Carolyn Davidson - Xerife Texano
Carolyn Davidson - Xerife Texano
Carolyn Davidson - Xerife Texano
Carolyn Davidson
Brace Caulfield sacou seu revólver e apontou para o alvo que estava
sob uma árvore, em uma clareira ao norte do povoado. Iluminada pelos raios
da lua que se infiltrava entre as nuvens, completamente imóvel, a figura
vestia uma camisa clara e umas calças escuras que se moldavam a sua
esbelta silhueta como uma luva.
Os longos cabelos escuros delatavam seu sexo. Isto e também a
estreita cintura e cadeiras arredondadas.
—Posso ver sua estrela. Adiante, xerife, dispare — disse ela—. Quer
que avance uns passos e lhe facilite o trabalho?
Brace baixou a arma e murmurou enquanto voltava a embainhá- La.
—Venha até aqui, senhora — disse com dureza.
A mulher obedeceu lentamente. Talvez, pensou Brace, para
demonstrar que tinha o controle sobre seus movimentos. Caminhando
cuidadosamente pela colina e olhando onde pisava, aproximou- se e se
deteve a uns metros.
— Quem é você? —perguntou ele. Sua voz era forte e seu tom,
estridente. Jamais havia apontado uma mulher, e se sentia furioso contra
aquela desconhecida que o havia obrigado a fazê-lo.
—Não precisa saber —respondeu ela —. Não permanecerei aqui
mais tempo do que leve a recuperar meu cavalo e montar.
—Que estava fazendo na cidade, saindo pela porta de trás do hotel?
A havia visto sair e pensara que era um homem. Mas agora podia
ver as proeminentes curvas femininas sob a camisa clara. Uma mulher
totalmente formada, não a menina por quem a havia tomado uns momentos
antes.
—Nada ilegal — disse ela—. Só estava procurando a alguém.
—Quase todo mundo usa a porta principal — replicou ele.
—O homem que estava procurando não quer ser visto. E eu sabia
que se abandonasse o hotel o faria pela porta dos fundos.
Brace apoiou a mão na cintura, sobre a pistola que descansava
pesadamente contra sua perna, e olhou a mulher com olhos desconfiados.
—Estava procurando um homem — disse, em um tom ainda mais
áspero e estridente.
Era uma afirmação, não uma pergunta, e a mulher se limitou a dar
de ombros. Não parecia disposta a dar mais informação.
—A quem? —a pressionou ele, suavizando um pouco a voz, ao que,
paradoxalmente, o fazia parecer mais ameaçador.
—Não creio que necessite saber — disse ela —. Se vai disparar,
adiante. Se não, não tem nenhum motivo para impedir que eu monte em
meu cavalo e saia da cidade.
—Deixou seu cavalo atrás quando saiu do hotel — sinalizou ele,
tocando com um dedo a aba do chapéu. Com o mesmo dedo apontou à
direita, onde as luzes dos locais se alinhavam à saída principal—. Está atado
diante do armazém.
A mulher mordeu o lábio e olhou a direção apontada.
—Quem lhe disse?
—Meu ajudante. Pensei que voltaria pela égua, e deixei Jamie
vigiando, esperando vê- La aparecer.
Ela se virou bruscamente e começou a andar.
—Então não convém deixa- lo esperar, não é verdade?
Ele pôs- se a andar atrás dela, perguntando- se como não havia
reconhecido no instante que a figura dela havia seguido pela cidade que não
era um homem. Agora que podia vê- La por trás, via que era impossível não
perceber as diferenças.
A mulher caminhou pela calçada, junto aos comércios fechados e as
portas oscilantes do saloon, de onde saía o barulho alto de música e vozes. O
armazém estava às escuras, pois o dono havia horas se fora, e em frente
estava atada a égua, encilhada e pronta para montar.
—Encontrou o homem? —perguntou Brace enquanto ela liberava a
sua égua.
A mulher se voltou para ele com as rédeas nas mãos.
—Não. Se houvesse encontrado, haveria ouvido um disparo, xerife.
O teria matado —com um rápido movimento estava sentada na sela.
Brace deu um longo passo até ela e agarrou as rédeas.
—Um momento, senhora. Não pode fazer uma declaração como
esta e desaparecer.
—Não pode prender- me xerife —disse ela, mas não se moveu.
Talvez temesse por em perigo a boca da égua se tentasse arrebatar-lhe as
rédeas—. Não burlei nenhuma lei.
—A intenção é razão suficiente para que a interrogue.
Ela sacudiu a cabeça. A luz da lua se refletiu em seus escuros cabelos
e sua pele reluziu como o marfim.
— Está tão necessitado assim de uma mulher? — perguntou
suavemente.
—Agora que disse, um pouco, sim —respondeu ele, tão
tranquilamente quanto ela.
—Não creio que seja tão somente «um pouco» —replicou com raiva
—. Mas se está procurando a mim como uma mulher disponível assim, juro
que o matarei se me tocar, xerife. Pode me encerrar em uma cela se quiser,
mas será melhor que tenha uma boa razão para isto.
O olhou sem titubear e com os olhos muito abertos, encarando-o
com orgulho e coragem que surpreenderam Brace. Era uma mulher muito
valente ou perdera por completo o juízo. Como ousava desafiar a um xerife?
—Não posso permitir que uma mulher cavalgue só na escuridão sem
que alguém a proteja — disse sem mais rodeios. Se conseguisse detê- la um
dia ou dois em Benning, talvez conseguisse averiguar o que estava fazendo
ali—. A menos que queira dizer-me quem é e o que está fazendo aqui, não
posso deixá- la seguir. Seu amigo pode estar observando- nos agora mesmo,
esperando a oportunidade para ataca- la.
Ela soltou uma amarga gargalhada e negou com a cabeça.
—Não se aproximará de mim. Não sabe que estou aqui. Estou a duas
semanas o seguindo, e quando o vi entrar na cidade esta manhã, o segui.
Deixou seu cavalo no pátio e foi para o hotel antes do meio-dia. Desde então
estou vigiando.
—Não a vi —disse Brace —. E estou ciente de todos que entram e
saem de Benning.
—Se não desejo ser vista, sempre encontro um meio de passar
despercebida —respondeu ela—. Não me assusta estar só, e não quero
correr o risco de que Les… —inspirou bruscamente.
—Este é seu nome? — perguntou Brace—. Les? —franzindo o
cenho, pensativo—. Não reconheço. É um forasteiro?
A mulher o olhou furiosa, obviamente irritada consigo mesma por
haver revelado uma parte da informação. Apertou os lábios como se não
quisesse soltar nem mais uma palavra.
Então ele a agarrou da montaria, pegando- a desprevenida. Ela
tentou soltar- se, mas não pode. Brace era um homem alto e forte, e
nenhuma mulher por mais dura que fosse ou pretendesse ser, poderia livrar-
se tão facilmente.
—Vai a desmontar sozinha ou prefere que a ajude? —lhe perguntou.
—Vá para o inferno —gritou ela—. Não fiz nada de mal.
—Pode ser que não. Porém tenho o pressentimento de que estará
mais a salvo comigo do que cavalgando fora da cidade a estas horas. —
apertando um pouco mais o abraço, ao que ela, lançou- lhe um olhar
assassino, desmontou com facilidade e se plantou frente a ele.
Contente? —lhe perguntou.
—Não muito menos, senhorita —murmurou ele, ao tempo que seu
ajudante se aproximava deles.
—Quando te vi seguindo-a, pensei que não ser necessário montar
guarda junto à égua — disse Jamie, olhando a mulher.
—Bom, mas agora pode ser de muita ajuda —respondeu Brace.
Estendeu as rédeas e assinalou ao pátio, situado junto ao cárcere. Seu
ajudante levou a égua e a mulher via quando sua montaria desaparecia pela
porta aberta das cavalariças.
—Vamos entrar —disse Brace. A mulher obedeceu contrariada e
cruzou o umbral da pequena oficina—. Sente-se —lhe ordenou, levando-a a
uma cadeira. Acendendo o lampião sobre sua mesa e tirou o chapéu —. E
agora falemos. Primeiro, seu nome, por favor. Ela apertou a mandíbula e o
olhou desafiante.
—Sarah Murphy —disse—. E agora posso ir?
—Por que está seguindo a este tipo, senhorita Murphy? —
perguntou ele tranquilamente, ignorando sua pergunta. Ela permaneceu em
silencio, apertando os lábios, e ele a observava com paciência, sabendo que
podia superar a qualquer mulher da terra no quesito guardar silencio
Finalmente ela deixou cair os ombros e levantou a cabeça para olha-
lo nos olhos.
—Este homem é monstro.
—O que lhe fez? —perguntou Brace, com cuidado no alçar a voz.
Parecia que a amabilidade era efetiva com uma mulher receosa.
O rosto de Sarah se tornou uma máscara de desespero.
—Se casou com minha irmã —as palavras pareceram sair de um
poço de amargura do mais profundo de seu ser—. Tiveram um filho. E então
Sierra morreu e seu amado esposo sumiu com o menino.
—O que aconteceu com sua irmã? Seus piores temores se
confirmaram quando a expressão de Sarah Murphy sombreou.
—Lhe estrangularam, faz dois meses. Um desconhecido, segundo,
Les. Alguém que invadiu a casa e atacou a Sierra.
—E você não acredita? —perguntou Brace, ainda que soubesse a
resposta.
Sarah negou com a cabeça.
— Les lhe ameaçara anteriomente. Quando bebe, se transforma em
um demônio, malvado e odioso. Inclusive sóbrio pode ser extremamente
cruel.
—Por que a lei não atuou?
—Uma mulher como minha irmã, não tem muita credibilidade em
um povoado como Big Rapids, no Missouri —disse Sarah—. Suponho que
sabe que em muitos lugares as mulheres não são levadas em conta. Minha
irmã era somente uma mulher normal que tomou algumas decisões
erradas— sua boca se torceu em um gesto de desgosto—. A primeira delas
foi casar- se com Lester Clark.
—Por isto o seguiu até Benning —disse o ele sem poder dissimular
sua incredulidade—. Por que deixou o Missouri e veio a um lugar como este,
no Texas?
—Creio que sua gente é da parte ocidental do estado. Fora isto, não
tenho nem idéia. Eu só me limitei a segui- lo —baixou os olhos um momento,
e Brace se perguntou se estaria reprimindo as lágrimas. Com um esforço
evidente, Sarah levantou a cabeça e voltou a olha- lo nos olhos—. Les tem
meu sobrinho. E eu quero recuperar Stephen.
Brace pensou no que lhe havia dito. Podia reconhecer a súplica
apaixonada de uma mulher que deixava controlar por suas emoções.
—Se este homem tem esta criança com ele, creio que tem todo o
direito do mundo. Ao fim e a cabo, é seu pai.
—Inclusive se este homem matou minha irmã ? —perguntou ela
com voz afogada.
—Não tens provas disto, verdade? —disse ele, e levantou uma mão
para impedir- La de responder—. Se a lei tivesse a menor suspeita, teria
localizado a este homem muito antes que você.
—Os homens sempre crêem aos homens — desabafou ela, e ele
percebeu a mensagem tácita. Sarah Murphy não havia conseguido que a
escutassem em nenhuma parte. A lei não a levara a sério. E talvez com razão.
Ainda que parecesse uma mulher inteligente. Talvez houvesse algo mais do
que mostrava.
—Não tens nem idéia do por que veio aqui? — perguntou Brace.
Ela negou, e uma vez mais seu cabelo se agitou com o movimento.
Parecia que seus cabelos ondulados tinham vida própria, mexendo- se sobre
os ombros e as costas. Aquilo bastava para distrair a um homem, decidiu
Brace, incapaz de ocultar sua admiração. Sarah não devia de ter mais que
vinte anos… Era demasiado jovem para ele.
Seus olhos estavam nas sombras, e ele se inclinou e levantou um
pouco o queixo para ver melhor aquelas profundidades azuis.
Com um movimento brusco ela girou a cabeça, tirando a mão de sua
pele. Ele permitiu. Havia visto o pânico que ela havia tentado esconder, e
havia sentido a retirada automática de seu contato.
Se ergueu lentamente e a observou, esperando que o silencio surtira
efeito. Mas, foi uma espera em vão. Sarah Murphy seria uma boa caçadora,
capaz de permanecer imóvel o tempo que precisasse até ver aparecer sua
presa. Brace não pode evitar um sorriso ao pensá- lo.
—Isto lhe parece engraçado? — perguntou ela—. Lhe diverte deter-
me aqui? Se Les abandonar a cidade enquanto você está aqui, não fará muita
diferença. O encontrarei, onde quer que vá.
Brace negou com a cabeça.
—Esta noite não —abriu uma gaveta da mesa e retirou um molho de
chaves—. Tens que ir ao banheiro antes que a coloque em uma cela? — lhe
perguntou cortesmente—. Há um na parte de trás.
Viu quando ele ruborizou e engolia a saliva.
—Está decidido a me humilhar, não, xerife?
—Creio que preferirá usar o bacio fora da cela —respondeu —. Mas
você decide,
—Quais as queixas contra mim? —
—Vagabundagem, por agora. Amanhã decidirei se tenho que
prende- La por haver ameaçado assassinar a um homem. Tudo dependerá de
como se der a noite.
—O que significa isto? —perguntou ela, mas se levantou com
cuidado—. Adiante, xerife. Indique o caminho.
—Primeiro vamos a ver se leva alguma arma — disse ele—. Se está
planejando disparar em um homem, é mais que provável que assim seja — a
olhou de cima a baixo e não pode reprimir um sorriso —. Ainda que não me
imagino onde pode escondê-la. Estas calças lhe sentam com luvas.
—Vai revistar- me ? — perguntou ela—. Tenho que esvaziar meus
bolsos?
—Está armada? —perguntou ele, olhando próximo.
—Não. Tenho uma arma em meu alforje —admitiu ela, e deu de
ombros—. A menos que leve em conta a faca que levo no bolso, não sou uma
ameaça para você.
—De- me esta faca —ordenou ele, estendendo a mão.
Ela deslizou seus esbeltos dedos no bolso lateral da calça e
extraiu uma pequena navalha.
—Aqui tens —disse, pondo- a na palma—. Se sentindo ameaçado?
—Qualquer arma é perigosa se quem a leva tem intenção de causar
dano —respondeu ele —. E esta pequena navalha poderia fazer muito dano.
—Bom, todo o uso que teve até agora foi cortar ramas para fazer um
leito ou acender um fogo.
—Esta noite, sua estadia lhe darei eu —disse ele, metendo- a em seu
bolso—. Decidiu se quere ir ao asseio ou não?
—Suponho que virá comigo.
—É claro.
Lhe indicou com uma mão a porta traseira da prisão, e ela se dirigiu
para lá, passando junto a duas celas vazias. No exterior a escuridão era quase
total. A lua se ocultara atrás das nuvens e apenas podia distinguir-se o perfil
de uma casinha—Posso ir só? —perguntou ela, antes de abrir.
— Senhorita Sarah, não sou homem que goste de olhar onde não
sou convidado. A esperarei aqui.
Ela fechou a porta ao entrar e ele sorriu na escuridão. Esta mulher
era um demônio, e gostaria mante-la detida durante toda uma noite sem
armar um alvoroço.
Deu as costas à casinha e aguardou a casinha pacientemente com os
braços cruzados no peito.
Capítulo Dois
Dormir em uma cadeira era garantia segura de passar uma noite
horrível. Brace descobriu antes da meia- noite, e às três da manhã estava
disposto a ocupar a cela contígua a de sua prisioneira. A possibilidade de
que
ela estivesse desperta e temesse sua presença próxima era o único motivo
que o manteve na cadeira de seu escritório. Sua cabeça buscou finalmente a
dura superfície e dormiu aos tropeços, até que o sol da manhã entrou pela
janela.
Depois de bocejar e esticar- se, foi até a cela onde Sarah dormia,
encolhida de costas, com a manta até o pescoço. Ao menos ela havia tido
uma superfície lisa sobre a qual passar a noite. Por mais duro que fosse o
catre, sem dúvida era muito mais cômodo que a cadeira que ele havia
ocupado.
Quando enfiou a chave na fechadura, os olhos de Sarah piscaram, se
abriram por completo e se fixaram nele. Em seguida o reconheceu e cobriu a
cabeça com a manta.
—Saia daqui —ordenou.
Ele ignorou a ordem com um sorriso e entrou na cela.
—Pensei que talvez gostaria de dar um passeio — sugeriu, como se
houvesse outra opção.
—Um passeio? —repetiu ela. Afastou a manta e sentou, sacudindo a
cabeça e ocultando um bocejo com a mão—. E aonde vai a levar- me esse
passeio? Para a forca? —perguntou docemente—, Ou ainda não teve tempo
de construir uma?
—Você tem uma língua muito afiada para depender de meu bom
caráter —disse. Voltou- se e saiu da cela.
—Espere —chamou ela. ele se deteve e a olhou por cima do ombro.
—Por quê? De repente decidiu ser amável?
Ela suspirou e se levantou. Cambaleou um pouco e deu um passo
até ele. Um gemido involuntário lhe escapou dos lábios.
—O que aconteceu? —perguntou com o cenho franzido—. Não
gostou do alojamento?
—Não muito. Era muito mais cômodo dormir no chão ao ar livre. Ao
menos tinha um colchão de ervas.
—Tem dormido na intempérie? — perguntou Brace—. Onde?
—Não saberia dizer. Em alguma parte do outro lado do povoado.
Debaixo de uma árvore, junto a um arroio.
—Seguramente foi em Wallin's Creek —supôs ele —. Está a oito
quilômetros ao sul, seguindo a via do trem.
—Pode ser —disse ela. Se deteve na porta da cela e olhou a porta
traseira—. Está aberta?
—Não. Tenho que abrir para você —passou ao seu lado e roçou
ligeiramente seu ombro. Ela estremeceu ao contato—. Sinto. Não pretendia
empurrá- la.
—Não o fez —disse ela, recuperando-se rapidamente—. Só me
pegou desprevenida —baixou as pálpebras, ocultando a expressão de seus
brilhantes olhos azuis, e Brace se fixou em como lhe caía os cabelos negros
pelos ombros e costas.
Até então acreditava que preferisse os cabelos ruivos, mas com um
sorriso se viu obrigado a reformular seus gostos.
Em questão de segundos abriu a porta traseira e a convidou a sair
com um gesto.
—Adiante —disse, e observou quando passava a seu lado e se dirigia
à casinha. Era impossível não notar seu redondo traseiro, perfeitamente
definido pelas calças que levava. Brace se apoiou contra o batente da porta e
esperou pacientemente que saísse—. Trarei água quente caso queira lavar-
se enquanto estou fora — disse quando ela reapareceu para voltar para a
cela.
—Agradeço —respondeu cortes, mas depois arruinou as palavras
amáveis com um olhar assassino—. Quanto tempo necessitará para
comprovar que não sou uma ameaça para sua cidade, xerife?
—Tem pressa para ir a algum lugar?—perguntou ele, fechando a
porta da cela e se aproximando das grades.
—Sabe muito bem que sim—disse ela amargamente—. Está me
detendo sem motivo. Acuse-me de cometer um crime ou deixe- me ir.
—De acordo —concedeu ele —. Pensarei em algo enquanto busco
seu desjejum.
Ela sentou na borda do catre e apoiou o queixo no punho.
—Não esqueça a água quente. Gostaria de eliminar do corpo o
cheiro de sua cela.
—A mim me parece que sua pele cheira muito bem—disse ele.
O olhar que ela lhe lançou poderia derreter a cera, pensou ele, e
sorriu para si mesmo enquanto se dirigia para seu escritório. Retirou uma
vasilha do armário e saiu da prisão em direção ao hotel. Entrou pela porta da
cozinha e aspirou o aroma do café.
—Tens um pouco de água quente? —perguntou a cozinheira.
Bess Casey levantou o olhar da forma onde seis tortas estavam
dourando e lhe indicou com uma mão o depósito junto ao fogo.
—Já sabes onde encontrá-la. No mesmo lugar que da última vez que
necessitaste água para esfregar os pratos.
—Não é para mim —disse Brace —. Tenho alguém na cela. Também
quero algo para o desjejum e quatro taças de café.
—Uma má noite? — perguntou Bess—. Tens um aspecto horrível.
—É o que dá dormir em uma cadeira—confirmou Brace.
— Seguro que tens uma cama decente em tua casa —disse ela—.
Por que não a usaste?
—Meu prisioneiro é uma mulher.
—Uma razão suficiente —disse ela assentindo—. E esta mulher
também quer café?
—Isto é o que vou averiguar —respondeu Brace, vertendo a água no
vasilhame—.Levarei isto e volto em seguida.
—Terás que esperar um pouco. Tem quatro pedidos para o desjejum
esperando. Mas fritarei mais bacon agora mesmo.
Brace assentiu e saiu da cozinha, acompanhado pelo cheiro do café
recém feito. Ao sair dali se encontrou com o dono do armazém, que varria o
pátio como se sua vida dependesse disto.
—Bom dia, xerife Caulfield.
Brace assentiu em silencio devolvendo a saudação. O senhor
Metcalfe não era de seus moradores favoritos, mas ao menos tinha que ser
cortes. Até a frente da recém construída oficina de correios estava vazio, mas
Titus Liberty já havia saído pela porta com a bandeira nos braços.
—Bom dia, xerife — saudou como o cavalheiro que era—. Hoje
levantou muito cedo.
—Igual a você, Titus —respondeu Brace.
—O trem da manhã está a ponto de chegar. Tenho que recolher o
correio —Titus se orgulhava de sua posição. Não em vão, havia passado de
um canto do armazém a ser diretor de um prédio do governo—. Esperas
alguma coisa? —perguntou a Brace.
—Duvido —respondeu ele. E ainda que esperasse alguma
correspondência, teria que passar uma hora decifrando-a. A leitura era um
problema. Teria quase pensado contatar com a nova mestra da escola e ver
se estaria disposta a retomar as lições onde as havia deixado a última
voluntária.
Apertou os lábios ao pensar na mulher que havia postos os olhos e
que desejara por mais de um ano. Faith fora embora, e com ela as
esperanças de Brace de formar um lar e uma família. Ainda, se fosse sincero
consigo mesmo, tinha que reconhecer que Faith nunca fora sua, salvo em
sonhos.
Diminuiu o passo ao cruzar a rua e entrou na prisão. A poeira
flutuava no ar e Brace deixou a porta aberta, permitindo que o calor exterior
invadisse o local.
—Aqui está sua água —disse, aproximando- se da cela. Sarah estava
sentada no catre, justo onde a havia deixado, e deixou a jarra no chão
enquanto abria a porta—. O desjejum estará pronto em dez minutos, mais ou
menos —adicionou, metendo a jarra na cela—. Agora irei tomar café. Lhe
apetece um pouco?
Ela assentiu e se levantou indo até ele.
—Obrigada pela água quente —disse, relutante. Obviamente era
incapaz de lembrar os bons modos que lhe haviam ensinado em sua
infância—. Minha bolsa estava atada atrás da sela de montar. Poderia
recuperá- la?
—O que há nela? — perguntou —.Além da arma—completou,
recriminando- se a si mesmo. Se esquecera do incidente da noite anterior,
por culpa da fascinação que aquela mulher exercia sobre ele.
—Roupa —respondeu ela—. Meias limpas e algumas outras coisas.
Ele asssentiu.
—Eu a trarei depois do desjejum. Talvez Jamie esteja aqui e possa ir
até as cavalariças.
A expressão de Sarah sombreou ao olha- lo nos olhos.
—Quanto tempo vai deter- me aqui? Meu sobrinho seguramente
está a caminho para o seguinte povoado enquanto nos perdemos tempo
falando. Sei que isto não tem importância para você, mas este menino é a
única razão que tenho para viver neste momento.
Brace saiu da cela fechou a porta.
—Irei ao hotel e comprovarei se este tipo ainda está ali — disse.
Ela assentiu e ele ver um lampejo de lágrimas em seus olhos antes
que se virar. Aquilo lhe tocou a alma. Talvez porque era uma mulher
solitária… e mais que isto, Sarah Murphy era vulnerável, ainda que levasse
consigo uma arma e uma navalha. Talvez fosse uma mulher capaz de
defender-se, mas seguia sendo uma mulher e estava só ante o perigo.
Menos de uma hora depois, Brace havia levado o desjejum e
comprovara que o homem que ela buscava saíra do hotel e se dispunha a
abandonar a cidade. Um homem alto, forte e de ombros largos estava na
porta de das cavalariças. Ao seu lado havia um menino de aproximadamente
sete anos. De cabelo negro e constituição delgada, quase raquítica, ele se
remexia inquieto junto a seu pai, e Brace não pode evitar aproximar- se de
onde Lester Clark esperava impaciente que encilhassem seu cavalo.
—Bom dia, forasteiro — saudou amavelmente—. Posso ajudá- lo em
algo?
A única resposta que recebeu foi um olhar escuro meio oculto por
umas espessas sobrancelhas. Mas então o homem fixou- se na estrela de
Brace, porque negou com a cabeça.
—Só tento sair rápido daqui. Quando estiver pronto meu cavalo,
sairei de sua cidade.
—Se dirige ao oeste? — perguntou Brace—. O caminho é todo reto
desde aqui, mas terá que atravessar alguns lugares bastante difíceis. Estamos
muito isolados.
—Me arranjarei —respondeu o homem.
—Papai? — chamou o menino, olhando ternamente —. Disse que
íamos buscar a tia Sarah. É aqui aonde vamos?
O olhar furioso de seu pai lhe fez abaixar a cabeça e olhar os pés.
—Só perguntava —murmurou, e ganhou um golpe no ombro pela
insolência.
O menino curvou seus delgados ombros e afogou um soluço. Era a
ocasião que estava esperando Brace. Ajoelhou- se no chão junto ao menino.
—Está procurando tua tia? —perguntou amável, e endereçou um
olhar ao pai antes de continuar—. Talvez eu possa ajudá- lo a encontrá- la.
Seria melhor que aquele encontro tivesse lugar dentro de sua
jurisdição, e não no caminho a Wichita Falls, porque se Sarah Murphy
enfrentasse sozinha a aquele homem, não teria nenhuma possibilidade de
sair vitoriosa.
—Não necessitamos ajuda —disse o forasteiro—. O menino não
sabe do que está falando.
—Mas, papai… —começou, mas um punho ao alto lhe fez guardar
silencio.
—Eu não faria isto—advertiu Brace.
—É meu filho e faço o que quiser —murmurou o homem, pondo- se
vermelho pela ira.
—Não em minha cidade —respondeu Brace, erguendo- se em toda
sua estatura e pousando a mão na culatra da pistola. Sabia que seu aspecto
era intimidante, vestido de negro e ainda mais alto e corpulento que aquele
forasteiro.
—Já vou, xerife —disse o homem, agarrando as rédeas do cavalo
que lhe levara o ferreiro.
—É cinquenta centavos —disse Amos Montgomery, olhando os dois
homens—. Algum problema, xerife?
Amos Montgomery respeitava escrupulosamente a lei e seu físico,
era reflexo da dureza de seu trabalho. Se ocupava eficazmente da ferraria e
das cavalariças, e nestes momentos não podia deixar mais claro seu apoio
incondicional a Brace.
—Não, não creio —respondeu Brace tranquilamente—. Este jovem e
eu vamos ao hotel comer algo.
—É meu filho —declarou Lester Clark com firmeza—. Não tem
direito de levá- lo assim.
—Tenho todo o direito. Esta é minha cidade — disse Brace.
Era consciente de que estava violando os direitos paternos, mas
descobriu que não importava a mínima com os direitos de Lester Clark como
pai ou cidadão. Abusar de um menino era o pior que podia fazer um homem,
e a menos que seus instintos o enganassem, os motivos daquele tipo não
eram tão honestos quanto deveriam ser. Em qualquer caso, não mostrava o
menor afeto por seu filho.
A pequena mão do menino se deslizou na palma de Brace e ficou ali.
Os dedos tremiam como se buscassem refúgio. O menino levantou os olhos,
mordeu o lábio e olhou de lado para seu pai. O mesmo fez Brace, franzindo
ameaçador o cenho e desafiando Lester a protestar.
—Pode ser sua cidade —disse Lester—, mas, como cidadão tenho
direitos. E quase todos eles estão relacionados com meu filho.
—Bem —disse Brace—. Deixemos que o médico examine a seu filho,
senhor Clark, e veremos se encontra alguma prova de abuso.
—Posso tratá- lo como quiser —disse Lester em um tom fanfarrão—
. Me pertence.
—Pelo que eu sei, a lei proíbe que um ser humano pertença a outro
—respondeu Brace sem alçar a voz—. Você pode possuir um cavalo ou um
cão, mas de nenhum modo pode ser dono de um menino.
—Onde está o juiz nesta cidade condenada? —perguntou Lester
duramente.
Brace esboçou seu sorriso selvagem. Haviam-lhe dito que este
sorriso o transformava de um cavalheiro agradável e educado em uma feroz
criatura que espantaria até mesmo o diabo. Voltou a pousar a mão na pistola
e baixando a aba do chapéu negro olhou desdenhoso ao homem diante de
si.
—O juiz vem à cidade a cada dois meses —disse—. Deveria chegar
dentro de duas semanas. Quer esperá- lo em uma de minhas celas?
Que outra cela estivesse ocupada por uma mulher não tinha por que
saber Lester Clark. Sobretudo se esta mulher tinha a intenção de matá- lo.
Ainda que por um momento Brace se perguntava qual dos dois seria mais
perigoso.
—Não pode prender- me, xerife —retrucou Lester—. Não fiz nada
ilegal.
