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3DeT
Autor Marcelo Cassaro, Marlon Teske "Armageddon", Gustavo Brauner, Tiago "Oriebir"
Ribeiro, Bruno Schlatter, Alexandre Lancaster
Editora(s) Editora Trama/Talismã, Editora JBC (4D&T), Jambô Editora (3D&T Alpha)
1996 (AD&T)
1998 (3D&T)
2001 (Defensores de Tóquio - O Jogo de RPG, Manual 3D&T R.A., 3D&T Fastplay)
2006 (4D&T)
Sistema próprio
Outros nomes Defensores de Tòquio, 3D&T, D&T, AD&T, 3D&T Alpha, 3DeT Victory
Nele, o jogador tem um número de pontos (determinado pelo Mestre) e com eles define as
características de seu personagem, além de comprar vantagens e pericias. A facilidade para
criação de personagem e o preço acessível fez desse um jogo popular no Brasil. Muitos
jogadores começaram a jogar RPG com o 3D&T, que depois de um tempo ganhou o cenário
oficial chamado Tormenta que é baseado em vários cenários de RPGs de fantasia medieval. O
Manual Defensores de Tóquio Terceira Edição Turbinado Ampliado e Revisado veio simplificar
ainda mais o jogo, mudando as regras de combate e o sistema de magias.
Entre 2000 e 2001, a editora Trama também chegou a lançar uma revista em quadrinhos em
formatinho chamada Defensores de Tóquio, a revista era composta por histórias no estilo
mangá e teve apenas 3 edições.[4][5]
História
Antecedentes e contexto
Seu criador, Marcelo Cassaro, foi roteirista das revista O Pequeno Ninja (onde estreou o
personagem Capitão Ninja)[6] e Heróis da TV da Editora Abril, onde foram publicadas histórias
de Jaspion, Cybercop, Black Kamen Rider entre outros,[7][8] na revista Os Trapalhões,
experimentou o conceito de aventura solo na paródia "Didiana Jones",[9][10][11]
posteriormente, roteirizou os quadrinhos de Street Fighter pela Editora Escala,[12] também
editou as revistas Progames e Gamers na mesma editora (onde utilizou novamente o Capitão
Ninja, em paródias aos personagens de jogo de luta),[13] nas páginas da Gamers, chegou a
escrever matérias sobre RPG e apresentou um projeto de revista a editora, com a recusa, se
mudou para Trama, criada por Ruy Pereira,[14] um ex-sócio da Escala.[14]
D&T
Considerando as "influências orientais" do autor, o sistema foi criado para jogar em cenários
inspirados em produções japonesas (animes, videogames e tokusatsus), recebendo o nome
apropriado de Defensores de Tóquio, abreviadamente D&T (uma alusão a D&D, sigla de
Dungeons & Dragons).
Assim, Defensores de Tóquio surge em outubro de 1995[nota 1] pela Editora Trama (editora
que publicava a revista Dragão Brasil), sendo publicado como o primeiro número da revista
Dragão Brasil Especial, com apenas 30 páginas. Apenas 4 meses depois, em janeiro de 1996, o
D&T já havia vendido mais de 10.000[16] exemplares.
3D&T nasceu em 1994. Começou com poucas páginas, muito simples, como tantos outros
nos Estados Unidos — onde RPGs em forma de fanzine existem aos milhares. Cinco atributos
básicos, um punhado de vantagens e desvantagens. E um tema da moda: em plena febre dos
Cavaleiros do Zodíaco, o jogo era uma sátira aos heróis japoneses e seus golpes mirabolantes,
ataques acompanhados de gritos, e estranhos códigos de honra. Daí o nome, Defensores de
Tóquio.
— Marcelo Cassaro
Press release[17]
AD&T
Uma segunda versão foi lançada e chamada de Advanced Defensores de Tóquio ou AD&T
(outra alusão a Dungeons and Dragons, o sistema Advanced Dungeons and Dragons, o AD&D),
sendo publicada na revista Dragão Brasil Especial n° 03 em junho de 1996[nota 2], com menos
de 50 páginas. Não havia perícias, e o custo das características e vantagens era exatamente 10
vezes maior. Os personagens eram construídos com 150 pontos e as vantagens eram poucas e
bem específicas ao universo anime e mangá. Faltava o elemento "genérico" das edições
posteriores.
