História Da Igreja 1

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HISTÓRIA DA IGREJA 1

UMA VISÃO PANORÂMICA


INTRODUÇÃO
Teologia Exegética

Teologia Sistemática

Teologia Pastoral

Teologia Filosófica

Teologia Histórica
TEOLOGIA HISTÓRICA

Objetiva explorar o desenvolvimento histórico das doutrinas cristã e


identificar os fatores que influenciaram sua formulação. A história da
teologia documenta as respostas às grandes questões do pensamento
cristão
INTRODUÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA

Deus é o Senhor da História

Entendermos as doutrinas e seu desenvolvimento

Ela nos serve de testemunho

Ajuda-nos a evitar os erros do passado


CONTEXTO

Identificar a expansão do Cristianismo tendo como pano de fundo as


culturas que se opuseram e ao mesmo tempo colaboraram para o
seu desenvolvimento; identificar os primeiros movimentos da igreja
cristã em direção ao estabelecimento formal de seus dogmas.
OS GREGOS

HELENIZAÇÃO

FILOSOFIA

IDIOMA
DIÁDOCOS

Os Reinos Helenísticos foram


reinos surgidos na Ásia, Egito,
Macedônia e Grécia após a
divisão do Império de
Alexandre, o Grande (ou
Magno) por seus generais:
Selêuco, Lisímaco, Ptolomeu
e Cassandro, após a morte do
imperador em 323 a.C.
Quando o Cristianismo surgiu e durante os primeiros séculos de sua
existência, os romanos eram os senhores do mundo. Em 50 A.D.
OS ROMANOS

POVOS UNIFICADOS

PAX ROMANA

INTERCÂMBIO
O CULTO AO IMPERADOR

O culto imperial foi introduzido em Roma no início do


principado de Augusto e teve uma grande importância no
processo de centralização do poder e unificação do
Império Romano, expandindo-se rapidamente por todas as
províncias. Um imperador falecido considerado digno de
honra podia se tornar uma divindade do Estado romano
(divus) através de uma cerimônia de apoteose concedida
pelo Senado.
OS JUDEUS
DISPERSÃO JUDAICA BABILÔNIA

Durante os séculos que precederam o MEDO-PERSA


advento de Jesus houve um número cada vez
maior de judeus que viviam fora da Palestina.
Alguns destes judeus eram descendentes dos
GRÉCIA
que haviam ido ao exilio na Babilônia e
portanto nessa cidade, como em toda a
região da Mesopotâmia e Pérsia, havia fortes
contingentes judeus. ROMA
TENSÕES NO MUNDO
BABILÔNIA
JUDAICO
As conquistas de Alexandre tiveram uma base MEDO-PERSA
ideológica. O propósito de Alexandre não era
simplesmente conquistar o mundo, mas unir
toda a humanidade sob uma mesma civilidade
GRÉCIA
de tonalidade marcadamente grega. Posto que
parte da ideologia helenista consistia em
equiparar e confundir os deuses de diversos
povos, os judeus viam no helenismo uma séria ROMA
de ameaça à fé no Deus único de Israel.
TENSÕES NO MUNDO
BABILÔNIA
JUDAICO
De acordo com González: MEDO-PERSA

“Os judeus como os cristãos pareciam ser


pessoas intransigentes, que insistiam em
GRÉCIA
seu Deus único e diferente de todos os
demais deuses. Por esta razão, muitos
viam no judaísmo e no cristianismo um
ROMA
quisto que devia ser extirpado da
sociedade romana”.
AS SINAGOGAS
Para a maioria dos judeus, o domínio
romano constituía um peso espiritual (Lc
13.1; At 5.36-37). Muitas vezes essa rebeldia
relacionava-se com a esperança no Messias
que castigaria os gentios e exaltaria os
judeus. E como o judeu ganharia a vida
eterna no reino do Messias? Por cumprir a
lei! Foram os escribas (geralmente fariseus)
que, com base na lei, elaboraram muitos
mandamentos para a vida diária.
ALEXANDRIA

Dos judeus que viviam na Dispersão,


destaca-se aqueles que viviam em
Alexandria. A Bíblia usada era a tradução
grega do Velho Testamento chamada
“Septuaginta – LXX” (A Bíblia dos
Apóstolos).
CONTEXTO

É essencial entendermos o mundo daquela época para


que entendamos a história e desenvolvimento da Igreja
Primitiva. As principais culturas da época (grega, romana
e judaica) contribuíram para o crescimento do
cristianismo, no entanto, tais culturas, foram os maiores
opositores ao desenvolvimento do cristianismo primitivo.
CRONOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
OS PAIS DA IGREJA
INTRODUÇÃO
É de suma importância analisar a doutrina dos chamados “Pais da igreja”, pois eles
foram os responsáveis pelo povo de Deus daquela época e pela teologia que
construíram, sendo que até hoje serve de base para a Igreja. Nomes como o de
Clemente de Roma, Clemente de Alexandria, Inácio de Antioquia, Policarpo, Justino
o mártir, Irineu de Lião, Origines, Tertuliano e outros, que foram os sucessores dos
apóstolos e responsáveis por transmitir os ensinamentos bíblicos, merecem não
pouco reconhecimento por sua fé, virtude e zelo que nutriam pelo corpo de Cristo na
terra – a Igreja.
QUEM SÃO OS PAÍS DA IGREJA?

