NBR15575-1 - 2021
NBR15575-1 - 2021
NBR15575-1 - 2021
Número de referência
ABNT NBR 15575-1:2021
98 páginas
© ABNT 2021
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................ix
Introdução............................................................................................................................................xi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................6
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4 Requisitos do usuário.......................................................................................................18
4.1 Generalidades....................................................................................................................18
4.2 Segurança..........................................................................................................................18
4.3 Habitabilidade....................................................................................................................19
4.4 Sustentabilidade................................................................................................................19
4.5 Nível de desempenho.......................................................................................................19
5 Incumbências dos intervenientes....................................................................................19
5.1 Generalidades....................................................................................................................19
5.2 Fornecedor de insumo, material, componente e/ou sistema........................................19
5.3 Projetista............................................................................................................................20
5.4 Construtor e incorporador...............................................................................................20
5.5 Usuário...............................................................................................................................20
6 Avaliação de desempenho...............................................................................................21
6.1 Generalidades....................................................................................................................21
6.2 Diretrizes para implantação e entorno............................................................................21
6.2.1 Implantação.......................................................................................................................21
6.2.2 Entorno...............................................................................................................................22
6.2.3 Segurança e estabilidade.................................................................................................22
6.3 Métodos de avaliação do desempenho...........................................................................22
6.4 Amostragem......................................................................................................................22
6.5 Relação entre normas.......................................................................................................22
6.6 Documento com os resultados da avaliação do sistema..............................................23
7 Desempenho estrutural....................................................................................................23
8 Segurança contra incêndio..............................................................................................23
8.1 Generalidades....................................................................................................................23
8.2 Requisito – Dificultar o princípio do incêndio................................................................23
8.2.1 Critérios para dificultar o princípio do incêndio............................................................24
8.2.2 Métodos de avaliação da segurança relativa ao princípio do incêndio.......................24
8.2.3 Premissas de projeto........................................................................................................24
8.3 Requisito – Facilitar a fuga em situação de incêndio....................................................24
8.3.1 Critério – Rotas de fuga....................................................................................................24
8.3.2 Métodos de avaliação.......................................................................................................24
8.4 Requisito – Dificultar a inflamação generalizada...........................................................24
8.4.1 Critério – Propagação superficial de chamas.................................................................24
8.4.2 Métodos de avaliação da segurança à inflamação generalizada de incêndio............24
8.5 Requisito – Dificultar a propagação do incêndio...........................................................25
8.5.1 Critérios..............................................................................................................................25
8.5.2 Métodos de avaliação.......................................................................................................25
8.6 Requisito – Segurança estrutural em situação de incêndio.........................................25
8.6.1 Critério................................................................................................................................25
8.6.2 Métodos de avaliação.......................................................................................................25
8.7 Requisito – Sistema de extinção e sinalização de incêndio.........................................26
8.7.1 Critério – Equipamentos de extinção, sinalização e iluminação de emergência........26
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15.4.1 Critério................................................................................................................................63
15.4.2 Método de avaliação.........................................................................................................63
16 Funcionalidade e acessibilidade.....................................................................................64
16.1 Requisito – Altura mínima de pé-direito.........................................................................64
16.1.1 Critério – Altura mínima de pé-direito.............................................................................64
16.1.2 Método de avaliação.........................................................................................................64
16.2 Requisito – Disponibilidade mínima de espaços para uso e operação da habitação...64
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Anexos
Anexo A (informativo) Parâmetros informativos para a análise do desempenho térmico..........70
A.1 Degradação da absortância à radiação solar.................................................................70
A.2 Parâmetros informativos do procedimento de simulação computacional..................71
A.3 Diagnóstico de desempenho térmico da unidade habitacional de acordo com o
procedimento de simulação computacional..................................................................72
Figuras
Figura 1 – Procedimentos de avaliação de desempenho térmico.................................................30
Figura 2 – Exemplo da delimitação dos pavimentos a serem representados no modelo
computacional...................................................................................................................37
Figura 3 – Ilustração esquemática da análise horária dos dados de saída dos modelos com
e sem o uso da ventilação natural, para o cálculo do PHFTAPP, da CgTRAPP e da
CgTAAPP.............................................................................................................................49
Figura 4 – Ábaco e equações para a obtenção do ΔPHFTmín quando o PHFTUH,ref for inferior a
70 %....................................................................................................................................54
Tabelas
Tabela 1 – Métodos de medição de propriedades térmicas de materiais e elementos
construtivos.......................................................................................................................22
Tabela 2 – Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de verão...................23
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Prefácio
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 15575-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-002), pela
de Comissão de Estudo de Desempenho de Edificações (CE-002:136.01). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 16.07.2012 a 13.09.2012. O Projeto de Emenda 1 circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 17.11.2020 a 16.12.2020. O Projeto de Emenda 2
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 04, de 07.04.2021 a 06.05.2021.
A ABNT NBR 15575-1:2021 equivale ao conjunto ABNT NBR 15575-1:2013, Emenda 1, de 30.03.2021,
e Emenda 2, de 14.09.2021, que cancela e substitui a ABNT NBR 15575-1:2013.
Esta Norma, sob o título geral “Edificações habitacionais – Desempenho”, tem previsão de conter
as seguintes partes:
Esta ABNT NBR 15575-1:2021 não se aplica aos projetos de construção que tenham sido protocolados
para aprovação no órgão competente pelo licenciamento anteriormente à data de sua publicação
como Norma Brasileira, bem como àqueles que venham a ser protocolados no prazo de 180 dias após
esta data, devendo, neste caso, ser utilizada a versão anterior da ABNT NBR 15575-1:2013.
Scope
This part of ABNT NBR 15575 provides the requirements and performance criteria that are applied to
residential buildings, as a whole integrated, as well as be evaluated in an isolated way for one or more
specific systems.
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— Projects filed in the competent organs of the date of exigibility of this Standars,
— Retrofit of buildings,
— Temporary building:
This part of ABNT NBR 15575 is used as a procedure for performance evaluation of constructive
systems.
The requirements provided in this part of ABNT NBR 15575 (Clauses 4 to 17) are supplemented by the
requirements provided in ABNT NBR 15575-1 to ABNT NBR 15575-6.
The electrical systems of residential buildings are part of a broader set of Standards based on
ABNT NBR 5410 and, therefore, the performance requirements for these systems are not provided in
this part of ABNT NBR 15575.
This part of ABNT NBR 15575 provides criteria for thermal, acoustic, luminous and fire safety
performance, that shall be met individually and alone by the conflicting nature itself of the measurements
criteria, e.g., acoustic performance (window closed) versus ventilation performance (open window).
Requirements applicable only for buildings up to five floors will be specified in their respective Clauses.
Introdução
Normas de desempenho são estabelecidas buscando atender aos requisitos dos usuários, que, no caso
desta Norma, referem-se aos sistemas que compõem edificações habitacionais, independentemente
dos seus materiais constituintes e do sistema construtivo utilizado.
O foco desta Norma está nos requisitos dos usuários para o edifício habitacional e seus sistemas,
quanto ao seu comportamento em uso e não na prescrição de como os sistemas são construídos.
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Por sua vez, as Normas de desempenho traduzem os requisitos dos usuários em requisitos e critérios,
e são consideradas complementares às Normas prescritivas, sem substituí-las. A utilização simultânea
delas visa atender aos requisitos do usuário com soluções tecnicamente adequadas.
No caso de conflito ou diferença de critérios ou métodos entre as Normas requeridas e esta Norma,
atende-se aos critérios mais exigentes.
A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas
prescritivas específicas, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação
e o conforto tátil e antropodinâmico dos usuários.
Todas as disposições contidas nesta Norma aplicam–se aos sistemas que compõem edificações
habitacionais, projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que
atendam às instruções específicas do respectivo manual de uso, Operação e manutenção.
1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho aplicáveis
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às edificações habitacionais, como um todo integrado, bem como a serem avaliados de forma isolada
para um ou mais sistemas específicos.
— obras já concluídas,
— obras de reformas,
— retrofit de edifícios,
— edificações provisórias.
1.3 Esta parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempe-
nho de sistemas construtivos.
1.4 Os requisitos estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 15575 (Seções 4 a 17) são complemen-
tados pelos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6.
1.5 Os sistemas elétricos das edificações habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de
Normas com base na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas
não são estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 15575.
1.6 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico,
lumínico e de segurança ao fogo, que são atendidos individual e isoladamente pela própria natureza
conflitante dos critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus de-
sempenho de ventilação (janela aberta).
1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos são especificados em
suas respectivas seções.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 5671, Participação dos intervenientes em serviços obras de engenharia e arquitetura
ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de gestão de manutenção
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ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos
ABNT NBR 7398, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a quente – Verificação da
aderência do revestimento – Método de ensaio
ABNT NBR 7400, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão a quente – Verificação
da uniformidade do revestimento – Método de ensaio
ABNT NBR 8094, Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição à névoa salina
– Método de ensaio
ABNT NBR 8096, Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição ao dióxido de
enxofre – Método de ensaio
ABNT NBR 8800, Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios
ABNT NBR 10821-1, Esquadrias para edificações – Parte 1: Esquadrias externas e internas –
Terminologia
ABNT NBR 10834, Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural – Especificação
ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos
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ABNT NBR 13434-1, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 1: Princípios de
projeto
ABNT NBR 13434-2, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensões e cores
ABNT NBR 14037, Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das
edificações – Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos
ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio
ABNT NBR 15210-1, Telha ondulada de fibrocimento sem amianto e seus acessórios – Parte 1:
Classificação e requisitos
ABNT NBR 15215-3, Iluminação natural – Parte 3: Procedimento de cálculo para a determinação da
iluminação natural em ambientes internosABNT NBR 15220-2, Desempenho térmico de edificações –
Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do
fator solar de elementos e componentes de edificações
ABNT NBR 15220-3, Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro
e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social
ABNT NBR 15319, Tubos de concreto, de seção circular, para cravação – Requisitos e métodos
de ensaio
ABNT NBR 15526, Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais
e comerciais – Projeto e execução
ABNT NBR 15575-2, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 2: Requisitos
para os sistemas estruturais;
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ABNT NBR 15575-3, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 3: Requisitos
para os sistemas de pisos internos;
ABNT NBR 15575-4:2021, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 4:
Sistemas de vedações verticais externas e internas;
ABNR NBR 15575-5:2021, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 5:
Requisitos para sistemas de coberturas
ABNT NBR 15575-6, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 6: Requisitos
para os sistemas hidrossanitários
ABNT NBR 17240, Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento
e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos
ABNT NBR ISO 10052, Acústica – Medições em campo de isolamento a ruído aéreo e de impacto
e de sons de equipamentos prediais – Método simplificado
ABNT NBR ISO 16032, Acústica – Medição de nível de pressão sonora de equipamentos prediais
de edificações – Método de engenharia
ISO 7726, Ergonomics of the thermal environment – Instruments for measuring physical quantities
ISO 8301, Thermal Insulation – Determination of steady-state thermal resistance and related properties –
heat flow meter apparatus
ISO 8302, Thermal insulation – Determination of steady-state thermal resistance and related properties
– Guarded hot plate apparatus
ISO 9050, Glass in building – Determination of light transmittance, solar direct transmittance, total solar
energy transmittance, ultraviolet transmittance and related glazing factors
ISO 15686-1, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 1: General principles and
framework
ISO 15686-2, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 2: Service life prediction
procedures
ISO 15686-3, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 3: Performance audits
and reviews
ISO 15686-5, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 5: Life cycle costing
ISO 15686-7, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 7: Performance evaluation
for feedback of service life data from practice
BS 7453, Guide to durability of buildings and building elements, products and components
ASHRAE Standard 140, American society of heating, refrigerating and airconditioning engineers. New
ASHRAE standard aids in evaluating energy analysis programs: Standard 140-2007
ASTM C177, Standard test method for steady-state heat flux measurements and thermal transmission
properties by means of the guarded-hot-plate apparatus
ASTM C518, Standard test method for steady-state thermal transmission properties by means of the
heat flow meter apparatus
ASTM C1363, Test method for thermal performance of building materials and envelope assemblies by
means of a hot box apparatus
ASTM C1371, Standard test method for determination of emittance of materials near room
temperature using portable emissometers
ASTM C1549, Test method for determination of solar reflectance near ambient temperature using a
portable solar reflectometer
ASTM D854, Test methods for specific gravity of soil solids by water pycnometer
ASTM D1413-07, Standard test method for wood preservatives by laboratory soil-block cultures
ASTM D4611, Test method for specific heat of rock and soil
ASTM D5894, Practice for cyclic salt fog/uv exposure of painted metal, (alternating exposures in a fog/
dry cabinet and a uv/condensation cabinet)
ASTM E424-71, Standard test methods for solar energy transmittance and reflectance (Terrestrial) of
sheet materials
ASTM E903, Test method for solar absorptance, reflectance, and transmittance of materials using
integrating spheres
ASTM E1269, Test method for determining specific heat capacity by differential scanning calorimetry
ASTM E1918, Test method for measuring solar reflectance of horizontal and low-sloped surfaces in
the field
ASTM G154-06, Standard practice for operating fluorescent light apparatus for UV exposure of
nonmetallic materials
NFRC 300, Test method for determining the solar optical properties of glazing materials and systems
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3 Termos e definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
abertura
todos os vãos da envoltória da edificação, abertos ou com fechamento translúcido ou transparente,
que permitam a entrada de luz e/ou ar
EXEMPLO Janelas, painéis plásticos, portas de vidro (com mais da metade da área de vidro), paredes
de blocos de vidro e aberturas zenitais
3.2
abertura para ventilação
parcela de área do vão que permite a passagem de ar
3.3
absortância à radiação solar
quociente da taxa de radiação solar absorvida por uma superfície pela taxa de radiação solar incidente
sobre esta mesma superfície (ver ABNT NBR 15220-1)
3.4
agente de degradação
tudo aquilo que age sobre um sistema, contribuindo para reduzir seu desempenho
3.5
ambiente
espaço interno de uma edificação, fechado por superfícies sólidas que vedem do piso ao teto, como
paredes ou divisórias piso-teto, teto, piso e dispositivos operáveis, como janelas e portas
3.6
ambiente de permanência prolongada
APP
ambientes de ocupação contínua por um ou mais indivíduos
EXEMPLO Sala de estar, sala de jantar, sala íntima, dormitórios, sala de TV ou ambientes de usos
similares aos citados
3.7
ambiente de permanência transitória
APT
ambientes de ocupação transitória por um ou mais indivíduos
EXEMPLO Cozinha, lavanderia ou área de serviço, banheiro, circulação, varanda aberta ou fechada com
vidro, solarium, garagem ou ambientes de usos similares aos citados
3.8
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NOTA Este conjunto de dados provém de um longo período de medição, com determinação do ano típico
baseada em procedimento padronizado
3.9
área de piso do APP
Ap,APP
área disponível para ocupação medida entre os limites internos das paredes que delimitam o APP
3.10
área de piso dos APP da unidade habitacional (UH)
Ap,UH
soma das áreas de piso de todos os APP da UH
3.11
área de superfície dos elementos transparentes do APP
At,APP
soma das áreas de superfície dos elementos transparentes do APP
NOTA 1 A área de superfície dos elementos transparentes do APP é expressa em metros quadrados (m2).
NOTA 2 Para os APP com duas ou mais aberturas com elementos transparentes, o valor de At,APP equivale
ao somatório das áreas de superfície dos elementos transparentes das aberturas
3.12
barreira radiante
materiais de baixa emissividade incorporados em câmaras de ar, como, por exemplo, em áticos
3.13
caixilho
moldura opaca onde são fixados os vidros de janelas, portas e painéis
3.14
capacidade térmica
CT
quantidade de calor necessária para variar, em uma unidade, a temperatura de um sistema
NOTA A capacidade térmica é calculada conforme a ABNT NBR 15220-2. Para a capacidade térmica de
paredes externas, adota-se o termo CTpar.
