Dissertacao RGV 2015 1citogenetica
Dissertacao RGV 2015 1citogenetica
Dissertacao RGV 2015 1citogenetica
SANTANA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS
GENÉTICOS VEGETAIS - PPGRGV
CARACTERIZAÇÃO CITOGENÉTICA E
MORFOAGRONÔMICA DE ACESSOS DE Stylosanthes spp.
(Fabaceae – Papilionoideae) COLETADOS NO NORDESTE
BRASILEIRO
Feira de Santana- BA
2015
IRLANE CRISTINE DE SOUZA ANDRADE LIRA
CARACTERIZAÇÃO CITOGENÉTICA E
MORFOAGRONÔMICA DE ACESSOS DE Stylosanthes spp.
(Fabaceae – Papilionoideae) COLETADOS NO NORDESTE
BRASILEIRO
Feira de Santana- BA
2015
IRLANE CRISTINE DE SOUZA ANDRADE LIRA
CARACTERIZAÇÃO CITOGENÉTICA E
MORFOAGRONÔMICA DE ACESSOS DE Stylosanthes spp.
(Fabaceae – Papilionoideae) COLETADOS NO NORDESTE
BRASILEIRO
Feira de Santana- BA
2015
BANCA EXAMINADORA
Feira de Santana- BA
2015
Ficha Catalográfica – Biblioteca Central Julieta Carteado
Por tudo o que tens feito, por tudo o que vais fazer
Por Tuas promessas e tudo o que és, eu quero Te agradecer, Com todo o meu ser
Dennis Jernigan
A minha mãe Isnalia (Em memória), mãe está vitória foi pela senhora!
DEDICO.
AGRADECIMENTOS
A JESUS CRISTO
Por ter concedido pelos meios que só Ele tem, a graça de entrar no mestrado e ter tido a
oportunidade de realizar esse trabalho; Por ter me dado ânimo de superar todas as
dificuldades que surgiram durante este tempo.
Em especial ao meu esposo Roberto Tavares de Lira que sempre acreditou em mim e me
incentivou a sempre ir mais longe, por ser esse companheiro inseparável, incansável, sempre
ao meu lado compartilhando todos os momentos, essa vitória é sua também, obrigada pelo
AMOR, cuidado, proteção compreensão e paciência, pelo esforço e sacrifício. “Amo-te”.
Aos meus familiares, os Souzas os Andrades e os agregados, todos vocês são fundamentais na
minha vida, obrigado por sempre torcerem por mim, em especial aos meus irmãos Jorge
Cristiano Coelho de Andrade, Carlos Eduardo Coelho de Andrade e Andersom Luiz Rodrigues
de Andrade, e minhas cunhadas Paula Nagatomo, Daniele Andrade e Lídia Dias, que me
deram seis sobrinhos lindos e maravilhosos, amo muito vocês.
Ao Dr. Natoniel Franklin de Melo, agradeço pela orientação, por contribuir com meu
crescimento intelectual, e por sempre buscar alternativas para que aprendesse sempre mais.
A Dra. Maria Aldete Justiniano da Fonseca, pela sua contribuição e orientação no
desenvolvimento deste estudo.
A Dra. Rafaela Priscila Antonio pelos inúmeros conselhos e orientações e pelo socorro
durante toda fase de desenvolvimento deste estudo, obrigada não só pela ajuda mas também
pela amizade e confiança, agradeço a Deus por ter te colocado em meu caminho.
Ao Dr. Pedro Martins Junior pelo apoio e conselhos e por sempre se mostrar disposto e
pronto a ajudar.
A Dra. Maria Luciene da Silva que sempre me apoiou demonstrando sua total confiança em
minha capacidade e até hoje mesmo a quase 900km de distância continuou me incentivando,
aconselhando e apoiando, obrigada.
A Leila Regina Gomes Passos Bruno por sempre estar ao meu lado, compartilhando momentos
bons e ruins, uma amiga imensurável um anjo que Deus colocou em meu caminho e me deu
o anjinho Pedro Manoel como sobrinho, a Barbara Laís Ramos Barbosa sentirei saudades de
nossas resenhas na madrugada, família que Deus me deu em Feira de Santana-BA, nos
momentos que estava longe da minha, amo vocês meninas e creio que um dia nossos
caminhos iram se cruzar novamente.
As amizades construídas ao longo do mestrado, em especial, Fabiana Karla de Araújo Américo,
e Jacqueline da Aleluia Costa, pelo convívio agradável e amizade sincera. Deus não coloca
pessoas no nosso caminho por acaso.
Aos estagiários da Embrapa Semiárido pela contribuição na realização e desenvolvimento do
experimento.
Aos demais colegas de turma do Mestrado e do Doutorado do PPGRGV, todos vocês de
alguma forma contribuíram com este trabalho.
A todos do Laboratório de biotecnologia da Embrapa semiárido pela atenção e constante
ajuda, obrigada a todos.
Ao corpo docente do PPGRGV, por proporcionar-me crescimento intelectual e a Alberto
Vicente Silva, por aturar minhas dúvidas e questionamentos (que não foram poucos) e sempre
está pronto para me atender, que Deus te abençoe.
A CAPES pela concessão da bolsa de estudo e a instituição Embrapa Semiárido por permitir o
uso de suas instalações.
A todos que de forma direta ou indireta contribuíram para a realização deste trabalho, muito
obrigada!
“Como é bom render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo; anunciar de
manhã o teu amor leal e de noite a tua fidelidade” ...Salmos 92:1-2
...O excelente mestre não é o que mais sabe, mas o
que mais tem consciência do quanto não sabe...
...Não é o que declara os seus acertos, mas o que
reconhece suas próprias falhas...
(Augusto Cury)
CARACTERIZAÇÃO CITOGENÉTICA E MORFOAGRONÔMICA DE ACESSOS
DE Stylosanthes spp. (Fabaceae – Papilionoideae) COLETADOS NO NORDESTE
BRASILEIRO
RESUMO
Pesquisas relacionadas a avaliação e seleção de forrageiras nativas podem contribuir para
melhoria na alimentação dos rebanhos do Semiárido brasileiro, destacando-se o gênero
Stylosanthes como uma importante fonte de espécies com grande potencial forrageiro. O
presente trabalho teve por objetivo realizar caracterização morfoagronômica e citogenética de
acessos de Stylosanthes, visando contribuir com estudos que promovam a inserção desta
leguminosa na alimentação animal, buscando caracterizar e selecionar genótipos superiores, e
também selecionar descritores de importância na caracterização de germoplasma da espécie.
