Central de Cases Climatempo Meteorologia

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Central de Cases

CLIMATEMPO

meteorologia

www.espm.br/centraldecases
Central de Cases

CLIMATEMPO

meteorologia

Preparado por Elaine Michely Furtado Carozzi, sob a orientação do professor


Alexandre Gracioso, da ESPM-SP.

Este caso foi escrito inteiramente a partir de informações cedidas pela empresa e
outras fontes mencionadas no ao longo do texto. Não é intenção do autor avaliar
ou julgar o movimento estratégico da empresa em questão. Este texto é destinado
exclusivamente ao estudo e discussão acadêmica, sendo vedada a sua utilização
ou reprodução em qualquer outra forma. A violação aos direitos autorais sujeitará o
infrator às penalidades da Lei. Direitos Reservados ESPM.

2002

www.espm.br/centraldecases
RESUMO

Este caso descreve a atitude inovadora de um jovem empreendedor, Carlos Magno,


que fundou a Climatempo e desempenhou um papel decisivo na expansão do mercado
de serviços meteorológicos em nosso país. O estudo também analisa o mercado em
profundidade e propõe questões em torno de dois problemas principais que a Clima-
tempo enfrenta: a expansão do mercado e a competição de outros grupos, inclusive
multinacionais.

PALAVRAS-CHAVE

Empreendedorismo; serviços meteorológicos; expansão de mercado.

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SUMÁRIO
Introdução................................................................................................ 5

Histórico da Climatempo.......................................................................... 5

O mercado de informação meteorológica no Brasil................................ 5

Produção da informação meteorológica.................................................. 7

Análise............................................................................................. 8

Distribuição..................................................................................... 8

Consumo (tipos de consumidores e necessidades)..................... 10

Principais concorrentes.......................................................................... 11

Climatempo................................................................................... 11

The Weather Channel.................................................................... 13

Somar............................................................................................ 14

Conclusão.............................................................................................. 14

Questões para discussão....................................................................... 14

Referências............................................................................................. 15

Anexo I................................................................................................... 16

Anexo II.................................................................................................. 17

Anexo III.................................................................................................. 19

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Introdução

Este caso estuda o desafio de se diferenciar continuamente em um setor no qual a


matéria-prima básica para se trabalhar é exatamente a mesma: os dados meteoroló-
gicos. A Climatempo, fundada em 1988, é a maior empresa brasileira no setor e tem
apresentado grande crescimento nos últimos anos. Esse crescimento foi fomentado
pela diferenciação da concorrência e pela introdução de novos serviços para nichos
específicos. Porém, nesse setor, serviços podem ser facilmente imitados, portanto, a
grande questão é como continuar inovando nesse mercado.
Conhecer o seu público-alvo e se diferenciar são duas das regras fundamentais
do marketing. Como muitas outras boas ideias, também nesse caso é muito mais fácil
falar do que fazer. Porém, em poucos segmentos parece ser tão difícil se diferenciar,
como no de previsão meteorológica.
O fundador e presidente da Climatempo, Carlos Magno, vive esse problema
diariamente. A empresa, que atua no setor de meteorologia, tem como principal desafio
diferenciar-se continuamente de suas concorrentes, entre as quais está a The Weather
Channel, multinacional norte-americana no fornecimento de serviços e informações so-
bre o tempo. Atingir essa diferenciação, no entanto, não é fácil, pois as informações
utilizadas por todas as empresas do setor são rigorosamente as mesmas, assim como
os modelos utilizados também são muito similares.

Histórico da Climatempo

A Climatempo Assessoria e Consultoria Meteorológica surgiu em 1988. Fundada por


Carlos Magno Nascimento e Ana Lúcia de Macêdo, a empresa era um empreendimento
inédito no Brasil, fornecendo previsão de tempo para os meios de comunicação; seus
primeiros clientes foram a Rádio Eldorado AM/FM de São Paulo e o jornal O Estado de
S. Paulo.
Com pouco tempo de mercado, a empresa conseguiu ampliar sua carteira de
clientes e o tipo de serviços prestados, consolidando sua qualidade e adquirindo o re-
conhecimento do público em geral.
Atualmente, o serviço é reconhecido pelos seus índices de acerto de grande
qualidade e pela utilidade em diversos setores produtivos.
Com a internet, a Climatempo cresceu, expandiu suas fronteiras e hoje enfrenta
o desafio de se manter líder no mercado de informações meteorológicas na América
Latina.