3.15
carga térmica de aquecimento
CgTA
quantidade de calor a ser fornecida ao ar para manter as condições desejadas em um ambiente
3.16
carga térmica de refrigeração
CgTR
quantidade de calor a ser retirada do ar para manter as condições desejadas em um ambiente
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3.17
carga térmica total
CgTT
quantidade total de calor, fornecida e/ou retirada do ar, para manter as condições desejadas em um
ambiente
3.18
coeficiente de descarga
Cd
razão entre o fluxo de ar real em relação ao fluxo ideal que passa pela abertura
NOTA O coeficiente de descarga está relacionado com as resistências de fluxo de ar nas aberturas de
portas e janelas, quando abertas.
3.19
coeficiente de fluxo de ar por frestas quando a abertura está fechada
taxa de fluxo de massa de ar para a diferença de pressão de 1 Pa, que corresponde ao fluxo de ar por
infiltração pelas frestas de portas ou janelas
3.20
coeficiente de pressão
Cp
valor que quantifica a interferência do vento na distribuição externa de pressões em volta da edificação
3.21
coeficiente de transferência térmica
H
taxa de fluxo de calor devido à transferência térmica pela superfície de um edifício, dividida pela
diferença de temperaturas entre os ambientes em ambos os lados da superfície
3.22
componente
unidade integrante de determinado sistema da edificação, com forma definida e destinada a atender
funções específicas (por exemplo, bloco de alvenaria, telha, folha de porta)
3.23
condições de exposição
conjunto de ações atuantes sobre a edificação habitacional, incluindo cargas gravitacionais, ações
externas e ações resultantes da ocupação
3.24
condutividade térmica
λ
propriedade física de um material homogêneo e isótropo, na qual se verifica um fluxo de calor constante,
com densidade de 1 W/m2, quando esse material é submetido a um gradiente de temperatura uniforme
de 1 K/m
3.25
construtor
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pessoa física ou jurídica, legalmente habilitada, contratada para executar o empreendimento de acordo
com o projeto e em condições mutuamente estabelecidas
3.26
critérios de desempenho
especificações quantitativas dos requisitos de desempenho, expressos em termos de quantidades
mensuráveis, a fim de que possam ser objetivamente determinados
3.27
custo global
custo total de uma edificação ou de seus sistemas, determinado considerando-se, além do custo
inicial, os custos de operação e manutenção ao longo da sua vida útil
3.28
degradação
redução do desempenho devido à atuação de um ou de vários agentes de degradação
3.29
desempenho
comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas
3.30
durabilidade
capacidade da edificação ou de seus sistemas de desempenhar suas funções, ao longo do tempo
e sob condições de uso e manutenção especificadas no manual de uso, operação e manutenção
NOTA O termo “durabilidade” é comumente utilizado como qualitativo para expressar a condição em que
a edificação ou seus sistemas mantêm seu desempenho requerido durante a vida útil
3.31
edificação multifamiliar
edificação que possui mais de uma unidade habitacional (UH) autônoma em um mesmo lote, em relação
de condomínio, podendo configurar edifício de apartamentos, sobrado ou grupamento de edificações
NOTA Casas geminadas ou “em fita”, quando situadas no mesmo lote, enquadram-se nesta classificação.
3.32
edificação unifamiliar
edificação que possui uma única unidade habitacional (UH) autônoma no lote
3.33
elemento
parte de um sistema com funções específicas. Geralmente é composto por um conjunto de componentes
(por exemplo, parede de vedação de alvenaria, painel de vedação pré-fabricado, estrutura de cobertura)
3.34
elemento transparente
elemento translúcido ou transparente que permite a entrada de luz da envoltória
3.35
emissividade
ε
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quociente da taxa de radiação emitida por uma superfície pela taxa de radiação emitida por um corpo
negro, à mesma temperatura
3.36
empresa especializada
organização ou profissional liberal que exerce função na qual são exigidas qualificação e competência
técnica específica
3.37
envoltória
conjunto de planos que separam o ambiente interno do ambiente externo
EXEMPLO Fachadas, empenas, cobertura, aberturas, pisos, assim como quaisquer elementos que os
compõem.
3.38
espaço interno
área interna da edificação com função específica, com extensão independente de divisões por paredes
ou portas
EXEMPLO Salas com cozinha conjugada, salas com corredor ou hall de entrada e dormitórios com closet
são exemplos de ambientes compostos por mais de um espaço interno, desde que não existam divisórias
do piso ao teto entre estes espaços.
3.39
especificações de desempenho
conjunto de requisitos e critérios de desempenho estabelecidos para a edificação ou seus sistemas.
As especificações de desempenho são uma expressão das funções requeridas da edificação
ou de seus sistemas e que correspondem a um uso claramente definido; no caso desta parte da
ABNT NBR 15575, estas especificações referem-se a edificações habitacionais
3.40
esquadria
nome genérico dos componentes formados por perfis utilizados nas edificações
NOTA As esquadrias são definidas pela ABNT NBR 10821-1, segundo a sua finalidade, o seu movimento,
as suas partes e os seus componentes.
3.41
expoente de fluxo de ar por frestas quando a abertura está fechada
valor do expoente ao qual se eleva a diferença de pressão entre as aberturas, quando fechadas
3.42
fachada
superfícies externas verticais ou com inclinação superior a 60° em relação ao plano horizontal
NOTA A fachada inclui as superfícies opacas, translúcidas, transparentes e vazadas, como cobogós
e vãos de entrada.
3.43
fachada-cortina
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esquadrias interligadas e estruturadas, com função de vedação, que formam um sistema contínuo,
desenvolvendo-se no sentido da altura e/ou da largura da fachada da edificação, sem interrupção, por
pelo menos dois pavimentos
3.44
fachada leste
fachada com normal à superfície voltada para a direção de 90° em sentido horário a partir do norte
geográfico
NOTA Fachadas em que a orientação variar de -44,9° a +45° em relação à direção de 90° são consideradas
fachada leste.
3.45
fachada norte
fachada com normal à superfície voltada para a direção de 0° a partir do norte geográfico
NOTA Fachadas em que a orientação variar de -44,9° a +45° em relação à direção de 0° são consideradas
fachada norte.
3.46
fachada oeste
fachada com normal à superfície voltada para a direção de 270° em sentido horário a partir do norte
geográfico
NOTA Fachadas em que a orientação variar de -44,9° a +45° em relação à direção de 270° são
consideradas fachada oeste.
3.47
fachada sul
fachada com normal à superfície voltada para a direção de 180° em sentido horário a partir do norte
geográfico
NOTA Fachadas em que a orientação variar de -44,9° a +45° em relação à direção de 180° são
consideradas fachada sul.
3.48
fator solar
FS
razão entre o ganho de calor que entra em um ambiente por uma abertura e a radiação solar incidente
nesta mesma abertura, a qual inclui o calor radiante transmitido pelo vidro e a radiação solar absorvida,
que é transmitida ao ambiente por condução ou convecção
NOTA O fator solar considerado é relativo à incidência de radiação solar ortogonal à abertura.
3.49
incremento do percentual de horas de ocupação dentro de uma faixa de temperatura
operativa
ΔPHFT
diferença entre o valor de PHFT obtido pelo modelo real em relação ao valor de PHFT obtido pelo
modelo de referência
3.50
incremento mínimo do percentual de horas de ocupação dentro de uma faixa de temperatura
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operativa
ΔPHFTmín
diferença mínima entre o valor de PHFT obtido pelo modelo real em relação ao valor de PHFT obtido
pelo modelo de referência
3.51
janela
esquadria, vertical ou inclinada, geralmente envidraçada, destinada a preencher um vão, em fachadas
ou não
NOTA Uma finalidade da janela é permitir a iluminação e/ou a ventilação de um recinto para outro.
3.52
modelo de referência
modelo de simulação computacional termoenergética que representa a unidade habitacional avaliada,
adotando-se características de referência
3.53
modelo real
modelo de simulação computacional termoenergética que representa a unidade habitacional avaliada,
conservando as suas características geométricas, propriedades térmicas e composições construtivas
3.54
padrão de ocupação
número de horas em que um determinado ambiente é ocupado, considerando a dinâmica dos
ambientes da edificação
3.55
padrão de uso
número de horas em que um determinado equipamento é utilizado
3.56
paredes externas
superfícies opacas que delimitam o espaço interno da edificação em relação ao exterior
3.57
paredes internas
superfícies opacas que subdividem o espaço interno da edificação
3.58
pavimento
espaço construído em uma edificação, compreendido entre o piso e o teto
3.59
pavimento de cobertura
pavimento localizado no último andar da edificação
3.60
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pavimento de subsolo
pavimento situado sob o nível de acesso da edificação no terreno, podendo ser enterrado ou
semienterrado em relação ao nível natural do terreno
3.61
pavimento térreo
pavimento que dá acesso à entrada principal da edificação, geralmente localizado no mesmo nível da
via pública
3.62
pavimento tipo
pavimento localizado em andar intermediário, ou seja, que não esteja nem no último, nem no primeiro
andar da edificação
3.63
pavimento tipo com cobertura parcialmente exposta
pavimento localizado em andar intermediário, com superfície da cobertura parcialmente exposta ao
ambiente externo
3.64
percentual de abertura para ventilação
Pv,APP
razão entre a área efetiva de abertura para ventilação do APP e a sua área de piso
3.65
percentual de elementos transparentes
Pt,APP
razão entre a área de superfície dos elementos transparentes do APP e a sua área de piso
3.66
percentual de horas de ocupação dentro de uma faixa de temperatura operativa
PHFT
razão entre as horas de ocupação dentro de uma faixa de temperatura operativa estabelecida e o total
de horas de ocupação do ambiente
NOTA O PHFT é calculado para cada APP, com PHFT da UH obtido a partir da média aritmética entre os
valores de todos os APP.
3.67
pilotis
área aberta, sustentada por pilares, que corresponde à projeção da superfície do pavimento
imediatamente acima
3.68
ponte térmica
parte da envoltória da edificação em que a resistência térmica é significativamente alterada pela
presença de material com condutividade térmica diferente, ou pela alteração da espessura do material
3.69
porta
esquadria que, entre outras finalidades, permite ou impede o acesso de um recinto para outro
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3.70
requisitos do usuário
conjunto de necessidades do usuário da edificação habitacional e seus sistemas, tecnicamente
estabelecidas nesta parte da ABNT NBR 15575
3.71
estado da arte
estágio de desenvolvimento de uma capacitação técnica em um determinado momento, em relação
a produtos, processos e serviços, baseado em descobertas científicas e tecnológicas e experiências
consolidadas e pertinentes
3.72
falha
ocorrência que prejudica a utilização do sistema ou do elemento, resultando em desempenho inferior
ao requerido
3.73
fornecedor
organização ou pessoa que fornece um produto (por exemplo, produtor, distribuidor, varejista ou
comerciante de um produto ou prestador de um serviço ou informação)
3.74
garantia legal
direito do consumidor de reclamar reparos, recomposição, devolução ou substituição do produto
adquirido, conforme legislação vigente
3.75
garantia contratual
condições dadas pelo fornecedor por meio de certificado ou contrato de garantia para reparos,
recomposição, devolução ou substituição do produto adquirido
3.76
incorporador
pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que, embora não efetuando a construção, compromisse
ou efetive a venda de frações ideais de terreno, objetivando a vinculação de tais frações a unidades
autônomas, em edificações a serem construídas ou em construção sob regime condominial, ou que
meramente aceita propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo
a incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega em certo prazo e preço
e determinadas condições das obras concluídas
3.77
inovação tecnológica
aperfeiçoamento tecnológico, resultante de atividades de pesquisa, aplicado ao processo de produção
do edifício, objetivando a melhoria de desempenho, qualidade e custo do edifício ou de um sistema
3.78
inspeção predial de uso e manutenção
análise técnica, através de metodologia específica, das condições de uso e de manutenção preventiva
e corretiva da edificação
3.79
manual de uso, operação e manutenção
documento que reúne as informações necessárias para orientar as atividades de conservação, uso e
manutenção da edificação e operação dos equipamentos
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NOTA Também conhecido como manual do proprietário, quando aplicado para as unidades autônomas,
e manual das áreas comuns ou manual do síndico, quando aplicado para as áreas de uso comum.
3.80
manutenção
conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da
edificação e seus sistemas constituintes, a fim de atender às necessidades e segurança dos seus
usuários
3.81
manutenibilidade
grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente de ser mantido ou recolocado no estado
no qual possa executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando
a manutenção é executada sob condições determinadas, procedimentos e meios prescritos
3.82
operação
conjunto de atividades a serem realizadas em sistemas e equipamentos, com a finalidade de manter
a edificação em funcionamento adequado
3.83
manifestação patológica
irregularidade que se manifesta no produto em função de falhas no projeto, na fabricação, na instalação,
na execução, na montagem, no uso ou na manutenção, bem como problemas que não decorram do
envelhecimento natural
3.84
pé-direito
distância entre o piso de um andar e o teto deste mesmo andar
3.85
prazo de garantia contratual
período de tempo, igual ou superior ao prazo de garantia legal, oferecido voluntariamente pelo
fornecedor (incorporador, construtor ou fabricante) na forma de certificado ou termo de garantia ou
contrato, para que o consumidor possa reclamar dos vícios aparentes ou defeitos verificados na
entrega de seu produto. Este prazo pode ser diferenciado para cada um dos componentes do produto,
a critério do fornecedor
3.86
prazo de garantia legal
período de tempo previsto em lei que o comprador dispõe para reclamar dos vícios (defeitos) verificados
na compra de produtos duráveis. Na Tabela D.1 são detalhados prazos de garantia usualmente
praticados pelo setor da construção civil, correspondentes ao período de tempo em que é elevada a
3.87
redução da carga térmica total
RedCgTT
redução percentual da CgTT obtida pelo modelo real em relação à CgTT obtida pelo modelo de
referência
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3.88
redução mínima da carga térmica total
RedCgTTmín
redução percentual mínima da CgTT obtida pelo modelo real em relação à CgTT obtida pelo modelo
de referência
3.89
requisitos de desempenho
condições que expressam qualitativamente os atributos que a edificação habitacional e seus sistemas
devem possuir, a fim de que possam atender aos requisitos do usuário
3.90
resistência térmica de elementos e componentes
R
quociente da diferença de temperatura verificada entre as superfícies de um elemento ou componente
construtivo pela densidade de fluxo de calor, em regime estacionário
3.91
retrofit
remodelação ou atualização do edifício ou de sistemas, através da incorporação de novas tecnologias
e conceitos, normalmente visando à valorização do imóvel, mudança de uso, aumento da vida útil
e eficiência operacional e energética
3.92
ruína
característica do estado-limite último, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformação
excessiva
3.93
sistema
maior parte funcional do edifício. Conjunto de elementos e componentes destinados a atender a uma
macrofunção que o define (por exemplo, fundação, estrutura, pisos, vedações verticais, instalações
hidrossanitárias, cobertura)
NOTA As ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6 tratam do desempenho de alguns sistemas
da edificação.
3.94
temperatura de setpoint
temperatura preestabelecida para o funcionamento de um sistema de controle automático
3.95
temperatura operativa
To
valor médio entre a temperatura do ar e a temperatura radiante média do ambiente
3.96
temperatura operativa anual máxima
Tomáx
temperatura operativa anual máxima observada em um APP, durante o seu período de ocupação
NOTA A temperatura operativa anual máxima da UH é considerada a maior entre os valores dos APP.
3.97
temperatura operativa anual mínima
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Tomín
temperatura operativa anual mínima observada em um APP, durante o seu período de ocupação
NOTA A temperatura operativa anual mínima da UH é considerada a menor entre os valores dos APP.