Para caracterização morfoagronômica, foram avaliados 19 descritores e destes, quatro foram
descartados imediatamente por não apresentarem variabilidade entre os acessos, sendo a análise
estatística realizada nos 15 descritores restantes. Os dados foram submetidos à análises
univariadas e multivariadas. Foi realizada a análise de variância apenas nos descritores
quantitativos NRP, CHP, Lfo, Cfo, ECAA, ECAS e CP, já para os descritores qualitativos CC,
AC, PC, HC, CF, AF, PF e FF, foi realizada analise descritiva. Para a caracterização
citogenética foram utilizadas pontas de raízes obtidas de sementes de 17 acessos de
Stylosanthes, seguindo a metodologia descrita por Guerra e Souza (2002). O teste de Scott e
Knott foi realizado para o agrupamento de médias, os descritores foram significativos a (p ≥
0,01) o que possibilitou a formação de dois grupos, também foi realizada analise multivariadas
pelo cálculo da distância de Mahalanobis, utilizando o método de Tocher original, observa-se
a formação de dois grupos. O grupo 1 foi formado por 42 acessos e o grupo 2 apenas pelo acesso
CPAC 4955. Observou-se a formação de quatro grupos onde no dendograma observar-se
também que apenas o acesso CPAC 4955 não agrupou com nenhum outro acesso. Este acesso
apresentou folhas mais compridas que os demais, caule muito espesso e falta de pilosidade nas
folhas. Dos descritores avaliados pelo teste de Singh observa-se que os que mais contribuíram
para a diversidade dos genótipos foram CP (11,64%) e NRP (10,98%) seguidos por HC (8,62%)
e FF (8,44%). Através da análise citogenética observaram-se acessos com 2n=20 e 2n=40
cromossomos, permitindo a diferenciação das espécies S. scabra da S. seabrana, com núcleo
interfásico do tipo semirreticulado, cariótipo simétrico com morfologia cromossômica variando
de metacêntrica a submetacêntrica e tamanho cromossômico médio em torno de 2,5 µm. Foram
observadas diferenças no comprimento médio dos cromossomos e no comprimento total do
genoma. A análise com dupla coloração CMA3/DAPI permitiu a visualização de quatro blocos
CMA+, sendo dois blocos CMA+ localizados na região subterminal do braço curto de um par
cromossômico submetacêntrico, e dois blocos localizados na região proximal de outro par
metacêntrico em S. scabra, e ainda dois blocos na região subterminal de um par metacêntrico
nos acessos de S. seabrana. Também foi possível a visualização de bandas DAPI+ e CMA- nos
acessos CPAC 1261 e CPAC 5205. Os acessos avaliados neste estudo apresentaram, em geral,
plantas com hábito de crescimento semiereto, folhas com coloração verde escura e com
pilosidade, caule em sua maioria bastante ramificado. A coloração diferencial de cromossomos,
associados a outros marcadores citogenéticos, auxilia na caracterização de acessos de coleções
de germoplasma de Stylosanthes spp. Observou-se que há variabilidade genética entre os
acessos estudados da coleção de Stylosanthes da Embrapa Semiárido.
INTRODUÇÃO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO GERAL 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
CAPÍTULO 1: CARACTERIZAÇÃO MORFOAGRONÔMICA DE
ACESSOS DE Stylosanthes spp. (Fabaceae – Papilionoideae) COLETADOS 24
NO NORDESTE BRASILEIRO
RESUMO 25
ABSTRACT 26
1. INTRODUÇÃO 27
2. MATERIAIS E MÉTODOS 29
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 32
3.1 Análise univariadas 32
3.2 Analise multivariadas 35
3.2.1 Analise de agrupamento 35
3.3 Importância dos descritores para a divergência 36
4. CONCLUSÕES 38
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39
CAPITULO 2: CARACTERIZAÇÃO CITOGENÉTICA DE ACESSOS
DE Stylosanthes spp. (Fabaceae – Papilionoideae) COLETADOS NO 41
NORDESTE BRASILEIRO
RESUMO 42
ABSTRACT 43
1. INTRODUÇÃO 44
2. MATERIAIS E MÉTODOS 46
2.1 Caracterização citogenética 46
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 48
3.1 Caracterização citogenética 48
4. CONCLUSÕES 58
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 59
16
INTRODUÇÃO GERAL
A B
C D
E F
Figura 1. Variabilidade intraespecífica quanto ao hábito de crescimento em Stylosanthes scabra. Acesso CPAC
4396 (A) e Acesso CPAC 5196 (B), comprimento da folha e coloração das folhas acesso CPAC 4950 (C) e Acesso
CPAC 4385 (D), espessura do caule Acesso CPAC 4955 (E) e Acesso CPAC 4962 (F). Fotos: Irlane Lira e Leila
Bruno.
é a ciência dos cromossomos, que inclui não só o estudo das características microscópicas e
moleculares, mas seu comportamento durante a interfase e divisão celular.
Caracteres citológicos, tais como número e morfologia dos cromossomos mitóticos
podem contribuir para o conhecimento da evolução e das relações entre diferentes populações
e espécies (HEYWOOD, 1978). A citogenética desenvolveu-se principalmente a partir do início
do século passado, e seu progresso acompanhou o aprimoramento de técnicas e equipamentos
de microscopia.
A caracterização cromossômica foi por muito tempo baseada unicamente em parâmetros
morfológicos, como tamanho dos braços, posição dos centrômeros e localização das constrições
secundárias (GUERRA, 2000; GUERRA e SOUZA, 2002) (Figura 2).
Porém os horizontes da citogenética tem se expandido muito com o advento das técnicas
de bandeamento cromossômico, cuja aplicação deu-se primeiramente no pareamento
cromossômico, sendo baseadas na coloração diferencial de regiões da cromatina. Essas técnicas
têm possibilitado compreender melhor as alterações cromossômicas que se estabelecem em
cada genótipo (GUERRA, 1988).
Dessa forma, quando se trabalha com qualquer grupo vegetal a fim de desenvolver novas
combinações e cruzamentos, é necessário conhecer o número, o tamanho e a forma dos
20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOLDBLATT, P. Citology and phylogeny of leguminosae. In: POLHILL, R.M. & RAVEN,
R.H. Advances in legume systematics. Kew: Royal Botanic Garden. p. 427- 463. 1981.
LEWIS, G.L.; MACKINDER B.; LOCK, M. Legumes of the World. Royal Botanic Gardens,
Kew, 578p. 2005.
POLHILL, R. M., RAVEN, P.H. Advances in legume systematics: Part1. Royal Botanic
Gardens. Kew. 1981. In: COSTA, N. M. de. Revisão do Gênero de Stylosanthes Sw. Tese de
Dissertação de Doutorado. Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior de Agronomia.
Lisboa. Portugal, 2006.
STACE, H. M.; EDYE, L. A. The biology and agronomy of Stylosanthes. (Ed.) Sidney
Academic Press, 1984.
VANNI, R.O., FERNANDES. A., The true identity of Stylosanthes seabrana B.L. Maass &
L. ’t Mannetje (Leguminosae Papilionoideae), Revista Caryologia, Vol. 64, no. 3: 247-250,
Instituto de Botánica del Nordeste, IBONE. UNNE-CONICET, 3400 Corrientes, Argentina,
2011.
CAPÍTULO 1
CARACTERIZAÇÃO MORFOAGRONÔMICA DE ACESSOS DE Stylosanthes spp.
(Fabaceae – Papilionoideae) COLETADOS NO NORDESTE BRASILEIRO
RESUMO
ABSTRACT
One of the factors that limit the performance of the goat and sheep production in the semiarid
region is the shortage of feed for livestock. This situation is a reflection of many factors, but
one of them is related to lack of research focused on the evaluation and selection of forage,
including the species of Stylosanthes. Thus, this study aimed to characterize morphologically
43 accessions of Stylosanthes spp. to quantify the genetic variability, as well as select the most
important descriptors in order to generate information for the breeding program of this legume.
We evaluated 19 descriptors: growth habit (HC); number of primary branches (NRP); length of
main stem (CHP); thickness of stem 5 cm above ground (ECAS); thickness of stem 5cm below
the apex (ECAA); color (CC), aculeus (AC) and hairiness on stem (PL); color (CF), aculeus
(AF) and pubescence on leaves (PF); format (FF), width (LFO) and length of leaves (CoF);
length of the petiole (CP); viscosity in the inflorescence (VI); leaflet apex format (FAF); aculeus
in the inflorescence (AI) and viscosity of the stem (VC). The tests were conducted at the
Bebedouro Experimental Station of Embrapa Semi-Arid, located in Petrolina. To characterize
morphoagronomic were evaluated 19 descriptors of these four were immediately discarded for
not having variability among accessions, with the statistical analysis performed in the remaining
15 descriptors. The data were submitted to univariate and multivariate analyzes. Analysis of
variance was performed only in quantitative descriptors NRP, CHP, Lfo, Cfo, ECAA, ECAS
and CP, as to the qualitative descriptors CC, AC, PC, HC, CF, AF, PF and FF, descriptive
analysis was performed. Scott and Knott test was performed for the grouping of averages, the
descriptors were significant at (p ≥ 0.01) which allowed the formation of two groups,
multivariate analysis was also performed by calculating the Mahalanobis distance using the
method original Tocher, there is the formation of two groups. Group 1 consisted of 42 accesses
and the group 2 only through access CPAC 4955. The dendrogram was observed the formation
of four groups where also be noted that only the access CPAC 4955 did not group with any
other access, access is presented stem very thick, wider on the leaflet and lack of body hair on
the sheets. The descriptors evaluated by Singh test is observed that the descriptors that most
contributed to the diversity of genotypes were CP (11,64%) and NRP (10,98%) followed by
HC (8,62%) and FF (8,44%). The accessions evaluated in this study had generally plants with
semiereto growth habit, leaves with dark green color and hairiness, very branched stems.