3D&T
O Manual 3D&T de capa vermelha, foi lançado em Março de 2000 como brinde na compra da
revista Dragão Brasil n° 60. A novidade é que o sistema deixou de ser exclusivo para produções
japonesas e passou a ser genérico (tal como GURPS).[15] Esse manual representou a
consolidação das regras do sistema, antes esparsas nos fascículos de adaptação de cenários
específicos e em artigos na Dragão Brasil. De acordo com o Cassaro, a transformação em um
sistema genérico foi para evitar problemas com direitos autorais.[7]
Em Janeiro de 2001, foi publicado o livro "Defensores de Tóquio - O Jogo de RPG", livro que
segue a premissa original do sistema em satirizar produções japonesas,[15][21] mas agora
atualizado com as regras da 3ª edição. No mesmo ano veio o "Manual 3D&T Revisado e
Ampliado", também conhecido como Primeiro Manual Azul ou RA (Rev. e Ampl.). Também em
2001 foi lançado o primeiro 3D&T Fastplay, uma versão resumida do sistema, semelhante ao
Mini-GURPS (GURPS-Lite)[22] distribuída gratuitamente na internet no site oficial da revista
Dragão Brasil[23] no formato html, e em vários sites de RPG no formato .doc. A Devir lança a
terceira edição Dungeons and Dragons, que implementou no país a Open Game License (OGL),
que permite que outras editoras usem um sistema inspirado em D&D, os chamados Sistema
d20 e OGL sem infringir direitos autorais.[24] Em 2002, o Manual Fastplay foi dado como
brinde na revista Dragão Brasil n° 79.[25][26]
Foram publicados suplementos para 3D&T baseados nas revistas em quadrinhos U.F.O.
Team[26][29] e Holy Avenger[30] (ambas criadas pelo próprio Marcelo Cassaro). Também
foram lançados os livros A Libertação de Valkaria e Tormenta 3D&T[31] Em 2004, é lançado
Ação!!!, um sistema OGL baseado em D20 Modern.[32]
Em 2006, Cassaro deixaria de dar suporte a 3D&T por questões autorais. Segundo ele, a
Talismã vendia manuais do sistema sem pagar os direitos autorais aos autores envolvidos, com
isso o Trio passou a se dedicar mais ao cenário Tormenta.[7][19]
Em março de 2007, Cassaro liberou o jogo em uma licença aberta, dando origem ao Super
3D&T :
Olá a todos.
Como muita gente sabe, eu não tenho Orkut e não participo de listas e fóruns. É uma
escolha pessoal, tenho direito à privacidade. Assim, esta mensagem será (foi?) postada pelo
camarada Doutor Careca.
Estou ouvindo dizer, que existe certa aclamação pública (?!) para que 3D&T seja considerado
Licença Aberta. Também ouvi dizer que certo ex-editor alega, que eu teria proibido a presença
do jogo na Dragão Brasil.
Mentira.
É verdade que nós, autores de Tormenta, não aceitamos sua presença na DB após nossa
saída da editora. A razão: Tormenta agora pertence à Editora Jambô. Que, diferente da antiga
editora, sempre honrou seus compromissos contratuais e tem sido a casa perfeita para
Tormenta D20.
Mas nenhuma outra editora publica 3D&T. Então, não havia (e ainda não há) qualquer razão
para proibir sua presença na atual DB.
É verdade (eu já disse isso antes, e repito) que a Editora Talismã continua comercializando
produtos 3D&T, sem minha autorização e sem acertos de direitos autorais de 3D&T. Mas essa
é uma questão judicial a ser resolvia entre eu, e a empresa.
Eu nunca proibi ninguém de publicar ou trabalhar com 3D&T. Não inventei esse jogo para
ficar rico. Inventei para que mais pessoas joguem RPG. Proibir que seja usado, seria burrice.
Se 3D&T foi removido das páginas da DB, não foi a pedido meu. Foi por pura decisão pessoal
de seu ex-editor – que, aliás, nunca mostrou nenhuma prova da tal “proibição”. Ninguém
nunca será capaz de apontar em nenhuma entrevista, fórum ou mensagem de email, qualquer
declaração minha nesse sentido.
Sobre a liberação como Open Game, às vezes vejo mensagens de fãs pedindo que 3D&T seja
Licença Aberta. Eu nunca entendi direito a razão: sempre existiram netbooks, sempre existiram
adaptações não-oficiais na Internet. Eu nunca me queixei disso.