3.98
transmitância térmica
U
transmissão de calor em unidade de tempo e através de uma área unitária de um elemento ou
componente construtivo; neste caso, dos vidros e dos componentes opacos das paredes externas
e coberturas, incluindo as resistências superficiais interna e externa, induzida pela diferença de
temperatura entre dois ambientes
NOTA A transmitância térmica é calculada utilizando o método de cálculo da ABNT NBR 15220-2. Para
a transmitância térmica de paredes externas, adota-se o termo Upar. A transmitância térmica de coberturas
é tratada pelo termo Ucob.
3.99
unidade habitacional
UH
bem imóvel destinado à moradia e dotado de acesso independente
NOTA A unidade habitacional corresponde a uma unidade de uma edificação multifamiliar (apartamento)
ou a uma edificação unifamiliar (casa).
3.100
usuário
proprietário, titular de direitos ou pessoa que ocupa a edificação habitacional
3.101
vão
abertura existente na parede, que pode receber uma esquadria
3.102
veneziana
pano tradicionalmente formado por palhetas horizontais, verticais ou inclinadas, superpostas, paralelas
entre si, ou peça contínua, possibilitando a ventilação permanente dos recintos e alguma iluminação,
sem, no entanto, devassar o interior
3.103
vida útil
VU
período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as quais
foram projetados e construídos, com atendimento dos níveis de desempenho previstos nesta Norma,
NOTA O correto uso e operação da edificação e de suas partes, a constância e efetividade das operações
de limpeza e manutenção, alterações climáticas e níveis de poluição no local da obra, mudanças no entorno
da obra ao longo do tempo (trânsito de veículos, obras de infraestrutura, expansão urbana etc.). Interferem
na vida útil, além da vida útil de projeto, das características dos materiais e da qualidade da construção
como um todo. O valor real de tempo de vida útil será uma composição do valor teórico de vida útil de
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projeto devidamente influenciado pelas ações da manutenção, da utilização, da natureza e da sua vizinhança.
As negligências no atendimento integral dos programas definidos no manual de uso, operação e manutenção
da edificação, bem como ações anormais do meio ambiente, irão reduzir o tempo de vida útil, podendo este
ficar menor que o prazo teórico calculado como vida útil de projeto.
3.104
vida útil de projeto
VUP
período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado, a fim de atender aos requisitos
de desempenho estabelecidos nesta Norma, considerando o atendimento aos requisitos das
normas aplicáveis, o estágio do conhecimento no momento do projeto e supondo o atendimento
da periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo
manual de uso, operação e manutenção (a VUP não pode ser confundida com o tempo de vida útil,
durabilidade, e prazo de garantia legal ou contratual)
NOTA A VUP é uma estimativa teórica do tempo que compõe o tempo de vida útil. O tempo de VU pode
ou não ser atingido em função da eficiência e registro das manutenções, de alterações no entorno da obra,
fatores climáticos, etc.
3.105
zona bioclimática
ZB
região geográfica homogênea quanto aos elementos climáticos que interferem nas relações entre
o ambiente construído e o conforto humano, de acordo com a ABNT NBR 15220-3
4 Requisitos do usuário
4.1 Generalidades
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, apresenta-se uma lista geral de requisitos dos
usuários, descrita em 4.2 a 4.4 e utilizada como referência para o estabelecimento dos requisitos
e critérios. Sendo atendidos os requisitos e critérios estabelecidos nesta Norma, considera-se para
todos os efeitos que estejam atendidos os requisitos do usuário.
4.2 Segurança
— segurança estrutural;
4.3 Habitabilidade
— estanqueidade;
— desempenho térmico;
— desempenho acústico;
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— desempenho lumínico;
— funcionalidade e acessibilidade;
4.4 Sustentabilidade
— durabilidade;
— manutenibilidade;
— impacto ambiental.
4.5.1 Em função das necessidades básicas de segurança, saúde, higiene e economia, são estabe-
lecidos para os diferentes sistemas requisitos mínimos de desempenho (M) que devem ser conside-
rados e atendidos.
4.5.2 As referencias informativas de valores relativos aos níveis intermediário (I) e superior (S) estão
indicadas no Anexo E nesta parte da ABNT NBR 15575 e nas ABNT NBR 15575-2 e ABNT NBR
15575-3, no Anexo F da ABNT NBR 15575-4 e no Anexo I da ABNT NBR 15575-5.
Convém que fabricantes de produtos, sem normas brasileiras específicas ou que não tenham seus
produtos com o desempenho caracterizado, forneçam resultados comprobatórios do desempenho de
seus produtos com base nesta Norma ou em Normas específicas internacionais ou estrangeiras.
5.3 Projetista
Os projetistas devem estabelecer a vida útil de projeto (VUP) de cada sistema que compõe esta parte,
com base na Seção 14.
Cabe ao projetista o papel de especificar materiais, produtos e processos que atendam ao desempenho
mínimo estabelecido nesta parte da ABNT NBR 15575 com base nas normas prescritivas e no
desempenho declarado pelos fabricantes dos produtos a serem empregados em projeto.
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Quando as normas específicas de produtos não caracterizam desempenho, ou quando não existem
normas específicas, ou quando o fabricante não publica o desempenho de seu produto, é recomendável
ao projetista solicitar informações ao fabricante para balizar as decisões de especificação.
Quando forem considerados valores de VUP maiores que os mínimos estabelecidos nesta Norma,
estes devem constar nos projetos e/ou memorial de cálculo.
5.4.1 Salvo convenção escrita, é da incumbência do incorporador, de seus prepostos e/ou dos pro-
jetistas envolvidos, dentro de suas respectivas competências, e não da empresa construtora, a iden-
tificação dos riscos previsíveis na época do projeto, devendo o incorporador, neste caso, providenciar
os estudos técnicos requeridos e prover aos diferentes projetistas as informações necessárias. Como
riscos previsíveis, exemplifica-se: presença de aterro sanitário na área de implantação do empreen-
dimento, contaminação do lençol freático, presença de agentes agressivos no solo e outros riscos
ambientais.
5.4.3 O manual de uso, operação e manutenção da edificação (3.26) deve atender ao disposto
na ABNT NBR 14037, com explicitação pelo menos dos prazos de garantia aplicáveis ao caso, previs-
tos pelo construtor ou pelo incorporador, e citados no Anexo D.
NOTA Recomenda-se que os prazos de garantia estabelecidos no manual de uso, operação e manutenção,
ou documento similar, sejam iguais ou maiores aos apresentados no Anexo D.
5.5 Usuário
O usuário não pode efetuar modificações que prejudiquem o desempenho original entregue pela
construtora, sendo esta última não responsável pelas modificações realizadas pelo usuário.
NOTA Convém que, para atendimento aos prazos de garantia indicados na garantia contratual, os
responsáveis legais mantenham prontamente disponíveis, quando solicitados pelo construtor ou incorporador,
conforme descrito na ABNT NBR 5674.
6 Avaliação de desempenho
6.1 Generalidades
6.1.2 Para atingir esta finalidade, na avaliação do desempenho é realizada uma investigação siste-
mática baseada em métodos consistentes, capazes de produzir uma interpretação objetiva sobre o
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comportamento esperado do sistema nas condições de uso definidas. Em função disso, a avaliação do
desempenho requer o domínio de uma ampla base de conhecimentos científicos sobre cada aspecto
funcional de uma edificação, sobre materiais e técnicas de construção, bem como sobre os diferentes
requisitos dos usuários nas mais diversas condições de uso.
6.1.2.1 Recomenda-se que os resultados desta investigação sistemática, que orientaram a realiza-
ção do projeto, sejam documentados por meio de registro de imagens, memorial de cálculo, observa-
ções instrumentadas, catálogos técnicos dos produtos, registro de eventuais planos de expansão de
serviços públicos ou outras formas, conforme conveniência.
6.1.3 Os requisitos de desempenho derivados de todos os requisitos dos usuários podem resultar
em uma lista muito extensa; neste sentido é conveniente limitar o número de requisitos a serem con-
siderados em um contexto de uso definido. Dessa forma, nas Seções 7 a 17 são estabelecidos os
requisitos e critérios que devem ser atendidos por edificações habitacionais.
6.1.4 Os requisitos de desempenho previstos nesta Norma devem ser verificados aplicando-se os
respectivos métodos de avaliação explicitados nas suas diferentes partes.
6.1.5 Todas as verificações devem ser realizadas com base nas condições do meio físico na época
do projeto e da execução do empreendimento.
6.1.6 A avaliação do desempenho de edificações ou de sistemas, de acordo com esta Norma, deve
ser realizada considerando as premissas básicas estabelecidas nesta Seção.
NOTA Recomenda-se que a avaliação do desempenho seja realizada por instituições de ensino
ou pesquisa, laboratórios especializados, empresas de tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais
de reconhecida capacidade técnica.
6.2.1 Implantação
Devem ainda ser considerados riscos de explosões oriundas do confinamento de gases resultantes de
aterros sanitários, solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providências
necessárias para que não ocorram prejuízos à segurança e à funcionalidade da obra.
6.2.2 Entorno
Tais fenômenos também não podem prejudicar a segurança e a funcionalidade da obra, bem como de
edificações vizinhas.
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Do ponto de vista da segurança e estabilidade ao longo da vida útil da estrutura, devem ser consideradas
as condições de agressividade do solo, do ar e da água na época do projeto, prevendo-se, quando
necessário, as proteções pertinentes à estrutura e suas partes.
6.3.2 Os métodos de avaliação estabelecidos nesta Norma consideram a realização de ensaios la-
boratoriais, ensaios de tipo, ensaios em campo, inspeções em protótipos ou em campo, simulações e
análise de projetos. A realização de ensaios laboratoriais deve ser baseada nas Normas explicitamen-
te referenciadas, em cada caso, nesta parte da ABNT NBR 15575.
6.4 Amostragem
6.4.2 Do ponto de vista da durabilidade, as avaliações de campo somente devem ser aceitas se a
construção ou instalação tiver ocorrido há pelo menos dois anos.
6.4.3 Sob qualquer aspecto, deve-se tomar a máxima precaução para, com base nas análises de
campo, não se inferir ou extrapolar resultados para condições diversas de clima, implantação, agres-
sividade do meio e utilização.
6.4.4 Sempre que a avaliação estiver baseada na realização de ensaios de laboratório, a amostra-
gem deve ser aleatória.
6.5.2 Na ausência de Normas Brasileiras prescritivas para sistemas, podem ser utilizadas Normas
Internacionais prescritivas relativas ao tema.
6.6.3 A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas as informações que a carac-
terizem, considerando sua participação no sistema.
6.6.4 A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento de avaliação do desempe-
nho, baseado nos requisitos e critérios avaliados de acordo com esta Norma.
6.6.5 O relatório deve ser elaborado pelo responsável pela avaliação e deve atender aos requisitos
estabelecidos em 6.7.
7 Desempenho estrutural
Ver ABNT NBR 15575-2.
— garantir condições para o emprego de socorro público, onde se permita o acesso operacional de
viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo hábil para exercer as atividades de
salvamento (pessoas retidas) e combate a incêndio (rescaldo e extinção);
De forma a atender aos requisitos do usuário quanto à segurança (ver 4.2), devem ser atendidos os
requisitos estabelecidos na legislação pertinente e na ABNT NBR 14432.
Os edifícios multifamiliares devem ser providos de proteção contra descargas atmosféricas, atendendo
ao estabelecido na ABNT NBR 5419 e demais Normas Brasileiras aplicáveis, nos casos previstos
na legislação vigente.
As instalações elétricas das edificações habitacionais devem ser projetadas de acordo com a
ABNT NBR 5410 e Normas Brasileiras aplicáveis.
NOTA Recomenda-se evitar o risco de ignição dos materiais em função de curtos-circuitos e sobretensões.
As instalações de gás devem ser projetadas e executadas de acordo com as ABNT NBR 13523
e ABNT NBR 15526.
Quando houver ambiente enclausurado, devem ser atendidas a ABNT NBR 15526 e outras Normas
Brasileiras aplicáveis.
As rotas de saída de emergência dos edifícios devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077.
A comprovação do atendimento aos requisitos estabelecidos em 8.4.1 deve ser feita por inspeção em
protótipo ou ensaios conforme Normas Brasileiras específicas.
Caso não seja possível o atendimento ao critério de isolamento de risco à distância ou proteção
(8.5.1), a edificação não é considerada independente e o dimensionamento das medidas de proteção
contra incêndio deve ser feito considerando o conjunto de edificações como uma única unidade.
8.5.1 Critérios
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A distância entre edifícios deve atender à condição de isolamento, considerando-se todas as interfe-
rências previstas na legislação vigente.
As medidas de proteção, incluindo no sistema construtivo o uso de portas ou selos corta-fogo, devem
possibilitar que o edifício seja considerado uma unidade independente.
Para isolamento de risco: análise do projeto e dimensionamento das distâncias seguras, tendo em
conta a ignição-piloto por radiação e a convecção através da cobertura.
8.6.1 Critério
A edificação habitacional deve atender à ABNT NBR 14432 e às normas específicas para o tipo de
estrutura conforme mencionado em 8.6.2.
2 e 3), ABNT NBR 12693, ABNT NBR 13714 e ABNT NBR 10898.
Assegurar que tenham sido tomadas medidas de segurança aos usuários da edificação habitacional.
a) rupturas, instabilidades, tombamentos ou quedas que possam colocar em risco a integridade
física dos ocupantes ou de transeuntes nas imediações do imóvel;
c) deformações e defeitos acima dos limites especificados nas ABNT NBR 15575-2 a
ABNT NBR 15575-6.
Devem ser previstas no projeto e na execução formas de minimizar, durante o uso da edificação,
o risco de:
a) queda de pessoas em altura: telhados, áticos, lajes de cobertura e quaisquer partes elevadas da
construção;
c) queda de pessoas em função de rupturas das proteções, as quais devem ser ensaiadas conforme
ABNT NBR 14718 ou devem possuir memorial de cálculo assinado por profissional responsável
que comprove seu desempenho;
d) queda de pessoas em função de irregularidades nos pisos, rampas e escadas, conforme a
ABNT NBR 15575-3;
f) ferimentos ou contusões em função da operação das partes móveis de componentes, como
janelas, portas, alçapões e outros;
NOTA Por exemplo, ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 13523, ABNT NBR 15526,
ABNT NBR 15575-6 etc.
10 Estanqueidade
10.1 Generalidades
A exposição à água de chuva, à umidade proveniente do solo e aquela proveniente do uso da
edificação habitacional devem ser consideradas em projeto, pois a umidade acelera os mecanismos de
deterioração e acarreta a perda das condições de habitabilidade e de higiene do ambiente construído.
Atendimento aos requisitos especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.
Análise do projeto e métodos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.
Devem ser previstos nos projetos a prevenção de infiltração da água de chuva e da umidade do solo
nas habitações, por meio dos detalhes indicados a seguir:
a) condições de implantação dos conjuntos habitacionais, de forma a drenar adequadamente a água
de chuva incidente em ruas internas, lotes vizinhos ou mesmo no entorno próximo ao conjunto;
b) sistemas que impossibilitem a penetração de líquidos ou umidades de porões e subsolos, jardins
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contíguos às fachadas e quaisquer paredes em contato com o solo, ou pelo direcionamento das
águas, sem prejuízo da utilização do ambiente e dos sistemas correlatos e sem comprometer a
segurança estrutural. No caso de haver sistemas de impermeabilização, estes devem seguir a
ABNT NBR 9575;
d) ligação entre os diversos elementos da construção (como paredes e estrutura, telhado e paredes,
corpo principal e pisos ou calçadas laterais).