INTRODUÇÃO
Por outro lado, a primeira etapa para se realizar um programa de seleção e melhoramento
genético vegetal é a introdução de populações de plantas heterogêneas e a sua devida
caracterização (KARIA et al. 2002). Nesse caso, durante a caracterização de germoplasma,
costuma-se realizar avaliações com um número muito grande de caracteres morfológicos,
botânicos e agronômicos, levando assim a necessidade de utilização de muita mão de obra e
muito tempo.
Entretanto, é possível reduzir drasticamente o tempo e a mão de obra realizando o descarte
de alguns descritores que não contribuem com a identificação das espécies, sendo importante
conhecer qual a real contribuição de cada descritor para discriminar os acessos de maneira
eficiente (SANTOS et al. 1995). Segundo Daher et al. (1997), há uma tendência de que o
aumento do número de descritores avaliados ocasione a presença de caracteres redundantes, por
estarem quase sempre associados a outros caracteres.
Diante do exposto, este estudo procurou caracterizar 43 acessos de Stylosanthes spp.
provenientes da coleção de trabalho da Embrapa Semiárido, visando quantificar a variabilidade
genética existente, assim como também selecionar os descritores de maior importância com a
finalidade de gerar informações para o programa de melhoramento genético dessa leguminosa.
29
2. MATERIAL E MÉTODOS
1) Hábito de crescimento (HC): para cada planta foi atribuída uma nota, 1= ereta. 2= semiereta.
3= prostrada.
2) Número de ramos primários (NRP): Contado a quantidade de ramos primários até a altura
de 10cm do solo.
3) Comprimento da haste principal (CHP): medido em centímetro da base até o ápice.
4) Espessura do caule acima do solo (ECAS): medida a 5 cm do solo.
5) Espessura do caule abaixo do ápice (ECAA): medida a 5 cm abaixo do ápice.
6) Cor do caule (CC): para cada planta foi atribuída uma nota 1= verde. 2= avermelhado. 3=
outra cor.
7) Acúleo no caule (AC): atribuídas notas para 1=ausente; 2=presente nas estípulas; 3=
presente nos nódulos; 4=presente nas estípulas e nódulos; 5=presente em toda planta.
8) Pilosidade do caule (PC): atribuída de acordo com as seguintes notas: 1=ausente; 2=de um
lado do caule; 3=em todo o caule.
9) Cor das folhas (CF): 1=verde claro; 2=verde escuro; 3=verde muito escuro; 4=outra cor.
10) Acúleo nas folhas (AF): 1=ausente; 2=ao redor das margens; 3=em toda a folha.
11) Pilosidade nas folhas (PF): 1=ausente; 2=atrás da folha; 3=em toda folha.
12) Formato do folíolo (FF): 1=lanceolada; 2=elíptica; 3=ovalada.
13) Largura do folíolo (LFo): medido na 5ª folha do 1º ramo secundário.
14) Comprimento do folíolo (CFo): medido na 5ª folha do 1º ramo secundário.
15) Comprimento do pecíolo (CP): medido na 5ª folha do 1º ramo secundário.
16) Viscosidade da inflorescência (VI): foi atribuído 0=não viscoso; 1=viscoso
17) Formato do ápice do folíolo (FAF): foi atribuído 1=agudo; 2=obtuso
18) Acúleo na inflorescência (AI): 0 = ausente. 1= presente
19) Viscosidade do caule (VC): 0=não viscoso; 1= viscoso
pelo método de otimização de Tocher (este método adota o critério de que a média das medidas
de dissimilaridade dentro de cada grupo deve ser menor do que as distâncias médias entre
quaisquer grupos), e a medida de dissimilaridade para determinar o grau de divergência entre
os pares de acessos, através do agrupamento com o método UPGMA (agrupamento pela ligação
média entre grupos) o dendograma é estabelecido pelo acesso geneticamente mais próximo. Foi
calculada também a importância relativa dos caracteres (S.j) para a diversidade, utilizando-se o
método proposto por Singh (1981). Todas as análises estatísticas foram realizadas com o auxílio
do programa GENES (CRUZ, 2006).
32
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre os 19 descritores avaliados, os descritores VI, FAF, AI, VC, foram descartados
imediatamente por não apresentarem variabilidade entre os acessos, sendo as análises
estatísticas realizadas nos 15 descritores restantes 7 descritores quantitativos e 8 descritores
qualitativos.
significativas (P<0,01) entre os genótipos para as variáveis, NRP e Lfo, indicando que houve
variabilidade entre os acessos. Nessas variáveis, os coeficientes de variação experimental (CV)
não indicaram boa precisão experimental, porém mesmo apresentando CV muito alto as
diferenças foram significativas, o que pode ser devido à grande variabilidade existente no
gênero tanto inter como intraespecífica (VIEIRA et al. 2007).
Tabela 2. Resumo da análise de variância para os descritores, número de ramos primários (NRP), comprimento
da haste principal (CHP), largura do folíolo (Lfo), comprimento do folíolo (Cfo), espessura do caule acima do solo
(ACAS), espessura do caule abaixo do ápice (ECAA) e comprimento do pecíolo (CP), realizada a partir da
avaliação de 43 acessos de Stylosanthes spp., em experimento conduzido em Petrolina, PE (2012/2014).
QUADRADOS MÉDIOS
FV GL NRP CHP Lfo Cfo ECAS ECAA CP
BL 2 216,18 261,33 1,72 56,23 6,07 3,79 62,9
ns ns ns ns
ACES 42 285,42 ** 296,23 3,46** 21,02 15,47 0,82 7,46ns
RS 84 117,16 231,27 1,47 14,64 12,84 0,24 0,17
MD 27,48 65,78 6,09 15,18 6,26 1,66 5,56
CV (%) 39,39 23,12 19,93 25,21 57,25 51,94 45,46
uma característica importante para estimar a quantidade de matéria seca da planta, onde acessos
com NRP elevados apresentam-se como uma excelente alternativa para alimentação animal.
O descritor Lfo apresentou variação entre 3,67mm, para o acesso CPAC 4950, a 8,67mm,
para o acesso CPAC 4385, demonstrando potencialidade para produção de maior massa foliar.
Tabela 3. Comparação dos valores médios e agrupamentos obtidos para os descritores número de ramos primários
(NRP), largura do folíolo (LFo). Entre 43 acessos de Stylosanthes(1), em experimento conduzido em Petrolina, PE
(2012/2014).
