ED1 Agasscom News PORTUGUES
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Expediente: A AGASSCOM NEWS é uma publicação online periódica da AGASSCOM – WAC, CENTRO CONFEDERATIVO ORNITOLÓGICO
MUNDIAL DE AGAPORNIS situada a Rua Marechal Deodoro da Fonseca, número 493, Jundiai- SP – Cep.: 13201-002, denominada
internacionalmente pela sigla AGASSCOM - WAC é uma empresa privada de propriedade e coordenação do Dr. Alessandro D’Angieri, autor
e editor desta publicação. Projeto gráfico e tradução/Inglês: Robert Rajabally e A. D’Angieri. ISBN: 978-85-94338-00-6. Todos os direitos
reservados.
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O criador de Agapornis no Brasil até agora vivia desamparado na insegurança do amanhã, de
como manter suas aves dentro da legalidade e como
manter seu hobby sem medo.
Agora vocês podem contar com a Confederação
Mundial de Agapornis a WAC - AGASSCOM. Somos
parceiros cadastrados e legalizados pelo IBAMA e
Secretarias Estaduais do Meio Ambiente e seguimos as
normas vigentes no assessoramento aos criadores e
entidades filiadas.
No Brasil somos os únicos a atender as legislações
vigentes do IBAMA junto aos clubes e criadores filiados
na aquisição de anilhas padrão exótico conforme
respectivas instruções normativas do IBAMA constando
o CTF de cada criador.
Roseicollis opalino violeta cobalto Com a WAC você terá no Brasil uma revista
indexada com artigos exclusivos de Agapornis e assuntos relacionados ao seu desenvolvimento,
além de proporcionarmos campeonatos e exposições que estarão incluídas no circuito e padrão
mundial de shows e exposições.
Surge aqui e agora a uma entidade dedicada ao desenvolvimento do “Agapornismo” no
Brasil com ética e ciência e tendo interesses financeiros únicos de sustentabilidade. Nossa missão
é ajudar vocês criadores, clubes, federações e confederações irmãs.
A AGASSCOM - WAC surgiu de uma necessidade dos criadores em ter informações corretas
e manterem-se atualizados técnica e legalmente perante as autoridades dando suporte aos
criadores do Brasil.
Criadores e entidades filiadas poderão contar com as mais atualizadas informações e
publicações do mundo em Agapornis, divulgadas simultaneamente no Brasil e no exterior, além de
oportunidades de palestras online e eventos, exposições, liberdade de submeterem seus artigos a
AGASSCOM NEWS primeira revista especializada em Agapornis e indexada, tendo como revisor e
editor um dos maiores juízes internacionais do mundo. Tudo isto e ainda a possibilidade de
participar como aluno da primeira escola de juízes internacionais jamais criada em nosso país, a
Eagle Eyes School for Ornithology Judges (mais informações sobre a escola e um formulário para
matrícula podem ser encontradas no site oficial da AGASSCOM: www.agasscom.org).
Assim sendo, sejam mais uma vez bem-vindos ao circuito Mundial criadores e entidades
brasileiras! Conheçam mais detalhes e os benefícios acessando o site oficial e filiem-se à
AGASSCOM, apoiando esta iniciativa pioneira e empolgante!
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LUTINISMO PARCIAL: VERDES PARCIAIS E AZUIS PARCIAIS NOS AGAPORNIS
Autor: Dr. Alessandro D’Angieri
Abstract: Nos psitaciformes a cor das penas é dada por dois pigmentos básicos a
psitacofulvina e a melanina, assim o fenômeno “albinismo” não existe em sua forma clássica e não
pode ser referido como tal nos agapornis, ou seja, ausência de melanina produzindo uma ave
“alba” ou branca. A ausência de melanina nos psitaciformes é chamada de “lutinismo” e produz
uma ave amarela devido a presença de psitacofulvina. O fenótipo albino nos agapornis é uma
combinação de duas mutações: o lutinismo e o fenômeno estrutural da cor azul das penas bem
como de todas suas mutações parciais e alelas. Aqui discorremos sobre as mutações existentes
destes dois fenômenos na espécie Agapornis roseicollis.
existem outros pigmentos presentes nas aves, assim prevalece a cor do pigmento restante, no
caso a psitacofulvina. O termo “albinismo” só deve ser utilizado para mamíferos e espécies onde
só a melanina está presente onde na sua ausência
geram-se indivíduos albinos (brancos).
