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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Função: ● Sistemas e câmaras de liquidação e custódia


● prestação de serviços de gerenciamento de (clearing)
recursos e 1. Sistema especial de liquidação e de custódia
● intermediação financeira (Selic)
Estrutura - LFT (Letras Financeiras do Tesouro)
● Órgãos de regulação, autorregulação e - LTN (Letras do Tesouro Nacional)
fiscalização - NTN-B Principal (Notas do Tesouro
1. Conselho Monetário Nacional (CMN) Nacional – Série B – Principal)
2. Banco Central do Brasil (BACEN) - NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série
3. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) B)
4. Superintendência de Seguros Privados (Susep) - NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série
5. ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos F)
Mercados Financeiro e de Capitais) 2. Câmara de liquidação, compensação e custódia
● Principais Intermediários Financeiros da B3 S.A. (Clearing B3)
1. Bancos Múltiplos ● Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)
2. Bancos comerciais
3. Bancos de investimento Leis importantes!!
● Outros intermediários ou auxiliares financeiros Decreto 22.626 de 1933 (Lei da Usura)
1. Bolsa de valores: B3 S.A. – Brasil, Bolsa e Balcão Lei 4.595/1964
2. Sociedades corretoras de títulos e valores Lei Complementar 179/2021
mobiliários Lei 6.385/1976
3. Sociedades distribuidoras de títulos e valores Lei 6.404/1976 (Lei das S/A)
mobiliários Decreto-lei 73/1966
ÉTICA, REGULAMENTAÇÃO E
ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR
Código ANBIMA de Melhores Práticas para a Distribuição de 4. Operações em espécie > R$50.000,00 - à comunicação ao
Produtos de Investimento: Coaf deve ser realizada até o dia útil de sua ocorrência
Objetivo: Manter elevados padrões éticos, concorrência leal, a Ética na venda
padronização dos procedimentos, a transparência, a qualificação das ● Venda casada: ato de subordinar a venda ou prestação de
instituições e dos profissionais, segurança e o sigilo das informações um serviço à aquisição de outro bem ou utilização de outro
Regulamenta: serviço.
1. Canais Digitais, Conglomerado ou Grupo Econômico, Know ● Restrições do investidor: idade, horizonte de investimento,
your client, Distribuição de Produtos de Investimento, conhecimento do produto e tolerância ao risco
Material Publicitário, Material Técnico, Produtos Automáticos
e Produtos de Investimento. Análise do Perfil do Investidor (API): Instrução CVM 539
2. Selo ANBIMA ● objetivos de investimento do cliente
Prevenção contra a lavagem de dinheiro e o financiamento ● situação financeira
ao terrorismo (LD-FT) ● conhecimento necessário
A lavagem de dinheiro corresponde à prática pela qual se inserem na ● categorias: riscos, perfil dos emissores e prestadores de
economia formal recursos decorrentes de atividades ilícitas, por meio serviços, a existência ou não de garantias e os prazos de
da ocultação ou dissimulação de sua verdadeira origem. carência
“não há crime consequente sem crime precedente”
● Colocação IMPORTANTE
● Ocultação Lei 9.613/98; Instrução CVM 617; Circular BACEN 3.978; Lei nº
● Integração 13.260/16; Carta Circular BACEN 4.001; Lei 13.810/19; Instrução
1. Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) CVM 539
2. Modelo de abordagem baseada em risco
3. Obrigatoriedade de comunicação e controle – instituições,
empresas e autoridades competentes
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Indicadores econômicos XYZ/ABC moeda de contagem e moeda de base
● Produto Interno Bruto (PIB) - taxa de câmbio spot: taxa para compra e venda imediata de
soma de todos os bens e serviços finais, em termos monetários e a dólares
valor de mercado, produzidos em uma determinada região durante - taxa PTAX: é uma média das cotações do dólar no mercado,
certo período de tempo calculada pelo Banco Central do Brasil (referência para
- ótica da despesa derivativos)
Y=C+I+G+(X-M) ● taxa de juros (custo do dinheiro)
Y é o produto da economia (ou seja, o próprio PIB), C é o consumo - Taxa Selic Over: apresentada na forma de percentual ao
das famílias, I é o investimento, G é a despesa do governo, X são as ano, é a taxa média das operações de financiamento de um
exportações e M são as importações dia (compromissadas), lastreadas em títulos públicos
- ótica da renda federais, realizadas no Selic, ponderadas pelo volume das
O PIB é composto por todos os salários, aluguéis, juros, lucros e operações
dividendos recebidos por empresas e indivíduos em uma economia - Taxa DI – Cetip Over (Extragrupo): (calculada pela B3)
durante um período de tempo. reflete a média das taxas de juros cobradas entre instituições
● o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do mercado interbancário nas operações de emissão de
(IPCA) - (IBGE) Depósitos Interfinanceiros (DI) prefixados, com prazo de um
busca medir a variação de preços de forma bastante ampla, dia útil, registradas e liquidadas pelos sistemas da B3.
