Manual Do Laboratorio3

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RRR, Deparigment uc ustravcs de Redagem do Parand : oe Diretovia de Cras; DER! o : EEEELY Divisée de Pesquisa e Desenvolvimento x 8, RUBENS GABARDO a e, seve VERISeIMO, 33 . eee ’ ®, \ oneretoAsfaliico Boletim Téenieco n° 03 ci (itil | em | | AGRADECIMENTOS 'A Divisio de Pesquisa e Desenvolvimento da Diretoria de Obras, atraves dos seus representantes Eng®. Luiz Cesar Szab6 e 0 Quimico José Carlos de Carvalho, agradecem - elo apoio e confianga que sempre receberam da Diretoria de Obras, atualmente representada pelo Eng® Adhemar Zaparolli - Ao Professor Armando Martins Pereira. ‘Aos colegas Saul e Vladimir, que atenderam de forma generosa 0 nosso convite para participarem como autores, bem como a0 Joao, funcionario deste Departamento. _ os demais colegas Engenheiros e Laboratoristas, que através de suas criticas e sugestdes, também contribuiram no aprimoramento desta edigdo. APRESENTACAO Laboratério de Agregados e Ligantes da Divisao de Pesquisa e Desenvolvimento, participou da construgao de obras rodoviarias do Estado. Devido a escassez de literatura didética, fez com que esta Divisio publicasse na medida do possivel, boletins técnicos semelhames a este, visando facilitar aqueles que participam na pratica, na elaboragdo desse tipo de trabalho. ‘A ciéncia do concreto asféltico nao é totalmente exata, razdo pela qual deve-se tomar os devidos cuidados em todas as ctapas, a fim de obterem-se resultados mais prdximos da realidade. Supondo-se um concreto asfiltico e atribuindo conceitos as suas diversas fases construtivas, apenas para nocdo de grandeza, haveria a possibilidade de obter-se a seguinte tabela, em funcio do grau de conhecimento do engenheiro, laboratorista e dos equipamentos disponiveis, tanto de laboratorio como de campo. Fases Construtivas Conceitos: Dosagem em Laboratério Calibragao de Bom Regular Mau Execueao na Pista Controle de Qualidade Embora de maneira nao freqlente, tem ocorrido entre nés a execucdo de concreto asfiltico com conceito de “Regular a Mau” em algumas das fases acima citadas. E 0 que tem-se observado ¢ que mesmo nestas condicdes no decepciona de imediato. Os efeitos se manisfestam através da redugdo de sua vida util. bem como. 0 perigo ao usuario. E oportuno mencionar aqui os dizeres do Eng* Oswaldo Martins Pereira Sobrinho qualquer exsudacdozinha na ilha-de-roda molhada pode ser um fato determinante na ocorréncia de acidentes. principalmente quando os pneus dos veiculos estiverem em meia vida. " roteiro apresentado neste boletim tem por finalidade ajudar a obterem-se bons conceitos em todas as fases construtivas o que resultard em um concreto asfiltico melhor e com maior vida util. CONTEUDO cAPiTULO I “Consideragées sobre o Método Marshall” 1 2 3 4 o woud ye wl -Introducao. aimee weed - Métodos para a Determinagao da Estabilidade de um Concreto Betuminoso ---- 5: 14 — Os Fundamentos do Método Marshall ..------ _ Fatores que Influem nos Valores dos Parametros Utilizados pelo Método Marshall...-- . - Alguns Aspectos Laboratoriais Relativos a Pratica do Método Marshall....---- _ Andlise Critica do Método Marshall. - Usos e Abrangéncia do Método Marshall —~ Comentarios e Consideragées Finais... - Referéncias Bibliograficas... . CAPITULO II Dosagem de Concreto Asfaltico Usinado a Quente pelo Método Marshall e Calibragaéo de Usina 1 - Faixas Granulométricas.... 2 - Limites....-----++ 3 - critérios para Definigéo do Teor Otimo de Asfalto.... ds 4 +70 4 - Consideragées Gerais 5 - Exemplo Numérico de Dosagem Preliminar . 6 - Calibracdo de Usina Gravimétrica.. 7 - Escolha das Telas para uma Usina de Asfalto.....+--+++ : . a - Picnémetro de Ogurtsova. 9 - Referéncias Bibliograficas... CAPITULO III © Estado da Arte do Controle Tecnolégico de Concreto Asfaltico no Brasil.......--- 113 a 136 Bibliografia.........+-+-+- al 5 scare « wine # ole «oe 137 CAPITULO IV Controle Tecnolégico de Camadas de Pavimento Flexivel no Brasil. -139 a 151 01 CAPITULO | (SEM ALTERACAO ) 28° REUNIAO ANUAL DE PAVIMENTACGAO DA ABPv ARACAJU (SE), 25 A 30 DE OUTUBRO DE 1992 CONSIDERACOES SOBRE O METODO MARSHALL VLADIMIR COELHO Engenheire Civil, Doutor em Engenharia Civil/Transportes Professor de Estradas e Pavimenta¢io UNESP - Campus de Bauru, Depto. De Engenharia Civil Av. Luiz Edmundo Carrijo Coube, s/n° CEP 17023-360 - Bauru (SP) 03 RESUMO Este trabalho apresenta uma revisdo dos conhecimentos coligidos sobre 0 Método Marshall, em consequéncia das pesquisas laboratoriais € de campo que até o momento foram realizadas e divulgadas. A partir de uma anilise critica desenvolvida sob uma otica tecno-cientifica sobre 0 método, ponderagdes sobre a natureza, o uso, a abrangéncia € as limitagdes do método sao apresentadas. Tomando como base as pesquisas publicadas sobre o método, além de uma pesquisa laboratorial especificamente desenvolvida para este estudo, questoes laboratoriais e operacionais inerentes aos ensaios desenvolvidos pelo método, s80 abordadas, com vistas & obtengao de resultados consistentes pela metodologia corrente. INTRODUCAO. ada de 1930, por do 0 método Marshall foi concebido na d Bruce G. Marshall, do Departamento de Estradas de Rodagem Estado do Mississipi, EUA — Mississippi State Highway Derartment- E método foi idealizado para efeito da determinacio = da quantidade étima de ligante betuminoso que deveria ser usada ne composicio de misturas betuminosas, destinadas a servicos de pavimentacSo rodoviaria. Durante o periodo da 2a. guerra sundial, o exército dos EUA passou a procurar um método simples, pratico e eficiente pare a tarefa de dosagen e controle da qualidade das = misturas para uso na pavimentacéo de pistas asfilticas preparadas a quent de seroportos militares. A razio determinante dessa necessidade foi o crescente aumento das cargas das rodas e das pressbes dos pneus imposto pela aviacSo militar, devido ao desenvolvimento de pesados avides de bombardeio. D estudo dessa questo foi encaminhado ao Corpo oe Engenheiros do exército americano — USACE, U.S. Army, Corps of Engineers — que, apés uma andlise comparativa entre os metodos disponiveis até entio, optou pelo método Marshall, por sua rapidez, samplicidade e relativa eficiéncia, aliados & grande portabilidade e facil disponibilidade dos equipamentas necessarios fa realizacZo dos ensaios requeridos por esse metodo. Face a isso, uma extensa pesquisa sobre o metodo Marshall foi desenvolvida por esse Grgao, cujo relato de seus resultados é referido, neste trabalho, como CORPS OF ENGINEERS (4948). Em decorréncia desse estudo, o referido metodo teve seu uso adotado pelo exército dos EUA e acabou tornando-se internacionalmente conhecido e utilizade. Nos dias de hoje» 38 dos 50 estados dos EUA utilizam-no correntemente, como também o fazem diversos paises de todas as partes do mundo. No Brasil, © método Marshall tem sido adotado por diversos drgSos redoviarios. No entantoy uma pesquisa bablaograficay realizada junto as principais bibliotecas do pais revela que, aparentemente, esse metodo tem sido pouco estudado por engenheirus brasileiros, principalmente, no que concerne & sua adequacdo a» condicdes climatacas e de trafego predominantes em nosso pais. Isso, talvez se deva ao fato de que o metodo parece ter apresentudo uma relativa eficséncia nos servicos de pavimentacio em que tem sido empregado no Brasil. Assim, estudos sobre o uso # a aplicacio do método do Brasil, parecem ser plenanente © um levantamento Marshall, as condicds justificaveis. Neste trabalho, apresente bibliografico to abrangente auanto foi possivel Os resultados de uma pesquisa laboratorials realizar a respeito desse método. acérca da pratica do métodos estado de Sio Paulo so também analisados e comentados. Os méritos € as limitacbes do método, revelados pelas pesquisas consultadas so, na medida Assim, a abordagem realizada realizada em diversos laboratérios do de suas relevanciasy mencionados e destacados neste texto. neste trabalho poderé servir como fonte de referéncia para consultas mais aprofundadas sobre o assunto. A expectativa que emerge do presente trabalho € de que ele possa trazer alguma contribuicio no sentido de um uso raczonal e eficiente do método Marshall nas condicdes do Brasils principalmente a vista das limitacdes e amperfeicdes que esse método tem revelado, além de ensejar a oportunidade de uma reflexdo sobre o seu uso. 2. METODOS PARA A DETERMINACAO DA ESTABILIDADE DE UM CONCRETO BETUMINOSO. 