O mercado de informação meteorológica no Brasil

Há duas décadas vem acontecendo um grande desenvolvimento na área de meteo-


rologia brasileira, como resultado de investimentos feitos pelo Ministério da Ciência e
(1) (1)
Tecnologia (MCT) e por alguns Estados . Fonte: Edson
Batista Teracine.
Outra mudança foi no comportamento do público em geral. Até pouco tempo
atrás, previsão do tempo era sinônimo de algo pouco confiável e que, em geral, não
dava muito certo. Hoje, o brasileiro está cada vez mais preocupado em abrir o jornal ou
ligar a televisão para checar a previsão, que a cada vez acerta mais. Isso só foi possível
graças ao aumento da tecnologia de captação de informações meteorológicas, aos

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satélites e à informática. Grandes e pequenas empresas, a maioria privadas, fazem
previsões meteorológicas nacionais com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet),
(2) (2)
órgão oficial responsável por monitorar o tempo . Embora o principal serviço dessas Fonte: Gazeta
Mercantil, 8/
empresas seja o fornecimento de boletins de previsões meteorológicas, elas também jan/2002 – Céu de
atuam na programação de vídeos diversos para meios de comunicação e as mais dife- brigadeiro para a
meteorologia.
rentes áreas de consultoria meteorológica para empresas dos mais variados setores, de
modo a atender às necessidades crescentes do mercado.
Indústria, comércio, mídia e agribusiness são algumas das áreas de atuação
desse segmento, que ainda é muito recente no mercado. Embora pouco discutido eco-
nomicamente, está em fase de expansão e tende a se tornar fundamental para a toma-
da de decisões das empresas que atuam em setores, cuja sazonalidade é característi-
ca de seus produtos, e para investidores, principalmente no mercado de commodities
agrícolas. O faturamento do setor, segundo as empresas, já chega a R$ 100 milhões por
ano e tende a aumentar; a Climatempo dobrou o faturamento em 2001 e vai ampliar a
programação do seu canal próprio, a TV Climatempo.
O grande The Weather Channel pretende fazer do Brasil seu principal mercado
na América Latina; e a Somar, que fornece informações meteorológicas para o Canal
Rural, da Net, negocia com a RBS a ampliação do contrato atual, que cobre apenas a
região Sul.
Com toda essa expansão de seus negócios, as empresas de consultoria e pre-
visões meteorológicas veem-se obrigadas a segmentar o mercado de consumidores de
seus produtos/serviços, para melhor atender às expectativas e descobrir novos nichos.
Outro desafio desse mercado é conseguir lucrar com os dados, pois com a internet a
informação se tornou commodity e muito mais facilmente acessível; fazendo com que
essas empresas desenvolvessem produtos mais refinados e personalizados, de acordo
com a necessidade de cada cliente.
A principal barreira para a comercialização dos produtos é, segundo Carlos
Magno, diretor da Climatempo, a concorrência no setor. Isso porque o mercado, em-
(3) (3)
bora esteja em crescimento, ainda é muito pequeno , com um número limitado de em- Fonte: SIAC
Empresa de
presas participantes; além disso, a informação bruta, ou seja, o produto básico usado Consultoria.
pelas empresas é o mesmo, o que torna mais difícil diferenciar-se nesse mercado.
Contudo, o mercado está evidentemente em expansão, posto que a meteoro-
logia vem sendo utilizada cada vez mais para a tomada de decisões nas estratégias e
planejamentos operacionais de alguns setores da economia, visando a um incremento
da eficiência em suas atividades.
A meteorologia não se limita a fazer previsões de tempo e clima. Os profissio-
nais podem trabalhar com pesquisa na área de atmosfera e radiação solar, ou forne-
cendo informações importantes para a área de aviação e navegação. O campo está
crescendo, à medida que o índice de acertos aumenta, segundo Carlos Magno. Ele
explica que a tecnologia permite aos meteorologistas usarem equipamentos mais pre-
cisos tanto na visualização de imagens, como no processamento e na análise de dados.
A cadeia de valor da indústria funciona conforme a figura a seguir. A cada fase,
as informações são trabalhadas de forma a atender às necessidades específicas do
consumidor final.

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Produção da  Distribuição das 
Análise das  Consumidor 
informação  informações e 
informações brutas final
meteorológica conclusões

O setor de meteorologia pleiteia junto ao governo a criação de uma agência


Nacional de Meteorologia que regularizaria e coordenaria a atividade no Brasil. A agên-
cia teria como função básica desenvolver uma política que orientasse a melhoria e a
expansão das redes de observações meteorológicas. A exemplo do que ocorre nos
Estados Unidos, a agência nacional estabeleceria diretrizes para o desenvolvimento
da atividade no País, e instituiria uma política normativa que atendesse às exigências
básicas para instalação de equipamentos e redes meteorológicas em todo o território
nacional.
Atualmente, cada órgão federal elabora seus projetos sem consultas aos ser-
viços estaduais de meteorologia e vice-versa. A obediência aos padrões e normas de
Organização Meteorológica Mundial torna-se de difícil aplicação, porque não existe
um órgão de homologação para os sistemas de observação meteorológica a serem
implantados.