Acessos/ Lfo Acessos/ Lfo
NRP NRP
CPAC (mm) CPAC (mm)
397 35,17 a 5,17 b 4401 42,17 a 5,17 b
415 28,33 b 4,67 b 4947 19,50 b 8,17 a
490 40,17 a 6,33 b 4950 42,33 a 3,67 b
564 33,33 a 5,83 b 4953 13,83 b 7,83 a
995 23,00 b 5,67 b 4954 25,00 b 4,83 b
996 24,50 b 4,83 b 4955 28,17 b 7,00 a
1242 14,00 b 7,17 a 4956 41,17 a 6,33 b
1244 19,67 b 6,00 b 4962 18,17 b 5,00 b
1245 57,33 a 6,17 b 4963 15,17 b 5,00 b
1249 36,17 a 4,83 b 4966 24,00 b 5,67 b
1251 46,00 a 6,00 b 4986 29,67 b 5,50 b
1261 39,00 a 5,50 b 5114 27,50 b 7,50 a
1273 20,17 b 6,17 b 5178 35,00 a 5,17 b
1275 22,33 b 7,17 a 5179 32,50 a 6,00 b
4380 36,50 a 5,17 b 5196 21,50 b 8,17 a
4385 19,67 b 8,67 a 5197 33,50 a 5,67 b
4387 24,00 b 6,33 b 5203 27,50 b 6,00 b
4388 18,83 b 5,17 b 5205 18,50 b 6,50 b
4389 19,33 b 6,17 b 5228 18,67 b 6,33 b
4393 19,00 b 7,33 a 5234 24,33 b 6,17 b
4394 17,33 b 6,67 a 5612 23,33 b 7,50 a
4395 26,17 b 5,67 b
1
As médias seguidas pela mesma letra na vertical, pertencem ao mesmo grupo estabelecido pelo teste de Scott e Knott a 5% de probabilidade.
As variáveis qualitativas HC, CF, FF, CC, AC, PC, AF e PF foram analisadas de forma
descritiva, onde se pode observar que para a variável HC, a amplitude de variação foi de 1,00
a 3,00, sendo 1 porte ereto e 3 de porte prostrado. Nove acessos apresentaram HC ereto, sendo
eles: CPAC 995, CPAC 1251, CPAC 4387, CPAC 4389, CPAC 4394, CPAC 4401, CPAC
4947, CPAC 4953 e CPAC 5114; trinta e um apresentaram HC semiereto; e apenas os acessos
34
CPAC 1245, CPAC 4954 e CPAC 4962 apresentaram HC prostrado. O acesso CPAC 1245
apresentou maior média (3,00) entre os 43 acessos, demonstrando HC predominantemente
prostrado. Plantas com HC semiereto e prostrado são ideais para alimentação de animais de
pequeno e médio porte, já plantas com HC ereto são ideais para cultivo em consórcio para
alimentação de animais de grande porte.
A coloração da folha (CF) teve uma amplitude de variação entre 1,00 e 2,83 sendo essa
amplitude observada entre e dentro do acesso, sendo atribuída nota 1 para verde claro, 2 para
verde escuro, e 3 para verde muito escuro. Sete acessos apresentaram plantas com folhas de
coloração verde clara, sendo eles: CPAC 4950, CPAC 4954, CPAC 4956, CPAC 4962, CPAC
4963, CPAC 4966 e CPAC 5178; quatro com folhas de coloração verde muito escura, sendo
eles: CPAC 490, CPAC 995, CPAC 1275 e CPAC 4380; e os 32 acessos restantes apresentaram
folhas com coloração verde escura. O acesso CPAC 1275 foi o que obteve maior média
apresentando folhas de coloração verde muito escura.
O descritor FF apresentou amplitude de variação média entre 1,00 e 2,67 onde a nota 1 é
atribuída para folhas lanceoladas, 2 para folhas elípticas e 3 para folhas ovaladas. Foram
observados 27 acessos apresentando folhas lanceoladas, 15 folhas elípticas, e apenas o acesso
CPAC 5196 apresentou folhas ovaladas.
No descritor CC, 36 acessos apresentaram caules avermelhados e apenas os acessos
CPAC 415, CPAC 1245, CPAC 1251, CPAC 4954, CPAC 4956, CPAC 4962 e CPAC 4966
apresentaram caules verdes. Para a variável AC, 13 acessos não apresentaram acúleo no caule,
29 apresentaram acúleo nas estípulas e apenas o acesso CPAC 1242 apresentou acúleo nos
nódulos. Para a variável PC, 13 acessos apresentaram pilosidades em um lado do caule, e 20
apresentaram pilosidade em todo o caule. Na variável AF, 13 acessos não apresentaram acúleo
em suas folhas, e 30 apresentaram acúleo ao redor das margens de suas folhas. Para a variável
PF, 24 acessos apresentaram pilosidades apenas atrás das folhas, 17 apresentaram pilosidade
em toda a folha, e apenas os acessos CPAC 4955 e CPAC 4966 não apresentaram pilosidade
em suas folhas.
Os acessos CPAC 1245, 1275, 4955 e 5196 apresentaram divergência significativa para
quatro dos cinco descritores que diferiram estatisticamente. O CPAC 1245 apresentou plantas
com número elevado de ramos, crescimento prostrado, folhas verdes escuras e elípticas,
enquanto o acesso CPAC 1275 apresentou plantas com maior largura do folíolo, crescimento
semiereto, folhas verdes muito escuras e elípticas. O acesso CPAC 4955 também apresentou
35
plantas com maior largura do folíolo, o que é ideal para obtenção de maior massa seca das
folhas, crescimento semiereto, e folhas verdes escuras e ovaladas. Finalmente, o acesso CPAC
5196 apresentou folíolos largos, crescimento semiereto, folha verde escura porém foi o único a
apresentar todas as plantas com folhas ovaladas, características muito importantes na seleção
de materiais para alimentação de animais.
Os resultados obtidos confirmam a variabilidade relatada por Costa (2006) para várias
espécies de Stylosanthes, principalmente aquelas relacionadas às características hábito de
crescimento (prostradas, eretas, semieretas ou semiprostradas), forma e cor das folhas e cor do
caule (entre verdes ou verde e vermelho-violáceo).
Os valores de HC obtidos no presente estudo foram muito variáveis para todos os acessos,
diferentemente do relatado por Santana (2010) que encontrou predominância ereta em todas as
plantas da espécie S. scabra analisadas. Nesse caso, essa diferença pode ser devida ao número
de acessos avaliados ou a variabilidade intra e interespecífica do gênero (VIEIRA et al. 2007).
Tabela 4. Grupos formados pelo método de Tocher original, com base na distância generalizada de Mahalanobis
(D2), referentes aos 43 acessos e 15 descritores, em experimento conduzido em Petrolina, PE (2012/2014).
GRUPO ACESSOS
<1> CPAC 4393 CPAC 5197 CPAC 4388 CPAC 4394 CPAC 4947 CPAC 5234 CPAC 5196
CPAC 4389 CPAC 4385 CPAC 1249 CPAC 4380 CPAC 5179 CPAC 4966 CPAC 5178
CPAC 397 CPAC 1242 CPAC 5228 CPAC 1273 CPAC 5612 CPAC 415 CPAC 1275
CPAC 995 CPAC 4956 CPAC 1244 CPAC 1245 CPAC 1261 CPAC 4986 CPAC 4962
CPAC 1251 CPAC 4401 CPAC 4387 CPAC 490 CPAC 5203 CPAC 564 CPAC 4963
CPAC 996 CPAC 4950 CPAC 5114 CPAC 4953 CPAC 5205 CPAC 4954 CPAC 4395
<2> CPAC 4955
36
Figura 1. Dendograma obtido por meio de descritores morfológicos com a distância generalizada de Mahalanobis
e pelo método de agrupamento UPGMA, dos 43 acessos de Stylosanthes spp., Linha pontilhada: corte no
dendograma em aproximadamente 50% da máxima distância, em experimento conduzido em Petrolina, PE
(2012/2014).
Stylosanthes. Observa-se que os descritores que mais contribuíram para a diversidade dos
genótipos foram CP (11,64%) e NRP (10,98%), seguidos por HC (8,62%) e FF (8,44%). Já o
descritor ECAA (1,84%) não apresentou contribuição relativa ou sua contribuição não foi
significativa para a diversidade genética.
Os descritores que apresentaram contribuição relativa podem ser considerados como
eficientes na diferenciação de genótipos. Resultados semelhantes também foram encontrados
por Santana (2010) relatando que as características CP e NRP foram as que mais contribuíram
para a diversidade genética de Stylosanthes em seus estudos com acessos de S. scabra.
Tabela 5. Importância relativa (S,j) de caracteres morfológicos para o estudo da diversidade genética entre 43
acessos de Stylosanthes spp.