2.1. Conceito de estabilidade. De modo consensual, o ROAD RESEARCH LABORATORY (1960), 0 HIGHWAY RESEARCH BOARD (1955), GOETZ & WOOD (1960) © WALLACE & MARTIN (1967) entendem que estabilidade de um concreto betuminoso é medida de sua capacidade de suportar os carregamentos oriundos do trafego sen sofrer deformacdes plasticas (permanentes irreversiveis). Segundo SANTANA & GONTIJO (1964), estabilidade ¢ @ “caracteristica que tem uma mistura asfaltaca ( ou betuminosa), de resistir as deformacdes permanentes”. Do ponto de vista da reologia, a estabilidade mecanica € uma propriedade que estaé associada a resisténcia do material a0 deslocamento ( mudanca da forma geométrica sem modificacio de volume ) a qual pode ser medida atraves da sua resisténcia as tensSes de cisalhamento (Tt ). Segundo — CHAMECKT (196) pesisténcia ao cisalhamento (1 ) de um concreto betuminoso fica bem representada pela equacio reoldgica correspondente ao “corpo de Binghan”, ou seja ° na qual TO) to tee onde uti = tensor das tensdes de cisalhamento "7 "i uvll = tensor_das velocidades de deformacio devido & variacg3o de forma sem modificacio de volume (componente _distorcional do tensor = das deformacdes) n= coeficiente de viscosidade da mistura betuminosas em poisesé = valor da tens3o de cisalhamento na qual o fluxo plasto-viscoso comeca a se processar} T, limite de escoamento aintrinseco do terial betuminoso} @ = tensio normal aplicada na superficie do pavinentoi = 4ngulo de atrito interno da mistura betuminosai Nessas equacdes, percebe-se claramente a influéncia da granulometria e da textura das particulas dos agregados, representada pelo angulo de atrito interno ( @ )» bem como da parcela de resisténcia viscosa, representada por t ) 17 © 7 - 0 termo estabilidade ¢ muitas vezes usado como sinénimo de resisténcia mecdnica e» nesse contexto, pode acontecer de ser mal interpretado. Nas defanicSes de estabilidade acima citadas ha que se perguntar: caeacidade de suportar sual tieo de trifeac? pois as cargas oriundas do trafego de veiculos sao extremamente na forma de acontecer. varsaveis, ndo sd em magnitude como tambel Para NIJBOER (1948), dois aspectos sao essenciais na avaliaco da resisténcaa mecanica ao deslocamento, ou estabilidade de um concreto betuminoso: (4) a natureza do carregamentoi para esse autor ha que se distinguir os carregamentos estaticos, os de longa-duracdo e os carregamentos dindmicos, e (2) a natureza viscosa do ligante betuminoso a qual transforma o concreto betuminoso num material de comportamento vascoso que cxibe uma rosisténc:a viscosa alem de uma resisténcia elastics. Nesse o autor afirma cue ++.a resisténcia desse material (o a plastica depende do estado ce betuminoso) a fluén ©0000 O00 O8OHOHHHHOOHHHHHOHO8OHEOHHHOHOHEHHOHOSOOS de natureza elasto- tensio” a que estiver submetido, portantoy tica. Em NIJBOER (1954) © autor argumenta que propriedades de um asfalto sob carregamentos de curta-duracio quelas medidas em materiais de visco-pl em muitos aspectos semelhantes comportamento elastico”, enquanto que, sob carregamentos de lon: duracko, a> propriedades plasticas das maisturas tém grande influéncia na resisténcia mecinica as deformacbes dos concretos que essas misturas produzem. Assim, para NIJBOER (1948), a plasticidade ¢ um fator de fundamental importancia e de consideracSo obrigatéria para uma correta avaliacko da resisténcia mecanaca ou estabilidade de um concreto betuminoso diante das cargas estaticas e das cargas de longa-duracZo. Por essa razioy o termo estabilidade ou resisténcia mecinica precisa ser associado ao tipo de carregamento ( quanto ac tempo de duracdo da carga) a que se refere. Um enfoque também importante para o entendimento do fendmeno fisicos relacionado com a estabilidade ( ou resisténcia mecanica) de um concreto betuminoso, @ dado por outros partidérios do método de dosagem de misturas betuminosas com base no ensaio de compressao triaxial. NIUBOER (1948) e McLEOD (1949), embora trabalhando com os resultados do ensaio de compressdo triaxial de formas diferentes, manifestam concordancia quanto ao fato de sue 2 resisténcia mecanica das misturas betuminosas tem, basicamentey duas componentes: (a) a resisténcia devido ao travamento granular dos agregados ou ao atrito interno dos agregados ¢ (b) & resisténcia ao cisalhamento viscoso devido & coesio e viscosidade do ligante betuminoso. 0 trabalho de GOETZ & WOOD (1960) tamb; registra essa interpretacdo, da mecanica dos concretos betuminosos. Em suma, © comportamento reoldgico dos concretos betuminosos € de interpretacdo complexa e os objetivos precisam estar muito bem definidos para que se possa usar corretamente os conceitos e€ as propriedades das camadas de pavimentoy produzidas com misturas betuminosas. A associacSo entre a estabilidade mecanica e 0 compor- tamento das camadas betuminosas, nas pistas, tem sido tentada por intermedio de pesauisas de laboratério em conjuncio com observacdes e€ medicdes feitas na propria pista. Os resultados | e e @ e e ® e e e ® e e e e e e e 3s e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e @ e e e e e e e e abilidade desens camadas dessas correlacSes tém revelado que a @ depende de diversos fatores. Segundo o HIGHWAY RESEARCH BOARD (1955), o% prancapais sao: fatores a influir na estabilidade das camadas betuminosi @ a granulometria dos agregados § B a forma (geométrica) e a textura superficial das particulas dos agregados © tamanho maximo das particulas de agregados graudos } a relacio entre as quantidades de ligante e de agregados § 2 consisténcia do ligantes e © grau de compactacSo da mistura. Além desses fatores, ressalte-se que boa adesividade nas interfaces de camadas adjacentes e boa durabilidade dos agregadov sio fundamentais para uma boa estabilidade mecanica dessas camadas. Para SANTANA & GONTIJO (1964), as deformacdes o devidas ” a permanentes que ocorrem, nas camadas betuminosasy uma flugncia plastica ( sem variacio de volume ) e/ou a uma diminuicio de volume devido ao aumento da densificacio provocada pelo trafego canalizado ( com diminuic’o da espessura do revestimento )". Segundo esses autores, esse problema pode agravar-se, nos locais de aceleracdo e de desaceleracdo dos veiculos, nas rampas, nos pontos de sinalizaca’o do trinsito, nos pontos de parada de Gnibus e também pela canalizacio do trafeso a qual sobrecarrega a solicitacdo de uma estreita faina longitudinal, provocando as trilhas de rodagem ( ou sulcamento )y devido ao excesso de carga e a uma desigual distribuicao do numero de passagens dos veiculos. A Figura 1, mostra de forma esquematica, essas ocorréncias. Logo que se comecou a estudar a questSo da determinacio da estabilidade de um concreto betuminoso, verificou-se que a estabilidade depende do tipo e das proporcdes dos materiais granulares, bem como do tipo e