Tornar 3D&T uma Licença Aberta mudaria apenas uma coisa: outros autores e empresas
poderiam publicar e vender livros de 3D&T sem pagamentos de direitos autorais a seu autor.
Ora, isso JÁ ESTÁ acontecendo, a própria Talismã vende Manuais 3D&T sem prestar contas ao
autor. Não tenho nada a ganhar proibindo 3D&T, nem nada a perder liberando-o.
Sendo assim...
Eu, Marcelo Cassaro, autor do jogo 3D&T • Defensores de Tóquio 3a Edição, autorizo a
liberação de suas regras (mas não personagens e ambientações) como conteúdo Open Game.
Abraço a todos.
Cassaro
— Marcelo Cassaro
Super 3D&T
4D&T
Em julho de 2006 foi lançado o jogo 4D&T, a 4° Edição do jogo Defensores de Tóquio pela
Editora JBC (editora nipo-brasileira de mangás),[37] neste jogo se usa 4 dados de 6 lados. O
livro foi publicado sob a Open Game License.[37] Essa edição é em si uma alteração do Sistema
d20, porém com dados de seis faces. Por isso ele recebe impropriamente o nome de Quarta
Edição de D&T, na prática ele não é. Apesar da Dragon Slayer ter dado suporte ao jogo, ele não
teve suplementos publicados, foi prometido um suplemento intitulado Manual da Magia,[38]
porém, nunca chegou a ser publicado, em 2010, o próprio Cassaro liberou o manual em
formato pdf.[39]
3D&T Alpha
Em setembro de 2008, o 3D&T voltou a ser editado agora pela Jambô Editora,[40] o nome do
novo Manual é 3D&T Alpha inspirado no jogo Street Fighter Alpha 3, o Manual foi lançado nos
formatos impresso e pdf (que pode ser adquirido gratuitamente no site oficial da Jambô
Editora).[17][19]
O novo manual não apresenta tantas diferenças ao sistema antigo, tendo um formato de
leitura diferencial da maioria dos livros (paginas "deitadas" ao invés da formato vertical
habitual) e sofrendo mudanças em algumas áreas como o sistema de magia, agora mais
simplificado e direto do que o antigo. O uso e conquista de itens e equipamentos também
mudou, agora sendo baseado em PEs (Pontos de Experiência) que também podem ser usados
para diversas outras coisas. Em suma, mudança na mecânica e custo de muitas das vantagens,
novas vantagens únicas, novas escalas de poder e um sistema de magia totalmente
reformulado.
Você é autorizado a usar as regras de 3D&T em seus próprios jogos, livros ou títulos, mas
não os elementos do mundo de TORMENTA. Para estes, você precisa da autorização legal de
seus autores.
— Marcelo Cassaro
Em 2010, foi lançado o Manual do Aventureiro Alpha (com os KITs atualizados e com novas
regras), Em novembro do mesmo ano, a partir do número 31, a revista Dragon Slayer passa a
trazer matérias sobre o novo cenário para 3D&T, Mega City,[41][42] uma vez que a revista
deixou de ser exclusivamente dedicada a D20 e OGL por conta do lançamento de D&D Quarta
Edição pela Devir em 2009, que trouxe ao país a licença GSL (Game System License), que
revogava a licença OGL[43][44].
Em Maio de 2011, a Jambô Editora publicou uma Edição Revisada do Manual 3D&T Alpha.
Sendo lançado com nova capa, mas com mesmo número de páginas. A numeração das páginas
também mudou, além disso as páginas são numeradas de forma simpática como 1d + número
da página. Assim, a declaração de Licença Abera do autor, antes na página 12, agora está na
pág. "1d+11". Além disso a Edição Revisada se limitou a corrigir a ortografia e erros menores
em algumas poucas vantagens, perícias e magias. Poucas coisas foram realmente modificadas.