O título “Pai”, aplicado historicamente a alguns líderes


cristãos, surgiu devido à reverência que muitos nutriam
pelos bispos dos primeiros séculos. A estes chamavam
carinhosamente de “Pais” devido ao amor e zelo que
tinham pela Igreja, mais tarde, porém, este termo foi
sacralizado pelos escritores eclesiásticos.
CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO

✓Antiguidade. Pertencem à Igreja Primitiva,

✓A ortodoxia. Ensinavam a doutrina ortodoxa,

✓A ortopraxia. Um exemplo para seguirmos

✓Aprovação da igreja. A igreja os reconhecia como mestres.


PERÍODOS
ANTIGUIDADE: ERA PATRÍSTICA (100 – 700 d. C.)
Termina no século VII, na Igreja do Ocidente.
Termina no século VIII, na Igreja do Oriente.
Pré-Nicéia (até 325 d.C.)

Pré-Calcedônia (até 451 d.C.)

Ocaso da Era Patrística


PRÉ-NICÉIA (ATÉ 325 D.C.)

Pais apostólicos: trata-se do primeiro conjunto de


literatura cristã ortodoxa posterior ao Novo
Testamento.
QUEM SÃO OS PAIS
APOSTÓLICOS?
❑ 1º e 2º Clemente
❑ Sete cartas de Inácio de Antioquia
❑ Epístola aos filipenses e o Martírio de Policarpo
❑ Epístola de Barnabé
❑ O pastor de Hermas
❑ Didaquê
❑ Epístola a Diogneto
❑ Papias
PRÉ-NICÉIA (ATÉ 325 D.C.)

Apologistas: Foram aqueles que empregaram todas suas habilidades


literárias em defesa do Cristianismo perante a perseguição do Estado.
Geralmente este grupo se situa no segundo século e os mais proeminentes
entre eles foram: Tertuliano, Justino – o mártir, Teófilo e Aristides.
OS APOLOGISTAS
As críticas aos cristãos desde alegações simplistas e preconceituosas feitas
pela população em geral (incesto, canibalismo, ateísmo) até contestações
sofisticadas vindas de intelectuais pagãos como Luciano de Samosata,
Galeno, Celso e Porfírio, causaram o surgimento de um novo tipo de reflexão
e de literatura cristã, dirigida a um público externo com o duplo objetivo de
defender o cristianismo das acusações que lhe eram lançadas e de apelar às
autoridades por tolerância em favor dos cristãos.
OS APOLOGISTAS

Os apologistas são: Aristides, Justino Mártir, Melito de Sardes,


Atenágoras de Atenas, Taciano e Teófilo de Antioquia. Um aspecto
saliente da obra dos apologistas foi o uso da filosofia grega,
especialmente o platonismo. Esses cristãos entendiam que não existia
conflito entre a fé cristã e o que havia de melhor na filosofia, e que esta
era um recurso adequado para comunicar a fé cristã a uma audiência
greco-romana.
PRÉ-CALCEDÔNIA (ATÉ 451 D.C.)

Polemistas: Os pais desse grupo não mediram esforços para defender a fé


cristã das falsas doutrinas surgidas fora e dentro da Igreja. Geralmente
estão situados no terceiro século. Os mais destacados entre eles foram:
Irineu, Tertuliano, Cipriano e Orígenes.
AS CONTROVÉRSIAS
CRISTOLÓGICAS
HERESIAS A RESPEITO JESUS
AS CONTROVÉRSIAS
CRISTOLÓGICAS
O CONCÍLIO DE NICÉIA (325 D. C)
O Concílio de Nicéia reuniu-se em reação ao ensino de Ário. Em 324, Constantino tornou-se
imperador do oriente, como também do ocidente, e foi forçado a intervir. Ele convocou o
Concílio de Nicéia, que se reuniu em junho de 325, sob sua presidência. Cerca de 220 bispos
estavam presentes, a maioria do oriente. O Concílio condenou Ário e produziu um credo
antiariano, o Credo de Nicéia – não confundir com o “Credo Niceno”, que foi originado no
Concílio de Constantinopla em 381.