principalmente da quantidade de ligante betuminoso empregado. Assim, varios métodos de ensaio tém sido propostos para a avaliacdo da estabilidade dos concretos betuminosos, em funcio da variac3o desses elementos, nas misturas betuminosas que os originam. Diversos desses meétodos anstituiram o criterio de 0 da quantidade otima de ligante betuminoso com base na + 3 quantidade gtima de ligante 6 geterm estabilidage. Por esse criter: SPOHOHOSHHSHSHSHHSOSHSHHOHHSHHOHOHSHHTEHHOSEEHHHESHOSHHHHHOSO aquela que corresponde ac valor miximo da estabilidade do concreto betuminosoy medida segundo um método especifico proposto- Em decorréncia disso, os primeiros métodos aque surgiral para a anilise do comportamento mecinico dos concretos betuminosos Usaram a estabilidade de ligante e de materiais granulares. Com o passar em conguncSo com os resultados das camadas como critério para a estimativa das proporcSes do tempo, us pesquisas laboratoriaisy das ahservaches realivadas a respeito do desempenho motivaram mudancas de postura e oe ntos betuminosos. betuminosas, nas pistasy critério em relacio @ mecinica dos pavimer Surgiram, entio, métodos com enfoques diferentes para andlase do comportamento mecénico das camadas de concreto betuminoso. Nesse cenaric, pode-se, segundo o ROAD RESEARCH LABORATORY (1962), classificar os métodos de ensaio em trés tipos? (4) 05 métodos de ensaio empiricoss (2) os métodos de ensaio das propriedades fundamentais, © (3) os métodos de ensaio por simulacac do trafego. Nos paragrafos seguintes, apresenta-se um breve perfil dessas modalidades de méetodos de ensaio, com énfase ao metodo Marshall que é objeto de interesse neste trabalho. 2.2. Métodos de ensaio empiricos. Nesta categoria, enquadram-se os métodos de ensaic concebidos dentro da seguinte sistematica: (a) elege-se uma forma de aquilatar-se,; em laboratorio » @ estabilidade dos concretos betuminososé {b) procura-se associar os valores da estabilidade medidos em laboratdrio, aos desempenhos desses concretos betuminososy lem servicoy sob a forma de camadas betuminosas nas pistasi © (c) a partir dessas correlacdes, estabelecem-se critérios para © projeto de misturas betuminosas. & designac3o de empiricos, a esses métodos, deve-se ac fato de cue essa categoria de metodos de ensaic baseia-se numa solicitacdo mecdnicay implementada, em laboratorio, auc ¢ poucy ou quase naca similar aquela que, em verdade, se verifica nas camadas betumincsas; nas pistas. © ROAD RESEARCH LABORATORY (1962) classifica como eld, o metodo método Marshall, o metodu de Hubbard empiric 10 sho axial sem © método de comer: como 0 método de do estabilémetro de Hyver! confinamento @ alguns outros menos conhecidos Taylor, por exemplo. Também, nessa categoria, pode citado por BIRMAN (1962). Na Figura 2, aprescnta~ ensaio, mais enquadrar © metodo de Ruiz, se un diagrama esquemitico dos métodos empiricos de ica dos concretos usuais, para a determinacio da estabilidade me betuminosos. Os métodos empiricos de ensaio, em geral, apresentaram na tarefa de determinar a resultados considerados de médio a bonss no critério da quantidade stima de ligante betuminoso, com base como se pode constatar nos relatos do CORPS e continuam estabilidade maximas OF ENGINEERS (4948). No entantoy esses metodos foram quanto aos seus méritos na tarefa de a flexibslidade sendo duramente criticad aferir a resisténcia as deformacdes plasticas © dos concretos betuminosos. Partacularmente o metodo Marshall, um dos = mais conhecidos, difundidos e utilizados dos métodos empiricos, tem sido alvo de muita polémica, tanto no aue se refere ao modelo ensaio, como também pelo significado dos pardmetros as mecanistico do medidos e pelas correlacdes obtidas entre esses pardmetros © performances das camadas observadas nas pistas. Uma discussdo mais detalhada de todos esses aspectos, sera apresentada no item 6 deste trabalho. Por ora, observe-se que o metodo Marshall foa concebido com a finalidade de determinar a quantidade ctima de ligante betuminoso para uma misturay orisinariamente com base nos valores das cargas de rupturay medidas num ensaio de compressao diametral, em corpos-de-prova cilindricos, na forma concebida por Marshall. A Marshall chamava de carga de ruptura assim determinad “estabilidade” ( hoje denominada estabilidade Marshall ). Os critérios atualmente contidos, nas versSes mais modernas do método Marshall, fundamentam-se numa ampla pesquisa 2 respeito desse método, empreendida entre 1943 e 1948 na Waterways Experimental Station, situada em Vicksburg, Mississippi, EUA, e referida, neste trabalho, por CORPS OF ENGINEERS (1948). 2.3. Métodos de ensaio das propriedades fundamentais. Em contraposicio aos metodos empiricos, surgiram os os denominados de racionais ou cientificos, pois procuram 11 reproduzirs no ensaio de laboratério, uma condicio similar aquela que ocorre com as camadas betuminosas, nas pistas, ou entfo uma condicio em que se possa avaliar uma determinad» propriedade mecinica considerada como fundamental @ preponderante no comportamento das camadas betuminos: Sio desse tipo os métodos de ensaio por tracio © por compreseio simples, por flexio simples, por compressio triaxial ¢ por casalhamento puro. Apesar de considerados como ainstrumentos capazes de diagnosticar com maior precisio us propriedades mecinicas dos concretos agfalticos, esses metodos encontram dificuldades para pratica, prancipalmente, devido as sua aplicacio corrente ni: caracteristicas dos equipamentos utilizados e até mesmo para 2 operacdo desses equipamentos. Sio ensaios mais complexos e mais dificeis de serem realizados. Alem disso, um dos mais importantes deles, o método de ensaio por compressio triaxial, tem sido alvo de criticas, devido ao fato de ques nas camadas, onde a relacSo entre o tamanho maximo dos agregados, e a espessura da camada for alta, as propriedades mecdnicas das camadas podem diferir bastante daquelas que se obtém através do ensaio de compressio triaxial, mesmo com corpos-de~ prova tilindracos e estatastacamente homogéneos, como assinala © ROAD RESEARCH LABORATORY (1962). Nessa publicacioy o ensaio de compressao triaxial também 6 criticados porque as condicdes de compactacio dos corpos-de-prova séo bastante diferentes daquelas que ocorrem com as relativamente finas camadas executadas nas pistas. finda, segundo o ROAD RESEARCH LABORATORY (1962), © ensaio de compressio triaxial ¢é deficiente na avaliacio ds componente viscosa da resisténcia mecdnica, pois 0 ensaio € usado para determinar uma condicio de equilibrio, apenas com base nas tensSes normais, abstraindo-se 0 estado de deformacdes correspondente. Sobre o ensaio de compressio triaxial, GOETZ & WOOD (4960) assinalam que a grande dificuldade de predizer-se qual é 0 valor mais correto para a tens3o de confinamento lateral a ser aplicada no ensaio de modo compativel aquilo ques realmentey ocorre nas camadas betuminosas também é€ um dos pontos frageis © suscetivel de critacas nesse metodo. Os ensaics de tracdo ¢ flexdo samples: apesar de permitirem a obtencSo da resisténcia a trac3o de um concreto 12 betuminoso, propriedade de grande ainfluéncia no comportamento global da camada, também operam, a exemplo dos ensaios empiricos, nos corpos-de-prova ¢ sob condic¢des em que o estado de tensio bastante diferente daquele que, realmente, acontyce nas pistas © como jd vimos anteriormente. Para NIJBOER (1948), m= resisténcis mecanica dos concretos betuminosos depende muito do estado de am, esses tipos de ensaio tensSo em que o material se encontrat tém suas limitacSes intrinsecas. tambée 2.4. Métodos de ensaio por sisulacio do traf A terceara linha de métodos de ensaio de concretos betuminosos sio as simulacdes em escala real, no campo ou em laboratério, da camada sob o regime de carregamento previsto. Nos protdtipos construidos, simulam-se as solicitacSes e medem-se as reacdes ( tensdes e/ou deformacSes ) nas camadas. Muitas pistas experimentais e@ equipamentos de ensaio, em tamanho natural, tém sido desenvolvidos, porém os altos custos, as dificuldades operacionais e 0 tempo que demora para chegar-se a um resultado final tém restringsido © uso dessas ainstalacSes aos trabalhos de pesquisa. No entanto, os resultados desses testes sio de grande importancia para um melhor entendimento dos fendmenos mecanicos que se desenvolvem nas anteracdes, entre as camadas betuminosas © © tréfeso de veiculos. Por essa razio, os seus resultados tém sido de grande valia para o progresso da tecnologia de proyeto e de execucio dos pavimentos flexiveis. 