Lista 2 - Cálculo III

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2.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof.

Marcelo Melo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO
2.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III
(Limites e Continuidade)

Aluno(a):
Prof.: Marcelo Melo

1.a Parte: Curvas

1. Mostre que a curva com equações paramétricas x = t2 , y = 1 − 3t, z = 1 + t3 passa pelos


pontos (1, 4, 0) e (9, −8, 28) e não passa pelo ponto (4, 7, −6).

2. Se dois objetos viajam pelo espaço ao longo de duas curvas diferentes, é sempre importante
saber se eles vão se colidir. (Um mı́ssil vai atingir seu alvo? Duas aeronaves vão se
colidir?) As curvas podem se interceptar, mas precisamos saber se os objetos estarão na
mesma posição no mesmo instante. Suponha que as trajetórias das duas sejam dadas
pelas seguintes funções vetoriais

α(t) = (t2 , 7t − 12, t2 ), β(t) = (4t − 3, t2 , 5t − 6)

para t ≥ 0. As partı́culas colidem?

3. Calcule:
t 5t
a) lim α(t), onde α(t) = ( 1−et , 3t −2t );
t→0

b) limπ β(t), onde β(t) = ( ln(sent)


π−2t
cos t
, t− π );
t→ 2 2

c) γ 0 (t), onde γ(t) = (cosh t, log2 t);


Z π
4
1
d) δ(t)dt, onde δ(t) = (cos t, 1+t 2 , sec t).
0

4. Seja γ : I ⊂ R −→ Rn uma curva tal que γ 0 (t) = 0, ∀ t ∈ I. Prove que existe um vetor
constante v = (c1 , . . . , cn ) ∈ Rn tal que γ(t) = v, ∀t ∈ I.

5. (Regra da Cadeia) Sejam u : I ⊂ R −→ J ⊂ R, γ : J ⊂ R −→ Rn dife-renciáveis, onde


I, J são intervalos. Prove que:
d
(γ ◦ u)(t) = γ 0 (u(t)) · u0 (t).
dt
Z t
n
6. Seja α : [a, b] −→ R uma curva contı́nua e seja β(t) = α(s)ds, t ∈ [a, b]. Prove que
a
para todo t ∈ [a, b]
β 0 (t) = α(t).

Matemática -1- UFPI-Parnaı́ba


2.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo

7. Seja γ : [a, b] −→ Rn uma curva contı́nua. Prove que existe M > 0 tal que ||γ(t)|| ≤ M
em [a, b].

8. Sejam α, β : I −→ R3 curvas. Suponha que lim α(t) = 0 e que ||β(t)|| ≤ M para todo
t→t0
t ∈ I, onde M > 0 é um número real fixo. Prove:

a) lim α(t) · β(t) = 0;


t→t0

b) lim α(t) × β(t) = 0.


t→t0

9. Seja γ : [a, b] −→ Rn uma curva diferenciável tal que γ(a) = γ(b). Prove que existe
c ∈ (a, b) tal que hγ(c), γ 0 (c)i = 0. Interprete este fato geometricamente. (Aqui o sı́mbolo
h, i denota o produto escalar ·)

10. (Desigualdade do Valor Médio) Seja γ : [a, b] −→ Rn uma curva diferenciável no intervalo
aberto (a, b) e contı́nua no intervalo fechado [a, b] com ||γ 0 (t)|| ≤ M para todo t ∈ (a, b).
Então
||γ(b) − γ(a)|| ≤ M (b − a).

11. Considere a circunferência γ : [0, 2π] −→ R2 , dada por γ(t) = (cos t, sent). Verifique que:

a) γ é diferenciável e ||γ 0 (t)|| = 1, para todo t;


b) Não existe c ∈ (0, 2π) tal que γ(2π) − γ(0) = γ 0 (c) · 2π.