—Então não estrague seu histórico —disse Brace—, Levo o menino
ao médico, e logo iremos comer no hotel.
—Tenho muita fome —murmurou o menino, como se temesse que
seu pai o ouvisse. Estava tão pegado na perna de Brace que parecia a ponto
de subir nela.
O impulso de tomar o menino nos braços foi quase incontrolável,
mas Brace se inclinou e pôs uma mão no seu ombro.
—Vamos, filho —disse, e agarrado fortemente a mão aferrada a seu
dedo indicador. Olhou a Amos por cima do ombro e lhe mandou uma
mensagem silenciosa, que o ferreiro não pareceu ter dificuldade alguma em
decifrar.
—Estarei atento —disse com voz cortante.
Lester Clark parou em meio à rua, vendo quando Brace se afastar
com seu filho. A ira de seu olhar era quase palpável.
Quando se aproximaram da cadeia, Brace olhou o menino, que
trotava a seu lado sem protestar.
—Aqui dentro tem alguém a quem talvez, gostaria de ver —lhe
disse—. Queres passar um momento? —e sem esperar resposta, cruzou o
umbral de seu escritório.
Jamie estava sentado com as botas sobre a mesa e o chapéu sobre
os olhos, cochilando.
—Podes trazer a senhorita Murphy? —perguntou em voz baixa, e
reprimiu um sorriso enquanto seu ajudante se punha de pé rapidamente.
—Sim, senhor, é claro —disse Jamie, olhando o menino que se
aferrava a mão de Brace. Tirou as chaves do suporte e correu até as celas.
Segundos depois se ouviu o ruído metálico da fechadura e o chiado
da porta abrindo.
—O que aconteceu? —ouviu a voz perplexa de Sarah Murphy, e
depois apareceu na porta do escritório. Ao vê- La, o menino estremeceu e
pronunciou seu nome com um tom de súplica.
—Tia Sarah? —soltou a mão de Brace e se lançou para sua tia com
um grito de angústia—. Tia Sarah! —repetiu. Ela se abaixou para recebe- lo e
ele se aferrou com braços e pernas e enterrou o rosto contra seu colo.
—Deixe comigo —se ofereceu Brace rapidamente—. É pesado
demais para você.
Sarah o fulminou com um olhar que faria tremer a qualquer homem
mais débil que Brace.
—Não o toque. É de mim que ele precisa.
Brace aproximou uma cadeira e lhe indicou que se sentasse. Sarah
se acomodou e o embalou enquanto sussurrava palavras de consolo. Durante
longo tempo os dois homens permaneceram em silencio, até que Jamie deu a
volta, como se as emoções o tivessem sobrepassado.
—Stephen. Oh, Stephen —sussurrou Sarah, afastando o menino
para olhá- lo nos olhos —. Tenho te procurado. Estás bem? O tem acontecido
contigo? — perguntou, fixando- se em um machucado no antebraço.
—Nada —respondeu Stephen, como se a ferida não tivesse
importância. E seguramente não tinha importância para o menino, pensou
Brace, agora que sua tia o abraçava—. Tudo está perfeito agora, tia Sarah.
Sabia que me encontraria.
Ela olhou para Brace com os olhos cheios de lágrimas.
—Obrigada —sussurrou—. Eu lhe devo —e então olhou para a porta
da rua—.Onde está seu pai?
—Junto às cavalariças, tentando averiguar quais são suas opções —
disse Brace—. Lhe ofereci uma cela, mas não quis aceitar, Suspeito que se
hospedará no hotel uma temporada, a menos que desista e se vá da cidade.
Mas eu não contaria com este último, senhorita Murphy.
—Não conseguirá tirar- me este menino—declarou ela com
veemência, apertando a Stephen com mais força—. Farei o que for preciso
para mante- lo a salvo.
—Bem —disse ele, ajudando-o a levantar- se —. Primeiro vamos ao
hotel para que este jovenzinho coma algo.
—É quase hora do almoço, não? —perguntou ela, confusa.
—Sim, e depois teremos que passarmos pela consulta do médico.
Mas este menino não comeu nada hoje, se não me equivoco.
Sarah olhou a Stephen, cujo olhar passou de um adulto a outro.
—Não comeu nada esta manhã? —perguntou ela.
—Não, tia Sarah. Papai disse que tínhamos pressa.
Sarah murmurou algo incompreensível, com sua expressão
escurecida pela fúria.
—Vamos —disse, deixando Stephen no chão e o agarrando pela mão
—. Indique- nos o caminho, xerife.
Capítulo Três
A casa tinha dois andares, um telhado inclinado de cumeeiras,
abundante janelas e suas superfícies reluziam a luz do sol. Em conjunto era
um lugar que despertou o interesse de Sarah, que se encontrou a si mesma
retardando o ritmo à medida que se aproximava da ampla varanda. Estava
desprovido de móveis, mas a área fresca e com sombra parecia ideal para um
balanço no alpendre, ou simples banco junto à porta.
Sarah se imaginou passando as horas ali sentada, contemplando o
entardecer e as estrelas do céu noturno. A idéia era muito extravagante, e se
apressou a afastá- la para concentrar-se em perguntas mais práticas.
—Por que comprou uma casa tão grande?
O xerife Caulfield pareceu um pouco incomodo pela pergunta,
porém respondeu de boa vontade.
—Pensava em casar- me, instalando- me aqui e formar uma família.
—E o que o fez mudar de opinião? — perguntou ela. Nunca fora tão
curiosa, mas sentia uma lástima por aquele homem. Talvez sofrera um
desengano amoroso, ou a morte houvesse levado a sua amada—. Não tem
por que responder — se apressou a dizer—. Foi uma descortesia perguntar.
—Não, nada disso, senhorita Murphy —disse ele, recuperando o
sorriso—. Descobri que meu trabalho ocupava mais tempo do que esperava,
e então decidi que as oportunidades em Benning eram bastante escassas.
—Certamente que em uma cidade deste tamanho há mulheres
disponíveis —disse ela em tom incrédulo—. Ou acaso é demasiado
exigente?
—Talvez —respondeu ele—. Sou da opinião de que o matrimonio é
um contrato que não deveria firmar-se às pressas. A menos que um homem
tenha o tempo necessário para investir neste trato, não tem direito a esperar
que uma mulher suporte mais carga do que lhe corresponde.
Sarah subiu as escadas da varanda e aproximou- se da porta.
—Duvido que você fosse egoísta —lhe disse com franqueza—. Me
parece o tipo de homem que sempre tenta fazer o justo, sem importar qual
seja a situação —levantou a vista ao montante que havia sobre a porta—.
Uma mulher escolheria algo assim.
—O que a faz pensar isto? —perguntou ele, seguindo a direção de
seu olhar.
—As cores, o desenho… É uma janela completamente inútil, salvo
pela beleza de seu reflexo no interior da casa —o olhou nos olhos—. Um
bonito toque decorativo.
Passou junto a ela para abrir a pesada porta, e Sarah se fixou que
não levava nenhuma chave nas mãos.
—Não se preocupa em fechar com a chave?
—Até agora não foi necessário —respondeu —. Porém, com você
aqui, terei que mudar minha rotina.—Pois se as pessoas ignorarem que
estamos aqui não correremos nenhum perigo, verdade?
Ele a olhou com olhos semicerrados.
—Não me atrevo a assegurar. Seu cunhado não ficou especialmente
contente —se afastou e os fez passar para um amplo vestíbulo. Os seguiu e
fechou a porta—. O que acha? —perguntou, sem ocultar seu orgulho. Sua
expressão se suavizou enquanto percorria a casa com o olhar. A mesa e o
banco junto à parede, a escada que subia ao segundo andar, os arcos que se
abriam a ambos os lados da entrada…
—Tem uma governanta? — perguntou Sarah, fixando-se no
reluzente corrimão e na falta de pó nos cantos.
—Uma mulher vem uma vez por semana. E parece que hoje foi dia
de limpeza, verdade?
Sarah se voltou para ele.
—Com que freqüência visita a casa?
Ele se remexeu inquieto durante uns segundos, mas em seguida
recuperou o sorriso.
—Um par de vezes por semana, creio. Não tem muito que me
retenha aqui, senhorita Murphy. A casa está arrumada, mas sem gente
vivendo nela é como se estivesse vazia, não parece?
Ela assentiu em direção ao arco mais próximo.
— Posso explorar um pouco? —perguntou. Não queria parecer
curiosa, mas aquela casa e aquele homem tinham algo familiar que a atraía.
Era como se estivesse em sua própria casa, pensou, ainda que esta sensação
era quase assustadora, e se deixou a temer quando ele assentiu dando
permissão. Stephen se aferrou com força à sua mão e juntos cruzaram o
umbral até a sala.
Estava bem arrumada, mas, diferente de muitos salões normais,
aquele era quente e acolhedor. Havia uma chaminé, tão limpo de cinzas que
parecia não ser usada em muito tempo. Umas cortinas diáfanas permitiam
que a luz do sol banhasse o tapete, cujas cores reluziam em uma brilhante e
variada gama.
—É precioso —sussurrou ela, girando lentamente em círculo.
—Vamos à biblioteca —sugeriu Brace. Disse em um tom tão
moderado que Sarah supôs que, a habitação que estava a ponto de informar-
lhe era muito importante para ele.
Brace os levou a uma sala do lado oposto da casa. Duas paredes
estavam cobertas de estantes, e a terceira era ocupada uma janela com uma
ampla poltrona que convidava a leitura. Junto à quarta parede havia um
escritório, e em torno a uma lareira se agrupavam outros móveis de aspecto
igualmente cômodos.
—O que acha? —voltou a perguntar Brace, observando-a
atentamente, como se sua opinião fosse muito importante para ele.
—É maravilhosa —disse, e sinalizou com uma mão as estantes
cheias de livros—. Já os leu todos?
Ele negou bruscamente, e a Sarah pareceu ver que sua expressão
obscureceu.
— Não. Não tenho tempo —respondeu, mas Sarah estranhou que
não desfrutasse daquela sala, que obviamente tinha tanta importância para
ele.
Brace os conduziu de volta ao vestíbulo e dali para a cozinha.
—Aquela é a sala de jantar—disse, indicando outra porta em forma
de arco, através da qual se via uma mesa reluzente rodeada por oito
cadeiras. Um aparador com portas de cristal chamou a atenção de Sarah, que
se fixou na porcelana e na prata.
—A usa? —perguntou, sinalizando os talheres, ainda que imaginasse
a resposta. —Não.
—Que desperdício —murmurou ela. Seguiram avançando. Sarah não
pode resistir um último olhar a perfeição daquela sala, mas a admiração que
lhe produzia ficou eclipsada ao entrar na cozinha.
As janelas com cortinas e os vasos as enfeitando quase a fizeram
gemer. Viu que as flores estavam secando e, sem pensar no que fazia,
encheu um jarro de água na pia e começou a regar a terra seca.
—Não me dou muito bem com estas coisas —disse ele jocoso—. Às
vezes, creio que deveria desprender-me de tudo que necessite cuidado. A
mulher que vivia aqui era muito aficionada as flores e este tipo de coisas, e
lhe prometi que me encarregaria delas. Sarah o olhou divertida. —Teria sido
melhor levá-las consigo. —Não podia. Subiu em um trem e partiu para o
oeste para reunir- se com seus filhos. Não podia levar a metade do jardim
com ela.
Sarah examinou a ensolarada cozinha, admirando os pequenos
detalhes que atraíam seu lado mais feminino. Fazia tempo que havia
abandonado a idéia de ser a classe de mulher que se vestia com roupas
femininas, mas isto não lhe impedia de admirar a habilidade da mulher para
decorar aquela casa. —Sabe cozinhar? —perguntou Brace. —Me disseram
que me dou muito bem —respondeu ela, rindo—. Poderia dizer que sei
desenvolver- me na cozinha tanto quanto você espera.
—Para ser sincero, senhorita Murphy, não sei o que esperar de você.
Minha primeira impressão me enganou por completo, lhe asseguro.
—E qual foi esta impressão? —perguntou, virando- se.
Brace olhou Stephen e sorriu. — Não imaginei que fosse uma mulher
a que pudesse fascinar tanto minha casa —disse—. Pensei que estava
tentando parecer ao menos feminina possível — meteu uma mão no bolso e
se apoiou contra a porta—. De fato, estava convencido de que era… —se
deteve bruscamente e sorriu—. Bem, digamos que me equivoquei em um par
de coisas.
—Oh? —disse ela, mas preferiu não dizer nada mais ao olhar a
Stephen, que seguia atentamente a conversa. O menino já tinha
preocupações demais em sua curta vida. Não necessitava ouvir a dissecação
psicológica de um xerife.
—Voltando a pergunta de antes —disse Brace cortes—, sabe
cozinhar? Ou quem sabe deva perguntar de outro modo: Estaria disposta a
preparar a comida?
Sarah passou o olhar pela cozinha. —Com o que?
—Na despensa tem muitas conservas. O suficiente para você e o
menino pelo resto do dia.
—E o que me diz de você? — perguntou ela—. Não pensa em ficar?
—Tenho que sair um instante, mas voltarei.
Um pouco de leite fresco e pão me parece uma boa idéia. Teria que
ter passado pelo armazém antes.
—Tinha demasiada pressa —disse ela, recordando como saíram
precipitadamente do hotel e como montaram na carruagem que ele alugou
nos estábulos. Havia atado seu cavalo atrás da carruagem, e ela não lhe
perguntara por que —. Fique tranqüilo, não morremos de fome.
Esperaremos até sua volta.
—Tenho algo a ensinar- lhe —disse ele. Depois de um momento e se
abaixou ante Stephen, que ainda não despegara de Sarah—. Acreditas que
podes olhar lá em cima e escolher o quarto que mais gostar para dormir?
—Sim, senhor —respondeu Stephen, como se estivesse acostumado
a obedecer sem replicar. Soltou a mão de Sarah e se dirigiu as escadas. Sarah
aproximou- se da porta para ve-lo afastar- se e então se virou para Brace.
—Do que se trata?
—Tem uma arma despensa —disse ele —. Suponho que saberá
utilizá- la.
Ela assentiu.
—Mas preferiria que me devolvesse a minha.
Ele a olhou em silencio por uns segundos e assentiu lentamente.
—De acordo, mas se houver algum problema, estará mais segura
com uma arma maior. Uns disparos ao ar bastarão para deter a quem quer
que se aproxime da casa —sacou sua pistola do cinto e a pôs na mão de
Sarah, cobrindo com a outra—. Tenha cuidado, Sarah.
Se metera em uma enrascada. Não só havia levado a uma mulher
para sua casa, mas também havia arrebatado um menino de seu pai.
Cavalgou de volta a cidade, deixando a égua e a carruagem em seu estábulo
até decidir qual seria seu seguinte movimento. Seu cavalo negro cobriu
rapidamente o escasso quilometro de distancia, e em poucos minutos estava
diante do armazém.
Ao passar diante da porta aberta de seu escritório, viu Jamie
apoiado contra a parede e o saudou.
—Olá, Brace — respondeu, mexendo- se sobre seus pés e com as
mãos nos bolsos —. Tens companhia.
—Lester Clark? —perguntou Brace, nada surpreendido.
—Está fora de si. Disse que lhe roubasse a seu filho —respondeu
Jamie, removendo-se inquieto—. Isto é legal? Levar o menino, quero dizer.
Brace se esforçou para não perder a paciência.
—O que te parece? — perguntou a seu ajudante—. Pois claro que
não é legal, mas foi à decisão correta. Este menino está coberto de
machucados.
—Que vais fazer a respeito?
—Manter a Stephen e a sua tia fora de circulação durante um par de
dias. Ao menos até que o juiz chegue à cidade.
Os lábios de Jamie se torceram em um sorriso cúmplice.
—Aposto que não voltarás a tua casa durante as próximas noites,
verdade?
Brace apertou a mandíbula e Jamie desfez no instante o sorriso de
seu rosto.
—Não queria dizer isto —se apressou a explicar seu ajudante—.
Imagino que ficarás guardando para proteger a estes dois.
— Isto tens razão —admitiu Brace duramente—. E será melhor que
ninguém descubra que estão em minha casa.
—Meus lábios estão selados —lhe assegurou Jamie—. Ficarei a
cargo do escritório, a menos que tenha que ir avisar de algum problema
importante.
—Pode encarregar-se sozinho das brigas habituais produzidas nos
saloons nos fins de semana.
—Vais tomar o resto do dia livre? — perguntou Jamie—. Creio que
deverias faze- lo , para acomodar a teus convidados em tua casa —afirmou
com um amplo sorriso—. É a primeira vez que permites que alguém
transpasse tua porta, não?
Brace lançou um olhar destinado a sufocar sua curiosidade, mas foi
em vão. Jamie não estava disposto a deixar o assunto.
—Não me explicou por que querias uma casa tão grande somente
para você.
—Não passo muito tempo nela —admitiu Brace.
—Mas um dia destes… —as palavras de Jamie foram interrompidas
por um grito procedente do hotel. Bart Simms estava na varanda, agitando
um pedaço de papel na mão, e com o outro punho gesticulando no ar.
—Será melhor que venha pagar a fatura, senhor.
—Problemas —murmurou Jamie. Se ergueu e apalpou a pistola—.
Eu me encarrego. Ocupasse de teus assuntos —disse Brace, mas este negou
com a cabeça e lhe pôs a mão no ombro.
—Espere.
Viram quando Lester Clark virava, deixando cair sua bolsa no chão, e
olhava furioso ao dono do hotel.
—Paguei adiantado —disse. Aproximou- se de Bart e lhe arrebatou o
papel—. Isto é um abuso —gritou.
—Bom, pode ser que eu discorde disto —disse Brace, elevando seu
tom de voz para se fazer ouvir do outro lado da rua. Se aproximando dos dois
homens. Bart o olhou agradecido, mas ele se concentrou em Lester—. Está
empenhado em ocupar uma de minhas celas, não, senhor?
—Não pode prender- me —replicou Lester—. Já me roubou meu
filho e o escondeu em alguma parte. Tudo que quero é recuperá- lo e sair
daqui.
—Não vai a nenhuma parte até que pague a conta do hotel —disse
Brace, cruzando os braços ao peito. Uma postura que amedrontava bastante
aos poucos desordeiros da cidade.
—Paguei adiantado —insistiu Lester teimosamente.
Brace sorriu.
—Neste caso podemos solucionar o problema em seguida. Só tens
que me apresentar o recibo.
Lester avermelhou.
—Não o guardei. Não pensei que me encontraria com um bando de
sem- vergonhas em Benning —disse com desprezo—. Ainda que não
estranhe, vendo como o xerife se excede em suas funções.
—Ou paga sua fatura e recolhe suas cosas e cruza a rua até a cadeia
—disse Brace com firmeza. Durante uns segundos Lester o olhou cheio de
fúria, mas finalmente meteu a mão no bolso e sacou um punhado de
moedas. Escolheu duas e as deu a Bart Simms.
—Obrigada, xerife —disse Bart—. Sabe muito bem que não
cobramos adiantado —completou, olhando a Lester.
—Eu sei —respondeu Brace, vendo como Lester recolhia sua bolsa e
se dirigia pela calçada—. Creio que seguirei a nosso amigo para ver o que
está tramando.
—Onde está esta criança? —perguntou Bart em voz baixa—. Como
disse a minha mulher, tinha um aspecto péssimo.
—Não te preocupes com ele —disse Brace—. Agora está a salvo.
Dois de seus dormitórios tinham camas disponíveis, e esperava que
o menino não elegera a grande cama de casal que ele usava de vez em
quando. Já havia considerado a possibilidade de oferecer a Sarah Murphy e
havia decidido que não era uma boa idéia.
Não sabia onde acomodaria a esta mulher, mas o dano estava feito.
Havia convidado a ficar e teria que averiguar que cama ofereceria. Uma cama
só para ela.
Capítulo Quatro
O guisado estava delicioso, e as esperanças de Brace se reavivaram
com o sabor da comida caseira. Faria bem manter Sarah ali, mesmo que só
para garantir umas comidas regulares.
— Sabe cozinhar —disse tranquilamente e com firmeza.
Stephen levantou da mesa e saiu pela porta traseira. Parecia que a
atração dos gatos era forte. Desapareceu no interior do estábulo e o breve
temor de Brace se esfumaçou ao vê-lo reaparecer com dois gatos. Se sentou
no pátio e se pôs a brincar com eles, rindo.
—Fazia muito tempo que não parecia tão feliz —disse Sarah—.
Obrigada , xerife. Aprecio muito que tem feito por nós. Só espero que não te
trouxesse problemas.
—Não me preocupa em nada —respondeu Brace—. Prefiro perder
meu trabalho antes de ver abusarem de uma criança. Sempre terá outro
trabalho esperando se necessito começar a buscar.
Sarah sorriu. Aquele homem nunca teria dificuldade para encontrar
trabalho. Era um homem experiente e curtido, e parecia feito para a
profissão que elegera. Alto e forte, e com sólidos princípios morais. A seu
lado, Lester era insignificante.
—Duvido de que a gente da cidade queira buscar um substituto —
disse ela—. Seriam tontos se permitissem perde- lo.
—Como já disse, não me preocupa —respondeu ele—. Mas se seguir
cozinhando assim, me custará bastante perde- la, senhorita Murphy.
Ela o olhou e sorriu.
—Sarah — corrigiu suavemente.
—Sarah —repetiu lentamente, como se saboreasse o nome em sua
língua. Seu olhar era tão penetrante que ela não pode evitar ruborizar.
Os golpes de Stephen na porta desviou a atenção de ambos.
—Tia Sarah? —chamou com voz inquieta, pressionando a cara
contra a madeira da porta —. Ficará aqui? Não vai, verdade?
—Sigo aqui, Stephen —respondeu ela rapidamente—. Por que não
entra e vai ao teu quarto antes que anoiteça?
—Sim, tia Sarah —aceitou ele—. Fiquei com o quarto que vi acima ,
junto à escada.
—O primeiro quarto é um armário—disse Brace—. Só tem uma
janelinha e nenhum móvel. O utilizo para guardar trastes.
—Gostei muito, senhor —disse Stephen—. Tem um monte de
soldados numa caixa e uns animais de madeira. Gostaria de dormir ali, se
fosse possível.
Brace sorriu, pensando na coleção de animais talhados e
soldadinhos com os quais havia brincado quando criança.
—Se é isto o que queres, por mim não tem nenhum problema, filho.
Baixarei uma cama do sótão. E seguramente encontrarei um bom colchão em
alguma parte.
—Obrigada —disse Sarah—. E me atrevo a dizer que não lhe
importará que a janela seja pequena. Ao contrário, tenho medo de que
alguém…
—Eu entendo —a interrompeu Brace. E realmente a entendia.
Aquele menino era muito frágil, e estava morto de medo por culpa do
homem que o tratava como um objeto para conseguir o que queria.
A Sarah. Só de pensar nas mãos sujas de Lester na pele de Sarah lhe
punha os cabelos em pé. Virou para ela e viu quando limpava o último dos
talheres que deixava na mesa
—O que acha de escolher um quarto para você? — perguntou, e
sorriu quando ela assentiu—. Subamos antes que se o sol se ponha , para que
possa ver onde está pisando.
—Já dei uma olhada —disse ela—. Subi para ver o quarto que
Stephen escolheu, e aproveitei para examinar os demais.
—Muito bem. Então subamos tuas coisas —sugeriu Brace.
Sem esperar resposta, levantou e foi ao vestíbulo em busca da bolsa
que Sarah levara. Viajava muito leve de bagagem.
—Isto é tudo? — perguntou—. Não deixaste nada no hotel?
—Não. Quando saí de casa só trouxe coisas para o que pensei
necessário por um par de dias. Suponho que não imaginava o quão longa
poderia ser esta viagem.
—Podemos conseguir mais coisas no armazém , se necessitar algo —
disse enquanto subia a escada, pensando que gostaria vesti-la com seda e
rendas.
Se apressou a reprimir este pensamento. Não queria assustar a
Sarah com seu interesse. E assim, quando se virou na porta do quarto para
encará- La, se sentiu momentaneamente perdido pela elegância feminina
que ela irradiava. Suave e feminina, ao invés de jovem e virginal… Porque
estava seguro de que nunca havia estado com um homem nem sucumbira à
paixão.
—Não necessito nada —disse ela—. Desde que tenhas um pilar e
uma corda para estender a roupa.
—Vamos, Sarah —a fez passar ao pequeno dormitório. Uma cama
estreita atraiu a atenção de Sarah —. É uma cama destinada a uma só pessoa
—explicou ele quando ela o olhou—. Não sou o tipo de homem que se
aproveita de uma mulher —se apressou a afirmar.
Viu quando Sarah desfez sua escassa bagagem: várias roupas intimas
e um camisolão branco, dois vestidos, outras calças de montar e o que
parecia uma camisa de flanela masculina. Por mais tentadora que estivesse
com estas calças justas, Brace se perguntou como ficaria com um destes
vestidos.
—O que foi? —perguntou ela com voz cortante.
—Nada, só estava pensando —respondeu ele, aproximando- se dela.
A bolsa estava vazia, a pegou—. A deixarei no sótão. Não a precisará por
algum tempo.
—Tens intenção de reter- me aqui?
—¿Tens algum lugar melhor a onde ir? —perguntou ele. Sua voz
endurecera, e ela retrocedeu um passo.
—Sabes que não. Simplesmente, odeio dever algo a alguém.
—Siga cozinhando como hoje e não terás a menor dívida comigo —
lhe disse, e se inclinou para dar- lhe um beijo. Ela deu um salto e se levantou
da cama—. Sinto, Sarah —se apressou a desculpar-se, envergonhado—. Não
pretendia assustá- la . Mas és tão bonita e cheiras tão bem que não pude
resistir. Não te incomodarei mais.
—Oh, não me incomoda. E não me assustou. Simplesmente, não
estou acostumada a que um homem me toque.
Brace não sabia muito bem como comportar- se. Levantou uma mão
e a tocou no rosto. Ela permaneceu em silêncio, estremecendo ligeiramente,
como se preparando -se para escapar. Seus olhos estavam carregados de
perguntas que ele não podia ou não queria responder. Naquele momento,
resultava impossível resistir àquela mulher.
Voltou a inclinar- se e permitiu que seus lábios roçassem. Foi um
beijo casto que satisfaria a sua própria mãe, que sempre lhe insistia em como
tratar a uma dama. E Sarah Murphy era uma dama.
—Levarei isto ao sótão —murmurou—. Espero que fique bem aqui,
Sarah. E que te sintas segura. Mas se não for assim, escutarei qualquer idéia
que tenhas a respeito.
Ela teve que levantar a vista para ver- lhe os olhos , pois Brace media
mais de um metro oitenta.
—Eu gosto —lhe disse simplesmente—. E também haveria gostado
de meus pais. Quem dera houvesse mais homens como você em minha
cidade quando pensava em casar- me, muito antes de ser grande o bastante
para pensar melhor.
— Renunciou a esta idéia? — perguntou ele—. És demasiado
jovem para passar o resto de tua vida só. Com certeza algum dia aparecerá o
homem adequado.
Uma estranha expressão de anseio cobriu o rosto de Sarah, que
afastou o olhar.
—Talvez.
Brace deixou a bolsa no sótão e levou um colchão para Stephen.
Parou no alto da escada, olhando a biblioteca. Da sua posição podia ver um
pouco da habitação, porém ouviu a voz baixa de Sarah, como se estivesse
falando consigo mesma enquanto passava as páginas dos livros.
Baixou em silêncio, pois não queria incomodá- La, e olhou pela porta
aberta. Sarah estava sentada junto à janela, com as pernas pregadas sobre a
cadeira, folheando um livro forrado de pele que ele desejava ler com
freqüência. Mas a mulher que havia assumido a tarefa de ensiná- lo a ler o
havia abandonado para voltar a Boston, privando- o de sua ilusão.
—Desfrutas da leitura? — perguntou suavemente, aproximando- se
do escritório para acender a lamparina—. Creio que o que está lendo
agradaria mais se tivesse um pouco de luz —brincou, e foi recompensado
com um olhar e um sorriso.
— Nunca havia visto tantos livros em um só lugar —disse, apertando
o livro contra seus seios. Por um momento Brace pensou que Charles Dickens
era um tipo com sorte, e o impulso de afastar o livro, levantá- La da cadeira e
rodeá- La com seus braços foi quase impossível de resistir.
Sarah não tinha a menor dificuldade em ler seus pensamentos.
Permanecia a certa distância dela, mas metera as mãos nos bolsos, como se
quisesse manter baixo o controle , longe da mulher que tinha a frente. A
recordação de seus lábios e de seus dedos acariciando seu rosto era vívido e
recente. E perguntava – se como seria sentir seus braços fortes em torno
dela, rodeando- lhe a cintura , arrastando-a contra seu corpo grande e régio,
vestido de negro.
Havia deixado o livro sobre seu regaço e o olhou, traçando com um
dedo as letras dourada da capa.
—Já o leu? —perguntou.
—Não, ainda não —respondeu, visivelmente desgostado—. Não sei
ler muito bem—admitiu —. Na realidade, só aprendi a ler faz um par de anos.
Uma amiga me ajudou, e posso ler o básico para meu trabalho, inclusive os
jornais. Mas, temo que Dickens está fora de minhas possibilidades.
—Não é difícil de entender —disse ela—. Me encantaria ajudá- lo, se
quiseres. Ou também poderia ler para ti, e assim terias uma oportunidade
para desfrutar das obras de Dickens. Stephen se encanta que… —se
interrompeu bruscamente e se pôs ruborizada, ao que Brace pareceu muito
favorável.