Devem ser previstos no projeto detalhes que assegurem a estanqueidade de partes do edifício que
tenham a possibilidade de ficar em contato com a água gerada na ocupação ou manutenção do
imóvel, devendo ser verificada a adequação das vinculações entre instalações de água, esgotos ou
águas pluviais e estrutura, pisos e paredes, de forma que as tubulações não venham a ser rompidas
ou desencaixadas por deformações impostas.
Análise do projeto e métodos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.
11 Desempenho térmico
11.1 Generalidades
O desempenho térmico de habitações depende de seus componentes (paredes e coberturas), das áreas
envidraçadas e de ventilação, das cargas térmicas internas (pessoas, iluminação e equipamentos),
da maneira como se operam as aberturas e do clima da cidade. O Brasil possui climas variados, em
que estratégias bioclimáticas podem permitir que as habitações não dependam de equipamentos
de condicionamento artificial. Esta Parte da ABNT NBR 15575 busca avaliar o desempenho térmico
da habitação, quando operada sem condicionamento do ar, enquanto também possibilita a análise
da carga térmica, quando condicionada artificialmente.
O desempenho térmico das unidades habitacionais (UH) é caracterizado por meio da delimitação
de três níveis de desempenho: mínimo (M), intermediário (I) e superior (S). É de caráter obrigatório
o atendimento aos requisitos e critérios estabelecidos para o nível de desempenho mínimo.
A avaliação de desempenho térmico deve ser realizada para os ambientes de permanência prolongada
(APP) da unidade habitacional. Quando avaliadas unidades habitacionais de edificações multifamiliares,
devem ser considerados o pavimento térreo, o(s) pavimento(s) tipo e o pavimento de cobertura. Todas
as UH destes pavimentos devem ser consideradas.
A condutividade térmica deve ser determinada por meio de medição laboratorial, conforme método
indicado na Tabela 1, ou por comprovação do fabricante. Para materiais com condutividades térmicas
acima de 0,3 W/(m.K), permite-se a estimativa da condutividade a partir da densidade de massa
aparente, utilizando os dados da ABNT NBR 15220-2:2005, Versão Corrigida:2008, Tabela B.3.
As barreiras radiantes devem ser submetidas a ensaio de envelhecimento acelerado com névoa salina,
conforme a ASTM D5894, antes que os ensaios térmicos e/ou ópticos sejam realizados.
Para determinar a absortância à radiação solar das superfícies, devem-se utilizar os métodos indicados
na Tabela 1, considerando as faixas do espectro solar UV-VIS-NIR (ultravioleta, visível e infravermelho
próximo).
A absortância dos materiais altera-se ao longo do tempo. Em produtos orgânicos, como tintas
poliméricas e plásticos, a degradação combina a deposição de poeira e o crescimento microbiano
(fungos e bactérias) com a degradação superficial do polímero e dos pigmentos. Produtos inorgânicos
não metálicos de baixa porosidade e rugosidade são mais estáveis, desde que sejam oferecidas
condições de manutenibilidade. A degradação pode ser desconsiderada para superfícies cujos materiais
não sofram alteração da absortância à radiação solar ao longo do tempo, desde que apresentada
justificativa técnica fundamentada.
As coberturas são avaliadas no procedimento simplificado quanto à sua transmitância térmica (Ucob),
adotando-se o mesmo procedimento de comparação com um valor de referência. Os requisitos
e critérios aplicados às coberturas são descritos na ABNT NBR 15575-5:2021, Seção 11.
a) o modelo real, que conserva as características geométricas da UH, as propriedades térmicas e
as composições dos elementos transparentes, paredes e cobertura;
b) o modelo de referência, que representa a edificação avaliada, mas com características de
referência, conforme 11.4.7.2.
Quando avaliado o desempenho térmico para o atendimento do nível mínimo, os modelos real e de
referência devem ser simulados considerando somente o uso da ventilação natural nos APP. Para a
obtenção dos níveis intermediário e superior, os modelos real e de referência devem ser simulados em
duas condições de utilização dos APP:
— o percentual de horas de ocupação dos APP dentro de uma faixa de temperatura operativa
(PHFTAPP). A faixa de temperatura operativa considerada varia com o clima local, sendo possíveis
três intervalos: de 18 ºC a 26 ºC, até 28 ºC e até 30 ºC;
A partir dos valores de PHFTAPP, TomáxAPP e TomínAPP para cada APP, deve-se determinar o PHFTUH,
TomáxUH e TomínUH da UH. Em 11.4.7.6 é descrito o cálculo do PHFTUH, enquanto em 11.4.7.7
é descrita a determinação da TomáxUH e da TomínUH.
— o somatório anual dos valores horários da carga térmica de refrigeração (CgTRAPP), conforme
o processo descrito em 11.4.7.5;
— o somatório anual dos valores horários da carga térmica de aquecimento (CgTAAPP), conforme
o processo descrito em 11.4.7.5. A consideração da carga térmica de aquecimento somente é
necessária quando avaliadas edificações localizadas em climas que se enquadrem no Intervalo 1
da Tabela 2, ou seja, que possuam média anual da temperatura externa de bulbo seco inferior
a 25 ºC.
A partir dos valores de CgTRAPP e CgTAAPP para cada APP, deve-se determinar o somatório anual
dos valores horários da carga térmica total da UH (CgTTUH), conforme 11.4.7.8.
• mínimo, que avalia o PHFTUH e a temperatura operativa anual máxima (TomáxUH) da UH do modelo
real em relação ao modelo de referência. Para edificações localizadas nas zonas bioclimáticas 1,
2, 3 ou 4, também deve ser avaliada a temperatura operativa anual mínima (TomínUH);
• intermediário, que avalia o modelo real no atendimento dos critérios do nível mínimo, assim como
quanto ao incremento do PHFTUH e à redução da carga térmica total (CgTTUH) do modelo real
em relação ao modelo de referência;
• superior, que avalia o modelo real no atendimento dos critérios do nível mínimo, assim como
quanto ao incremento do PHFTUH e à redução da carga térmica total (CgTTUH) do modelo real
em relação ao modelo de referência. Em comparação com o nível intermediário, o atendimento
ao nível superior diferencia-se na obtenção de reduções mais elevadas da carga térmica total
(CgTTUH).
Caso um ou mais APP da UH adotem soluções construtivas que impossibilitem o uso de sistemas de
condicionamento de ar (como aberturas fixas para ventilação sem a possibilidade de fechamento),
estes podem ser analisados apenas quanto ao seu PHFTAPP, TomáxAPP e TomínAPP. Os demais
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Caso seja atestado que a UH em análise não necessita do uso de sistemas de climatização de ar, ao
longo de todo o ano, o nível superior de desempenho térmico pode ser obtido se o PHFTUH do modelo
real for igual ou superior a 95 %. O modelo real também deve atender ao critério de temperaturas
operativas anuais máxima e mínima (TomáxUH e TomínUH), conforme descrito em 11.4.5.
a) estar de acordo com a ASHRAE 140, segundo o procedimento de teste da Classe I;
e) ser capaz de simular o sombreamento proveniente de elementos externos às zonas térmicas,
como brises, sacadas e entorno;
f) ser capaz de simular os efeitos da ventilação cruzada em um ambiente, ou entre dois ou mais
ambientes.
O arquivo climático deve possuir informações que sejam representativas do clima da cidade onde
a UH está localizada.
Caso a cidade de implantação da UH não possua arquivo climático, deve ser utilizado o arquivo
climático de uma cidade próxima com clima semelhante. A semelhança entre os climas deve considerar
a comparação da distância euclidiana, ponderando latitude, longitude e altitude.
O arquivo climático utilizado deve fornecer valores mensais de temperatura média do solo, em graus
Celsius (°C), para todos os meses do ano, além dos seguintes valores horários representativos das
8 760 h do ano meteorológico típico:
e) intensidade de radiação horizontal de onda longa, expressa em watts-hora por metro quadrado
(Wh/m2);
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f) radiação horizontal global, expressa em watts-hora por metro quadrado (Wh/m2);
g) radiação normal direta, expressa em watts-hora por metro quadrado (Wh/m2);
h) radiação horizontal difusa, expressa em watts-hora por metro quadrado (Wh/m2);
i) direção do vento, expressa em graus (°), considerando o sentido horário a partir da direção Norte;
A envoltória da unidade habitacional (UH) deve apresentar desempenho térmico que atenda aos
critérios de 11.4.4 a 11.4.6, quando comparado com o desempenho térmico da envoltória com
características de referência.
A avaliação dos critérios descritos em 11.4.4 e 11.4.6 é determinada com base em intervalos
de temperaturas externas. A identificação do intervalo a ser considerado para cada clima é realizada
por meio da média anual da temperatura externa de bulbo seco (TBSm) do arquivo climático utilizado,
conforme apresentado na Tabela 2. Deve-se considerar o arredondamento do valor de TBSm obtido,
adotando uma casa decimal.
Este critério avalia o percentual de horas em que a UH encontra-se dentro de uma faixa de temperatura
operativa (PHFTUH). O PHFTUH é resultado da avaliação individual de cada APP (PHFTAPP) desta UH,
durante o seu respectivo período de ocupação, de acordo com as faixas de temperaturas operativas
da Tabela 3. Os procedimentos de determinação do PHFTAPP e do PHFTUH são descritos em 11.4.7.5
e 11.4.7.6, respectivamente.
a ToAPP é a temperatura operativa do APP, que atende aos limites estabelecidos nesta Tabela.
Para o atendimento ao critério de PHFTUH no nível mínimo (M), o modelo real de simulação
computacional deve apresentar, ao longo de um ano e durante os períodos de ocupação dos APP,
PHFTUH,real que seja superior a 90 % do obtido para o modelo de referência (PHFTUH,ref).
O atendimento ao critério de PHFTUH, nos níveis intermediário (I) e superior (S), é realizado por
meio de um incremento do PHFTUH,real (ΔPHFT) em relação ao PHFTUH,ref, conforme apresentado
na Tabela 4. O valor referente ao ΔPHFTmín, que representa o incremento mínimo do PHFTUH,real,
é fornecido na Tabela 20 e na Tabela 21 para o atendimento aos níveis de desempenho intermediário
e superior, respectivamente.
Este critério avalia as temperaturas operativas anuais máxima (TomáxUH) e mínima (TomínUH)
da UH, que devem ser obtidas considerando-se os períodos de ocupação dos APP. O procedimento
de determinação das temperaturas operativas anuais máxima e mínima da UH é descrito em 11.4.7.7.
onde
A temperatura operativa anual mínima deve ser analisada nas zonas bioclimáticas 1, 2, 3 ou 4, onde
a TomínUH do modelo real deve ser igual ou superior à TomínUH do modelo de referência, após reduzido
um valor de tolerância (ΔTomín). Deve-se adotar ΔTomín igual a 1 ºC para todas as UH avaliadas.
O critério de temperatura operativa anual mínima é descrito pela equação:
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onde
Este critério avalia a carga térmica total da UH (CgTTUH) no modelo de simulação sem o uso da
ventilação natural, nos períodos em que os APP do modelo com o uso de ventilação natural estiverem
ocupados e com temperaturas operativas dentro dos limites determinados na Tabela 5. A CgTTUH é
resultado da avaliação individual das cargas térmicas de refrigeração e aquecimento de cada APP da
UH (CgTRAPP e CgTAAPP), cujos cálculos são descritos em 11.4.7.5. O procedimento de determinação
da CgTRUH, da CgTAUH e da CgTTUH é descrito em 11.4.7.8.
O critério da CgTTUH é considerado nos níveis de desempenho intermediário e superior, de caráter não
obrigatório, conforme a Tabela 6. O valor da RedCgTTmín, fornecido na Tabela 20 para o desempenho
intermediário e na Tabela 21 para o desempenho superior, representa o percentual mínimo de redução
da CgTTUH,real em relação à CgTTUH,ref.
à referência (CgTTUH,ref).
b RedCgTTmín é a redução mínima da CgTTUH,real em relação à referência (CgTTUH,ref),
com valor obtido por meio da Tabela 20, para o nível intermediário, e da Tabela 21, para
o nível superior.
Em edificações multifamiliares, pavimentos que não possuem unidades habitacionais são tratados
como pavimentos não residenciais. Estes pavimentos devem ser modelados considerando a volumetria
total como um único ambiente, que deve ser representado como APT.
Para a análise do desempenho térmico da UH, devem ser elaborados dois modelos computacionais
da edificação:
O modelo real deve representar a edificação a ser analisada, conforme as suas características
volumétricas, percentuais de elementos transparentes e de aberturas para ventilação, propriedades
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No modelo real e no modelo de referência, janelas e portas com elementos transparentes devem ser
representadas considerando as áreas de superfície com transparência, assim como considerando
a parcela correspondente aos caixilhos. No modelo de referência, as características das esquadrias
devem adotar valores de referência, conforme apresentado em 11.4.7.2. Caso a especificação dos
caixilhos não esteja disponível no projeto, o modelo real deve adotar as mesmas características dos
caixilhos do modelo de referência.
Quando houver espaços internos ligados por áreas de circulação, sem a presença de portas, deve-
se considerar a área de circulação integrada ao ambiente. No caso de cozinhas e salas conjugadas,
devem-se modelar os dois espaços internos no mesmo ambiente, considerando as especificações
para o ambiente da sala.
Os espaços internos comuns das edificações multifamiliares, como circulação vertical, corredores, hall
de entrada e similares, podem ser agrupados e modelados em um único ambiente, considerando as
características de APT.
O modelo real e o modelo de referência devem manter a mesma condição de contato com o solo.
No caso de sistema construtivo sobre pilotis, deve-se considerar o piso do pavimento exposto às
condições externas, sem o ganho de calor pela incidência de radiação solar direta e considerando
a influência das ações do vento.
No modelo real, deve ser avaliada a ocorrência de pontes térmicas nas superfícies externas que
compõem os APP. Quando, na composição das superfícies externas, estiver presente qualquer elemento
com coeficiente de transferência térmica (Hel,i) que represente mais do que 20 % do coeficiente de
transferência térmica total (Htotal) da superfície, este elemento deve ser considerado na modelagem.
O coeficiente de transferência térmica (Hel,i) deve ser calculado pela equação:
onde
Uel,i é a transmitância térmica do elemento i, expressa em watts por metro quadrado kelvin (W/(m².K)).
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O coeficiente de transferência térmica total (Htotal) deve ser calculado pela equação:
n
Htotal = ∑Hel,i
i=1
onde
Htotal é o coeficiente de transferência térmica total da superfície, expresso em watts por kelvin
(W/K);
A consideração das pontes térmicas deve ser realizada a partir da modelagem dos diferentes elementos
que compõem a superfície externa.
O entorno da edificação deve ser considerado, identicamente, no modelo real e no modelo de referência.
Devem ser representadas, no modelo real e no modelo de referência, a sombra e a reflexão da
radiação solar ocasionadas pelas principais superfícies do entorno, incluindo a influência do relevo, da
pavimentação, de edificações e de corpos d’água. Devem ser considerados os elementos de entorno
implantados até a data de aplicação dos procedimentos desta Parte da ABNT NBR 15575, podendo
ser incluídas estruturas cuja construção esteja prevista no mesmo projeto da edificação em análise.
A condição do entorno deve ser comprovada por meio de dados oficiais de cadastros municipais, como
levantamentos urbanos e planialtimétricos, levantamento fotográfico datado e recente, ou por meio de
mapas de satélite e dados georreferenciados. Cabe ao responsável pela aplicação dos procedimentos
normativos a avaliação técnica das superfícies a serem consideradas, visando a melhor representação
das trocas térmicas entre a habitação e o seu entorno. Eventuais modificações do entorno, ao longo
da vida útil da edificação, podem influenciar no desempenho inicialmente especificado, não implicando
a não conformidade do projeto.
O modelo real e o modelo de referência devem ser simulados com o mesmo programa de simulação
computacional, na mesma versão do programa e com o mesmo arquivo climático. Deve ser
desconsiderada a ocorrência de precipitação de chuva nos modelos real e de referência.
