas em usos menos exigentes,
desde que este não prejudique a qualidade da água, atendidos outros requisitos pertinentes (art. 2º,
parágrafo único). Em outras palavras, é o famoso “se pode mais, pode menos”! rs
Desde já, saiba que as águas de melhor qualidade são as de classe especial, seguidas pelas de classe
1, classe 2, classe 3 e, no caso das águas doces, classe 4. Desta feita, os padrões de qualidade das águas
determinados na Res. Conama nº 357/05 estabelecem limites individuais para cada substância em cada
classe (art. 7º).
Vejamos agora quais são essas 13 classes de qualidade da água e seus respectivos padrões e condições,
abordando uma a uma a partir de agora. A cada nova classe, serão feitas comparações com as classes
anteriores para que se tenha uma melhor dimensão comparativa entre as classes, uma vez que esse tipo de
raciocínio é sempre explorado pelas bancas examinadoras.
Águas Doces
Classe Especial
As águas doces de melhor qualidade são pertencentes à classe especial, sendo destinadas a 3 possíveis
usos (art. 5º, I):
Diante da alta qualidade das águas doces de classe especial, elas devem ser destinadas à preservação
do equilíbrio natural das comunidades aquáticas e à preservação dos ambientes aquáticos em Unidades
de Conservação (UCs) de proteção integral.
Caso ainda não tenha estudado o assunto, unidade de conservação é um espaço territorial e seus
recursos ambientais com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo poder público, com
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam
garantias adequadas de proteção (Lei nº 9.985, art. 2º, I).
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Nesse contexto, as UCs de proteção integral são aquelas que visam à manutenção dos ecossistemas
livres de alterações causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos
naturais. Entende-se por uso indireto aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos
recursos naturais.
Além disso, dada a boa qualidade das águas de classe especial, elas devem ser utilizadas para o
abastecimento humano. Para tanto, contudo, deve haver a prévia desinfecção da água, que nada mais é
do que a remoção ou inativação de organismos potencialmente patogênicos com uso de alguma técnica,
como a cloração.
Mesmo as águas doces da classe especial precisam passar por desinfecção para servir ao
abastecimento humano!
Abastecimento
humano, com
desinfecção
Preservação do
ÁGUAS DOCES equilíbrio das
CLASSE ESPECIAL comunidades
aquáticas
Preservação dos
ambientes aquáticos
em UCs de proteção
integral
Classe 1
A próxima classe de águas doces é a classe 1, que podem ser destinadas a 5 tipos de uso (art. 5º, II):
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Para começar, note que as águas doces de classe 1 também podem ser destinadas ao abastecimento
humano. Para tanto, porém, requerem não apenas a mera desinfecção como as de classe especial, mas
também um tratamento simplificado, que contempla, além da desinfecção, a clarificação por meio de
filtração e a correção de pH, quando necessário.
Diferentemente das águas de classe especial, as águas doces de classe 1 podem ser destinadas à
recreação de contato primário, que é aquele direto e prolongado com a água (tais como natação, mergulho
e esqui-aquático), no qual a possibilidade de o banhista ingerir água é elevada.
Além disso, as águas doces de classe 1 também possuem boa qualidade (menor do que as de classe
especial, evidentemente) e por isso podem ser destinadas à proteção das comunidades aquáticas,
inclusive em terras indígenas.
A boa qualidade das águas doces de classe 1 também é atestada ao se verificar que elas podem ser
utilizadas para irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao
solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película.
Além dos possíveis usos para as águas doces de classe 1, também é importante estudarmos as
condições de qualidade a que elas devem obedecer, segundo o art. 14 da Res. Conama nº 357/05.
Para tanto, as condições serão mencionadas a seguir com breves comentários na sequência, quando
pertinente:
A título de conhecimento, o efeito tóxico crônico é aquele deletério aos organismos vivos causado por
agentes físicos ou químicos que afetam uma ou várias funções biológicas dos organismos, tais como a
reprodução, o crescimento e o comportamento, em um período de exposição que pode abranger a
totalidade de seu ciclo de vida ou parte dele (Res. Conama nº 357/05, art. 2º, XVIII).
(...)
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Esclarece-se que o termo "virtualmente ausentes" designa que tais substâncias não são perceptíveis
pela visão, olfato ou paladar (Res. Conama nº 357/05, art. 2º, XXXVII).
(...)
Note que apenas o uso de recreação de contato primário deve obedecer à Res. Conama nº 274/00, que
dispõe sobre padrões de balneabilidade. Desse modo, para os demais usos, a Res. Conama nº 357/05 prevê
que não deve ser excedido um limite de 200 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais,
de pelo menos 6 amostras, coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral.
Frise-se que bactéria Escherichia coli (E. Coli) pode ser determinada em substituição ao parâmetro
"coliformes termotolerantes", de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente. Isso
vale para todas as classes de água! Portanto, eu não mencionarei este fato nas próximas classes de água
para não ficar repetitivo, mas considere-0 como verdade para todas as classes.
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Por sua vez, a definição de coliformes termotolerantes trazida pela Res. Conama nº
357/05 é de que são bactérias gram-negativas, em forma de bacilos, oxidase-negativas,
caracterizadas pela atividade da enzima β-galactosidase. Podem crescer em meios
contendo agentes tensoativos e fermentar a lactose nas temperaturas de 44 ºC- 45 ºC,
com produção de ácido, gás e aldeído. Além de estarem presentes em fezes humanas e
de animais homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou outras matrizes ambientais que
não tenham sido contaminados por material fecal.
Finalizando as condições das águas doces de classe 1, temos importantes indicadores de qualidade:
(...)
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Conforme vimos há pouco, as águas doces de classe 1 podem ser destinadas a 5 tipos de uso (Res. Conama
nº 357/00, art. 5º, II):
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho;
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que
sejam ingeridas cruas sem remoção de película;
e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
Desse modo, já era possível acertar a questão apenas sabendo que a referida classe de água deve ser
utilizada em abastecimento para consumo humano após o tratamento simplificado, uma vez que apenas a
alternativa A, nosso gabarito, mencionou esse tipo de tratamento.
Além das condições mencionadas há pouco, a Res. Conama nº 357/05 traz uma grande tabela com
uma lista de padrões de qualidade para cada tipo de classe de água. Tais tabelas são realmente grandes e,
portanto, você não precisa memorizá-la, mas recomendo que você abra a Res. Conama nº 237/05 para ter
uma ideia do que se trata. Apresento a seguir um extrato dessa tabela, referente aos padrões de águas doces
classe 1:
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Portanto, funciona assim: caso o corpo de água possua, por exemplo, uma concentração de chumbo
total de até 0,01 mg/L, poderá ser enquadrado como classe 1 se os demais parâmetros também obedecerem
aos valores máximos permitidos.
Todas as disposições acerca dos padrões de qualidade de água trazidas pela Res. Conama nº 357/05
serão abordadas neste tópico, mas tenha em mente que elas também se aplicam para as demais classes dos
outros tipos de água. As exceções são as águas de classe especial, nas quais devem ser mantidas as
condições naturais do corpo de água (art. 13) e, para as quais, portanto, não há essa lista de padrões.
A Res. Conama nº 357/05 ainda prevê que, se houver interações entre substâncias, isso não pode
conferir às águas características capazes de causar efeitos letais ou alteração de comportamento,
reprodução ou fisiologia da vida, bem como de restringir os usos preponderantes previstos (art. 7º,
parágrafo único).
Desta feita, as possíveis interações entre as substâncias e a presença de contaminantes não listados
na Resolução, passíveis de causar danos aos seres vivos, devem ser investigadas utilizando-se ensaios
ecotoxicológicos, toxicológicos, ou outros métodos cientificamente reconhecidos (art. 8º, § 4º).
Toxicologia x Ecotoxicologia
Por sua vez, os ensaios ecotoxicológicos buscam determinar o efeito deletério de agentes
físicos ou químicos aos próprios organismos, como abelhas, minhocas e peixes.
Especificamente em relação à Resolução Conama nº 357/05, os organismos-alvo são os
aquáticos.
É importante destacar que todos esses parâmetros de qualidade de água selecionados para subsidiar
a proposta de enquadramento devem ser monitorados periodicamente pelo poder público (art. 8º). Nesse
contexto, também devem ser monitorados os parâmetros para os quais haja suspeita da sua presença ou
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não conformidade, devendo os resultados do monitoramento ser analisados estatisticamente (art. 8º, §§ 1º
e 2º).
Desse modo, a análise e a avaliação dos valores dos parâmetros de qualidade de água devem ser
realizadas pelo poder público, podendo ser utilizado laboratório próprio, conveniado ou contratado, que
deve adotar os procedimentos de controle de qualidade analítica necessários ao atendimento das condições
exigíveis (art. 9º).
Todavia, nos casos onde a metodologia analítica disponível for insuficiente para quantificar as
concentrações dessas substâncias nas águas, os sedimentos e/ou biota aquática poderão ser investigados
quanto à presença eventual dessas substâncias (art. 9º, § 2º). Isso porque os sedimentos e a biota podem
acumular concentrações maiores que as encontradas na água, viabilizando a metodologia analítica.
Além disso, o poder público pode, a qualquer momento, acrescentar outras condições e padrões de
qualidade, para um determinado corpo de água, ou torná-los mais restritivos, tendo em vista as condições
locais, mediante fundamentação técnica (art. 11).
Reitera-se que os valores máximos estabelecidos para os parâmetros relacionados em cada uma das
classes de enquadramento devem ser obedecidos nas condições de vazão de referência (art. 10). Destarte,
o poder público pode estabelecer restrições e medidas adicionais, de caráter excepcional e temporário,
quando a vazão do corpo de água estiver abaixo da vazão de referência (art. 12).
A zona de mistura é a região do corpo receptor, estimada com base em modelos teóricos
aceitos pelo órgão ambiental competente, que se estende do ponto de lançamento do
efluente, e delimitada pela superfície em que é atingido o equilíbrio de mistura entre os
parâmetros físicos e químicos, bem como o equilíbrio biológico do efluente e os do corpo
receptor, sendo específica para cada parâmetro.
Por isso há a exceção acima mencionada para a zona de mistura, haja vista ser uma região
que naturalmente possui uma concentração mais alta do efluente.
Assim como para a DBO, há uma exceção para os valores máximos admissíveis dos parâmetros
relativos às formas químicas de nitrogênio e fósforo. Tais limites podem ser alterados em decorrência de
condições naturais, ou quando estudos ambientais específicos, que considerem também a poluição difusa,
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comprovem que esses novos limites não acarretarão prejuízos para os usos previstos no enquadramento do
corpo de água (art. 10, § 2º).
Contudo, essa última exceção não se aplica às baías de águas salinas ou salobras, ou outros corpos
de água em que não seja aplicável a vazão de referência, para os quais devem ser elaborados estudos
específicos sobre a dispersão e assimilação de poluentes no meio hídrico (art. 10, § 4º).
crônico a organismos
Substâncias que
Virtualmente ausentes comuniquem
gosto/odor
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Classe 2
Passemos agora para as águas doces de 2, que também podem ser destinadas a 5 tipos de uso (art. 5º,
III):
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Assim como as águas doces de classe especial e classe 1, as águas de classe 2 também podem ser
destinadas ao abastecimento para consumo humano, mas, diferentemente das anteriores, exige um
tratamento convencional, que abrange a clarificação com utilização de coagulação e floculação, seguida
de desinfecção e correção de pH.
Note, portanto, que a principal diferença entre o tratamento simplificado (exigido para as águas de
classe 1) e o convencional (exigido para as águas de classe 2) é o método de clarificação: enquanto no
simplificado há apenas a filtração, no convencional há a coagulação e floculação. Além disso, no
simplificado pode não haver correção de pH se não for necessário, enquanto no convencional esse
procedimento é padrão.
As águas doces de classe 2 não possuem uma altíssima qualidade, mas também não são de má
qualidade para a vida aquática, podendo ser destinadas à proteção das comunidades. Ademais, tal qual as
águas de classe 1, podem ser utilizadas para a recreação de contato primário, que é aquele direto e
prolongado com a água no qual a possibilidade de o banhista ingerir água é elevada.
Além disso, perceba que há previsão expressa apenas para as águas doces de classe 1 de utilização
para a irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e
que sejam ingeridas cruas sem remoção de película. Já as de classe 2 podem ser destinadas à irrigação de
hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa
vir a ter contato direto.
Outrossim, fixe que as águas doces de classe 2 podem ser utilizadas para a aquicultura e para a pesca,
diferentemente das águas de classe especial e classe 1, que não permitem tais práticas. Caso não saiba, a
aquicultura consiste no cultivo ou na criação de organismos cujo ciclo de vida, em condições naturais, ocorre
total ou parcialmente em meio aquático (Res. Conama nº 357/05, art. 2º, VI).
Assim como para as águas doces de classe 1, a Res. Conama nº 357/05 também determina uma série
de condições e padrões ambientais para as águas de classe 2 (art. 15). Destarte, aplicam-se às águas doces
de classe 2 as mesmas condições e padrões da classe 1, à exceção do seguinte:
I - não é permitida a presença de corantes provenientes de fontes antrópicas que não sejam removíveis
por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais;
II - em relação aos coliformes termotolerantes, também deve ser obedecida a Resolução Conama nº
274/00 para uso de recreação de contato primário. Todavia, para os demais usos, os limites são diferentes
das de classe 1: não deve ser excedido um limite de 1.000 coliformes termotolerantes (são 200 na classe 1)
por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com
frequência bimestral.
III - cor verdadeira: até 75 mg Pt/L;(na classe 1, consta que deve haver nível de cor natural do corpo
de água, em mg Pt/L);
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VI - OD, em qualquer amostra: não inferior a 5 mg/L O2 (para a classe 1 é não inferior a 6 mg/L);
VII - clorofila a (presente naquela grande tabela de padrões) até 30 μg/L;(para classe 1 é de 10 μg/L);
VIII - densidade de cianobactérias (presente naquela grande tabela de padrões): até 50.000 cel/mL
ou 5 mm³/L (para classe 1 é de até 20.000 cel/mL ou 2 mm³/L); e
no tratamento convencional
DBO5,20: até 5 mg/L O2
OD ≥ 5 mg/L O2
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Classe 3
A próxima classe de águas doces é a 3, que também podem ser destinadas a 5 tipos de uso (art. 5º, IV):
c) à pesca amadora;
e) à dessedentação de animais.
As águas doces de classe 3 são as últimas a possibilitarem o abastecimento para o consumo humano.
Para tanto, carecem de prévio tratamento convencional ou avançado, a depender da qualidade inicial das
águas. O tratamento avançado consiste em técnicas de remoção e/ou inativação de constituintes
refratários aos processos convencionais de tratamento, os quais podem conferir à água características, tais
como: cor, odor, sabor, atividade tóxica ou patogênica.
Para fins de irrigação, as águas doces de classe 3 só podem ser utilizadas em culturas arbóreas,
cerealíferas e forrageiras, uma vez que o alimento que se extrai desses tipos de cultivo não são consumidos
logo após o contato direto com a água de irrigação.