—Me encantaria ouvi- la ler, Sarah — disse —. Quando estiver lendo
para Stephen, gostaria de estar presente —o sorriso que recebeu de Sarah o
incitou a ser mais atrevido—. E se sentir capaz de aceitar o desafio, gostaria
de sentar na cozinha contigo nas noites em que trabalharmos em mim…
—Estarei encantada de ajudá- lo, Brace.
Bem, pensou ele sorridente. Ao final havia passado de ser «xerife»
a ser «Brace».
— E eu estarei encantado pelo esforço que terás de tua parte —
disse.
—¿Tia Sarah? —a voz de Stephen ressoou através do vestíbulo, e
Sarah se levantou de um salto.
—Estou aqui, Stephen —gritou—. Na biblioteca. Está bem? —
perguntou, em tom mais suave.
Stephen apareceu na porta e buscou a sua tia com o olhar.
—O que está fazendo? —perguntou, e se jogou em seus braços—. O
gato tem fome, tia Sarah, e sua mãe está muito ocupada vigiando-os. Teria
lhe dado de comer, mas não sei o que o xerife quer que coma a mãe.
—Tem comida para ela na cozinha —disse Brace —. Podemos
esperar até amanhã, pode dar um caneco com leite por esta noite.
—Creio que tem muita fome —insistiu Stephen —. Lamber a suas
crias é um trabalho muito duro.
—Não passará muito tempo até que possam lamber-se eles mesmos
—disse Sarah —. Mas por agora sua mãe está contente em faze- lo. Ainda
que lhe viria bem um caneco de leite.—olhou a Brace e ele entendeu o
pedido tácito.
—Vamos, Stephen. Servirei o leite em um caneco para que o leves.
Seguro que preferem a ti que a mim.
—Não —negou Stephen sacudindo a cabeça—. Só gosta porque a
estava acariciando e falando com ela. Segue sendo sua gata —agarrou a mão
de Brace—. Vamos, senhor. Eu o ajudarei. A gata não tem medo de mim.
Brace sorriu para o menino, deleitando- se com o toque daqueles
pequenos dedos contra sua palma. As crianças eram almas confiáveis.
Lástima que aquele só recebera abuso e maltrato por parte de seu pai, a
pessoa que teria que dar amor e proteção em vez de tratá- lo como um peão
para conseguir Sarah. Brace a olhou, fixando em seu olhar possessivo, no
carinho e a ternura que despendiam seus olhos enquanto observava
Stephen. Sarah Murphy era uma mulher valente e leal, sem nenhuma
dúvida.
Capítulo Cinco
A maior loja na cidade estava lotada, e Sarah sentiu muito
confortável no meio de muitos clientes. Várias senhoras sorriram e acenaram
com a cabeça, e dois cavalheiros tocaram o chapéu para ela. Viver em
Benning, Texas, parecia ser a resposta para seus sonhos. A idéia de ter um lar
e uma família em um lugar como este era longa parte de suas fantasias e a
realidade apresentada como um presente de Natal embrulhado.
Tudo que eu tinha que fazer era dizer sim na próxima vez que Brace
levantasse a questão do casamento e, em seguida, poderia ser parte da
comunidade.
Na verdade, sentia que uma boa posição estava se abrindo para
ela. E o homem que tinha lhe oferecido uma casa e segurança também era o
meio para alcançar seu sonho.
Senhora Brace Caulfield... O nome soava sólido. A esposa de um
homem que poderia ser confiável, cuja casa era tudo que uma mulher podia
desejar. E parecia que os sentimentos de Stephen, incluíam Brace nesse
círculo mágico.
Sarah sorriu para o lojista, o Sr. Metcalfe, e estendeu a lista de coisas
que precisava. Não queria gastar o dinheiro de Brace à toa, ela tinha
atravessado vários itens a considerar caprichos desnecessários ou
simples. Ela esperou pacientemente enquanto o lojista estava transportando
sacos e caixas para o balcão.
-Encontrou tudo o que você precisa? A voz baixa no ouvido dela a
assustou, mas sorriu para o lojista ao perceber quem era.
Bom dia, xerife. Eu não esperava vê-lo aqui esta manhã Seu olhar
variou entre Brace e Sarah, o sorriso alargando enquanto tomava suas
próprias conclusões sobre o casal.
Pensei em ver se a senhorita Murphy conseguiu tudo o que
precisa. Ele sabia que tinha feito uma lista e queria ter certeza que eu não
tivesse nenhum problema Ele enfiou as mãos nos bolsos e olhou para
Sarah.
Ela sentiu-se corar e por um momento ele emudeceu.
Eu acho que está tudo em ordem, finalmente disse, apesar de se
engasgar.
Vamos ver a lista de Brace, disse o lojista. Este entregou o pedaço de
papel que Sarah tinha feito ajustes finais. Como você pode pensar riscar tudo
isso? – perguntou a Sarah com uma careta.
Há coisas que eu não preciso , disse ela calmamente. Eu não quero
tirar vantagem de você.
Ele olhou para ela com as sobrancelhas levantadas.
Isso é impossível, senhorita Murphy. Você pode comprar a loja
inteira, se quiser, contanto que você continue a cozinhar como você faz.
Quando Brace deu permissão para desmarcar os itens de riscados, o
Sr. Metcalfe estudou a lista e adicionando ingredientes e coisas rapidamente
desaparecendo atrás do balcão. Sarah esperou com as mãos atrás dela.
Várias senhoras olharam Brace desconfiadas quando ele falou sobre
suas habilidades culinárias e da vontade de comprar tudo o que quisesse. Ela
olhou para o chão para não lidar com a desaprovação dos outros.
-Senhoras? -chamou Brace.
Sarah e as outras voltaram-se para ouvi-lo melhor.
Não ouviram as últimas notícias? A senhorita Murphy está quase
decidida a se casar comigo.
-Quase? Perguntou uma das mulheres. O que impede, xerife? Você é
um homem de qual não duvida mais, se assim posso dizer. Se eu já não
tivesse Howard ocupando minha cozinha e minha cama Eu não hesitaria em
jogar o empate para você.
Brace riu alto.
Desculpe desapontá-la, senhora Johnson, mas eu já estou
comprometido. Esperemos que, a senhorita Murphy em breve defina uma
data.
Eu tenho que levar as coisas para casa. Sarah disse com uma voz
fraca, mortificada com a atenção que tinha despertado.
Você já pensou em uma data? Perguntou a Sra. Johnson.
Sarah respirou fundo e soltou as palavras que iria selar seu destino.
- Uma semana.
No sábado, disse calmamente quando podia. Ela olhou Brace, que
ficou mudo.
-O sábado? Ela repetiu, mas ele se recusou repetir
-. Eu acho que é ótimo. Falo hoje com o pastor para ver se pode
acertar.
E disse a mulher que eu garantia o pastor, que também estava na
loja.
Sarah mordeu a língua. Estava feito. Sua tendência a falar sem
pensar tinha ido para os planos de casamento antes mesmo de ter assimilado
a idéia.
Tenho alguns vestidos bonitos, senhorita Murphy disse o dono da
mercearia, inclinando-se sobre o balcão. Mais uma vez, sem o noivo e o
show. Temos de nos preparar para o casamento.
Vermelha como um tomate, Sarah foi carregando com todos os
sacos que pôde e olhou suplicante para Brace.
Eu poderia usar alguma ajuda.
Você trouxe a carroça? ele perguntou.
Ela assentiu com a cabeça e Brace tomou os pacotes
restantes. Alguém abriu a porta e Sarah correu para fora.
Brace deixou as coisas na carroça e ajudou Sarah a subir.
Vou seguir com o meu cavalo e descarregar as coisas, e saiu antes
que ela pudesse dizer qualquer coisa.
A viagem de volta para casa era curta, e Sarah mal teve tempo para
recolher seus pensamentos antes de parar na porta dos fundos. Brace
desmontou e aproximou-se com os braços estendidos.
Deixe-me ajudá-la disse, com um brilho nos olhos que Sarah
reconheceu instantaneamente. Ela colocou as mãos em seus ombros e ele
levantou facilmente, segurando um momento no ar e olhando para ela com
uma expressão estranha.
O quê? Ela perguntou rapidamente. O quê?
Nada lhe respondeu. Eu queria que você tivesse aceitado a minha
proposta ontem à noite. Então, você poderia ter visto o momento
corretamente.
E como é devido? Ela queria saber como seus pés tocaram o chão.
Então a cercou pela cintura e acenou para ela.
Seus lábios se encontraram em um beijo que parecia estranhamente
familiar, mas surpreendentemente novo. Sarah não poderia criticar Brace por
este abraço possessivo, quando ele estava prestes a se tornar marido e o
abraço oferecia um vislumbre do mundo desconhecido do casamento. Mas
ela era uma caloura e ele parecia esperar muito de sua futura esposa. Sentia-
se perdida e confusa, sem saber como responder.
As mãos de Brace a tocavam em todos os lugares, desde o pescoço
até a curva dos quadris, do ombro à cintura, à frente e seios.
-Brace? Ela chamou, em um sussurro cheio de apreensão.
Calma, querida, ele murmurou -. Eu não espero nada de você até
que você tenha um anel em seu dedo. Eu vou me contentar com um beijo ou
dois. Mas dentro de uma semana você terá que abrir espaço em sua vida
para uma nova revelação. Você vai ser a Sra. Brace Caulfield, e vai ser minha.
Não diga isso , protestou ela. Isso é o que Lester disse a Sierra. Que
era o dono de seu corpo e sua alma, e que ela deveria se submeter.
Isso não é o que quero dizer, ele garantiu a ela -. Quero dizer que
ambos pertencem juntos como marido e mulher, e minha prioridade será o
seu bem-estar e felicidade para o resto da minha vida. Você pertence a mim
de uma forma que vai além da descrição. Seremos como uma pessoa, uma só
alma, com os mesmos desejos, necessidades e esperanças.
Eu não sabia que você era tão eloqüente, Sarah disse, pressionada
contra ele.
Ele era alto e forte, e seu abraço prometeu-lhe manter sua palavra.
Talvez a opinião dela sobre o casamento fosse devido ao
comportamento cruel de Lester. Talvez o casamento não fosse tão ruim
quanto ela temia. Brace e Lester não se pareciam em nada. Não era justo
qualificar Brace pelo o mesmo, simplesmente porque ele era um homem, e,
como tal, têm os mesmos desejos como qualquer homem.
Eu vou fazer você feliz, ele prometeu a Sarah, sua boca aderindo à
testa. Eu vou fazer o que for preciso para mantê-la bem. Entre isto, cuidar de
Stephen. Nossa primeira prioridade será a certeza de obter a custódia.
Sarah lhe rodeou o pescoço com os braços e olhou para ele.
"Você não poderia ter dito qualquer coisa que me faria mais feliz,
ela disse. Stephen é o mais importante para mim.
E assim que a beijou novamente, seus lábios afirmaram com um
calor e força por que ela respondeu sem a menor hesitação. Embora a
experiência sexual que Sierra havia descrito, valia à pena. Por ele não parecia
muito egoísta, nem para si mesma, qualquer coisa para ajudá-la a conseguir a
custódia legal de Stephen.
Brace não tinha dito a ela que a amava. Mas dentro de Sarah havia
uma centelha que ameaçava explodir em chamas. Ele tinha certeza de que
era o homem certo para ela, e ela o amaria livremente e sem restrições. Era
bom, sincero e honesto. Se ela não pudesse amá-lo, poderia viver com essa
falta. Pelo menos ele a amava, cuidaria dela e, melhor de tudo, seria um bom
pai para Stephen.
Dez dias mais tarde, dez emocionantes e muito ocupado dias, a casa
começou a encher-se no início da manhã marcada. As senhoras da cidade,
lideradas pela esposa do pastor, invadiram a cozinha carregadas com pratos
e recipientes cheios de comida.
Ouvi dizer que o casamento é ao meio-dia disse a senhora Johnson
orgulhosamente, como se abençoando por esse fato. E assim foi.
Brace tinha dito a Sarah na noite anterior que revelar algo a Sra.
Johnson era também alertar toda a população feminina da cidade. Mas era
uma mulher muito agradável e alegria pela próxima cerimônia, era sincera.
As mulheres foram colocadas para trabalhar na sala da cozinha e
sala de jantar. Elas espalharam a toalha sobre a mesa que Sarah tinha lavado
e passado para a ocasião, que colocando os talheres e completado com os
pratos que trouxeram de suas próprias casas. Para Sarah parecia muito, e
disse isso.
Estará aqui toda a cidade disse a senhora Johnson, como se fosse
um fato indiscutível que nenhuma cidade iria perder o casamento de
Bracer. As pessoas falam sobre você , ela confessou a Sarah. Mas eu os fiz
saber que não há nenhum assunto confuso. Eu disse que você é uma menina
boa e Brace estava apenas ganhando tempo para pedir casamento.
Obrigado sinceramente. Sarah disse.
Seria muito ruim que as pessoas de Benning pensassem mal de
Brace e era muito grata pelo apoio das mulheres.
Com tudo, estou feliz por você não ter sido lenta para decidir e
legalizar a situação disse Mrs. Johnson.
Ele não me deixou opção, Sarah disse.
Certamente, o homem alto e escuro tinha apanhado pela
tempestade, e ela sentiu que tudo isso era obra do destino. Ela estava
convencida de que ela e Stephen iriam encontrar paz e segurança em Brace
Caulfield.
Isso é o que toda mulher quer.- a outra mulher respondeu,
rindo. Um homem que sabe o que quer e sabe como.
E você pegou antes que você pudesse estalar os dedos.- uma
terceira mulher disse com um sorriso.
- E a nossa Sarah ficará bem satisfeita, definitivamente. Brace é um
bom homem e dará o que ela merece.
Sarah sentiu que estava morrendo de vergonha. Estas mulheres
falavam descaradamente sobre assuntos tão íntimos, mas pareceu-lhe estar
ouvindo uma língua estrangeira. Tudo o que sabia era que suas predições a
faziam corar, e colocou as mãos no rosto, numa tentativa de esconder a cor
de suas bochechas.
Ele havia escolhido na loja um vestido branco, com a ajuda de várias
mulheres que estavam comprando naquele dia. Era feito com um pano muito
macio, e consistia de uma saia longa, mexendo em torno de suas pernas, e
um corpete com um belo decote e bordados nas mangas. Lhe assentou como
uma luva e a fez sentir-se como uma noiva, uma realidade que tinha
finalmente assimilado enquanto ela se vestia no quarto dela naquela manhã.
Cercada por um grupo de mulheres, ela entrou na sala onde
esperavam Brace e Stephen. O pároco, alto e jovem, estava com eles, e com
um dedo, disse Sarah, que se aproximasse das duas pessoas que formavam
sua família.
Stephen estava entre Sarah e Brace. A Sra. Johnson, a testemunha,
estava ao lado de Sarah, e Jamie, a outra testemunha, ficou ao lado Brace. O
assistente estava muito animado sobre o papel desempenhado nessa
cerimônia, e seus olhos brilhavam de excitação.
Você tem o anel, certo? Brace sussurrou.
'Você não parou de me importunar com a mesma pergunta nos
últimos três dias.- Jamie respondeu com sinceridade. "Não perca o
anel.Certifique-se de guardar o tempo todo. Não deixe que nada aconteça...”
Os homens mais próximos riram, e Jamie virou-se para aniquilá-los
com os olhos.
Vocês imaginam quão pesado ele pegou. Quase acabou minha
paciência.
Alguém aplaudiu, e logo a sala estava cheia de aplausos elogiando a
união.
O pastor encontrou o pequeno grupo de participantes e abriu o
missal. A cerimônia foi curta, mas muito significativa, e Sarah ouviu as
palavras como se fossem pérolas de sabedoria que vinham da boca do jovem
pregador. Ela respondeu nos momentos adequados e ouviu a voz de Brace
balançar quando ele prometeu a amar e honrar a ela todos os dias da sua
vida.
E ela sabia que ele iria manter a sua promessa. A certeza interior
profunda, disse. E quando o pastor proclamou- os marido e mulher e pediu a
Brace para beijar a noiva, ele a levou em seus braços, quase esmagando
Stephen no processo, e beijou-a com uma mistura de afeto, respeito e
impaciência. A multidão respondeu com gritos e aplausos e veio felicitá-los,
todos individualmente.
"Você realmente está casada? Stephen perguntou em voz baixa.
Sim, realmente , disse Sarah.
Eu gosto de ser casado, tia Sarah, confidenciou o menino. Eu estou
contente que nós escolhemos o xerife Caulfield.
Sarah ficou em silêncio, muito animada para falar. Ele sabia que, se
não fosse por Brace, Stephen e ela não teriam ficado juntos para
compartilhar naquele dia.
Eu não podia pedir mais, nem poderia ter desejado por um
casamento feliz. E, claro, não teria desejado um noivo mais atraente ou
poderia ter sido mais satisfeita com a aprovação de Stephen. O menino tinha
mostrado entusiasmo ontem à noite, assegurando-lhe que Brace era uma
boa escolha quando ele a abraçou com toda a força de seus bracinhos.
Tenho certeza que ele te ama, ele havia dito a tia Sarah. Por
favor, encontrar-me um pai novo, alguém que me ame.
Agora, vendo o filho agarrado a mão de Brace e olhando como seu
herói, Sarah estava prestes a mentir por lamentar. Só para o que valeu a
pena se casar com ele, ela decidiu.
Os pratos foram servidos e cadeiras ocupadas pelos
convidados. Sarah se encontrava na escada, Brace ao lado dela, acenando
para todos aqueles que desejavam felicitá-los. Mais tarde, ele comeria o
bastante, porque a emoção do momento tinha tomado apetite.
Mulheres receberam ordens para recolher o que foi deixado, eles
deixaram abundantes provisões para Sarah e saíram com suas famílias às
suas casas. Brace e Sarah permaneceram na porta dizendo adeus a
todos. Quando o último dos convidados desapareceu ao longo do caminho,
Sarah caiu contra o homem que a segurou pela cintura.
-Cansada, Mel? ”perguntou a ela, roçando sua bochecha com a
boca.
Um pouco, ela confessou e sorriu. Mas, acima de tudo, feliz.
-Realmente? Você não se sente como se você tivesse demasiado
apressada?
-Não. Isto é o que eu escolhi.- olhou e falou em seu tom mais
sincero. Ontem à noite, quando Stephen estava dormindo, ele agradeceu-me
por casar com você e dar-lhe um novo pai.
A umidade brilhava em seus olhos, desconfiou de Brace, mas ele
engoliu em seco e desviou o olhar.
-Não imagina o quanto isso significa para mim, ele disse. E
você? Você está feliz em ser a Sra. Caulfield?
-Mais do que você pensa , disse ela.
-Eu espero que você continue pensando a mesma coisa amanhã,
disse ele, beijando-a castamente na têmpora.
Assim, lhe assegurou com firmeza.
-Eu vou fazer o melhor que posso para...
Silêncio dela o interrompeu. –
-Você não tem que explicar, Brace. Eu sei que você não vai me
machucar, e eu sei que você é tudo que eu sempre quis. Isso é tudo que eu
peço.
-Claro que eu não vou te machucar, querida , disse ele, um pouco
irritado. Eu nunca faria uma coisa dessas. Machucar você teria que ser um
estúpido e insensível, e eu não vou ser nada disso com você.
Ela se aconchegou nos braços e sentiu paz deslizar para dentro.
-Eu confio em você, disse ela. Tenho esperado por você toda minha
vida, Brace.
-Mesmo não ter-lhe dado bastante respondeu ele. Mas em breve
vou, acrescentou, com os olhos brilhando. Logo, Sarah.
Sarah ouviu as orações de Stephen, como tinha feito desde a morte
de Sierra levou a criança para ela, notando com satisfação incluir seu "novo
pai" nas bênçãos. Brace observava da porta, e Sarah viu a felicidade refletida
em seu rosto. Em seguida, ele entrou na sala e foi até Stephen.
-Você é muito grande para um beijo de boa noite? - perguntou.
E sem lhe dar a chance de responder, ele se inclinou sobre a cama.
Stephen rapidamente levantou os braços para agarrá-lo e lhe deu
um beijo estalado na bochecha.
-As Crianças nunca são velhas demais para beijar seus pais disse. Eu
decidi que a tia Sarah ainda é minha tia, mas agora é a minha mãe. E eu
decidi que você vai ser meu novo papai. Está bem assim?
-Claro, Brace disse. Para mim é uma honra.
-Você vai dormir com a minha nova mãe? Stephen perguntou,
bocejando.
Brace pareceu confuso por um momento.
-Sim, na verdade, sim.
-Eu só eu me pergunto. Minha mãe e meu pai dormiram juntos, você
e tia Sarah e tem cada um sua cama. Então, o que eu digo.
-E acabe com as dúvidas, filho.- disse, Brace, rindo. Sua tia Sarah vai
passar para o meu quarto esta noite. Estamos casados agora.
-Estou contente. O menino murmurou, fechando os olhos e
afundando em um sono tranqüilo em paz.
-Será o seu quarto? Sarah perguntou baixinho quando eles deixaram
o salão.
-Meu quarto. Brace repetiu com firmeza. É grande o suficiente para
ambos. Eu tenho espaço suficiente no meu armário para guardar suas coisas,
e minha cama é maior que a sua.
-Parece que você tem tudo planejado.
-Vá encontre o que você precisa hoje à noite , disse ele, abrindo a
porta do quarto. E, em seguida, atravesse o corredor para mim.
-Vou buscar a camisola. Não demoro mais de um minuto prometeu
ela, grata pelos os momentos de intimidade.
-Cinco minutos, Sarah. Eu não vou esperar mais tempo para ir atrás
de você.
Sarah apressou- se mais que podia para tirar seu vestido, meias e
roupas íntimas e colocar a camisola branca sobre sua cabeça. Quando Brace
abriu a porta, encontrou-a no meio da sala, removendo os grampos de
cabelo.
A visão daqueles cachos escuros abaixo de suas costas poderia
quase completamente o desarmar, e se aproximou dela em dois passos.
-Eu vou fazer isso, disse ele com a voz rouca. Eu estive olhando a
frente durante todo o dia para soltar o cabelo.
Ele puxou os pinos e colocou-os sobre a cômoda. Então pegou uma
escova e voltou para ela.
-Vire-se. Pediu, tentando suavizar o tom. Eu não posso esperar,
Sarah. Prometi a mim mesmo que não faria, mas parece que eu não tenho
um pingo de vontade, quanto você. Na verdade, toda a semana tem sido um
exercício de contenção.
-Mas eu coloquei minhas mãos e lembrei. É isso que você chama de
contenção?
Brace gemeu de novo e lentamente roçou os cachos, cujo toque era
tão quente como chamas de fogo escuro. A pele de Brace contrastava com a
pele branca de Sarah, e por um momento lamentou que suas mãos fossem
ásperas e seu corpo mostrasse a evidência de uma vida dura. Sarah merecia
mais, e ele precisava desesperadamente agradá-la. Ele forçou as mãos a
relaxar para poder acariciar como ela merecia. A ereção se tornou mais e
mais dolorosa e dura dentro de suas calças, e sentiu que estava prestes a
explodir.
=Venha para o meu quarto, sussurrou.
-Ok. Ela aceitou. Deixe-me pegar meu roupão. Eu vou precisar dele
na parte da manhã.
Brace deu uma risada suave. No dia seguinte, quando ele tirasse seu
vestido novo, seria muito mais tarde do que sua hora habitual para se
levantar.
Tranquilamente e observando as mesas do corredor nítidas, eles
entraram em seu quarto e Brace fechou a porta. Uma lâmpada emitia uma
luz suave e fraca da mesa de cabeceira, e Brace levou Sara para a cama.
-Eu tirarei os cobertores ela disse, como se forçada a falar sobre algo
que não sobre o que faria esta noite. -Todo mundo se divertiu, você não
acha?
-Sim, acho que sim. O Mr. Johnson trouxe uma garrafa de licor em
sua carroça, e se ele tivesse tido o seu caminho, teria montado uma boa festa
lá fora.
-Eu não sei, disse ela, olhando para ele com os olhos arregalados.
-Mas a Sra. Johnson respondeu que sim, ele disse. Por sorte.
-Nós ganhamos alguns presentes preciosos, ela murmurou. A colcha
da Sra. Metcalfe é muito bonita, certo?
-Muito.- ele disse, olhando para ela. Mas não tanto quanto você.
-Eu não sou bonita Ela se apressou a negar-lhe. Ninguém jamais
pensou em mim.
-Eu faço isso calmamente, respondeu. As mãos tremiam quando ele
tocou seu rosto, deslizando a ponta dos dedos através do nariz e bochechas,
queixo acima. Você possui o queixo de uma pessoa teimosa. E seus olhos
azuis estão muito escuros esta noite.
Ela piscou, e ele quase riu. Ele colocou as mãos em seus ombros e as
palmas das mãos deslizaram ladeira abaixo aos seios, suaves mas firmes sob
a camisola. Ele pesava cuidadosamente, não querendo apressar ou que Sarah
sentisse o menor medo.
-Eu nunca conheci uma mulher como você, murmurou. Eu nunca
quis outra mulher tanto quanto você. Você é exatamente o que eu precisava
todos estes anos.
-Em um ano vamos falar sobre isso, ela disse com uma risada
trêmula. Você pode, então, já não pensar o mesmo.
-Oh, eu acho que sim , disse ele, apertando as mãos por aqueles que
detinham os botões da camisola fechada. Habilmente desabotoou e viu a
expressão ansiosa de Sarah.
-Por favor', apague a luz. Me sinto…
-O que você diz, -a afeição acalmou, embora sua impaciência para
vê- La na luz quase prevaleceu sobre a sua vontade. Talvez se tivesse insistido
em deixar a lâmpada acesa ela tinha concordado, mas esta noite ela
decidiria. Se Sarah ficasse mais confortável no escuro, eles descobriam um ao
outro com o fraco brilho da lua.
Sentado na beira de uma cadeira, tirou as botas e meias.
- Pronto disse ele, vendo preparar a cama, dobrando o lençol e
afofando os travesseiros.
Brace levantou-se, tirou a jaqueta e a camisa e colocou no
sofá. Sarah levou as roupas, dobrado-as cuidadosamente e deixou-as cair no
sofá.
-A luz? Ela perguntou, olhando para ele.
-Agora mesmo, disse, e caminhou até a mesa para extinguir a
chama, soprando.
A sala estava mergulhada na escuridão, e a figura de Sarah foi
reduzida a um borrão contra o fundo negro.
De repente, a camisola branca parecia tirar sua própria vida, e Brace
aproximou-se dela enquanto punha calças e cueca abaixo. livrou- se delas
com um pontapé para o ar e estendeu a mão para Sarah para puxá-la para
ele.
-Suas calças... Ela disse em seu peito. Vamos dobrar.
-Deixe-as onde estão. Vou vê-las na parte da manhã.
-Agora eu sou sua esposa, Brace. Eu preciso fazer essas coisas para
você.
Ele riu.
-Se você acha que isso é da responsabilidade somente da mulher,
você está muito errada, Sra. Caulfield.
-Eu sei. Mas eu não gosto que tão boas calças fiquem no chão
durante toda a noite Ele curvou-se, tocando o peito nu com seu cabelo, e
sentiu um arrepio por todo o corpo que revelou como ela estava pronta. Ele
mal podia se conter enquanto dobrava calça e camisa.
-Pronta? Ele perguntou, incapaz de esconder sua impaciência.
-Por agora, ela respondeu. Não tenho a pretensão de ser uma
desmancha-prazeres, mas você vai se acostumar.
-Eu não posso esperar para me acostumar com você , disse ele com
firmeza. Ele a pegou pelo braço e a fez deitar-se, empurrando seus pés
debaixo das cobertas. Em seguida, caminhou ao redor da cama e deitou-se
ao lado dela.
A perna de Sarah roçou os dele. Só o tecido da camisola entre
eles. Então ela estendeu a mão e tocou-lhe o pelo do peito.
-Eu pensei assim. Você não trouxe nada.
-Eu nunca coloco qualquer coisa para dormir ele disse, e era
verdade. Eu suponho que você tem que se acostumar comigo, Sarah.
-Eu tentarei.
Ele virou a cabeça no travesseiro e vislumbrou um lampejo de suas
feições pálidas à luz da lua cheia. Ele abençoou o brilho do sol, embora teria
preferido a luz da lamparina. Ele circulou braços em Sarah e puxou-a para
ele.
-Nunca dormi com um homem , disse ela, como se para justificar sua
falta de experiência-. Ninguém jamais me tocou como você.
-Eu sei, ele respondeu. E eu estou feliz. Isso me dá a oportunidade
de ser o primeiro. Eu espero que você perceba isso. Eu nunca começo
qualquer coisa que não pretenda terminar.
-Isso eu já imaginava, ela disse, moldando o corpo contra o seu peito
musculoso e a barriga dura e lisa. Ele tocou as pernas com os pés, mas as
dobras de sua camisola o impediram de sentir o calor de sua pele.
Eu tirarei sua camisola ele disse a ela. Eu espero que você não se
importe.
-Você se importaria se me negasse? Ela perguntou em tom de
brincadeira.
-Certamente não, admitiu. Mas eu não posso tocá-la através do
tecido. E eu quero ter as minhas mãos em sua pele.
Ela respirou fundo e assentiu, embora não por sua vontade.
-Ok, ela sussurrou, e sentou-se ao lado dele.