2.5. ConsideracSes conclusivas. Como se pode depreender do que foi exposto, parece nio haver um metodo de ensaio que satisfaca plenamente a necessidade de avaliar-se, com preciséo e ainteireza, a estabilidade ov resisténcia mecanica as deformacSes das camadas de concreto betuminoso. disso, a solicitac3o intensiva dos pavimentos © do Além betuminosos, resultante do aumento da corrente de trafego tempo de uso, mostrou aue propricdades, como flexibilidade, pur exemplo, sic essencia:s & vida util e & boa performance das creto betuminose. 0 tempo de uso também colocou em camaday de ewe a questic da durab:lidade das camadas betuminosasy ee | 13 propriedade duramente afetada pelo envelhecamento dos betumecs processo de oxidacio a que ficam sujeitos en como das devido ao consequéncia dos ataques quimicos e fisicos tanto do ar ipuas, sejam exsas, de oripem subterrinea, ou de infaltracto superficial. Assim, comecaram a surgir métodos para uma A partir desses avaliacio mais epurada dessas propriedades mecinicas- tem-se instituido, no progeto das msturas betuminosas, @ consideracio da métodos, flexibilidade como critério de projetor © durabilidade como requisito essencial aos concretos betuminosos. Em razio disso, modernamente, nao apenas a estabilidade deve ser encarada como requisito fundamental no projeto das misturas ‘betuminosas, mas também outras propriedades como flexabalidade e durabilidade. 0 ROAD RESEARCH LABORATORY (1962) e o HIGHWAY RESEARCH BOARD (1955) apresentam indicacdes de métodos para a avaliac’o de todo esse conjunta de propriedades requeridas dos concretos betuminosos em geral. Para o Brasil, SANTANA & GONTIJO (1964) descrevem criterios para o projeto de misturas asfalticas com base nu Flexabilidade e na resisténcia @ fadiga. O método de ensaio DNER- ME 133/66 do DNER (1986) descreve um método para a determinacdo do modulo de resiliéncia das misturas betuminosas, enauanto que 0 método DNER-ME 138/86 do DNER (1986) estabelece um metodo para @ determinaco da resisténcia a trac3o por compress3o diametral para misturas betuminosas. Nos projetos de pavimentos flexiveis por criterios baseados na fadiga e elasticidade das camadas; o modulo de resiliéncia € usado para a determinacio das espessuras das camadas, enquanto a resisténcia a tracdo, obtida no ensaio acima catado, € comparada com as tensdes de tracSo, calculadas pelas teorias elasticas, em func3o das espessuras das camadas, como observam SANTANA & GONTIJO (1984). Recentemente, MOTTA & MEDINA (4991) formalizaram um metodo de progeto de pavimentos flexiveis com base na resiliéncis (ou elasticadade) das camadas granulares ena fadiga da capa de revestimento asfaltico. A respeato ga durabilidade, SANTANA 8 GONTIJO (1984) tecem interessantes e instrutivos comentarios. Como a durabilidade cas misturas depende de diversos fatores, o resultado global dessa e e e e e e e @ e e e@ e e e e e e e e e e e @ e e e e e e e e e e e e @ e e e e e e@ e e e@ e e 14 propriedade depende do controle desses fatores. Assim, pode-se todo DNER-ME 79-63 do DNER (1963), para a avaliacko dos e€ o Jligante betuminoso © a0 recorrer ao mé da adesivadade entre os agre! métode DNER-ME @9-64 do DNER (1964), para a avaliacio d= cis dos aprepados @ acBo quimica dos sulfatos de sddi0 © resist de magnésio. Para o controle da resisténcia dos agregados edo de abrasio do 0 desgaste (durabilidade dos agregados )» pode-se usar om na versio do metodo H-24-61 do DER/SP (1961)s na Los Angeles» versio da norma NBR método DNER-ME 35-64 do DNER (1964) ou na 6465/1984 da ABNT. Face aos pontos expostos, deve-se nio perder de vist que o método Marshall tem méritos © propositos circunscritos a uma das propriedades requeridas das masturas do complexo avaliacio de parte betuminosas. A incompreensso dessa limitacdo, diante to reoldgico das masturas betuminosas © da estado mecinico em que se comport amen difaculdade de traduzir-se de forma clara o encontram os corpos-de-prova durante o ensaio de comeressio diametral concebido por Marshall, parece ter sido 0 foco gerador de muita polémica a respeito desse método. Nos proximos itens procurar-se-é examinar, com mars detalhes, 05 — aspectos especificos, inerentes ao método Marshall. 0S FUNDAMENTOS DO MeTODO MARSHALL Apresenta-se a seguir; uma sintese dos aspectos funda~ mentais relativos ao método Marshall. A partir de uma resenha histdrica, so abordados os nas versdes mais atualizadas do metodo. pon tos de maior relevancias 3.4. Histérico do método Marshall. fo. originalmente desenvolvido na de Estradas 0 método Marshall década de 4930 por Bruce G. Marshall do Departamento Mississip1, EUA — Mississippi State ¢3o de SIDDIQUI et alii (1988)s de Rodagem do Estado do Highway Department — conforme cital e do CORPS OF ENGINEERS (1946). Esse método for idealizado pelo seu autor pare a a de ligante betuminoso a ser determinacio da quantidade ti 0 cratério usado por Marshalls ada numa mistura betuminos 15 para a obtencho desse parimetro, baseava-se nos resultados oe 0 diamotrals estabilidade Marshall, obtidos num ensaio de compri idealizado pelo autor. Em sintese guinte: moldava-se, por compactacio a quente, ums a sistemstica de procedimentos do metodo consistia no série de corpos-de-prova, com diferentes porcentagens de ligante betuminoso, dentro de moldes cilindricos metalicos que depois eran uiday esses armazenados, ao ar livre, durante 24 horasi em 5 corpos-de-prova eram imersos, durante uma hora, num banho de agus 2 60 °C de temperatura, sendo a seguir retirados do banho €y amediatamente, submetidos a uma compressao diametral a uma taxa de deformaczo de 2 polegadas por minuto, aplicada por uma prensa, através de um molde de compressio cilindrico, idealizado pelo autor. Em WHITE (1985) encontra-se uma reproducdo fotosrafica das princapais caracteristicas do ensaio Marshall, na vers&o original do seu autor. A waxama carga de compressio diametral, suportada pelos corpos-de-provay foi associada por Marshall a resisténcia mecanice do concreto betuminoso, e por isso, chamada de estabilidade (Marshall). Baseando-se nessas misturas, com diversas porcentagens de lagante, 0 método original de Marshall chama de porcentager Gtima de ligante aquela que corresponde ao valor maximo, obtido para estabilidade de Marshall e determinaca através da curva de variacio tracada entre os valores da estabilidade Marshall = vs porcentagem de ligante betuminoso. Na versao original do metodo, tanto o equipamento de compactacSo como o processo de compactacao dos corpos-de-prova eram bastante diferentes dos utilizados nas versdes atuais. 