Produção da informação meteorológica

A meteorologia brasileira é realizada por entidades científicas acadêmicas e operacio-


nais. Os pesquisadores e cientistas estão associados a universidades e instituições de
pesquisas, subordinadas aos Governos Federal ou Estaduais.
As entidades operacionais estão, basicamente, vinculadas a Ministérios ou Go-
vernos Estaduais.
As mais relevantes contribuições são provenientes do CPTEC e do Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento. Segundo o Instituto Astronômico da USP, o Brasil conta com uma rede de 370
estações para coletar dados, como índice pluviométrico, pressão, umidade relativa do
ar, radiação solar, direção e velocidade dos ventos; a maioria funciona manualmente, ou
(4) (4)
seja, depende de um funcionário para a verificação e transmissão de dados. Os dados Fonte: Gazeta
Mercantil, 16/
coletados nas 370 estações, pertencentes ao Instituto Nacional de Meteorologia, órgão nov./2000
oficial de previsão meteorológica, seguem para o Instituto Nacional de Meteorologia, Marketing Varejo.
em Brasília. De lá, vão para a Organização Meteorológica Mundial, em Washington,
que recebe informações dos quatro cantos do mundo. Essa estação trabalha com um
supercomputador que redistribui os dados climáticos para o mundo.
Sintetizadas, as informações voltam para o Brasil, disponíveis para que os me-
teorologistas usem todos essa mesma base de dados para fazer suas previsões. Esses
dados fornecem as condições iniciais para a aplicação dos modelos matemáticos de
circulação geral da atmosfera, isso porque a atmosfera não é estática, ela muda cons-
tantemente, de acordo com as condições do ambiente (temperatura, direção, pressão).
Esses cálculos são feitos para 3 a 5 minutos adiante; para se chegar a uma previsão de
um dia ou uma semana, eles têm que ser repetidos várias vezes.
Os meteorologistas examinam todos os mapas e dados produzidos e elaboram
as previsões, que são enviadas para os meios de comunicação e outros órgãos. Entre a
coleta básica dos dados, seu processamento, a aplicação, o processamento do modelo
de circulação da atmosfera e a elaboração de gráficos, já se passam 13 horas.

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Para elaborar as suas previsões, as estações brasileiras usam imagens do sa-
télite europeu Meteosat e do americano Goes, da Nasa, a agência espacial norte-ame-
ricana. Essas imagens, além das informações de sensores a bordo de aviões, navios
e boias em oceano, vão para um supercomputador, no Centro de Previsão de Tempo
e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE),
considerado o de maior avanço na América Latina. Esse centro conta com dois super-
computadores, capazes de fazer até 20 bilhões de operações aritméticas por segundo.

Análise

As informações meteorológicas, após chegarem da OMM, passam a ser trabalhadas


pelas empresas especializadas em previsão meteorológica. É importante ressaltar que
a informação recebida pelas empresas é exatamente a mesma; a análise que cada uma
faz é que é diferente.
O que as empresas privadas fazem, na verdade, é coletar as informações e
montar um banco de dados aplicando modelos matemáticos globais gerados em su-
percomputadores como, por exemplo, o do INPE, o modelo nacional.
Após os meteorologistas analisarem as informações do ponto de vista científi-
co, elas começam a ser adaptadas para as diversas áreas e regiões específicas, redu-
zindo a margem de erro nas previsões; já que as informações recebidas são bastante
diluídas.
A principal atividade dessas empresas é atribuir às informações brutas valor
agregado, ou seja, refiná-las para que possam ser comercializadas; é nesse ponto que
as empresas de previsão e consultoria meteorológica diferem entre si.
A análise dos dados é sem dúvida a etapa que mais requer cuidado, isso por-
que os dados brutos partem de um modelo global de previsão, ou seja, é uma previsão
muito ampla que não leva em conta as análises particulares de que determinadas regi-
ões necessitam.
É para essa regionalização e customização das informações meteorológicas
que as empresas privadas se empenham, já que os órgãos do governo não possuem
estrutura para desenvolver e distribuir análises climáticas voltadas para os meios de
comunicação e para os diversos setores econômicos, a que as empresas privadas
atendem.
Concluída essa primeira análise dos dados, inicia-se um processo de refina-
mento e customização das informações de acordo com as necessidades de cada clien-
te.
Essa personalização dos serviços decorre das diferentes necessidades e tam-
bém da clareza que é cobrada desse tipo de informação, já que, sendo utilizados como
arma estratégica por muitas empresas, os dados têm que ser compreendidos por todos
que os utilizam, de uma forma rápida. Outra característica desse serviço é a frequência,
já que as informações são bastante perecíveis e necessitam ser atualizadas constan-
temente.

Distribuição

A distribuição das informações meteorológicas é feita por vários canais que


variam de acordo com o tipo de informação e as diferentes necessidades do consumi-

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dor final. Atualmente, os principais canais utilizados para fazer com que a informação
chegue até o consumidor final são os seguintes:

- Internet fixa e móvel;


- Rádio;
- TV, usando canal aberto ou fechado (canal próprio); Mídia impressa, principal-
mente jornal;
- Prestação direta de serviços de consultoria, fornecimento de dados e informa-
ções do tempo (boletins).