A concentração de psitacofulvina (psitacina)
quando alterada vai de uma cor mais azulada, os aquas,
até atingir o azul total (ausência completa de
psitacofulvina).
Roseicollis pálido
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Quinze anos atrás, vimos aparecer o “Fischer
Cara Amarela” nos Estados Unidos, no estado da
Flórida, pelo criador Felix Dell Valle, e o termo “azul
parcial” foi sugerido por Roland Duboc e até hoje
usado nos Estados Unidos, posteriormente foi
denominado “turquesa”.
Este é o conceito de “mutação parcial”
significando a modificação da concentração do
pigmento que não mais está 100% mas sim variando de Diluído (silver japonês)
1% a 99%.
Este fenômeno foi publicado pela primeira vez por D’Angieri na African Lovebird Society
Magazine no artigo “Roseicollis Ino factor’s Allele” (Agapornis World / Dec. 1987-Ca-USA)
descrevendo o lutinismo parcial dos pálidos (canelas australianos) que nada mais são que “lutinos
parciais”.
Recentemente duas novas mutações de lutinismo parcial foram oficialmente descritas: uma
na Grécia que chamaram “pale”, aqui o nome pastel seria mais correto. E outra na Itália que
chamaram *faded*.
Nós geralmente usamos a “cor de fundo” como referência, então temos azuis parciais,
concentração de melanina
120,00% 100,00%
100,00% 85,00%
75,00%70,00%
80,00% 65,00%
60,00% 45,00%
35,00%
40,00%
10,00%
20,00% 0,00%
0,00%
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Porque 70%? Somente porque se maior a ausência já se tornará amarelo, olhos mais
vermelhos e, portanto “lutinos parciais”.
Quanto maior a concentração de melanina, mais verde
então “verde parcial”.
O fator esfumaçado nos agapornis é pobre de efeito quanto
à beleza, nos roseicollis surgiu no criadouro do Sr Bodo Ochs em
1980 e ainda permanece com dificuldade em um ou outro
criadouro e uma vez que não é muito atrativo é facilmente
confundido com “verdes ruins”.
São fatores no geral de dominância intermediaria o que
significa que aves de 1 e 2 fatores são diferentes. Aves duplo
Roseicollis aqua e verde esfumaçado fator são mais bonitas principalmente nos grupos de olhos
anelados.
Roseicollis esfumaçados não são muito visíveis e temos nos tarantas, nos nigrigenis e
fischers onde se mostram mais visíveis, com um fenótipo, mas bonito e caudas claras.
Neste grupo de olhos anelados mostram-se mais visíveis em um padrão meio texturizado
que é o efeito visto pela redução da melanina.
Atenção: fiquem alerta quando virem um “verde ou azul ruim”, pois podem ser
‘esfumaçados’.
Em visita no Oriente médio tive a oportunidade de conhecer um grande e variado número
de combinações de roseicollis azuis. Atenção que eu escrevo azul e não *azul* pois não há sentido
concentração de psitacofulvina(psitacina)
120,00%
100,00%
100,00%
75,00% 70,00%
80,00%
60,00% 55,00%
60,00%
40,00%
40,00%
15,00%
20,00% 1,00% 0,00%
0,00%
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em manter uma discussão se os azuis são ou não verdadeiros
somente porque alguns trazem traços de psitcofulvina
(psitacina).