[45][46]
Em 2012, seriam publicados dois cenários oficiais para 3D&T Alpha: Mega City de Gustavo
Brauner – e, pouco tempo depois, Brigada Ligeira Estelar de Alexandre Lancaster.[47]
Enquanto Mega City é um cenário amplo, reunindo temas diferentes como androides,
sobrenatural, super-heróis e outros, Brigada Ligeira Estelar é dedicado especificamente aos
gêneros space opera e mecha com influência swashbuckler. Em 2013, com o cancelamento da
revista Dragon Slayer, o site da Jambô passou a trazer material dedicado ao sistema.[48]
Em 2016, uma versão adaptada do cenário de Tormenta é lançada para o sistema com o nome
de Tormenta Alpha.[49]
Haveria um novo Manual 3D&T. Novo, mas ainda trazendo o número 3. [...] Qualquer fã
sabe que eu procuro inspiração em Street Fighter para dar nomes ao livro básico. SF II foi o
primeiro grande sucesso do game. SF III não agradou tanto (muita gente adora a jogabilidade,
mas o elenco tinha o carisma de uma beterraba). Então veio SF Zero — ou Alpha. Uma volta às
origens, mas com novos lutadores. [...] A primeira versão de 3D&T foi, justamente, uma
adaptação oficial licenciada de Street Fighter Zero 3. [...] (Mais tarde o Trevisan me avisou que
“alfa” é também um termo de informática para qualquer software ainda em estágio de testes.
Como o jogo Pathfinder RPG, que nos Estados Unidos deve substituir Dungeons & Dragons 3ª
Edição, e por enquanto existe apenas em uma versão de testes gratuita.
— Marcelo Cassaro
Em suma, o 3D&T Alpha, comparado ao Street Fighter — afinal 3D&T é um jogo que simula
jogos de videogame japonês — é também uma volta às origens, além do fato de que a
primeira adaptação de 3D&T foi de Street Fighter Zero! Ele não poderia ter bebido em outra
fonte para dar nome à nova edição que, na verdade, seria a 5D&T (veja a seguir).
Além disso, o autor já declarou gostar da "mística" do número 3 que permeia o universo
(santíssima trindade, três estados da matéria etc).[26] Na mesma oportunidade ele também
reconheceu a força da marca 3D&T: esse nome pegou, mudar agora causaria muita confusão.
Podemos esperar novas edições usando essa mesma marca.
3DeT Victory
Em fevereiro de 2021, uma nova versão do sistema foi anunciada,[50] chamada 3DeT Victory,
essa versão volta a trazer um sistema mais simples. Além disso, conta pela primeira vez com
um cenário próprio, intitulado Era das Arcas. Atualmente há uma versão beta chamada 3DeT
de Rodoviária, semelhante às antigas versões Fastplay.[51] Para viabilizar a publicação, em 4
de agosto de 2023, foi lançada uma campanha de financiamento coletivo na plataforma
Catarse.[52]
3.0 3D&T (avulsos) 1998 Não havia manual, apenas as adaptações em revistas avulsas
(Street Fighter, Mortal Kombat, Final Fight, Darkstalkers, Megaman e Shadaloo). Esta edição
mudou o custo de todas as características e vantagens, e acrescentou pela primeira vez as
perícias.
3.0 3D&T Manual (Vermelho) 2000 Consolidou as regras do 3D&T num manual.
3.5 3D&T Manual Revisado e Ampliado (Azul) 2001 A diferença para o Vermelho é
o acréscimo de vantagens.
4.0 3D&T Manual Revisado, Ampliado e Turbinado (Azul) 2003 A turbo acrescentou o
sistema de Pontos de Magia (PMs), novas vantagens e desvantagens e o sistema de Força de
Ataque (FA) e de Defesa (FD).
5.0 3D&T Alpha 2008 Mudança na mecânica e custo de muitas das vantagens, novas
vantagens únicas, novas escalas de poder e um sistema de magia totalmente reformulado.
5.5 3D&T Alpha Revisado 2011 Também chamado de "3D&T Alpha II". Mudanças
pontuais em algumas poucas vantagens e magias.
5.75 3D&T Alpha Revisado, 2ª impressão 2015 Também chamado de "3D&T Alpha III".
Mudanças pontuais em algumas vantagens e magias. Algumas regras sutilmente alteradas:
Escalas de Poder, Choque de Energia e Sacrifício Heroico.
6 3DeT Victory
Retroclone
Assim como vários sistemas antigos, Defensores de Tóquio ganhou um retroclone, um jogo
que emula as regras antigas do sistema chamado Defenders of Old Tokyo de Ricardo
Cavassane,[53][54] o jogo foi elogiado pelo próprio Marcelo Cassaro.[55]