A internet se tornou uma ferramenta bastante usada tanto pelo governo quan-
to pelas empresas privadas, para o fornecimento de informações meteorológicas por
meio de um canal de acesso rápido para o público em geral e também para segmentos
específicos, como agricultura, engenharia civil, esportes, varejo e traders/corretoras,
entre outros.
No site da Climatempo, um dos grandes grupos privados do setor, é possível
obter informações nacionais e internacionais em tempo real em nove cidades brasilei-
ras com câmeras ao vivo e previsão do tempo em todas as regiões do País; em todos
os continentes, além de fotos de satélites. A Climatempo também fornece análises
(5) (5)
setoriais para a agricultura . Gazeta
Mercantil
O rádio foi, senão o primeiro, um dos primeiros veículos de distribuição das
25/06/01.
informações meteorológicas e até hoje possui uma importância expressiva nesse pro- Computadores
cesso. acertam previsão
do tempo.
Grandes ou pequenas, todas as rádios reconhecem a importância de boletins
de previsões meteorológicas em sua programação diária. Até mesmo porque muitas
pessoas de áreas remotas ou que não dispõem de outro meio de comunicação utilizam
o rádio para se informarem sobre o tempo.
A Climatempo, atualmente, faz previsão do tempo em MP3. Música MPB e
Modelo FM foram as primeiras rádios a usarem o novo formato. A empresa lançou
recentemente esse serviço, que permite o envio de boletins do tempo para as rádios,
gravados em formato MP3. O material, com duração média de 60”, está disponível para
download no site da Climatempo, por meio de senha.
O objetivo da Climatempo é atingir 10% das emissoras de rádio do Brasil e
tornar mais fácil a veiculação dos informes, feita atualmente por gravação via telefone.
As empresas privadas atuam também no segmento de programação de vídeos
para as redes de televisão aberta e com canais próprios, que operam por meio de TV
fechada.
“... A rede de TV a cabo 24 horas da The Weather Channel, denominada “Canal
do Tempo”, disponível para operadoras de TV a cabo e via satélite (TV por assinatura),
apresenta informações sobre o tempo de várias localidades, incluindo a previsão local
que vai ao ar seis vezes por hora. O outro produto/serviço ofertado pela TWCLA é si-
milar ao Canal do Tempo, diferenciando-se do primeiro apenas no período de disponi-
bilidade das informações, com fornecimento de segmentos sobre condições climáticas
de uma região específica, para serem utilizados por redes de televisão aberta nos seus
noticiários locais. A Weather Services International forneceu em 1999, no Brasil, um
produto/serviço similar ao da TWCLA, que consiste no fornecimento de vídeos para
(6)
transmissoras de televisão aberta, contendo uma série de gráficos e informações cli- Ministério de
Acompanhamento
máticas, prontas para ir ao ar. Além disso, a WSI tem capacidade de ofertar serviços Econômico –
(6)
sob encomenda...”. SEAE.

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A Climatempo possui o que foi o primeiro canal de meteorologia brasileiro: a TV
Climatempo, que opera há três anos e tem como seu principal desafio tornar a mete-
orologia um serviço interessante 24 horas por dia. Para isso, a TV Climatempo oferece
programas interessantes para diferentes telespectadores como, por exemplo, O Tempo
no Campo, um informativo para os agricultores exibido às 6 horas com informações
dos produtos no mercado; informativos educativos para crianças e jornais interativos
na hora do almoço, com informações de variações climáticas pelo mundo. Os telespec-
tadores podem participar via Internet. Além disso, o canal fornece informações sobre
saúde, esportes e velocidade do vento e ondas.
O canal opera via satélite e é produzido pela própria empresa, que fica 24 horas
no ar com informações do tempo para todas as regiões do Brasil, atualizadas a cada
duas horas. O canal atinge um público bastante amplo, incluindo agricultores, agroin-
dústrias, interessados em esportes e viagens; atingindo um total de 90 mil assinantes.
O desenvolvimento de canais de TV próprios deve-se à necessidade de essas
empresas atingirem seu público-alvo, que demanda informações específicas, encon-
tradas nesse tipo de programação. Também é uma forma de segmentar esse mercado,
atendendo às necessidades específicas de cada tipo de consumidor. Para isso as TVs
por assinatura desenvolvem uma programação que atende a um público que visa obter
informações para as mais variadas utilizações, como negócios, lazer e outros.

Consumo (tipos de consumidores e necessidades)