contemplando os gastos de famílias cujo rendimento mensal seja de Usada para estoque de debêntures e Certificados de
1 a 40 salários mínimos e residentes em áreas urbanas Depósito Bancário (CDB).
- meta de inflação (determinada pelo Conselho Monetário - Taxa Referencial (TR): calculada pelo BACEN com base na
Nacional), média das taxas de juros negociadas no mercado
● Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) - (FGV) secundário com Letras do Tesouro Nacional (LTN). Usada no
média ponderada de outros três índices (todos calculados pela FGV): cálculo do saldo devedor de financiamentos imobiliários, na
o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA, com peso de 60%), o remuneração da poupança e na remuneração das contas
Índice de Preços ao Consumidor (IPC, com peso de 30%) e o Índice vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
Nacional de Custo da Construção (INCC, com peso de 10%). (FGTS).
- indexador de contratos (por exemplo, de aluguel de imóveis) ● Comitê de Política Monetária (Copom) - 1996:
e muito influenciado pelo aumento nos preços dos produtos Banco Central do Brasil
no atacado. - Implementar a política monetária.
● taxa de câmbio - Definir a meta da taxa Selic e seu eventual viés.
preço de uma moeda comparado a outra moeda. - Analisar o Relatório de Inflação
CONCEITOS BÁSICOS DE FINANÇAS
Taxa de juros nominal: é utilizada para calcular a r2 =(1+r1 )^n2/n1 - 1
remuneração, em moeda corrente, que é devida sobre r2 é a taxa de juros que se busca obter, r1 é a taxa de juros
o montante da operação. conhecida, n2 é o período relativo à taxa que se busca obter e
Taxa de juros real: desconta o efeito da inflação, n1 é o período relativo à taxa de juros conhecida (sendo que
mostra o aumento em termos reais do poder de compra n1 e n2 devem estar na mesma unidade)
da parte que emprestou os recursos. Taxa de juros proporcional
taxa de juros real ≈ taxa de juros nominal – taxa de regime de capitalização simples
inflação Índice de referência (benchmark): uma medida que
Capitalização simples: o montante inicial de nos permite avaliar comparativamente o desempenho
investimento cresce pelo mesmo valor (o valor dos de produtos ou fundos de investimento
juros) a cada período, de maneira linear. O montante Na renda fixa, há títulos públicos, títulos emitidos por
inicial cresce de maneira aritmética ao longo do tempo empresas (como debêntures e notas promissórias), títulos
- os juros de um período não geram juros nos períodos emitidos por instituições financeiras (como os CDBs),
seguintes instrumentos de securitização e muitos outros. Em renda
● J=VP×r×n variável, há ações ordinárias, ações preferenciais e diversas
J são os juros, VP é o valor presente (montante inicial), r combinações estratégicas possíveis utilizando instrumentos
representa a taxa de juros por período e n é o número de derivativos, tais como opções e contratos a termo. Há ainda
períodos. O valor futuro é VF=VP×(1+r×n) produtos de investimentos ligados ao mercado imobiliário e ao
Capitalização composta: o montante inicial cresce de agronegócio, assim como uma enorme variedade de fundos de
maneira geométrica ao longo do tempo, e o valor investimento (incluindo multimercados, cambiais e de
principal acrescido de juros em um dado período serve participações em empresas).
como base de cálculo para os juros do período Volatilidade: o grau de variação dos preços de um
subsequente. ativo em um determinado período de tempo, medido
● J=VP×[(1+r)n -1] pelo conceito estatístico de desvio-padrão dos retornos
o valor futuro do investimento é VF=VP×(1+r)n logarítmicos
● cálculos em geral com a taxa DI - medir quanto oscilam os retornos de um ativo
r2 =(1+taxa DI)^n2/252 - 1 Prazo médio ponderado de uma carteira de títulos:
Taxa de juros equivalentes encontrar um prazo médio para a aplicação,
regime de capitalização composta considerando todos os fluxos de caixa, utilizando os
valores presentes desses fluxos como pesos para o dos primeiros investidores nesses instrumentos
período de tempo a decorrer até cada um deles, (emissores, bancos de investimento, escritórios de
encontrando assim uma medida de tempo advocacia, agentes fiduciários, investidores
institucionais e fundos de investimento, entre outros).