Ademais, as águas doces de classe 3 podem ser destinadas à pesca amadora, que é a exploração de
recursos pesqueiros com fins de lazer ou desporto (Res. Conama nº 357/05, art. 2º, XXVIII) e à recreação de
contato secundário, que é aquela associada a atividades em que o contato com a água é esporádico ou
acidental e a possibilidade de ingerir água é pequena, como na pesca e na navegação (tais como iatismo).
Por fim, ressalta-se que um importante uso das águas de classe 3 é a dessedentação de animais,
que nada mais é do que a utilização da água para animais de pecuária "matarem" a sede.
Além dessas exigências, as águas doces de classe 3 devem observar diversas condições de qualidade
descritas pelo art. 16 da Res. Conama nº 357/05. Assim como fizemos para as classes anteriores , vou
mencionar as condições e traçar breves comentários, quando pertinente.
a) não verificação de efeito tóxico agudo a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo
órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas,
comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente
reconhecido;
Ressalte-se que os efeitos tóxicos agudos são os deletérios aos organismos vivos causados por
agentes físicos ou químicos, usualmente letalidade ou alguma outra manifestação que a antecede, em um
curto período de exposição.
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Perceba, pois, a diferença entre as classes 1 e 2 da classe 3 quanto aos efeitos ecotoxicológicos:
enquanto as duas primeiras exigem que os efeitos crônicos não sejam constatados, esta última exige que
apenas que os efeitos agudos, que demandam uma maior concentração da substância para aparecer, não
sejam constatados.
b) materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes (igual às classes 1 e
2);
d) substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes (igual às classes 1 e 2);
e) não é permitida a presença de corantes provenientes de fontes antrópicas que não sejam
removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais (igual à classe 2);
j) OD: em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/L O2 (para a classe 2 é ≥ 5 mg/L O2);
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Pesca amadora
ÁGUAS DOCES
CLASSE 3
Dessedentação de animais
Dessedentação: 1.000/100
Coliformes termotolerantes
ml
Condições de
qualidade
DBO5,20: até 10 mg/L O2 Demais usos: 4.000/100 ml
OD ≥ 4 mg/L O2
Classe 4
Finalizando as classes de água doce, há as de classe 4, que podem ser destinadas aos seguintes usos
(art. 5º, V):
a) à navegação;
b) à harmonia paisagística.
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Observe que são usos que não permitem contato humano direto com as águas, uma vez que a sua
qualidade não é adequada para tanto.
Mas, prof., apenas as águas classe 4 podem ser destinadas a tais usos?
A resposta é negativa! Lembre-se as águas de melhor qualidade podem ser aproveitadas em usos
menos exigentes, desde que este não prejudique a qualidade da água, atendidos outros requisitos
pertinentes (art. 2º, parágrafo único).
Ademais, as águas doces de classe 4 devem observar as seguintes condições (Res. Conama nº 357/05,
art. 17):
III - óleos e graxas: toleram-se iridescências (era "virtualmente ausentes" nas classes anteriores);
V - fenóis totais (substâncias que reagem com 4-aminoantipirina, presente nas grandes tabelas de
padrões): até 1,0 mg/L de C6H5OH (na classe 3 era de até 0,01 mg/L de C6H5OH);
VI - OD: superior a 2,0 mg/L O2 em qualquer amostra (para a classe 3 é ≥ 4 mg/L O2); e
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Navegação
Usos permitidos
Harmonia paisagística
ÁGUAS DOCES
CLASSE 4
OD ≥ 2 mg/L O2
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b) 3 e 2.
c) 2 e 1.
d) 4 e 2.
e) 1 e 4.
Comentários:
Devemos classificar cada um dos corpos de água em função das características apresentadas pela questão.
O corpo de água 1 não possui potencial para abastecimento humano, do que já se conclui que se trata de
classe 4, uma vez que as demais classes permitem o abastecimento para consumo humano. Além disso, ele
é utilizado para navegação, um dos dois usos permitidos para corpos de água doce classe 4.
Ademais, a DBO5,20 do corpo de água 1 é de 12 mg/L, sendo que acima de 10 mg/L considera-se classe 4. O
oxigênio dissolvido é de 1,5 mg/L, sendo que o mínimo exigido para a classe 4 é 2 mg/L. Por esse motivo,
pode-se considerar que o corpo de água 1 está abaixo do padrão classe 4 mas, como não há classe menos
==18d107==
Águas Salobras
Diferentemente das águas doces, que possuem 5 classes, as águas salobras possuem apenas 4
(especial, 1, 2 e 3).
Conforme mencionado, as tabelas dos padrões específicos de cada classe de água não serão
apresentadas, diante da grande quantidade de valores e parâmetros que pouco acrescentam neste
momento. Caso tenha curiosidade, reitero que abra a Res. Conama nº 357/05 para dar uma olhada nos
padrões de cada classe de água.
Não obstante, é importante saber que, para corpos de água salobras continentais, onde a salinidade
não se dê por influência direta marinha, os valores dos grupos químicos de nitrogênio e fósforo devem ser
os estabelecidos nas classes correspondentes de água doce (art. 8º, § 6º).
Classe Especial
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Note que as águas salobras de classe especial possuem praticamente os mesmos usos das águas
doces da mesma classe. A única diferença é que as águas doces de classe especial podem ser destinadas ao
abastecimento para consumo humano, após desinfecção, ao passo que as águas salobras não podem ser
destinadas a tal uso.
Classe 1
As águas salobras de classe 1, por sua vez, podem ser destinadas a 5 tipos de usos (art. 6º, II):
Aqui, também é possível perceber semelhanças e diferenças entre as águas de classe 1 consideradas
salobras e as doces. A principal diferença é que as águas salobras classe 1 somente podem ser destinadas
ao abastecimento para consumo humano após tratamento convencional ou avançado, ao passo que as
águas doces dessa mesma classe exigem apenas tratamento simplificado para esse mesmo fim, conforme
vimos há pouco.
Outra diferença é que as águas salobras classe 1 já podem ser utilizadas para aquicultura e pesca,
enquanto que essas atividades só são permitidas a partir das águas doces de classe 2.
Ressalte-se que, assim como as águas doces, as salobras de classe 1 também podem ser destinadas à
proteção das comunidades aquáticas, à recreação de contato primário e à irrigação de hortaliças que são
consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção
de película.
Assim como o faz para as águas doces, a Res. Conama nº 357/05 também apresenta algumas outras
condições de qualidade a que as águas salobras de classe 1 devem obedecer (art. 21):
a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo
órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas,
comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente
reconhecido (esta condição de qualidade está prevista exatamente com a mesma redação para as águas
doces);
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c) OD, em qualquer amostra: não inferior a 5 mg/ L O2 (mesmo valor das águas doces classe 2);
d) pH: 6,5 a 8,5 (para todas as classes de águas doces o pH é de 6,0 a 9,0);
g) substâncias que produzem cor, odor e turbidez: virtualmente ausentes (igual às águas doces classe
1, exceto para turbidez, que possui valor máximo de 40 UNT);
h) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes (igual às águas doces classe 1); e
i) coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato primário deve ser obedecida a
Resolução Conama nº 274/00 (igual às águas doces classe 1).
Para a irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao
solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, bem como para a irrigação de parques, jardins,
campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto, não deve ser excedido o
valor de 200 coliformes termotolerantes por 100 mL.
Para os demais usos não deve ser excedido um limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100
mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com
frequência bimestral.
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Usos
Recreação de contato primário
permitidos
Aquicultura e pesca
CLASSE 1
Irrigação 200/100 mL
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Classe 2
Dando continuidade às classes de águas salobras, chegamos às de classe 2, que podem ser destinadas
a dois tipos usos (art. 6º, III):
a) à pesca amadora;
Fazendo novamente um paralelo com as águas doces, lembre-se que essas duas atividades são
previstas expressamente na norma apenas para águas doces classe 3.
Além da indicação desses usos, a Res. Conama nº 357/05 determina que as condições e padrões de
qualidade da classe 1 também se aplicam à classe 2, à exceção dos seguintes (art. 22)
a) não verificação de efeito tóxico agudo a organismos (para a classe 1, o efeito não verificado era o
crônico);
b) carbono orgânico total: até 5,00 mg/L, como C (para a classe 1 era de 3,00 mg/L);
c) OD, em qualquer amostra: não inferior a 4 mg/L O2 (para a classe 1 era de 5 mg/L); e
d) coliformes termotolerantes: não deve ser excedido um limite de 2.500 por 100 mililitros em 80%
ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral.
Pesca amadora
Usos permitidos
ÁGUAS SALOBRAS
Coliformes termotolerantes: ≤
2.500/100 mL
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Classe 3
Finalizando as classes das águas salobras, há as de classe 3, que também podem ser destinadas a dois
tipos de uso:
a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
Recorde que a navegação e a harmonia paisagística são exatamente os mesmos usos permitidos para
as águas doces de classe 4.
Além disso, as águas salobras de classe 3 também devem observar a algumas condições e padrões
(art. 23):
II - OD, em qualquer amostra: não inferior a 3 mg/L O2 (para as classes 1 e 2, é de 5 e 4 mg/L O2,
respectivamente);
III - óleos e graxas: toleram-se iridescências (para as classes 1 e 2, devem ser virtualmente ausentes);
V - substâncias que produzem cor, odor e turbidez: virtualmente ausentes (igual às classes 1 e 2);
VII - coliformes termotolerantes: não deve ser excedido um limite de 4.000 coliformes
termotolerantes por 100 mL em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um
ano, com frequência bimestral.
VIII - carbono orgânico total: até 10,0 mg/L, como C (para as classes 1 e 2 é de 3 e 5 mg/L,
respectivamente).
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Navegação
Usos
permitidos
Harmonia paisagística
ÁGUAS SALOBRAS
Óleos/graxas: toleram-se
CLASSE 3
pH: 5 a 9
Coliformes termotolerantes:
≤ 4.000/100 mL
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Há pouco, estudamos que as águas salobras classe 2 podem ser destinadas a dois tipos de uso: pesca
amadora e recreação de contato secundário (Res. Conama nº 357/05. art. 6º, III). Logo, a alternativa D está
correta e é o nosso gabarito.
Águas Salinas
Assim como as águas salobras, as águas salinas podem pertencer a 4 classes: especial, 1, 2 e 3.
Classe especial
As águas salinas de classe especial podem ser destinadas a dois usos (art. 5º, I):
Perceba que os usos das águas salinas de classe especial são exatamente os mesmos previstos para a
classe especial das águas salobras.
Classe 1
Em relação às águas salinas de classe 1, podem ser destinadas a três tipos de uso distintos (art. 5º, II):
Lembre-se que esses três tipos de uso também estão previstos para as águas salobras de classe 1. A
diferença é as águas salobras desta classe também permitem a destinação ao abastecimento para consumo
humano após tratamento convencional ou avançado, bem como à irrigação. Já as águas salinas aqui
mencionadas não permitem esses dois usos em razão da grande concentração de sal, que inviabiliza essas
atividades.
As águas salinas não podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano ou
à irrigação, independentemente da classe a que pertençam!
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As águas salinas de classe 1 devem, ainda, observar as seguintes condições e padrões (art. 18):
a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismo (igual à classe 1 das águas doces e salobras);
b) materiais flutuantes virtualmente ausentes (igual à classe 1 das águas doces e salobras);
c) óleos e graxas: virtualmente ausentes (igual à classe 1 das águas doces e salobras);
d) substâncias que produzem odor e turbidez: virtualmente ausentes (igual às águas salobras classe
1);
f) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes (igual à classe 1 das águas doces e salobras);
g) coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato primário deve ser obedecida a
Resolução Conama nº 274/00 (igual à classe 1 das águas doces e salobras).
Para os demais usos não deverá ser excedido um limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100
mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com
periodicidade bimestral (igual à classe 1 das águas salobras).
h) carbono orgânico total: até 3 mg/L, como C (assim como nas águas salobras classe 1);
i) OD, em qualquer amostra: não inferior a 6 mg/L O2; (nas águas salobras classe 1 era não inferior a 5
mg/L O2);
j) pH: 6,5 a 8,5, não devendo haver uma mudança do pH natural maior do que 0,2 unidade.
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Recreação de contato
Usos permitidos
primário
Aquicultura e pesca
ÁGUAS SALGADAS
Óleos e graxas
Não verificação de efeito
CLASSE 1
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a) 3 mg/L de O2.
b) 4 mg/L de O2.
c) 5 mg/L de O2.
d) 6 mg/L de O2.
Comentários:
Primeiramente, há que verificar se o rio é de água doce, salobra ou salina. Lembre-se que as águas doces
possuem salinidade igual ou menor do que 0,5 ‰, as águas salobras possuem salinidade maior do que 0,5
‰ e menor do que 30 ‰ e as águas salinas possuem salinidade maior ou igual a 30 ‰. Assim, constata-se
que o rio apresentado pelo enunciado da questão possui águas salinas.
Para rios de águas salinas classe 1, a quantidade de oxigênio dissolvido não deve ser inferior a 6 mg/L, nos
termos da Resolução Conama nº 357/05, art. 18, I, "i".
Logo, a alternativa D está correta e é o nosso gabarito.
Classe 2
a) à pesca amadora; e
Mais uma vez, estes são exatamente os mesmos usos permitidos para as águas salobras de mesma
classe.
a) não verificação de efeito tóxico agudo a organismos (na classe 1 era efeito crônico);
b) coliformes termotolerantes: não deve ser excedido um limite de 2.500 por 100 mililitros em 80%
ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral.
c) carbono orgânico total: até 5,00 mg/L, como C (na classe 1 era de até 3 mg/L); e
d) OD, em qualquer amostra: não inferior a 5,0 mg/L O2 (na classe 1 era de até 6,0 mg/L O2).
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Pesca amadora
Usos permitidos
Classe 3
Finalizando as águas salinas, as de classe 3 podem ser destinadas a dois usos (art. 5º, III), que também
são exatamente os mesmos previstos expressamente para as águas salobras de mesma classe e para as
águas doces de classe 4:
a) à navegação;
b) à harmonia paisagística.
Por fim, as águas salinas de classe 3 devem observar as seguintes condições e padrões (art. 20):
I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes (tal qual as águas
salobras de mesma classe);
II - óleos e graxas: toleram-se iridescências (tal qual as águas salobras de mesma classe);
III - substâncias que produzem odor e turbidez: virtualmente ausentes (tal qual as águas salobras de
mesma classe);
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VII - carbono orgânico total: até 10 mg/L, como C (tal qual as águas salobras de mesma classe);
VIII - OD, em qualquer amostra: não inferior a 4 mg/ L O2 (era de 3 mg/ L O2 para as águas salobras de
mesma classe); e
IX - pH: 6,5 a 8,5 não devendo haver uma mudança do pH natural maior do que 0,2 unidades (o pH é
de 5 a 9 para as águas salobras de mesma classe).