As previsões meteorológicas têm-se mostrado um negócio muito lucrativo no Brasil


e sua utilização é muito ampla, superando a ideia que se tinha de que a meteorologia
serviria apenas para saber se vai ou não fazer sol no dia seguinte.
Na Agrometeorologia, por exemplo, é fundamental para os investidores de
commodities, obter informações sobre o mercado de café, soja ou açúcar, cujas cota-
ções variam de acordo com a oferta e a procura.
Existem basicamente dois tipos de consumidores de informações meteorológi-
cas: aquele que ao consumir outros tipos de produtos como internet, telejornais e mídia
impressa adquire informações do tempo, outro consumidor é aquele que procura a
informação prestada por empresas de consultoria meteorológica, por meio de boletins
piloto refinados e personalizados de acordo com a necessidade de cada cliente.
O varejo tem usado muito a previsão meteorológica ultimamente, como uma
ferramenta estratégica na hora de alavancar as vendas de produtos sazonais relaciona-
dos com variações de temperatura. Apesar de a relevância do valor variar muito, já que
muitas empresas comercializam grandes variedades de artigos, o custo x benefício é
muito significativo.
Os resultados mais significantes estão nos produtos que têm como caracterís-
tica a sazonalidade climática, como: bebidas, ventiladores, ares-condicionados e tam-
bém produtos alimentícios. É claro que não é só a meteorologia que determina o consu-
mo de um determinado produto e sim outros aspectos econômicos e mercadológicos.
A suíça Nestlé, que utiliza a meteorologia há quatro anos, tem como precaução
manter seus estoques mais altos nos meses próximos ao verão, para não comprometer
suas vendas, ou seja, as previsões orientam no processo de previsão da demanda, mas
não é fator decisivo.
Outro exemplo é a rede Magazine Luiza, que atua no setor de lojas de departa-
mentos e possui lojas espalhadas por quatro Estados. A rede chegou a vender 32.000

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ventiladores de teto em um só dia. Era mais do que o triplo de sua média mensal, de
10.000 unidades. A estratégia da empresa foi sempre ficar de olho na temperatura.
A rede, que fatura R$ 480 milhões por ano, aproveitou a campanha “Só Ama-
nhã” e, baseada especificamente em boletins meteorológicos, que indicavam uma alta
da temperatura, escolheu os ventiladores de teto como item principal.
Outra rede que começa a utilizar a meteorologia são as Lojas Americanas, que
calcula aumentar entre 20% e 30% as vendas de produtos sazonais relacionados com
variações de temperatura. Cada uma das 92 lojas receberá, diariamente, boletins sobre
o tempo na região do país em que está localizada.
Diante dos “boletins piloto” a rede vai às compras para garantir os estoques.
Os relatórios são fornecidos pela empresa paulista Somar, que fechou contrato com a
varejista.

Principais concorrentes

Três grandes grupos privados, todos muito semelhantes no tipo de serviços prestados,
dominam o mercado brasileiro: Climatempo, The Weather Channel e Somar. Essas em-
presas fazem previsões meteorológicas nacionais, junto com o Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet), órgão oficial responsável por monitorar o tempo.
Analisando essas empresas e o tipo de serviço que elas prestam, ficaria fácil
pensar que o grande diferencial seria a taxa percentual de acerto nas suas previsões,
mas não é só esse fator que garante o sucesso de quem se destaca nesse mercado.
Como a informação básica é a mesma, a concorrência ocorre na diferenciação
de serviços e na distribuição das informações; o pós-venda também conta muito nesse
processo. As empresas trabalham como uma espécie de consultoria para diversos seg-
mentos industriais, para o varejo, meios de comunicações e agricultura. Normalmente,
clientes nesses setores precisam de previsões exatas e frequentes e de uma assessoria
bem qualificada.
Para se diferenciar da concorrência, as empresas privadas de previsão de tem-
po procuram novos nichos de mercado fornecendo informações através de diversos
meios de comunicações, como internet, rádio, TV (aberta ou fechada) e tantos outros;
o objetivo é atingir públicos diferentes e canalizar informações específicas para seus
diferentes tipos de público. Outra forma de informação são os boletins piloto com aná-
lises aprofundadas de clima, que atendem a segmentos como: moda, distribuidoras de
bebidas e varejo.

Climatempo

A Climatempo é a líder no mercado latino-americano de consultoria e previsões me-


teorológicas. A empresa, no mercado desde 1988, nasceu com o objetivo de levar os
benefícios da meteorologia ao grande público.
Para o diretor e fundador da empresa, o meteorologista Carlos Magno, as prin-
cipais diferenças entre a meteorologia de hoje e a de quando a Climatempo entrou no
mercado está nos modelos de previsão, transferência de dados (com maior velocidade)
e a comunicação.
A Climatempo opera como uma central de meteorologia, capaz de fornecer, a
todo momento, notícias e serviços sobre o tempo para todas as mídias. Com sede em