Temos de ter em mente que são tantos fatores envolvidos
que a ocorrência de psitacina não se deve ao fato de ser um azul
não verdadeiro, mas muito provavelmente devido a outros
fatores envolvidos como concentração hormonal. S evidência s
são muitas que concluem que os azuis são uma mutação
verdadeira e foram isolados entre turquesas e não depurados
deles. Roseicollis palha
Nós fizemos questão de mencionar aqui casos de melanismo parcial para chamar a atenção
que a estrutura das penas e as concentrações de são diferentes nas diferentes espécies de
Agapornis e, portanto não podemos esperar que o “azul” dos roseicollis seja o mesmo “azul” de
um personatus ou fischeri.
Da esquerda para a direita: Quartz opalino violeta SF cobalto – SF violet D opaline, *faded* verde ao centro e Roseicollis face clara verde
Atualmente já atingimos a perfeição nos azuis nos roseicollis e as aves vistas o Oriente
Médio são a prova disto. São tantas combinações, tatos graus de melanina devidos ao número de
fatores envolvidos e mesmo assim não vi traços de amarelo neles nem nos mais velhos. Isto é clara
evidência que o amarelo não é dado pelo *azul* mas por outro fator presente que adiciona
psitacofulvina, aqui sendo hormônios esteroides e sexuais possíveis causas.
Assim concluímos que todas as mudanças nas concentrações dos pigmentos vêm sendo
comprovadamente geneticamente herdadas e as mutações conhecidas seguem um grau de
ausência ou diluição seja de melanina ou de psitacofulvina e, portanto são casos de lutinismo
(albinismo esquizocróico) parcial ou fenômeno estrutural parcial da cor azul.
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MUTAÇÕES LIGADAS AO SEXO em Agapornis roseicollis
Autor: Dr. Pedro Generino da Silva Junior - Médico Veterinário
Abstract: Nas aves o cromossoma sexual que define o sexo do indivíduo, ao contrário dos
mamíferos, se encontra nas fêmeas, tal modelo foi pela primeira vez encontrado em um gênero de
insetos chamado Abraxas, e denominados “Z” e “W” respectivamente correspondente ao X e Y dos
mamíferos, assim todas as vezes que nos referirmos a ZW se trata de uma fêmea e a ZZ um
macho.
(ZW) e os machos são homogaméticos (ZZ). Sendo assim quem Roseicollis lutino cara laranja
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Porque nos machos é necessário que a mutação esteja presente nos dois cromossomos “Z”
para ser visível?
A resposta é simples, “os genes ligados ao sexo nos roseicollis são recessivos em relação a
cor selvagem ou “original”.
Assim se uma mutação ligada ao sexo só estiver
presente em um dos cromossomos a cor original é
dominante sobre estas e o fenótipo ligado ao sexo não
aparece, ou seja, para se manifestar e aparecer visivelmente
o fenótipo, ligado ao sexo tem que estar em fator duplo
(homozigose) nos machos.
Isto é acontece nos cruzamentos onde temos filhotes
autossexados, ou seja, já sabemos ao nascerem os filhotes
qual seu sexo sem dificuldades e sem margem para erros.
Vamos agora dar alguns exemplos de cruzamentos nas
mutações ligadas ao sexo. Vamos usar para exemplificar o
Roseicollis aqua ino turquesa sistema Abraxas como manda a regra quando o
cromossomo heterogamético está localizado nas fêmeas.
Cruzamento 01
Macho opalino (“Z°Z°’’) x Fêmea Opalina (“Z°W”)
Explicação: ambos os pais portam a mutação todos os
filhotes serão opalinos.
Cruzamento 02
Macho opalino (“Z°Z°”) x fêmea não opalina (“ZW”)
Explicação: Observe que diferente do caso acima o
cromossomo ”Z” da fêmea não possuí a informação de
mutação ligada ao sexo e como já sabemos que é a fêmea que
determina o sexo do filhote não teremos nenhum macho
opalino (“ZW”) e consequentemente todas as fêmeas (“Z°W’’)
serão opalinas.
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