No modelo de referência, devem-se adotar paredes e pisos, de APP e APT, referentes a um elemento
de vedação com 100 mm de espessura, composto por um material com propriedades térmicas
de acordo a Tabela 7. O piso de todos os pavimentos, assim como as paredes internas e externas,
devem apresentar essas características no modelo de referência.
Paredes
1,75 1 000 0,58 0,90 2 200
externas
Adotar valor
Paredes Adotar valor do
1,75 1 000 do modelo 2 200
internas modelo real
real
Adotar valor
Adotar valor do
Pisos 1,75 1 000 do modelo 2 200
modelo real
real
O modelo de referência deve adotar a cobertura externa composta por telha com 6 mm de espessura,
câmara de ar com resistência térmica de 0,21 (m².K)/W e laje com 100 mm de espessura, conforme
as propriedades térmicas descritas na Tabela 8. Quando avaliada uma edificação localizada na zona
bioclimática 8, deve-se considerar sobre a laje o uso de isolamento com resistência térmica igual a
0,67 (m².K)/W, conforme a Tabela 9.
Os elementos transparentes da envoltória do APP são descritos pelo percentual da área destes
elementos em relação à área de piso do APP. O percentual de elementos transparentes (Pt,APP) deve
ser calculado de acordo com a seguinte equação:
Pt,APP = 100 ⋅
( A t,APP )
( Ap,APP )
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onde
A área de piso do APP (Ap,APP) deve considerar todo o ambiente delimitado por este APP. Em espaços
internos integrados, sem a presença de divisões por paredes ou portas, deve-se considerar a soma
das áreas de piso desses espaços, resultando na área de piso do ambiente. Podem ser considerados
espaços integrados: salas e cozinhas conjugadas, salas com corredor ou hall de entrada, ou condições
similares, desde que em um único ambiente.
Para os APP com duas ou mais aberturas com elementos transparentes, o valor de At,APP equivale
ao somatório das áreas de superfície dos elementos transparentes das aberturas.
A representação dos elementos transparentes da edificação no modelo de referência deve ser realizada
a partir do redimensionamento das áreas destes elementos, de modo a atender ao especificado para
o percentual de elementos transparentes (Pt,APP) da Tabela 10. O posicionamento dos elementos
transparentes do modelo de referência deve respeitar os mesmos centros geométricos dos respectivos
elementos transparentes do modelo real.
Caso a envoltória do APP possua dois ou mais elementos transparentes, o redimensionamento destes
elementos, para o modelo de referência, deve ser realizado de forma proporcional às suas áreas reais,
respeitando a especificação do Pt,APP na Tabela 10.
Pv,APP = 100 ⋅
( A v,APP )
( Ap,APP )
onde
Av,APP é a área efetiva de abertura para ventilação do APP, expressa em metros quadrados (m2);
Para o cálculo da área efetiva de abertura para ventilação do APP, devem ser consideradas as aberturas
que permitam a livre circulação do ar, devendo ser descontadas as áreas de perfis, de vidros e de
qualquer outro obstáculo.
No cálculo da área efetiva de abertura para ventilação do APP, não podem ser consideradas as áreas
de portas internas.
Quando o APP possuir portas balcão ou semelhantes, com elementos transparentes e fixadas na parede
externa, toda a área de abertura resultante do deslocamento da folha móvel da porta deve ser considerada.
A modelagem da forma de abertura (pivotante, de correr, entre outras) de janelas e portas deve ser
considerada igualmente para o modelo real e para o modelo de referência, respeitando os limites
descritos para a condição de referência.
Nas portas externas, constituídas por elementos transparentes e pertencentes aos APP, devem-se
utilizar os percentuais descritos na Tabela 10 para modelar a abertura na condição de referência, mesmo
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que as suas proporções finais resultem em dimensões incompatíveis com as de uma porta usual.
As portas constituídas exclusivamente por elementos opacos devem apresentar a mesma geometria e
as propriedades térmicas das portas do modelo real. A existência de outras aberturas para a ventilação
do APP, como grelhas e chaminés, deve ser considerada apenas no modelo real.
No modelo de referência, o fator solar e a transmitância térmica dos elementos transparentes do APP
devem ser considerados com os valores da Tabela 10. O modelo de referência deve preservar o Pt,APP
da Tabela 10 e modelar os perfis da esquadria ao redor de cada elemento transparente, considerando
as características da Tabela 12. A esquadria deve ser representada por uma única folha, considerando
somente montantes e travessas adjacentes ao vão de abertura. Definições dos tipos de esquadrias
e de suas partes devem ser verificadas na ABNT NBR 10821-1.
Os dados de entrada não mencionados nesta subseção devem ser modelados da mesma maneira
para o modelo real e para o modelo de referência, respeitando as características do modelo real.
A modelagem da edificação deve considerar a ocorrência de cargas internas por meio da ocupação
dos usuários nos APP e do uso de iluminação artificial e de equipamentos. A modelagem da ocupação
e das cargas internas deve ser realizada igualmente para o modelo real e para o modelo de referência,
conforme os padrões de uso estabelecidos nas Tabelas 13 a 17.
O padrão de ocupação de salas e dormitórios, o calor dissipado por cada ocupante e a sua fração
radiante devem ser os mesmos para todos os dias do ano, incluindo finais de semana, conforme os
valores apresentados nas Tabelas 13 e 14.
Quando um APP for utilizado como sala e como dormitório (por exemplo, quitinetes, lofts e similares),
este deve ser modelado considerando o uso misto. Nos APP com uso misto, o padrão de ocupação
corresponde à união, dentro do mesmo modelo de simulação, dos períodos ocupados em ambientes
do tipo sala e do tipo dormitório (ver Tabela 13), considerando duas taxas metabólicas que dependem
do horário (ver Tabela 14). O APP com uso misto também considera a utilização da iluminação artificial
conforme as Tabelas 15 e 16, assim como considera o uso de equipamentos (ver Tabela 17).
Tabela 13 (conclusão)
Ocupação
Horário Dormitório Sala Uso misto
% % %
13:00 – 13:59 0 0 0
14:00 – 14:59 0 50 50
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15:00 – 15:59 0 50 50
16:00 – 16:59 0 50 50
17:00 – 17:59 0 50 50
18:00 – 18:59 0 100 100
19:00 – 19:59 0 100 100
20:00 – 20:59 0 100 100
21:00 – 21:59 0 100 100
22:00 – 22:59 100 0 100
23:00 – 23:59 100 0 100
NOTA 1 Considerar a quantidade de dois ocupantes (100 % da ocupação) por dormitório existente na
edificação, excluindo-se as dependências de empregados.
NOTA 2 O valor total (100 %) de ocupantes da sala é determinado em função do número de dormitórios.
Para cada dormitório, considerar dois ocupantes na sala, respeitando o limite máximo de quatro ocupantes.
Na ocorrência de maior número de ocupantes, estes são desconsiderados no período de ocupação da
sala, respeitando-se o limite de quatro ocupantes.
NOTA 3 Na condição de uso misto, o valor de ocupação igual a 100 % é equivalente a dois ocupantes no
APP.
O padrão de uso do sistema de iluminação artificial deve ser o mesmo para todos os dias do ano,
incluindo finais de semana, conforme os valores apresentados na Tabela 15. O valor de densidade de
potência instalada de iluminação (DPI) e os valores de fração radiante e visível devem estar de acordo
com a Tabela 16.
Tabela 16 – Densidade de potência instalada, fração radiante e fração visível para o sistema
de iluminação
DPI
Ambiente Fração radiante Fração visível
W/m2
Dormitório 5,00 0,32 0,23
Sala 5,00 0,32 0,23
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A carga interna dos equipamentos deve ser adicionada apenas nos APP referentes às salas, ou
quando considerados de uso misto, conforme o período de uso. Os valores de densidade de cargas
internas e da fração radiante são apresentados na Tabela 17. O padrão de uso de equipamentos deve
ser considerado para todos os dias do ano, incluindo finais de semana.
O modelo real e o modelo de referência podem ser simulados com duas maneiras de utilização dos
APP:
a) com o uso da ventilação natural, para a determinação do PHFTUH e das temperaturas operativas
anuais máxima (TomáxUH) e mínima (TomínUH), necessários para as avaliações de todos os
níveis de desempenho térmico;
b) sem o uso da ventilação natural, para o cálculo das cargas térmicas anuais de refrigeração
(CgTRUH) e de aquecimento (CgTAUH), necessárias para as avaliações dos níveis de desempenho
térmico intermediário e superior.
Para o modelo simulado com o uso da ventilação natural, deve-se permitir a abertura das janelas
apenas quando o APP estiver ocupado, e de acordo com dois critérios de temperatura:
— quando a temperatura de bulbo seco interna do APP for igual ou superior a 19 °C; e
— quando a temperatura de bulbo seco interna for superior à temperatura de bulbo seco externa.
As janelas dos APP devem considerar a infiltração por frestas, quando fechadas, adotando-se os
coeficientes da Tabela 18. O modelo real pode adotar valores relativos às esquadrias estabelecidas
em projeto, para os parâmetros da Tabela 18, quando estes forem disponibilizados pelo fabricante.
As janelas dos ambientes de permanência transitória (APT), com exceção dos banheiros, são
consideradas fechadas e com infiltração por frestas, durante todo o ano, de acordo com a Tabela 18.
Para os APT destinados a banheiros, devem-se considerar as janelas sempre abertas, com percentual
de abertura para ventilação igual ao estabelecido em projeto.
As portas internas dos modelos simulados com o uso da ventilação natural devem ser consideradas
abertas entre os APP e os APT, com exceção de portas de banheiros, que devem ser consideradas
sempre fechadas. As portas externas devem ser consideradas fechadas e com infiltração por frestas,
durante todo o ano, de acordo com a Tabela 18. Portas externas de sacadas, que sejam constituídas
por elementos transparentes, devem seguir a mesma operação das janelas. Portas externas de
varandas e de áreas de serviço podem adotar a operação das janelas, caso não representem a porta
de acesso principal da unidade habitacional. Portas externas de varandas e de sacadas devem adotar
parâmetros de ventilação iguais aos das demais portas.
Os valores adotados para os coeficientes de pressão nas aberturas da envoltória da edificação devem
ser os mesmos para o modelo real e para o modelo de referência.
Os modelos simulados sem o uso da ventilação natural devem manter todas as portas e janelas
fechadas durante todo o ano, com exceção da janela do banheiro, que deve ser mantida aberta.
Nessas portas e janelas devem ser utilizados os mesmos coeficientes de infiltração utilizados para o
modelo com o uso da ventilação natural.
Os modelos simulados sem o uso da ventilação natural devem utilizar, nos APP, um sistema de cálculo
da carga térmica de refrigeração que seja considerado ideal, ou seja, que opere sem perdas de energia
na retirada de calor do APP. O cálculo da carga térmica de refrigeração deve possuir temperatura de
setpoint de 23 °C, com acionamento somente nos períodos em que o APP estiver ocupado. Em climas
compreendidos pelo Intervalo 1 da Tabela 2, além de adotada a refrigeração dos APP, o mesmo
sistema ideal de cálculo de carga térmica também deve ser considerado para o aquecimento. Este
sistema deve considerar temperatura de setpoint de aquecimento igual a 21 ºC, com acionamento
condicionado à ocorrência de ocupação do APP. O cálculo da carga térmica deve ser equivalente
à soma das cargas térmicas sensíveis e latentes.
Quando incluídas venezianas no projeto da edificação, estas devem ser inseridas apenas no modelo
real, considerando os modelos com e sem o uso da ventilação natural. A operação das venezianas
deve permitir proteger ou expor os elementos transparentes aos quais estão vinculadas, por meio do
seu fechamento ou abertura, respectivamente. Nos APT, quando existentes, as venezianas devem ser
consideradas sempre fechadas, enquanto nos APP devem ser considerados os seguintes critérios:
a) as venezianas devem abrir quando a temperatura externa de bulbo seco for menor ou igual
a 26 °C;
b) as venezianas devem fechar quando a temperatura externa de bulbo seco for maior que 26 °C.
11.4.7.5 Dados de saída dos modelos simulados com e sem o uso de ventilação natural
Os dados de saída da simulação devem ser solicitados a cada hora, para todos os modelos analisados,
apresentando um total de 8 760 valores para cada variável.
O modelo com o uso da ventilação natural deve solicitar, como variável de saída, a temperatura
operativa horária de cada APP da edificação. A partir desta variável deve-se calcular, para cada APP,
o PHFTAPP, conforme a seguinte equação:
NhFT
PHFTAPP = ⋅ 100
NhOcup
onde
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NhFT é o número de horas em que o APP se encontra ocupado e com temperaturas operativas
dentro da faixa de temperatura operativa, estabelecida na Tabela 3, ao longo do ano;
NhOcup é o número de horas em que o APP é ocupado ao longo do ano, equivalente a 2 920 h
para salas e 3 650 h para dormitórios.
O PHFTAPP deve ser calculado, separadamente, para todos os APP do modelo real e do modelo
de referência. Deve-se considerar o arredondamento destes valores, adotando uma casa decimal.
O modelo com o uso da ventilação natural deve identificar o valor de temperatura operativa máxima
de cada APP (TomáxAPP), durante o seu respectivo período de ocupação. Nas zonas bioclimáticas
1, 2, 3 ou 4, também deve-se identificar o valor de temperatura operativa anual mínima de cada APP
(TomínAPP), durante o seu respectivo período de ocupação. Deve-se considerar o arredondamento
dos valores de TomáxAPP e TomínAPP, adotando uma casa decimal.
O modelo sem ventilação natural deve solicitar, como variável de saída horária, as cargas térmicas
de refrigeração para cada APP da edificação. Deve ser realizado o somatório anual dos valores de
carga térmica de refrigeração (CgTRAPP), do modelo sem ventilação natural, para os horários que
atenderem às seguintes condições:
b) a temperatura operativa do APP, no modelo com ventilação natural, encontra-se dentro dos limites
de temperaturas operativas estabelecidas na Tabela 5.
O mesmo procedimento deve ser adotado para o somatório anual da carga térmica de aquecimento
(CgTAAPP), considerada apenas para as edificações localizadas em climas do Intervalo 1, conforme
a Tabela 2.
A Figura 3 ilustra a análise horária a ser desenvolvida, a partir dos dados de saída dos modelos com
e sem ventilação natural, para o cálculo do PHFTAPP, da CgTRAPP e da CgTAAPP. Este processo deve
ser adotado para todos os APP da UH.
Figura 3 – Ilustração esquemática da análise horária dos dados de saída dos modelos com
e sem o uso da ventilação natural, para o cálculo do PHFTAPP, da CgTRAPP e da CgTAAPP
Deve ser calculado o PHFTUH do modelo real e do modelo de referência pela seguinte equação:
n
∑ PHFTAPP,i
PHFTUH = i=1
n
onde
Deve ser determinada a temperatura operativa anual máxima (TomáxUH) da UH, dentro dos períodos
de ocupação, a partir da comparação da TomáxAPP de cada APP desta UH, adotando-se o maior valor
entre os APP.
Deve ser determinada a temperatura operativa anual mínima (TomínUH) da UH, dentro dos períodos
de ocupação, a partir da comparação da TomínAPP de cada APP desta UH, adotando-se o menor valor
entre os APP. A avaliação da TomínUH deve ser realizada apenas para as edificações localizadas nas
zonas bioclimáticas 1, 2, 3 ou 4.