VALOR
VARIÁVEL S,j
(%)
CP 3512,21 11,64
NRP 3313,69 10,98
HC 2601,84 8,62
FF 2547,78 8,44
CHP 2099,85 6,96
AC 2068,04 6,85
ECAS 1975,19 6,55
PC 1935,81 6,41
CF 1902,93 6,31
AF 1737,14 5,76
Lfo 1666,13 5,52
CC 1477,16 4,89
Cfo 1381,10 4,58
PF 1379,88 4,57
ECAA 555,43 1,84
S,j,: valor estimado da estatística de SINGH (1981), comprimento do pecíolo (CP), número de ramos primários (NRP), habito de crescimento
(HC), formato da folha (FF), comprimento da haste principal (CHP), acúleo no caule (AC), espessura do caule acima do solo (ACAS),
pilosidade no caule (PC), cor da folha (CF), acúleo na folha (AF), largura do folíolo (Lfo), cor do caule (CC), comprimento do folíolo (Cfo),
pilosidade da folha (PF), espessura do caule abaixo do ápice (ECAA).
38
4 CONCLUSÕES
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAHER. R.F.; MORAES. C.F.; CRUZ. C.D. Seleção de caracteres morfológicos em capim-
elefante (Pennisetum purpureum Schum.). RevistaBrasileira de Zootecnia.v.26. p.247-259.
1997.
ELY. D.G. Forages for sheep, goats and rabbits. In: BARNES. R.F.; MILLER.D.A.;
NELSON. C.J. (Eds.) Forages: the science of grassland agriculture. vol. 2.5 ed. p. 313. 1995.
LEWIS GP. Legumes of the Word. Royal Botanic Gardens, Kew , 577p, 2005.
40
MILES, J.W. Evaluation of potential genetic marker traits and estimation of out crossing
rate in Stylosanthes guianensis. Australian Journal of Agricultural Research, v.36, p.259-265,
1985.
CAPÍTULO 2
CARACTERIZAÇÃO CITOGENÉTICA DE ACESSOS DE Stylosanthes spp. (Fabaceae
– Papilionoideae) COLETADOS NO NORDESTE BRASILEIRO
42
RESUMO
ABSTRACT
The species of the genus Stylosanthes characterized by presenting, in general, great variability,
both intra- and interspecific. Studies on cytogenetics of the genus Stylosanthes report the
existence of diploid, tetraploid and hexaploid in several species. This study aimed to
characterize citogenticamente 17 Stylosanthes accessions donated by Embrapa Cerrado and
initially identified as S. scabra, identifying number, chromosome morphology and the
distribution pattern of heterochromatin. Therefore, root apexes were pretreated with 8 -
hidroxiquinoleína 2mM and fixed in Carnoy. The roots were digested in enzyme solution
(cellulase/pectinase), the material prepared by crushing technique, followed CMA3 and stained
with DAPI. Accesses were observed with 2n = 40 (S. scabra) and 2n = 20 (S. seabrana)
chromosomes, interphase nucleus of semirreticulado type, symmetrical karyotype with
chromosome morphology ranging from the submetacêntrica metacentric chromosome and
medium size around 2,5microns with differences in the average length of the chromosomes and
the total length of the genome. The analysis with double staining CMA3 / DAPI enabled
visualization of four CMA+ blocks in S. scabra hits, two CMA+ blocks in subterminal region
of the short arm of a chromosome pair submetacentric, and two blocks located in the proximal
region of another metacentric pair and two blocks in the subterminal region of a metacentric
pair in S. seabrana access. Also viewing DAPI and CMA+ bands in CPAC 1261 and CPAC
5205. The CMA+ blocks access was possible can be related to the loci of the nucleolus
organizer regions (NORs). In some cells was not possible to visualize the bands a couple due
to its small size and the tendency of the distension of the region in the analyzed metaphases.
The differential staining of chromosomes, together with other cytogenetic markers, may assist
in the characterization of accessions of germplasm collections, to support the breeding of this
species.
INTRODUÇÃO
2. MATERIAL E MÉTODOS
Para a realização das análises mitóticas, pontas de raízes foram pré-tratadas com 8-
hidroxiquinoleína (8HQ) 0,002 M, durante 24 horas a 8oC, e fixadas em solução de Carnoy 3:1
(três partes de álcool etílico P.A, para uma parte de ácido acético glacial) com um volume 10
vezes maior que o volume do material a ser fixado.
Na preparação das lâminas, o material vegetal foi lavado por cinco minutos em água
destilada, repetindo-se este processo por duas vezes. Em seguida, foi feita a digestão enzimática
das raízes com uma mistura de 2% celulase e 10% pectinase a 37° por 60 min. Logo após o
material foi colocado em ácido acético para retirada da coifa e macerado, congelando-se a
47
lâmina em nitrogênio líquido visando a retirada da lamínula por congelamento. Por último, as
lâminas foram “envelhecidas” em uma cubeta ou borel por três dias, em temperatura ambiente,
para posterior aplicação dos corantes.
Para a coloração com CMA, em cada lâmina envelhecida foi adicionado uma gota de
CMA (0,5 mg/ml), coberta com uma lamínula e guardada em caixa escura por 1 hora. Depois
foi retirada a lamínula com um jato de água destilada, sendo a lâmina seca rapidamente. Logo
após foi adicionada a lâmina uma gota de DAPI (2µg/ml) por 30 min., retirando-se a lamínula
novamente com um jato de água destilada, novamente seca, e montada em meio McIlvaine
(glicerol/MgCl2). As melhores células foram capturadas através do programa Leica QFish,
acoplada a um microscópio de fluorescência Leica DM 2000.
Para a identificação do número e morfologia cromossômica, pelo menos três metáfases
foram examinadas por indivíduo, das quais as melhores foram utilizadas para as medições
cromossômicas e confecção dos idiogramas. Todas as análises citogenéticas foram realizadas
baseadas em Guerra e Souza (2002). As medições foram realizadas também com o auxílio do
programa Leica QFish sendo medidos cromossomos de metáfases bem espalhadas, calculando-
se: comprimento dos braços curtos (BC); comprimento dos braços longos (BL) e comprimento
total.
Os idiogramas foram organizados em ordem por tamanho decrescente do braço curto. Foi
adotada a nomenclatura cromossômica sugerida por Guerra (1988), onde a posição dos
centrômeros foi definida numericamente calculando a razão entre o braço longo (l) e o braço
curto (c), através da formula: r = l/c, usando os descritores: Metacêntrico (M); Submetacêntrico
(SM); Acrocêntrico (A); Telocêntrico (T). Além disso, foram estimados os seguintes
parâmetros cariológicos: Somatório dos comprimentos cromossômico total (TCL);
Comprimento cromossômico médio (mCL); Razão entre o maior e o menor braço (BL/BC); e
Comprimento relativo (CA/TCL).
48
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A B B
Figura 1: Metáfases mitóticas de Stylosanthes seabrana, apresentando número cromossômico 2n=20 no acesso
CPAC 4950(A) e de Stylosanthes scabra, apresentando número cromossômico 2n=40 no acesso CPAC 5234(B);
Barra representa 5 µm.
