Ren 20231071
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CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 2º Os critérios de outorga para a parcela da central geradora híbrida que utilize fonte
hidráulica deverão observar as disposições da Resolução Normativa n° 875, de 10 de março de 2020, ou
regramento que vier a sucedê-la.
§ 3º As centrais geradoras híbridas ou associadas que sejam compostas por tecnologia de
geração hidráulica participantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE deverão ter medições
distintas por tecnologia de geração, observadas as seguintes restrições:
§ 4º Centrais geradoras híbridas que envolvam tecnologia de geração que seja objeto de
despacho centralizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS deverão ter medições distintas
por tecnologia de geração.
Terminologias e conceitos
III - Central Geradora Termelétrica – UTE: instalação de produção de energia elétrica a partir
da conversão de calor em energia elétrica.
IV - Central Geradora Híbrida – UGH: instalação de produção de energia elétrica a partir da
combinação de diferentes tecnologias de geração, com medições distintas por tecnologia de geração ou
não, objeto de outorga única ou de registro único;
VII - Região de Interferência entre aerogeradores: região que dista de 20 (vinte) vezes a altura
máxima da pá do aerogerador, considerando-se todas as direções do vento com permanência superior a
10% (dez por cento); e
VIII - Controle Societário Direto: definição prevista no inciso III do art. 3º do anexo III da
Resolução Normativa nº 948, de 16 de novembro de 2021, ou regramento que vier a sucedê-la.
CAPÍTULO II
DO REQUERIMENTO DE OUTORGA DE AUTORIZAÇÃO E DO INÍCIO DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA
USINA
§ 3º Caso não sejam apresentados todos os documentos previstos no Anexo I desta Resolução
ou outros solicitados pela ANEEL, o processo será arquivado até o integral cumprimento de todas as
exigências.
§ 4º O interessado deve manter a regularidade fiscal perante as Contribuições Previdenciárias
e as de Terceiros, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS e para com as Fazendas Municipal,
Estadual e Federal do seu domicílio ou sede durante a instrução processual e o período da outorga.
I - de licenças ambientais;
II - no caso de perda de vigência, o titular pode dar andamento ao pedido de outorga de acordo
com a sistemática prevista no Capítulo III ou solicitar emissão de novo DRO;
III - o agente deve manter a ANEEL informada sobre eventuais transferências de titularidade
ocorrida entre as partes sob a vigência do DRO.
§ 6º O DRO será revogado quando, a qualquer tempo, houver fundados indícios de que seu
titular, direta ou indiretamente, utiliza-o para desestimular, inibir ou impedir a iniciativa de outros
interessados, assegurados o contraditório e a ampla defesa.
§ 1º O início das obras antes da outorga de autorização dar-se-á por conta e risco do agente,
o qual deve atender as obrigações ambientais e as exigências dos demais órgãos públicos federais,
estaduais e municipais ou do Distrito Federal.
Art. 7º A usina somente poderá ser conectada ao sistema elétrico após a celebração dos
contratos de conexão e uso da rede elétrica, conforme regulamentação da ANEEL, quando couber, e a
emissão da outorga.
CAPÍTULO III
DA OUTORGA DE AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO DE CENTRAL GERADORA, TRANSFERÊNCIA DE
TITULARIDADE E ALTERAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Art. 8º A outorga de autorização para exploração de EOL, UFV, UTE, UGH e outras fontes
alternativas, com potência superior a 5.000 kW, deverá ser requerida à ANEEL pelo representante legal
da empresa, mediante a apresentação dos documentos listados nos Anexos I e II, em sistema
informatizado, ou conforme instruções disponíveis no sítio da ANEEL na internet.
§ 1º Caso tenha optado pela sistemática mencionada no Capítulo II, ao longo da vigência do
DRO, o interessado poderá apresentar apenas os documentos constantes no Anexo II.
§ 5º Para a associação de centrais geradoras de que trata o inciso VI do art. 3°, pelo menos
uma das centrais geradoras não deve ter Contrato de Uso do Sistema de Transmissão – CUST assinado
previamente à associação.
II - a capacidade instalada; e
Art. 12. Os atos autorizativos fixarão prazo limite de 54 (cinquenta e quatro) meses para
entrada em operação comercial de todas as unidades geradoras da usina, contado da data de publicação
do ato de outorga.