Ele puxou a borda da sua camisola e puxou os braços das
mangas. Brace também sentou-se e terminou de remover a camisola por
cima da cabeça, deixando-a no pé da cama.
À luz da lua, os seios de Sarah ficaram descobertos diante dele,
como duas ofertas idênticas projetadas para satisfazer o seu prazer. Brace
sentiu um formigamento nas mãos, pensando em como descobrir a essência
de sua pele. Era algo que estava determinado a fazer sem esperar. Esses
seios seriam seus, seus para tocar e beijar. Ele voltou a tremer com o
pensamento, enquanto ela respirava o perfume que emanava de seu corpo.
Mas primeiro tinha que seduzi-la, acariciar e excitá-la até que ela
estivesse pronta e ansiosa para ser possuída.
Capítulo Seis
Sarah virou a cabeça para Brace, cujos olhos brilhavam a luz da lua e
as estrelas e cujo olhar estava focado em seus seios nus e expostos mais do
que ela jamais imaginou ser possível. O vestido estava fora de alcance,
embora ele não tinha certeza se o queria de volta. A sensação de liberdade
por estar sem roupa era muito emocionante, e a certeza de que seu corpo
tinha a capacidade de excitar Brace, além da descrição.
Ele lhe tinha dito que gostava e a achava atraente, mas isso era
diferente. Agora os olhos observavam seu conquistador, e sua mão subiu
para tocar o lado do peito. Sarah engasgou quando a palma da mão pousou
em sua pele, e, em seguida, deslizou para cima o feltro na mão para cobrir
toda a mama.
Um suave grunhido de aprovação dos lábios de Brace, mas Sarah
não conseguia entender por que os seios de uma mulher eram tão
excitantes para um homem. Eles eram simplesmente uma parte de sua
anatomia, ainda Brace os olhava como se fossem um tesouro cobiçado que
iria reivindicar como seu.
Ele apertou o seio com a mão, enquanto passou o outro braço em
volta dos ombros e fê-la deitar-se na cama novamente, fazendo-a descansar
a cabeça em seu ombro. Ela ficou em silêncio, não querendo admitir a sua
total ignorância do que estava prestes a acontecer. Serra tinha dito que era
dor e sofrimento, e que não encontrou qualquer prazer na antecipação.
Mas Lester não era da mesma natureza de Brace. Sierra havia
descrito como "impaciente" e "egoísta" dois adjetivos que não poderiam ser
aplicadas a Brace, que apesar de ser animado e ter sua ereção pressionada
contra a perna de Sarah, ainda tratava- a com bondade e paciência,
gentilmente beijando na bochecha.
Ela queria mais. Não tinha certeza do que viria, mas o corpo
precisava de Brace, precisava de suas mãos a tocá-la em lugares proibidos
que clamavam para ser descobertos e possuídos.
Como se lesse seus pensamentos, Brace moveu a mão de um seio
para o outro, inclinou-se sobre o cotovelo e inclinou-se para beijar seu
mamilo. No começo foi um leve toque com os lábios, mas, em seguida, abriu
a boca e engoliu quase inteiramente o monte carnudo.
Sarah torceu contra ele e colocou uma mão atrás de sua cabeça para
mantê-lo perto dela, como se para mostrar a sua necessidade premente.
-Você gosta? ele murmurou.
A resposta foi uma afirmação afogada, mas Brace entendeu a
mensagem e colocou a mão abaixo, tocando seu osso do quadril, barriga... E
alcançando o triângulo de cabelo que guarnecia suas partes femininas.
Ela estremeceu ao receber toque na carne úmida, e seu corpo sentiu
um choque quando ele veio para os dedos do canal esperando para ser
explorado. Ela engasgou quando seu dedo escorregou dentro de seu corpo.
-Brace? Perguntou com voz trêmula, lutando contra sua mão.
Acalmou quando sussurrando no ouvido dela e beijando sua testa,
os lábios, em seguida, até os seios enquanto murmurava palavras de elogio.
-Como é bela, quão doce você é ... você cheira bem... -e continuou
descrevendo todas as palavras que definiam beleza, e ela ouviu tomada pela
emoção.
Enquanto isso, a mão de Brace estava descobrindo suas partes mais
íntimas. Os dedos não encontraram nenhuma dificuldade com antecedência,
porque a carne estava úmida e escorregadia. A ela parecia muito
embaraçoso, mas ele parecia encantado.
Isso significa que você está preparada para me receber , sussurrou,
puxando para fora a um ponto que precisava desesperadamente ser
tocado. Um ponto que Sarah sentiu inchada e latejante. Vamos dar uma
olhada acrescentou. Ele se levantou para separar suas pernas e colocá-la em
posição.
Ele era alto e robusto, com ombros largos e um peso quase
assustador e musculoso. Ele se inclinou sobre seus antebraços em ambos os
lados do seu corpo.
Eu Peso demais para você? - perguntou-. Eu posso fazer o contrário,
se quiser.
Ela foi esmagada pela decisão e apenas acenou com a cabeça,
dando-lhe permissão para continuar fazendo o seu caminho. Ele parecia
entender seu dilema e riu baixinho.
-Eu sei que sou muito pesado, baby. Nós vamos fazer o contrário.
Em um movimento fluido, ele se ajoelhou entre as pernas e até
levantar uma coxa. Sarah sentiu ainda mais nua e vulnerável, mas ele a
beijou com ternura e continuava sussurrando palavras suaves.
-Vou tentar não te machucar. Ouvi dizer que a primeira vez é
dolorosa, mas eu vou ter todo o cuidado possível.
Ela estremeceu novamente quando seu corpo esfriou sem o calor de
Brace contra sua pele. Depois levantou-se e colocou-o de volta em sua
ereção. Com uma mão ele separou as dobras de seu sexo, e com a outra
colocou o membro em sua abertura e fez o seu caminho para dentro.
Sarah engasgou, tomada por uma sensação inesperada de
plenitude. Na verdade, ela não sabia o que esperar, exceto os avisos de
Sierra, mas nada do que sua irmã lhe dissera poderia tê-la preparado para
algo semelhante. A emoção de ser possuída pelo homem que amava. Nada
poderia tê-la preparado para o prazer de tê-lo dentro, sem saber ao certo de
que ele estava realmente se tornando seu marido, ocupando o lugar
designado para ele.
-Está bem? Ele perguntou com a voz tensa. Seus braços tremiam de
empurrar um pouco mais para dentro.
A plenitude tornou-se quase insuportável. Houve um momento de
dor que arrastada para as profundezas do abismo em que ele estava
afundando, e, finalmente, um choque afiado, corte que a fez ofegar de
sofrimento.
-Sinto muito, Sarah, sussurrou em seu ouvido. Eu não vou te
machucar. Só desta vez -e dizendo isto empurrou novamente, cruzando a
barreira de sua virgindade, até os extremos confins da sua feminilidade.
Ele gemeu na conclusão, acelerando seus movimentos, e ela
agarrou-se a sua volta, consciente de um novo desejo que parecia estar
concentrado lá, onde o corpo de Brace foi ancorado ao seu, onde seu
membro masculino dentro de sexo.
Ele continuou se movendo e empurrando, deitado sobre ela,
cobrindo-a com seus músculos. Com suas amplas mãos levantadas contra ele
quando ele se ajoelhou novamente e estendeu as palmas das mãos sobre sua
figura esbelta, dedos explorando cada centímetro de seu corpo. Enquanto
isso, sua ereção parecia voltar à vida. Sarah sentiu novas ondas de prazer
como ele encontrou esses lugares secretos que respondem com sensibilidade
ao toque. Mas, em seguida, a resposta do seu corpo completamente varreu e
clamou em alta voz quando os espasmos de prazer a invadiram, enchendo de
um êxtase que nunca poderia ter imaginado.
-Sarah... A voz de Brace quebrou como se a reação dele mudara, e
ela puxou-o e o abraçou com força.
-Eu te amo, Brace ela sussurrou. Eu não estou pedindo que você me
ame em troca. Eu só quero que você saiba o quanto estou feliz, você é o que
sempre quis, tudo o que imaginei ter de um marido.
Ele rolou para o lado, segurando-a com força contra seu corpo.
-Oh, Sarah... Eu sabia que havia uma mina de paixão em seu corpo,
mas nunca imaginei que fosse tão fácil de agradar e emocionar. Você é
perfeita.
Levantou-se um pouco e beijou sobrancelhas, temporã e bochecha,
para finalmente tomar posse de sua boca com um beijo que mostrou muito
mais do que palavras, o quão satisfeito estava com ela.
Ainda era cedo quando ouviram uma batida na porta do quarto.
-Tia Sarah. Você não vai fazer o café da manhã? Ele ouviu a voz de
Stephen através do painel de madeira.
Sarah sentou-se com um sobressalto.
-Vou descer em um minuto, Stephen. Espere por mim na cozinha.
-Certo. Coloquei dois pedaços de lenha no fogo, como você faz, a
criança respondeu alegremente.
-Isto não é o que eu tinha em mente Brace rosnou, a abraçando. Eu
havia planejado uma longa sessão de sexo e paixão antes de permitir que se
levante.
-Não foi o suficiente três vezes ontem à noite? perguntou ela,
sentindo-se corar.
-Não, muito menos, lhe respondeu. Eu nunca vou ter o suficiente de
você, Sarah. Eu esperei muito tempo por você na minha cama.
-Nem tanto, ela respondeu. Eu estou muito pouco tempo aqui.
-Eu sei. Mas algumas coisas não podem ser medidas por semanas ou
meses. Eu sempre soube que havia uma mulher em algum lugar que foi feita
para mim. Levei muito tempo para encontrá-la.
-Você realmente acha isso? Perguntou ela, aconchegando-se ao lado
dele. Ela não queria deixar o calor da cama.
-Sim eu creio. Quando criança, minha mãe me disse que um dia uma
mulher me amaria por quem sou.
-Essa sou eu, ela declarou com firmeza. Eu não mudaria um cabelo
em sua cabeça.
-Você me faz sentir como um rei. Como se minha vida tivesse sofrido
uma mudança radical e fosse aqui, um reino em minha própria casa, você e
Stephen.
-Stephen! Exclamou ela, voltando a sentar-se. Eu tenho que me
levantar. Eu disse que iria imediatamente.
-Vou andar Brace disse.
Levantou-se rapidamente fora da cama e pegou suas roupas. Estar
nu não parecia preocupá-lo, e vestia- se sem se apressar. Sarah, no entanto,
mantinha -se coberta com o lençol enquanto tateou sua camisola ao pé da
cama e colocou pela cabeça. Ela também pegou robe, que estava por perto, e
amarrado de forma segura.
Antes Brace, ela já tinha saído da sala e estava no meio da
escada. Ele esperava chegar ao térreo para detê-la e fazê-la sua vez.
-Esta manhã, nem sequer me beijou, ela disse, e começou a corrigi-
lo rapidamente. Sua boca reivindicou a dela, e seu corpo endureceu
instantaneamente.
-Como você pode estar pronto tão cedo? Perguntou ela.
-A culpa é sua , disse ele, sério. Produz esse efeito sobre mim.
Então eu acho que eu vou ter que manter a distância. Eu não
gostaria de envergonhá-lo em público.
-A partir de agora, tanto quanto eu, você estará ao comprimento do
meu braço, disse ele, observando-a atentamente. -Eu não quero que nada
aconteça com você, querida. Eu vou mantê-la segura, mesmo que isso
signifique a levá-la comigo onde quer que eu vá.
-Aqui estou segura, ela disse. As portas têm fechaduras e três armas
que eu conheço: uma na despensa e duas no vestiário.
Verdade. Mas um homem poderia entrar se quiserem.
Eu acho que Lester se rendeu, ela disse. Stephen e eu estamos
seguros.
A cozinha estava bem aquecida quando eles entraram. Stephen
tinha começado a pôr a mesa. Talheres estavam prontos, e o recipiente de
manteiga e açúcar na tigela. O menino sentou-se num banquinho alto que
Sarah tinha colocado ao lado de uma parede e não tirava os olhos de sua tia
enquanto ela se movia de um lugar para outro, preparando o café da
manhã. As panquecas saíram muito claras e macias, e Stephen deu boa conta
delas.
Minha mãe costumava dizer que os biscoitos de tia Sarah eram os
melhores do mundo. E essas panquecas são quase tão boas quanto.
-Eu disse biscoitos. Brace com um sorriso. A avó lhe ensinou a
cozinhar muito bem.
-Concordo com você filho, disse Brace. Tenho notado que sua tia
aprende muito rápido, e que é a melhor em tudo o que quer.
Sarah deu-lhe um olhar severo, mas ele apenas sorriu com inocência
fingida e caminhou até onde ela estava, junto ao fogão. Para sentir a mão no
ombro e o calor do corpo dela, Sarah recordou as horas que eles passaram a
fazer amor. E quando ele se inclinou para sussurrar em seu ouvido, ela corou
e balançou a cabeça.
-Está bem? Ele perguntou em voz baixa. Tenho medo de que ontem
à noite eu tenha me aproveitado de você.
Ela balançou a cabeça e não disse nada e olhou para Stephen, que
assistia com um largo sorriso.
-Por que você não beija tia Sarah? Ele perguntou inocentemente. Ele
acreditava que as pessoas casadas viviam se beijando muito e abraçando,
assim como meus avós.
-Eu gosto da idéia , disse Brace, e passou o braço em torno da
cintura de Sarah. Eu pensei que sua tia estava muito ocupada com o café da
manhã para perder tempo beijando.
Stephen riu alto.
-Eu aposto que você gostaria que a beijasse. Eu sempre gostei de
beijo. Mas fico longe ao fazer ovos.
Brace tomou seu queixo e a fez levantar o rosto. Ele se inclinou em
direção a ela e lhe deu um breve beijo suave.
-Que tal? perguntou a Stephen.
-Não é ruim, disse o menino.
Naquela manhã foram tomando café da manhã em turnos. Um
primeiro prato de panquecas foram seguidos por bacon e ovos.
-O que vamos fazer hoje? Stephen perguntou, olhando para Sarah.
-Eu tinha pensado que poderíamos ir à igreja, ela sugeriu. Os três.
Parece bom Brace disse, mas Stephen franziu a testa. Você não acha
que seria bom para agradar sua tia?
-Sim, acho. -a criança respondeu.
-Se nos apressarmos no café da manhã, tem tempo para remover os
pratos, por a roupa de domingo e posso fazer o que falta Sarah disse.
Finalmente capaz de usar suas melhores roupas sem engomar nada,
o que era um alívio para Sarah. Eles entraram no carro e cavalos Brace levou
uma pequena igreja calma, localizado do outro lado da cidade. Pessoas
cumprimentavam passando pela rua principal, e Sarah foi achou difícil olhá-
los nos olhos.
-Que a coisas eles estarão pensando, murmurou.
-Eu acho que todos os homens estão com ciúmes de mim Brace
disse, dando a mão um aperto. Eu tenho a mulher mais bonita da cidade, e
eles sabem disso.
-Obrigado, disse ela. Fico feliz que você pense assim, Brace. Apesar
de não concordar com você.
Um homem alto e moreno tirou o chapéu quando eles pararam em
frente à igreja.
-Ouvi dizer que você está com sorte, xerife.- disse com um
sorriso. Nós só soubemos esta manhã que ontem foi um casamento.
-Nós tentamos avisá-lo, mas sua governanta disse que você tinha ido
para o sul por alguns dias Brace explicou enquanto amarrou os cavalos. Eu
teria gostado de vê-lo lá e Lin, e também seus filhos.
-Me desculpe, eu perdi, mas estamos muito felizes que você
encontrou uma mulher digna de você. Quando você escreve a Fé Lin,
certamente ele vai dizer tudo. E eu sei que a notícia será bem-vinda. - olhou
para Sarah. Agora me apresente a sua esposa.
-Querida, este é Nicholas Garvey começou a Brace. Ele e sua esposa
têm dois filhos mais bonitos da terra, Jonathan e Amanda. E na carruagem,
continua Lin, sua esposa, que é muito boa para ele, mas... Ele foi ao ouvido
de Sarah para falar, por alguma estranha razão, queria isso.
A mulher morena que estava no coche riu e acenou.
-Um dia desses vou passar por sua casa para fazer uma visita, ele
disse. Se você não se importa.
-Eu adoraria Sarah disse. Quando quiser.
Lin era uma beleza. O corpo magro, olhos azuis brilhantes e um
sorriso que iluminou seu rosto. Nicholas era um homem enorme e atraente
cabelo e olhos negros, cujo olhar estava fixo em sua esposa enquanto ela
estava prestes a parir.
Ela espera disse rapidamente, aproximando-se dela. Eu vou ajudá-la
a descer, com suas grandes mãos ao redor de sua cintura, envolveu quase
completamente, e levantou com facilidade para pisar suavemente no chão.
Sarah notou com interesse sua expressão. Era o mesmo que muitas
vezes embelezava os traços de Brace. O homem estava loucamente
apaixonado por sua esposa, não havia dúvida. E não era estranho. Lin era
realmente encantadora.
Eles foram juntos à igreja. Nicholas tinha uma criança pela mão, e
Lin carregando uma criança nos braços.
-Você deveria me deixar levá-lo , disse Nicholas com afeto. É muito
pesado para você.
Eu vou mudar o que Lin disse, fazendo uma pausa. Ele entregou a
criança a seu marido e tomou a mão da menina.
Eu te amo, mãe.- disse a menina e beijou-lhe os dedos. Então ela
olhou para Sarah. Não é minha mãe a mulher mais bonita que você viu?
-Certamente que sim, disse Sarah. Eu estava pensando o mesmo que
você. Eu acho que é a mulher mais bonita do Benning. Você não acha, Brace?
Brace deu-lhe um olhar ardente.
-Nós já tivemos essa discussão, minha querida esposa. Lin é bonita,
isso é certo, mas para mim é você quem detém o título de a mais bela.
-Bem, bem, disse Nicholas. Falou como um homem apaixonado.
Sarah balançou a cabeça e caminhou rapidamente em direção às
portas da igreja.
-Vocês são um caso. Vocês deveriam estar pensando em sermões,
hinos e orações do pastor, em vez de comparar os atributos de suas esposas.
-Eu acho que ambos estão mais do que satisfeitos com o que temos,
disse Nicholas. -Na verdade, eu tenho que dizer que o nosso amigo parece
especialmente feliz esta manhã.
Nicholas estendeu a mão à Brace e apertou-a em um floreio que
parecia ser uma ligação entre os dois homens.
-Eu sabia que você ia dar conta disse, e sorriu para Sarah. Eu não
poderia estar mais feliz, Nick.
Sarah parecia desfrutar do serviço da igreja. Ela havia dito a Brace
que passara semanas desde a última vez entrou em uma igreja, e o jovem
padre parecia encontrar as palavras certas para restaurar a fé. Sarah ouviu
com interesse a missa e leu as escrituras cuidadosamente, de modo
absorvida e preocupada. Brace prometeu que a partir de então iria à igreja
regularmente.
Pessoas os cercaram após o serviço, e as senhoras endereçaram- se
a Sarah.
-Você precisa de ajuda? Perguntou a Sra. Johnson. Eu adoraria
ajudá-la.
-Um dia esta semana vão para se divertir com ele apressou-se a
intervir Lin. Nós vamos ter uma boa ordenação das coisas, não é, Sarah?
Sarah assentiu, grata o cabo pegou de seu novo amigo.
O almoço estava no forno quando chegaram em casa. Um assado
que adicionado as batatas e cenouras estava pronto.Preparar alimentos com
dois homens foi um desafio, mas Sarah decidiu que poderia fazer. Dos dois,
Stephen era o mais eloqüente, mas Brace exibiu suas próprias emoções com
olhares de soslaio e sorrisos.
Tudo era tão perfeito que parecia difícil durar, Sarah pensou
tristemente. Mas ela estava determinada a aproveitar até o último momento
que poderiam passar juntos.
Stephen disse-lhes uma piada ruim que tinha ouvido de um dos
rapazes depois da igreja e Brace balançou a cabeça.
-Vou contar uma boa piada a você para contar na escola amanhã
ofereceu, e começou a contar uma longa história sobre um menino que
estava pescando um peixe monstruoso.
Stephen riu como um louco e, em seguida, pediu licença para se
levantar e ir para alimentar os gatos. Ele encheu duas tigelas de leite e saiu
pela porta dos fundos.
-Realmente você gosta dele, certo? Sarah perguntou, olhando para o
rosto sorridente de Brace.
-É claro, disse ele. Quem não gostaria? É tudo um homem pequeno,
e muito engraçado.
-Você daria um bom pai, ela disse tristemente. E eu espero que um
dia Stephen seja seu filho.
-Essa é a minha intenção, disse ele. Quando o juiz vier, vamos ver
qual é a situação.
Esse dia chegou mais cedo do que Sarah esperava, e começou com a
aparição repentina de Brace no meio da manhã na cozinha.
-Sarah?
Ela deixou a despensa e se aproximou dele.
-O que faz aqui? Está tudo bem?
-Sim, tudo vai bem, ele respondeu, mas algo em seus olhos dizia o
contrário.
-O que aconteceu?
Ele franziu a testa e olhou em seus olhos.
-Nada escapa a você, certo?
-Você está escondendo alguma coisa. E eu preciso saber o que
aconteceu.
-O juiz está na cidade. Ele está disposto a realizar uma audiência
amanhã.
-Onde está Lester? Ela perguntou em voz baixa.
-Disseram-me que o viram ontem na estação de
correios. Aparentemente ele recebeu um telegrama que pareceu o animar o
suficiente.
-O Que dizia o telegrama?
Você sabe que eu não consigo descobrir o que, Sarah. - disse
ele. Seria violar a privacidade.
-Não pode dizer, pelo menos, se o telegrama era uma ameaça a
Stephen?
-Isso mesmo pedi ao chefe de gabinete. - admitiu Brace. E eu fui
aconselhado a estar alerta. Ele disse que Lester enviou um telegrama ontem
de manhã, e a resposta pareceu agradá-lo.
-Sua família.- disse Sarah. Seguramente pediu ajuda a seus irmãos.
-Irmãos - São como ele? Brace perguntou, mas seu cenho indicava
que sabia a resposta.
-Eu nunca conheci, mas suspeito que vai buscar toda a ajuda que
pode oferecer, olhou para ele. Você não pode fugir com Stephen, certo?
-Não, o juiz disse que não vai permitir isso.
Mas não há nenhuma garantia do juiz.- respondeu com
tristeza. Lester não sei como ou o que eles podem fazer para Stephen.
-Eu acho que o médico vai testemunhar algo. - Brace disse. Vamos
ver o que acontece.
Capítulo Sete
O juiz Bennett era um homem carrancudo e traços duros que
pareciam esculpidos em pedra, exceto quando olhou para Stephen e sua
expressão se suavizou. O menino deu-lhe um olhar rápido e foi para Sarah
suavemente.
-Ele parece ser boa pessoa, certo?
- Você acha? Perguntou ela.
- Sim. E sorriu.
Mas a expressão que o juiz deu a Brace era um homem pronto para
fazer picadinho de qualquer um que ousasse contrariá-lo.
-Qual é o problema, xerife? Perguntou com uma voz aguda, e olhou
para o papel ante ele. Como afirmou esta manhã, Lester Clark, você ficou
com a custódia de seu filho por nenhuma razão.
-Eu acho que depende do seu ponto de vista, Meritíssimo, Brace
disse respeitosamente.
- Era óbvio que a criança tinha sido abusada fisicamente e que o pai
não mostrou a menor preocupação, ele olhou para Stephen, pressionado um
pouco contra Sarah. - Stephen é uma criança. Ele quer ficar com sua tia, e em
vez disso levou-o da casa de sua família, onde tinha vivido desde a morte de
sua mãe para viajar com seu pai em circunstâncias que estavam longe do
ideal, ele fez uma pausa e colocou um maço de papéis na frente do
juiz. Gostaria de apelar ao tribunal para a tia de Stephen, Sarah Murphy,
obter a guarda do filho.
-Isso é contra a lei! Lester exclamou, levantando-se de forma tão
abrupta que a cadeira virou. Seu rosto vermelho de raiva e as mãos
apertadas em punhos.
-Sente-se, Sr. Clark - ordenou o juiz calmamente. Vamos deixar tudo
claro seguindo a ordem habitual.
Brace se aproximou da mesa que ele tinha trazido da prefeitura, que
serviu como um banco improvisado.
-Eu gostaria de chamar a depor Stephen Clark, Meritíssimo. - disse
calmamente.
O juiz assentiu para Stephen e chamou.
-Venha aqui falar comigo, meu jovem, disse ele gentilmente.
Stephen levantou-se e olhou rapidamente para Sarah, como se
pedisse permissão. Ela assentiu com a cabeça e acariciou sua bochecha com
os dedos. Sem olhar para Lester, a criança estava em pé diante do juiz.
-Sente-se naquela cadeira, disse o juiz, e Stephen obedeceu-. E
agora, por que você não me diz qual é a situação? Onde o estava levando seu
pai quando parou você em Benning?
-Eu não sei. - Stephen disse com uma voz fraca. Ele limpou a
garganta e parecia procurar palavras. Ele disse que talvez a gente voltasse a
se reunir com a tia Sarah, mas sua família nos daria um lugar para viver a
partir de agora.
-Você já conheceu a família do seu pai? O juiz perguntou, inclinando-
se para trás na cadeira.
Stephen balançou a cabeça.
... Mas, ele acrescentou, olhando para Lester, se são como meu pai,
eu não quero viver com eles.
-E isso por quê? o juiz perguntou, franzindo a testa.
Meu pai é... Ele parou de falar, como se tivesse medo de dizer
muito.
-É o que significa para você? Perguntou o juiz.
Lester se levantou.
-Eu sou o seu pai. Eu tenho o direito de fazê-lo se comportar
corretamente. Às vezes as crianças precisam de uma mão firme.
-Sente-se, Sr. Clark –voltou a dizer o juiz, desta vez com mais
rigor. Então eu ouvirei o que ele tem a dizer.
-Você não pode levar a palavra de uma criança contra o pai!- Lester
murmurou. Aquele garoto foi estragado por sua tia, e precisa entrar na cinta.
Stephen afundou na cadeira. Seus lábios tremiam tanto que ele mal
conseguia falar.
-Às vezes ele me bate.
-E você acha que merece? Perguntou o juiz, e deu-lhe um olhar de
advertência para Sarah, que estava prestes a subir.
Ela sentou-se e tentou sorrir para Stephen.
-Eu tento ser bom, disse Stephen. Eu só quero ficar com minha tia e
o xerife. Eles são casados, e ele será meu novo papai.
-Eu entendo.- o juiz disse. Ele olhou e sorriu para Brace. Ele cobriu
todas as possibilidades, hein? Uma família sob medida para o garoto.
-É o meu filho , disse Lester.
-Eu prefiro viver com o xerife e minha tia, insistiu em tom pesaroso
Stephen. Temos uma bela casa, e tia Sarah é excelente cozinheira.
-Muito inteligente, encontrar um homem para casar com você,
Lester estalou, olhando para Sarah.
O juiz limpou a garganta e permitiu que Stephen voltasse ao banco e
sentasse ao lado de Sarah. Lester Clark foi chamado para depor e afirmou seu
caso, enfatizando a preocupação que sentia por seu filho e seus planos para
ambos viverem no Texas com sua família.
O juiz fez algumas perguntas curtas e recostou-se na cadeira.
Eu gostaria de falar a sós com a criança, e depois com sua tia. Vou
tomar em breve uma decisão.
Brace se levantou e limpou a garganta. O juiz Bennett olhou para ele
com expectativa.
Talvez o senhor queira primeiro ler o relatório do médico, sugeriu
Brace.
-Tenho a intenção de lê-lo, xerife Caulfield.- disse o juiz, folheando
os papéis ante ele. Ele olhou para o documento e olhou friamente para
Lester. Vou lê-lo com cuidado depois, mas parece bastante conclusivo.
Com um sinal de que dizia a Stephen se levantar do banco e ele
também.
-O menino e eu.- disse, dirigindo suas palavras para Sarah.
Ela balançou a cabeça, sorriu para Stephen, e ele acenou e saiu da
sala com o juiz.
Lester levantou-se e respirou fundo. Brace olhou para ele e balançou
a cabeça.
-Uma Palavra sua e o confino em uma cela, alertou. Sente e espere
pelo juiz.
Faltavam dez minutos antes da chamada para Sarah. Ela levantou-se
e deixou o porteiro a levá-la para um quarto com várias cadeiras, uma das
quais era ocupada pelo juiz. Este fez um gesto com a mão para ela se sentar,
incluindo-o na conversa com Stephen.
-Seu sobrinho insiste que quer ficar com você, Sra. Caulfield. Tem
sido muito específico sobre esta questão e tem sido inflexível. Ele sorriu para
Sarah, mas olhou para ela e ela sentiu o peso da lei sobre os ombros.
-Sim, senhor respondeu. Antes de morrer, minha irmã me fez
prometer cuidar de Stephen se algo acontecesse com ela.
E você acha que sua morte não foi como apresentou o Sr. Clark?
Se eu pudesse falar com você sozinho, meu senhor - Sarah disse,
hesitante, eu gostaria de explicar mais detalhadamente.
-Claro que concordou o juiz, e acenou para Stephen, -Espere por nós
no corredor, meu jovem.
O menino olhou para Sarah e saiu da sala.
Sarah em poucas frases deu a sua versão da morte de Sierra ao juiz,
confessando suas suspeitas sobre Lester e explicando o papel que ela
desempenhou no drama.