Navegação
Usos
permitidos
Harmonia paisagística
ÁGUAS SALOBRAS
iridescências
Substâncias que produzem odor
e turbidez
Virtualmente ausentes
Resíduos sólidos objetáveis
COT: até 10 mg/L C
Condições de Corantes de fonte antrópica
qualidade
OD ≥ 4 mg/L O2
Coliformes termotolerantes:
≤ 4.000/100 mL
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Você, Estrategista, já deve ter percebido que a Resolução Conama nº 357/05 é cheia de valores e
detalhes que são cobrados em prova, não é mesmo?
Foi por esse motivo que eu coloquei todos os esquemas a cada classe de cada tipo de água
apresentada pela referida Resolução e joguei diversas questões ao longo do texto, de modo a fixar os valores
estudados.
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Não obstante, para facilitar ainda mais a fixação dos valores, apresento a tabela a seguir, com o que
julgo ser os principais padrões da Res. Conama nº 357/05 cobrados em provas de concursos. Na sequência,
apresento uma série de pontos de destaque a respeito desses valores, com base na minha experiência em
questões de prova.
Observação: as classes de água apresentadas na tabela não contemplam as classes especiais, uma
vez que não existem padrões específicos para estas diante da exigência de se manter as condições naturais
do corpo de água de classe especial (Res. Conama nº 357/05, art. 13).
ÁGUAS DOCES ÁGUAS SALOBRAS ÁGUAS SALINAS
Classe 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3
Efeito ecotoxicol. Crônico Crônico Agudo - Crônico Agudo - Crônico Agudo -
Conama
Conama Conama Conama
Recreação ≤ 2.500 274/00
274/00 274/00 274/00
(a cada (contato - (contato
(contato (contato (contato
100 mL) secundário) primário
Coliformes primário) primário) ≤ ≤ primário) ≤ ≤
)
termotol. 2.500 4.000 2.500 4.000
Demais
usos (a
200 1.000 4.000 - 1.000 1.000
cada 100
mL)
DBO5,20 (mg/L O2) Até 3 Até 5 Até 10 - - - - - - -
COT (mg/L C) - - - - Até 3 Até 5 Até 10 Até 3 Até 5 Até 10
OD (mg/L O2) ≥6 ≥5 ≥4 ≥2 ≥5 ≥4 ≥3 ≥6 ≥5 ≥4
Turbidez (UNT) Até 40 Até 100 Até 100 - VA VA VA VA VA VA
6,5 a 6,5 a 6,5 a
pH 6a9 6a9 6a9 6a9 6,5 a 8,5 5a9 6,5 a 8,5
8,5 8,5 8,5
Removível Removível
Corante de fonte
VA por trat. por trat. - - - - VA VA VA
antrópica
convenc. convenc.
Nível de
Cor verdadeira (mg Pt/L) Até 75 Até 75 - - - - - - -
cor natural
VA: virtualmente ausente
1) Além dos valores apresentados na tabela acima, os padrões de materiais flutuantes, substâncias
que confiram gosto/odor e resíduos sólidos objetáveis são os mesmos para todas as classes de águas nas
quais eles são mencionados, quais sejam: virtualmente ausentes;
2) Em relação a óleos e graxas (também não inclusos na tabela acima), fixe que se toleram
iridescências apenas nas últimas classes de cada tipo de água (4 para águas doces e 3 para águas salobras
e salinas). Para todas as demais classes, eles devem ser virtualmente ausentes;
3) No tocante aos padrões de DBO5,20 e carbono orgânico total, observe que sempre apresentam a
tríade de valores 3, 5 e 10 mg/L O2, de acordo com as classes 1, 2 e 3. Assim, a DBO5,20, que só é padronizada
para águas doces, possui os valores de 3, 5 e 10 mg/L O2 para as classes de águas doces 1, 2 e 3,
respectivamente. O mesmo ocorre com o COT, que, todavia, só é padronizado para as águas salobras e
salinas;
4) Enquanto os padrões de DBO5,20 são os máximos para esse parâmetro, os padrões de oxigênio
dissolvido são os mínimos. Para as águas doces e salinas, os valores decrescem na tríade 6, 5 e 4 mg/L O2
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para as classes 1, 2 e 3, respectivamente. Há, ainda, duas particularidades em relação ao OD: a) a classe 4 de
águas doces é padronizada (2 mg/L O2); e b) as águas salobras possuem uma tríade de valores diferente: 5,
4 e 3 mg/L O2;
6) No que se refere ao pH, não é difícil: todas as classes de água doce devem ter valores entre 6 e 9 e
todas as classes de água salina devem ter valores entre 6,5 e 8,5, não devendo haver uma mudança do pH
natural maior do que 0,2 unidade. Entre 6,5 e 8,5 também deve estar o pH das águas salobras, exceto a
classe 3, que permite tal parâmetro na faixa entre 5 e 9.
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qualidade requerida para os seus usos preponderantes, em 13 classes de qualidade (art. 2º). São 5 classes
de águas doces, 4 de águas salobras e 4 de águas salinas.
A alternativa B está correta, porque apresenta a exata redação do art. 38 da Res. Conama nº 357/05.
Cuidado com alternativas que mencionem que essas normas e procedimentos são definidos pelos Comitês
de Bacias Hidrográficas ou outros órgãos afins. Não foi o caso desta.
A alternativa C está correta, de acordo com a literalidade do art. 42. Trata-se de uma disposição final e
transitória da Resolução nº 357/05 para promover a transição de suas determinações quando de sua
aprovação.
A alternativa D está correta, porquanto apresenta os três possíveis usos das águas doces de classe especial,
nos termos do art. 5º, I, da Res. Conama nº 357/05.
A alternativa E está errada e é o nosso gabarito, apenas por um detalhe: há menção expressa de que as
águas doces de classe 3 somente sejam destinadas à recreação de contato secundário, que é aquela
associada a atividades em que o contato com a água é esporádico ou acidental e a possibilidade de ingerir
água é pequena, como na pesca e na navegação (tais como iatismo).
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Comentários
Primeiramente, note que a banca errou ao trazer os valores em porcentagem. Lembremos que os
valores limites de concentração de sal estão em permilagem (por mil) e não porcentagem (por cem).
Ignorando esse erro (lembre-se que devemos sempre entender “o que a banca quis dizer”).
Lembremos que as águas salinas são águas com salinidade igual ou superior a 30‰, de modo que a
alternativa C está correta e é o nosso gabarito.
2. (IBFC/SEAP-PR - 2021) Segundo a Resolução CONAMA n° 357/05, as águas doces são classificadas
conforme classes. Assinale a alternativa que não apresenta a que são destinadas as águas de
Classe 1.
a) Ao abastecimento para consumo humano após tratamento simplificado
b) À proteção das comunidades aquáticas
c) À irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e
que sejam ingeridas cruas sem remoção de película
d) À proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas
e) À pesca amadora
Comentários
Segundo o art. 4º, II, as águas doce classe 1 são águas que podem ser destinadas:
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c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução
CONAMA nº 274, de 2000;
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que
sejam ingeridas cruas sem remoção de película; (alternativa C correta);
Já a alternativa E está errada e é o nosso gabarito. A pesca amadora é uma possível destinação das
águas doces "Classe 3" (art. 4º, IV, "c").
Comentários
A alternativa A está errada. É preciso a desinfecção, nos termos do art. 4º, I, "a".
A alternativa B está errada. Trata-se de possibilidade para classe 3 (e não classe 4), nos termos do art.
4º, IV, da "b".
A alternativa C está errada. Trata-se destinação prevista para classe 3 (e não classe 4), nos termos do
art. 4º, IV, da "c".
A alternativa D está errada. Trata-se de destinação da classe 4 (e não classe 3), nos termos do art. 4º,
V.
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Comentários
Segundo o art. 4º, IV, da Res. n. 357/2005, as águas doce classe 3 podem ser destinadas:
c) à pesca amadora;
e) à dessedentação de animais.
5. (IBFC/SEAP-PR - 2021) Analise as afirmativas abaixo, de acordo com as definições contidas no Art
2º da Resolução CONAMA nº 357 e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
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Comentários
46
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III. Para corpos de água salobras continentais, onde a salinidade não se dê por influência direta
marinha, os valores dos grupos químicos de nitrogênio e fosforo serão os estabelecidos nas
classes correspondentes de água doce.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmativa I está correta
b) Apenas a afirmativa II está correta
c) Apenas a afirmativa III está correta
d) As afirmativas I, II e III estão corretas
e) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
Comentários
§ 1º Também deverão ser monitorados os parâmetros para os quais haja suspeita da sua presença
ou não conformidade.
§ 3º A qualidade dos ambientes aquáticos poderá ser avaliada por indicadores biológicos,
quando apropriado, utilizando-se organismos e/ou comunidades aquáticas.
§ 6º Para corpos de água salobras continentais, onde a salinidade não se dê por influência
direta marinha, os valores dos grupos químicos de nitrogênio e fósforo serão os estabelecidos
nas classes correspondentes de água doce.
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Comentários
O segundo item é falso. Em águas doces de classe I, o pH da água deve está entre 6,0 e 9,0.
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I. doces.
II. salinas.
III. cinzas.
IV. salobras.
V. negras.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III e V apenas
b) II, III e IV apenas
c) I, II, III, IV, V
d) I, II, III e IV apenas
e) I, II e IV apenas
Comentários
A referida Resolução considera a classificação das águas doces, salobras e salinas essencial à defesa
de seus níveis de qualidade, avaliados por condições e padrões específicos, de modo a assegurar seus usos
preponderantes.
O art. 2º apresenta um critério objetivo para se diferenciar águas doces, salobras e salinas.
Evidentemente, o critério é a concentração de sal presente na água, conforme os seguintes valores:
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d) Dessedentação de animais.
Comentários
Segundo o art. 5º, IV, as águas doces classe 3 podem ser destinadas a 5 tipos de uso:
c) à pesca amadora;
Portanto, a alternativa A está errada e é o nosso gabarito, considerando que a proteção das
comunidades aquáticas não é uma possibilidade para as águas doces classe 3 diante da qualidade já não
suficiente.
Comentários
O enunciado da questão mencionou mananciais superficiais, que são corpos de água utilizados para
abastecimento humano. Todavia, a questão não informou se se tratava de águas doces ou salobras, uma
vez que estas também podem ser utilizadas para abastecimento para consumo humano após tratamento
convencional ou avançado se forem de classe 1 (Res. Conama nº 357/05, art. 6º, II, "d").
Não obstante, era possível presumir que a questão tratava apenas de águas doces, uma vez que
apresentou nas alternativas a DBO5,20, que como vimos, é um parâmetro definido apenas para águas doces.
Nesse sentido, o art. 15, V, da Res. Conama nº 357/05 prevê que, para águas doces classe 2, a DBO 5,20
deve ser de, no máximo, 5 mg/L O2, e o oxigênio dissolvido deve ser de, no mínimo, 5 mg/L O2.
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Comentários
O art. 15, V, da Res. Conama nº 357/05 prevê que, para águas doces classe 2, o oxigênio dissolvido deve
ser de, no mínimo, 5 mg/L O2 em qualquer amostra.
Comentários
A alternativa A está correta, de acordo com o art. 4º, I, "a", da Res. Conama nº 357/05.
A alternativa B está correta, conforme art. 4º, II, "a", da Res. Conama nº 357/05.
A alternativa C está correta, segundo o art. 4º, II, "b" e "c", da Res. Conama nº 357/05.
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A alternativa D está correta, porque também se coaduna com as previsões da Res. Conama nº 357/05
(art. 4º, IV, "a", e V, "b").
A alternativa E está errada e é o nosso gabarito, uma vez que o enquadramento dos corpos de água
deve ocorrer de acordo com as normas e procedimentos definidos pelo Conselho Nacional de Recursos
Hídricos e Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, nos termos do art. 38 da Res. Conama nº 357/05. Logo,
não são os comitês de bacias hidrográficas que estabelecem as normas e procedimentos que embasam o
enquadramento dos corpos de água.
Comentários
A questão pecou ao não informar se estava tratando de águas doces ou salobras. As águas salobras
classe 1 podem servir ao abastecimento humano se passarem previamente por tratamento convencional ou
avançado, bem como à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que crescem rente ao
solo e são ingeridas sem a remoção da película (Res. Conama nº 357/05, art. 6º, II, "d" e "e").
Já as águas doces classe 1 podem servir ao abastecimento humano após tratamento simplificado, o
que não está previsto em nenhuma das alternativas. Por este motivo era possível presumir que a questão
tratava mesmo das águas salobras.
14. (IDECAN/INSTITUTO FEDERAL-PB - 2019) De acordo com a Resolução CONAMA 357/2005, que
dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, assinale a alternativa correta.
a) Classe 1 tem como parâmetro: turbidez até 40 UNT e OD, em qualquer amostra, não inferior a 6
mg/L O2.
b) Classe 2 tem como parâmetro: turbidez até 60 UNT e OD, em qualquer amostra, não inferior a 5
mg/L O2.
c) Classe 2 tem como parâmetro: turbidez: até 100 UNT e OD, em qualquer amostra, não inferior a 6
mg/L O2.
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d) Classe 3 tem como parâmetro: turbidez: até 100 UNT e OD, em qualquer amostra, não inferior a 4
mg/L O2.
e) Classe 4 tem como parâmetro: OD, em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/L O2.
Comentários
A questão pecou ao não informar se estava tratando de águas doces, salobras ou salinas. Como as
alternativas trouxeram valores de turbidez, presumir-se-ia que se trata de águas doces, uma vez que as
águas salobras e salinas não apresentam valores deste parâmetro.
A alternativa A está correta e foi o gabarito da banca, em conformidade com os limites de turbidez e
oxigênio dissolvido preconizados pela Res. Conama nº 357/05, art. 14, I, "i" e "j".
A alternativa B está errada, porquanto as águas doces de classe 2 tem como limite máximo de
turbidez o valor de 100 UNT (Res. Conama nº 357/05, art. 15, IV).
A alternativa C está errada, porque as águas doces de classe 2 tem como limite mínimo de oxigênio
dissolvido o valor de 5 mg/L O2 (Res. Conama nº 357/05, art. 15, VI).
A alternativa E está errada, uma vez que o limite mínimo de oxigênio dissolvido em águas doces de
classe 4 é 2 mg/L O2, não 4 mg/L O2 (Res. Conama nº 357/05, art. 17, VI).
Note, portanto, que há duas alternativas plenamente corretas, ao que a questão deveria ter sido
anulada.
15. (IDECAN/INSTITUTO FEDERAL-PB - 2019) Considerando o uso das águas doces e salobras para o
abastecimento para consumo humano, analise os itens abaixo a respeito dos tratamentos
exigidos:
I. Água Doce – Especial – Tratamento Simplificado.
II. Água Doce – Classe 1 – Tratamento Simplificado.
III. Água Doce – Classe 2 – Tratamento Convencional.
IV. Água Salobra – Classe 1 – Tratamento Convencional ou avançado.
V. Água Salobra – Classe 2 – Tratamento Avançado.
Assinale
a) se somente os itens I, II e III estiverem corretos.
b) se somente os itens I, III e V estiverem corretos.