12. (Integração por partes) Sejam α, β : [a, b] −→ Rn curvas de classe C 1 (isto é, a derivada
primeira existe e é contı́nua). Prove que:
Z b Z b
0
hα(t), β (t)idt = hα(b), β(b)i − hα(a), β(a)i − hα0 (t), β(t)idt
a a

13. Seja × o produto vetorial em R3 . Para todo v ∈ R3 e toda curva contı́nua γ : [a, b] −→ R3 ,
prove que Z b Z b
[v × γ(t)]dt = v × γ(t)dt.
a a

14. Seja α : I −→ R3 uma curva de classe C 1 . Sejam [a, b] ⊂ I, α(a) = p e α(b) = q.

a) Prove que para todo vetor v, com ||v|| = 1, tem-se que


Z b Z b
0
hq − p, vi = hα (t), vidt ≤ ||α0 (t)||dt;
a a

b) Pondo
q−p
v=
||q − p||
conclua que Z b
||α(b) − α(a)|| ≤ ||α0 (t)||dt;
a
isto é, a curva de menor comprimento que liga os pontos α(a) e α(b) é o segmento
de reta α(a)α(b).

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15. Seja γ : (−, ) −→ Mn (R) uma curva diferenciável de matrizes . Considere γ(0) = In
(matriz identidade n × n) e γ 0 (0) = A. Se γ(s) é, para todo s, uma matriz ortogonal,
mostre que A é anti-simétrica.

16. Seja α(t) = (e−t cos t, e−t sent), t ∈ R, uma curva em R2 .

a) Mostre que quando t → ∞, α(t) se aproxima da origem, espiralando ao redor dela


(por causa disso, α é chamada de espiral logarı́tmica);
b) Mostre que α0 (t) → (0, 0), quando t → ∞ e que
Z t √
lim ||α0 (s)||ds = 2 .
t→∞ 0

2.a Parte: Funções de Várias Variáveis

17. Determine o maior domı́nio Df ⊂ R2 de modo que a correspondência abaixo defina uma
função f : Df −→ R. Faça um esboço do gráfico de f em R3 , de Df em R2 e de suas
curvas de nı́vel:
1
a) f (x, y) = x2 +y 2
;
b) f (x, y) = xy;
c) f (x, y) = 4 − x2 − y 2 .
p
18. A temperatura do ponto P = (x, y) é T (x, y) = 30 + 50 − x2 − y 2 , onde T é medida
em Graus Celsius e x, y em centı́metros.

a) Determine a temperatura do ponto P0 = (3, 4);


b) Determine a equação da isoterma que contém o ponto P0 = (3, 4) e represente-a em
R2 ;
c) Faça o gráfico da superfı́cie T .
120
19. O potencial elétrico em uma região do R2 é V (x, y) = x2 +y 2
.

a) Qual é o lugar geométrico dos pontos cujo potencial é 30?


b) Determine a curva equipotencial que passa pelo ponto P0 = (1, 1) e represente-a em
R2 ;
c) Faça o gráfico da superfı́cie V .

20. Prove a veracidade dos limites utilizando a definição de limite.

a) lim (3x − 4y) = 1;


(x,y)→(3,2)

b) lim (5x − 3y) = −2.


(x,y)→(2,4)

21. Calcule, caso exista

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2.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo

 1 
a) lim xsen ;
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
xy
b) lim ;
(x,y)→(0,0) x3+ y2
xyz
c) lim .
(x,y,z)→(0,0,0) x y + y 2 z
2

( 2 xy
x2 +y 2
; (x, y) 6= (0, 0)
22. A função f (x, y) = é contı́nua em (0, 0)? Justifique.
0 ; (x, y) = (0, 0)
2
23. Identificando o conjunto das matrizes quadradas de ordem n × n com Rn , podemos
2
considerar a função det : Rn −→ R dada por det(X) = determinante da matriz X.
2
a) Mostre que det : Rn −→ R é uma função contı́nua;
b) Calcule lim det(X), onde In é a matriz identidade de ordem n × n;
X→In
2
c) Mostre que o conjunto das matrizes invertı́veis é aberto em Rn .

24. Sejam f : Ω ⊂ Rn −→ R e g : I ⊂ R −→ R funções reais e tais que Im(f ) ⊂ Dg . Mostre


que se lim f (x) = L e g for contı́nua em L, então lim (g ◦ f )(x) = g(L), ou seja,
x→a x→a

lim g(f (x)) = g(lim f (x)).


x→a x→a

Em particular, calcule lim arctg(x2 + y 2 + z 2 − 2).