Eu sabia que Stephen estaria em perigo se ele não ficasse comigo,
disse com veemência. Eu estava com medo do que Lester planejava para
ele. Lester sempre gostou de puni-lo, ele merecesse ou não. Stephen tem
contusões desde que era um bebê. Serra tentou defendê-lo de Lester, mas
estava apavorada.
-E a você não assusta? pediu ao juiz.
-Já não. Brace prometeu cuidar de Stephen, e eu acho que é capaz
de tratar de Lester.
-E você se casou com o xerife Caulfield para obter a custódia de seu
sobrinho?
Sarah sentiu suas bochechas incendiar.
-Não, Meritíssimo. Eu amo Brace. Com ou sem Stephen, eu teria me
casado com ele.
-O que pensei, jovem senhora, gentilmente disse o juiz. E agora, de
volta a nossa corte improvisada e ver que conclusões podemos tirar de tudo
isso.
Lester estava com raiva e fez uma cena, mas seus argumentos não
ajudaram. O juiz foi inflexível em sua decisão, e Sarah ouviu a sentença com o
rosto radiante de felicidade.
-O menino vai ficar com sua tia e o xerife Caulfield e seu pai tem o
direito de visitá-lo sob a jurisdição do tribunal. Você pode ficar na cidade e
ver o seu filho duas vezes por semana no próximo mês.
Isto é ilegal, Lester murmurou, de pé e voltando a sua raiva contra
Sarah. Esta mulher tem seduzido o xerife e você.
-É melhor você prestar atenção a sua linguagem, Sr. Clark advertiu o
juiz Bennett. Aqui a minha palavra é lei, e você já está com um pé na cela.
Lester fez uma pausa, cerrando os punhos em seus lados, e olhou
para seu filho e Sarah.
-Isto não termina aqui! Ameaçadoramente murmurou enquanto
passava por eles -. Eu sempre ganho.
-Brace, Sarah assegurou-lhe protegê-los, mas o coração bateu mais
rápido com o pensamento da ameaça representada pelo homem tão vil e
cruel.
-Eu vou fazer a visita Brace. Lester disse ao juiz. Eu acho que mesmo
vou me hospedar no hotel.
-Tenha cuidado. Aconselhou o juiz Bennett. Vou voltar no próximo
mês para tomar uma decisão final.
- Sim, Meritíssimo. Vamos esperar com impaciência.
-E agora? Sarah perguntou, segurando a mão de Stephen.
A criança agarrou-se a ela em silêncio, observando o juiz deixar a
sala atrás de Lester.
-Agora nós vamos para casa tentar levar uma vida normal.- Brace,
disse. Vamos deixar Lester ver Stephen no meu escritório duas vezes por
semana no próximo mês, e no resto do tempo, vamos estar em família.
-Você faz parecer tão simples Sarah disse, em dúvida.
-Nada é uma questão simples. E isto é muito importante. Para todos
nós. Nós teremos calma e juntos formaremos um lar.
Um arrepio percorreu a espinha de Sarah ao sair do edifício. Ela teve
um mau presságio, e sentia que alguém estava olhando para ela. Lester não
apareceu em nenhum lugar, mas podia sentir na pele sua presença
maléfica. O homem era um demônio. Sarah tinha um bolo no estômago e
amaldiçoou em voz baixa com o pensamento do que Lester era capaz de
fazer.
-O que é, Sarah? Brace perguntou ao ouvido, um braço em volta da
cintura.
-Lester.- disse ela, está vigiando.
-Eu não vejo, disse ele, mas aquele bastardo é inteligente demais
para ser visto.
Sarah olhou para ele e, em seguida, desviou o olhar.
-Eu estava com medo que você pensasse que eu estava imaginando
-Eu confesso. Mas sei que ele está observando, pois você começou a
andar rapidamente. Vamos para casa.
-É a melhor idéia que eu já ouvi o dia todo - corroborou Brace, e
Sarah foi apanhada pelo desejo que queimava em seus olhos. Estou ansioso
para ter você só para mim, adicionou com um sussurro sensual. Hoje à noite
eu vou deixar a luz acesa.
Como se ele não tinha nada mais importante para fazer do que
passar à tarde à disposição de Sarah, Brace ficou em casa com ela, sentado à
mesa da cozinha com um livro, enquanto ela cozinhava, a beber uma xícara
de café e provar o pão recém feito.
-Eu não sabia que você tinha tanto talento, disse ele, estendendo a
fatia com muita manteiga e geléia.
-Você gosta? Perguntou ela com expectativa. Minha mãe acreditava
que toda mulher deve ter as habilidades domésticas básicas, e a maioria é
fundamental saber como se comportar em uma cozinha.
-Não há dúvida de que você era a melhor aluna, comentou
mastigando o pão com satisfação. Tem estragado-me muito a minha
vida. Não só eu encontro roupas limpas todas as manhãs, mas também tenho
o privilégio de comer como um rei todas as noites. E eu tenho comigo a
mulher mais bonita na cidade Ela sentou-se e olhou para cima e para baixo. E
os sapatos? Perguntou com uma careta quando viu os pés descalços que
espreitavam para fora debaixo de sua saia.
-Eu os tirei, atingindo um de seus pés delgados. Minhas botas são
muito pesadas para a casa, e meus sapatos estão muito apertados.
-Bem, compre algo novo, ele disse. Eu posso pagar o que quiser.
-Eu gosto de ficar com os pés descalços.
Mas quando saímos de casa, você usará os sapatos que são muito
pequenos, ele insistiu.
Ela estremeceu, reconhecendo a verdade de suas palavras.
-Vou comprar alguns sapatos novos, se você deixar-me comprar-lhe
algumas camisas coloridas, certo?
Brace franziu a testa novamente, desta vez com perplexidade.
-Eu gosto das camisas pretas.
-Eu sei. Mas eu estou cansado de vê-lo em preto. Eu gostaria de
alguma outra cor, como azul talvez.
Ele pensou por um momento e assentiu.
-De acordo. Trato feito. Amanhã vamos às compras.
-Você sempre será igualmente feliz com tudo? Perguntou ela.
-E você? Ele respondeu, e sorriu quando a viu levantar as
sobrancelhas. Eu sei, eu sei. Você pediu primeiro.
-Eu gosto do fácil convencer dos homens, ela disse. Especialmente o
homem com quem eu me casei.
-Posso fazer mais alguma coisa para agradá-la? Perguntou,
prometendo a olhar que iria dedicar sua atenção quando o sol, descesse e
Stephen estivesse dormindo.
-Basta ser meu, ela sussurrou. Suas palavras pareciam sair de um
poço profundo de saudade, como se desesperadamente exigindo receber
carinho absoluto de seu marido.
E se ela sabia o que ele estava disposto a preencher esse vazio...
Brace queria agradá-la totalmente, uma maneira de fazê-lo era ver a devoção
que sentia por ela e a necessidade urgente solicitando sua alma.
Ela tinha se tornado sua vida, o ar que respirava, a primeira coisa
que via quando acordava pela manhã, e sua presença era primeira coisa que
queria, quando chegava em casa todas as noites.
Mas se lhe dissesse com essas palavras, ela riria dele e iria
considerá- lo um tolo. E não sabia como expressá-lo; queria que soubesse
que, Sarah era o início e o fim da sua existência.
-Eu sou seu, com voz rouca, ele disse, enquanto pegava o braço dela.
Não foi o suficiente olhar ou admirar seu sorriso radiante e riso
escondido em seus olhos. Ele tinha que tocá-la, sentir o calor de sua carne,
pela roupa.
Ela moldou- se contra ele. Brace sentiu o calor dos seios e da dureza
dos seus quadris. Ele procurou a boca e estava perdido na magia que fazia
parte de sua feminilidade.
... Sua esposa Sarah. Sua razão de viver, respirar o mesmo ar que ela
e compartilhando o espaço ocupado pela deliciosa presença.
-Eu sou seu, Sarah, ele repetiu isso de uma maneira que não deixou
espaço para mal entendidos. Nunca pense de outra forma. Eu vou cuidar e
proteger o resto de nossas vidas.
-Eu sei, ela murmurou. Sei que estou segura com você, me dá um
profundo sentimento de paz e segurança.
Seus lábios se encontraram e ela lhe rodeou o pescoço com os
braços e ofereceu completamente, provocando com seus movimentos para
que apertando forte, levá-la para a cama.
Quanto tempo antes de eu ficar sem aulas na escola? Ele perguntou
com voz rouca, e olhou na direção da janela da cozinha. Ainda era cedo, e a
cama em seu quarto esperando, tentando-o de forma quase irresistível.
-Fique. Ou menos uma hora antes de ir pegar Stephen, disse ela,
acariciando sua mandíbula com um dedo. O que você tem em mente?
-Você não sabe? Ela perguntou a ele. Devo explicar em detalhes o
que eu faço, ou você prefere adivinhar?
-Eu acho que tenho uma idéia, disse ela, com um sorriso que o atraiu
ainda mais a dramática escalada de sedução.
Em poucos segundos, o avental Sarah estava em uma cadeira, pão
embrulhado em um pano e ela se apresentou diante ele, desabotoando a
camisa. Seus dedos eram ágeis e rápidos, e imediatamente o peito musculoso
expusera em suas mãos ansiosas.
Ele estendeu as palmas das mãos na carne, escondendo as pontas
dos dedos no cabelo encaracolado grosso. Ele colocou as mãos em seus
ombros e voltou até os mamilos, dois testes pequenos e endureceu o seu
entusiasmo. Ele tocou suavemente, e então se inclinou para lamber a ponta
com língua.
Brace mal podia resistir ao desejo de tomá-la. Mas agora Sarah
intrigava de uma maneira fascinante. Era uma mistura de inocência e outra
qualidade que só poderia ser descrito como encantadora, tentando-o com o
toque de seu corpo, seus sorrisos sensuais e beijos oferecidos. Seus lábios
estavam inchados pela paixão e a avidez com que ele a beijou, e seus olhos
ardiam com uma emoção que estava deixando louco. E então ela se inclinou
e seus lábios procuraram sua pele do pescoço.
Era um convite inconfundível. Quando você raspa no dia seguinte,
quando você lava naquela noite, ele iria ver a marca vermelha que lhe
restava e lembrar daquele tempo.
Em uma demonstração de força que raramente exibidos, ela
levantou, segurando firmemente contra ele, e se dirigiu para as escadas. A
porta do quarto estava aberta, mas não por muito tempo. Ele fechou com o
pé, deixou Sarah no chão e travadas.
Ela estava diante dele com um misterioso sorriso curvou os lábios,
os olhos semicerrados e os peitos cima e para baixo para o ritmo da sua
respiração agitada e irregular.
-Você é uma bruxa, ele murmurou. Uma mulher não deve seduzir
um homem para fazê-lo perder o controle.
-É isso o que eu fiz? ela perguntou docemente, com uma expressão
de falsa surpresa.
-Você sabe muito bem o que você fez, e você vai pagar por isso,
disse ele.
Despiu-se rapidamente e mantido a um metro, examinando cada
polegada de sua pele. Era como uma estátua de marfim. Ela não era alto, mas
foi deliciosamente formado. Sua figura era magra, mas suas curvas nos
lugares certos.
Foi perfeito. Absolutamente perfeita. Ele rodeou a cintura com as
mãos e olhou para cima novamente, para buscar a sua face almofadas macias
que eram seus seios. Ele abriu a boca e encontrou os solavancos que tanto o
fascinava. Com voz abafada ele murmurou algumas palavras ininteligíveis,
mas ele não se importava que ela não entendia. Seu significado era tão óbvio
como o seu desejo. Ele beijou e lambeu, esfregando o nariz e bochecha
contra a suave curva de seus seios, em seguida, um pouco para baixo até que
ele atinja a sua boca. Ela recebeu-o para frente, murmurando palavras de
satisfação, prazer sons e expressões de espanto.
Ela enrolou as pernas em volta de sua cintura e se agarrou aos
músculos fortes de uma perita Amazona. Brace sentiu seus corpos
conformados e estremeceu quando ela começou a esfregar contra ele. Ele
pressionou com tanto frenesi que teve medo por ela.
-Eu não quero lhe machucar, rosnou. Eu tenho medo que possa ser
muito duro.
-Não me fará qualquer dano assegurou a ele, deslizando seu corpo
como se a deixar a marca das suas curvas gravadas. Ela o abraçou por trás e
colocou as mãos sob a camisa, sentindo os grandes músculos do peito.
-Eu preciso de um pouco de ar, disse ele. Pare um pouco. Não vou
arriscar machucar você, Sarah.
-Não importa. Ela sussurrou.
Ele se inclinou e afundou os dentes em seu ombro. Sua mordida não
foi fácil, e embora não produziu muita dor, fez soltar um profundo gemido
gutural. Eu não me importo, repetiu, cravando as unhas em suas costas.
As botas de Brace bateram no chão com um baque. E seguiram as
calças e depois a camisa. Antes que Sarah pudesse reagir, estava deitado na
cama. Ele estava sobre ela e, sem aviso prévio ou persuasão, começou a tocá-
la em todos os lugares; pelos seios, barriga e abaixo.
Ela arqueou-se e gritou freneticamente enquanto ele buscava os
tesouros que a natureza lhe havia dado, em primeiro lugar com as mãos e,
em seguida, seguiu a trilha com seus lábios e língua. Ela gritou de novo e de
novo, não de medo ou dor, mas abalada por uma sucessão de espasmos
triunfais, e então tomou a sua boca e saboreou com prazer os sons de paixão,
sentindo uma imensa alegria realizar os níveis mais altos prazer, um desejo
que a fez chorar e gemer como uma mulher que recebeu a mais sublime
satisfação nos lábios.
Sarah sussurrou seu nome em seu ouvido, e, em seguida, colocado
entre as pernas.
Com movimentos lentos e suaves ele alegou como sua, penetrando
seu íntimo, fazendo-a estremecer de prazer, levando para a cimeira de
paixão. E então ele se juntou a escalada de prazer quando disse o nome dela
e ela se agarrou a ele com braços e pernas.
Se ela estava com medo da paixão masculina, não pareceu, porque
seu rosto resplandecia com satisfação inconfundível. E se ele tivesse tentado
muito duro, ela não pareceu se importar, porque se agarrou com toda sua
força, como se fosse incapaz de deixá-lo ir. Com os olhos semicerrados e os
lábios inchados e sugestivos, ninguém parecia ter apreciado partir desse
frenesi sexual.
-Não machuquei você? Perguntou, beijando-a novamente.
Ela balançou a cabeça e riu. Um riso suave, sensual novamente
excitando Brace. Mas era muito cedo. Aguardaremos até que o jantar, até
que Stephen tenha dormido, até Sarah voltar a estar pronta para recebê-lo.
Seria um exercício de contenção, mas nas últimas semanas havia
aprendido que a paciência era uma virtude importante, especialmente
quando aplicado a seu relacionamento com Sarah. Então ele a beijou e se
virou, mantendo-o contra ele. Não queria esmagar, mas precisava ficar unido
a ela.
Ele gentilmente acariciou seu rosto e cabelo. Era a mulher mais
efusiva e feminina que um homem pode desejar. Sarah.
Capítulo Oito
Duas semanas depois do julgamento, quando Brace tinha começado
a se sentir mais calmo e tinha parado de olhar por cima do ombro, veio à
notícia de que dois estranhos tinham vindo para a cidade. Eles se
conheceram no lobby do hotel com um terceiro, tiveram uma conversa
apressada no canto e rapidamente subiram para o segundo andar. A partir do
balcão, Bart Simms presenciou tudo com curiosidade, e quando os homens
desapareceram no corredor superior, saiu do hotel e atravessou a rua para a
cadeia.
-Xerife? Chamou ofegante.
Brace saiu de seu escritório. Vendo isso, Bart Simms pareceu relaxar
um pouco e caiu em uma cadeira.
-Dois tipos acabaram de chegar à cidade. Eles reuniram-se com o
Lester, em seu quarto de hotel. Eles lembram muito a ele... Narizes longos e
olhos pequenos e penetrantes. Eu não me surpreenderia se fossem parentes.
-Certamente eles são seus irmãos. Brace disse calmamente. Eu sabia
que iria se ativer apenas ao redor para ver Stephen. Eu estive esperando que
algo acontecesse. Eu suspeito que eles sejam pessoas más.
-Bem, Bart disse com um suspiro de alívio. Eu só queria informar
sobre o que está acontecendo. Achei que você estaria interessado em
saber. Eu aluguei um quarto.
-É claro que eu me importo, Brace disse com veemência. Eu tenho
que ir para casa e certificar-me de minha esposa está segura. Eu acho que
eles estão planejando causar problemas.
"Minha mulher". As palavras soaram como música celestial para ele,
e em poucos minutos achou que era um prazer ir a sua casa. Passar horas
com Sarah era seu passatempo favorito naqueles dias, e a mera possibilidade
de que ela estava em perigo o enfureceu mais do que eu jamais imaginou ser
possível.
-Sarah? Você está em casa, querida? A porta dos fundos estava
aberta e correu para a cozinha.
O quarto estava vazio, mas com certeza Sarah estava ocupada com
outras tarefas depois de terminar de lavar a louça do café. Agora, com a
ameaça adicional dos irmãos de Lester na cidade, não devia deixar a porta
aberta.
-O que é, Brace? Ela perguntou segundos depois, descendo as
escadas. Ela tinha o cabelo e usava uma escova em uma mão e uma fita na
outra.
-Está bem? ele perguntou, olhando de cima a baixo.
Exceto para o cabelo solto e ondulado, era a imagem de elegância,
mas sua única vestimenta era um vestido simples. Sempre irradiava uma
dignidade que ele admirava, e sua aparência era inteiramente a de uma
mulher. A esposa cheia de prazer e de amor ontem à noite, segurando-a
contra o lado dele e respirando o cheiro doce que emana de suas curvas
suaves.
-Sim, estou perfeitamente bem, ela disse, olhando por cima do
ombro em direção à porta fechada atrás de Brace. Eu não ouvi você
entrar.
-A porta estava aberta, disse ele, incapaz de manter a raiva na voz.
-Humm... Eu podia jurar que fechei antes de ir me vestir.
-Bem, você não fez. Ele se aproximou dela e agarrou seu braço -. Eu
tive um bom susto, e eu não me importo de admitir. Você deve ter cuidado,
querida. Temos problemas.
-Lester? Perguntou ela. O que ele fez agora?
- Recebeu Companhia. Dois homens vieram hoje para a cidade e se
hospedaram no hotel. Bart Simms disse-me que se assemelham muito a
Lester. Talvez sejam parentes.
-O que eles podem fazer? Sarah perguntou, aconchegando-se contra
ele. Brace suspirou e sentiu-se relaxado em seus braços.
Ela descansou a cabeça em seu ombro e olhou para cima para
encontrar seus olhos. Era uma tentação irresistível para Brace, que se
inclinou para beijá-la na boca.
-Eu gosto de ser a Sra. Caulfield ela sussurrou, suspirando de
novo. Você é muito bom para mim, Brace. Eu poderia me acostumar com isso
muito rapidamente.
-É melhor se acostumar, disse ele. Porque eu tenho intenção de ficar
com você para o resto de nossas vidas.
-Exceto quando você está trabalhando, disse ela, acariciando seus
lábios, o hálito quente e fresco. Mas eu vou ser muito feliz se passar o resto
da minha vida com você de repente Ela afastou-se dele. Stephen certo? Ele
pode seqüestrá- lo enquanto na escola?
Brace balançou a cabeça.
=Não. Eu avisei a professora. E aquela linda donzela tem uma arma e
não tem medo de usá-la. Eu mesmo ensinei a lidar.
Realmente, você é um homem vale a pena ter por perto, Sarah disse
ele com uma risada.
-Eu pensei que era uma boa idéia quando esta professora veio para
a escola um par de anos atrás. É uma grande responsabilidade; Você deve
manter as crianças em segurança.
Especialmente a nossa, ela disse. Eu me pergunto se não seria
melhor ficar em casa por um tempo. Eu posso dar aulas.
-Não. Ele permanecerá na escola insistiu Brace. Não é seguro. Você é
a única que me preocupa agora.
-Eu não tenho usado muito a minha arma, exceto quando pratiquei,
anos atrás, ela admitiu. Eu não sei se eu vou atirar bem, se eu precisar . Mas
vou tentar, se você quiser.
Brace observou, notando que demonstrou sua a segurança. Ela
parecia indiferente ao charme que mostrou, como uma parte inata dela, uma
beleza concedida. E era dele. Toda sua.
Estava envolto em uma nuvem de felicidade e beijou-a novamente,
oferecendo o seu amor com uma facilidade surpreendente.
-Você é uma mulher muito especial, Sarah, disse ele. Eu não posso
acreditar na minha sorte.
-Jantar - Um frango e biscoitos de boa sorte é suficiente para
você? perguntou ela.
-Sim, senhora, é claro que quero, disse ele, ciente pela primeira vez
do cheiro da comida que ela tinha começado a preparar-. O que tem para o
almoço ao meio-dia?
-O Que sobrou de ontem, disse ela, franzindo a testa enquanto
pensava. Sanduíche de carne assada com molho.
-Já é meio-dia? ele perguntou esperançosamente.
Ela tirou o chapéu e correu os dedos pelos cabelos.
-Será muito em breve.
-Acho que vou ficar aqui. Não faz sentido voltar para a cidade neste
momento.
Ele assistiu da mesa, apreciado sua habilidade com a faca afiada para
cortar o pão e os restos de vitela assada. Aqueceu a molho numa panela e
embebendo as fatias saborosas nos líquidos de carne. Brace tinha apenas
cheirado o delicioso aroma que exalava do prato, quando uma batida foi
ouvida na porta da frente.
-Espere aqui, ele disse, ajustando seu coldre enquanto saía da
cozinha. Vou ver quem é.
-Tudo bem, disse ela, preparando seu próprio prato. Deve ser
Lin. Ela disse que viria um dia desta semana.
-Se é ela, disse ele, grande. Ele abriu a porta e ficou surpreso ao ver
a cabeça do oficial.
Eu não pensei que veria esse homem disse com uma careta. Jamie
me disse que ele tinha voltado para casa para o almoço.
-Sim, só que eu acabei de sentar a mesa. Quer se juntar a
nós? Ofereceu Brace. Ele pegou o telegrama estendeu e abriu a porta.
-Não. Eu não posso estar muito tempo longe do escritório. O trem
do meio-dia está para chegar. Te vejo mais tarde. Tenho certeza que você vai
querer enviar uma resposta.
Estimulado pela curiosidade, Brace disse adeus e voltou para a
cozinha com o telegrama na mão.
-Eu ouvi você falar com alguém. Não era Lin? Perguntou Sarah.
-Não. Recebi um telegrama.
-Que diz? Ou você não leu ainda?
-Eu pensei que talvez você pudesse ler para mim ele disse,
hesitante. Ele olhou para o papel e fez uma careta. Eu posso decifrar algumas
palavras, mas será mais fácil se você lê-lo.
Ela aceitou
-Claro. E rapidamente leu o telegrama e olhou Brace. É do xerife de
Big Rapids. Ele recebeu a sua mensagem onde você pediu para investigar a
morte de Sierra. Aparentemente, o vôo de Stephen Lester colocou em
alerta. Ele diz que vai reabrir o inquérito e quer que você vigie Lester
enquanto espera detalhes.
-Eu acho lógico. Disse Brace. E se Lester permanecer na cidade, não
será difícil de vigiar. Sempre ficando longe de você, vou apenas vigiar e ele
pode visitar Stephen.
-Para Quando a próxima visita está prevista? perguntou ela.
-Para amanhã. Logo após a escola. Vou pegar Stephen para levá-lo
até a cadeia e notificarei Lester.
-Eu odeio esse homem. Meu sobrinho… Disse Sarah-, e Brace ergueu
a mão antes que ela pudesse falar.
-Eu sei, eu sei. É o veredicto do juiz, mas eu vou ficar feliz quando o
juiz Bennett retornar à cidade e tomar uma decisão final.
-Não há nenhuma garantia, Sarah. Lester é o pai legal do menino, ele
insistiu.
Sarah tinha que estar ciente de todas as possibilidades. As chances
de que o juiz desse a guarda para Lester eram escassas, mas possíveis.
-Eu não vou permitir que arrebate a Stephen, declarou, com o rosto
vermelho de raiva.
-Se o juiz decidir em favor do pai, não há muito que possamos fazer,
Brace disse. Eu jurei defender a lei, e isso inclui qualquer decisão do juiz, mel.
-Eu sei.- Ela disse preocupada. -Mas eu não posso acreditar que um
homem como Lester tem o direito de tirar Stephen.
-Não se aflija. Colocando a mão na parte de trás. Vamos enfrentar
problemas quando eles vierem.
-Você está planejando para passar o seu tempo livre aqui com a
gente, certo? Não que eu esteja reclamando. Ela se separou e pegou seu
prato. Deixe-me aquecê-lo. Ele esfriou enquanto conversamos. Brace sorriu e
sentou-se.
-É isso que você chama? Eu nunca teria descrito dessa forma.
Minha mãe costumava ralhar com meu pai quando ele abraçava e
beijava na frente de Serra e eu. Ele dizia que era uma primeira ordem.
Brace riu, satisfeito que Sarah mantivesse boas lembranças de seus
pais. Suas próprias memórias não eram tão felizes, mas não foi por culpa de
sua mãe que a escola tinha sido tão difícil para ele. Mas agora ele estava
avançando aos trancos e barrancos, graças a Sarah. Ele devia escrever para
sua mãe, quando sua escrita tiver melhorado um pouco.
-Eu acho que sua família gostaria , disse ele.
-Eles estão longe de ser perfeitos, mas nenhuma é, certo?
-Oh, eu não sei, disse ele, olhando para sua comida reaquecida. O
molho virou-se para fumaceando e Brace agarrou o garfo para tentar uma
mordida. E não poderia ser mais delicioso, disse. E a mulher que prepara, da
mesma categoria.
Sarah sentou-se com seu próprio prato e sorriu. Uma expressão de
satisfação feminina iluminou suas feições.
-Gosto do seu estilo, xerife disse, mas seus olhos diziam que estava
mais do que satisfeita com ele.
E isso Brace era perfeito.
As noites foram igualmente satisfatórias para ambos. Para ele,
porque sua leitura melhorou rapidamente e porque também recebeu a
atenção exclusiva de Sarah. E para ela, porque gostava de assistir o progresso
de Brace, ouvindo-o ler melhor todos os dias. Eles passaram longas horas
lendo, suas cabeças presas ao lado da lâmpada, curtindo a companhia um do
outro em uma maneira nova e agradável. Stephen veio e se foi, levando a
lição de casa para eles na outra extremidade da mesa.
-Esta noite está muito divertida disse, fechando o livro sobre
aritmética depois de terminar um longo problema-. Eu nunca gostei de
trabalhos de casa, mas agora o que fazemos juntos como uma família real.
-Nós somos uma família de verdade, Sarah disse
calmamente. Somos uma mãe, um pai e um filho, e isso é tudo o que preciso
para começar uma família. Na verdade, apenas uma mãe e pai podem
começar uma família. Mas é mais divertido quando há uma criança para ser
concluído.
-Como eu? Stephen perguntou, olhando esperançoso com seus
olhos azuis.
=Como você, "=disse Brace. Você é o melhor cara que os pais podem
pedir.
-Mas se a tia Sarah e você tiver mais filhos?
-E se nós não tivermos? Brace respondeu. Eles não serão melhor
tratados do que você, filho. E lembre-se de que você foi o primeiro. Isso faz
você especial.
-Eu nunca pensei nisso dessa forma , disse Stephen. Seu rosto estava
radiante enquanto considerava-. Eu acho que gosto de ser especial.
-Bem, para pessoas especiais é a hora de ir para a cama, disse
Sarah. Você não vai gostar muito de manhã, quando você não puder levantar
as tampas fora durante café da manhã.
-Eu levantarei quando você chamar da porta de meu quarto
assegurou Stephen. E se você fizer panquecas, vou acender o fogo na cozinha
para você.
-Isso é um negócio que não se pode recusar, disse ela, rindo.
Subiram as escadas juntos. Sarah seu braço em volta dos ombros de
Stephen e Brace um passo atrás. E nenhum deles notou a figura na varanda...
Um homem que espreitava pela janela ao lado da porta.
-Eles são tão próximos uns dos outros como três abelhas em uma
colméia, zombou LeRoy, e Lester olhou para seu irmão. Parece que esta
mulher come fora de sua mão.
Lester acenou com a cabeça. Ele concordou com essa teoria.
- Sarah É um tesouro disse, pronunciando o seu nome com o
desejo. Tenho muita vontade de ter em suas mãos. Mas só de pensar sobre
como ela gosta do xerife maldito pôs-me doente.
-Você deseja Sarah? Você? LeRoy disse, boquiaberto-. Eu pensei que
você estava montando todo esse alarde para conseguir a custódia de seu
filho. E se você tivesse um pingo de bom senso, você se esforçaria só por isso,
irmão.
-Do que você esta falando? Lester estalou. Eu tenho feito todo o
possível para manter Stephen. E estava tentando trazê-lo para casa para
conhecer sua família. Você sabe o quão importante é a família para o pai. Eu
pensei que você gostaria de ver seu neto em sua porta. Ele também pode ser
benéfico para mim. Todas aquelas terras e o gado muito dinheiro e ganhar...
Não há razão para não compartilhá-lo com três de nós. Temos que fazer um
acordo.
-Sim, bem, a primeira coisa é para consertar as coisas com meu pai
disse baixinho, seu outro irmão. Você saiu de casa muito errado, e papai
ainda não passou.