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Comentários
O item I está errado, pois as águas doces de classe especial requerem apenas a desinfecção para
servirem ao abastecimento para consumo humano, não necessitando de tratamento simplificado (Res.
Conama nº 357/05, art. 4º, I, "a").
O item II está correto, nos termos do art. 4º, II, "a", da Res. Conama nº 357/05.
O item III está correto, porque as águas doces de classe 2 de fato necessitam de tratamento
convencional para servirem ao abastecimento para consumo humano (Res. Conama nº 357/05, art. 4º, III,
"a").
O item IV está correto, uma vez que as águas salobras classe 1 carecem de tratamento convencional
ou avançado para servirem ao abastecimento para consumo humano (Res. Conama nº 357/05, art. 6º, II,
"d").
O item V está errado, visto que as águas salobras de classe 2 não podem ser destinadas ao
abastecimento para consumo humano, independentemente de qualquer tipo de prévio tratamento.
Desse modo, estão corretos os itens II, III e IV, sendo a alternativa D o nosso gabarito.
Comentários
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Durante a aula, estudamos que o tratamento que envolve clarificação por meio de filtração e
desinfecção e correção de pH, quando necessário, é o simplificado, nos termos do art. 4º, XXXIV, da Res.
Conama nº 357/05.
Lembrando que a única classe de corpo de água que exige tratamento simplificado para o
abastecimento humano é a classe 1 das águas doces (art. 4º, II, "a").
Comentários
De acordo com as disposições da Res. Conama nº 357/05, é possível concluir que a única classe de água
doce que não pode servir ao abastecimento humano é a classe 4. Além disso, a única classe de água salobra
que pode ser destinada ao mesmo fim é a classe 1. Já as águas salinas não podem ser utilizadas para
abastecimento humano, independentemente da classe a que pertençam, em virtude da grande
concentração de sal em tais águas.
Desse modo, é possível afirmar que as águas que podem ser destinadas ao abastecimento para
consumo humano após algum tratamento são das classes especial, I, II e III, sendo a alternativa E o nosso
gabarito.
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Está(ão) CORRETA(S)
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
Comentários
O art. 2º da Res. Conama nº 357/05 apresenta um critério objetivo para se diferenciar águas doces,
salobras e salinas. Evidentemente, o critério é a concentração de sal presenta na água, conforme os
seguintes valores: ==18d107==
O item I está errado, visto que as águas doces são as com salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰, não 0,1
‰.
O item II está errado, porque as águas salobras são as com salinidade superior a 0,5 ‰ e inferior a 30
‰.
O item III está errado, porquanto as águas salinas possuem salinidade igual ou superior a 30 ‰, não 5
‰.
O item V está errado, uma vez que o ambiente lótico é aquele relativo a águas continentais moventes,
não paradas.
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Comentários
As águas doces de classe 3 podem ser destinadas ao abastecimento humano se passarem por
tratamento convencional ou avançado, nos termos do art. 4º, IV, "a".
Comentários
A alternativa A está errada, porque as águas doces de classe 3 carecem de tratamento convencional
ou avançado para servirem ao abastecimento humano. Já as águas doces de classe 4 não podem ser
destinadas a tal uso.
A alternativa B está correta e é o nosso gabarito, uma vez que as águas doces de classe especial
necessitam apenas de desinfecção para servirem ao abastecimento humano (Res. Conama n º 357/05, art.
4º, I, "a").
A alternativa C está errada, visto que algumas classes de água sequer podem ser destinadas ao
abastecimento humano, independentemente de prévio tratamento. É o caso de todas as classes das águas
salinas, das classes especial, 2 e 3 das águas salobras e da classe 4 das águas doces.
A alternativa D está errada, porque as águas doces de classe 1 requerem tratamento simplificado para
servirem ao abastecimento humano. Já as águas salobras classe 1 necessitam de tratamento convencional
ou avançado para ser utilizadas para abastecimento humano.
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a) abastecimento para consumo humano, com desinfecção, e podem ser aproveitadas em usos mais
exigentes do que águas de classe 1, que servem à preservação de ambientes aquáticos.
b) abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado, e podem ser aproveitadas
em usos menos exigentes que águas de classe 1, que servem para hospitais.
c) abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional, e podem ser aproveitadas
em usos menos exigentes que águas de classe 1, que servem para consumo humano após tratamento
simplificado.
d) dessedentação de animais, e podem ser aproveitadas em usos mais exigentes que águas de classe
4, que servem para consumo humano após tratamento simplificado.
e) harmonia paisagística, e podem ser aproveitadas em usos menos exigentes que águas de classe 1,
que servem para consumo humano após tratamento simplificado.
Comentários
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito, nos termos do art. 4º, I e II.
A alternativa B está errada, porque as águas doces de classe especial podem servir ao abastecimento
para consumo humano após desinfecção, não tratamento simplificado. Ademais, elas podem ser
aproveitadas em usos mais exigentes que águas de classe 1, não menos.
A alternativa C está errada, visto que as águas doces de classe especial podem servir ao
abastecimento para consumo humano após desinfecção, não tratamento convencional. Além disso, elas
podem ser aproveitadas em usos mais exigentes que águas de classe 1, não menos.
A alternativa D está errada, uma vez que as águas doces de classe especial não podem ser destinadas
à dessedentação de animais, que deve utilizar águas doces de classe 3 (Res. Conama nº 357/05, art. 4º, IV,
"e").
A alternativa E está errada, pois as águas doces de classe especial não podem ser destinadas à
harmonia paisagística, que deve utilizar águas doces de classe 4 (Res. Conama nº 357/05, art. 4º, V, "b").
22. (CESGRANRIO/TRANSPETRO - 2018) Os cursos de água são classificados de acordo com seus
respectivos usos. Para cada um desses usos são estabelecidos limites máximos de características
que a água pode apresentar. A resolução CONAMA n° 357/2005 classifica as águas de acordo com
seus usos preponderantes, estabelecendo condições para os diferentes usos.
As principais aplicações de águas doces da Classe 4 são:
a) consumo humano, após tratamento simplificado, e recreação de contato primário (natação e
mergulho)
b) irrigação de culturas arbóreas, e recreação de contato primário (natação e mergulho)
c) navegação e harmonia paisagística
d) aquicultura e dessedentação de animais
e) consumo humano, após tratamento convencional, e proteção das comunidades aquáticas.
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Comentários
A alternativa A está errada, porque as águas doces de classe 4 não podem ser destinadas ao consumo
humano, tampouco à recreação de contato primário.
A alternativa B está errada, pois as águas doces de classe 4 também não podem ser destinadas à
irrigação de culturas arbóreas.
A alternativa C está correta e é o nosso gabarito. Diante da baixa qualidade das águas doces de classe
4, elas podem ser destinadas a dois tipos de uso: navegação e harmonia paisagística, nos termos da Res.
Conama nº 357/05, art. 4º, V.
A alternativa D está errada, porque também apresenta dois usos não permitidos às águas doces de
classe 4.
A alternativa E está errada. Lembre-se sempre que as águas doces de classe 4 não podem ser
destinadas ao consumo humano independentemente de qualquer prévio tratamento.
Comentários
Era possível acertar a questão apenas lembrando-se que as únicas águas que podem ser utilizadas para
abastecimento humano após mera desinfecção são as águas doces de classe especial, em vista de sua alta
qualidade.
Além disso, elas também podem ser utilizadas para a preservação do equilíbrio natural das
comunidades aquáticas e para à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de
proteção integral (Res. Conama nº 357/05, art. 4º, I).
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I. As águas de classe especial devem ter sua condição natural, não sendo aceito lançamento de
efluentes, mesmo que tratados.
II. Para as classes de 1 a 4 são admitidos níveis crescentes de poluição, sendo a classe 1 com o
menor nível.
III. As classes 4 de águas doces e 3 de águas salobras e salinas apresentam os maiores níveis de
poluição.
IV. Nas águas doces de classe 4, os níveis de poluição permitem apenas os usos menos exigentes
de navegação e harmonia paisagística.
Está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e II, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) IV, apenas.
Comentários
A questão menciona a Res. Conama nº 357/05, mas também cobra entendimentos a respeito da Res.
Conama nº 430/11, que a modificou.
O item I está correto, por expressa previsão do art. 11 da Res. Conama nº 430/11.
O item II está correto, visto que os padrões e condições das águas são tão menos restritivos quanto
maiores os números das classes. Mais restritiva que a classe 1 apenas a classe especial, que não foi
mencionada na assertiva.
O item III está correto. A classe 4 é a última das águas doces, o mesmo ocorrendo com as classes 3 das
águas salobras e salinas.
O item IV está correto, em conformidade com o art. 4º, V, da Res. Conama nº 357/05.
60
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d) especial
Comentários
Lembre-se que as únicas águas que podem ser utilizadas para abastecimento humano após mera
desinfecção são as águas doces de classe especial, em vista de sua alta qualidade (Res. Conama nº 357/05,
art. 4º, I, "a").
Comentários
O art. 2º da Res. Conama nº 357/05 apresenta algumas definições bastante importante para fins de
prova, dentre as quais:
- ambiente lêntico: ambiente que se refere à água parada, com movimento lento ou estagnado;
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27. (NUCEPE/POLÍCIA CIVIL-PI - 2018) De acordo com a Resolução 357/2005 – CONAMA, as águas
doces são classificadas em Classe I, Classe II, Classe III e Classe Especial.
Dentre as alternativas abaixo, indique a destinação da água que corresponde à Classe Especial.
a) Abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado.
b) Abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional.
c) Abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado.
d) Abastecimento para consumo humano, com desinfecção.
e) À dessedentação de animais.
Comentários
Primeiramente, cumpre observar que a banca esqueceu de mencionar que, além das classes especial,
1, 2 e 3, ainda há a classe 4 das águas doces.
As águas doces de classe especial podem ser destinadas a 3 tipos de uso (art. 4º, I):
Era possível acertar a questão apenas lembrando-se que as únicas águas que podem ser utilizadas para
abastecimento humano após mera desinfecção são as águas doces de classe especial, em vista de sua alta
qualidade.
Comentários
A alternativa A está errada e é o nosso gabarito, uma vez que as águas salinas são aquelas com
salinidade igual ou superior a 30 ‰ (Res. Conama nº 357/05, art. 2º, III).
62
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A alternativa C está correta, em conformidade com a definição apresentada pelo art. 2º, IV. Com
efeito, os ambientes lênticos são aqueles representados por reservatórios e lagos, por exemplo.
A alternativa E está correta, consoante a definição do art. 2º, XVI da Res. Conama nº 357/05.
Comentários
(...)
63
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30. (VUNESP/ARSESP - 2018) Segundo a Resolução CONAMA 357/2005, as águas salobras de classe
1 observarão as seguintes condições e padrões:
a) tolerância de iridescências de óleos e graxas.
b) carbono orgânico total até 10,0 mg/L, como C.
c) pH entre 4 e 10.
d) oxigênio dissolvido em qualquer amostra não inferior a 10 mg/L de O2.
e) materiais flutuantes virtualmente ausentes.
Comentários
A alternativa A está errada. Nesse caso, óleos e graxas devem estar “virtualmente ausentes” (art. 21,
I, “e”).
A alternativa C está errada, pois o pH deve estar entre 6,5 e 8,5 (art. 21, I, “d”).
A alternativa D está errada. O OD deve ser não inferior a 5 mg/L (art. 21, I, “c”).
31. (FGV/CODEBA - 2016) O órgão de controle ambiental de uma localidade realizou uma campanha
de amostragem da qualidade da água de dois corpos de água obtendo os resultados apresentados
na tabela a seguir.
Corpo Hídrico
(I) (II)
Parâmetros Ensaiados
Turbidez (UNT) 30 50
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Comentários
A alternativa A está errada. O corpo d’água I apresenta água doce (salinidade igual ou inferior a 0,5
‰).
A alternativa B está errada. O corpo d’água II apresenta água salina (salinidade igual ou superior a 30
‰).
A alternativa C está errada. As águas doces de classe 1 devem ter OD, em qualquer amostra, não
inferior a 6 mg/L O2 (art. 14).
A alternativa D está errada. As águas salinas de classe 2 devem ter OD, em qualquer amostra, não
inferior a 5 mg/L O2.
32. (FGV/COMPESA - 2016) A Resolução 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições padrões de lançamento de efluentes (...)
(BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA.
Resolução n° 357. Brasília. 2005.)
De acordo com essa resolução as águas doces são classificadas em cinco classes: classe especial,
classe 1, classe 2, classe 3 e classe 4.
As águas destinadas para o consumo humano após desinfecção ou tratamento simplificado são
as águas classificadas como
a) classe 3 e classe 4.
b) classe especial e classe 1.
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Comentários
Para haver abastecimento para consumo humano, as águas de classe especial exigem desinfecção,
as águas classe 1 exigem tratamento simplificado, as águas classe 2 exigem tratamento convencional e as
águas classe 3 exigem tratamento convencional ou avançado.
Comentários
34. (FCC/TCE-CE - 2015) Segundo a Resolução CONAMA no 357/2005, as águas doces classificadas
como de classe 1 são águas que podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano,
após tratamento
a) simplificado, e à proteção das comunidades aquáticas.
b) convencional, e à proteção das comunidades aquáticas.
c) convencional ou avançado, e à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras.
d) avançado, e à navegação e à harmonia paisagística.
e) convencional, e à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho.
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Comentários
Segundo a Resolução CONAMA 357, as águas doces classificadas em Classe 1 podem ser destinadas
ao abastecimento para consumo humano após tratamento simplificado. Ela também pode ser destinada à
proteção das comunidades aquáticas (art. 4º, II). Sendo assim, a alternativa A está correta e é o nosso
gabarito.
35. (FCC/SABESP - 2014) Os cursos de água são classificados de acordo com os seus respectivos usos,
para cada qual são estabelecidos parâmetros de padrões de qualidade de acordo com a Resolução
CONAMA no 357. Para águas doces, é correto afirmar que,
a) para a Classe 4 aplica-se os usos de navegação e harmonia paisagística.
b) na Classe especial, que constituem os mananciais, aplica-se ao consumo humano, sem desinfecção.
c) cursos de água Classe 1 podem ser utilizados para consumo humano sem tratamento.
d) os cursos de água Classe 4 são os mais restritivos quanto ao lançamento de efluentes,
correspondentes aos mananciais.
e) para irrigação de hortaliças e plantas frutíferas, só podem ser utilizados cursos de água Classe
especial.
Comentários
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito, conforme o art. 4º, V, “a” e “b” da Res. Conama nº
357/2005:
a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
A alternativa B está errada. Águas da Classe Especial devem passar por tratamento com desinfecção
para consumo humano.
A alternativa C está errada. Águas da Classe 1 devem passar por tratamento simplificado para
consumo humano.
A alternativa D está errada. Os cursos de água de Classe Especial são os mais restritivos.
A alternativa E está errada. Hortaliças e plantas frutíferas podem ser irrigadas com águas de Classe
2.