Mercado secundário: os ativos são negociados após
a sua emissão, os ativos trocam de mãos sem que os
emissores estejam envolvidos nas negociações (corretoras
de valores, investidores institucionais, investidores
individuais, gestores de fundos de investimento e
PMP é o prazo médio especuladores, entre outros).
ponderado, Fj é o fluxo de caixa, dj é o número de dias úteis a
decorrer até cada fluxo, i é a taxa interna de retorno (em base
anual com 252 dias úteis) e VP é o valor presente do título
Marcação a mercado como valor presente de um
fluxo de pagamentos (precificação e volatilidade): o
preço de um ativo é igual ao valor presente de seu
fluxo de caixa esperado. O preço do ativo será
composto pela soma dos valores presentes daqueles
fluxos de caixa, o que implica que uma (ou mais de
uma) taxa de desconto precisa ser empregada para se
calcular o quanto valem, hoje, aqueles fluxos futuros.
- oscilações dos preços de mercado ocorrem por duas razões:
ou existe alguma alteração no fluxo de caixa esperado (por
exemplo, no caso de ações, uma expectativa diferente em
relação a dividendos futuros), ou a taxa de retorno já não é
mais adequada e não reflete as condições econômicas e o
risco associado ao investimento (e, portanto, precisa ser maior
ou menor para refletir essas novas condições).
- Ao atribuirmos a um ativo seu valor observado atualmente no
mercado, estamos fazendo uma marcação a mercado do
preço desse ativo
- Não é apenas a taxa de desconto de mercado que influencia
no preço de um ativo. O prazo até o vencimento também tem
impacto importante para a precificação de um título de renda
fixa, mesmo quando utilizadas as mesmas taxas de desconto.
Mercado primário: aquele em que os emissores
lançam seus títulos e ações para aquisição por parte
PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO
Principais fatores de análise de investimentos
1. Rentabilidade: é a taxa de retorno do investimento:
taxa de retorno prefixada e taxa de retorno pós-fixada

● Rentabilidade absoluta: sem uma medida de


comparação contra a qual possa ser colocada em
perspectiva
● Rentabilidade relativa: é calculada pela diferença entre
o retorno do investimento que estamos analisando e o - Quanto maior a rentabilidade esperada de um
retorno obtido pelo ativo ou índice de referência investimento, maior será o risco associado a esse mesmo
(benchmark) que estamos utilizando na comparação. investimento;
● Rentabilidade bruta: é a rentabilidade do investimento - Quanto maior a rentabilidade esperada em um
antes da dedução de impostos, despesas e comissões investimento, menor será a sua liquidez, mantendo-se outros
(se houver). fatores constantes.
● Rentabilidade líquida: representa o retorno que o - Quanto menor a liquidez de um investimento, maior o
investidor vai efetivamente receber após a dedução risco a que o investidor está exposto.
desses itens.
2. Liquidez: indica a velocidade com que um ativo pode
ser negociado sem que a própria negociação influencie
no preço do ativo.
Volume diário negociado é uma medida simples para se
avaliar a liquidez de um ativo
3. Risco: a probabilidade, em uma aplicação financeira,
de se obter rentabilidade diferente daquela esperada
no momento inicial do investimento.
PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO
Principais riscos do investidor O risco advindo da oscilação das taxas de câmbio é
1. Risco de mercado: a variação dos preços dos ativos denominado risco cambial. É o risco que um investidor corre
no mercado é um dos principais fatores que afetam o ao adquirir diretamente uma posição em moeda estrangeira ou
retorno dos investimentos e podem inclusive trazer ao estar exposto, de alguma maneira, a um ativo ou passivo
perdas para os investidores. cujo valor dependa do valor da moeda estrangeira.