Tabela 2. NC= número cromossômico, mCL= comprimento cromossômico médio, FC= fórmula cariotípica,
TCL= comprimento cromossômico haploide total de acessos de Stylosanthes spp., analisados em metáfases
mitóticas. m= metacêntrico; sm= submetacêntrico.
mCL TCL
ACESSOS NC (2n) FC
(µm) (µm)
CPAC 4950 20 1,28 10 m 12,77
CPAC 4963 20 1,60 10 m 16,05
CPAC 4966 20 1,57 10 m 15,68
CPAC 397 40 1,60 18 m + 2 sm 32,02
CPAC 564 40 2,48 17 m + 3 sm 49,67
CPAC 1244 40 2,10 19 m + 1 sm 41,94
CPAC 1261 40 1,68 19 m + 1 sm 33,66
CPAC 4387 40 1,48 16 m + 4 sm 29,60
CPAC 4393 40 1,54 18 m + 2 sm 30,88
CPAC 4401 40 1,45 18 m + 2 sm 28,99
CPAC 4947 40 1,31 17 m + 3 sm 26,27
CPAC 5114 40 1,51 19 m + 1 sm 30,26
CPAC 5196 40 2,26 20 m 45,29
CPAC 5205 40 1,83 19 m + 1 sm 36,56
CPAC 5228 40 1,38 18 m + 2 sm 27,52
CPAC 5234 40 1,66 18 m + 2 sm 33,13
CPAC 5612 40 1,59 17 m + 3 sm 31,74
Da mesma forma, comparando-se o tamanho médio dos cromossomos das duas espécies
de Stylosanthes aqui estudadas com os valores relatados para outros gêneros da mesma tribo
Papilionoideae (Phaseolus, Vigna e Macroptilium), observa-se que os valores do tamanho
médio dos cromossomos destas espécies variam de 1 µm a 3 µm (FORNI-MARTINS, 1989).
Entretanto, outras espécies de Papilionoideae apresentam variações maiores de tamanho
cromossômico, como relatado em Crotalaria lanceolata com valores entre 0,68 e 3,34 µm,
(ANDRADE et al. 2008), e em Cratylia sp., com variação entre 31,61 e 44,38 µm (VARGAS,
2008). Em relação a fórmula cariotípica (FC), entre os acessos diploides, todos apresentaram
cromossomos com morfologia metacêntrica (FC=10m). Dos 14 acessos tetraploides analisados,
13 apresentaram cromossomos metacêntricos e submetacêntricos, sendo um com FC= 16m +
50
4sm, três com FC= 17m + 3sm, cinco com FC= 18m + 2sm, e quatro com FC= 19m + 1sm.
Apenas o acesso CPAC 5196 apresentou FC= 20m (Tabela 2), confirmando haver variabilidade
cariomorfológica na espécie estudada.
A predominância de cromossomos metacêntricos nos acessos das duas espécies indica
uma tendência de manutenção do cariótipo simétrico. Esta tendência à simetria em cariótipos
de membros de Fabaceae foi também observada por Kumari e Bir (1989) em alguns
representantes da subfamília Caesalpinoideae, de acordo com o sistema de classificação
proposto por Stebbins (1971).
O estudo detalhado da assimetria cariotípica em alguns grupos de plantas permite uma
compreensão clara do sentido da evolução cariológica. Nesse caso, os índices de assimetria
cariotípica têm sido extensamente utilizados para inferir mecanismos de evolução
cromossômica em plantas (PASZKO, 2006).
Aumentos na assimetria cariotípica são principalmente decorrentes de translocações
Robertsonianas (forma comum de rearranjo cromossômico), inversões e translocações
desiguais detectáveis através da análise do comportamento meiótico (ROMERO, 1986).
Embora os acessos tenham o mesmo número cromossômico, os mesmos apresentaram
diferenças em relação ao TCL que variou entre 12,77 a 16,05 µm nos acessos diploides com
2n=20, e entre 27,52 a 49,67 µm nos acessos tetraploides com 2n=40 (Tabela 2). Vieira et al.
(1993) encontraram variação entre diploides de 19,48 e 22,89 µm TCL, valores esses próximos
dos mensurados no nosso trabalho.
O comprimento relativo (CR) dos cromossomos, por representar a proporção de cada
cromossomo dentro do comprimento total do lote haploide (CA/TCL), é uma medida
interessante para comparar diferentes acessos e, até mesmo, diferentes espécies.
Na Tabela 3, observa-se que nos três acessos diploides de S. seabrana, não houve variação
significativa entre os tamanhos cromossômicos dos pares de I a X, onde os cromossomos que
apresentaram maior variação foram o cromossomo VIII e o cromossomo IX, cujos valores
variaram entre 6,91%, no acesso CPAC 4950, a 8,90%, no acesso CPAC 4966 para o
cromossomo VIII, e 8,44%, acesso CPAC 4963, a 10,81%, acesso CPAC 4950 para o
cromossomo IX. Vieira et al. (1993) observaram em 12 espécies do gênero Stylosanthes
variação entre 11,15% a 12,16% para o tamanho do cromossomo I e 7,08% a 9,77% para o
tamanho do cromossomo X, demonstrando também haver variação significativa entre esses
acessos diploides.
51
Tabela 3.Comprimentos cromossômicos médios do braço curto (BC), braço longo (BL) e comprimento absoluto (CA),
em µm, e comprimento relativo percentual (CR %) em três acessos de Stylosanthes seabrana, coletados no semiárido brasileiro
ACESSOS
Cromossomos
I II III IV V VI VII VIII IX X
BC 0,88 0,79 0,78 0,77 0,76 0,74 0,70 0,64 0,62 0,56
CPAC
4950
BL 1,06 0,85 1,00 0,87 0,85 0,87 0,82 0,78 0,76 0,78
CA 1,45 1,17 1,35 1,63 1,16 1,18 1,52 0,88 1,38 1,06
CR 11,36% 9,13% 10,54% 12,79% 9,09% 9,20% 11,87% 6,91% 10,81% 8,30%
BC 0,91 0,83 0,80 0,77 0,76 0,74 0,70 0,64 0,61 0,54
CPAC
BL 0,99 0,93 0,91 0,90 0,86 0,93 0,87 0,90 0,75 0,72
4963
CA 1,90 1,76 1,72 1,68 1,62 1,66 1,57 1,54 1,36 1,25
CR 11,86% 10,95% 10,69% 10,44% 10,07% 10,36% 9,78% 9,61% 8,44% 7,79%
BC 0,92 0,83 0,78 0,75 0,73 0,70 0,66 0,64 0,62 0,53
CPAC
BL 0,98 0,93 0,97 0,87 0,82 0,86 0,90 0,76 0,73 0,71
4966
CA 1,90 1,76 1,75 1,62 1,55 1,56 1,56 1,40 1,35 1,24
CR 12,12% 11,21% 11,16% 10,32% 9,89% 9,92% 9,95% 8,90% 8,63% 7,92%
Figura 2. Idiogramas do complemento cromossômico haploide do acesso CPAC 4966 de Stylosanthes seabrana com n=10
destacando as bandas CMA+ em amarelo. Barra em 5 μm.
Acessos diploides 2n = 20
14
Comprimento relativo do complemento
12
cromossômico total haplóide (%)
10
8
6
4
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Por outro lado, entre os 14 acessos tetraploides de S. scabra (Tabela 4), observou-se maior
variação de comprimento cromossômico relativo, destacando-se o par I, com variação entre
4,51% no acesso CPAC 5196, a 7,02% no acesso CPAC 564, o que representa uma diferença
maior que 50% entre os acessos, sendo esse par cromossômico muito importante para
diferenciação na análise comparativa desses genótipos. Para o par cromossômico XX a variação
foi entre 2,55% no acesso CPAC 5196, a 4,50% no acesso CPAC 4387. Outros cromossomos
também apresentaram variação significativa nos comprimentos relativos, com variações entre
3,70% e 6,09% no par V, e entre 3,49% e 6,25% no par VII, para os acessos CPAC 1244 e
CPAC 564, respectivamente.
Nas Figuras 4 e 5 pode-se observar o idiograma e o gráfico com os tamanhos
cromossômicos dos acessos de S. scabra, ficando evidente a diferença nos tamanhos
cromossômicos dos acessos CPAC 1244 e CPAC 5196 em relação aos outros acessos da mesma
espécie.
Figura 4. Idiogramas do complemento cromossômico haploide do acesso CPAC 4387 de S. scabra Vogel com n=20,
destacando as bandas CMA+ em amarelo. Barra 5 μm.