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36. (FCC/SABESP - 2014) De acordo com a resolução CONAMA no 357 de 17/03/2005, as águas doces,
salobras e salinas do Território Nacional são classificadas em treze classes de qualidade. As águas
doces classificadas na classe especial são destinadas para
a) o abastecimento do consumo humano, após tratamento convencional.
b) a recreação de contato primário, tais como, natação, esqui aquático e mergulho.
c) a irrigação de hortaliças e de frutas que são consumidas cruas.
d) a proteção das comunidades aquáticas em terras indígenas.
e) o abastecimento do consumo humano, com desinfecção.
Comentários
A questão exige conhecimento da destinação das águas doces classificadas na Classe Especial:
Comentários
A Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005 dispõe sobre a classificação dos corpos de água
e diretrizes ambientais para o seu enquadramento.
Cumpre salientar que a referida Resolução considera a classificação das águas doces, salobras e salinas
essencial à defesa de seus níveis de qualidade, avaliados por condições e padrões específicos, de modo a
assegurar seus usos preponderantes.
Destarte, o art. 2º apresenta um critério objetivo para se diferenciar águas doces, salobras e salinas.
Evidentemente, o critério é a concentração de sal presente na água, conforme os seguintes valores:
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Comentários
A alternativa A está errada. As águas doces são aquelas com salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰.
A alternativa B está errada. Ambiente lêntico é o ambiente que se refere à água parada, com
movimento lento ou estagnado.
A alternativa C está errada. Águas salobras são aquelas com salinidade superior a 0,5 ‰ e inferior a
30‰.
A alternativa E está errada. Águas salinas são aquelas com salinidade igual ou superior a 30 ‰.
39. (VUNESP/MPE-ES - 2013) Considerando a Resolução CONAMA n.º 357/2005 e suas alterações,
assinale a alternativa correta.
a) Padrão: substâncias ou outros indicadores representativos da qualidade da água.
b) Meta: medição ou verificação de parâmetros de qualidade e quantidade de água, que pode ser
contínua ou periódica, utilizada para acompanhamento da condição e controle da qualidade do corpo de
água.
c) Parâmetro de qualidade da água: valor limite adotado como requisito normativo de um padrão de
qualidade de água ou efluente.
d) Recreação de contato primário: refere-se àquela associada a atividades em que o contato com a
água é esporádico ou acidental e a possibilidade de ingerir água é pequena, como na pesca e na navegação.
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e) Ensaios ecotoxicológicos: ensaios realizados para determinar o efeito deletério de agentes físicos
ou químicos a diversos organismos aquáticos.
Comentários
A alternativa A está errada. Padrão é o valor limite adotado como requisito normativo de um
parâmetro de qualidade de água ou efluente.
A alternativa C está errada. Parâmetros de qualidade da água são substâncias ou outros indicadores
representativos da qualidade da água.
A alternativa D está errada. Intel Recreação de contato primário é o contato direto e prolongado com
a água (tais como natação, mergulho, esqui-aquático) na qual a possibilidade de o banhista ingerir água é
elevada.
A alternativa E está correta e é o nosso gabarito, segundo definição do art. 2º, XXI.
40. (VUNESP/MPE-ES - 2013) De acordo com a Resolução CONAMA n.º 357, de 2005, as águas doces
da classe especial são destinadas
a) à irrigação de hortaliças e frutas que são consumidas cruas e que se desenvolvam rentes ao solo.
b) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado.
c) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
d) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho.
e) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
Comentários
41. (CEBRASPE/PF – 2013) No que concerne à política e à legislação ambiental, julgue o item.
De acordo com a Resolução CONAMA n.º 357/2005, as águas doces de classe 4 não podem ser destinadas
ao abastecimento humano, mesmo que recebam tratamentos avançados.
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Comentários
De fato, as classes de água doce de classe 4 podem ser destinadas a dois usos (art. 5º, V): navegação
e harmonia paisagística, não se prestando ao abastecimento humano. Questão correta.
42. (CEBRASPE/MPU – 2013) Julgue o item a seguir acerca da Resolução CONAMA n.º 357/2005, que
dispõe sobre a classificação e as diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água
superficiais e dá outras providências.
Ensaios ecotoxicológicos e ensaios toxicológicos são realizados para determinar o efeito deletério de
agentes físicos ou químicos aos organismos aquáticos e à saúde humana, respectivamente.
Comentários
Por sua vez, os ensaios ecotoxicológicos buscam determinar o efeito deletério de agentes físicos ou
químicos aos próprios organismos, como abelhas, minhocas e peixes. Especificamente em relação à
Resolução Conama nº 357/05, os organismos-alvo são os aquáticos.
43. (CEBRASPE/MPU – 2013) Julgue o item a seguir acerca da Resolução CONAMA n.º 357/2005, que
dispõe sobre a classificação e as diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água
superficiais e dá outras providências.
O monitoramento periódico dos parâmetros de qualidade de água para subsidiar a proposta de
enquadramento é dever dos responsáveis pelos empreendimentos que potencial ou efetivamente possam
causar poluição.
Comentários
Segundo o art. 8º, o conjunto de parâmetros de qualidade de água selecionado para subsidiar a
proposta de enquadramento deve ser monitorado periodicamente pelo poder público, não pelos
responsáveis dos empreendimentos com potencial ou efetivamente possam causar poluição.
Questão errada.
44. (CEBRASPE/MPU – 2013) Julgue o item a seguir acerca da Resolução CONAMA n.º 357/2005, que
dispõe sobre a classificação e as diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água
superficiais e dá outras providências.
Quando a condição da qualidade dos corpos de água intermitentes estiver em desacordo com os usos
preponderantes pretendidos, as ações de gestão ambiental do licenciamento ambiental assim como as
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Comentários
A questão está errada! No caso de corpos de água intermitentes ou com regime de vazão que
apresente diferença sazonal significativa, as metas progressivas obrigatórias podem variar ao longo do ano
(art. 38, § 5º).
Comentários
É exatamente o que preconiza o art. 6º, II, “d” da Res. Conama nº 357/05. Questão correta.
46. (FCC/INFRAERO - 2011) Em relação ao que estabelece a Resolução CONAMA n° 357/2005, que
dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, é correto afirmar:
a) as águas doces de Classe 3 podem ser destinadas à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de
parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e para
aquicultura e atividade de pesca.
b) as águas doces de Classe 2 podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional; à proteção das comunidades aquáticas; à recreação de contato primário, tais
como natação, esqui aquático e mergulho, entre outros.
c) as águas doces de Classe 4 somente podem ser utilizadas para o abastecimento para consumo
humano após tratamento avançado.
d) as águas doces de Classe 1 destinam-se exclusivamente ao abastecimento para consumo humano.
e) as águas doces de Classe Especial destinam-se ao abastecimento para consumo humano sem
quaisquer restrições.
Comentários
A alternativa A está errada. São as águas de Classe 2 que podem ser destinadas a tais usos (art. 4º, III,
“d”).
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A alternativa B está correta e é o nosso gabarito. Inteligência do art. 4º, III, “a”, “b” e “c” da Res.
Conama nº 357/2005:
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução
CONAMA nº 274, de 2000;
A alternativa C está errada. As águas da Classe 4 não podem ser usadas para consumo humano.
A alternativa D está errada. Além de abastecimento para consumo humano após tratamento
simplificado, as águas de Classe 1 destinam-se à proteção das comunidades aquáticas; à recreação de
contato primário; à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes
ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e à proteção das comunidades aquáticas em
Terras Indígenas.
A alternativa E está errada. As águas de Classe Especial são destinadas ao abastecimento para
consumo humano, com desinfecção.
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2. (IBFC/SEAP-PR - 2021) Segundo a Resolução CONAMA n° 357/05, as águas doces são classificadas
conforme classes. Assinale a alternativa que não apresenta a que são destinadas as águas de
Classe 1.
a) Ao abastecimento para consumo humano após tratamento simplificado
b) À proteção das comunidades aquáticas
c) À irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e
que sejam ingeridas cruas sem remoção de película
d) À proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas
e) À pesca amadora
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b) Se enquadrado na classe 4, poderá ser usada para à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e
forrageiras
c) Se enquadrado na classe 4, poderá ter atividade de pesca amadora
d) As águas da classe 3 só poderão ser destinadas à navegação e/ou à harmonia paisagística
e) Se forem classificadas como da classe 1, essas águas podem ser destinadas ao abastecimento para
consumo humano, após tratamento simplificado
5. (IBFC/SEAP-PR - 2021) Analise as afirmativas abaixo, de acordo com as definições contidas no Art
2º da Resolução CONAMA nº 357 e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Tratamento avançado: clarificação com utilização de coagulação e floculação, seguida de
desinfecção e correção de pH.
( ) Tratamento convencional: técnicas de remoção e/ou inativação de constituintes refratários aos
processos convencionais de tratamento, os quais podem conferir à água características, tais
como: cor, odor, sabor, atividade tóxica ou patogênica.
( ) Tratamento simplificado: clarificação por meio de filtração e desinfecção e correção de pH
quando necessário.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V, V, V
b) F, F, V
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c) F, V, F
d) V, F, F
e) F, F, F
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b) V, V, F
c) F, V, F
d) V, F, V
dos corpos de água superficiais, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes. Por essa resolução as águas são classificadas em:
I. doces.
II. salinas.
III. cinzas.
IV. salobras.
V. negras.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III e V apenas
b) II, III e IV apenas
c) I, II, III, IV, V
d) I, II, III e IV apenas
e) I, II e IV apenas
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14. (IDECAN/INSTITUTO FEDERAL-PB - 2019) De acordo com a Resolução CONAMA 357/2005, que
dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, assinale a alternativa correta.
a) Classe 1 tem como parâmetro: turbidez até 40 UNT e OD, em qualquer amostra, não inferior a 6
mg/L O2.
b) Classe 2 tem como parâmetro: turbidez até 60 UNT e OD, em qualquer amostra, não inferior a 5
mg/L O2.
c) Classe 2 tem como parâmetro: turbidez: até 100 UNT e OD, em qualquer amostra, não inferior a 6
mg/L O2.
d) Classe 3 tem como parâmetro: turbidez: até 100 UNT e OD, em qualquer amostra, não inferior a 4
mg/L O2.
e) Classe 4 tem como parâmetro: OD, em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/L O2.
15. (IDECAN/INSTITUTO FEDERAL-PB - 2019) Considerando o uso das águas doces e salobras para o
abastecimento para consumo humano, analise os itens abaixo a respeito dos tratamentos
exigidos:
I. Água Doce – Especial – Tratamento Simplificado.
II. Água Doce – Classe 1 – Tratamento Simplificado.
III. Água Doce – Classe 2 – Tratamento Convencional.
IV. Água Salobra – Classe 1 – Tratamento Convencional ou avançado.
V. Água Salobra – Classe 2 – Tratamento Avançado.
Assinale
a) se somente os itens I, II e III estiverem corretos.
b) se somente os itens I, III e V estiverem corretos.
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c) abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional, e podem ser aproveitadas
em usos menos exigentes que águas de classe 1, que servem para consumo humano após tratamento
simplificado.
d) dessedentação de animais, e podem ser aproveitadas em usos mais exigentes que águas de classe
4, que servem para consumo humano após tratamento simplificado.
e) harmonia paisagística, e podem ser aproveitadas em usos menos exigentes que águas de classe 1,
que servem para consumo humano após tratamento simplificado.
22. (CESGRANRIO/TRANSPETRO - 2018) Os cursos de água são classificados de acordo com seus
respectivos usos. Para cada um desses usos são estabelecidos limites máximos de características
que a água pode apresentar. A resolução CONAMA n° 357/2005 classifica as águas de acordo com
seus usos preponderantes, estabelecendo condições para os diferentes usos.
As principais aplicações de águas doces da Classe 4 são:
a) consumo humano, após tratamento simplificado, e recreação de contato primário (natação e
mergulho)
b) irrigação de culturas arbóreas, e recreação de contato primário (natação e mergulho)
c) navegação e harmonia paisagística
d) aquicultura e dessedentação de animais
e) consumo humano, após tratamento convencional, e proteção das comunidades aquáticas.
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II. Para as classes de 1 a 4 são admitidos níveis crescentes de poluição, sendo a classe 1 com o
menor nível.
III. As classes 4 de águas doces e 3 de águas salobras e salinas apresentam os maiores níveis de
poluição.
IV. Nas águas doces de classe 4, os níveis de poluição permitem apenas os usos menos exigentes
de navegação e harmonia paisagística.
Está correto o que se afirma em
a) I e III, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e II, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) IV, apenas.
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27. (NUCEPE/POLÍCIA CIVIL-PI - 2018) De acordo com a Resolução 357/2005 – CONAMA, as águas
doces são classificadas em Classe I, Classe II, Classe III e Classe Especial.
Dentre as alternativas abaixo, indique a destinação da água que corresponde à Classe Especial.
a) Abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado.
b) Abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional.
c) Abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado.
d) Abastecimento para consumo humano, com desinfecção.
e) À dessedentação de animais.
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30. (VUNESP/ARSESP - 2018) Segundo a Resolução CONAMA 357/2005, as águas salobras de classe
1 observarão as seguintes condições e padrões:
a) tolerância de iridescências de óleos e graxas.
b) carbono orgânico total até 10,0 mg/L, como C.
c) pH entre 4 e 10.
d) oxigênio dissolvido em qualquer amostra não inferior a 10 mg/L de O2.
e) materiais flutuantes virtualmente ausentes.
31. (FGV/CODEBA - 2016) O órgão de controle ambiental de uma localidade realizou uma campanha
de amostragem da qualidade da água de dois corpos de água obtendo os resultados apresentados
na tabela a seguir.
Corpo Hídrico
(I) (II)
Parâmetros Ensaiados
Turbidez (UNT) 30 50
32. (FGV/COMPESA - 2016) A Resolução 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições padrões de lançamento de efluentes (...)
(BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA.
Resolução n° 357. Brasília. 2005.)
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De acordo com essa resolução as águas doces são classificadas em cinco classes: classe especial,
classe 1, classe 2, classe 3 e classe 4.
As águas destinadas para o consumo humano após desinfecção ou tratamento simplificado são
as águas classificadas como
a) classe 3 e classe 4.
b) classe especial e classe 1.
c) classe 2, classe 3 e classe 4.
d) classe 1, classe 2 e classe 3.
e) classe especial, classe 1 e classe 2.
34. (FCC/TCE-CE - 2015) Segundo a Resolução CONAMA no 357/2005, as águas doces classificadas
como de classe 1 são águas que podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano,
após tratamento
a) simplificado, e à proteção das comunidades aquáticas.
b) convencional, e à proteção das comunidades aquáticas.
c) convencional ou avançado, e à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras.
d) avançado, e à navegação e à harmonia paisagística.
e) convencional, e à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho.
35. (FCC/SABESP - 2014) Os cursos de água são classificados de acordo com os seus respectivos usos,
para cada qual são estabelecidos parâmetros de padrões de qualidade de acordo com a Resolução
CONAMA no 357. Para águas doces, é correto afirmar que,
a) para a Classe 4 aplica-se os usos de navegação e harmonia paisagística.
b) na Classe especial, que constituem os mananciais, aplica-se ao consumo humano, sem desinfecção.