“Nós cremos em um Deus, o Pai todo poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em
um Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado do Pai, isto é, da substância do Pai. Ele é Deus de
Deus, luz de luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não criado, de uma substância com o
Pai. Por ele todas as coisas foram feitas, as coisas no céu e sobre a terra. Por nós homens e para a
nossa salvação ele desceu, foi feito carne e tornou-se homem. Ele sofreu, ressuscitou ao terceiro dia
e ascendeu aos céus. Ele virá novamente para julgar os vivos e mortos. E no Espírito Santo”.
O CONCÍLIO DE
CONSTANTINOPLA (381 D.C)
Em 379 o ocidental Teodósio tornou-se imperador do oriente. Ele
era fielmente niceno em suas crenças e resolveu acabar de vez com
o arianismo uma vez por todas. Este foi o concílio totalmente dos
Pais capadocianos (Basílio, Gegório de Naziazeno e Gregório de
Nisra). Três heresias foram condenadas em Constatinopla:
Arianismo; Macedonismo, duvidavam da divindade do Espírito
Santo; e o Apalorianismo.
O CONCÍLIO DE ÉFESO (431 D.C)

O imperador Teodósio convocou o Concílio de Éfeso, que se reuniu em junho


de 431, para resolver a controvérsia entre Cirilo e Nestório.

Nestório negava que a virgem fosse theotokos (portadora de Deus). Foi


Jesus, o homem que nasceu de Maria, não Deus, o verbo. Cirilo ouviu isso e
reagiu.

A posição de Cirilo é que Jesus Cristo não é um homem habitado por ou unido
a Deus, o Verbo – Ele é Deus, o Verbo feito carne.
O CONCÍLIO DE CALCEDÔNIA
(451 D.C)
O Concílio de Calcedônia foi convocado pelo imperador Marciano para resolver o
caso de Êutico, que já havia sido condenado por Leão.

O eutiquianismo também conhecida por Monofisismo, esta concepção de Cristo foi


formulada por Eutiques (ou Êutico, 378-454 d.C.), que fora líder de um mosteiro em
Constantinopla. O Eutiquianismo ensinava que a natureza divina de Jesus havia
absorvido a natureza humana, gerando consequentemente um ser com uma terceira
natureza. Esta doutrina é preocupante pois anula Cristo como verdadeiro Deus e
como verdadeiro homem, o único que pode nos trazer salvação.
“Portanto, conforme os santos pais, todos nós, de comum acordo, ensinamos os homens a reconhecer um e o
mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, totalmente completo na divindade [CONTRA ÁRIO] e completo em
humanidade [CONTRA APOLINÁRIO], verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, que consiste
também de uma alma racional e um corpo; da mesma substância (homoousios) com o Pai no que concerne à
sua divindade e ao mesmo tempo de uma substância conosco, concernente à sua humanidade; semelhante a
nós em todos os aspectos, exceto no pecado; concernente à sua divindade, gerado do Pai antes das eras, ainda
que também gerado como homem, por nós e por nossa salvação, da virgem Maria; um e o mesmo Cristo, Filho,
Senhor, Unigênito, reconhecido em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação [
CONTRA ÊUTICO]; a distinção das naturezas de maneira alguma anula-se pela união; mas, pelo contrário, as
características de cada natureza são preservadas e reunidas, para formar uma pessoa [CONTRA NESTÓRIO] e
substância [hypostasis], mas não partidas ou separadas em duas pessoas, mas um e o mesmo Filho e Deus
Unigênito, o Verbo, Senhor Jesus Cristo; assim como os profetas dos tempos antigos falaram dele e o próprio
Senhor Jesus Cristo nos ensinou e o credo dos pais foi transmitido para nós.”
POR QUE ESTUDAR OS PAIS DA
IGREJA?
1.Eles são os guardiões e mestres da fé;

2.Eles nos ajudam a compreender as Escrituras;

3.Eles defenderam o cristianismo;

4.São modelos de vida cristã;

5.Eles são modelos de pastoreio;

6.Eles são “poetas” do conhecimento e amor de Deus


ALERTAS CONTRA OS PAIS DA
IGREJA
1. Antijudaísmo;

2. Uma visão negativa sobre as mulheres;

3. Não tiveram uma visão bíblica do corpo e da sexualidade;

4. Foram influenciados pela cosmovisão helênica.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
ANTIGUIDADE Patrística é o corpo doutrinário
ERA PATRÍSTICA (100 a 700 d.C) que se constituiu com a
A IGREJA PRIMITIVA

ERA DOS colaboração dos primeiros pais


PAÍS DA
IGREJA da igreja, veiculado em toda a
literatura cristã produzida entre
os séculos II e VIII, exceto o
Novo Testamento.

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