Deve-se calcular a carga térmica de refrigeração (CgTRUH) da UH, para os modelos real e de
referência, pela seguinte equação:
n
CgTRUH = ∑CgTRAPP,i
i=1
onde
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CgTRUH é a carga térmica de refrigeração da UH, expressa em quilowatts-hora por ano (kWh/
ano);
Para os climas compreendidos pelo Intervalo 1 da Tabela 2, a carga térmica de aquecimento (CgTAUH)
da UH, para o modelo real e para o modelo de referência, deve ser calculada pela seguinte equação:
n
CgTAUH = ∑CgTA APP,i
i=1
onde
CgTAUH é a carga térmica de aquecimento da UH, expressa em quilowatts-hora por ano (kWh/
ano);
A carga térmica total (CgTTUH) da UH deve ser obtida conforme as equações a seguir.
onde
CgTTUH é a carga térmica total da UH, expressa em quilowatts-hora por ano (kWh/ano).
estabelecidos, determinados como ΔPHFTmín e RedCgTTmín, conforme a Tabela 19. Assim como
na análise de desempenho mínimo, o critério de temperaturas operativas anuais máxima (TomáxUH)
e mínima (TomínUH) também deve ser atendido para a obtenção dos níveis intermediário e superior.
onde
CgTTUH,real é a carga térmica total da UH no modelo real, expressa em quilowatts-hora por ano
(kWh/ano);
Os valores de ΔPHFTmín e RedCgTTmín são apresentados na Tabela 20, para o nível intermediário,
e na Tabela 21, para o nível superior. As Tabelas 20 e 21 devem ser analisadas a partir dos valores
de PHFTUH,ref e de CgTTUH,ref do modelo de referência.
ΔPHFT ≥ ΔPHFTmín,
TomáxUH,real ≤ TomáxUH,ref + ΔTomáx,
Superior (S)
TomínUH,real ≥ TomínUH,ref - ΔTomín e
RedCgTT ≥ RedCgTTmín
a ΔPHFTmín é obtido pela Tabela 20, para o nível intermediário, e pela Tabela 21, para o nível superior.
b RedCgTTmín é obtido pela Tabela 20, para o nível intermediário, e pela Tabela 21, para o nível superior.
Deve-se adotar ΔTomáx igual a 2 ºC para as UH unifamiliares e UH em edificações multifamiliares localizadas
no pavimento de cobertura. Para as UH em edificações multifamiliares localizadas nos pavimentos térreo
ou tipo, deve-se adotar ΔTomáx igual a 1 ºC.
Para a obtenção do nível intermediário, o incremento do PHFTUH do modelo real (ΔPHFT) deve
atender ao incremento mínimo (ΔPHFTmín), determinado na Tabela 20.
A obtenção do nível intermediário também está condicionada a um critério de carga térmica, delimitado
por um percentual mínimo de redução da carga térmica total (RedCgTTmín). Para um modelo
de referência com PHFTUH,ref inferior a 70 %, a RedCgTTmín é igual a zero, ou seja, a CgTTUH,real
do modelo real deve ser menor ou igual à CgTTUH,ref do modelo de referência. Se o modelo
de referência possuir PHFTUH,ref igual ou superior a 70 %, o modelo real deve obter redução
da CgTTUH,real (RedCgTT), de modo a atender à RedCgTTmín, estabelecida na Tabela 20.
CgTTUH,ref
PHFTUH,ref Ap,UH ΔPHFTmín
% %
kWh / (ano.m2 )
PHFTUH,ref < 70 % Todos os valores Obtido a partir do ábaco ou das equações da Figura 4
Tabela 20 (conclusão)
Tipologia
Unifamiliar Multifamiliar
Critério
Pavimento Pavimento Pavimento
‒
térreo tipo cobertura
CgTTUH,ref
PHFTUH,ref RedCgTTmín
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Ap,UH
% %
kWh / (ano.m2 )
Tipologia
Unifamiliar Multifamiliar
Critério
Pavimento Pavimento Pavimento
‒
térreo tipo cobertura
CgTTUH,ref
PHFTUH,ref Ap,UH ΔPHFTmín
% %
kWh / (ano.m2 )
PHFTUH,ref < 70% Todos os valores Obtido a partir do ábaco ou das equações da Figura 4
PHFTUH,ref ≥ 70% Todos os valores 0 0 0 0
CgTTUH,ref
PHFTUH,ref Ap,UH RedCgTTmín
% %
kWh / (ano.m2 )
Nas Tabelas 20 e 21, a CgTTUH,ref deve ser analisada em relação à Ap,UH, que representa a soma das
áreas de piso de todos os APP da UH (Ap,APP), em metros quadrados.
Propiciar condições mínimas de isolamento acústico entre áreas comuns e ambientes de unidades
habitacionais, bem como entre unidades habitacionais distintas, com relação às fontes de ruídos
aéreos. Este requisito aplica-se também aos sistemas com função estrutural.
12.3.1 Critério – Isolamento a ruído aéreo de sistemas de pisos e de vedações verticais internas
Os sistemas de pisos e vedações verticais internas (paredes internas) com ou sem função estrutural
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que dividem unidades habitacionais autônomas ou entre unidades habitacionais e áreas comuns devem
ser projetados, construídos e montados de forma a atender pelo menos aos critérios de desempenho
mínimo para cada ambiente estabelecido nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-4.
Os métodos de avaliação são especificados nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-4.
Propiciar condições mínimas de isolamento acústico no interior da edificação, em relação aos ruídos
de impactos. Este requisito aplica-se também aos sistemas de pisos com função estrutural.
Os sistemas de pisos que compõem os edifícios habitacionais devem atender pelo menos aos critérios
mínimos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-5. Este critério aplica-se também
aos sistemas de pisos com função estrutural.
Os métodos de avaliação são especificados nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-5.
13 Desempenho lumínico
13.1 Generalidades
Para o período noturno, o sistema de iluminação artificial deve proporcionar condições internas
satisfatórias para ocupação dos recintos e circulação nos ambientes com conforto e segurança.
Contando unicamente com iluminação natural, os níveis gerais de iluminância nas diferentes
dependências das construções habitacionais devem atender ao disposto na Tabela 4.
Sala de estar
Dormitório
≥ 60
Copa/cozinha
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Área de serviço
Banheiro
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (prédios)
Não requerido
Escadaria de uso comum (prédios)
Garagens/estacionamentos
(demais ambientes)
* Valores mínimos obrigatórios, conforme método de avaliação de 13.2.2.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, são permitidos, para as dependências situadas no pavimento
térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminância ligeiramente inferiores aos valores
especificados na tabela acima (diferença máxima de 20 % em qualquer dependência).
NOTA 2 Os critérios desta tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não tenham iluminação
natural.
NOTA 3 Deve-se verificar e atender às condições mínimas requeridas pela legislação local.
As simulações para o plano horizontal, em períodos da manhã (9:30 h) e da tarde (15:30 h),
respectivamente, para os dias 23 de abril e 23 de outubro e sua avaliação devem ser realizadas com
emprego do algoritmo apresentado na ABNT NBR 15215–3, atendendo às seguintes condições:
— considerar a latitude e a longitude do local da obra, supor dias com nebulosidade média (índice
de nuvens 50 %);
— supor desativada a iluminação artificial, sem a presença de obstruções opacas (janelas e cortinas
abertas, portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais etc.);
— simulações para o centro dos ambientes, na altura de 0,75 m acima do nível do piso;
— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados, considerar todas as
orientações típicas das diferentes unidades;
— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso, considerar, além das
orientações típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posições dos apartamentos nos
andares;
Contando unicamente com iluminação natural, o fator de luz diurna (FLD) nas diferentes dependências
das construções habitacionais deve atender ao disposto na Tabela 5 (ver ISO 5034–1).
Sala de estar
Dormitório
≥ 0,50 %
Copa/cozinha
Área de serviço
Banheiro
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (prédios)
Não requerido
Escadaria de uso comum (prédios)
Garagens/estacionamentos
(demais ambientes)
* Valores mínimos obrigatórios, conforme método de avaliação de 13.2.4.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, são permitidos, para as dependências situadas no pavimento
térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminância ligeiramente inferiores aos
valores especificados nesta tabela.
NOTA 2 Os critérios desta tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não tenham iluminação
natural.
Realização de medições no plano horizontal, com o emprego de luxímetro portátil, erro máximo de
± 5 % do valor medido, no período compreendido entre 9 h e 15 h, nas seguintes condições:
— medições em dias com cobertura de nuvens maior que 50 %, sem ocorrência de precipitações;
— medições realizadas com a iluminação artificial desativada, sem a presença de obstruções opacas
(janelas e cortinas abertas, portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais etc.);
— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados, considerar todas as
orientações típicas das diferentes unidades;
— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso, considerar, além das
orientações típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posições dos apartamentos nos
andares;
— na ocasião das medições não pode haver incidência de luz solar direta sobre os luxímetros, em
circunstância alguma;
— o fator de luz diurna (FLD) é dado pela relação entre a iluminância interna e a iluminância externa
à sombra, de acordo com a seguinte equação:
Ei
FLD = 100 ×
Ee
onde
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Os requisitos de iluminância natural podem ser atendidos mediante adequada disposição dos cômodos
(arquitetura), correta orientação geográfica da edificação, dimensionamento e posição das aberturas,
tipos de janelas e de envidraçamentos, rugosidade e cores dos elementos (paredes, tetos, pisos etc.),
inserção de poços de ventilação e iluminação, eventual introdução de domo de iluminação etc.
A presença de taludes, muros, coberturas de garagens e outros obstáculos do gênero não podem
prejudicar os níveis mínimos de iluminância especificados.
Nos conjuntos habitacionais integrados por edifícios, a implantação relativa dos prédios, de eventuais
caixas de escada ou de outras construções, não podem prejudicar os níveis mínimos de iluminância
especificados.
Recomenda-se que a iluminação natural das salas de estar e dormitórios seja provida de vãos de
portas ou de janelas. No caso das janelas, recomenda-se que a cota do peitoril esteja posicionada
no máximo a 100 cm do piso interno, e a cota da testeira do vão no máximo a 220 cm a partir do piso
interno, conforme Figura 1.
≤ 220 cm
≤ 100 cm
Propiciar condições de iluminação artificial interna, de modo a garantir a ocupação dos recintos
e circulação nos ambientes com conforto e segurança.
Os níveis gerais de iluminação promovidos nas diferentes dependências dos edifícios habitacionais
por iluminação artificial devem atender ao disposto na Tabela 6.
14 Durabilidade e manutenibilidade
14.1 Generalidades
Projetistas, construtores e incorporadores são responsáveis pelos valores teóricos de vida útil de
projeto que podem ser confirmados por meio de atendimento às Normas Brasileiras ou Internacionais
(por exemplo, ISO e IEC) ou Regionais (por exemplo, Mercosul) e, não havendo estas, podem ser
consideradas normas estrangeiras na data do projeto. Não obstante, não podem prever, estimar ou se
responsabilizar pelo valor atingido de vida útil (VU), uma vez que este depende de fatores fora de seu
controle, como o correto uso e operação do edifício e de suas partes, a constância e efetividade das
operações de limpeza e manutenção, alterações climáticas e níveis de poluição no local, mudanças
no entorno ao longo do tempo (trânsito de veículos, rebaixamento do nível do lençol freático, obras de
infraestrutura, expansão urbana etc.).
O valor final atingido de vida útil (VU) será uma composição do valor teórico calculado como vida útil de
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14.2 Requisito – Vida útil de projeto do edifício e dos sistemas que o compõem
Projetar os sistemas da edificação de acordo com valores teóricos preestabelecidos de vida útil de
projeto.
O projeto deve especificar o valor teórico para a vida útil de projeto (VUP) para cada um dos sistemas
que o compõem, não inferiores aos estabelecidos na Tabela 7, e deve ser elaborado para que
os sistemas tenham uma durabilidade potencial compatível com a vida útil de projeto (VUP) a serem
considerados nos projetos elaborados a partir da exigibilidade desta parte da ABNT NBR 15575.
Na ausência de indicação em projeto da VUP dos sistemas, serão adotados os valores relacionados
na Tabela 7 para o desempenho mínimo.
Para os casos não abrangidos pela Tabela 7, a determinação da vida útil de projeto (VUP) mínima
pode basear-se nas recomendações da Tabela C.4.
O projeto do edifício deve atender aos parâmetros mínimos de VUP indicados na Tabela 7. Caso sejam
adotados valores superiores aos da Tabela 7, estes devem ser explicitados no projeto. Os sistemas
do edifício devem ser adequadamente detalhados e especificados em projeto, de modo a possibilitar
a avaliação da sua vida útil de projeto. É desejável conhecer as especificações dos elementos e
componentes empregados, de modo que possa ser avaliada a sua adequabilidade de uso em função
da vida útil de projeto (VUP) estabelecida para o sistema.
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Na análise do projeto, a avaliação do atendimento à vida útil de projeto (VUP) pode ser realizada
pela utilização da metodologia proposta pelas ISO 15686-1 a 15686-3 e ISO 15686-5 a 15686-7.
Complementarmente, esta Norma relaciona a Bibliografia recomendada para avaliação do atendimento
à vida útil de projeto (VUP).
O período de tempo a partir do qual se iniciam os prazos de vida útil deve ser sempre a data de
conclusão do edifício habitacional, a qual, para efeitos desta Norma, é a data de expedição do auto
de conclusão de edificação, “Habite-se” ou “auto de conclusão” ou outro documento legal que ateste
a conclusão das obras.
A avaliação da vida útil de projeto (VUP) de qualquer um dos sistemas ou do edifício pode ser
substituída pela garantia por uma terceira parte (companhia de seguros) do desempenho destes.
Decorridos 50 % dos prazos da VUP descritos na Tabela 7, desde que não exista histórico de
necessidade de intervençoes significativas, considera-se atendido o requisito de VUP, salvo prova
objetiva em contrário.
A título informativo, a categoria D, conforme Tabela C.3, apresenta parâmetros para a definição de
custos significativos.
Os prazos de vida útil de projeto também podem ser comprovados por verificações de atendimento das
normas nacionais prescritivas na data do projeto, bem como constatações em obra do atendimento
integral do projeto pela construtora.
O edifício e seus sistemas devem apresentar durabilidade compatível com a vida útil de projeto (VUP)
preestabelecida em 14.2.1.
b) pela comprovação da durabilidade dos elementos e componentes dos sistemas, bem como de
sua correta utilização, conforme as Normas a elas associadas que tratam da especificação dos
elementos e componentes, sua aplicação e métodos de ensaios específicos, como ABNT NBR 5649,
ABNT NBR 6136, ABNT NBR 8491, ABNT NBR 9457, ABNT NBR 10834, ABNT NBR 11173,
ABNT NBR 13281, ABNT NBR 13438, ABNT NBR 13858-2, ABNT NBR 15210-1,
ABNT NBR 15319, ABNT NBR 6565; ABNT NBR 7398; ABNT NBR 7400; ABNT NBR 9781;
ABNT NBR 13528 ABNT NBR 8094; ABNT NBR 8096 e outras Normas Brasileiras específicas,
conforme o caso;
d) por análise de campo do sistema através de inspeção em protótipos e edificações, que possibilite
a avaliação da durabilidade por conhecimento das características do sistema, obedecendo ao
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tempo mínimo de comprovação da durabilidade (ver Seção 6) e considerando a vida útil pretendida;
e) pela análise dos resultados obtidos em estações de ensaios de durabilidade do sistema, desde
que seja possível comprovar sua eficácia.
14.2.5 Premissas
As condições de exposição do edifício devem ser especificadas em projeto, a fim de possibilitar uma
análise da vida útil de projeto (VUP) e da durabilidade do edifício e seus sistemas.
As especificações relativas à manutenção, uso e operação do edifício e seus sistemas que forem
consideradas em projeto para definição da vida útil de projeto (VUP) devem estar também claramente
detalhadas na documentação que acompanha o edifício ou subsidia sua construção.
14.3 Manutenibilidade
Convém que os projetos sejam desenvolvidos de forma que o edifício e os sistemas projetados tenham
o favorecimento das condições de acesso para inspeção predial através da instalação de suportes
para fixação de andaimes, balancins ou outro meio que possibilite a realização da manutenção.