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São Paulo, a empresa emprega 35 funcionários totalmente envolvidos com as questões
do tempo – 15 deles são meteorologistas, aptos a levarem a públicos tão distintos,
como donas-de-casa e executivos de agribusiness, informações a respeito do sol e da
chuva.
Nos últimos três anos, a Climatempo multiplicou seu tamanho por várias vezes.
Apesar das dificuldades por que passaram as empresas de internet, a empresa tem
links com cerca de 2.000 sites, fornecendo conteúdo para 85% dos portais brasilei-
ros. E enquanto os formatos de conteúdos se multiplicam (WAP, palms, TV interativa,
broadband, etc.), curiosamente onde a Climatempo mais tem para crescer é na própria
televisão. “Acredito muito no mercado de TV por assinatura”, afirma Carlos Magno,
explicando as possibilidades de localização de um canal de meteorologia para o ope-
rador, que pode ter um canal com boletins específicos para sua região, com informa-
ções que lhe interessem, como condições das estradas, tempo nas cidades próximas,
enfoque de turismo, agricultura, etc. “As informações são filtradas para se ter um canal
totalmente personalizado”, explica o meteorologista. Tais informações também podem
ser incorporadas ao site da operadora.
A empresa, que tem entre os principais clientes a Rede Globo de Televisão,
vem aprimorando as técnicas matemáticas de projeção, para traçar quadros mais pre-
cisos sobre clima em espaços mais longos de tempo. Em 2001, a empresa diz ter do-
brado o faturamento e que investirá em 2002 na ampliação de seu canal próprio, a TV
Climatempo, a primeira TV especializada em meteorologia na América Latina.
A TV Climatempo opera com um formato que se assemelha ao padrão Bloom-
berg TV, com uma série de informações simultâneas e imagem no canto superior direito.
As imagens podem ser de apresentadores no estúdio, explicando as evoluções
de frentes frias sobre os mapas em cenários virtuais, ou uma imagem ao vivo colhida
por qualquer uma das 20 câmeras fixas da TV Climatempo, instaladas em diversas
regiões do país.
Já foram mais de R$ 400 mil de investimentos no canal de TV que, por enquan-
to, figura no line-up de operadoras independentes, como TecSat e diversas outras.
“Na TVA e TV Filme, a Climatempo entra como fornecedora de conteúdo de
meteorologia nacional, com tecnologia, material de qualidade para nossa cultura, gran-
de facilidade de negociação e preço em real”, diz Carlos Magno.
Na internet, a empresa reformulou totalmente seu site e com isso registrou
1,5 milhão de acessos em um mês. O Portal Climatempo contou com um novo design
e bom conteúdo, oferecendo todo tipo de informação, tanto para o público em geral
como para clientes de seus serviços.
Câmeras ao vivo, imagens de satélites e previsões diárias por e-mail são exem-
plos de alguns serviços disponíveis no site. A empresa também dispõe de um site
internacional, o climatiempo.com, que atende a toda a América Latina, principalmente (7)
O WAP, do
o Mercosul. inglês Wireless
A empresa Climatempo está lançando o primeiro serviço meteorológico uti- Application
(7) Protocol, é um
lizando a tecnologia WAP . O serviço possibilita ao usuário, por meio de seu celular, novo padrão
obter a previsão do tempo para até quatro dias para 1.000 cidades e aeroportos. internacional que
permite o acesso
No site, é possível obter informações nacionais e internacionais. Em tempo real ao conteúdo
em nove cidades brasileiras, com câmeras ao vivo, e previsão de tempo em todas as da internet e
outros serviços
regiões do Brasil e em todos os continentes, além de fotos em satélite. avançados
Para se diferenciar nesse mercado, a Climatempo tem constantemente apri- para telefones
celulares e outros
morado seus serviços e investido em novas tecnologias. A mais recente, Climatempo equipamentos
Banda Larga, permite o acesso à previsão em vídeo pela internet. móveis.

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Na área de consultoria, a empresa atua com alta qualidade de serviço e alto
nível de customização das análises, preocupada com os resultados que o cliente obtém
a partir das informações recebidas e que conhece as particularidades do mercado, da
cultura e do clima brasileiros a fundo.
Como para Carlos Magno a meteorologia é algo que se tem que acompanhar
de perto e, portanto, não há qualquer vantagem por parte das empresas multinacio-
nais que estão entrando no mercado brasileiro. Pelo contrário, é nesse aspecto que a
Climatempo se diferencia da concorrência; sendo uma empresa nacional e pioneira no
mercado, ela conquistou uma grande credibilidade perante o público.
Na agricultura, a Climatempo se destaca pela experiência obtida no setor. A
empresa oferece previsão de tempo para as mais diversas atividades agrícolas, desde
o plantio da safra até sua colheita.
Para Carlos Magno, a meteorologia é a principal preocupação do dia a dia do
produtor. “Mesmo que o assunto mais importante seja o preço dos produtos, desloca-
mento de pessoal, uso de equipamentos, aplicação de insumos agrícolas, irrigação,
etc., quase todas as decisões dependem das condições do tempo na fazenda, no mu-
nicípio, no Brasil ou no mundo”, diz Magno.
Para se ter ideia da relação entre a agricultura e a meteorologia, a economia na
cana-de-acúcar pode somar R$ 42 milhões por ano, se apenas 30% dos produtores
deixarem de pulverizar as lavouras com herbicidas e inseticidas, confiantes numa pre-
visão meteorológica. Isso porque, com as chuvas, os produtores rurais simplesmente
(8) (8)
perderiam todo o produto aplicado nas lavouras . Fonte: Cptec.
A Climatempo, que tem experiência em previsões específicas para agricultores
em todo o Brasil, possui uma divisão de Agrometeorologia que, além de fazer análises,
deixa as informações disponíveis em um banco de dados on-line, para usuários do
sistema.