0 processo de compactacdo dos corpos-de-provay utilizado por Marshall, iniciava-se pela acomodacdo do material, dentro do molde de compactacSo, através da aplicacio de 15 golpes do soquete CBR modificado — de 1@ libras ( 4,54 kof ) de peso, e de base cilindrica com 1,95 polesadas ( cerca de Scm) de daametro —» Usado para a compactac3o de solos. Em seguida, aplicava-sey durante 2 minutos, uma carga estatica de 5000 libras ( 2268 kof dy conforme o CORPS OF ENGINEERS (1946) e WHITE (1985). Com o advento da 2a. Guerra Mundial, a evoluc&o dos avidee-bombardesros impunha um crescente aumento da carga de roda eda pressio dos pneus. Para projetar pistas de aeroportos capazes de suportar essa crescente solicitacio o “Corps | 16 of Engineers” — USACE — programou uma pesquisa pare encontrar um método para a dosagem @ o controle de qualidade das misturas betu- minosas a quente para pavimentacdo, que fosse rapido, simples eficiente e cujo equipamento fosse facilmente portatil, para ser Usado no campos como relatam os trabalhos do CORPS OF ENGINEERS (4948) e de GOETZ & WOOD (1960). Particularmente, deseya-se que o equipamento para o ensaio de misturas betuminosas fosse adaptive] ao equipamento usado para a determinac3o do CBR (California Bearing Ratio) de solos; visto que todas as tropas do “Corps of Engineers” 9 dispunham desse equipamento. & referida pesquisa iniciou-se por um estudo comparativo entre os diversos métodos de ensaio existentes ( "Hubbard-Field”s Hveem Stabilometer”, "Texas Punching Shear”, “Skidmore Shear” © “Marshall Stability Test"), apds o qual o metodo Marshall ("Marshall Stabalaty Test”) foi considerado 0 mais indicado por melhor satisfazer aos requisitos exigidos pela pesquisa. Decidiu-se, entSo, empreender uma amplo estudo laboratorial e de campo, especifico para o metodo Marshall. Foram ensusados cerca de 300@ corpos-de-prova representativos de aproximadamente 6@@ tipos diferentes de misturas. Os resultados de laboratério foram comparados com os desempenhos obtidos com diversas dessas misturas aplicadas em pistas experimentais executadas not estados da Georgia, Florida, Arkansas, Mississipi e Kansas nos EVA. As conclusdes finaas desse estudo foram publicadas pelo “Department of Army” e referido, neste trabalho, por CORPS OF ENGINEERS (1946). Como consequéncia desse estudo, o CORPS OF ENGINEERS (1948) sugeriu diversas alteracdes no método original de Marshall. As prancipais foram: @ alargamento da base do soquete de compactac3o de 1,95 polegadas ( 4,95 cm ) para 3 7/8 polegadas ( 9484 cm 5 @ compactac3o dindmaca dos corpos-de-prova com o soquete de base modificada, ao invés da compactacdo constituida da aplicacio de uma carga estatica de 500@ libras, precedida de 15 golpes do soquete CBR, usado para solos. @ determinacdo da quantidade ctima de ligante betuminoso com base lores maximos da estabi)sdade e@ da densidade aparente, nu nos v cio da porcentagem ce vazics ( come sem ligante) e@ num luéncia, ac invés de basear-se so no valor 17 da estabslidade maxima, como sugerau Marshall oraginalmentes @ introducSo do controle da deformacio dos corpos-de-provas durante a compressio diametral, através da medida da fluéncia mixima (deformacio por ocasiio da ruptura). A partir deste trabalho pioneiro do ” Corps of Engineers”, as pesquisas sobre o método Marshall continuaram e ainda continuam a ser desenvolvidas por diversas instituicbes © pesquisadores. Ac longo deste trabalho, referir-se-a sobre muitas elas. & confiabilidade que a pesquisa do CORPS OF ENGINEERS (4948) conferau ao método Marshall; aliada @ samplicidade, rapidez de execucdo e ao baixo custo dos equipamentos requeridos pelo ensaio Marshalls geraram a propagacso © a adoco do metodo por daversos organiemos rodovidrios do mundo todo, inclusive do Brasil. funda hove, as versdes mais atualizadas do metodo Marshall no Brasil, sio recomendadas como critério quase exclusive para a compusicao de misturas betuminosas para pavimentacao. Pelo que fo: visto no item anterior, esse procedimento precisa ser repensado, como alias parece estar fazendo o DNER através do seu Instituto de Pesquisas Rodovidrias e muitos outros pesquisadores, como Paulo R.A. Gontijo, Humberto Santana, Jacques de Hedinay Laura Maria G.da Motta e Salomao Pinto. 3.2. Dosages de misturas betuminosas pelo método Marshall. Como foi mencionado, os estudos realizados pelo CORPS OF ENGINEERS (1948) sugeraram novos critérios para a determinacso da quantidade dtima de ligante betuminosoy através da utilizacio do método Marshall. Segundo esse trabalho, a porcentagem otima de ligante deve ser © mais préximo possivel dos valores correspondentes @ estabilidade e densidade aparente maximas. Além disso, os parimetros usados pelo método, devem enquadrar-se nos limites apresentados pela Tabela 1. No contexto deste trabalho, considerar-se-a que: (a) a densidace aparente de um corpo-de-prova € a razao, entre a macsa ao ar e a 25 °C do corpo-de-prova e€ a massa ao ar e 2 25 °C de um volume de anua destilada igual ao volume aparente mbola do corpo-de-prova e sera = por Dy i ntagem de vazies nfo preenchidos com ligante a Po | SOSH SHOHOSHOSHHSHHOHHSHOHSHSHHOHSHHSHHSHHOHOHHHOHHLHHSHEHOOESOSO 18 gos vazi0s de um corpo-de-prove betuminoso) € 0 volume dos e: expresso, percentualmente, em relacio ao volume aparente do corpo-de-prova © sera simbolizada por V(x) § (c) a porcentagem de vazios preenchidos com ligante betuminoso € © volume ocupado pelo material betuminoso da misturay expressoy percentualmente, em relacio ao volume de vazios das agregados mineraas, a qual também € denominada relacio betume/vazios © que sera simbolazada por RBV (x). ios do CORPS OF ENGINEERS (1948) foram Marshall para uso Esses crit integralmente adotados pelas versGes do metodo no Brasil, como se pode constatar nas publicacdes do DER/SP (1974) e do DNER (1964). 0 processo descrito, nesses trabalhos, para 0 método Marshalls em sinteses consiste no‘sesuinte? (4) preparacdo e separacio de material granular para a confeccio de um minimo de 1@ ou 15 corpos-de-prova ( 2 ou 3 para ca teor de ligante ) (2) estamativa da porcentagem otima de ligante ¢ Poorest? POF recorréncia a experiéncia anterior ou ao método da superficie especifica ( metodo M 148 do DER/SP), ou outro Processo equivalent (3) moldagem por compactac3o dinamicay corpos-de-prova, com as seguintes com © eaquipamento de Marshall dos ternos de ligante ( em relacdo ao peso total da mistura bovest O15? % porcentagens de he ed me OP, Poe ast betuminosa Poorest Poorest * OSX © Pooyest 1? *F (4) extracio dos corpos-de-prova dos moldes cilindrico € cura, a0 ar livre, durante 24 horasi (S) pesagem e cubicagem dos corpos-de-prova para a determinacio dos elementos para o calculo de suas caracteristicas fisicas C Dy» Vy (4) @ RBV C4)2 5 num banho de agua s 62 “Cy (6) amersio dos corpos-de-prov durante cerca de 2@ a 30 minutos, apds 0 qual séo imediatamente submetidos ao ensaio de compressio diametral, na forma idealizada por Marshall, para cfeato de determinacao ce suas curacteristicas mecanicas Cestabilidade (E) ¢ fluencia (FD | 1s (7) tracado dae curvas de variacio de Es Fs D, » Vy © RBVs em funcio das porcentagens de ligante empregadas — item (3) — ¢ determinacio da porcentagem ctima de ligante (P,,)» segundo os critérios prescritos pelo CORPS OF ENGINEERS (1948). Os métodos do DER/SP (1974) e do DNER (1964), descrevem com detalhes, todos os procedimentos acima sumarizados. Para os EUAy a ASTM (1989) fixa os procedimentos para © ensaio Marshall no método ANSI/ASTH D 1559-89. As curvas tipicas que se obtém para as variavels utilizadas pelo método Marshall sSo apresentadas na Figura 3. 