Acessos tetraploides 2n = 40
8
Comprimento relativo do complemento
7
cromossômico total haplóide (%)
6
5
4
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
CR % 5196 CR % 1244 CR % 564 CR % 397 CR % 4387
CR % 4393 CR % 4401 CR % 4947 CR % 5205 CR % 5228
CR % 5234 CR % 5612 CR%1261 CR%5114
Figura 5 – Gráfico da distribuição do comprimento relativo do complemento cromossômico total haploide (%)
dos cromossomos de acessos de Stylosanthes scabra, alinhados em função do comprimento decrescente do braço
curto de cada par cromossômico (pares de 1 a 20).
53
Tabela 4.Comprimentos cromossômicos médios do braço curto (BC), braço longo (BL) e comprimento absoluto (CA), em µm, e comprimento relativo percentual (CR %) em três acessos de
Stylosanthes scabra Vogel. Coletados no semiárido Brasileiro.
ACESSOS Cromossomos
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX
BC 0,94 0,87 0,85 0,83 0,81 0,79 0,77 0,77 0,75 0,74 0,71 0,70 0,68 0,67 0,65 0,62 0,62 0,57 0,51 0,45
CPAC
BL 1,01 0,93 1,00 0,97 1,00 1,05 0,87 0,87 0,86 0,85 0,84 0,85 0,89 0,80 0,87 0,81 0,98 0,79 0,72 0,77
397
CA 1,95 1,80 1,85 1,80 1,81 1,84 1,64 1,64 1,61 1,59 1,56 1,55 1,57 1,47 1,53 1,43 1,60 1,35 1,23 1,22
CR 6,10% 5,61% 5,77% 5,61% 5,64% 5,73% 5,11% 5,11% 5,03% 4,96% 4,86% 4,83% 4,90% 4,58% 4,76% 4,47% 4,99% 4,22% 3,84% 3,81%
BC 1,60 1,38 1,31 1,26 1,23 1,20 1,18 1,12 1,11 1,10 1,06 1,05 0,99 0,98 0,98 0,92 0,90 0,88 0,87 0,68
CPAC
BL 1,89 1,59 1,41 1,50 1,80 1,43 1,93 1,40 1,45 1,18 1,33 1,31 1,10 1,28 1,44 1,11 1,34 1,29 1,06 1,07
564
CA 3,49 2,97 2,73 2,76 3,03 2,63 3,11 2,52 2,56 2,28 2,38 2,36 2,08 2,26 2,42 2,03 2,24 2,17 1,93 1,75
CR
7,02% 5,98 % 5,50 % 5,56 % 6,09 % 5,29 % 6,25 % 5,07 % 5,16 % 4,59 % 4,80 % 4,75 % 4,18 % 4,54 % 4,87 % 4,08 % 4,50 % 4,37 % 3,89 % 3,51 %
BC 1,17 1,11 1,08 1,06 1,04 1,04 1,02 0,99 0,96 0,94 0,93 0,92 0,90 0,86 0,83 0,78 0,77 0,75 0,68 0,68
CPAC
1244
BL 1,61 1,50 1,31 1,28 1,16 1,44 1,08 1,28 1,19 1,08 1,26 1,08 1,06 1,13 0,93 0,99 1,06 0,92 1,22 0,88
CA 2,78 2,61 2,39 2,34 2,21 2,48 2,10 2,26 2,14 2,03 2,19 2,00 1,96 1,99 1,75 1,77 1,83 1,66 1,90 1,56
CR 4,57 % 4,40 % 4,02 % 3,92 % 3,70 % 4,17 % 3,49 % 3,80 % 3,59 % 3,36 % 3,67 % 3,31 % 3,23 % 3,28 % 2,94 % 2,96 % 3,04 % 2,77 % 3,11 % 2,55 %
BC 0,98 0,96 0,93 0,89 0,86 0,84 0,83 0,81 0,80 0,79 0,77 0,75 0,73 0,72 0,71 0,70 0,67 0,64 0,60 0,52
CPAC
BL 0,98 1,06 0,99 0,92 1,03 0,97 1,03 0,88 0,92 0,82 0,82 0,82 0,98 0,90 0,88 0,82 0,89 0,88 0,84 0,81
1261
CA 1,96 2,02 1,92 1,81 1,89 1,81 1,85 1,69 1,72 1,61 1,58 1,56 1,70 1,61 1,59 1,52 1,56 1,52 1,44 1,33
CR 5,83% 6,00% 5,70% 5,38% 5,61% 5,37% 5,50% 5,01% 5,10% 4,78% 4,70% 4,63% 5,06% 4,78% 4,72% 4,50% 4,62% 4,52% 4,26% 3,94%
BC 0,86 0,78 0,76 0,74 0,70 0,69 0,68 0,67 0,66 0,64 0,63 0,62 0,59 0,58 0,56 0,54 0,51 0,49 0,46 0,43
CPAC
BL 0,97 0,90 0,85 0,87 0,84 0,95 0,80 0,93 0,91 0,80 0,90 0,86 0,81 0,85 0,74 0,81 0,78 0,74 0,81 0,91
4387
CA 1,83 1,68 1,60 1,61 1,55 1,64 1,48 1,60 1,57 1,45 1,53 1,48 1,40 1,42 1,30 1,35 1,30 1,23 1,27 1,33
CR 6,17% 5,68% 5,40% 5,44% 5,22% 5,54% 5,01% 5,41% 5,30% 4,88% 5,16% 5,00% 4,71% 4,81% 4,39% 4,57% 4,37% 4,14% 4,29% 4,50%
BC 0,90 0,83 0,81 0,79 0,77 0,75 0,74 0,71 0,71 0,70 0,68 0,67 0,64 0,63 0,62 0,59 0,58 0,55 0,52 0,48
CPAC
BL 1,20 0,91 0,86 0,89 0,88 0,79 0,81 0,84 0,88 0,97 0,87 0,90 0,76 0,86 0,85 0,85 0,71 0,76 0,78 0,90
4393
CA 2,09 1,73 1,66 1,68 1,65 1,54 1,55 1,55 1,59 1,67 1,55 1,57 1,40 1,48 1,47 1,44 1,29 1,31 1,29 1,38
CR 6,78% 5,61% 5,38% 5,43% 5,33% 4,98% 5,01% 5,03% 5,13% 5,39% 5,02% 5,09% 4,54% 4,80% 4,76% 4,66% 4,17% 4,23% 4,19% 4,47%
BC 0,82 0,77 0,76 0,75 0,73 0,71 0,69 0,68 0,67 0,66 0,65 0,65 0,64 0,61 0,59 0,57 0,55 0,51 0,48 0,44
CPAC
BL 0,89 0,86 0,84 0,86 0,86 0,80 0,80 0,76 0,80 0,87 0,76 0,86 0,82 0,77 0,74 0,82 0,69 0,75 0,78 0,76
4401
CA 1,70 1,64 1,60 1,61 1,59 1,51 1,49 1,44 1,46 1,53 1,41 1,51 1,46 1,38 1,34 1,38 1,24 1,27 1,26 1,20
CR 5,86% 5,64% 5,51% 5,55% 5,48% 5,22% 5,14% 4,95% 5,04% 5,26% 4,86% 5,21% 5,02% 4,76% 4,61% 4,77% 4,29% 4,36% 4,34% 4,13%
BC 0,84 0,77 0,73 0,71 0,67 0,65 0,63 0,61 0,61 0,59 0,58 0,56 0,56 0,54 0,52 0,51 0,47 0,45 0,42 0,39
CPAC
BL 0,89 0,84 0,82 0,79 0,78 0,76 0,76 0,72 0,72 0,72 0,68 0,70 0,69 0,70 0,65 0,60 0,62 0,75 0,65 0,67
4947
CA 1,72 1,61 1,56 1,50 1,44 1,41 1,39 1,33 1,33 1,31 1,25 1,26 1,25 1,23 1,17 1,10 1,09 1,20 1,07 1,06
CR 6,56% 6,11% 5,92% 5,71% 5,49% 5,37% 5,28% 5,07% 5,05% 4,97% 4,77% 4,81% 4,76% 4,68% 4,45% 4,20% 4,14% 4,56% 4,08% 4,02%
BC 0,87 0,84 0,81 0,80 0,78 0,76 0,74 0,73 0,71 0,69 0,66 0,65 0,64 0,62 0,61 0,59 0,58 0,56 0,52 0,51
CPAC
BL 0,88 0,84 0,90 0,81 0,85 0,91 0,85 0,84 0,92 0,90 0,91 0,84 0,73 0,80 0,78 0,79 0,83 0,68 0,77 0,79
5114
CA 1,74 1,68 1,71 1,61 1,64 1,67 1,59 1,57 1,63 1,59 1,57 1,49 1,36 1,42 1,39 1,39 1,41 1,23 1,30 1,30
CR 5,76% 5,54% 5,65% 5,32% 5,40% 5,53% 5,24% 5,18% 5,38% 5,25% 5,18% 4,92% 4,50% 4,70% 4,59% 4,58% 4,66% 4,06% 4,28% 4,29%
BC 1,35 1,24 1,19 1,18 1,11 1,07 1,06 1,05 1,05 1,04 1,02 0,96 0,95 0,95 0,93 0,88 0,84 0,84 0,79 0,66
CPAC
BL 1,63 1,31 1,51 1,33 1,39 1,29 1,36 1,22 1,30 1,22 1,43 1,08 1,32 1,14 1,28 1,13 1,09 1,15 1,04 0,97
5196
CA 2,98 2,55 2,71 2,51 2,50 2,36 2,42 2,27 2,35 2,26 2,44 2,03 2,27 2,09 2,20 2,01 1,93 1,98 1,82 1,63
CR 4,51 % 3,80 % 4,05 % 3,71 % 3,80 % 3,47 % 3,57 % 3,35 % 3,59 % 3,39 % 3,73 % 3,07 % 3,41 % 3,03 % 3,25 % 2,92 % 2,96 % 3,13 % 2,79 % 2,52 %
53
54
Continuação tabela 4.