The Weather Channel

A grande The Weather Channel, do grupo norte-americano Landmark Communications,


atua no país desde 1998 e oferece informações sobre as condições atuais do tempo,
bem como previsões para os próximos três dias para toda a América Latina e o resto
do mundo.
Nos últimos três anos, a empresa investiu US$ 10 milhões no País, e hoje o
Brasil já é o segundo maior mercado para a empresa na América Latina.
A empresa desenvolve produtos especiais, como programas sobre o tempo,
em que oferece versões com ou sem apresentador.
Na internet, The Weather Channel fornece informações por meio do canaldo-
tempo.com. O site transmite as condições meteorológicas em tempo real e previsão
para 3,5 mil localidades no Brasil e 7 mil cidades no mundo.
As expectativas para os próximos anos são otimistas. O grupo negocia a pos-
sibilidade de disponibilizar sua programação 24 horas por dia no Brasil, o que faria com
que o País ultrapassasse o México. The Weather Channel também mantém conversa-
ções com operadoras de telefonia celular para oferecer as informações do canal na
versão WAP, na tela do aparelho.
Toda a estrutura do The Weather Channel está concentrada em Atlanta, nos
Estados Unidos. A empresa contratou uma equipe de 12 meteorologistas brasileiros e
os levou para lá, de onde programam mapas com as previsões de todas as regiões do

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Brasil. Os índices de acertos nas suas previsões têm ficado entre 85% e 90%, depen-
dendo do prazo.

Somar

A Somar foi a primeira empresa privada no Brasil a prestar serviços de previsão de tem-
po e clima para toda a América do Sul, utilizando técnicas de modelos matemáticos,
especializados em fenômenos de escala regional. A consultoria oferece serviços nas
áreas de monitoramento especializado do estado do tempo, precipitação, temperatu-
ra e vento, monitoramento das condições meteorológicas e climáticas especializadas,
destinadas para agricultura, gerenciamento de bacias hidrográficas, pesca, transpor-
tes, entre outras. O site da empresa (tempoagora.com.br) é dividido em três seções:
Brasil, Mundo e Entenda o Tempo. Os dados observados na Estação Meteorológica da
Somar são atualizados a cada cinco minutos.
A Soma também procura atrair no mercado de agribusiness, setor para o qual
a empresa oferece boletins regionais para o Brasil e para o Mercosul.
Outro setor em que a Somar procura especializar-se é o de atividades náuticas,
como navegação, pesca e outros esportes. Para esse público, são fornecidas informa-
ções sobre altura e direção das ondas, temperatura da água, cartas de pesca, etc.

Conclusão

A meteorologia é um setor que vem crescendo em importância em anos recentes. Em-


presas em diversos setores estão utilizando previsões de tempo para auxiliar na tomada
de decisão como, por exemplo, operadoras logísticas, magazines de roupas e redes de
televisão.
No entanto, as empresas de meteorologia precisam vencer muitos obstáculos
para ser bem-sucedidas no mercado brasileiro. O tamanho do mercado, ainda peque-
no, é um deles. Outro importante desafio é a diferenciação em relação à concorrência,
que deve ser contínua, pois produtos e serviços podem ser facilmente imitados. Para
complicar ainda mais as coisas, a internet facilitou muito o acesso do público em geral
às informações sobre o tempo, dificultando a diferenciação.
É nesse cenário que a Climatempo tenta prosperar, como uma empresa inova-
dora e que oferece serviços diferenciados e com alta qualidade.

Questões para discussão

1. Segundo Carlos Magno, a maior parte do faturamento da Climatempo é proveniente


de clientes corporativos, principalmente do setor de agribusiness. Por que, então, a
empresa faz questão de estar presente nos principais jornais da TV (como Rede Glo-
bo e SBT) e do rádio (rede CBN), que fornecem informações para pessoas físicas?
2. Compare os sites da Climatempo (www.climatempo.com.br ), da The Weather Chan-
nel (http://br.weather.com ) e da Somar (www.somarmeteorologia.com.br ) e discuta
os pontos fortes e fracos de cada um. É possível deduzir diferenças no posiciona-
mento e na estratégia de cada empresa pelos sites?

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3. Discuta a real importância da internet para as empresas que atuam nesse setor.
4. Além dos segmentos a que a Climatempo já atende, que outros setores poderiam
beneficiar-se de previsões meteorológicas? Estruture produtos e serviços que pos-
sam atender às necessidades que o seu grupo identificou.
5. Se você fosse um potencial cliente da Climatempo, como avaliaria o valor dessa
informação para a sua empresa?
6. Discuta o quanto é importante para empresas do setor de previsão meteorológica
serem nacionais ou estabelecerem parcerias com empresas brasileiras, para se ade-
quarem ao mercado do País. Você concorda que possuir domínio da cultura brasi-
leira (língua e aspectos regionais) e das particularidades do clima de determinadas
regiões são fatores decisivos para a atuação dessas empresas no mercado?
7. Comparando as principais empresas do setor, você acredita que possa haver dife-
renças no conceito e no posicionamento dessas empresas, visto que o produto é o
mesmo e que essas empresas, em sua totalidade, buscam o mesmo tipo e perfil de
cliente (pessoas interessadas em informações de tempo e clima)? Que estratégia
de competição o seu grupo recomendaria para a Climatempo, no confronto com os
seus principais concorrentes?