9.3. Significado da estabilidade e da fluéncia, determinados no ensaio Marshall. Tentar interpretar © significado dos parametros determinados por um ensaio empirico @ luz da ciéncia, nem sempre € uma tarefa facil e de pleno éxito. E isto, pelo carater empiricor que, como ja foi dito anteriormente, significa nfo simulacso on laboratorie do fendmeno mecénico real tal gual ele acontece ne campo. No entanto, diversos pesauisadores tém tentado interpretar 0 significado da estabilidade e da fluéncia, na forma, como so determinados pelo ensaio Marshall. 0 HIGHWAY RESEARCH BOARD (1955) citao ponto de vista de V.A. Endersby, segundo o qual, “...a estabilidade Marshall mede prancipalmente a coesio e a viscosidade do ligante betuminoso © de uma certa forma constitui-se também numa medida da estabilidade mecanica dos agregados”. Na sec3o “Discussion” do trabalho de GOETZ (1951)s Norman W. McLeod assinala que, pelo ensaio triaxial, se verifica que o indice de fluéncia de um concreto betuminoso depende do Angulo de atrito interno dos agregados. Assim, parece que a medida da fluéncia Marshall pode fornecer uma medida indireta do angulo de atrato interno dos agresados. Hateraais que apresentam grande fluéncia plastica tém baixo atrito interno, como se pode depreender da Figura 4, extraiéa do ROAD RESEARCH LABORATORY (1962), a qual apresenta uma correlacio entre os valores da fluéncia Marshall e@ uma medada empirica do Angulo de atrito interno, chamada estabrlidade relativa, determinads no estabilémetro de Hvcem. 20 0 CORPS OF ENGINEERS (1948) interpreta a ‘fluéncsa do ensaio Marshall como sendo uma medida da flexibilidude do concreto Orgio, um baixo betuminoso que esta sendo examinado. Para e: valor para a fluéncia pode ser interpretado como um indicador de uma mistura seca e quebradica, enquanto um valor alto reflete um lavras, flexivel. terial macio e plastico, ous em outras Para o ROAD RESEARCH LABORATORY (1962), devido ao fato dey no ensaio Marshall, aplicar-se uma "compress3o sem confinamento”, os parametros medidus, nesse ensaio, tém uma com as deformacSes que realmente ocorrem correlacdo muito limitad nas pastas, quando o material trabalha sob confinamento. Para justificar essa assertiva, esse drgo apresenta um grafico com os resultados das deformacdes na trilha-de-rodas, produzida durante um ensaio de sulcamento das rodas (“wheel-tracking test") © reproduzido na Figura 5. Neese grafico, observa-se que, quando as porcentagens de ligante betuminoso diminui a partir de 6% » embora a estabilidade Marshall dimanuay a deformacZo da trilha-de-roda também diminua. Assim, considerando-se o caminho inverso, enquanto a@ porcentagem de ligante cresce até 8%, embora a estabilidade Marshall crescay a profundidade Ua trilha-de-roda aumenta, © que implica que © aumento da estabilidade Marshall n&o sagnifica aumento da resisténcia as deformacSes por parte da camada betuminosa. No entanto, restringindo-se essa comparacio a faixa em que & porcentagem de ligante € igual ou maior do que 8% (porcentagem Gtama), realmente os resultados da estabilidade de Marshall sio consistentes com as deformacées verificadas no ensaio de afundamento da trilha-de-roda, visto que a diminuicdo da estabilidade € acompanhada de uma queda da resisténcia mecdnica a deformacio (pois constata-se um crescente aumento da de da trilha-de-roda ). Um aspecto importante de ser assinalado € que, na de profunda obtencio da estabilidade e da fluéncia de Marshalls a operac’o compressao diametral geralmente se completa com a rupture do corpo-de-provay em menos de 1@ segundos, como relata o CORPS OF ENGINEERS (1948). Essa caracteristica do cnsaio induz a conclusso de que os valores dos parametros medidos, no ensaio Marshalls refletem princapalmente aS propriedades elésticas do material ensaiado. 21 introducio d= 0 CORPS OF ENGINEERS (1948) sugeriu ® a 2 no ensaio Marshall e@ uma limitacko medida da fluéncia valor maximo dessa grandeze Por centésimos de polegada para Oo dade Marshall n3o @ capaz de medir misturas betumsnovas- reconhecer que apenas a estabil? a resisténcia mecénica as deformacbes das © ROAD RESEARCH LABORATORY (1962) reafirme aue de correlacio entre a estabilicade Marshal! As propostas de METCALF Por essa razior existe usa deficiéncia fe a performance do materzal na Pista, (4959) e de BALADI et alii (1988), relatadas 10 atem 6 deste cem vir a propdsito dessa imperfeicdo observada no trabalho, pare metodo Marshall. Em resumo, embora nfo sendo consideradas srandezas oriundas de um ensaio cientifico © apesar de individuelmente terem pouco significado, em conguntoy © binomio estabalidade-fluéncra pode traduzir condicdes de desempenho pars camadas beluminosas. Assam, valores alto» da estabalidade Marshall (cuperiores a 500 kgf)y assocrados a valores de fluéncaa anferiores 3 20 centésimos de polegaday correspondem sem apresentar deformacdes a omisturas capazes de suportar trafego medioy apreciavers. Por outro lado, masturas com fluéncza alta (muzor do sue mesmo que apresentem estabilidade alt deformacdes por 20 centésamos de polegada)s (maior do aue 500 kgf), podem ficar suseitas flugnesay tanto nas trilhas-de-roda, como da camada como um todo. alads, esse deve sero cuidado a ser tomado, quando SY trabalha com granulometria fina, ou sejas que contenham Pouce no caso das misturas areza com misturas fou nenhum agresrado graudo, como asfalto e similares, ou quando se trabalha em regizo de clima devido @ grande influéncia que as temperatures altas muito quentey tém no comportamento reoldgico dos concretos betuminosos..., » Para que as misturas betuminosas produzissen concretos betuminosos que apresentassem boas Performances nas pistas para © tréfeso da epoca — pressSo dos pneus de ate 140 ps2 (cerca de 10 — 9 CORPS OF ENGINEERS (1948) sugertu, para @ hall um valor minamo de 50@ libras (227 kgf) © um kotvem= estabilidade Mar valor maximo de 2@ centésimos de polegada para a fluéncia. Para adaptar-se a5 novas condicdes de trafeso (maior o dos pneus e maior carga de ruda)y esses valoress vém sendo em conseauéncia das pesauivas que pressa alterados, de tempos em temposy tém sido realizadas. 22 Para o Brasil, o DER/SP (1993) © © DNER (4987) omendam of valores reproduzidos nas Tabelas 2 © 3+ Segundo KANDHAL & KOEHLER (1965), atualmente, noe Eua, amites para a estabilidade e a fluéncis de Marshall varsam de nédia obtida para 38 estados shall resultou no valor minimo © numa faixa para 2 rec os} estado para estado, porémy uma ameracanos que utilizam o metodo Mar: de 1150 libras (S22 kpf)s para w estabalidadcy fluéneia lamitada por um valor minimo de Be um miximo de 16 # 18 centésamos de polegada. 3.4. Significado de D, + ¥, © RBV no metodo Marshall. 6 caélculo dos purdmetros Dy (densadade aparente)s Vy ndo preenchidos' com betume) e RBV (relacao entre volume total de (volume de vazios os volume de vazios preenchidos com betume © © rova utilizados pelo vazios dos agregados minerais) dos corpos-de: metodo Marshall, representa uma forma de se controlar dois aspectos fundamentais de um concreto betuminoso: (1) © processo de compactacdor © (2) @ quantidade de vazios com e sem ligante betuminoso. Atraves dos valores de Dy (lab), obtados em laboratorioy pode-se controlar © processo de compactacao da mistura na pistasy por comparacéo dos valores de Dy (lab) com os valores de Dy (pista), obtidos na pista. Alem dissos através desses valores de Da» pode-se pesquisar a aindispensavel correlacao entre as energias de compactacao, utilizadas no laboratorio, e no processo de execucao das camadas betuminosas, nas pistas. Nos concretos betuminosos utrtazados em pavamentacioy ¢ desesavel que os valores de-¥/(%) e RBV (x) se situem entre um valor minimo e um valor maximo.Y a 0 valor minino de V(X) deve ser tal que permita um pequeno aumento da densificacdo da camada por aco do trafeso © corresponda a um volume minimo de vazios que permita a expansso termica dos agregados, devido a elevactes de temperatura das camadas de modu @ evitar a exsudacdo do ligante para a superficie Gas mesmas. 