Movimento Feminista e A Moda
Movimento Feminista e A Moda
Movimento Feminista e A Moda
Manaus-AM
Setembro, 2023
FACULDADE SANTA TERESA
Manaus-AM
Setembro, 2023
Introdução
O Movimento feminista e a Moda estão profundamente ligados, pois a moda tem desempenhado
um papel importante na expressão das identidades de gênero e na luta por igualdade de gênero ao
longo da história.
Em resumo, o Movimento Feminista e a Moda estão conectados por meio de uma relação
complexa que vem desde o século XIX, onde envolve a busca pela expressão da identidade de
gênero, busca pela igualdade de direitos educacionais, trabalhistas além do empoderamento
feminino. A moda é uma ferramenta de expressão quando colocada nesse contexto, pois permite
transmitir o reflexo das mudanças sociais e culturais.
O feminismo é um movimento social e político de mulheres e para mulheres que desde o século
XIX vem ganhando espaço em todo o mundo, promovendo mudanças políticas e sociais em
benefício das mulheres e da sociedade como um todo. Sua atuação não busca impor algum tipo
de superioridade feminina, mas a igualdade entre os sexos. A palavra feminismo foi usada pela
primeira vez na primeira metade do século XIX pelo filósofo francês e teórico do socialismo
utópico Charles Fourier (1772-1837), autor do livro “Teoria dos quatro movimentos”, no qual
afirma que o progresso da sociedade como um todo tem como pré-condição a conquista de
direitos pelas mulheres.
Quando a Revolução Francesa surgiu, foi grandemente influenciada pelos ideais do Iluminismo -
que foi um movimento onde os direitos dos homens foram grandemente ampliados e as mulheres
deixadas de lado pelas mudanças que estaria acontecendo. Duas mulheres desse período tiveram
seus escritos utilizados posteriormente como base do movimento feminista: Olympe de
Gouges (1748-1793), ativista francesa que escreveu a “Declaração dos direitos da mulher e da
cidadã” em 1791 e dois anos depois foi condenada à morte. Mary Wollstonecraft (1759-1797),
educadora inglesa que publicou em 1792 o artigo “Reivindicação dos direitos da mulher”, em
que advogava que as mulheres deveriam ter o mesmo acesso que os homens à educação formal.
O mundo fashion apesar de ser conhecido por ter oprimido e privado muitas mulheres a partir de
suas regras ditatoriais presentes nos editoriais de grifes influentes no mercado, foi capaz de ser
um grande aliado do publico feminino e suas lutas por igualdade de gênero.
Ao longo do século XIX, a função exercida pelas mulheres na sociedade estava longe de ser
influente. Submissa e silenciada, a figura feminina não desfrutava de nenhum direito moral
igualitário em comparação aos homens- como dito anteriormente. Neste período insatisfatório da
história, os espartilhos permaneciam em alta– enjaulando suas condutas e comprimindo suas
costelas. Com a chegada da Primeira Guerra Mundial, o espartilho foi perdendo seu brilho
enquanto a simplicidade foi colocada em alta e as mulheres passaram a tomar novos postos de
trabalho para sustentar a casa - já que os maridos estavam na guerra.
Em 1917, a guerra já não era uma preocupação e Coco Chanel, com suas atitudes transgressoras,
passou a protagonizar esse período, incluindo o tweed, jaquetas com cortes retos, listras Breton e
calças nos guarda-roupas femininos. Tal sucesso trouxe uma nova visão sobre a feminilidade.
Agora, com praticidade e elegância, as mulheres sequestraram trajes masculinos e avançaram
mais um passo no caminho para a liberdade dos costumes.
No fim da década de 1940, a primeira coleção de Christian Dior, “The New Look”, seduziu as
cinturas e resgatou a necessidade feminina pelo luxo, que havia se perdido durante os últimos
anos. Com vestidos e saias acinturados, bustos evidentes, luvas e saltos, a sofisticação começou a
tomar as ruas. Escasso durante a guerra, o glamour voltara acentuado e simbolizado pelo tailleur
bar – um casaco de seda creme com ombros naturais e uma longa saia preta plissada, retratando
puro refinamento. Foi nesta época que, Yves Saint Laurent criou o smoking para as mulheres,
composto com uma blusa transparente e calça masculina, sendo um selo registrado da grife e
sinalizando uma nova atitude do público feminino. “Chanel deu às mulheres a liberdade, mas
Yves Saint Laurent lhes deu poder”, disse Pierre Bergé, co-fundador da marca.
Nos anos 1990, a moda voltou a reverenciar a liberdade, evidenciando movimentos como o
grunge e o punk Riot. Ainda de modo retraído, os preconceitos estavam sendo deixados de lado e
a lingerie ganhou destaque, sendo usada à mostra, em diferentes formas e tons. Calças
pantalonas, saias longas e blazers também fizeram parte do look. Atualmente, alguns nomes
como Prada e Céline buscam desfilar mulheres ao mesmo tempo em que abordam temas como
representatividade social.
Coco Chanel, Gabrielle Chanel: não só mudou os padrões de vestimenta em seu tempo, criando
uma forma totalmente distinta de se expressar com suas roupas, como também empoderou
mulheres introduzindo peças tidas como de “uso masculino’’ na moda feminina.
Mary Quant: foi a estilista que, em 1960, criou a famosa minissaia e introduziu, no século XX, o
modelo Hot Pants.
Elsa Schiaparelli: Estilista e artista plástica que trouxe a imersão de broches, botões com
aparência de moedas, pelos e a cor rosa choque para o mundo da moda.
Miuccia Prada: Designer de moda com PhD em Ciências Politicas revolucionou a moda com sua
rebeldia e personalidade única, união que fez com que as causas do feminismo tivessem mais
visibilidade no mundo da moda.
Além de várias modelos como Gisele Bündchen, Naomi Campbell (reconhecida oficialmente
pela CDFA com ícone fashion e primeira mulher negra a posar na Vogue) e Winnie Harlow
(inspiração para muita gente e também um ícone da moda atual, porta-voz do público com
vitiligo).
Conclusão
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-que-e-feminismo.htm
https://www.geledes.org.br/quando-o-feminismo-foi-um-aliado-na-historia-da-moda/