-Implicando - O que? O porquê deveria ir para casa e deixar Stephen
aqui sem mim?
Apenas o tempo suficiente para uma rápida visita sugeriu Shorty -
consertar as coisas. Paizinho saber que você vai levar para casa a seu neto, e
pensar sobre isso... Você sabe, esteve doente, Les. Esta pode ser sua última
chance de se reconciliar com ele.
-Acho que vou ter que pensar, Lester disse, ponderando a idéia de
deixar a cidade para ir para o oeste.
-Pode ser uma viagem de dez dias ou mais. E talvez o esforço valha à
pena. Você tem que tomar uma decisão rápida se quer fazer o máximo por
Stephen. Se seu pai morre sem saber que tinha um neto, todos os problemas
que causaram o moleque teriam sido em vão. Pela primeira vez, ele teve um
motivo para ir para casa ver velhos.
E tinha que obter toda a utilidade potencial de Stephen. Talvez ele
pudesse até mesmo convencer Sarah. Ela era muito apegada ao menino, e
Lester sentiu a necessidade de saciar seu desejo pela irmã da Sierra. Seria
como a volta de sua esposa morta se ele pudesse ter sua irmã gêmea.
Mais uma vez ele lamentou a morte de Sierra. Seu temperamento
havia amaldiçoado o pior nele.
A atmosfera no escritório causava em Brace tensão, principalmente
porque o homem que observava Stephen mal conseguia conter sua raiva.
-Então você está se divertindo com o xerife e sua tia Sarah,
hein? Lester disse.
- Eu acho que quero viver com ele a partir de agora.
Stephen olhou para cima e olhou para o pai com um brilho de medo
em seus olhos.
-Eu quero tia Sarah. Sabe pai. Ela sempre foi boa e gentil comigo,
como era minha mãe.
Lester deu uma risada áspera.
-Sim, eu suponho que é. As duas eram muito semelhantes. Na
verdade, sua mãe ainda estaria viva e bem, se não fosse determinada a
seguir os passos de Sarah.
-Eu não sei o que isso significa Stephen disse lentamente. Mas soa a
tia Sarah não gostar, nem gostava minha mãe.
-Sua mãe me amava, Lester protestou.
-Então, por que você estava sempre batendo e era tão mau com ela?
-Só quando ela se comportava mal, disse Lester.
A Brace repugnava a confiança com que ele falou, e teve que conter
não carimbá-lo contra a parede. Que o marido pudesse ser tão insensível a
sua esposa era inconcebível. O simples pensamento de ferir Sarah causou um
calafrio, e sabendo que este animal não hesitaria em atacar sua irmã o
obrigou a estar com todos os seus sentidos em alerta.
-Quem decidiu que se comportava mal ou não? Brace perguntou,
ciente de que sua voz era fria e ameaçadora.
-Quem melhor do que o seu marido? Lester disse com um sorriso
lascivo. Ela pertencia a mim. Então eu era a lei.
-Minha lei não, disse Brace. Todos os seres humanos têm os mesmos
direitos, sejam homens ou mulheres. E nada dá ao homem o direito de ferir
outra pessoa, e ainda menos um que prometeu amor e carinho.
-Belas palavras de um homem que é casado apenas algumas
semanas, Lester disse. Espere as mentiras e enganos de Sarah. Sua opinião
das mulheres irá mudar num piscar de olhos.
-Algumas coisas nunca mudam, Lester. As leis do que é certo e
errado são gravadas em pedra, tanto quanto eu estou preocupado.
- Idealista, Lester zombou. Algum dia você descobrirá que não pode
confiar em mulheres.
-Eu não penso assim, disse Stephen. Ele se esquivou da mão aberta
de seu pai e olhou para Brace. Eu já passei bastante tempo com ele?
-Sim, acho que sim, disse Brace. O juiz não estipulou um horário
específico para a visita. Por hoje podemos terminar.
-Vou escrever uma queixa pelo pouco tempo que me permite ver o
meu filho, Lester estalou. Estou certo de que não é o que o juiz tinha em
mente.
-Bem, temos de perguntar quando você voltar, certo? Brace disse. E
não demorará muito para voltar, Lester. Duas semanas somente.
-Então vamos ver quem é que manda. Lester disse, e deu um olhar
de advertência para Stephen. E você descobrirá quem é o chefe, menino.
Voltou para Brace, e falou com um tom tão triste que colocou um rosto
Brace.
- Houve uma emergência familiar. Então, meus irmãos vieram. Meu
pai está muito doente, e o médico teme não durar muito tempo. Preciso vê-
lo antes que algo aconteça. Acho que não se incomodará com isso, certo?
-Eu acho que o juiz vai entender disse Brace. Quanto tempo você
ficará fora?
-Menos de duas semanas, Lester disse.
-Você deve estar de volta antes que o juiz chegar. Mas eu lhes
digo. Vou mandar um telegrama e vou explicar. Você vai embora?
-Sim. Eu penso que amanhã, se você notificar o juiz.
-Então eu vou, Brace disse, pensando o quão feliz Sarah ficaria em
saber que Lester estaria fora por um tempo.
-Mas não acho que isso faz a diferença em relação ao meu filho,
xerife. Eu vou voltar, e estou determinado a recuperá-lo. Família é muito
importante para o mim. E um pai tem o direito de educar seu filho como lhe
agrada.
Stephen olhou com os olhos cheios de medo quando seu pai deixou
o escritório. Lester atravessou a rua para ir para o hotel e desapareceu nas
portas largas, e só então Stephen respirou de alívio.
-Fico feliz que ele se foi. Eu gostaria de não ter que vê-lo novamente.
-Eu sinto por você, Brace assegurou. Mas nós temos que obedecer
às ordens do juiz, filho. Uma visita e ir embora. E isso faltando duas
semanas. Vamos enviar um telegrama para o juiz Bennett e dizer que seu pai
vai voltar para casa por um tempo. E se o juiz vier na segunda-feira ou terça-
feira, em duas semanas, você terá a última visita e espero que seja a última.
-Meu pai é muito ruim, disse Stephen. Eu espero que nunca tenha a
chance de ferir tia Sarah. Às vezes sonho que dói, assim como ele fez com a
minha mãe.
-Ele lhe batia? Brace perguntou muito atento às palavras do menino.
-Não só isso, Stephen disse com uma voz fraca. Às vezes, eu ouvia o
lamento durante a noite e sabia que ele estava sendo cruel com ela.
Não era difícil imaginar o comportamento de Lester com sua esposa,
pensou Brace. Essa pobre mulher tinha sido muito infeliz.
À volta para casa do escritório foi muito curta. Brace estava andando
na garupa e Stephen, sentava-se montado diante dele. A criança estava feliz
por agarrar as rédeas do cavalo preto de Brace, que terminou prometendo
um cavalo para ele.
-Vamos ver o que eles têm nos estábulos, disse. E talvez Nicholas
tenha um cavalo pronto para ser selado. Vou perguntar quando ele vier para
a cidade.
-Ele tem um muito bom cavalo em sua fazenda Stephen disse,
recordando a sua última visita a casa de Nick Garvey.
-Tem vários comentou Brace. Mas pouco Palomino, o prêmio. Eu
não acho que podemos nos dar ao luxo de comprar, mas Nick pode
certamente encontrar algo. Conhece muitos.
-Podemos ir vê-lo? Stephen perguntou, olhando por cima do ombro.
-Hoje não, Brace respondeu. Mas talvez amanhã. Vou ver se Jamie
pode ficar a cargo do escritório e iremos ver Lin, Nicholas e as crianças.
Brace não ficou surpreso que Stephen correu para fora da porta de
trás quando desceu da sela.
-Brace disse que amanhã vai voltar para casa a partir de Garvey
exclamou o menino, pulando em torno da cozinha e acenando com o chapéu
na mão, como se carregasse a bandeira da vitória.
Sarah riu.
-Eu vejo entusiasmado facilmente, disse, meu jovem, e o encurralou
em um canto para abraçar e beijar na bochecha. Vamos ter de nos preparar
para amanhã, certo?
-Sim, tia Sarah.
-Onde está Brace? ela perguntou, olhando para a porta.
-Ele foi para deixar seu cavalo atrás.
-Não levou para os estábulos?
-Não. Ele disse que queria tê-lo por perto, apenas no caso de uma
emergência para ir a algum lugar, disse Stephen, e virou-se para a porta
assim que Brace entrou.
- Eu acho que será ótimo ter um quintal e um celeiro de cavalos. Ele
disse com um sorriso. Será muito útil quando eu tiver o meu próprio
cavalo. Então, eu posso cuidar dele e alimentá-lo, e escova...
-Não esqueça que você também tem que limpar o seu, Brace parou
e interrompeu, rindo. Ter um cavalo é muito mais do que montar.
-Eu sei. Stephen disse com um ar de superioridade. Eu tenho que
aprender a colocar as rédeas e sela, e nós temos que encontrar uma caixa
alta o suficiente para que você possa me montar.
-Claro, mas primeiro temos que construir um estábulo no galpão, e
até mesmo pensar também em um celeiro. Há espaço suficiente para mais
um, mais o espaço que será necessário para a alimentação do animal. O local
ocupa uma grande quantidade de feno.
-Por que não fazemos um galpão perto do celeiro para
seu? Perguntou Sarah para Brace. Parece mais sensato tê-lo aqui.
-Sem usar o meu cavalo para puxar a carruagem. Brace
disse. Normalmente alugo um cavalo dos estábulos, quando necessário. Nem
uso a rédea o suficiente para tê-lo aqui. Eu não me importo de manter o
cavalo na cidade, mas gostaria de te- luz a mão, se surgir uma
emergência. Agora penso que um celeiro seria uma boa idéia.
-E quando a construção está prevista para começar? Perguntou
Sarah.
-Bem, amanhã, é claro, disse ele, olhando para Stephen, que assistia
como se eles estivessem tramando algo. Amanhã temos de lidar com as
negociações no Garvey House. Você pode não obter os resultados
imediatamente, mas Stephen quer um cavalo para si mesmo, e Nick sabe o
melhor lugar para encontrá-lo.
-Um Cavalo para si mesmo? Sarah repetiu, horrorizada. Você acha
que isso é o suficiente para montar?
-Se não achasse, nem sequer teria mencionado. Brace respondeu
calmamente. É um menino sensível, e é hora de assumir mais
responsabilidades. E que melhor do que aprender a cuidar de um cavalo?
-Que tal um cão? Sarah sugeriu. Eu acho que alimentar e treinar um
cão seria uma boa introdução à responsabilidade.
-Talvez isso também, vamos adicionar um cão. Brace disse. Eu estive
pensando e acho que seria uma boa idéia.
-Um cão? Para mim? Perguntou Stephen muito feliz. Ele se separou
de Sarah e correu para Brace. Você quis dizer isso, pai?
Brace sorriu e parecia ficar maior, enquanto observava o rapaz.
-Você me faz sentir podre de rico, filho. Tínhamos conversado sobre
começar uma família, mas você nunca me chamou... Assim.
-Você quer dizer "Pai"? Perguntou Stephen com um sorriso radiante.
-Sim, isso. Brace disse, acariciando o cabelo escuro do menino. E
então, como se tivesse pensado melhor, ele puxou-o em seus braços e lhe
deu um abraço grande, quente.
Depois de beijá-lo na cabeça, olhou para cima e viu que Sarah iria
começar a tossir e tirou um lenço para enxugar os olhos.
-Eu gosto que sejamos uma família. Brace disse com veemência. Eu
me acostumei muito rápido, e em grande parte devido a Stephen.
Sarah murmurou, obrigado.
- Eu acho que você terminou o dia com uma boa dose de
felicidade para todos nós.
-Nada me faria mais feliz do que para jantar com a minha família...
Comer frango frito que você preparou para esta noite. De qualquer forma,
sentar à mesa com vocês dois já parece perfeito.
-Você está fingindo Stephen disse, olhando para o fogão, onde o
borbulhava o molho na panela. Você viu quando a tia Sarah colocou o prato
no forno quando você entrou.
-Brace admitiu, de fato. E eu vi que estava cheio de frango frito Ela
se virou para o fogão -. A menos que meu instinto me engane, isso não é pão
e purê de batatas com manteiga e leite, e isto... Levantou outra
tampa. Continha feijão verde com bacon e cebolas. Senti o cheiro ao entrar
na cozinha.
-Você pode dizer pelo cheiro? Stephen perguntou, farejando o ar
como se tentasse adivinhar os deliciosos aromas de jantar, que tinha
preparado Sarah.
-Claro, disse Brace. Eu reconheço boa comida quando chego perto o
suficiente para tentar.
-Basta experimentá-lo? Sarah perguntou, arqueando uma
sobrancelha quando colocou três pratos na mesa.
-Bem, tento, admitiu Brace. Tenho a intenção de comer toda a
minha ração. É o privilégio de ter uma mulher que pode cozinhar.
-Fico feliz em viver de acordo com suas expectativas, senhor, disse
Sarah.
-Mais do que você imagina, disse ele, circulando sua cintura com um
braço.
Sim, é uma grande cozinheira - corroborou Stephen enquanto lavou
as mãos na pia.
Brace comentou, entre outras coisas, dando-lhe um beijo na
bochecha Sarah.
-Eu diria que é perfeita em tudo.
-Nós já tivemos essa conversa, ela lembrou.
-Sim, já tivemos , disse ele, sorrindo com satisfação. E minha opinião
não mudou em nada desde então. Você é a coisa mais próxima da perfeição
que uma mulher pode ser.
-Tenho notícias, Brace disse calmamente enquanto, observando
Sarah virou o lençol da cama.
-Espero que seja algo que eu gostaria de ouvir disse, afofando os
travesseiros e sentado na beira do colchão.
-Certamente. Ele não lhe respondeu. - Os irmãos de Lester vieram à
cidade para encontrá-lo. Parece que o seu pai está muito doente. Eu acho
que se a algo de Lester. Se você for capaz de falar com seu pai, pode
encontrar os detalhes financeiros da agricultura familiar e tirar proveito
dela.
-Eu acho que quando nós arrebatamos Stephen, foi com a idéia de
agradar seu pai, disse Sarah.
Eu suspeito que esteja mais interessado em tê-lo, disse ele. Embora
ele possa ter tentado matar dois pássaros com uma pedra. No entanto, tenho
a sensação de que sua prioridade era você.
-É possível. E queria casar-se comigo antes de Sierra. E eu lhe
disse. Eu acho que ele pensou que iria cair em suas mãos uma vez que ela
tivesse ido embora. Creio que esta permissão para me levar para Stephen
após a morte de Sierra.
Estava deitado na cama e puxou o lençol.
-Eu não posso acreditar que você nunca usou um pijama, disse,
observando quando ele se deitou ao lado dela. Eu amaria se você se levasse
um, sabia?
Levaria o que ele disse com um sorriso.
-Eu gosto de estar preparado para qualquer coisa, querida. E eu me
sinto muito melhor sem tantas roupas.
-Desculpe desapontá-lo, mas eu coloquei uma camisola. Ressaltou.
Brace lhe deu um sorriso triunfante e estendeu a mão para ela.
-Não por muito tempo, baby. - Sussurrou com voz rouca. - Não por
muito tempo.
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Brace entrou pela porta dos fundos ao meio-dia, com um sorriso que
parecia anunciar uma boa notícia. Suas palavras confirmaram, e Sarah
engasgou ao ouvir.
-Eu tenho uma surpresa para você, tão impaciente que mal teve
tempo para cumprimentá-la com um beijo, disse.
-Uma surpresa? Repetiu, colocando o prato na mesa quando ele se
sentou e se inclinou para tocar seus lábios na onda do pescoço.
-Eles fazem cócegas disse, estremecendo.
-Eu estava esperando a comida convencer para que você me diga o
que disse sobre a surpresa, tendo seu próprio prato na mesa.
-Feijão verde com presunto e pão de milho. Ele também colocou um
prato com manteiga fresca, e Brace ergueu as sobrancelhas para ela.
-Você já fez isso?
-Ela assentiu com a cabeça.
Eu fui até a loja e estava prestes a comprar manteiga, mas o Sr.
Metcalfe tinha creme de leite fresco, recentemente trazido de uma fazenda
nos arredores da cidade, onde se vendem leite. Eu gosto de usar uma
batedeira de manteiga, e eu encontrei uma em sua despensa. E deu de
ombros. Experimente.
Brace cobriu generosamente com manteiga uma fatia de pão e
colocou na boca.
-Eu estava pensando..., ela disse enquanto mastigava. Poderíamos
começar com uma vaca. Especialmente se você decidir expandir o celeiro
para transformá-lo.
-Eu pensei que você estava mais interessada em ouvir a notícia que
tenho para você, em vez falar sobre uma vaca, Brace disse com um sorriso.
-E eu estou. Afirmou ela. - Mas a idéia de produzir o nosso próprio
leite e creme é muito interessante para mim, xerife.
-Que tal uma visita a sua família? Perguntou ele, incapaz de reprimir
um sorriso quando um papel dobrado do bolso de sua camisa foi
removido. Cuidadosamente, ele desdobrou-o e entregou-o a Sarah.
É um telegrama de meu pai? Perguntou, olhando para o fundo da
página, onde o chefe do escritório tinha escrito o nome de Joshua Murphy.
-Em efeito. Leia em voz alta. Eu acho que eu entendi a idéia geral
quando dei uma olhada, mas talvez eu tenha confundido.
-Duvido, ela disse. Você é meu melhor aluno, querido. Você pode ler
qualquer coisa impressa.
-Graças a você, disse ele -. Devo muito, Sarah.
-Não, nada disso. Tanto quanto eu estou preocupado, iremos ainda
mais rápido, leu o telegrama e seu rosto se iluminou de alegria. Eles estão
vindo aqui. Seu trem chega amanhã, e vão ficar várias semanas. Oh, Brace, eu
estou morrendo de vontade de vê-los. Eu gostaria que não tivesse levado
tanto tempo para decidirem fazer esta viagem.
- Você os perdoa por não investigar a morte de sua irmã? Brace
perguntou um pouco desconfortável.
-Eles são meus pais, disse ela baixinho. Todos nós fazemos coisas
que gostaríamos de mudar, e eu acho que se arrependem por Sierra. Mas
você tem que lembrar que eles estavam lidando com Lester, seu roubo e
fraude, e certamente Sierra de uma maneira responsável. No final, ela se
casou com ele e apresentou-o à família.
-O que você pensou disso?
Sarah pensou sobre a resposta por um momento.
-Eu acho que Lester enganou Sierra, e, obviamente, o meu pai a dar-
lhe um emprego e o acesso aos fundos da empresa.
-Bem, se você pode esquecer a amargura que pode guardá-los, eu
não vou ser menos, disse Brace. E eu acho que eles percebem o que estão
perdendo, Sarah. Entre Stephen e lá há uma conexão que deve encontrar-se
óbvio, e, certamente, desejam compartilhar. Devem tomar terrivelmente seu
neto, e você também.
-Espero,disse, cuidadosamente dobrando o telegrama e guardando-
o no bolso do avental. Eu temia que minha partida tivesse cortado todos os
laços entre nós. Mas eles parecem ter me perdoado.
-Sabiam que você seguia Lester quando você saiu?
-Eles sabiam que Lester levaria Stephen para o Texas, e até mesmo
tentaram detê-lo. Mas você sabe como Lester é. Não deixa nada ficar no seu
caminho.
-Certamente seu pai falou com o xerife de Big Rapids antes de
sair. Eu garanto que seus pais mudaram suas mentes sobre o papel
desempenhado por Lester na morte de sua irmã. Se algo sair dessa, eles
podem ter que ir para casa para depor. E você pode ter que fazer isso
também. Mas certamente que, se você for, vou levá-lo, Sarah.
-Obrigado, ela sussurrou, e levantou-se rapidamente da mesa. Vou
ter que pensar sobre onde eu vou instalá- los. Eu não sei se a cama do quarto
é grande o suficiente. Talvez eu possa mudar alguns móveis ao redor...
-Há uma grande cama no sótão, ele disse. A família que viveu aqui
antes de mim tinha um monte de móveis, e a senhora que me vendeu a casa
deixou tudo. Eu acho que eu vi um par de cômodas e armários lá em cima,
junto com uma frágil cadeira de balanço.
-Eu vou até o sótão esta tarde para dar uma olhada, e talvez
possamos descer algumas coisas depois do jantar.
-O que você quiser, querida, mas aceite, Brace. Mas nunca pegue
nada por si mesma, você está me ouvindo? Advertiu com um olhar severo, e
Sarah assentiu rapidamente.
-Vou esperar por Stephen e você se prometer me ajudar.
-No dia seguinte, os três estavam esperando o trem. Stephen tinha
implorado para ser autorizado a faltar à escola para a ocasião, e Sarah
concordou.
O casal de idosos estava elegantemente vestido. Mrs. Murphy
vestindo um chapéu à moda, e apesar de seu vestido de viagem ter um
pouco de pó, impecavelmente cabia em sua figura volumosa. Enquanto isso,
Joshua Murphy estava vestido como um homem de negócios, com um terno
escuro.
Eu sou o pai de Sarah se apresentou a cinta, estendendo a mão. E
esta é minha esposa, Colleen.
Os dois homens apertaram as mãos, e Josué, em seguida, virou-se
para Sarah, esperando silenciosamente pelo xerife.
-Sarah...
A voz de seu pai quebrou em seu nome. Sarah repetiu, e puxou-o em
seus braços.
-Ela cumprimentou-o calorosamente. Ele rodeou o pescoço com os
braços e o beijou na bochecha.
-Papai. Sussurrou, seus olhos se enchendo de lágrimas.
-Salve um abraço para mim, disse sua mãe, vindo a incluí-lo.
-E quanto a mim? Stephen perguntou, olhando com expectativa
para sua avó.
Colleen sorriu e parou. Ele se inclinou e beijou-o carinhosamente.
-Eu perdi terrivelmente, Stephen disse quando ela abraçou-o,
incapaz de conter as lágrimas. Seu avô e eu ficamos contentes de saber que
você estava aqui com sua tia.
Joshua olhou para Brace.
-Obrigado por deixar-nos saber o que estava acontecendo aqui,
disse ele. Nosso xerife em Big Rapids nos informou que eles haviam reaberto
o inquérito sobre a morte de minha filha, obrigado amigo.
- Nicholas Garvey, disse Brace. Ele é um bom homem, e concordou
em ajudar.
Sarah agarrou a mão dela e puxou Brace.
-Eu me casei meu pai, disse, mostrando sua mão para que ele
pudesse ver o anel de ouro. Seus dedos estavam quase escondidos na palma
da Brace, mas o anel brilhou fortemente.
-Ele nos enviou um telegrama, disse sua mãe à Sarah. Eu gostaria
que tivéssemos estado aqui para o casamento, mas tudo o que importa é que
você seja feliz. E é maravilhoso que você tenha Stephen. Temos estado muito
preocupados com vocês dois.
Existe alguma coisa que deveria saber? Joshua pediu para Brace. Ele
disse em seu telegrama que o juiz iria voltar em breve para resolver a
questão. Quando ele vai estar aqui?
-Em mais ou menos, disse Brace, uma semana. Lester e seus dois
irmãos acabaram de sair da cidade para visitar seu pai. Aparentemente está
bastante doente, e os três irmãos tiveram de viajar para a parte ocidental do
estado. Eles devem estar de volta para a decisão final do juiz. E eu espero
que você também possa estar presente.
-É claro, disse Joshua com firmeza. Temos de fazer tudo o que
pudermos para garantir o futuro de Stephen.
-Obrigado papai, disse Sarah. E você também, mãe. Estou tão feliz
que você veio... Vocês vão ficar muito tempo?
-Todo o tempo que levar para resolver as coisas, sua mãe disse.
Fizemos tudo o que deveríamos ter feito em Big Rapids quando preferimos
olhar para longe. A única desculpa que posso dar é que estávamos tão
despedaçados por Sierra não nos importamos em investigar sua morte. Mas
agora é diferente, nosso advogado está investigando os fatos, pelo xerife e
um oficial enviado pelo governo.
-Bem, parece que tudo está sob controle, Brace disse, e acenou com
a mão para o vagão saindo-. Esse veículo é muito confortável, mas não era o
suficientemente grande para todos, explicou. Estou pensando em comprar
um maior, onde seis pessoas podem caber confortavelmente.
-Realmente? Stephen perguntou, olhando para ele com olhos
arregalados. Isso seria ótimo, pai. E também comprar um cavalo para puxá-
lo?
-Certamente dois, Brace disse. Temos de encontrar espaço para
expandir os estábulos, eh?
-Quadras? Josué disse. Você está construindo blocos?
-Para meu novo cavalo, Stephen disse com orgulho. O que teremos
esta semana, talvez. E temos de transformar o nosso abrigo em um celeiro.
-Por que, eu sou muito bom com uma serra e um martelo disse
Josué. Gostaria muito de ajudar.
-Sua ajuda será bem-vinda, disse Brace. E se virou e pegou duas
malas que tinham sido depositadas na plataforma. Um apito soou, e o trem
começou a se mover. Vamos lá. As senhoras não querem a roupa suja com
fumaça e cinzas.
-Vou levar o resto, Josué disse, segurando as outras bolsas.
Stephen levou um saco menor e levou a carroça para ser deixada
para trás.
-Eu vou voltar aqui para ver as coisas que ele anunciam.
-Eu Vou com você, Stephen, disse o avô. Assim, podemos apanhar
com a notícia.
Tudo bem, o avô disse ao menino, ajudando-o a deixar a bagagem.
Brace pegou as duas malas e ajudou Colleen a subir. Ele ficou no
meio do banco, e, em seguida, sentou-se com sua mãe, Sarah. Em seguida,
circulou o vagão para sentar-se no outro lado do assento.
Menos de uma hora depois, Os Murphy foram instalados em seu
quarto, e a mãe de Sarah teve o cuidado de manter a enorme quantidade de
roupas em armários confortáveis que Brace tinha conseguido. Por seu lado,
os homens cuidar do vagão na parte traseira e deixar os cavalos pastar.
Após uma semana, o trem da manhã partindo do leste trouxe um
homem que foi saudado calorosamente por Brace.
-Bem-vindo juiz. Brace disse com veemência, como se pensando
sobre o problema a ser resolvido naquele dia.
-O menino está na escola? Disse o juiz Bennett enquanto andava
com Brace para a cadeia.
Sim. Eu levo todas as manhãs e à tarde na pick-up.
Bem. Primeiro é manter fora de perigo.
-É assim que vemos a tia e eu. E enquanto eu me preocupo em
manter Sarah segura.
-Você acha que ele corre algum perigo? O juiz perguntou,
estreitando os olhos. Será que o pai do menino ameaçou?
-Eu diria que sim, Brace disse.
- Foi muito insolente, quando terminou a última audiência, e
ameaçou mentiras fora da sala.
-Talvez tenhamos de colocar regras mais rígidas, disse o juiz. Eu
decidi que... Ela parou e olhou envergonhado para Brace. Estive à beira de
quebrar a lei por falar sobre isso, certo?
-Tenho certeza que você vai fazer o que é melhor para Stephen
Brace disse, satisfeito por ver que o juiz Bennett parecia inclinado a Stephen
permanecer sob a custódia de Sarah, mesmo que isso significasse contínuas
visitas de Lester na prisão.
- Precisa pegar um pouco mais cedo à criança da escola, pediu o
juiz. Devemos deixar tudo arranjado depois do meio-dia -na passagem pelo
hotel, fez um gesto em direção às portas. Lester continua neste hotel?
-Brace assentiu e o juiz estava prestes a virar-se, mas Brace deteve
colocando a mão em seu braço.
-Não, ele não está aqui agora. Eu dei-lhe permissão para sair da
cidade por alguns dias. Ele foi com seus irmãos. Seu pai está doente, e eu não
vi nenhuma necessidade de ficar aqui até você voltar. Certamente temos que
adiar a audiência. Você não recebeu meu telegrama?
O juiz franziu os lábios.
-Havia me esquecido, mas sim, eu recebi. Eu penso que nós
podemos realizar o julgamento sem a presença de Lester. Eu vou estar de
volta no próximo mês, se necessário. Enquanto isso, não vejo nenhuma razão
para adiar minha decisão.
Os dois homens entraram no hotel, onde o recepcionista
reconheceu-os e os cumprimentou com um sorriso.
-O que posso fazer pelos senhores? Perguntou.
Simms, rapidamente começou Brace- Se você gentilmente preparar
um quarto para o juiz para um par de noites, eu ficaria muito grato. Suponho
que os três homens que falamos na semana passada deixaram a cidade por
um tempo, certo?
Sim, xerife, disse Bart Simms-. Eles disseram que gostariam de voltar
em uma semana ou assim, e pediu para cancelar seus quartos.
-Bem, disse o juiz, embora não muito provável, se qualquer um dos
três volte hoje, particularmente Lester Clark, informe que hoje vai se realizar
uma audiência na Câmara Municipal após o meio dia. Eu apreciaria isso.
-Claro, senhor, disse Bart. Eu vou deixar-lhes uma mensagem.
-Obrigado, respondeu o juiz, e virou a cabeça para a porta, seguido
por Brace.
-Eu vou ir para casa e voltar com Sarah depois de comer. Você
gostaria de se juntar a nós? Minha esposa é uma cozinheira maravilhosa -
Brace sentiu uma pontada de orgulho ao dizer. Nas últimas duas semanas,
ele se gabava mais do que em toda a sua vida. E também seu pais de Big
Rapids. Gostaria de participar da audiência, porque eles estão muito
preocupados com o futuro de Stephen.
E recusou o juiz dizendo ser impossível.