0 valor maximo de UV, (%), € fawado pura garantar uma densidude suficientes em Conjunto com as outras propricdades tars como, estabilidade e resisténcia a tracao, como dass © HIGHWAY RESEARCH BOARD (1955). requer 23 WAY RESEARCH BOARD (1955) cite © autor declara que, misturac betumanosas Quanto ao RBV (%), o HIGH um trabalho de W.J. Emmons, no sual com RBU (x) superiores a 90%, produzem — camadas anstaveis. Assim, através do controle de V) (x) para cada situsckos oraunda da e RBV (X)y dentro de lamites minamos © maximou, especificos pode-se estabelecer um controle da deformacso canalizacdo do trafepo, » qual pode acarretar & formag3o dos de-rodas, ou até mesmo o deslocamento da camada sulcos ou trilha por amassamento ¢ expulsio. também, através do controle de V, (x) @ de REV (xs tem-se um monitoramento indireto du durabilidade dos concretor betuminosos; a durabalidude diminury se os valores de V, (x) © ge RBV (%) forem altos. Os lamites maximos e minimos para VU, (4) © RBV (%) dependem do tipo de mistura que esta sendo empregada e também du Zo a camada betuminose pressdo dos pneus dos veiculos que solic? em quest io. YODER & WITCZAK (1975) apresentam of Jamites para V(x) © RBV (%)y recomendados atualmente pelo ” Corps of Engineers "s os quais encontram-se reproduzidos nas Tabelas 4 © 5- Para o Brasil, o DER/SP (1991) e 0 DNER (1967) estabelecem para V(X) e RBV (%) 08 valores-limites apresentados na Tabela 6. Ls 9.5. Variabilidade dos resultados obtidos com corpos-de-prova goldados e ensaiados pelo método Marshall. 0 conhecimento do padrao de variabilidade dos resultados de um ensaio, € de fundamental importancia para o estabelecimento de niveis de confianca e de tolerancia para esses resultados. Face a isso, 0 CORPS OF ENGINEERS (1948) desenvolveu um estudo, objetivando a determinacdo de numero de corpos-de-prova necessarios para conferir confiabilidade aos resultados do ensaio Marshall e para poder-se associar uma precis’o relativa @ esses resultados. Esse estudo mostrou que a variabilidade dos valores 05 caracteres fisicos dus corpus-de-prova (Ds + VY, @ REV ) © vamente baixa nas misturas para concreto asfaltico © svamente alta para misturas cy areae-asfalto, Quanto oe 24 medidas pelo ensaio caracteristacas mecanicas das misturass E>) eda fluéncis Marshall, através da estabilidade Marshall ( (CF dy os resultados desse estudo mostraram que: (1) ® dispersio dos valores de "F” é@ relativamente alta para os dois tipos basicos de mistura estudados, ¢ (2) que 2 dispersiio dos valores de “ene medie relativamente alta, nas misturas para concreto asfaltscor © para masturas de aresa-asfalto. Como consequéncia da necse estudo, © CORPS OF ENGINEERS (1948) estabeleces como razoaveis as seguintes tolerancias? @ mais ou menos 0.4% (+ 0:4 %) para " Dy + 5% ) para” F” andlise dos resultados obtidos @ mais ou menos 5X ¢ mais ou menos 10% (#10 % ) para" Ee Na Tabela 7, apresenta-se 2 susestSo — desses pesquisadores quanto @ quantidade minima de corpos-de-prove necesséria para se obterem resultados dentro desses limites de tolerancia. 0 método M 120-40 do DER/SP (1974) recomenda a moldagem 2 corpos-de-prova para cada teor de ligantes Pa de, no minimos eferto de dosagem de misturas asfalticas a quente. Por outro lados tanto o método DNER ME 43-64 do DNER (1964), como o metodo D 1559- a9 da ASTM (1989), recomendam o preparo dey no minimos 3 corpos” de-prova para cada teor de ligante testado. De acordo com 0 estudo sobre reprodutibilidade resultados do ensaio Marshall do CORPS OF ENGINEERS (1948) quando se utilizam 3 corpos-de-prova para cada teor de ligantes as dos tolerancias recomendadas por esse orsao so ndo sao atendidas pelas medidas da flugncia ( F 9, © eventualmente, pelas medidas da Gensidade aparente ( D, >. Parece sery Por essa raz3o, que um minimo de 3 corpos-de-prova, para cada teor de lisante, estesa sendo considerado como razoavel para a obtencdo de resultados confiavers do método Marshall. 4. FATORES QUE INFLUEM NOS VALORES DOS PARAMETROS UTILIZADOS PELO HeTODO MARSHALL Tanto a pratica do metodo Marshall, como as pesquisas realizadas sobre esse metocc, tém mostrado aue inumeros fatores influem nos valores dos parametros medidos © usados pelo met oon. uma exposicdo # respeito das Neste item, apres 25 influéncias que tém sido observadas nos parametros utalizados pelo método Marshall, em consequéncia de diversos fatoress [ais como: caracteristicas dos materiais empregados; padries © procedimentos operacionais do ensaio Marshall, técnica de realizagio do ensaio & até das caracteristicas dos equipamentos utilizados. 4.4. Influgncia dos materiais granulares- @ influéncia dos materiais granulares, nos parametros utalizados pelo método Marshall, deve ser visualizada sob trés diferentes acpectos: (1) 0 tipo e a natureza das particulass (ra granulometria das particulas e (3) as materiais granulares na composic3o das misturas betumanosas. proporcées dos diversos 4.101. Influéncia do tipo e quantidade de agregadas graudos. De acordo com o DER/SP (1991), chama-se agreaado graudo ao material granular que passa na peneira de maior abertura oa fama granulometrica considerada © fica retido na peneira de 4,76 mm de abertura. 0 ROAD RESEARCH LABORATORY (1962) relata que, quando @ porcentasem de agresados grauidos em relaczo ac total do material granular é da ordem de 40 a SOx; as particulas de agresados graddos comecam a se tocar umas nas outras, formando um tipo de estrutura mecdnica, cuja resisténcia oferecida as deformacbes permanentes pode crescer acentuadamente, atingindo um maximo quando essa porcentagem € da ordem de 65x. © No estudo empreendido pelo CORPS OF ENGINEERS (1948) a respeito do método Marshall, observou-se que a> propriedades doe misturas betuminosas testadas atingiram os melhores indicesy quando a porcentagem de agregados graudos era da ordem de 60% em relacdo ao peso total dos materiais granulares; utilizados na mistura. A Figura 7, extraida do ROAD RESEARCH LABORATORY (1962)5 apresenta alguns exemplos de curvas da estabilidade Marshall vs porcentagem de ligante para trés tipos de misturas betuminosasy com SSX 1 25% e€ @% de agregados graudos. Como se pode observar nessa figura, quando a porcentagem ce agregados graudos cresce ate c limite de 60%, os valores da estabslidade maxima de Marshall tambem crescem, enauante a porcentasem ctima de jigante betuminoso eecoeeoeeeoeeoooooosooaeooeseeSseeeeet eeeeocoeoeeoeeesesse 26 particulas dos agregados graudou dos parametros amo da 0 tamanho também tem uma grande influéncia, nos valores No trabalho do CORPS OF ENGINEERS umento do tamanho maximo das melhora utslazados pelo método Marshall. (1948), 05 autores assinalam que o & regados praudos, de 1/2 para 1 polegada gerais da mastura. particulas de significativamente as caracteristicas Segundo DAVIS (1987), auando o tamanho maxsmo dos @ aproxima da espessura da camada betuminosa acabaday agregados 5 capacidade de suporte desss obtem-se um grande incremento n# um importante fator para o aumento di camada. Para esse autor @ a utilizacio de capacadade de suporte (das camadas betuminosas) agregados, com tamanho maximo de particulass da”. CROTTAZ & PIGOIS (1978) recomendam para 0% superior a 2/3 da espessura da c asregados graddos, particulas com tamanho miximos de 1/3 2 1/2 de esportura da camada betuminosa acabada. Por outro lado, o DNER (1987) considera que o dramctro das particulas granulares; para uso emo mucturas deve ser igual ou menor do que 2/3 da espessura de maximo betuminosasy camada de rolamento acabada. Como se pode depreender do que for acima exposto, embora dos se reconheca, que quanto mais préximo 0 tamanho maximo for da espessura da camada acabaday tanto mazores parece nao haver aindas agregados sergo os valores da estabilidade obtidoss consenso, quanto & relacdu que deve haver entre esses pardmetros. 