As flutuações dos preços dos ativos fazem com que O risco geopolítico está ligado à possibilidade de perdas em
investidores busquem determinar o melhor momento para sair investimentos por conta de alterações no cenário político em
de uma aplicação e assim obter o maior retorno possível. O um país ou em uma região do planeta. Em geral, o risco
risco do mercado de ações está ligado às flutuações geopolítico é a manifestação de um cenário de instabilidade
observadas nos preços dos ativos negociados no mercado política, que pode afetar a propensão de investidores a aplicar
acionário. É comum medir o risco do mercado de ações por seus recursos em instrumentos negociados em determinado
meio da medida estatística conhecida como desvio-padrão dos país ou denominados em determinada moeda.
retornos (volatilidade). O risco legal existe em razão do potencial de perdas em um
O risco de taxa de juros é a possibilidade de perda advinda da investimento devido ao não cumprimento da legislação local
flutuação dos preços de títulos de renda fixa causada por do país onde o investimento acontece.
alterações nas taxas de juros. O risco regulatório surge com a possibilidade de não serem
O preço de um título de renda fixa nada mais é do que o valor cumpridas as regras e instruções das autoridades locais no
presente de seus fluxos de caixa esperados, calculado a uma que se refere à negociação de instrumentos financeiros em
taxa de desconto apropriada. As oscilações dessa taxa é que determinado país.
geram risco para o investidor. O risco tributário é a possibilidade de que sobre os
A relação inversa entre o preço de um papel e sua taxa de rendimentos obtidos em uma aplicação financeira venham a
desconto. incidir impostos e taxas não previstos originalmente.
- Quanto maior o prazo até o vencimento, maior o risco de taxa 2. Risco de crédito: o risco de o investidor registrar uma
de juros de um título de renda fixa; perda em seu investimento por conta do aumento da
- Quanto maior a taxa de cupom (juros periódicos pagos pelo taxa de retorno requerida por investidores nesse
título de renda fixa), menor o risco de taxa de juros; investimento ou por conta do efetivo descumprimento,
- Quanto maior o rendimento oferecido pelo título de renda por parte do emissor, das obrigações referentes ao
fixa, menor o risco de taxa de juros. pagamento de juros e principal em um título de dívida.
A diferença entre o retorno requerido no investimento na dívida
de uma empresa ou instituição financeira e o retorno oferecido
pelos títulos públicos federais de mesmo prazo é a medida que
representa o risco de crédito de um emissor qualquer. Essa
diferença é conhecida como spread de crédito.
É comum ver os emissores de títulos de dívida, bem como os
próprios títulos, receberem uma nota de crédito (conhecido
como rating) emitida por uma agência de classificação de
risco.
Quando a nota de crédito de um emissor é aumentada,
denominamos esse movimento de upgrade. Quando a nota de
crédito é rebaixada, o movimento é conhecido como
downgrade. Chamamos de risco de downgrade o risco de
queda no preço de mercado de um título de renda fixa gerado
por um rebaixamento da nota de crédito de um emissor
O risco de inadimplência (ou risco de default) é o de o
investidor não reaver, de maneira parcial ou integral, o que lhe
foi prometido por meio da obrigação de dívida em retorno pela
concessão do empréstimo.
3. Risco de liquidez: o risco de ocorrência de perdas
para o investidor, quando da negociação de um ativo
por um preço distante do seu preço “justo”.
PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO
Fatores determinantes para a adequação dos investidor apenas estará completa quando agregamos esses
produtos de investimento às necessidades dos dois elementos: o perfil situacional e o perfil de personalidade.
investidores
1. Objetivo do investidor
Análise do seu perfil situacional: resumo das características do
investidor e descreve suas preferências, suas circunstâncias
pessoais e financeiras, seus desejos e seus objetivos de vida.
Fonte de riqueza
Grau de tolerância ao risco
Medida da riqueza, ou seja, o tamanho do patrimônio
Para o aconselhamento profissional sobre investimentos, é
acumulado pelo investidor
essencial inicialmente estabelecer o objetivo de retorno e o
Perfil de personalidade (ou perfil psicológico): características
objetivo de risco do investidor.
pessoais e preferências do investidor que podem influenciar
Os objetivos primários têm a ver com a satisfação das
suas decisões a respeito das alternativas de investimento que
necessidades básicas definidas pelo investidor. Já os objetivos
ele escolherá.
secundários focam primordialmente no aumento do patrimônio
Duas grandes áreas de estudo: de um lado, as chamadas
e na aquisição de bens.