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c) cursos de água Classe 1 podem ser utilizados para consumo humano sem tratamento.
d) os cursos de água Classe 4 são os mais restritivos quanto ao lançamento de efluentes,
correspondentes aos mananciais.
e) para irrigação de hortaliças e plantas frutíferas, só podem ser utilizados cursos de água Classe
especial.
36. (FCC/SABESP - 2014) De acordo com a resolução CONAMA no 357 de 17/03/2005, as águas doces,
salobras e salinas do Território Nacional são classificadas em treze classes de qualidade. As águas
doces classificadas na classe especial são destinadas para
a) o abastecimento do consumo humano, após tratamento convencional.
b) a recreação de contato primário, tais como, natação, esqui aquático e mergulho.
c) a irrigação de hortaliças e de frutas que são consumidas cruas.
d) a proteção das comunidades aquáticas em terras indígenas.
e) o abastecimento do consumo humano, com desinfecção.
39. (VUNESP/MPE-ES - 2013) Considerando a Resolução CONAMA n.º 357/2005 e suas alterações,
assinale a alternativa correta.
a) Padrão: substâncias ou outros indicadores representativos da qualidade da água.
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b) Meta: medição ou verificação de parâmetros de qualidade e quantidade de água, que pode ser
contínua ou periódica, utilizada para acompanhamento da condição e controle da qualidade do corpo de
água.
c) Parâmetro de qualidade da água: valor limite adotado como requisito normativo de um padrão de
qualidade de água ou efluente.
d) Recreação de contato primário: refere-se àquela associada a atividades em que o contato com a
água é esporádico ou acidental e a possibilidade de ingerir água é pequena, como na pesca e na navegação.
e) Ensaios ecotoxicológicos: ensaios realizados para determinar o efeito deletério de agentes físicos
ou químicos a diversos organismos aquáticos.
40. (VUNESP/MPE-ES - 2013) De acordo com a Resolução CONAMA n.º 357, de 2005, as águas doces
da classe especial são destinadas
a) à irrigação de hortaliças e frutas que são consumidas cruas e que se desenvolvam rentes ao solo.
b) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado.
c) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
d) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho.
e) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
41. (CEBRASPE/PF – 2013) No que concerne à política e à legislação ambiental, julgue o item.
De acordo com a Resolução CONAMA n.º 357/2005, as águas doces de classe 4 não podem ser destinadas
ao abastecimento humano, mesmo que recebam tratamentos avançados.
42. (CEBRASPE/MPU – 2013) Julgue o item a seguir acerca da Resolução CONAMA n.º 357/2005, que
dispõe sobre a classificação e as diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água
superficiais e dá outras providências.
Ensaios ecotoxicológicos e ensaios toxicológicos são realizados para determinar o efeito deletério de
agentes físicos ou químicos aos organismos aquáticos e à saúde humana, respectivamente.
43. (CEBRASPE/MPU – 2013) Julgue o item a seguir acerca da Resolução CONAMA n.º 357/2005, que
dispõe sobre a classificação e as diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água
superficiais e dá outras providências.
O monitoramento periódico dos parâmetros de qualidade de água para subsidiar a proposta de
enquadramento é dever dos responsáveis pelos empreendimentos que potencial ou efetivamente possam
causar poluição.
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44. (CEBRASPE/MPU – 2013) Julgue o item a seguir acerca da Resolução CONAMA n.º 357/2005, que
dispõe sobre a classificação e as diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água
superficiais e dá outras providências.
Quando a condição da qualidade dos corpos de água intermitentes estiver em desacordo com os usos
preponderantes pretendidos, as ações de gestão ambiental do licenciamento ambiental assim como as
metas progressivas obrigatórias de melhoria da qualidade da água para efetivação de enquadramentos
deverão ser fixas e invariáveis ao longo do ano.
46. (FCC/INFRAERO - 2011) Em relação ao que estabelece a Resolução CONAMA n° 357/2005, que
dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, é correto afirmar:
a) as águas doces de Classe 3 podem ser destinadas à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de
parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e para
aquicultura e atividade de pesca.
b) as águas doces de Classe 2 podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional; à proteção das comunidades aquáticas; à recreação de contato primário, tais
como natação, esqui aquático e mergulho, entre outros.
c) as águas doces de Classe 4 somente podem ser utilizadas para o abastecimento para consumo
humano após tratamento avançado.
d) as águas doces de Classe 1 destinam-se exclusivamente ao abastecimento para consumo humano.
e) as águas doces de Classe Especial destinam-se ao abastecimento para consumo humano sem
quaisquer restrições.
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GABARITO
1. C 17. E 33. E
2. E 18. D 34. A
3. E 19. B 35. A
4. A 20. B 36. E
5. B 21. A 37. B
6. D 22. C 38. D
7. B 23. E 39. E
8. E 24. B 40. E
9. A 25. D 41. CORRETA
10. D 26. D 42. CORRETA
11. D 27. D 43. ERRADA
12. E 28. A 44. ERRADA
13. B 29. B 45. CORRETA
14. A 30. E 46. B
15. D 31. E
16. B 32. B
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Comentários
A alternativa B está errada, visto que a temperatura precisa ser inferior a 40ºC, sendo que a variação
de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3ºC no limite da zona de mistura.
A alternativa C está errada. Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja
praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes.
A alternativa E está correta e é o nosso gabarito, visto que apresenta a literalidade do art. 16, “f “.
91
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III. Concentração Letal Mediana: é a concentração do efluente que causa efeito crônico a 50% dos
organismos, em determinado período de exposição, nas condições de ensaio.
Comentários
A primeira assertiva está errada. A Concentração de Efeito Não Observado-CENO é a maior (não
menor) concentração do efluente que não causa efeito deletério estatisticamente significativo na
sobrevivência e reprodução dos organismos, em um determinado tempo de exposição, nas condições de
ensaio.
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a) 1 a 4.
b) 2 a 5.
c) 5 a 9.
d) 9 a 15.
e) 10 a 12.
Comentários
Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente podem ser lançados diretamente no corpo
receptor desde que obedeçam às seguintes condições:
a) pH entre 5 e 9;
d) regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média do período de
atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos permitidos pela autoridade
competente;
e) óleos e graxas:
Desse modo, note que o pH deve estar entre 5 e 9, razão pela qual a alternativa C é o nosso gabarito.
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a) Dose letal.
b) Fator de toxicidade.
c) Fator de genotoxicidade.
d) Concentração letal mediana.
e) Concentração de teratogenicidade.
Comentários
Conforme definição do art. 4º, VIII, o Fator de Toxicidade (FT) é um número adimensional que
representa a menor diluição do efluente que não causa efeito deletério agudo aos organismos, num
determinado período de exposição, nas condições de ensaio.
Comentários
Durante a aula, estudamos que os efluentes não podem conferir ao corpo receptor características de
qualidade em desacordo com essas metas obrigatórias progressivas, intermediárias e final. Todavia, há
algumas exceções bastante importantes.
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Isso porque o órgão ambiental competente pode, mediante análise técnica fundamentada, autorizar
o lançamento de efluentes em desacordo com as condições e padrões estabelecidos na Res. Conama nº
430/11, desde que observados os seguintes requisitos (art. 6º):
Portanto, se os requisitos acima forem cumpridos, é possível que o órgão ambiental autorize o
lançamento de efluentes em desacordo com as condições e padrões estabelecidos pela Res. Conama nº
430/11. Note, contudo, que se trata de uma discricionariedade do órgão ambiental competente, que deve
se basear em uma avaliação específica de cada caso.
Além desses casos, ainda é preciso frisar que, na zona de mistura, também são admitidas
concentrações de substâncias em desacordo com os padrões de qualidade estabelecidos para o corpo
receptor, desde que não comprometam os usos previstos para o mesmo (art. 13).
Destarte, tem-se que:
A alternativa A está errada, porque apresenta contrapartidas não existentes na Res. Conama nº
430/11 para possibilitar a autorização de lançamento de efluente acima das condições e padrões
estabelecidos.
A alternativa B está correta e é o nosso gabarito, visto que apresenta a literalidade do art. 6º
supratranscrito.
A alternativa C está errada, uma vez que tal exigência não está prevista na Res. Conama nº430/11.
A alternativa D está errada, porquanto também apresenta contrapartidas não existentes na Res.
Conama nº 430/11 para possibilitar a autorização de lançamento de efluente acima das condições e padrões
estabelecidos.
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Comentários ==18d107==
Durante a aula, aprendemos que a capacidade de suporte do corpo receptor é o valor máximo de
determinado poluente que o corpo hídrico pode receber, sem comprometer a qualidade da água e seus usos
determinados pela classe de enquadramento (Res. Conama nº 430/11, art. 4º, I).
Comentários
Questão bastante específica que cobra o padrão de lançamento de óleos vegetais e gorduras animais
em efluentes de qualquer fonte poluidora. Nos termos do art. 16, I, "e", da Res. Conama nº 430/11, o valor
máximo dessas substâncias é de 50 mg/L.
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Comentários
A afirmação III está correta, de acordo com vedação expressa no art. 9º.
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Comentários
O item I está correto. Tanto para os efluentes de qualquer fonte poluidora quanto para os efluentes
diretos de sistemas de tratamento de esgoto, o pH deve estar entre 5 e 9 (Res. Conama nº 430/11, art. 16, I,
"a" e art. 21, I, "a").
O item II está errado, visto que a temperatura do efluente deve estar inferior a 40 °C, não 50 ºC (art.
16, I, "b").
O item III está correta, conforme a literalidade da Res. Conama nº 430/11 (art. 16, I, "c").
Logo, apenas os itens I, III e IV estão corretos, sendo a alternativa D o nosso gabarito.
10. (CEPS/UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ - 2018) De acordo com o
Art. 4° da Resolução CONAMA nº 430, de 13 de maio de 2011 (Dispõe sobre as condições e padrões
de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005,
do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA), é correta a seguinte definição:
a) Capacidade de suporte do corpo receptor: valor mínimo de determinado poluente que o corpo
hídrico pode receber, sem comprometer a qualidade da água e seus usos determinados pela classe de
enquadramento.
b) Concentração de Efeito Não Observado – CENO: menor concentração do efluente que não causa
efeito deletério estatisticamente significativo na sobrevivência e reprodução dos organismos sem um
determinado tempo de exposição, nas condições de ensaio.
c) Concentração Letal Mediana – CL50 ou Concentração Efetiva Mediana – CE50: é a concentração do
efluente que causa efeito moderado (letalidade ou imobilidade) a 50% dos organismos, em determinado
período de exposição, nas condições de ensaio.
d) Efluente: é o termo usado para caracterizar os despejos líquidos provenientes de diversas atividades
ou processos.
e) Fator de Toxicidade – FT: número adimensional que expressa a maior diluição do efluente que não
causa efeito deletério agudo aos organismos, num determinado período de exposição, nas condições de
ensaio.
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Comentários
A alternativa A está errada, porque a capacidade de suporte do corpo receptor é o valor máximo (não
mínimo) de determinado poluente que o corpo hídrico pode receber, sem comprometer a qualidade da água
e seus usos determinados pela classe de enquadramento (art. 4º, I).
A alternativa B está errada, pois a CENO é a maior (não menor) concentração do efluente que não
causa efeito deletério estatisticamente significativo na sobrevivência e reprodução dos organismos sem um
determinado tempo de exposição, nas condições de ensaio (art. 4º, II).
A alternativa C está errada, porquanto a CL50 ou CE50 é a concentração do efluente que causa efeito
agudo (não moderado) a 50% dos organismos, em determinado período de exposição, nas condições de
ensaio (art. 4º, IV).
A alternativa D está correta e é o nosso gabarito, nos termos da definição apresentada pelo art. 4º,
V, da Res. Conama nº 430/11.
A alternativa E está errada, visto que o Fator de Toxicidade expressa a menor (não maior) diluição do
efluente que não causa efeito deletério agudo aos organismos, num determinado período de exposição, nas
condições de ensaio (art. 4º, VIII).
Comentários
A alternativa A está errada, pois a exigência é de presença de até 20 mg/L óleos minerais.
A alternativa B está errada, porque a presença de óleos vegetais e gorduras animais é admitida
em até 50 mg/L.
A alternativa C está errada, visto que o regime de lançamento deve ter vazão máxima (não mínima)
de 1,5 vez a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor.
A alternativa D está errada, porque a temperatura deve ser inferior (não superior ) a 40°C.
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A alternativa E está correta e é o nosso gabarito, visto que o efluente tem que ter o pH entre 5 e 9
(art. 16, I, “a”).
12. (VUNESP/ARSESP - 2018) Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser
lançados diretamente no corpo receptor, desde que obedeçam às condições e aos padrões
previstos no artigo 16 da Resolução CONAMA n° 430/2011, como:
a) materiais sedimentáveis até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff, mas em lagos e lagoas
com baixa circulação estes deverão estar virtualmente ausentes.
b) ausência de materiais flutuantes e remoção mínima de 30% de DBO.
c) temperatura inferior a 20 ºC, desde que a variação de temperatura do corpo receptor não exceda a
5 ºC no limite da zona de mistura.
d) óleos minerais até 50 mg/L e óleos vegetais e gorduras animais até 100 mg/L.
e) pH entre 3 e 11.
Comentários
A alternativa B está errada. Conforme art. 16, deve haver remoção mínima de 60% de DBO.
A alternativa C está errada, pois a temperatura deve ser inferior a 40°C, sendo que a variação de
temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura.
A alternativa D está errada. Conforme art. 16, o limite de óleos minerais é 20 mg/L e o de óleos
vegetais e gorduras animais é de 50 mg/L.
A alternativa E está errada, visto que o efluente tem que ter o pH entre 5 e 9.
13. (FCC/ARTESP - 2017) De acordo com a Resolução CONAMA n° 430/2011, o lançamento de esgotos
sanitários por meio de emissários submarinos deve atender aos padrões da classe do corpo
receptor, após o limite da zona de mistura e ao padrão de balneabilidade, e ser precedido de
tratamento que garanta, entre outras exigências, que, após desarenação, a eficiência mínima de
remoção de sólidos em suspensão totais seja de
a) 12%.
b) 35%.
c) 15%.
d) 20%.
e) 10%.
100
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Comentários
Art. 22. O lançamento de esgotos sanitários por meio de emissários submarinos deve atender aos padrões
da classe do corpo receptor, após o limite da zona de mistura e ao padrão de balneabilidade, de acordo com as
normas e legislação vigentes.
Parágrafo único. Este lançamento deve ser precedido de tratamento que garanta o atendimento das
seguintes condições e padrões específicos, sem prejuízo de outras exigências cabíveis:
I - pH entre 5 e 9;
II - temperatura: inferior a 40ºC, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não deverá
exceder a 3ºC no limite da zona de mistura;
Comentários
Um dos principais aspectos que devem ser lembrados a respeito da Res. Conama nº 430/2011 é a faixa
de pH exigida pela norma.