Art. 14. Para autorização de EOL, ou UGH que explora fonte eólica, será analisada região de
interferência causada pelos aerogeradores do requerente, mediante sistema georreferenciado disponível
na página da ANEEL na internet.
§ 4º A partir da apresentação dos documentos listados nos §§ 2° e 3°, caberá à ANEEL decidir
sobre a autorização do empreendimento, considerando, além dos aspectos técnicos, a situação, o
planejamento, a construção e a possibilidade de alteração de projeto de cada parque.
§ 5º Caso seja comprovada recusa imotivada do cumprimento da exigência do §2° por parte
do agente cujos aerogeradores estão situados na região de interferência analisada, dispensa-se as
exigências de que tratam os §§ 1° e 3º.
b) que não estejam com cronograma de obras ou com prazo de implantação em atraso; ou
§ 8º Os agentes detentores de registro, de DRO ou aqueles que iniciarem as obras dos parques
eólicos antes da autorização são exclusivamente responsáveis por eventuais interferências aerodinâmicas
causadas em outros parques eólicos autorizados ou participantes de leilão do Ambiente de Contratação
Regulado, devendo, para obtenção da outorga de autorização, proceder à sistemática definida neste
artigo.
§ 1º O novo prazo solicitado deve estar em conformidade com o documento de acesso emitido
pela Concessionária ou Permissionária de Distribuição a ser acessada ou pelo NOS.
§ 2º Os pedidos de postergação do prazo de implantação devem apresentar justificativas
fundamentadas para o atraso.
§ 4º Os agentes autorizados que não atendam aos requisitos definidos no inciso I e II do caput
podem, por sua conta e risco, proceder com alterações de características técnicas que julgarem necessárias
para viabilizar seus empreendimentos, devendo validar a autorização dessas alterações perante a ANEEL
somente após cumpridos esses requisitos e em até 90 (noventa) dias antes do pedido para entrada em
operação em teste.
Art. 16. Para fins de alteração de características técnicas, a autorizada deverá apresentar à
ANEEL, em sistema informatizado, ou conforme instruções disponíveis no sítio da ANEEL na internet, a
documentação de qualificação técnica e documentos adicionais, constante do Anexo II, atualizados.
Art. 18. Para fins de prorrogação do prazo de outorga de autorização, a ANEEL analisará os
seguintes aspectos:
IV – o histórico do interessado, inclusive daqueles que lhe exercem controle societário direto,
quanto a penalidades acaso imputadas e ao cumprimento das obrigações setoriais.
Parágrafo único. Os pedidos de prorrogação a que se refere o caput deverão ser requeridos
pelo autorizado com antecedência mínima 6 (seis) meses antes do final da vigência da autorização.
Art. 19. A requerente pode, a qualquer tempo ao longo da vigência da autorização, apresentar
à ANEEL pedido de revogação da outorga.
Parágrafo único. No pedido a que se refere o caput a requerente deve apresentar informações
sobre eventuais contratos firmados no Ambiente de Contratação Regulado e de conexão e uso da rede.
CAPÍTULO IV
DA COMUNICAÇÃO DE IMPLANTAÇÃO DAS CENTRAIS GERADORAS COM CAPACIDADE INSTALADA
REDUZIDA
Registro de centrais geradoras de capacidade instalada reduzida
Art. 20. A implantação de EOL, UFV, UTE, UGH e outras fontes alternativas com capacidade
instalada reduzida deverá ser comunicada à ANEEL.
Art. 21. É assegurada às centrais geradoras com capacidade instalada reduzida e registradas
na ANEEL a comercialização de energia e o livre acesso às instalações de distribuição e de transmissão de
energia elétrica, nos termos da legislação vigente.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Disposições Transitórias
Art. 22. A partir da data de publicação desta Resolução Normativa, os pedidos protocolados
na ANEEL sob a vigência das regras anteriores e com instrução não concluída terão os seguintes prazos
para atualizarem seus pedidos aos novos requisitos ou para apresentarem a desistência deles:
§ 1º. A atualização dos pedidos a que se refere o caput deve necessariamente utilizar os
sistemas de informação desenvolvidos pela Agência, ou serem apresentados conforme orientações
disponibilizadas no sítio na ANEEL na internet.