ACESSOS Cromossomos
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX
BC 1,13 1,02 1,00 0,96 0,94 0,92 0,90 0,87 0,85 0,83 0,82 0,79 0,78 0,77 0,75 0,73 0,71 0,67 0,64 0,61
CPAC
5205
BL 1,17 1,09 1,12 1,08 1,01 1,06 1,09 1,01 0,98 0,93 1,03 0,89 0,99 0,94 0,94 0,95 0,97 0,79 0,99 0,89
CA 2,30 2,11 2,12 2,05 1,95 1,97 1,99 1,88 1,83 1,76 1,84 1,68 1,77 1,71 1,68 1,68 1,68 1,45 1,63 1,50
CR 6,30% 5,78% 5,79% 5,59% 5,32% 5,39% 5,43% 5,14% 5,01% 4,82% 5,03% 4,60% 4,83% 4,68% 4,59% 4,59% 4,595 3,97% 4,44% 4,10%
BC 0,89 0,76 0,73 0,71 0,70 0,69 0,67 0,65 0,63 0,61 0,60 0,60 0,58 0,56 0,56 0,54 0,52 0,49 0,46 0,39
CPAC
5228
BL 0,99 0,96 0,80 0,78 0,78 0,78 0,73 0,67 0,77 0,69 0,72 0,75 0,85 0,66 0,70 0,70 0,69 0,71 0,80 0,68
CA 1,88 1,72 1,53 1,50 1,48 1,47 1,40 1,33 1,40 1,30 1,32 1,35 1,43 1,22 1,26 1,24 1,21 1,20 1,26 1,07
CR 6,82% 6,24% 5,56% 5,43% 5,38% 5,32% 5,10% 4,81% 5,08% 4,73% 4,79% 4,895 5,195 4,415 4,57% 4,51% 4,38% 4,35% 4,57% 3,88%
BC 0,97 0,90 0,88 0,85 0,83 0,81 0,81 0,79 0,77 0,77 0,75 0,73 0,72 0,70 0,68 0,65 0,65 0,62 0,60 0,50
CPAC
5234
BL 1,05 1,03 0,93 0,92 0,99 0,88 0,91 0,89 1,02 0,91 0,92 0,87 0,82 0,87 0,78 0,76 0,89 0,91 0,97 0,87
CA 2,02 1,94 1,80 1,77 1,82 1,69 1,71 1,68 1,80 1,68 1,67 1,61 1,54 1,57 1,46 1,42 1,53 1,53 1,56 1,37
CR 6,09% 5,84% 5,43% 5,33% 5,49% 5,10% 5,17% 5,08% 5,42% 5,06% 5,04% 4,84% 4,64% 4,72% 4,40% 4,27% 4,62% 4,61% 4,725 4,12%
BC 0,90 0,84 0,83 0,82 0,79 0,79 0,78 0,76 0,75 0,74 0,73 0,72 0,70 0,68 0,66 0,64 0,63 0,61 0,57 0,52
CPAC
5612
BL 0,92 0,90 0,90 0,90 0,92 0,84 0,84 0,87 0,90 0,81 0,93 0,89 0,78 0,88 0,74 0,71 0,82 0,93 0,95 0,87
CA 1,82 1,75 1,72 1,72 1,72 1,63 1,62 1,63 1,65 1,55 1,66 1,61 1,48 1,55 1,41 1,35 1,45 1,54 1,52 1,39
CR 5,73% 5,50% 5,43% 5,41% 5,40% 5,13% 5,10% 5,13% 5,20% 4,88% 5,22% 5,06% 4,65% 4,89% 4,43% 4,25% 4,58% 4,86% 4,77% 4,37%
54
55
A D
B E
C F
Figura 6. Metáfases com 2n=20 com dupla coloração CMA3/DAPI em Stylosanthes seabrana. Setas indicam a localização em
dois blocos CMA+ nas regiões terminais dos cromossomos homólogos no acesso CPAC 4950, foto em (A) DAPI, em (B) CMA,
em (C) sobreposto, e acesso CPAC 4963, foto em (D) DAPI, em (E) CMA, em (F) sobreposto. Barra em C e F = 5 µm.
Vieira et al. (1993) também relataram a existência de constrição secundária no menor par
cromossômico de algumas espécies diploides, o que corrobora com a existência dos blocos
CMA+ observados na região terminal do último par cromossômico metacêntrico dos citótipos
diploides do nosso trabalho. Nos citotipos tetraploides, foram observados blocos CMA+
56
A D
B E
C F
Figura 7. Metáfases com 2n=40 com dupla coloração CMA3/DAPI em Stylosanthes scabra. Setas indicam a localização de
quatro blocos CMA+ nas regiões subterminal e proximal dos cromossomos homólogos no acesso CPAC 4387, foto em (A)
DAPI, em (B) CMA, em (C) sobreposição e no acesso CPAC 4394, foto em (D) DAPI, em (E) CMA, em (F) sobreposição.
Barra em C e F = 5 µm.
Esses blocos CMA+ são relatados pela primeira vez para as espécies e podem estar
relacionados aos loci das regiões organizadoras do nucléolo (RONs). Em algumas células não
foi possível visualizar as bandas de um dos pares devido a seu tamanho reduzido e à tendência
da distensão da região nas metáfases analisadas.
Também foi possível a visualização de bandas DAPI+ e CMA- nos acessos CPAC 1261
e CPAC 5205 (Figura 8).
57
A B
Figura 8. Metáfases com 2n=40 com dupla coloração CMA3/DAPI em Stylosanthes scabra, setas indicam a
localização de dois blocos DAPI + nos cromossomos homólogos do acesso CPAC 5205, foto em (A) DAPI, em
(B) CMA, Barra em B = 5 µm
58
4. CONCLUSÕES
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUCO S.M., Vieira M.L.C., MONDIN M., Aguiar-Perecin M.L.R. Comparative karyotype
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