-Não posso arriscar tendo anteriormente inclinado a balança a seu
favor. Tudo deve ser realizado de forma justa e sem favor a ninguém. Mas eu
gostaria de visitar a sua casa já que você gastou todo esse alarde.
-E certamente era uma bagunça, e pensou Brace, não surpreso que
o juiz rejeitou o convite para comer. Era o que ele esperava.
Sarah tinha a sopa esperando por ele, e Brace abençoou o juiz por
ter perdido a oportunidade de compartilhar esta refeição com eles. Para
encontrar sua esposa na cozinha, o avental amarrado na cintura e fios soltos
caindo sobre a testa e as bochechas, agradeceu ficar a sós com ela.
-Onde estão seus pais? Perguntou em voz baixa.
- Eles se foram disse. Eles pediram para avisá-los quando você
chegasse. Meu pai queria examinar o galpão e as reformas que têm
feito.
Brace segurou-a por alguns minutos, contando sobre a chegada do
juiz e explicando por que ele tinha escolhido comer no restaurante do
hotel. Finalmente, olhou para o relógio e percebeu que estava faltando muito
pouco para o início da audiência.
-Eu chamo os meus pais, Sarah disse, e não levaremos muito para
comer. Você só precisa se lavar um pouco enquanto eu sirvo sopa e foi para a
porta de trás e chamou seus pais com um assobio forte, afiado.
Onde você aprendeu a assobiar assim? Brace perguntou, olhando
surpreendido da pia.
-Eu aprendi com um garoto que vivia com a gente. Sierra ficava com
ciúmes de mim. Ele nunca explicou a ela como um som poderia ser produzido
tendo dedo à boca.
Duas figuras saíram do galpão e foram para casa.
-Você não se esqueceu de como a assobiar, hein? ele disse que seu
pai com um sorriso de aprovação.
-Nunca antes tinha ouvido assobios, Brace disse, quando Joshua
balançou a terra dos sapatos na varanda.
-Aparentemente, minha esposa ainda tem muitos talentos
escondidos e se virou para dizer diretamente a Josué -. O juiz tomou uma
decisão e vai anunciá-la na audiência que terá lugar em uma hora. Colleen e
espero que você se junte a nós. E Stephen recolherei na escola.
-Claro Josué disse com firmeza. O futuro desse menino é a nossa
prioridade. Como a felicidade de Sarah. E eu acho que minha esposa
concorda comigo, estou certo, Colleen?
Colleen olhou para Sarah e assentiu. Parecia que seus olhos estavam
cheios de lágrimas, com os sentimentos à tona.
-Casar-me com Brace tem sido a coisa mais inteligente que já fiz na
minha vida, disse Sarah. Praticamente pedi-lhe sorriu maliciosamente e deu-
lhe um olhar rápido.
-Isso não é verdade, sacudiu. Eu estava esperando para definir uma
data, mas, em seguida, deu o choque na minha vida quando anunciou nosso
casamento na loja, na frente de todos.
-Ela teve sorte de não agarrá-la naquele momento e levá-la para ver
o pastor.
-Típico de Sarah, disse seu pai, rindo.
-Eu não quero estar sozinho no mundo – seguiu Brace. Ele sabia que
tinha família, mas aqui no Texas não tinha ninguém, exceto Stephen, e o fez
muito vulnerável a Lester Clark. E eu estava disposto a morrer em vez de
deixar algo acontecer. Então... Ele fez um gesto amplo com a mão, me casei
com ela. Foi uma jogada muito inteligente da minha parte. Eu tenho uma
esposa, a melhor cozinheira na cidade e a mulher mais bonita no Texas,
todos de uma vez.
Josué estendeu a mão para apertar a seu filho.
-Bem-vindo à família, filho. Você não poderia ter me feito mais feliz.
Sentaram-se à mesa onde as tigelas de sopa, pão e geléia que Sarah
tinha encontrado na despensa estavam prontos.
-Onde você achou estas coisas? Perguntou à Brace, derramando
uma generosa porção sobre uma fatia de pão.
-Na loja, ele respondeu. Um dos agricultores preparava-se para
vender a cada verão. Você ficaria surpreso com quantas dessas mulheres
ajudam a sustentar suas famílias cozinhando e vendendo seus produtos na
loja do Sr. Metcalfe.
-Eu vou ter que ir dar uma olhada, Colleen disse, divertindo-se com a
marmelada. Tem gosto de morangos e muito mais.
-Ruibarbo, Brace disse. É a compota mais popular na cidade.
-Eu nunca provei ruibarbo disse Colleen. Eu só usei para fazer tortas
olhou para Brace com o cenho franzido. Eu acho que não vai ter um ruibarbo
plantado em sua fazenda, certo?
-Claro. Há um canteiro onde a nova grama será vedada.
-Mas vamos ter certeza de que não estará dentro da grama
acrescentou Sarah. Eu não quero que os cavalos comam nem seja pisado.
-Sim, senhora aceitou Brace, e sorriu para Colleen. Você vê o que eu
ensinei bem?
-Eu acho que você ainda tem muita coragem, disse ao jovem,
Colleen. Duvido que qualquer mulher possa dominar completamente,
mesmo assim... Ela fez uma pausa e olhou para a filha. Tão especial como a
minha Sarah.
-Ha Deixe seu pai, lembrou Josué. Sierra e ela estavam sempre
excitadas quando eram pequenas... Elas comiam algumas vezes lentamente,
como se fosse uma comida de festa-. Nós sentimos tanto sua falta
Sarah. Quando saiu, foi como se tivéssemos nada. A perda de Stephen e a
saída de Sarah, causou-nos profunda tristeza.
-Estamos muito satisfeitos em saber que você -esteja casada, disse
Colleen.
-Sinto muito peço- lhes desculpas por não lhe escrever, disse Sarah.
-Eu para anunciei a boa notícia Brace disse. E conhecer uma mulher
tão extraordinária quanto você, deve ser muito sentida por aqueles que a
amam.
Sarah corou e levantou-se rapidamente, pegando sua tigela vazia.
-Está bem, protestou. Eu vou quebrar sua cabeça se você continuar
falando sobre isso. Agora, deixe-me limpar a mesa e depois vamos ver o juiz.
Brace terminou a sua tigela de sopa.
-A Verdade é que gostaria de repetir disse. Mas é melhor eu esperar
até depois da audiência. Agora temos que ir, levantou-se e virou-se para
Sarah. Você está preocupada? Perguntou em voz baixa. Eu não acho que haja
nada a temer. O juiz parecia disposto a conceder a guarda permanente de
Stephen. Quase escapou esta manhã quando saímos da estação.
Os olhos de Sarah se iluminaram com esperança. Ela deixou sua
tigela e colher na pia e voltou para a mesa ao fim para coletá-lo.
-Oh, eu espero que sim Brace, disse com voz ansiosa.
Brace sorriu.
-Mas não se apresse querida. É algo que ainda não pode
falar. Temos de esperar e ver o que acontece.
A audiência tinha sido adiada pela chegada de Lester, que apareceu
apenas quando o juiz deixou o hotel.
-Ele pensou que teria que ir sem mim, hein? Lester disse
sarcasticamente. Felizmente eu estou de volta no tempo. Algo me disse que
era o melhor.
O juiz se recusou a irritar o homem. Eu lancei um olhar e se afastou.
-Eu sugiro que você se junte a nós, Sr. Clark. Eu não quero ouvir mais
uma palavra.
Lester engasgou e foi com o juiz e o Brace pela rua. Então ele viu se
aproximando Joshua Murphy e apertou os olhos.
-Eu deveria ter sabido que ela chamaria seu pai chorando e sua mãe
murmurou. Ela acha que a sua presença irá ajudar a manter o meu filho,
certo?
Do outro lado da rua, Sarah estava esperando na porta da prisão,
com Stephen ao seu lado.
-Eu pensei que você não estaria aqui, disse Stephen, segurando a
mão de sua tia.
Joshua olhou para Sarah e, em seguida, para Brace.
-Você não tem nenhuma chance de ficar com o menino, Clark. Você
é um canalha, e não precisa ser muito inteligente para saber. É melhor calar e
ouvir o que o juiz tem a dizer. Eu duvido que faça rodeios.
-Suas palavras, demonstraram ser válidas, porque o juiz levou muito
pouco tempo em anunciar a sua decisão sobre a custódia de Stephen.
-Acho que a melhor coisa para a criança deve permanecer sob a
custódia de sua tia Sarah Caulfield e o xerife. Essa proteção é eficaz até que
Stephen tenha dezoito anos de idade, ou até que um tribunal superior decida
em contrário. Uma coisa a mais. Stephen não deve ver seu pai novamente, de
acordo com a minha anterior decisão. O martelo bateu na mesa com um
golpe seco. Não há mais visitas. Eu não quero que o menino tenha contato
com o pai.
-Isso veremos, Lester murmurou entre dentes. Vou pegar meu filho,
de uma forma ou de outra.
-Eu caminharia com cuidado, Sr. Clark- O impediu o juiz Bennett. O
que você disse que pode ser considerado uma ameaça, e eu não tolero
ameaças no meu tribunal.
-Há outros tribunais e outros juízes, disse Lester. E um pai não deve
ter esses problemas para obter a guarda do filho.
-Se o pai não é capaz de educar seu filho, a justiça pode intervir em
nome do menino claramente Pronunciou o juiz Bennett.
Lester olhou para Sarah, Stephen, Brace e, em seguida, o Sr.
Murphy, e, finalmente, virou-se para o juiz.
Eu tenho conexões muito poderosas. Minha família é bem conhecida
no oeste do Texas, e prosperaram muito.
-O dinheiro não pode sempre comprar o que quiser, Sr. Clark disse o
juiz. Há coisas mais importantes do que uma carteira cheia. Justiça é uma
delas, e outra é o amor que um pai deve professar por uma criança.
-Isso é um absurdo, Lester retrucou com um sorriso de escárnio. Eu
só vim ver meu pai no leito de morte. Esses são os laços familiares que eu me
importo.
-Eu acredito no direito de um pai para ter uma família real em que
um pai e filho possam ficar juntos.
-Nós temos uma família de verdade, disse Sarah -. Stephen tem um
pai e uma mãe que o amava e se importava.
-Quer dizer que eles mimam e estragam. Lester respondeu com um
olhar que prometia vingança.
-Podemos ir? Stephen perguntou encostado em Brace.
-Ao mesmo tempo, filho. Respondeu ele. - Hoje você não tem que
voltar para a escola. Então Sarah fez você trazer livros. Você pode fazer sua
lição de casa na cozinha com sua tia e avó.
Obrigado. –Sussurrou o menino. Certamente o juiz não deixará você
me levar com ele.
-Claro que não, Brace disse, levantando-se e ajustando seu
coldre. Venha para casa Sarah que andava com um braço e olhou para seus
pais. Esta tarde, eu tenho coisas para fazer, então você vai ficar sozinha por
um tempo.
-Nós também temos que fazer Sarah disse. Temos de encontrar um
bom nome para um cão de Stephen.
Os olhos da criança iluminaram- se a isso.
-Eu ainda não tinha pensado sobre isso, tia. Vamos ter de pensar
muito bem, tia Sarah. E também temos de escolher um nome para o cavalo,
se queremos mudar isso.
-Em efeito. E também precisamos começar a falar sobre as suas
responsabilidades, Stephen. Você sabe, sobre a limpeza do celeiro e educar o
seu cão para sair quando precisar...
Ele olhou Brace e seu pai para pedir ajuda. Os dois riram e se
abaixou Josué para falar com o neto.
-Sua tia está dizendo que devemos ensinar o cão onde se
aliviar. Atrás da casa pode ser um bom lugar.
-Prometo mostrar. disse Stephen. Vou amarrar uma coleira e levá-lo
fora até que ele possa sair sozinho.
=Acho que estamos no caminho certo. Brace disse com um sorriso
de aprovação.
Eles deixaram a sala juntos. Avós escoltando Stephen, com seus de
seus livros, e Sarah pressionada contra o lado esquerdo do Brace, deixando a
arma livre e prontamente disponível. Brace se perguntou quando o tempo
teria de vir a usá-la.
Capítulo Onze
-Eu me sinto como se e tivesse tirado um grande peso dos ombros
Sarah disse, suspirando de satisfação enquanto coberta com um cobertor.
A casa estava em silêncio. Stephen há muito havia ido para a cama, e
os pais de Sarah estavam em seu quarto, no outro extremo do
corredor. Stephen tinha algumas dúvidas sobre a decisão do juiz e decidiu
perguntar a Sarah e Brace. Ele não queria manchar o seu bom humor, mas
ele sabia que a coisa toda devia ser clara.
-Stephen queria saber se havia alguma maneira de Lester alcançá-lo,
disse. Temos de estar alerta, Sarah.
-É hora de começar a praticar com um rifle ou uma arma? Perguntou
em tom de desgosto, e virou-se na cama para enfrentá-lo.
-Eu não acho que ele disse, encontrando-se ao lado dela. Sempre
mantenha as portas fechadas e não muito longe de Stephen, você estará
segura. Lester é esperto demais para fazer algo estúpido. E a presença de
seus pais também é um impedimento.
-Não conte com isso, advertiu Sarah. Olha o que ele fez em Big
Rapids, roubando a empresa do meu pai.
-E há outra coisa Brace disse. Eu pedi para Nicholas investigar
movimentos de Lester em Big Rapids. Como um banqueiro, você pode
acessar muitas informações inacessíveis para mim. Mesmo um xerife tem
recursos limitados. Nicholas vai investigar para mim. Quando se trata de
dinheiro, não há ninguém melhor do que ele. E todo aquele que deixou um
rastro pode ser facilmente localizado. Eu suspeito que Lester não se
preocupou em cobrir seus rastros. Sem dúvida, acreditava que seus sogros
iriam fechar os olhos.
-Não fizeram até quando finalmente perceberam o que tinha feito
Lester. disse Sarah. Meu pai pediu ao banco todas as informações sobre os
fundos que estavam sob controle de Lester. O problema era que não havia
nenhuma prova tangível.
Brace bocejou e virou-se para ela.
-Nicholas vai cuidar de tudo para nós, querida. Não se preocupe com
nada agora... Só cuidar do bem.
-O que você precisa exatamente? Perguntou, sorrindo para luz de
velas.
-Somente você, Sarah. Só você.
Suas mãos a agarraram, e ela se lembrou mais uma vez da paixão
que Brace era capaz de obter. Seu desejo por ela parecia ilimitado, e a
felicidade que a fazia sentir era quase incompreensível.
Brace colocou sobre seu peito e trouxe o rosto para beijar cada
polegada de pele que pudesse alcançar.
-Eu prometo que não vou fazer nenhum barulho, ele sussurrou, e ela
abafou um riso em seu peito.
Ele se mexeu um pouco e trouxe sua boca para a dela. Ele a beijou
com avidez enquanto suas mãos queimando através de seu corpo, parando
para acariciar seu lugar favorito com os dedos. Ela se contorceu com prazer e
junto ao corpo masculino, assolada por um intenso desejo que
embargava. Ele abriu as pernas e sentiu a pressão de sua ereção contra sua
barriga. Então se levantou e pegou um firme membro na posição vertical.
-Posso fazer isso? Sussurrou, e para Brace parecia que sua voz era o
exemplo de inocência feminina. Sua Sarah ainda tinha muito a aprender.
-Bem, é claro que você pode, respondeu com dificuldade, as duas
palavras seguidas mal articuladas. - Você pode fazer o que quiser baby. Se
você me quer, você sabe como fazer as coisas.
-Eu não sabia que poderia fazer bem, disse ela, sentindo a dureza da
ereção regando as profundezas de seu corpo.
-Eu vou me surpreender de quantas maneiras podem ser, brincou
ele.
-Eu não sei como ir, disse ela, beijando-o no pescoço.
-Use Sua imaginação, querida, ele murmurou. Tenho certeza que
você vai pensar em alguma coisa.
E assim foi. Com uma paixão desenfreada, Sarah procurou e
encontrou o prazer para ambos. Brace balançou debaixo dela, todos os
músculos tensos, abraçando-a com força para os dois órgãos participar de
uma maneira nova e maravilhosa. Sarah gemeu e suspirou contra seu peito,
abafando os gritos para não ultrapassar as paredes da sala. Ele a pegou pelo
caminho desconhecido das conotações sexuais, e ela se deliciava com os seus
ensinamentos e respondeu muito satisfeita em cada toque, cada instrução
que ele sussurrou em seu ouvido.
-Eu te amo, ela disse, e repetiu as palavras como se seu coração não
pudesse conter a emoção que transbordava de seus poros.
- Ah, Sarah, ele murmurou -. Você é incrível. Eu nunca pensei que iria
encontrar uma mulher como você.
Eles se abraçaram no meio da cama em um abraço que envolveu
mais de seus corpos derretendo em um. Era como se o amor que possuíam
tanto, e felicidade que enchia suas vidas e não lhes permitissem separar uma
da outra.
Grandes mãos se moviam pelo corpo de Sarah, tocando e
acariciando seus seios, quadris, pernas, pressionando contra ele, absorvendo
a sensação de sua pele sedosa, o calor de sua feminilidade, o fogo da sua
paixão.
-Não devia usar o vestido? Perguntou ela. E se Stephen ou minha
mãe vir amanhã para nos acordar?
-Ela assegurou-nos não fazer, disse Brace. Eu tranquei a porta. Além
disso, eu sempre chego antes Stephen. E se sua mãe se levanta cedo, você
pode preparar o seu negócio de café da manhã.
-Eu estaria dormindo até o meio-dia, ela murmurou. Estou exausta,
Brace. Você deixou-me limpa. Eu me tornei uma mulher insaciável.
-Como eu, parece aperfeiçoar- se, ele disse. Nunca deixe de me
amar, Sarah.
-Isso é impossível, disse ela com veemência, como se de um
juramento.
-Eu vou cuidar de você, ele sussurrou em seu ouvido. E não vou
deixar nada acontecer com você, querida.
-Eu sei. Você me faz sentir segura e amada.
E disse muito mais.
Capítulo Doze
Eu escrevi uma coisa que eu gostaria que você lesse Sarah. Brace
disse, segurando um papel em sua mão quando se sentou na frente de sua
esposa. Sarah ficou surpresa com sua mão tremendo um pouco.
Ele pegou a folha e colocou em cima da mesa na frente dela. Era
uma carta à família de Brace, de 15 de Junho de 1901, e começou com
Queridos papai e mamãe. A escrita era um pouco caótica, mas cada palavra
tinha sido escrita com grande cuidado, e as sentenças foram
meticulosamente alinhadas na folha, como se Brace quisesse se esforçando,
porque a aparência era limpa e arrumada. Sua carta não corresponde ao tipo
de escrita mais comum, mas uma mistura de impressão e tinha praticado por
longas horas na mesa da cozinha.
Sarah leu a carta rapidamente, o coração acelerado, e um sorriso
que traiu o orgulho que sentia por seu pupilo. Alcançar a linha final suspirou
e correu o índice para as palavras tinham reunido o dedo de Brace.
-Estou tão orgulhosa de você que poderia explodir com voz rasgada
de emoção, ficando a lâmina no bolso do avental. Então se levantou e
aproximou-se dele para abraçá-lo.
-Nós podemos fazer melhor, disse ele, rindo. Parecia imensamente
satisfeito. E de fato ele estava a julgar pelo olhar de satisfação no rosto
brilhando.
Tal era o orgulho saltando, Sarah não pôde conter a emoção e quase
explodiu em lágrimas.
Brace empurrou sua cadeira para trás da mesa e ela sentou-se em
seu colo. Ele a abraçou com força e sussurrou palavras doces em seu ouvido,
em seguida, delicadamente beijou-a na pele do pescoço.
Ela se aconchegou contra ele, feliz por estar tão perto do homem
que amava. Ele não se importava que sua família os visse se abraçando. Na
verdade, ele tinha descoberto nas últimas semanas que seus pais
encontraram grande prazer em companhia um do outro, algo que ela nunca
tinha tido conhecimento. Ela sempre soube que havia amor em sua família,
mas a relação entre seus pais era um mistério para ela.
Ela deixou o abraço de Brace, um homem orgulhoso que era ainda
mais orgulhoso da inteligência que lhe permitiu avançar tanto a sua
educação.
-Podemos enviar amanhã? Perguntou, e ele balançou a cabeça
rapidamente.
-A carta de Sarah do bolso, desdobrou com cuidado e releu as
palavras que Brace tinha trabalhado tão duro para escrever.
Era um resumo de sua vida, escrito de uma maneira lógica e
consistente. Ele começou a falar sobre seu trabalho como defensor da lei, e
continuou com o seu casamento. Falou com orgulho de Stephen, detalhando
a chegada dos pais de Sarah e que planejavam ficar em Benning. Mas o
destaque da carta foi à descrição feita de sua esposa, sua beleza, suas
habilidades e a felicidade que levara para sua vida.
Sarah leu uma segunda vez, de forma mais lenta do que a primeira,
e desta vez não poderia impedir seus olhos se encher de lágrimas.
-Eu não tive a intenção de fazer você chorar dele, disse, enxugando
os olhos com o lenço, que tinha sido sanado naquela manhã.
-Estou muito orgulhosa de você, ela sussurrou. Uma mãe que ler
esta carta ficará muito feliz, sabe?
-Isso espero. As outras cartas que eu enviei alguém escreveu para
mim. Meus pais estavam começando a falar sobre a necessidade de enviar-
me uma esposa. Eu temo que não me consideram inteligente o suficiente
para encontrar a minha própria esposa. Eu acho que é por isso que queria
que você soubesse o quão feliz sou contigo, e a mulher maravilhosa que você
é.
-Sinto-me lisonjeada, segundo ela, sorridente, beijou a ponta de seu
nariz. Mas eu adoro isso.
Suas bocas se encontraram, e foram vários segundos antes da voz da
mãe penetrar sua cabeça.
-Sarah? Da porta da cozinha, Colleen olhou desconfiada para sua
filha. - Incomodo?
-Podemos continuar essa discussão depois, Brace disse rapidamente.
Sarah viu e corou e era muito consciente de sua ereção pressionada
contra suas costas. Ele segurou-a em seu colo, e ela não reclamou satisfeito
por permanecer nessa posição.
-O que é isso, mãe? Perguntou, notando o sorriso radiante de sua
mãe.
O cão de Stephen chegou. Colleen anunciou. Nicholas trouxe- o em
seu transporte.
-Onde está Stephen? Brace perguntou, levantando Sarah.
-Lá fora, na parte de trás. Onde você acha que estaria? Colleen
disse. Ele está sentado no chão com o filhote no colo e seu rosto brilhando de
felicidade.
-É uma sorte que terminou a escola, disse Sarah, rindo. Vai estar
ocupado treinando o cão por um tempo. Pelo menos vou retirar uma carga
dos ombros, mostrando onde se aliviar.
-Vamos ver, propôs Brace. Stephen certamente quer mostrar o seu
novo animal de estimação.
Em efeito. O garoto orgulhosamente segurava o cachorro. O animal
tinha crescido consideravelmente desde a primeira vez que viram, e tinha
quase cinco semanas. Ele continuou se movendo, e Nicholas disse que era
muito inteligente.
-Eu pensei que ele era jovem demais para ser separado de sua mãe,
mas aprendeu a comer de uma tigela e eu acho que se tornou bastante
independente, explicou. E sabia que Stephen estava disposto a tê-lo, então
eu disse a Lin que eu iria trazê-lo, olhou de lado para Brace e sorriu. Ela
derramou algumas lágrimas ao dizer adeus a ele. Você vai achar que é muito
difícil quando o último filhote de cachorro nas mãos de seu novo
proprietário.
Por que você não lhe deu um? Perguntou Sarah. Em uma grande
fazenda como a sua dois cães vão muito bem.
Eu tenho dois cães, ele respondeu. A fêmea fica. Lobo tem uma
queda por ela, e Amanda reivindicou a posse. A chama de Pie, e não vamos
tolerar qualquer um removê-la.
-Estupendo. Disse Sarah. Mas também ter três cachorros seria
ótimo.
-Talvez me delicie um maior quando lobo quando estiver crescido,
disse Nicholas, e muitas pessoas preferem comprar um cão treinado para ser
um cão de guarda. Qualquer filhote de lobo é um bom exemplo, sem dúvida.
-Eu aposto que Lin tem algo a dizer. Eu disse a Sarah Brace disse
calmamente, mas Nicholas ouviu-a e deu-lhe um sorriso.
-Talvez você esteja certo, mas não custa muito manter cães, e Lin
certamente vai gostar deles. Eu gosto de fazê-la feliz.
Bem, para o nosso filho se você tiver feito Brace feliz, eu disse, e os
dois homens observavam o cachorro lambendo o rosto de Stephen e
amontoados em seus braços pequenos.
-Eu acho que ele encontrou uma boa casa, disse Nicholas, olhando
com ternura a criança e o cão.
Sarah ficou surpresa ao ver sua expressão. Nick não era um homem
para esconder seu nervo exposto, mas a pitada de carinho feita por Sarah
ainda tinha mais carinho.
-Quanto devemos? Perguntou Brace.
-Nada, lhe respondeu. O que você tem aqui é de valor superior a um
milhão de dólares, disse a Stephen e sorriu. Espero que, quando meu filho
crescer e se torne tão grande quanto o seu.
-Certo que ele vai, Sarah. Não pode ser de outra forma.
O jantar foi muito animado com a novidade do novo animal de
estimação. Joshua tinha passado uma hora fazendo um colar de uma parte
desgastada de pastoreio, mas o Urso não achou muita graça.
Ele acostuma, previu Joshua Stephen olhou como afligido o
cãozinho. Às vezes é preciso um par de dias para aceitá-lo, Stephen. E tenha
em mente uma coisa: Você pode sentir-se muito só quando é hora de dormir,
porque ele sentirá falta de seus irmãos. Mas se você sentar-se com ele até
que ele adormeça e deixar algo quente contra o que possa enrolar-se, vai
ficar bem.
-Como é que você sabe tanto sobre cães, avô? Perguntou
Stephen. Eu não sabia que você tinha tido animais.
-O Tinha quando criança, disse seu avô. E quando encontramos um
lugar para morar por aqui, eu também poderei ter um cão.
-Talvez Nicholas ainda tenha filhotes, em seguida, Stephen disse
esperançoso. Ou a fêmea pode ter outra ninhada.
-Para essa, falta tempo suficiente disse Sarah. Parece mais provável
que o cachorro de Nicholas pense permanecer pronto para mudar de mãos.
Na hora de dormir, Stephen estava abraçando o cachorro, em um
cobertor pelo fogo. Embora o verão estava ao virar da esquina, as noites
ainda estavam frescas, e Stephen teve que convencer o filhote que não
precisava de um cobertor para se aquecer.
-A Pele do cão o mantém quente, disse Brace, acariciando Stephen
Urso mostrava o esfregão grosso do pelo que cobria o cachorro.
Satisfeito com a demonstração, o menino foi para a cama, seguido
de perto por seus avós. Uma hora mais tarde, Sarah e Brace, também tinham
deitado. De repente, Sarah sentou-se com um salto e levou a mão à boca.
-O que é isso? Perguntou Brace. Está bem?
Ela assentiu, e Brace percebeu que estava rindo, sufocando uma
risada com a palma da mão.
-Acabei de ouvir Stephen fora do quarto. Certamente está indo para
a cozinha para dormir com seu cão. Ela trouxe os joelhos contra o peito e
abraçou, como se debatendo entre a necessidade de trazer a criança para a
cama ou deixá-lo fazer o que quisera-. Acredita que…?
Não, eu não acho. Interrompeu, sabendo o que ia perguntar. Nada
vai acontecer com ele por uma noite de sono no chão. Amanhã tiramos o
cobertor cão ao lado de sua cama. Isso parece bem, querida?
- Leu meu pensamento, certo? Ela disse, olhando para ele. Eu não
posso manter nada em segredo. Tão bem você me conhece?
-Eu sei o que você angustia ele admitiu, estendendo o braço em sua
direção. Esqueça Stephen por um tempo, Sarah, e deixe-me mostrar como
você bem sabe.
-Hmm... Ela murmurou, aconchegando contra ele. Eu acho que eu
gosto do som disso.
A casa que eles encontraram era pequena, mas Colleen disse que
eles não precisam de um andar superior e dois quartos já eram suficientes
para manter tudo limpo. Os quartos eram bastante espaçosos e a cozinha
tinha um fogão novo brilhante. Colleen e Sarah tomaram as medidas das
janelas e começaram a fazer as cortinas, enquanto Josué e Brace arrumavam
a casa para a mudança.
Eles enviaram uma carta ao seu advogado em Big Rapids com
instruções para vender a casa e enviar o seu mobiliário, e fazer os arranjos
necessários para que as coisas ir de trem.
Colleen estava preocupada de que alguém entrasse em sua casa em
Big Rapids e encontrasse empoeirado ou desordenado, mas Joshua
tranqüilizou.
-Tudo está impecável, disse. Você saiu de casa como você gosta,
querida. Ele virou-se para Sarah e riu. Sempre tem que deixar tudo como
perfeito, apenas no caso de algo acontecer e não poder retornar. Ela não
quer que ninguém pense que não é uma boa dona de casa.
Sara riu, mas depois ficou séria.
-Eu entendo muito bem, mãe. É arrepiante pensar, certo?
-Eu sabia que você ia entender, a mãe dela disse. Afinal de contas,
somos mulheres, acrescentou, como se isso encerrasse o assunto.