0 tipo ou formato das particulas dos agregados caracteristicas gerais dos concretos graudos também exerce influéncia nas betumainosas. A pesquisa do CORPS OF ENGINEERS (1948) revela sues’ enquanto a porcentagem de asresados graudos for inferior 2 40% G0 peso total de material granular, nenhuma influéncie signifacativa for observada. Porém, quando a porcentagem de agregados graddos excedia esse valor, o tipo e a natureza das particulas tornavam-se de grande importancia para @ estabilidade Marshal] das misturas. he pesauisas de laboratério, relatadas nesse trabalho do USACE, mostraram que as escorias de alto-forno Produziam as pedregulhos © caledreos pritedo ores estabilidades observadasi apresentavam resultados similares e@ bastante promimos das mer0res estubilidades odservadas, enauanto as misturas produzidas com pedregulho no britade (ou ses agregados arredondados © lisos) apresentavam os menores valores para a ustabilidade Marshall. eeeugevevsevvvvvvvevvvevree” 0 CORPS OF ENGINEERS (1948) também revela que falhas M3 ( auséncia de determinados tamanhos de nio-satisfatoria curva granulométrica particula) podem gerar misturas com qualidade esse trabalho, sugere limites granulométricos pare de se obterem misturas com Por essa razor as diversac peneiras utilizadas @ fim qualidade satisfatdria. As faixas granulometrias recomendadas para uso bracil, sf0 dadas pelo DNER (1987), @ para o estado de Sio Pauloy 580 dadas pelo DER/SP (19971). no 4.4.2. Influéncia do tipo e quantidade de agregados miudos- 0 DER/SP (1991) define asrecado mide, como sendo © materaal granular que pasea na penesra de 4,76 mm de abertura. No entanto, esse oreo dictingue a fracdo mais fina (aquela que passe na penerra de 0.42 mm de abertura) dow agregados middosy denominando-a de filler ou material de enchimento. f@ Tabela 8 apresenta as caracteristicas granulomelricas dos fillers segundo o DER/SP (1991) e@ o DNER (1987). GRIFFITH & KALLAS (1956) estudaram a influéncaa do tipo © da quantidade de agresados miudos nos pardmetros utilizados pelo metodo Marshall. Segundo esses autores, 0 aumento da angulasidade e da rugosidade superficial das particulas de agregados miudos produzem aumento dos valores da estabilidade Marshall e€ também da quantadade otima de ligante betuminoso requerida. A Figura & extraida do ROAD RESEARCH LABORATORY (1962)+ apresenta alguns graficos que mostram a influéncia dos agregados middos nos valores da estabilidade Marshall. 0 HIGHWAY RESEARCH BOARD (1955) destaca sue uma das maneiras mais eficientes de se melhorarem as qualidades de uma mistura betuminosa do tipo denso € 0 uso criterioso de filler mineral. Segundo essa publicacao, seo filler for do tipo bem graduado, além de aumentar a estabilidade da mistura, ele contribu: decasivamente para a reducSo do volume de vazi0s dos agregados minerais © conscauentemente para ums menor quantidade de vazios no concreto betuminoso assim produzido. Para CROTTAZ & PIGOIS (197 ras betuminosas pelas seguintes @), © filler tem um papel de fundamental amportancia nae mist azdes: 28 "2 ele completa a granulometraa ( dos aoreoe os ) precnchendo uma parte de seus vazr0s} = ele aumenta a densidade das masturasi se ele estiver ausente, sera necessario | subs” titui-lo por um complemento de ligantes © que seria muito anconvenzentes ~ ele permite utalazar uma alta dosagem de Sapante, porem excessu néo é aceztavels 0 que aumenta a coesso e # impermeabslidade da camada betuminosas - ele aumenta a viscosidade do ligante e ate nesmu a do concretu betuminoso comy um todo (melhorando sua estabilidade); como se sabe a estabilidade de uma camada betuminosa de~ pende da viscosidade do ligantes - ele diminui a suscetilidade termica do ligante e consequentemente a du camada be~ Luminosa comy um todo.” 0 ROAD RESEARCH LABORATORY (1962) também ressalta © grande papel que # argamassa constituida por “areia/filler/ligan~ te betuminoso " tem na resisténcia & fluéncia plastica ( ou resisténcia & deformacto lenta ) das camadas betuminosas de pavimentacse. Nessa publicaczo, # influéncia da tentura superficial das particulas de agregados miudos, bem comu du taro © da quantidade de filler nas propriedades gerais dos concretos betuminosos tambem € destacada~ Ds estudos do CORPS OF ENGINEERS (1748) assinalam aque nas misturas de areia-asfalto = porcentagem maxima de filler admissivel para a produc3o de misturas com boas propriedades (aynorande-se a flexibilidade e a durabalidade ) foi da ordem de 15% para todos os tipos de fillers testados, excessio feits aos pos calcareos e ao cimento portland, os quais poderiam chegar 2 representar até 20% do peso total dos materiais granulares. Para os concretos asfalticos, a quantidade oe filler ideal, resultante desses estudos, deve limtar-se a um minimo de 3u e a um maxamo de 12% em relacko ao peso total de material granular utal:zado. Ressalte-se, por fim, que a definico de filler do ER (1967)5 acrma consaderada, € um Pouce 5 OF ENGINEERS (1948). Para vsse DER/SP (1994) e do DI diferente da definicao do CO Ultimoy filler e© 0 materaal granular, tal que, 10@% de suas mm de abertura, portanto um passam na peneira 29 materaal essencialmente constituido de po mineral. 4.2. Influéncia do ligante betusinoso. Tanto o tipo como a quantidade de ligante betuminoso influem nos valores dos parametros utilizados no método Marshall suas Procura-se; a seguir, examinar esses efeitos bem como consequéncias no projeto das misturas betuminosas @ 10 comportamento dos concretos betuminosos que elas produzem. 4.2.1. Influéncaa do tipo e das caracteristicas do ligante. Uma das caracteristicas fundamentais de um lisante ca razdoy betumnoso € a sua viscotidade absoluta. Por ¢ modernamente a classificacio dos cimentos asfalticos de petrolec (CAP) baseia-se no valor de sua viscosidade absoluta a 60 °c, ao anvés de basear-se no valor de sua penetracio normal 2 25 °C, cono para essa mudanca de ocorria ha alguns anos. Uma justificata critérios dentro do cenério do Brasil» € apresentada por SANTANA & GONTIJO (1984). A viscosidade dos Iigantes betuminosos € aintensamente influenciada pela temperatura, tanto ques como ya se menczonou anteriormente, esses materiais sio denominados termoplasticos. As propriedades plasticas de uma mistura betuminosa dependem do races de comportamento do ligante betuminosoy diante das temperatura e das aches das cargas. Conforme astinala o ROAD RESEARCH LABORATORY (1962), as propricdades reologicas do ligante tam grande influéncia nas propriedades reologicas das misturas: como, alias, se pode verificar no abaco de SAUNIER apud SANTANA & GONTIJO (1984). A vascosidade dos ligantes betuminosos e sua grande dependéncaa da temperatura parecem ser © ponto-chave das questées relacionadas ao comportamenta reologico dos concretos betuminosos. fA visto disso» © RAN RESEARCH LABORATORY (1962) chama a atenco para o fato de que a maxima temperatura que ocorre nas camadas de revestimento betuminosc, seve ter levada na devida conta para efeito da determinacdo da ectabilidade necessaria a uma Bo. Seguncu cuts publicacio, © camada betuminosa para paviment padrio de tempcratura adctaco para os ensaios de determinaco ds

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