“finanças tradicionais”, de outro, o campo das “finanças
Essas metas podem ser classificadas como objetivo de renda
comportamentais”. Nas finanças tradicionais, o investidor é
e objetivo de crescimento de patrimônio. No caso de objetivos
visto como um indivíduo racional, que não tem apego
de renda, isto é, o recebimento de pagamentos periódicos, a
emocional quando se trata de investimentos e que baseia
escolha por títulos de dívida e ações que pagam dividendos
todas as suas decisões nas informações de que dispõe. Além
parece ser adequada.
disso, de acordo com essa visão, os investidores consideram
Já para objetivos de crescimento de patrimônio, um retorno
sua carteira de investimentos como um todo, fazendo análises
maior será requerido – e tal retorno pode vir de investimentos
completas sobre todos os seus componentes (títulos de renda
como ações e outros instrumentos. Assim, no longo prazo,
fixa, ações, imóveis, derivativos e outros instrumentos).
papéis de renda variável tendem a ser escolhidos para a
Entretanto, nas finanças comportamentais, o entendimento
geração desse retorno.
sobre a atitude do investidor é distinto. De acordo com essa
2. Horizonte de investimento: estágio de vida em que o
abordagem, os investidores apresentam diversos
investidor se encontra
comportamentos não racionais, como aversão a perdas e
excesso de confiança, assim como baseiam suas decisões de
investimento em preferências pessoais e experiências
anteriores (boas e ruins). Tendo em vista a existência de
evidências que apoiam essas ideias, a análise do perfil do
A desconcentração dos investimentos traz benefício para os
investidores na forma de redução do risco total da carteira.
Esse benefício está ligado a como os investimentos interagem
uns com os outros – ou, de outra forma, quão independentes
eles são entre si.
- O risco sistemático é inerente ao ativo ou à carteira de ativos
e não pode ser reduzido ou eliminado por meio da
diversificação. Por esse motivo, esse risco é também
conhecido como risco não diversificável. Mesmo em uma
carteira com grande número de ativos, o risco sistemático
continua presente.
- O risco não sistemático, portanto, pode ser reduzido (e,
teoricamente, eliminado) por meio da diversificação de uma
carteira de investimentos. Por essa razão, esse risco é
também conhecido como risco diversificável, o risco não
3. Risco versus retorno: capacidade de assumir sistemático está ligado a um ativo em particular
riscos e tolerância ao risco 5. Finanças pessoais
A capacidade para assumir riscos leva em consideração os A primeira etapa é a elaboração de um balanço patrimonial,
recursos que um investidor atualmente possui, seus objetivos é uma fotografia atual dos ativos (direitos, propriedades e
a serem alcançados por meio dos investimentos e o horizonte aplicações financeiras) e dos passivos (dívidas) de um
de tempo disponível para atingir tais objetivos. indivíduo ou de uma família. A diferença entre ativos e
- Primeiro, é necessário entender as necessidades e os passivos, assim como na contabilidade de uma empresa, é o
objetivos financeiros do investidor, tanto no curto prazo como patrimônio líquido que o indivíduo possui.
no longo prazo. O Índice de Endividamento Pessoal é calculado pela divisão
- Segundo, é essencial identificar os objetivos primários e os do total de passivos pelo total de ativos.
objetivos secundários do investidor. A segunda etapa é elaborar um fluxo de caixa que mostre,
- Terceiro, cabe identificar o tamanho das perdas que podem normalmente em base mensal, as receitas e as despesas do
ser absorvidas pela carteira do investidor sem que haja indivíduo ou da família.
prejuízo para o atingimento dos objetivos de investimento de A terceira e última etapa é a elaboração de um orçamento
curto e longo prazos. doméstico.
Já a disposição para assumir riscos está relacionada a 6. Grau de conhecimento do mercado financeiro –
elementos mais subjetivos e pessoais de cada investidor. experiência em matérias de investimento
4. Diversificação: vantagens e limites de redução do
risco incorrido: a diversificação é a alocação de
capital em diferentes instrumentos, setores ou
mercados, com o objetivo de reduzir a exposição do
investidor ao risco particular de cada um dos ativos.

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