O projeto do edifício e de seus sistemas deve ser adequadamente planejado, de modo a possibilitar
os meios que favoreçam as inspeções prediais e as condições de manutenção.
A incorporadora ou construtora (no caso de não haver incorporação) deve fornecer ao usuário um
manual que atenda à ABNT NBR 14037.
Na gestão de manutenção, deve-se atender à ABNT NBR 5674, para preservar as características
originais da edificação e minimizar a perda de desempenho decorrente da degradação de seus
sistemas, elementos ou componentes.
15.2.1 Critério
Os materiais, equipamentos e sistemas empregados na edificação não podem liberar produtos que
poluam o ar em ambientes confinados, originando níveis de poluição acima daqueles verificados no
entorno. Enquadram-se nesta situação os aerodispersoides, gás carbônico e outros.
15.3.1 Critério
Gases de escapamento de veículos e equipamentos não podem invadir áreas internas da habitação.
O sistema de exaustão ou ventilação de garagens internas deve permitir a saída dos gases poluentes
gerados por veículos e equipamentos.
15.4.1 Critério
16 Funcionalidade e acessibilidade
16.1 Requisito – Altura mínima de pé-direito
Apresentar altura mínima de pé-direito dos ambientes da habitação compatíveis com as necessidades
humanas.
Em vestíbulos, halls, corredores, instalações sanitárias e despensas, é permitido que o pé-direito seja
reduzido ao mínimo de 2,30 m.
Nos tetos com vigas, inclinados, abobadados ou, em geral, contendo superfícies salientes na altura
piso a piso e/ou o pé-direito mínimo, devem ser mantidos pelo menos 80 % da superfície do teto,
permitindo-se na superfície restante que o pé-direito livre possa descer até o mínimo de 2,30 m.
Análise de projeto.
Apresentar espaços mínimos dos ambientes da habitação compatíveis com as necessidades humanas.
Análise de projeto.
16.3 Requisito – Adequação para pessoas com deficiências físicas ou pessoas com
mobilidade reduzida
A edificação deve prever o número mínimo de unidades para pessoas com deficiência física ou com
mobilidade reduzida estabelecido na legislação vigente, e estas unidades devem atender aos requisitos
da ABNT NBR 9050. As áreas comuns devem prever acesso a pessoas com deficiência física ou com
mobilidade reduzida e idosos.
As áreas privativas devem receber as adaptações necessárias para pessoas com deficiência física
ou com mobilidade reduzida nos percentuais previstos na legislação, e as áreas de uso comum sempre
devem atender ao estabelecido na ABNT NBR 9050.
Análise de projeto.
O projeto deve prever para as áreas comuns e, quando contratado, também para as áreas privativas,
as adaptações que normalmente referem-se a:
No projeto e na execução das edificações térreas e assobradadas, de caráter evolutivo, deve ser
prevista pelo incorporador ou construtor a possibilidade de ampliação, especificando-se os detalhes
construtivos necessários para ligação ou a continuidade de paredes, pisos, coberturas e instalações.
NOTA Edificações de caráter evolutivo são aquelas comercializadas já com previsão de ampliações.
As propostas de ampliação devem ser devidamente consideradas nos estudos de arquitetura, devendo
atender aos níveis de funcionalidade previstos nesta Norma.
Análise de projeto.
As diretrizes para verificação dos requisitos dos usuários com relação a conforto tátil e antropodinâmico
são normalmente estabelecidas nas respectivas Normas prescritivas dos componentes, bem como
nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-6.
No caso de edifícios habitacionais destinados aos usuários com deficiências físicas e pessoas com
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mobilidade reduzida (PMR), os dispositivos de manobra, apoios, alças e outros equipamentos devem
atender às prescrições da ABNT NBR 9050.
Não prejudicar as atividades normais dos usuários, dos edifícios habitacionais, quanto ao caminhar,
apoiar, limpar, brincar e ações semelhantes.
Os elementos e componentes da habitação (trincos, puxadores, cremonas, guilhotinas etc.) devem ser
projetados, construídos e montados de forma a não provocar ferimentos nos usuários.
Os elementos e componentes que contam com normalização específica (portas, janelas, torneiras
e outros) devem ainda atender aos requisitos das respectivas normas.
Apresentar formato compatível com a anatomia humana. Não requerer esforços excessivos para
a manobra e movimentação.
18 Adequação ambiental
18.1 Generalidades
18.1.1 Técnicas de avaliação do impacto ambiental resultante das atividades da cadeia produtiva da
construção ainda são objeto de pesquisa e, no atual estado da arte, não é possível estabelecer crité-
rios e métodos de avaliação relacionados à expressão desse impacto.
água, gás, esgoto, telefonia, energia) devem ser projetados, construídos e mantidos de forma a mini-
mizar as alterações no ambiente.
Além do descrito anteriormente, devem ser atendidos os requisitos das ABNT NBR 8044
e ABNT NBR 11682, bem como da legislação vigente.
18.3.2 Recomenda-se a utilização de madeiras cuja origem possa ser comprovada mediante
apresentação de certificação legal ou provenientes de plano de manejo aprovado pelos órgãos
ambientais.
18.3.3 Recomenda-se recorrer ao uso de espécies alternativas de madeiras que não estejam enqua-
dradas como madeiras em extinção, sendo que as características destas espécies podem ser encon-
tradas na Bibliografia.
18.3.5 Recomenda-se aos projetistas que avaliem junto aos fabricantes de materiais, componentes e
equipamentos os resultados de inventários de ciclo de vida de seus produtos, de forma a subsidiar a
tomada de decisão na avaliação do impacto que estes elementos provocam ao meio ambiente.
As águas servidas provenientes dos sistemas hidrossanitários devem ser encaminhadas às redes
públicas de coleta e, na indisponibilidade destas, devem utilizar sistemas que evitem a contaminação
do ambiente local.
a caso, que minimizem o consumo de água e possibilitem o reuso, reduzindo a demanda da água da rede
pública de abastecimento e minimizando o volume de esgoto conduzido para tratamento, sem com isso
reduzir a satisfação do usuário ou aumentar a probabilidade de ocorrência de doenças.
18.4.2 Critério
No caso de reuso de água para destinação não potável, esta deve atender aos parâmetros estabelecidos
na Tabela 8.
As instalações elétricas devem privilegiar a adoção de soluções, caso a caso, que minimizem o
consumo de energia, entre elas a utilização de iluminação e ventilação natural e de sistemas de
aquecimento baseados em energia alternativa.
Convém a adoção de soluções que minimizem o consumo de energia, entre elas a utilização de
iluminação e ventilação natural e de sistemas de aquecimento baseados em energia alternativa.
Tais recomendações devem também ser aplicadas aos aparelhos e equipamentos utilizados
durante a execução da obra e no uso do imóvel (guinchos, serras, gruas, aparelhos de iluminação,
eletrodomésticos, elevadores, sistemas de refrigeração etc.).
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Anexo A
(informativo)
onde
αt=3 é a absortância à radiação solar da superfície externa após degradação de três anos
(adimensional);
0,3 0,45
0,4 0,52
0,5 0,58
0,6 0,65
0,7 0,72
0,8 0,79
0,9 0,86
a) percentual de horas de ocupação com temperaturas superiores à faixa de temperatura operativa
(PHsFT);
b) percentual de horas de ocupação com temperaturas inferiores à faixa de temperatura operativa
(PHiFT).
O PHsFTAPP representa a fração de horas, ao longo do ano, em que o APP encontra-se ocupado
e com temperaturas operativas superiores às estabelecidas pela faixa de temperaturas da Tabela 3.
O PHsFTAPP é determinado pela seguinte equação:
NhsFT
PHsFTAPP = .100
NhOcup
onde
NhOcup é o número de horas em que o APP é ocupado ao longo do ano, equivalente a 2 920 h
para salas e a 3 650 h para dormitórios.
O PHiFTAPP representa a fração de horas, ao longo do ano, em que o APP encontra-se ocupado
e com temperaturas operativas inferiores às estabelecidas pela faixa de temperaturas da Tabela 3.
O PHiFTAPP pode ser calculado apenas para os climas que se enquadrarem no Intervalo 1, com
média anual da temperatura externa de bulbo seco (TBSm) inferior a 25 ºC. Nestes casos, o PHiFTAPP
representa o percentual de horas de ocupação em que o APP apresentou temperaturas operativas
iguais ou inferiores a 18 ºC. O PHiFTAPP é determinado pela seguinte equação:
NhiFT
PHiFTAPP = .100
NhOcup
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onde
NhiFT é o número de horas em que o APP encontra-se ocupado e com temperaturas inferiores
à faixa de temperatura operativa, estabelecida na Tabela 3, ao longo do ano;
NhOcup é o número de horas em que o APP é ocupado ao longo do ano, equivalente a 2 920 h
para salas e a 3 650 h para dormitórios.
O PHsFTUH e o PHiFTUH da unidade habitacional devem ser obtidos por meio da média aritmética dos
valores de PHsFTAPP e PHiFTAPP de todos os APP da UH, respectivamente.
TomínAPP (ºC)
CgTRAPP (kWh/ano)
CgTAAPP (kWh/ano)
CgTTAPP (kWh/ano)
Modelo de referência
Número do APP 1 2 3
PHFTAPP (%)
TomáxAPP (ºC)
TomínAPP (ºC)
CgTRAPP (kWh/ano)
CgTAAPP (kWh/ano)
CgTTAPP (kWh/ano)
RedCgTT ≥
RedCgTTmín ( ) Sim ( ) Não
Nível Superior
( ) Mínimo
Nível de desempenho térmico obtido pela UH ( ) Intermediário
( ) Superior
Anexo B
(normativo)
B.1 Generalidades
A verificação do atendimento aos requisitos e critérios de desempenho lumínico deve ser efetuada por
meio de um dos métodos propostos em B.2 e B.3, considerando que o uso dos métodos de cálculo
resultará em valores de iluminância média com no máximo 10 % de erro sobre os valores medidos
in loco.
— medições sem qualquer entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);
— medições realizadas com a iluminação artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presença
de obstruções opacas (por exemplo, roupas estendidas nos varais);
— para escadarias, medições nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central
de cada lance.
— cálculos sem qualquer entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);
— cálculos realizadas com a iluminação artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presença de
obstruções opacas (por exemplo, roupas estendidas nos varais);
— para escadarias, cálculos nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central
de cada lance.
Anexo C
(informativo)
C.1 Conceituação
A vida útil (service life) é uma medida temporal da durabilidade de um edifício ou de suas partes
(sistemas complexos, do próprio sistema e de suas partes: sistemas, elementos e componentes).
A vida útil de projeto (design life) é definida pelo incorporador e/ou proprietário e projetista, e expressa
previamente.
Conceitua-se ainda a vida útil estimada (predicted service life) como sendo a durabilidade prevista
para um dado produto, inferida a partir de dados históricos de desempenho do produto ou de ensaios
de envelhecimento acelerado.
A vida útil de projeto (VUP) é basicamente uma expressão de caráter econômico de um requisito
do usuário.
A melhor forma para se determinar a VUP para uma parte de uma edificação é através de pesquisa
de opinião entre técnicos, usuários e agentes envolvidos com o processo de construção. Em países
europeus, isto foi feito durante as décadas de 60 e 70 para a regulamentação dos valores das VUP
mínimas requeridas.
A VUP pode ser ainda entendida como uma definição prévia da opção do usuário pela melhor relação
custo global versus tempo de usufruto do bem (o benefício), sob sua óptica particular. Para produtos
de consumo ou para bens não duráveis, o usuário faz suas opções por vontade própria e através
de análise subjetiva, tendo por base as informações que lhe são disponibilizadas pelos produtores,
o efeito do aprendizado (através de compras sucessivas) e a sua disponibilidade financeira. Assim,
para regular o mercado de bens de consumo, é suficiente que se imponha um prazo mínimo (dito “de
garantia” e de responsabilidade do fornecedor do bem), para proteção do usuário, somente contra
defeitos “genéticos”.
No entanto, para bens duráveis, de alto valor unitário e geralmente de aquisição única, como é a
habitação, a sociedade tem de impor outros marcos referenciais para regular o mercado e evitar que
o custo inicial prevaleça em detrimento do custo global e que uma durabilidade inadequada venha a
comprometer o valor do bem e a prejudicar o usuário. O estabelecimento em lei, ou em Normas, da
VUP mínima configura-se como o principal referencial para edificações habitacionais, principalmente
para as habitações subsidiadas pela sociedade e as destinadas às parcelas da população menos
favorecidas economicamente.
A VUP é uma decisão de projetos que tem de ser estabelecida inicialmente para balizar todo o processo
de produção do bem. Quando se projeta um sistema ou um elemento (por exemplo, a impermeabilização
de uma laje), é possível escolher entre uma infinidade de técnicas e materiais. Alguns, pelas suas
características, podem ter vida útil de projeto (VUP) de 20 anos, sem manutenção, e outros não mais
que cinco anos. Evidentemente, as soluções têm custo e desempenho muito diferentes ao longo do
tempo.
Definida a VUP, estabelece-se a obrigação de que todos os intervenientes atuem no sentido de produzir
o elemento com as técnicas adequadas para que a VU atingida seja maior ou igual à VUP. Sem este
balizamento, quem produz o bem pode adotar qualquer uma das técnicas disponíveis e empregar
qualquer produto normalizado sem que ele esteja errado, do ponto de vista técnico. É evidente que
a tendência é optar pelo produto de menor custo inicial, ou seja, sem a definição da VUP, a tendência
é de se produzir bens de menor custo inicial, porém menos duráveis, de maior custo de manutenção
e provavelmente de maior custo global.
A VU pode ser normalmente prolongada através de ações de manutenção. Na Figura C.1 este
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Por exemplo, um revestimento de fachada em argamassa pintado pode ser projetado para uma VUP
de 25 anos, desde que a pintura seja refeita a cada cinco anos, no máximo. Se o usuário não realizar a
manutenção prevista, a VU real do revestimento pode ser seriamente comprometida. Por consequência,
as eventuais manifestações patológicas resultantes podem ter origem no uso inadequado e não em
uma construção falha.
Desempenho
Manutenção
desde a entrega
Desempenho
requerido
Tempo
T0 Vida útil sem manutenção Tf1 Tf2
VUP (manutenção obrigatória pelo usuário)
O usuário de uma edificação tem limitações econômicas no momento de sua aquisição, porém pode
não tê-las no futuro. Então, em princípio, pode optar por uma menor VUP em troca de um menor
investimento inicial, porém esta escolha tem um limite inferior, abaixo do qual não é aceitável do
ponto de vista social, pois esta situação impõe custos exagerados de reposição no futuro para toda
a sociedade. Assim, considerando-se tanto as limitações de recursos da sociedade de investimento na
infraestrutura habitacional do País, quanto as necessidades de proteção básica do usuário, é que se
estabelece nesta Norma o conceito de VUP mínima.
Outros países estabeleceram somente o conceito de VUP mínima e deixaram para o mercado
o estabelecimento da vida útil de projeto além do mínimo. Nas ABNT NBR 15575-1 a
ABNT NBR 15575-6, propõe-se uma classificação da VUP em dois níveis (mínimo e superior). Uma
VUP além do mínimo se justifica, neste momento, por diversas razões:
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— para caracterizar que existe a opção pela minimização de custos de operação e manutenção
ao longo do tempo através de uma VUP maior;
— para induzir o mercado a buscar soluções de melhor custo-benefício além das que atendam
à VUP mínima.
Para parametrização da VUP, com fundamento nestes conceitos, foram utilizados conhecimentos já
consolidados internacionalmente, principalmente os da BS 7453.