(x,y,z)→(1,1,1)

25. Seja a um ponto de acumulação do domı́nio da função f : X −→ R com X ⊂ Rm , e


v ∈ Rn um vetor não-nulo. Se lim f (x) · v = v0 então existe lim f (x) = α e v0 = α · v.
x→a x→a

26. Prove que se f for contı́nua em (x0 , y0 ) e se f (x0 , y0 ) > 0, então existirá δ > 0 tal que
f (x, y) > 0 para ||(x, y) − (x0 , y0 )|| < δ.

27. Seja A ⊂ R2 um subconjunto conexo por caminhos, ou seja, dados (x0 , y0 ), (x1 , y1 ) ∈ A,
existe uma curva contı́nua γ : [a, b] −→ A tal que γ(a) = (x0 , y0 ) e γ(b) = (x1 , y1 ). Prove
que se f for contı́nua em A e se f (x0 , y0 ) < m < f (x1 , y1 ) então existirá (x, y) ∈ A tal
que f (x, y) = m.

! invertı́veis 2 × 2.!Existe curva contı́nua γ :


28. Considere o conjunto GL2 (R) das matrizes
1 2 7 5
[0, 1] −→ GL2 (R) tal que γ(0) = e γ(1) = ? Justifique.
3 4 6 8

29. Seja X = {x = (x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ Rn ; x1 · x2 · · · xn 6= 0}. Defina f : X −→ R pondo


sen(x1 ·x2 ···xn )
f (x1 , x2 , . . . , xn ) = x1 ·x2 ···xn
. Prove que lim f (x) = 1.
x→0

30. Seja f : A ⊂ R2 −→ R, A aberto, uma função contı́nua e seja c um número real dado.
Prove que o conjunto
{(x, y) ∈ A; f (x, y) < c}

é aberto.

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2.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo

31. Para que valores do número r, a função


(x+y+z)r
(
x2 +y 2 +z 2
; (x, y, z) 6= (0, 0, 0)
f (x, y, z) =
0 ; (x, y, z) = (0, 0, 0)

é contı́nua em R3 ?
( 1

2 e x2 +y2 −1 ; x2 + y 2 < 1
32. Seja f : R −→ R dada por f (x, y) = Mostre que f é
0 ; x2 + y 2 ≥ 1
contı́nua em todos os pontos do cı́rculo unitário

S 1 = {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 = 1}.

(x2 −y)y
33. Seja f : R2 −→ R definida por f (x, y) = x4
se 0 < y < x2 e f (x, y) = 0 nos demais
pontos. Prove que o limite de f (x, y) é zero quando (x, y) tende para (0, 0) ao longo de
qualquer reta que passe pela origem mas não se tem lim f (x, y) = 0.
(x,y)→(0,0)

Matemática -5- UFPI-Parnaı́ba


2.a Lista de Exercı́cios de Cálculo III Prof. Marcelo Melo

Respostas e Sugestões

3. a) e b) Use a Regra de L’Hôpital em cada função componente.

Nos exercı́cios 4-7, utilize seus conhecimentos de Cálculo I e II.

8. a) Use a Desigualdade de Cauchy-Schwarz.

9. Aplique o Teorema de Rolle à função f (t) = hγ(t), γ(t)i.

10. Aplique o Teorema do Valor Médio à função f (t) = hγ(t), γ(b) − γ(a)i.

23. a) Use o Desenvolvimento de Laplace.

25. Sejam αi uma coordenada não-nula de v e βi a coordenada correspondente de v0 . Então


βi
lim f (x)αi = βi , donde lim f (x) = . Tome α = αβii .
x→a x→a αi

27. Aplique o Teorema do Valor Intermediário à função g(t) = f (γ(t)), t ∈ [a, b].

28. Use o exercı́cio anterior.

29. Lembre-se que, para todo  > 0 existe δ > 0 tal que t ∈ R, 0 < |t| < δ =⇒ | sent
t
− 1| < .
Agora observe que |x1 · x2 · · · xn | ≤ ||x||n e faça uma escolha conveniente.

31. r > 2.

Matemática -6- UFPI-Parnaı́ba

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