Tanto os efluentes de qualquer fonte quanto os esgotos sanitários devem ser lançados com pH entre
5 a 9. Desse modo, a alternativa C está correta e é o nosso gabarito.
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15. (FCC/SABESP - 2014) A Resolução CONAMA 430/2011, que dispõe sobre as condições e padrões
de lançamento de efluentes, complementou e alterou a resolução CONAMA 357/2005. Uma
estação de tratamento de efluentes de uma pequena cidade do interior do Maranhão recebeu
multa pelo lançamento de água oriunda do processo de tratamento de esgoto no corpo receptor,
por não respeitar os parâmetros legais para a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). Dessa
forma, calcula-se que a DBO do efluente lançado esteja mais próxima do valor de
a) 45%.
b) 65%.
c) 72%.
d) 86%.
e) 93%.
Comentários
A questão está mal redigida: a banca quis pedir o valor da remoção de DBO do efluente, não a DBO
em si.
Com isso decifrado, ficava mais fácil: as alternativas B, C, D e E trazem valores acima do valor mínimo
de remoção, ou seja, estão dentro do que é exigido pela Res. Conama nº 430/2011.
Agora, se a empresa remover somente 45% de DBO, estará abaixo de 60%, o mínimo exigido pela
Conama.
16. (VUNESP/MPE-ES - 2013) A Resolução CONAMA n.º 430 de 2011, a qual complementa a
Resolução n.º 357 de 2005, cita que as condições e padrões para lançamento de efluentes poderão
apresentar
a) pH acima de 9 ou abaixo de 5.
b) temperatura superior a 40 °C sendo que a variação de temperatura do corpo receptor poderá
exceder a 3 °C no limite da zona de mistura.
c) materiais sedimentáveis com valores superiores a 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff.
d) óleos minerais com valores até 20 mg/L e óleos vegetais e gorduras animais com valores até 50
mg/L.
e) presença de materiais flutuantes em pequena quantidade.
Comentários
A alternativa A está errada, visto que o efluente tem que ter o pH entre 5 e 9;
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A alternativa C está errada, porque os materiais sedimentáveis devem estar presentes em até 1 mg/L.
17. (CEBRASPE/TCE-PA – 2016) Julgue o item seguinte de acordo com a Resolução CONAMA n.º
430/2011, que complementa e altera a Resolução n.º 357/2005.
No regime de lançamento de efluente, a vazão máxima não deve ser maior que 1,5 multiplicado pela
vazão média do período de atividade diária do agente poluidor, independentemente de autorização por
parte de autoridade competente.
Comentários
De fato, em seu art. 16, a Res. Conama nº 430/11 traz algumas condições para lançamento de efluentes
em corpos receptores, entre as quais um regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão
média do período de atividade diária do agente poluidor. No entanto, a norma menciona que pode haver
exceção nos casos permitidos pela autoridade competente. Portanto, questão errada.
18. (CEBRASPE/SEGESP-AL – 2013) Com base na Lei n.º 12.651/2012 e na Resolução do CONAMA n.º
430/2011, julgue o item que se segue.
Nas águas de classe especial, é permitido o lançamento de efluentes ou a disposição de resíduos
domésticos, agropecuários, de aquicultura, industriais e de quaisquer outras fontes poluentes, desde que
devidamente tratados.
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Questão correta!
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e) Apenas II
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II. Para o lançamento de efluentes tratados em leito seco de corpos receptores intermitentes, o
órgão ambiental competente poderá definir condições especiais, ouvido o órgão gestor de
recursos hídricos.
III. No controle das condições de lançamento, é vedada, para fins de diluição antes do seu
lançamento, a mistura de efluentes com águas de melhor qualidade, tais como as águas de
abastecimento, do mar e de sistemas abertos de refrigeração sem recirculação.
São verdadeiras
a) as afirmações I e III.
b) as afirmações II e III.
c) as afirmações I, II e III.
d) as afirmações I e II.
e) nenhuma das afirmações.
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10. (CEPS/UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ - 2018) De acordo com o
Art. 4° da Resolução CONAMA nº 430, de 13 de maio de 2011 (Dispõe sobre as condições e padrões
de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005,
do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA), é correta a seguinte definição:
a) Capacidade de suporte do corpo receptor: valor mínimo de determinado poluente que o corpo
hídrico pode receber, sem comprometer a qualidade da água e seus usos determinados pela classe de
enquadramento.
b) Concentração de Efeito Não Observado – CENO: menor concentração do efluente que não causa
efeito deletério estatisticamente significativo na sobrevivência e reprodução dos organismos sem um
determinado tempo de exposição, nas condições de ensaio.
c) Concentração Letal Mediana – CL50 ou Concentração Efetiva Mediana – CE50: é a concentração do
efluente que causa efeito moderado (letalidade ou imobilidade) a 50% dos organismos, em determinado
período de exposição, nas condições de ensaio.
d) Efluente: é o termo usado para caracterizar os despejos líquidos provenientes de diversas atividades
ou processos.
e) Fator de Toxicidade – FT: número adimensional que expressa a maior diluição do efluente que não
causa efeito deletério agudo aos organismos, num determinado período de exposição, nas condições de
ensaio.
12. (VUNESP/ARSESP - 2018) Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser
lançados diretamente no corpo receptor, desde que obedeçam às condições e aos padrões
previstos no artigo 16 da Resolução CONAMA n° 430/2011, como:
a) materiais sedimentáveis até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff, mas em lagos e lagoas
com baixa circulação estes deverão estar virtualmente ausentes.
b) ausência de materiais flutuantes e remoção mínima de 30% de DBO.
c) temperatura inferior a 20 ºC, desde que a variação de temperatura do corpo receptor não exceda a
5 ºC no limite da zona de mistura.
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d) óleos minerais até 50 mg/L e óleos vegetais e gorduras animais até 100 mg/L.
e) pH entre 3 e 11.
13. (FCC/ARTESP - 2017) De acordo com a Resolução CONAMA n° 430/2011, o lançamento de esgotos
sanitários por meio de emissários submarinos deve atender aos padrões da classe do corpo
receptor, após o limite da zona de mistura e ao padrão de balneabilidade, e ser precedido de
tratamento que garanta, entre outras exigências, que, após desarenação, a eficiência mínima de
remoção de sólidos em suspensão totais seja de
a) 12%.
b) 35%.
c) 15%.
d) 20%.
e) 10%.
15. (FCC/SABESP - 2014) A Resolução CONAMA 430/2011, que dispõe sobre as condições e padrões
de lançamento de efluentes, complementou e alterou a resolução CONAMA 357/2005. Uma
estação de tratamento de efluentes de uma pequena cidade do interior do Maranhão recebeu
multa pelo lançamento de água oriunda do processo de tratamento de esgoto no corpo receptor,
por não respeitar os parâmetros legais para a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). Dessa
forma, calcula-se que a DBO do efluente lançado esteja mais próxima do valor de
a) 45%.
b) 65%.
c) 72%.
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d) 86%.
e) 93%.
16. (VUNESP/MPE-ES - 2013) A Resolução CONAMA n.º 430 de 2011, a qual complementa a
Resolução n.º 357 de 2005, cita que as condições e padrões para lançamento de efluentes poderão
apresentar
a) pH acima de 9 ou abaixo de 5.
b) temperatura superior a 40 °C sendo que a variação de temperatura do corpo receptor poderá
exceder a 3 °C no limite da zona de mistura.
c) materiais sedimentáveis com valores superiores a 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff.
d) óleos minerais com valores até 20 mg/L e óleos vegetais e gorduras animais com valores até 50
mg/L.
e) presença de materiais flutuantes em pequena quantidade.
17. (CEBRASPE/TCE-PA – 2016) Julgue o item seguinte de acordo com a Resolução CONAMA n.º
430/2011, que complementa e altera a Resolução n.º 357/2005.
No regime de lançamento de efluente, a vazão máxima não deve ser maior que 1,5 multiplicado pela
vazão média do período de atividade diária do agente poluidor, independentemente de autorização por
parte de autoridade competente.
18. (CEBRASPE/SEGESP-AL – 2013) Com base na Lei n.º 12.651/2012 e na Resolução do CONAMA n.º
430/2011, julgue o item que se segue.
Nas águas de classe especial, é permitido o lançamento de efluentes ou a disposição de resíduos
domésticos, agropecuários, de aquicultura, industriais e de quaisquer outras fontes poluentes, desde que
devidamente tratados.
111
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GABARITO
1. E 8. C 15. A
2. B 9. D 16. D
3. C 10. D 17. ERRADA
4. B 11. E 18. ERRADA
5. B 12. A 19. CORRETA
6. D 13. D
7. C 14. C
112
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Introdução
Caso você já tenha estudado a Resolução Conama nº 357/05, você deve ter notado que, desde 2011,
ela não mais aborda as condições e padrões de lançamento de efluentes nos corpos de água, em virtude
desta temática passar a ser apresentada pela Resolução Conama nº 430/11.
De fato, a Res. Conama nº 430/11 dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes para
gestão do lançamento de efluentes em corpos de água receptores, alterando parcialmente e
complementando a Resolução nº 357/05 (art. 1º). É importante destacar logo de início que o significado do
termo efluente trazido pela Res. Conama nº 430/11 é o de despejo líquido proveniente de diversas
atividades ou processos.
Nesse contexto, os efluentes de qualquer fonte poluidora somente podem ser lançados diretamente
nos corpos receptores após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências
dispostos na Res. Conama nº 430/11 e em outras normas aplicáveis (art. 3º).
No entanto, é preciso deixar claro que o órgão ambiental competente pode, a qualquer momento,
mediante fundamentação técnica, acrescentar outras condições e padrões para o lançamento de efluentes,
ou torná-los mais restritivos, tendo em vista as condições do corpo receptor, bem como exigir tecnologia
ambientalmente adequada e economicamente viável para o tratamento dos efluentes, compatível com as
condições do respectivo corpo receptor (art. 3º, parágrafo único).
Outrossim, o órgão ambiental competente pode, quando a vazão do corpo receptor estiver abaixo da
vazão de referência, estabelecer restrições e medidas adicionais, de caráter excepcional e temporário, aos
lançamentos de efluentes que possam, dentre outras consequências (art. 14):
Além disso, a Res. Conama nº 430/11 deve ser observada mesmo que o lançamento de efluentes no
corpo receptor seja indireto, se for verificada a inexistência de legislação ou normas específicas, disposições
do órgão ambiental competente, bem como diretrizes da operadora dos sistemas de coleta e tratamento
de esgoto sanitário (art. 1º, parágrafo único).
113
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É importante salientar que a disposição de efluentes no solo, mesmo tratados, não está sujeita aos
parâmetros e padrões de lançamento dispostos na Res. Conama nº 430/11, embora a norma preveja que
esse tipo de disposição não pode causar poluição ou contaminação das águas superficiais e subterrâneas
(art. 2º).
O enquadramento expressa metas finais a serem alcançadas, podendo ser fixadas metas progressivas
intermediárias. Destarte, a Res. Conama nº 430/11 prevê que as metas obrigatórias para corpos receptores
devem ser estabelecidas por parâmetros específicos (art. 5º, § 1º).
Não obstante, para os parâmetros não incluídos nas metas obrigatórias e na ausência de metas
intermediárias progressivas, os padrões de qualidade a serem obedecidos no corpo receptor são os que
constam na classe na qual o corpo receptor estiver enquadrado (art. 5º, § 2º).
De qualquer maneira, em regra, os efluentes não podem conferir ao corpo receptor características de
qualidade em desacordo com essas metas obrigatórias progressivas, intermediárias e final (art. 5º).
Todavia, há algumas exceções bastante importantes que você precisa saber.
Isso porque o órgão ambiental competente pode, mediante análise técnica fundamentada, autorizar
o lançamento de efluentes em desacordo com as condições e padrões estabelecidos na Res. Conama nº
430/11, desde que observados os seguintes requisitos (art. 6º):
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Portanto, se os requisitos acima forem cumpridos, é possível que o órgão ambiental autorize o
lançamento de efluentes em desacordo com as condições e padrões estabelecidos pela Res. Conama nº
430/11. Note, contudo, que se trata de uma discricionariedade do órgão ambiental competente, que deve
se basear em uma avaliação específica de cada caso.
Além desses casos, ainda é preciso frisar que, na zona de mistura, também são admitidas
concentrações de substâncias em desacordo com os padrões de qualidade estabelecidos para o corpo
receptor, desde que não comprometam os usos previstos para o mesmo (art. 13). Essa exceção deriva do
fato de que a zona de mistura, por definição, possui uma carga de poluentes maior do que o corpo hídrico.
Nesse sentido, a extensão e as concentrações de substâncias na zona de mistura devem ser objeto de
estudo, quando determinado pelo órgão ambiental competente, às expensas do empreendedor
responsável pelo lançamento (art. 13, parágrafo único).
Interesse público
Medidas para Atendimento ao
neutralizar enquadramento e
eventuais efeitos às metas
obrigatórias
Ressalte-se que o órgão ambiental competente deve, por meio de norma específica ou no
licenciamento da atividade ou empreendimento, estabelecer a carga poluidora máxima para o lançamento
de substâncias passíveis de estarem presentes ou serem formadas nos processos produtivos, de modo a não
comprometer as metas progressivas obrigatórias, intermediárias e final, estabelecidas para
enquadramento do corpo receptor (art. 7º).
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Essa carga poluidora nada mais é do que a quantidade de determinado poluente transportado ou
lançado em um corpo de água receptor, expressa em unidade de massa por tempo (art. 2º, VII). De modo
concreto, a carga poluidora geralmente é representada pelos níveis em Demanda Bioquímica de Oxigênio
(DBO).
Nesse contexto de licenciamento, o órgão ambiental competente também pode exigir a apresentação
de estudo de capacidade de suporte do corpo receptor (art. 7º, § 1º). Esse estudo deve considerar, no
mínimo, a diferença entre os padrões estabelecidos pela classe e as concentrações existentes no trecho
desde a montante, estimando a concentração após a zona de mistura (art. 6º, § 2º).
Para que haja um maior controle ambiental das emissões de efluentes, os responsáveis pelas fontes
poluidoras dos recursos hídricos devem realizar o automonitoramento para controle e acompanhamento
periódico dos efluentes lançados nos corpos receptores, com base em amostragem representativa dos
mesmos (art. 24).
Nesse contexto, o órgão ambiental competente pode estabelecer critérios e procedimentos para a
execução e averiguação do automonitoramento de efluentes e avaliação da qualidade do corpo receptor
(art. 24, § 1º). Contudo, para fontes de baixo potencial poluidor, assim definidas pelo órgão ambiental
competente, o automonitoramento pode ser dispensado mediante fundamentação técnica (art. 24, § 2º).
Para comprovar a qualidade dos efluentes lançados em corpos hídricos, devem ser coletadas e
analisadas amostras dos mesmos, de acordo com as normas específicas, sob responsabilidade de
profissional legalmente habilitado. Os ensaios requeridos devem ser realizados por laboratórios acreditados
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) ou por outro organismo
signatário do mesmo acordo de cooperação mútua do qual o INMETRO faça parte ou em laboratórios
aceitos pelo órgão ambiental competente (art. 26).