Muitos
Vida útil mais curta que o edifício, sendo
revestimentos de
1 Substituível sua substituição fácil e prevista na etapa
pisos, louças e
de projeto
metais sanitários
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Vazamentos em metais
A Baixo custo de manutenção
sanitários
Pintura de revestimentos
B Médio custo de manutenção ou reparação
internos
NOTA A Tabela C.4 foi elaborada com base nos parâmetros descritos nas Tabelas C.1 a C.3.
Nesta Norma, recomenda-se a VUP mínima para as diversas partes do edifício, conforme consta na
Tabela C.6, adotando o período de 50 anos para a VUP mínima da estrutura do edifício, de modo a
compatibilizar, para a construção de habitações de interesse social (HIS), as limitações quanto ao
custo inicial com os requisitos do usuário em relação à durabilidade e aos custos de manutenção e de
reposição, visando garantir, por um prazo razoável, a utilização em condições aceitáveis do edifício
habitacional.
Este prazo, inferior ao aceito internacionalmente como mínimo, foi adotado nas ABNT NBR 15575-1
a ABNT NBR 15575-6 em função das condições socioeconômicas existentes atualmente e pode ser
modificado quando da sua revisão, recomendando-se manter os percentuais estabelecidos na Tabela C.4.
Deve-se atentar que um período de vida útil de 50 anos implica que anualmente devem ser construídas
mais de 1,2 milhão de habitações somente para repor o estoque habitacional existente hoje no País,
número bastante expressivo diante da realidade atual.
Para a VUP de edificação de padrão construtivo superior, recomenda-se o prazo de 75 anos (ver
Tabela C.5), de modo a balizar o setor da construção de edificações em relação ao que é tecnicamente
possível de ser obtido, empregando os materiais e componentes e as técnicas e processos construtivos
d) atendimento aos cuidados preestabelecidos para se fazer um uso correto do edifício;
Entre os aspectos previstos acima, as alíneas a) e b) são essenciais para que o edifício construído tenha
potencial de atender integralmente à VUP, e sua implementação depende do projetista, incorporador
e construtor. Já as alíneas c), d) e e) são essenciais para que se atinja efetivamente a VUP e dependem
dos usuários. No entanto, para que possam ser atendidas, é fundamental que estejam informadas no
manual de uso, operação e manutenção do edifício, a ser entregue pelo empreendedor aos usuários.
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A definição da VUP é realizada pelo projetista de arquitetura e especificada em projeto para cada
um dos sistemas, com base na Tabela 7, respeitando os períodos de tempo mínimos estabelecidos.
Na ausência destas especificações, as ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 permitem que
sejam adotadas as VUP mínimas estabelecidas na Tabela 7. O projetista pode especificar também a
VUP de partes do edifício não contemplados na Tabela 7, atendendo aos requisitos do usuário, e pode
tomar como base o que recomenda este Anexo.
Aos usuários é incumbido realizar os programas de manutenção, segundo ABNT NBR 5674,
considerando as instruções do manual de uso, operação e manutenção e recomendações técnicas
das inspeções prediais.
A inspeção predial configura-se como ferramenta útil para verificação das condições de conservação
das edificações em geral, para atestar se os procedimentos de manutenção adotados são insuficientes
ou inexistentes, além de fornecer subsídios para orientar o plano e programas de manutenção, através
das recomendações técnicas indicadas no documento de inspeção predial (ver Bibliografia).
contenções e arrimos
Revestimento de
Revestimento, molduras, componentes
fachada aderido e ≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
decorativos e cobre-muros
não aderido
Componentes de juntas e
rejuntamentos; mata-juntas, sancas,
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Anexo D
(informativo)
D.1 Introdução
O desempenho dos sistemas que compõem o edifício habitacional durante a sua vida útil (VU) está
atrelado às condições de uso para o qual foi projetado, à execução da obra de acordo com as Normas,
à utilização de elementos e componentes sem defeito de fabricação e à implementação de programas
de manutenção corretiva e preventiva no pós-obra.
D.2 Diretrizes
D.2.1 Este Anexo fornece diretrizes para o estabelecimento dos prazos mínimos de garantia para
os elementos, componentes e sistemas do edifício habitacional.
D.2.2 Apesar desta Norma tratar do desempenho de sistemas e não do desempenho de elementos
e componentes, encontram-se indicados na Tabela D.1 alguns prazos de garantia, usualmente
praticados pelo setor da construção civil, para que os elementos e componentes que usualmente
compõem os sistemas contemplados atendam às condições de funcionalidade. Esses prazos
correspondem ao período de tempo em que é elevada a probabilidade de que eventuais vícios ou
defeitos em um sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de anomalias que
repercutam em desempenho inferior àquele previsto.
D.3 Instruções
D.3.1 Generalidades
D.3.1.1 Convém que o incorporador ou o construtor indique um prazo de garantia para os elementos
e componentes de baixo valor e de fácil substituição (por exemplo, engates flexíveis, gaxetas
elastoméricas de caixilhos e outros).
D.3.1.2 Pode ocorrer que alguns elementos, componentes ou mesmo sistemas específicos,
próprios de cada empreendimento, não estejam incluídos na Tabela D.1. Nestes casos, recomenda-se
ao construtor ou incorporador fazer constar, em seu manual de uso, operação e manutenção ou de
áreas comuns, os prazos de garantia desses itens.
D.3.2 Prazos
D.3.2.1 A contagem dos prazos de garantia indicados na Tabela D.1 inicia-se a partir da expedição
do “Habite-se” ou “Auto de Conclusão”, ou outro documento legal que ateste a conclusão das obras.
Segurança
e estabilidade
Fundações, estrutura principal,
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global
estruturas periféricas, contenções
Estanqueidade
e arrimos
de fundações
e contenções
Equipamentos industrializados
(aquecedores de passagem ou
acumulação, motobombas, filtros, Instalação
interfone, automação de portões, Equipamentos
elevadores e outros)
Sistemas de dados e voz,
telefonia, vídeo e televisão
Integridade
Dobradiças e
Porta corta-fogo de portas e
molas
batentes
Instalações elétricas
Tomadas/interruptores/
Equipamentos Instalação
disjuntores/fios/cabos/eletrodutos/
caixas e quadros
Impermeabilização Estanqueidade
Empenamento
Esquadrias de madeira Descolamento
Fixação
Fixação
Esquadrias de aço
Oxidação
Partes móveis
(inclusive Perfis de
Borrachas,
recolhedores alumínio,
escovas,
de palhetas, fixadores e
Esquadrias de alumínio e de PVC articulações,
motores e revestimentos
fechos e
conjuntos em painel de
roldanas
elétricos de alumínio
acionamento)
Funcionamento
Fechaduras e ferragens em geral
Acabamento
Revestimentos
Estanqueidade
Revestimentos de paredes, pisos soltos,
de fachadas e
e tetos em azulejo/cerâmica/ gretados,
pisos em áreas
pastilhas desgaste
molhadas
excessivo
Revestimentos
Estanqueidade
Revestimentos de paredes, pisos soltos,
de fachadas e
e teto em pedras naturais gretados,
pisos em áreas
(mármore, granito e outros) desgaste
molhadas
excessivo
Empenamento,
Pisos de madeira – tacos, trincas na
assoalhos e decks madeira e
destacamento
Destacamentos, Estanqueidade
Piso cimentado, piso acabado
fissuras, desgaste de pisos em
em concreto, contrapiso
excessivo áreas molhadas
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Revestimentos especiais
(fórmica, plásticos, têxteis,
Aderência
pisos elevados, materiais
compostos de alumínio)
Fissuras por
acomodação
Forros de gesso dos elementos
estruturais e de
vedação
Empenamento,
trincas na
Forros de madeira
madeira e
destacamento
Empolamento,
descascamento,
Pintura/verniz esfarelamento,
(interna/externa) alteração de cor
ou deterioração
de acabamento
Selantes, componentes de
Aderência
juntas e rejuntamentos
Vidros Fixação
NOTA Recomenda-se que quaisquer falhas perceptíveis visualmente, como riscos, lascas, trincas em
vidros, etc., sejam explicitadas no termo de entrega.
Anexo E
(informativo)
Níveis de desempenho
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E.1 Generalidades
E.1.1 As ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 estabelecem os níveis mínimos (M) de
desempenho para cada requisito, que devem ser atendidos.
E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informe o nível de desempenho dos sistemas
que compõem o edifício habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).
requerido
(prédios), Garagens/estacionamentos
a Valores mínimos obrigatórios, conforme 13.2.2.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, são permitidos, para as dependências situadas no pavimento térreo ou
em pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminância ligeiramente inferiores aos valores especificados
nesta Tabela (diferença máxima de 20 % em qualquer dependência).
NOTA 2 Os critérios desta Tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não tenham iluminação
natural.
Os níveis gerais de iluminação promovidos nas diferentes dependências dos edifícios habitacionais
por iluminação artificial devem atender ao disposto em 13.3.1. Para maior conforto dos usuários,
recomenda-se para os níveis intermediário (I) e superior (S), os valores apresentados na Tabela E.3.
E.3.1 Generalidades
As recomendações relativas aos níveis de desempenho mais exigentes que o mínimo para a vida útil
de projeto estão detalhadas no Anexo C.
Esta Seção informa níveis de desempenho acústico recomendáveis (não obrigatórios) aos ocupantes,
quando forem operados equipamentos prediais instalados nas dependências da edificação desde que
acionados fora da unidade em avaliação.
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A medição do desempenho acústico deve ser realizada no dormitório da unidade habitacional ao lado,
acima ou abaixo do local onde o equipamento em estudo está instalado (ruído percebido), quando
houver o acionamento do equipamento (ruído emitido).
Equipamentos individuais cujo acionamento aconteça por ação do próprio usuário (por exemplo,
trituradores de alimento em cozinha, persianas elétricas, exaustão de banheiros ou lavabos etc.) não
podem ser avaliados por esse requisito, que é aplicável somente aos equipamentos de uso coletivo
ou acionados por terceiros que não o próprio usuário da unidade habitacional a ser avaliada.
Os parâmetros de avaliação utilizados nesta Parte da ABNT NBR 15575 são apresentados na Tabela E.4.
Tabela E.5 – Critérios e níveis de desempenho, LAeq,nT, para ruído de equipamentos prediais
(medidos em dormitório)
LAeq,nT [dB] Nível de desempenho
≤ 30 S
≤ 34 I
≤ 37 M
≤ 36 S
≤ 39 I
≤ 42 M
E.4.4.1 Generalidades
Devem ser obtidos o nível de pressão sonora equivalente padronizado de um ciclo de operação
do equipamento predial, LAeq,nT, e o nível máximo de pressão sonora padronizado, LASmax.,nT,
do ruído gerado pela operação do equipamento.
O método simplificado, em campo, permite obter os níveis de pressão sonora de equipamento predial
em operação em situações em que não se dispõe de instrumentação necessária para medir o tempo
de reverberação no ambiente de medição, ou quando as condições de ruído de fundo não permitem
obter este parâmetro. O método simplificado é descrito na ABNT NBR ISO 10052.
NOTA A incerteza definicional é a incerteza de medição que resulta da quantidade finita de detalhes
na definição de um mensurando (ver Bibliografia). A incerteza definicional dos resultados obtidos usando
o método simplificado é, a priori, maior do que a incerteza definicional dos resultados obtidos usando
o método de engenharia.
O equipamento é operado conforme a ABNT NBR ISO 16032, durante pelo menos um ciclo
de operação. As condições de operação do equipamento e os procedimentos de medição constam nas
ABNT NBR ISO 16032 e ABNT NBR ISO 10052. Para a realização dos ensaios, o ciclo de operação
do produto deve atender aos critérios específicos como potência ou velocidades mínima e máxima
de operação, tempo de acionamento etc.
Além de atender à ABNT NBR ISO 16032, a medição deve ser feita com todas as portas dos banheiros,
dos dormitórios e de entrada, assim como todas as janelas das duas unidades habitacionais, fechadas.
Anexo F
(informativo)
Este Anexo visa apresentar como sugestão algumas das possíveis formas de organização dos
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Nas áreas destinadas ao atendimento às necessidades especiais, aplica-se a ABNT NBR 9050.
Dimensões Circulação
Ambiente Móvel ou Observações
m m
equipamento
l p
Dimensões Circulação
Ambiente Móvel ou Observações
m m
equipamento
l p
dois criados-mudos e
Criado-mudo 0,50 0,50
Circulação um guarda-roupa
Dormitório casal mínima entre o É permitido somente
(dormitório mobiliário e/ou um criado-mudo,
principal) paredes de quando o 2º interferir
Guarda-roupa 1,60 0,50
0,50 m na abertura de
portas do guarda-
roupa
Circulação
mínima entre as
Dormitório para camas de 0,60 m Mínimo: duas camas,
duas pessoas Camas de solteiro 0,80 1,90 Demais um criado-mudo e
(2º dormitório) circulações, um guarda-roupa
mínimo de
0,50 m
Lavatório com
0,80 0,55
bancada Circulação Largura mínima do
mínima de banheiro:
Vaso sanitário
0,60 0,70 0,4 m frontal 1,10 m, exceto no box
(caixa acoplada)
Banheiro ao lavatório, Mínimo: um lavatório, um
Vaso sanitário 0,60 0,60 vaso e bidê vaso e um box
Box quadrado 0,80 0,80
Box retangular 0,70 0,90
Bidê 0,60 0,60 – Peça opcional
Tanque 0,52 0,53 Circulação
mínima de Mínimo: um tanque e uma
0,50 m máquina (tanque de no
Área de
Máquina de lavar frontal ao mínimo 20 L)
serviço 0,60 0,65
roupa tanque e
máquina de
lavar
NOTA 1 Esta Norma não estabelece dimensões mínimas de cômodos, deixando aos projetistas a
competência de formatar os ambientes da habitação segundo o mobiliário previsto, evitando conflitos com
legislações estaduais ou municipais que versem sobre dimensões mínimas dos ambientes.
NOTA 2 Em caso de adoção em projeto de móveis opcionais, as dimensões mínimas devem ser obedecidas.
Bibliografia
[3] ABNT NBR 10151, Acústica ‒ Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas
habitadas ‒ Aplicação de uso geral
[4] ABNT NBR 10152, Acústica ‒ Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações
[5] ABNT NBR 15220-1, Desempenho térmico de edificações – Parte 1: Definições, símbolos
e unidades
[6] ABNT NBR 15220-4, Desempenho térmico de edificações ‒ Parte 4: Medição da resistência
térmica e da condutividade térmica pelo princípio da placa quente protegida
[7] ABNT NBR 15220-5, Desempenho térmico de edificações – Parte 5: Medição da resistência
térmica e da condutividade térmica pelo método fluximétrico
[9] ABNT NBR 16868-2, Alvenaria estrutural – Parte 2: Execução e controle de obras
[11] ASTM C1363, Standard Test Method for Thermal Performance of Building Materials and Envelope
Assemblies by Means of a Hot Box Apparatus
[12] ASHRAE. 2001. ANSI/ASHRAE Standard 140-2001, Standard Method of Test for the Evaluation
of Building Energy
[13] American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. USA, Atlanta:
2001, Analysis Computer Programs
[14] Publicação IPT N° 1791, Fichas de características das madeiras Brasileiras, São Paulo, 1989
[20] Portaria Nº 18, de 16 de janeiro de 2012, Serviço Público Federal – Ministério Do Desenvolvi-
mento, Indústria E Comércio Exterior – Instituto Nacional De Metrologia, Qualidade E Tecnologia
– Inmetro
[21] Valentin, João de- Avaliação da Resistência de Produtos Fibrocimento Estruturais aos Esforços
do Vento Colóquia 1987 Dpto. e Curso de Pós Graduação em Engenharia Civil da UFRGS julho
de 1987
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[22] Valentin, João de– Ação do vento nas edificações. . Manual Técnico de Fibrocimento, Editora PINI
– ABCI – Agosto de 1988