Art. 23. Os Despachos de Registro do Requerimento de Outorga cujo ato não contemple
previsão para o fim de sua vigência passarão a ser válidos por 4 (quatro) anos, a contar da data de vigência
desta Resolução Normativa.
Art. 24. EOL autorizadas antes da vigência desta Resolução Normativa cuja energia não foi
comercializada no Ambiente de Contratação Regulado poderão solicitar devolução da Garantia de Fiel
Cumprimento.
Art. 25. O prazo a que se refere o art. 12 passa a vigorar nas outorgas de autorização vigentes,
objeto desta Resolução Normativa, em fase de implantação, cujo prazo para iniciar a operação comercial
de todas as unidades geradoras previsto no ato autorizativo seja inferior a 54 (cinquenta e quatro) meses.
Art. 26. O requerimento de associação de centrais geradoras deverá ser realizado diretamente
ao NOS, sendo ela efetivada quando da assinatura do CUST, nos termos estabelecidos nas Regras dos
Serviços de Transmissão de Energia Elétrica, a partir de 6 meses, contado da data de publicação da
Resolução Normativa 1.068, de 25 de julho de 2023.
Art. 28. Altera o inciso V e inclui o inciso VIII no art. 6º; e inclui o Parágrafo único no art. 11 da
Resolução Normativa nº 921, de 23 de fevereiro de 2021, que passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 6º.........................................................................................................................
V – modificar ou ampliar a central geradora e as instalações de interesse restrito, nos termos
estabelecidos na Resolução Normativa nº 1.071, de 29 de agosto de 2023, ou regramento que vier a
sucedê-la.
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
Art. 11.................................................................................................................
Parágrafo único. A razão social do titular da autorização definida no ato autorizativo será
aquela constante nos registros da Receita Federal do Brasil, que será atualizada automaticamente pela
ANEEL.” (NR)
Disposições finais
Art. 30. A ANEEL poderá solicitar outros dados, documentos e informações correlatos, ou a
complementação daqueles já apresentados, para melhor instrução e análise dos requerimentos de que
tratam esta Resolução.
Parágrafo único. A instrução ficará sobrestada ou será arquivada até o total saneamento das
complementações solicitadas, sem que haja responsabilidade da ANEEL pelo tempo dispendido.
Parágrafo único. A outorga de autorização não exime o autorizado dos riscos e restrições
técnicas relacionados a sua conexão e uso do sistema de transmissão, nos termos já indicados no
documento de acesso.
Art. 32. O desatendimento às condições e obrigações estabelecidas nesta Resolução sujeitará
o agente de geração às penalidades previstas na Resolução Normativa nº 846, de 11 de junho de 2019, e
legislação específica, ou regramento que vier a sucedê-la.
Art. 33. Esta Resolução deverá ser objeto de Avaliação de Resultado Regulatório em 10 (dez)
anos após o início de sua vigência.
Este texto não substitui o publicado no D.O. de 08.09.2023, seção 1, p. 47, v. 161, n. 172.
ANEXO I
A solicitação de DRO deve ser apresentada por agente cadastrado nos sistemas da ANEEL conforme
regulação vivente e deve estar acompanhada dos seguintes documentos, conforme instruções
disponíveis no sítio da ANEEL na internet.
A solicitação de autorização deve ser apresentada por agente cadastrado nos sistemas da ANEEL
conforme regulação vivente e deve estar acompanhada dos seguintes documentos, conforme
instruções disponíveis no sítio da ANEEL na internet.
Qualificação Jurídica
1. Comprovação de regularidade fiscal para com o FGTS e para com as Fazendas Municipal, Estadual e
Federal do domicílio ou sede do interessado.