Referências

Artigos:
- Céu de brigadeiro para a meteorologia. Gazeta Mercantil, 8-jan-2002.
- Tempo e as vendas – ADM, dezembro de 1984.
- Raios e trovões a serviço do varejo. Gazeta Mer¬cantil, 16-nov-2000.
- Previsão do tempo. Época, edição 69(13/09/99).
- A Meteorologia do século XXI na mão do produtor de café. Carlos Magno Nascimento.
- Previsão do tempo será mais precisa. Gazeta Mercantil, 8-abril-2002.
- Novos recursos para meteorologia. Gazeta Mer¬cantil, 22-nov-2000.
- Passo a passo do tempo. Gazeta Mercantil, 16-nov-2000.
- Em defesa da meteorologia no País. Gazeta Mer¬cantil, 10-out-2000.
- Computadores “acertam” previsão do tempo. Ga¬zeta Mercantil, 25-jun-2001.

Sites:
www.climatempo.com.br
http://br.weather.com
www.tempoagora.com.br
http://canaldotempo.com.br/

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Anexo I

Tabela de produtos e serviços oferecidos pela Climatempo

Segmentos Tipos de Clientes Necessidades Produtos

Agricultura e  Produtores e  Previsão e monitoramento  Boletins Climáticos, 


pecuária investidores da área  do tempo e clima voltados  previsão para cafeicultores, 
agropecuária para as culturas e áreas de  cafénet, agronet/agrofax, 
plantio de acordo com a  infoclima
necessidade do cliente
Traders e  Corretoras de valores e  Informações precisas a  Boletins Climáticos, 
corretoras investidores produtores e investidores da  agronet/agrofax, infoclima
área agropecuária
Engenharia  Construtoras Informações frequentes e  Boletins Climáticos, 
Civil e  precisas sobre condições  previsão regional específica 
Mineração do tempo e temperatura
Produção de  Produtoras e agências  Previsão de tempo para  Previsão de arte, previsão 
vídeos de propaganda todo o país, analisando o  de vídeo
lugar e o período 
dafilmagem, informando 
quando é melhor realizar a 
gravação
Esporte  Atletas, organizadores  Previsão das condições  Climatempo esportes 
náuticos e  de eventos e o público  meteorológicas com análise  (terra/ar/mar), futebol 
atividades de  em geral para um determinado  (previsão para os estádios), 
lazer esporte  F1 - previsão de tempo, 
weather fax, previsão de 
tempo
Indústria e  Confecções, lojas de  Informações e previsões  Previsão de tempo, previsão 
comércio varejo e indústrias atualizadas de tempo e  do clima, previsão regional 
clima baseada nas  específica e temperatura, 
necessidades de cada  tempo no seu site (links, 
cliente selos, páginas etc)
Laudos e  Corretoras de seguro Posição exata das  Certidão meteorológica
certidões para  condições de tempo e clima 
fins legais de uma determinada área 
em uma data específica

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Anexo II

Sites de Empresas de Serviço Meteorológico

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Anexo III

Alguns serviços, nas áreas de Agricultura e Pecuária, que contribuem como base para
o desenvolvimento dos diversos produtos fornecidos nessas áreas:

Previsões de Mesoescala — Os produtos de modelo de meso e microescalas são ma-


pas com informações de vento, pressão, umidade, chuva e outras variáveis meteo-
rológicas, gerados para cada uma das células de previsão. A quantidade de chuva
estimada em milímetros, de 6 em 6 horas até 72 horas à frente. Esses mapas serão
enviados de 6 em 6 horas, via fax, e estarão disponíveis pela internet para os produtores
cadastrados no sistema.

Previsões de Escala Sinótica — Previsões de 1 a 5 dias de antecedência, com dados


de modelos globais com informações de chuva, vento, temperatura e estado do tempo,
para que os produtores possam tomar decisões a curto e médio prazo.

Aconselhamento Agroclimatológico — Diariamente, textos informarão aos produtores


a quantidade de milímetros de irrigação para cada um dos núcleos agrícolas homogê-
neos. A análise dos dados feitos por um agrônomo de larga experiência. Nesse boletim
também constarão pareceres sobre as atividades a serem executadas, dependendo
das condições climáticas enfrentadas pelas culturas e da previsão do tempo.

Previsão climática — Enviaremos, quinzenalmente, previsões de clima, de 1 a 3 me-


ses, feitas por su¬percomputadores, através de modelagem dinâmica e estatística. Os
usuários do site ficarão sabendo em primeira mão os resultados dos escrutínios de
previsões climáticas feitas por Institutos de Pesquisas no Brasil e nos Estados Unidos
e Europa, dizendo se a estação será chuvosa, seca, fria ou mais quente, ajudando nas
decisões a longo prazo.

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