É importante frisar que as fontes potencial ou efetivamente poluidoras dos recursos hídricos devem
buscar práticas de gestão de efluentes com vistas ao uso eficiente da água, à aplicação de técnicas para
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redução da geração e melhoria da qualidade de efluentes gerados e, sempre que possível e adequado,
proceder à reutilização (art. 27).
Outra exigência feita ao responsável por fonte potencial ou efetivamente poluidora dos recursos
hídricos é que ele deve apresentar ao órgão ambiental competente, até o dia 31 de março de cada ano, a
Declaração de Carga Poluidora, referente ao ano anterior (art. 28).
Essa declaração deve conter, entre outros dados, a caracterização qualitativa e quantitativa dos
efluentes, baseada em amostragem representativa dos mesmos (art. 28, § 1º). Ademais, o órgão ambiental
pode definir critérios e informações adicionais para a complementação e apresentação da declaração
mencionada, inclusive dispensando-a, se for o caso, para as fontes de baixo potencial poluidor (art. 28, §
2º).
Diante das exigências de lançamento dos efluentes trazidas pela Res. Conama nº 430/11, uma prática
ardilosa por parte do empreendimento que lançar o efluente é a diluição antes do lançamento quando for
realizado o controle das condições, misturando-o com águas de melhor qualidade, tais como as águas de
abastecimento, do mar e de sistemas abertos de refrigeração sem recirculação. Diante dessa possibilidade,
a referida Resolução proíbe expressamente esse tipo de procedimento em seu art. 9º.
Para finalizar esta parte introdutória, cumpre destacar uma importante proibição trazida pela
Resolução Conama nº 430/11, que é a vedação ao lançamento de Poluentes Orgânicos Persistentes (POP)
nos efluentes (art. 8º).
A depender de sua natureza, os POPs podem ser tóxicos para muitos seres vivos, atuando,
inclusive, como disruptores endócrinos e reprodutivos, bem como sendo
carcinogênicos.
Além disso, diante de sua baixa capacidade de degradação, os POPs normalmente são
transportados a longas distâncias e podem bioacumular nos organismos, bem como
biomagnificar ao longo da cadeia trófica.
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Por esses motivos é que a Res. Conama nº 430/11 veda o lançamento dos POPs nos
efluentes. Além disso, nos processos nos quais possam ocorrer a formação de dioxinas e
furanos deve ser utilizada a tecnologia adequada para a sua redução, até a completa
eliminação (art. 8º, parágrafo único).
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Apresentados os aspectos introdutórios da Res. Conama nº 430/11, partamos para os aspectos mais
objetivamente relacionados às condições e aos padrões de lançamento de efluentes em corpos de água.
De início, cabe ressaltar que, nas águas de classe especial, é vedado o lançamento de efluentes ou
disposição de resíduos domésticos, agropecuários, de aquicultura, industriais e de quaisquer outras fontes
poluentes, mesmo que tratados (art. 11). Logo, apenas os corpos de água das classes 1, 2, 3 e, nos casos de
água doce, 4, podem receber o lançamento de efluentes.
Todavia, mesmo nos corpos de água das classes que podem receber efluentes, o lançamento não pode
exceder as condições e padrões de qualidade de água estabelecidos para as respectivas classes, nas
condições da vazão de referência ou volume disponível, além de atender outras exigências aplicáveis (art.
12). Outrossim, nos corpos de água em processo de recuperação, o lançamento de efluentes deve observar
as metas obrigatórias progressivas, intermediárias e final (art. 12, parágrafo único).
Passemos agora a tratar objetivamente das condições de lançamento dos efluentes das fontes
poluidoras, conforme preconizado pelo art.16 da Res. Conama nº 430/11. Trata-se de um tema bastante
recorrente em provas de concursos, portanto muita atenção neste ponto!
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Primeiramente, há que esclarecer que a Res. Conama nº 430/11 diferencia os efluentes de qualquer
fonte poluidora daqueles oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários. Apesar disso, as
condições e padrões de lançamento de qualquer fonte poluidora podem ser aplicáveis aos sistemas de
tratamento de esgotos sanitários, a critério do órgão ambiental competente, em função das características
locais (art. 21, § 1º).
De qualquer modo, para ser mais didático, esses dois tipos de efluentes serão aqui tratados
separadamente, iniciando pelos primeiros.
Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente podem ser lançados diretamente no corpo
receptor desde que obedeçam às seguintes condições:
a) pH entre 5 e 9;
d) regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média do período de
atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos permitidos pela autoridade
competente;
e) óleos e graxas:
Além dessas condições, Res. Conama nº 430/11 apresenta uma tabela com os padrões de diversas
substâncias, orgânicas e inorgânicas, tal qual a Res. Conama nº 357/05 faz para o enquadramento dos corpos
de água. Observe um extrato da referida tabela a seguir para que você tenha ideia sobre o que estamos
falando.
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Sugiro que você não memorize os valores de cada padrão trazidos pela mencionada tabela, uma vez
que há baixíssima incidência em provas e são muitos os valores a serem memorizados. Caso tenha
curiosidade, abra a Res. Conama nº 430/11 para ver a tabela toda.
De todo modo, guarde a seguinte particularidade, pois é mais provável de ser cobrada: o órgão
ambiental competente pode definir padrões específicos para o parâmetro fósforo no caso de lançamento
de efluentes em corpos receptores com registro histórico de floração de cianobactérias, em trechos onde
ocorra a captação para abastecimento público (art. 17)!
Ressalta-se que os efluentes oriundos de sistemas de disposição final de resíduos sólidos de qualquer
origem devem atender às condições e padrões supramencionados (art.16, § 1º).
Passemos, agora, a tratar dos lançamentos diretos de efluentes oriundos de sistemas de tratamento
de esgotos sanitários, que devem obedecer a algumas condições específicas (art. 21):
a) pH entre 5 e 9;
d) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20): máximo de 120 mg/L, sendo que este
limite somente poderá ser ultrapassado no caso de efluente de sistema de tratamento
com eficiência de remoção mínima de 60% de DBO, ou mediante estudo de
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Note que algumas condições dos efluentes de qualquer fonte poluidora são iguais às dos efluentes de
sistemas de tratamento de esgotos sanitários, mas outras condições são diferentes. Por isso, elaborei a
seguinte tabela comparativa:
EFLUENTE ORIUNDO DE
EFLUENTE ORIUNDO DE
CONDIÇÃO QUALQUER FONTE
SISTEMAS DE TRATAMENTO
POLUIDORA
pH 5a9 5a9
Temperatura < 40 ºC com variação ≤ 3 ºC < 40 ºC com variação ≤ 3 ºC
≤ 1 mL/L em teste de 1h em cone ≤ 1 mL/L em teste de 1h em cone
Imhoff (virtualmente ausentes Imhoff (virtualmente ausentes
Materiais sedimentáveis
para corpos cuja velocidade seja para corpos cuja velocidade seja
praticamente nula) praticamente nula)
Vazão máxima de até 1,5x a
Regime de lançamento -
vazão média
≤ 20 mg/L (minerais) e ≤ 50 mg/L
Óleos e graxas Até 100 mg/L
(vegetais e animais)
Materiais flutuantes Ausentes Ausentes
Máximo de 120 mg/L, podendo
Remoção mínima de 60%,
ser ultrapassado se houver
DBO5,20 podendo ser ultrapassado se
remoção mínima de 60% ou
houver estudo de autodepuração
estudo de autodepuração
É importante apontar que os efluentes oriundos de serviços de saúde estão sujeitos às exigências
estabelecidas para os efluentes de sistemas de tratamento de esgotos sanitários, desde que atendidas as
normas sanitárias específicas vigentes (art. 16, § 3º).
Ademais, esse tipo de efluente de serviços de saúde ainda podem ser lançados em rede coletora de
esgotos sanitários conectada a estação de tratamento, atendendo às normas e diretrizes da operadora do
sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitários, bem como ser lançados diretamente após tratamento
especial (art. 16, § 3º, I e II).
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Além das exigências acima, a Res. Conama nº 430/11 determina que o efluente não deve causar ou
possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com
os critérios de ecotoxicidade estabelecidos pelo órgão ambiental competente (art. 18).
Neste ponto, vale abordarmos um pouco algumas peculiaridades acerca dos testes de ecotoxicidade,
que são métodos utilizados para detectar e avaliar a capacidade de um agente tóxico provocar efeito nocivo,
utilizando bioindicadores dos grandes grupos de uma cadeia ecológica.
Você também deve conhecer o conceito de Fator de Toxicidade (FT), expresso por um número
adimensional que representa a menor diluição do efluente que não causa efeito deletério agudo aos
organismos, num determinado período de exposição, nas condições de ensaio.
Para os primeiros, a CECR é representada pela seguinte equação (art. 4º, III, "a"):
𝐕𝐚𝐳ã𝐨 𝐝𝐨 𝐞𝐟𝐥𝐮𝐞𝐧𝐭𝐞
𝐂𝐄𝐂𝐑 = ( ) 𝐱 𝟏𝟎𝟎
𝐕𝐚𝐳ã𝐨 𝐝𝐨 𝐞𝐟𝐥𝐮𝐞𝐧𝐭𝐞 + 𝐯𝐚𝐳ã𝐨 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐟𝐞𝐫ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐩𝐭𝐨𝐫
Já para as áreas marinhas, estuarinas e lagos, a CECR é estabelecida com base em estudo da
dispersão física do efluente no corpo hídrico receptor, sendo tal parâmetro limitado pela zona de mistura
definida pelo órgão ambiental (art. 4º, III, "b").
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CONCENTRAÇÃO DE
CONCENTRAÇÃO LETAL
EFEITO NÃO OBSERVADO FATOR DE TOXICIDADE (FT)
MEDIANA (CL50)
(CENO)
Concentração que
Maior concentração
causa efeito agudo Menor diluição do
que não causa efeito
(letalidade ou efluente que não
na sobrevivência e
imobilidade) a 50% causa efeito agudo
reprodução
dos organismos
Ainda em relação aos testes ecotoxicológicos, pode acontecer de o órgão ambiental ainda não ter
estabelecido critérios de ecotoxicidade para avaliar o efeito tóxico do efluente no corpo receptor. Nesses
casos, algumas diretrizes devem ser obedecidas para se minimizar a possibilidade de poluição dos recursos
hídricos, quais sejam (art. 18, § 3º):
I - para efluentes lançados em corpos receptores de água doce Classes 1 e 2, e águas salinas
e salobras Classe 1, a Concentração do Efluente no Corpo Receptor deve ser menor ou
igual à Concentração de Efeito Não Observado de pelo menos dois níveis tróficos, ou seja:
a) CECR deve ser menor ou igual a CENO quando for realizado teste de ecotoxicidade para
medir o efeito tóxico crônico; ou
b) CECR deve ser menor ou igual ao valor da CL50 dividida por 10; ou menor ou igual a 30
dividido pelo Fator de Toxicidade (FT) quando for realizado teste de ecotoxicidade para
medir o efeito tóxico agudo;
II - para efluentes lançados em corpos receptores de água doce Classe 3, e águas salinas e
salobras Classe 2, a CECR deve ser menor ou igual à concentração que não causa efeito
agudo aos organismos aquáticos de pelo menos dois níveis tróficos, ou seja:
a) CECR deve ser menor ou igual ao valor da (CL50) dividida por 3 ou menor ou igual a 100
dividido pelo Fator de Toxicidade-FT, quando for realizado teste de ecotoxicidade aguda.
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Calma! Sei que a redação do § 3º do art. 18 parece confusa, mas observe este esquema para facilitar o
entendimento:
Efeito tóxico
AUSÊNCIA DE CRITÉRIOS
==18d107==
Sei que ainda pode ser difícil memorizar esse esquema, mas a boa notícia é que essas disposições
pouco caem em provas. Se fosse para selecionar algo do § 3º do art. 18 para você fixar, eu destacaria os
incisos I e II, isto é, a previsão de que, na ausência de critérios de ecotoxicidade pelo órgão competente:
I - os efluentes lançados em corpos receptores de água doce Classes 1 e 2, e águas salinas e salobras
Classe 1, devem ter CECR ≤ CENO de pelo menos 2 níveis tróficos; e
II - os efluentes lançados em corpos receptores de água doce Classe 3, e águas salinas e salobras Classe
2, devem ter CECR ≤ à concentração que não causa efeito agudo aos organismos aquáticos de pelo menos
2 níveis tróficos.
Quanto a isso, é importante frisar que o órgão ambiental pode, com base na avaliação dos resultados
de série histórica, reduzir o número de níveis tróficos utilizados para os testes de ecotoxicidade, para fins
de monitoramento (art. 18, § 4º).
Pode, ainda, o órgão ambiental determinar quais empreendimentos e atividades devem realizar os
ensaios de ecotoxicidade, considerando as características dos efluentes gerados e do corpo receptor (art.
19).
Uma última disposição acerca das condições e padrões de lançamento diz respeito aos efluentes
lançados por meio de emissários submarinos, que são tubulações providas de sistemas difusores destinada
ao lançamento de efluentes no mar, na faixa compreendida entre a linha de base e o limite do mar territorial
brasileiro (Res. Conama nº 430/11, art. 4º, VI).
Você deve saber que esse tipo de lançamento por emissários deve atender, após tratamento, aos
padrões e condições de lançamento previstas na própria Res. Conama nº 430/11, aos padrões da classe do
corpo receptor, após o limite da zona de mistura, e ao padrão de balneabilidade, de acordo com normas e
legislação vigentes (art. 20).
Já para efluentes de sistemas de tratamento de esgotos sanitários, a Res. Conama nº 430/11 ainda
prevê exigências adicionais do efluente lançado por emissário submarino, quais sejam (art. 22, parágrafo
único):
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I - pH entre 5 e 9;
Inobstante tais exigências, a disposição de efluentes por emissário submarino em desacordo com as
condições e padrões de lançamento estabelecidos na Res. Conama nº 430/11 pode ser autorizada pelo
órgão ambiental competente, mediante estudo ambiental tecnicamente adequado (art. 20, parágrafo
único).
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c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Imhoff. Para o lançamento em lagos e
lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar
virtualmente ausentes;
d) DBO5,20: máximo de 120 mg/L, sendo que este limite somente poderá ser ultrapassado no caso de
efluente de sistema de tratamento com eficiência de remoção mínima de 60% de DBO, ou mediante estudo
de autodepuração do corpo hídrico que comprove atendimento às metas do enquadramento do corpo
receptor.
e) substâncias solúveis em hexano (óleos e graxas): até 100 mg/L; e
f) ausência de materiais flutuantes.
Portanto, a alternativa A está correta e é o nosso gabarito. Note que apenas se lembrando que a
temperatura do efluente não deve ultrapassar os 40 ºC já era possível acertar a questão, uma vez que a
banca examinadora não apresentou outras alternativas com tal valor.
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