2. Organograma do grupo societário, contendo a abertura do quadro de acionistas, até a participação
acionária final, inclusive de quotista/acionista pessoa física, constando o nome ou razão social, CNPJ –
quando for o caso – obedecendo às seguintes regras:
2.1 O organograma deverá apresentar as participações diretas e indiretas, até seu último nível;
2.2 A abertura deve considerar todo tipo de participação, inclusive minoritária, superior a 5% (cinco
por cento); e
2.3 As participações inferiores a 5% (cinco por cento) também devem ser informadas, quando o
acionista fizer parte do Grupo de Controle por meio de Acordo de Acionistas;
2.4 Deverão ser sinalizados aqueles que exercem controle societário direto sobre a requerente,
conforme previsto no inciso III do art. 3º do anexo III da Resolução Normativa nº 948, de 2021; e
2.5 Está dispensada a apresentação do organograma caso a requerente tenha cadastro atualizado
nos sistemas da ANEEL, em atendimento ao art. 4º do Anexo II - Módulo II da Resolução Normativa
nº 948, de 2021.
3. Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado no órgão competente,
acompanhado do ato que instituiu a atual administração, observando, no que couber, o disposto na Lei
n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, ou regramento que vier a sucedê-la.
3.1 Deve constar no objeto social da empresa a atividade de geração de energia.
4. Comprovação de representação legal da pessoa que assina os requerimentos.
5. Contrato de Constituição de Consórcio, se for o caso, firmado por instrumento público ou particular, na
forma estabelecida no art. 279 da Lei n° 6.404, de 1976, e no art. 33 da Lei n° 8.666, de 21 de junho de
1993, subscrito pelos representantes legais das empresas consorciadas, o qual deverá contemplar as
seguintes cláusulas específicas:
5.1. Indicação da participação percentual de cada empresa; e
5.2. Designação da líder do consórcio, com quem a ANEEL se relacionará e será perante ela
responsável pelo cumprimento das obrigações descritas no ato autorizativo, sem prejuízo da
responsabilidade solidária das demais empresas consorciadas.
6. No caso de outorga de autorização sob o regime de autoprodução para pessoa física deverá ser
apresentado o Cadastro de Pessoas Físicas – CPF do interessado.
Qualificação Técnica de UFV, ou UGH que explora fonte solar fotovoltaica
Qualificação Técnica de UTE, ou UGH que explora fonte de energia a partir de combustão
12. Arranjo Geral do empreendimento contendo a localização das unidades geradoras, delimitação da poligonal do
parque e rede de interesse restrito do gerador, partindo da subestação coletora até o ponto de conexão, no formato
estabelecido no sítio da ANEEL, na internet.
13. Sumário de Certificação de medições anemométricas e de estimativa da produção anual de energia elétrica
associada ao empreendimento, emitida por certificador independente, com base em série de dados, de pelo menos
3 (três) anos, referentes às leituras de velocidade e direção do vento no local do empreendimento, incluindo
localização das torres de medição.
14. Declaração de Ciência de Interferência, conforme sistemática definida no art. 14.
DECLARAÇÃO DE ATENDIMENTO
1. a REQUERENTE possui propriedade, posse direta ou usufruto das áreas necessárias à implantação
da USINA, localizada no município (nome do município), no estado (nome UF);
2. as informações técnicas prestadas à ANEEL no presente pedido foram assinadas por responsável
técnico em situação regular perante o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea); e
3. a REQUERENTE está ciente:
a) dos critérios de individualização de empreendimentos adjacentes e que a USINA atende ao
disposto no art. 13 da Resolução Normativa 1.071, de 2023; e
b) da proibição de implantação de centrais geradoras na Área de Desenvolvimento da
Subestação – ADS, no caso de conexão em instalações de transmissão integrantes da Rede
Básica e Demais Instalações de Transmissão – DIT, nos termos da Resolução Normativa
1.055, de 2022;
c) do disposto no art. 15 da Resolução Normativa 1.071, de 2023, que permite, por sua conta
e risco, proceder com alterações de características técnicas que julgue necessárias para
viabilizar seu empreendimento, devendo validar à autorização dessas alterações à ANEEL
somente após cumpridos os requisitos e em até 90 (noventa) dias antes do pedido para
entrada em operação em teste, e que alterações realizadas nesses termos não são cabíveis
em pedidos de excludente de responsabilidade por eventuais adversidades decorrentes
dessas alterações, nem tampouco responsabilização da ANEEL ou do Poder Público; e
d) de que as informações prestadas e os documentos apresentados estão sujeitos à
fiscalização da ANEEL, inclusive posteriormente à emissão da autorização.