No final de julho, a casa tinha sido cuidadosamente limpa e
decorada com móveis que vieram do Big Rapids. Algumas coisas
permaneceram armazenadas no sótão, e Colleen pendia cortinas e tapetes
espalhados em todos os lugares. Alguns móveis novos a de um catálogo da
Sears em Chicago. Tudo o que restou foi instalado, e toda a família estava
disponível para isto com entusiasmo.
Colleen havia se apaixonado com uma máquina de lavar roupa, e
uma vez viu Brace aliviou a tarefa cansativa de fundição propôs obter uma
para casa. Sarah não se opôs. Ela estava cansada de esfregar a roupa na pia, e
mais do que disposta a incluir máquina moderna na lavanderia.
No final de agosto, Brace e Sarah receberam a notícia animado de
que assim, sem mais impiedosamente, levantou e levou-a para o quarto. Ele
fechou a porta e começou a despir-se, sem perder tempo.
-Brace! Ela disse sem fôlego. O que você está fazendo?
Brace a despiu na frente dele, admirando as linhas elegantes da
figura feminina, e franziu a testa.
-Eu não vejo nada, disse. Como você sabe que há um bebê lá
dentro?
Ele colocou a mão em sua barriga, e ela riu ao ver a expressão de
perplexidade no rosto enquanto ele gentilmente pressionou o berço que a
natureza fornecia para acomodar uma criança por nove meses. Ou, para ser
mais preciso, para sete.
-Eu tenho todos os sintomas, ela disse. Minha mãe diz que parece
que vamos ter um filho dentro de sete meses.
-Por que você esperou tanto tempo para me dizer? Perguntou
ele. Desde quando você sabe?
-Não muito, disse ela. Falei com minha mãe ontem, e ela disse que
parecia muito provável.
-Eu acho que não pensei muito sobre isso admitiu ele. Eu deveria ter
percebido que eu não tinha tido aquela... coisa de mulheres.
-Falta De que "coisa de mulheres", como lhe chamam, é uma quase
certeza de que há um bebê a caminho.
-Aonde vai? Ela perguntou a ele.
-Vamos precisar de um berço que bebês usam, certo? E uma cadeira
alta para assentar à mesa, e...
-Não precisa de nenhum neste momento, ela interrompeu. Podemos
usar uma caixa ou uma cesta ou até mesmo uma gaveta por um par de meses
até que decidimos comprar móveis para ela.
-Ela? Ele repetiu intrigado. O que quer dizer "ela"?
-Poderia ser uma menina.
-E também, disse um menino, então pensou por um
momento. Apesar de já ter um filho. Eu acho que uma menina está bem.
-Ora, muito obrigado. A verdade é que eu não acho que faça
qualquer diferença que seja desde que seja um bebê saudável.
Brace abraçou-a.
-Sinto muito, ele sussurrou com carinho. Você sabe que eu não me
importo se é um menino ou uma menina. Estou muito feliz que nós teremos
um filho. Eu não tinha pensado muito sobre isso, mas acho que quando duas
pessoas fazem amor tão freqüentemente como nós fazemos, temos de estar
preparados para essa possibilidade.
-Oh, Brace... Ela murmurou, rindo. Eu acho que você está certo. Eu
não tinha pensado nisso dessa forma.
-Eu só quero deixar uma coisa bem clara, disse ele. Nosso bebê não
vai dormir em uma gaveta. Nós vamos comprar um berço ou eu vou fazer um
para ele. Tenho certeza que seu pai ficará feliz em ajudar. Pelo que tenho
visto até agora é muito bom em madeira.
-Assim, ele é. Admitiu Sarah. Minha mãe fez todos os tipos de coisas
para a casa. A próxima vez que você visitar, olhe para a mesa ao lado da
janela do quarto, e o armário da cozinha onde minha mãe mantém os
pratos.
-Decidido. Brace disse com satisfação. Vamos comprar um berço e
um colchão. E nós também podemos comprar tecido para você e sua mãe,
roupas de bebê. Esse tipo de tecido macio tipo fluff e... você sabe o que
quero dizer.
Sarah disse: Flanela, com um sorriso. Estou tão feliz... Nós nunca
levantamos a possibilidade de ter filhos, mas agora estou em uma nuvem. Eu
fui abençoada por Deus, Brace. Soa ridículo isso?
-Não, disse ele. O oposto. Eu acho que cada criança que nasce é uma
bênção. Então eu não podia suportar que Lester agisse tão errado com
Stephen. Eu não entendo como alguém pode deliberadamente prejudicar o
seu próprio filho. Ou qualquer que estão sob sua responsabilidade. Então,
para mim, uma mulher e uma criança são um dever sagrado, e um homem
deve respeitá-los e tratá-los da melhor maneira possível.
-Bem você seguiu este princípio, é claro, disse ela. As palavras de
Brace tinham tocado, e a fez ver o caráter bom e nobre do homem que ela
estava casada. Eu te amo, Brace. Eu sei que eu já disse isso antes, mas às
vezes sinto que o amor me oprime e eu não posso contê-lo. Eu não sabia que
poderia amar alguém como eu te amo. Você é o melhor homem do mundo, e
eu estou muito feliz que você é meu.
Ele olhou para ela e, pela primeira vez desde que o conhecia, Sarah
viu seus olhos se encheram de lágrimas.
-Eu conheço há muito tempo, Sarah, mas quando você diz isso em
voz alta Sinto que sou privilegiado. Eu sabia que você me amava na nossa
noite de núpcias, quando você me deu sem reservas. Você não poderia ter
feito se você não tivesse sentimentos tão fortes para mim -o corpo tremia
quando ele a abraçou. Eu nunca disse a uma mulher que eu
amo. Possivelmente por que ... bem, ouça-me, querida. Eu te amo, Sarah
Murphy. Eu te amei desde que vi você. Uma vez eu disse a você que não
amava, mas que não era verdade. Só não iria admitir isso. Eu quero que você
saiba que eu vou fazer tudo ao meu alcance para merecer seu amor pelo
resto da minha vida.
-Você tem que ganhá-lo, disse ela, sentindo seus próprios olhos
também cheio de lágrimas. Agora que você ganhou, ela apertou firmemente
contra ele, como se uma parte de seu corpo, e sua boca procurou seu
pescoço.
Ele tomou-a nos braços e correu as mãos nas curvas de sua figura
esbelta.
-Não é preciso muito tempo, certo? Disse ele. Quero dizer, antes de
sua barriga crescer muito em tamanho não posso ficar tão perto.
Eu tenho certeza que vamos encontrar um caminho, disse ela,
sorrindo para a fundamentação da Brace. Durante séculos, as pessoas se
abraçam, mesmo quando as mulheres estão grávidas de nove meses. Não
seremos diferentes dos outros, e correu os dedos pelo cabelo. Claro que você
pode pensar em alguma forma para que possamos aconchegar, mesmo com
um bebê no meio.
- Sim, disse ele com um sorriso. Estou pensando em algo.
- O correio foi entregue diariamente para Titus, quando o trem da
manhã chegou a Benning, e se Sarah estava na cidade, gostava de parar e
falar com ele e depois ir para casa com a correspondência recebida por Brace
regularmente. Algumas letras tinha a ver com o trabalho, e afastava- se para
bloquear o que iria ler.
Naquele dia também atingiu um extenso catálogo, e Sarah esperou
impacientemente referência uma vez quando tinha terminado com o
trabalho doméstico.
Mas mais importante do correio era uma carta para Brace e cujo
remetente era um John Caulfield. Reconhecendo que haviam enviado a carta
para Brace, ele pegou o envelope duro e quase se esqueceu de agradecer a
Tito.
A prisão foi sua primeira parada. Ela ficou em silêncio e olhou para a
figura familiar de seu marido. Foi no final da sala, olhando pela janela com o
cenho franzido, como se imerso em um dilema profundo.
-Bom dia, Sarah o cumprimentou casualmente, como se fosse um
dia normal e não uma ocasião especial para Brace, podia aproximar-se de
seus pais.
-O que quer dizer "bom dia"? Perguntou, virando-se para ela com
um sorriso. Sua carranca tinha desaparecido em um instante. Eles são
melhores do que bom, Sra. Caulfield. Se bem me lembro, esta manhã me
cumprimentou com um beijo.
-Sim, isso eu lhe respondi. E você se aproveitou da minha boa
educação. Também este lugar... Ela parou e olhou em volta com uma
sobrancelha arqueada-. Este lugar não é convidativo a essas travessuras.
-Travessuras? Assim, é isso que você chama? Ele sorriu e se
aproximou dela com os braços estendidos. Vamos ver se eu posso atualizar o
seu vocabulário, mantendo a memória dela, esmagando a carta entre eles. É
muito difícil segurar com tudo isso, ele queixou-se, olhando para a carta
como se fosse viva e foram interpostos entre ele e sua esposa. Vamos
esquecer por hora as cartas.
-Não se esqueça, quando você quer ensinar o que veio a vocês nesta
manhã, disse ela, erguendo a voz e seus olhos se encheram de lágrimas.
-Sarah?
Pegou a correspondência dos braços e jogou-a sobre a mesa. O que
há de errado, querida? Seja o que for eu vou consertá-lo. Não chore, por
favor.
Com nada para agarrar, Sarah levantou as mãos para os ombros de
Brace e deslizou até a base do pescoço.
-Eu não estou chorando, protestou. Eu só quero que você abra o que
veio para você.
-Do que se trata? Outro mandado de busca? Ou é uma carta do juiz?
Ela balançou a cabeça.
-Nada disso. É mais importante do que qualquer ordem de
detenção.
Brace franziu a testa.
-Fala sério? Perguntou. Ela disse, balançando a cabeça e se inclinou
para beijá-lo brevemente. Nesse caso, vamos olhar juntos.
Ela rapidamente olhou para a carta na pilha e entregou. O envelope
era dirigido ao xerife Caulfield, Benning, Texas. Brace arregalou os olhos
quando ele virou e leu o endereço de retorno. Ele tentou sorrir, mas seus
lábios tremiam.
-É do meu pai murmurou.
-Eu sei. Sarah disse.
Sua apreensão cresceu, apertando o coração. E se a carta não fosse
o que ela esperava? Ele desejava que a carta fosse a aceitação de um filho, a
aprovação de seu pai pelo que ele tinha alcançado... E talvez uma recepção
calorosa para a sua esposa também.
Brace abriu o envelope e tirou uma única folha, coberto de cima
para baixo com letras pretas. Ele olhou para ela por um momento e, em
seguida, entregou a Sarah.
E disse, tenho a visão turva.
Era verdade, mas Sarah sabia que não era a única razão. Brace temia
que seu pai lhe diria na carta, e talvez seria mais fácil do que ler.
Ela leu as primeiras linhas acima e seu coração e se acalmou um
pouco.
-Sua mãe e diz que está feliz por ter recebido a sua carta,
começou. E então ela diz: "Estamos satisfeitos com o sucesso que teve em
Benning. Ser um agente da lei é uma profissão para a qual deve se
orgulhar. Temos certeza de que você cumpre sua missão com dignidade, e
espero que o seu sucesso se reflita também em sua família. “Então você
precisa de uma nota de sua mãe. Ela está feliz que você tenha encontrado
uma mulher, e muito surpresa que você fosse capaz de escrever uma carta
sem ajuda.
-Se ela soubesse..., disse ele. Nunca teria passado pela minha mente
escrever se você não tivesse acreditado em mim, baby.
-Era só preciso de alguém para animar você, respondeu ela. Você
estava mais do que pronto para assumir e mergulhar. Estou muito orgulhosa.
-Eu sei, ele baixou o olhar para o papel que ela ainda tinha na
mão. Quer terminar?
-Não muito mais. Só que eles dizem que gostariam de vê-lo, e se
você pode tomar um pouco de tempo no seu trabalho, gostariam que você
vá visitá-los. Sua mãe quer se vangloriar sobre seu sucesso com as pessoas na
igreja e talvez realizar uma recepção para o nosso casamento.
-Nós não vamos a lugar nenhum, declarou ele categoricamente. Não
enquanto você estiver grávida. Vamos escrever e dizer-lhes que seu primeiro
neto está a caminho e que devemos ficar em casa.
-Talvez eles possam vir aqui Sarah sugeriu
esperançosamente. Gostaria de conhece- los. E quero que eles vejam você
em ação.
-Na ação? ele repetiu com uma careta. Como é isso?
-Já sabe. Vestido de preto, com a estrela no peito e arma pendurada
em seu cinto.
-Eu pensei que você não gostasse da minha arma.
Só quando ele está em minha direção, disse ela. Eu ainda sinto
calafrios quando me lembro daquela noite.
-Eu disse que você não teria ateado fogo, querida. Quando eu vi o
seu cabelo e como ficavam aquelas calças, tudo que eu queria era levá-la
para casa comigo. Ela riu e relaxou contra ele. - E agora acho que para me
manter o resto da minha vida. Espero que você entenda.
-Sim, senhor, disse ela, obediente, e separado para obter a
correspondência espalhada sobre a mesa. Ele vasculhou as letras que parecia
dirigida a Brace como xerife. Isso é tudo. Vou levar o resto para casa.
-O que vamos fazer com os meus pais? Ela perguntou a ele. Nós não
podemos ir vê-los. Mas eles podem vir como você sugeriu. O que você
acha?
-Eu acho que você deve escrever outra carta e dizer-lhe. Tenho a
sensação de que ele ficaria feliz em aceitar um convite. E agora que os meus
pais vivem em casa, temos espaço suficiente para os visitantes.
-Falando de seus pais, disse ele com um sorriso, quando você pensa
dizer sobre o bebê? Eu sei que sua mãe suspeita de alguma coisa, mas nós
temos que torná-lo oficial. E Stephen?
- O que tem ele?
-Bem... Minha mãe está encantada. Ele já está contando os meses e
decidiu que ele deve ser em março. Eu só espero que o clima seja quente no
início da primavera. Enquanto isso minha mãe vai estar ocupada fazendo
roupas para o bebê e ajudar com tudo Ela parou abruptamente, dominada
pela emoção, respirou fundo. Quanto a Stephen, não há pressa. Temos o
outono e inverno pela frente.
-Mas eu não quero que ele saiba pelos boatos, disse Brace. Ele
também deve ser incluído neste processo.
Sarah sentiu uma onda de calor em suas palavras. Stephen não sabia
o quão sortudo ele era.
-Você é um pai maravilhoso, Brace. Faz-me imensamente feliz por
saber o quanto queremos que o nosso filho, como você o deseja Stephen.
-Stephen é o meu filho, disse ele com a voz rouca, e com os dedos
trêmulos secando as lágrimas rolando pelo seu rosto.
-Eu acho que você deve ser o único que vai confirmar a notícia ao
meu pai sugeriu ela. Estou convencido de que minha mãe já pegou até as
suas suspeitas. Você não pode esconder segredos, mas meu pai precisava de
mim para dizer a cabeça de todo homem.
-Certamente ele quer uma neta fazendo beicinho com os lábios,
disse Brace.
-E você não? Ela perguntou, rindo.
-Estou muito satisfeito com a mãe respondeu-lhe -. E também vou
estar com sua filha. As mulheres são a minha fraqueza. Pensei que você
soubesse. Especialmente esta mulher, acrescentou, abraçando-a com
força. Você é minha fraqueza, Sra. Caulfield.
Sarah levantou o rosto para ele, convidando-o com um sorriso ao
seu beijo. Ele respondeu, como esperado, cobrindo a boca com a paixão de
uma mulher totalmente no amor com seu homem. Ela se divertia com o calor
de seu desejo e respondeu quando ansiosamente abriu a boca e inclinou a
cabeça para melhor atender seus lábios.
Brace respirou fundo e separaram a boca. As faces coradas e
respirando com agitação.
-Onde está Stephen? Ele perguntou. Você está em casa sozinha?
-Não, disse ela. Meu pai pegou uma hora atrás. Eles vão passar o dia
juntos. Eles também levaram a Urso, porque meu pai está determinado a
ajudar Stephen a treinar. Ele é muito bom no que faz, você sabe?
-Isso quer dizer que a casa está vazia? Ele perguntou
esperançosamente.
Sarah teve um olhar de inocência.
-Provavelmente, disse. Eu pensei que poderia ter tudo pronto mais
rapidamente se disponível a casa para mim mesmo.
-Eu acho que eu vou pra casa agora, disse ele. Vou levar o correio
pegou os envelopes e circulares da mesa. Para que eu possa dar uma olhada
quando você preparar algo para comer. E, então, farei uma pausa. Você não
pode passar o dia todo de um lugar para outro sem descanso.
-Descansar? Ela repetiu. Você quer dizer na cama?
Brace sorriu.
- Sim, eu quero dizer exatamente isso.
-Só? Perguntou, seguindo a palavra de um tom sugestivo e sensual.
-Isso não é nada, disse a garota em voz baixa. De jeito nenhum.
-Os Três voltaram para a cidade e Brace disse na noite seguinte. Ele
falou baixinho com Stephen e não descobriu quem estava no quarto com os
avós. Eles estão no hotel.
-E o que afeta isso para nós? Sarah perguntou ciente de que Brace
não tinha tocado no assunto sem justa causa.
-Lester tem o direito de visitar Stephen na prisão novamente,
Sarah. Ele pediu que seja aprovado amanhã.
-Você está preocupado com isso? Perguntou ela.
-Um pouco, admitiu ele. Lester se comporta como se tivesse algo na
manga, e eu não tenho idéia do que é.
-Você acha que ele poderia tentar arrebatar Stephen?
Não, eu não acho que tentaria algo. E nós sabemos que Stephen
nunca iria com ele por vontade própria.
-Você já disse a Stephen?
-Ainda não. Eu pensei que seria melhor contar a você na parte da
manhã. Se eu disser agora, seria uma má noite. Vamos conversar amanhã.
-Tia Sarah? Ele ouviu a voz de Stephen e Sarah olhou rapidamente
para fora da porta da cozinha.
-Estou aqui, disse, e não se surpreendeu ao ver Stephen na porta,
segurando um livro em suas mãos. Estou na cozinha.
-Não é possível ler esta noite? Perguntou o menino, e Sara riu ao
ouvir seu tom ofendido na carranca. Avós são impacientes. Nós estamos
esperando um longo tempo.
-Eu sei muito bem quem é impaciente, ela disse com firmeza, mas
seu sorriso a delatava. É claro que vamos ler, Stephen. Quando terminar de
varrer a cozinha.
-Eu não sei por que você tem que sempre varrer. Stephen queixou-
se melancolicamente. Eu acho que o chão da cozinha é muito limpo.
-Isso porque na noite passada, eu lembrei que sua tia varreu. Eu
gosto que seja sempre limpo.
-Varrer é parte da natureza das mulheres, disse Colleen da sala de
estar, e virou-se para seu neto. Você deve deixar sua tia fazer suas tarefas,
Stephen. Quanto mais cedo você terminar, mais cedo você pode vir a ler.
-Bem, parece-me um desperdício de tempo, ele insistiu sempre
arrebatador. Você não pode sequer saber quando varrer. É sempre muito
limpo.
-Obrigado, Stephen disse Sarah. O menino olhou surpreso e ela
sorriu e trocou um olhar compreensivo com sua mãe, silenciosamente
agradecendo seu apoio-. Estou feliz que você aprove o meu trabalho
doméstico.
Stephen aproximou-se dela, ela rodeou a cintura com os braços e
apertou com força.
-Estou de acordo com tudo que você faz, tia Sarah. Você é a melhor
coisa que já me aconteceu.
-E eu também, filho - disse Brace da cozinha. É perfeito, certo?
Sarah virou-se e olhou para ele.
-Nós já conversamos sobre isso, disse a sério. Eu não sou perfeita,
longe disso.
Não pedimos-lhe a sua opinião, Stephen respondeu com um
sorriso. O que você acha? Perguntou a criança.
-A Tia Sarah é a melhor coisa, Stephen disse com total convicção. E
eu acho que é tão perto da perfeição.
-Estupendo. Eu estou contente que nós concordamos, Brace disse,
aproximando-se da criança com dois grandes passos. E agora, traga o seu
baquinho e ache um lugar para sentar. Sarah vai se juntar a nós quando
acabar. Porque, deixe-me dizer-lhe, não há nenhuma maneira de impedir a
limpeza da cozinha vir primeiro lugar.
Os dois foram para a sala, deixando Sarah na cozinha. Ela sacudiu a
cabeça e começou a terminar suas tarefas antes de iniciar a sessão de leitura.
Capítulo Treze
Brace descobriu que lidar com uma criança teimosa era mais do que
poderia fazer. Ao deixar a escola, Stephen se perguntava por que ele teve
que voltar para a prisão para a visita de seu pai.
E respondeu:
-Não temos escolha. Eu sei que não é o que você quer, mas nós
temos que cumprir a lei.
-Eu pensei que você fosse a lei disse que a criança irritadiça.
-Eu represento a lei nesta cidade corrigiu, mas realmente
compreenda Stephen. Lester é o seu pai, e como tal, tem certos direitos
sobre você. O primeiro é o direito de visitar com algumas condições.
-E se eu não quero vê-lo?
Brace balançou a cabeça, resignado.
-Isso não faz diferença, disse ele calmamente. Você tem que
respeitar a lei, Stephen, e é isso que e prometi quando eu coloquei esta
estrela no peito.
Quando se aproximaram da prisão, Stephen estava arrastando mais
os pés.
-Mas lembre-se que você não quer fazer isso, Brace murmurou
quando abriu a porta e eles entraram no escritório.
Do outro lado da sala, Jamie levantou a mão em saudação e Stephen
sorriu, depois franziu a testa quando viu seu pai biológico.
Lester estalou: Já era hora! Sabe muito bem que eu tenho muito
pouco tempo para ver meu filho, xerife. Ele poderia ter sido um pouco mais
rápido.
-Você tem sorte de vê-lo, Clark. Brace disse severamente. Aceite e
não torne mais difícil. Se virou e removeu o cinto e coldre. Mas depois
mudou de idéia e voltou a colocá-los.
-Você acha que você vai precisar disso? Lester perguntou com um
sorriso. Você acha que vou fugir com o cara?
-Não enquanto eu carregar uma arma, disse Brace. Mesmo um
homem como você seria estúpido.
-Vamos ver quem é mais idiota quando tudo isso acabar. Lester
disse.
-Sente-se e não perca mais tempo. Pediu Brace. Você tem quinze
minutos.
-Quinze minutos? Isso é tudo o que vale a pena o direito de um pai
condenado nesta cidade? Lester murmurou enquanto puxava uma cadeira
para a mesa. Sentou-se na superfície da madeira e fez sinal para
Stephen. Venha aqui, rapaz, e fale com o seu pai.
-Stephen passou por seu pai e se dirigiu para a cadeira de Brace
atrás da mesa.
-Eu vou sentar aqui, ele disse, olhando para Brace pedindo
aprovação.
Ele balançou a cabeça e o rapaz se acomodou na cadeira giratória
confortável.
Como você está indo na escola? Lester, perguntou em um tom tão
insinuante que Brace virou seu estômago. Incapaz de suportar a presença
deste rapaz, ele foi até a janela e olhou para a rua.
De repente, o som de tiros quebrou o silêncio da cidade, e o quarto
em frente à prisão correram três homens e se refugiaram atrás dos postes da
varanda da loja. A próxima rajada de tiros, os três correram para buscar
refúgio no interior das instalações. O próximo a sair foi o garçom. Quando ele
passava as portas variou ruidosamente.
Então veio um homem que estava no hall de entrada. Ele apontou e
disparou para o garçom. A bala estilhaçou uma janela da loja ao lado da
prisão. Brace correu para a porta e para a varanda. O atirador deu um passo
atrás ao vê-lo, mas não teve tempo para reconhecer Brace.
-Parece um de seus parentes, disse por cima do ombro para Lester,
que assistia tudo em silêncio. Um sorriso torcido em seus lábios com
antecipação ao notar a hesitação de Brace. Jamie fique aqui e vigie, ele
ordenou ao seu assistente. Vou descobrir o que está acontecendo.
Jamie assentiu retirou abruptamente sua arma e apontou-a para
Lester. Brace atravessou a rua a toda velocidade em direção à sala de
estar. Ele veio até a porta, ainda balançando, e abaixou quando o atirador
apareceu novamente. O garçom se aproximou dele, respirando com
dificuldade.
-Aqueles homens entraram pela porta dos fundos, disse entre
suspiros. Eles pediram cada uma bebida e começaram a brincar com
Luellen. Ela foi firme em sua rejeição e apoiei. Minhas meninas não tem que
aceitar qualquer um que não goste, explicou. Em seguida, um deles puxou a
arma e começou a atirar contra as janelas. Luellen correu para cima e
decidimos que o mais sensato era escapar.
Brace ouvia impaciente. Ele teve que ouvir a versão do garçom antes
de tomar a iniciativa.
Onde está o segundo homem? Perguntou.
-Eu não sei, disse o garçom. Certamente a porta de trás.
-Eu estou perdendo meu tempo aqui, Brace disse, e então foi
alertado pelos gritos outro lado da rua.
Jamie cambaleou para fora da prisão, acenando com a mão no ar e
desarmado.
Brace correu para seu assistente. Jamie estava atordoado depois de
receber um golpe. Sua cabeça estava sangrando e seus olhos estavam
vidrados e dilatados.
-Um cara saiu pela porta dos fundos e fui surpreendido, explicou
com dificuldade. Ele apontou uma arma para Stephen e não me atrevi a
atirar. Eu estava com medo pelo menino. Então veio um outro tipo, que se
assemelhava muito a Lester, e me bateu na cabeça com a coronha de sua
arma.
-Onde estão? Brace perguntou freneticamente, olhando para os dois
lados da rua.
-Não sei. Lester foi com todos eles. Eles têm de Stephen, Brace.
-Reuniremos Alguns homens e iremos atrás deles. Brace disse. Meu
cavalo está na parte de trás, mas você vai ter que ir para os estábulos para
pegar o seu. Eu verei se Montgomery, Bart Simms e Amos podem ajudar.
Jamie foi para os estábulos, e ainda se recuperava um pouco, e
Brace cruzou prisão para ir à procura de seu cavalo. Saindo do beco
encontrou apenas o trilho vazio. Ele assobiou e esperou que sua montaria
respondesse.
Poucos segundos depois, veio o cavalo, arrastando as rédeas e
sacudindo a crina e cauda.
-Bom menino, Brace disse quando o cavalo parou ao lado
dele. Montou rapidamente e cercaram o prédio para chegar à rua principal.
Para o oeste uma carroça dirigida por Nicholas Garvey,
acompanhado por Lin e as crianças se aproximaram. Brace fez sinal para ele
parar e rodeou-os.
Nicholas franziu a testa e freou seu cavalo.
-Eu só vi três tipos de galope para fora da cidade, disse. Eles tinham
seu filho. O que aconteceu?
Lester e seus homens fugiram com Stephen. Jamie recebeu um
golpe na cabeça, mas foi buscar seu cavalo nos estábulos.
-Precisa de ajuda? Nicholas perguntou sem hesitação.
-Brace, Lin o olhou com compaixão, mas seu marido tentou distraí-
la-.
-Vou pegar um cavalo nos estábulos e acompanhá-lo. Lin pode levar
a carroça para sua casa e esperar lá.
Sua esposa assentiu, sem esperar por uma resposta de Brace,
Nicholas dirigiu a carroça para os estábulos de Amos Montgomery. Uma vez
lá, ele pulou e agarrou a mão de Lin.
-Vá para casa agora, Brace ordenou. Não demoramos na
cidade. Certifique-se de que Sarah está bem e fechem todas as portas e
janelas.
Lin escutou e assentiu novamente, disposta a fazer o que Nicholas
pediu.
Existem duas armas no vestiário disse Brace. Munições estão na
gaveta da minha escrivaninha na biblioteca. Sarah não sabe atirar, mas com
certeza pode apontar uma arma.
-Certamente sim. Concordou Lin. E eu sei atirar assim como muitos
homens.
-Melhor do que muitos homens, Nicholas corrigiu. E disse à Lin, que
fosse posto em prática e jogou um beijo para Amanda enquanto a carroça se
afastava.
Amos Montgomery levou um cavalo castrado para Nicholas. Era
cinza, com perfil forte e linhas elegantes.
-Este pode seguir qualquer coisa com quatro pernas disse Amos-. A
mim mesmo andar, mas acho que o xerife precisa de você ao seu lado. Jamie
acabou de sair, e vou fazê-lo em breve. Qualquer idéia de para onde ele foi?
-Primeiro irei para a minha casa disse Brace. Eu tenho que ter
certeza de minha esposa está segura. Em seguida, continuarei a partir daí.
-A criança, ela está bem? Amos perguntou, franzindo a testa.
-Eu acho que sim, Brace disse. Parece que ele foi levado em um de
seus cavalos, à pouco.
Ele acenou para Nicholas, que estava amarrando as tiras sob a
barriga do seu cavalo e galopou em direção a casa. Sabia que Nicholas iria
seguir em poucos minutos.
Na chegada, ele encontrou tudo calmo. O silêncio era quase
sinistro. Ele caminhou ao redor da casa e viu a carroça de Nicholas entre as
árvores e o cavalo amarrado a um aro. Ele desmontou e correu para a porta
dos fundos, mas antes de entrar Lin apareceu na porta. Ela levava seu filho
em seus braços e tinha Amanda segurando sua saia.
-O que aconteceu? Perguntou ele. Você já encontrou as armas?
-Cheguei tarde demais, ela murmurou entre soluços. Os pais de
Sarah tinham acabado de chegar.
Eles estavam na parte de trás, trabalhando na grama, e não viram
nada.
-O que quer dizer? Demasiado tarde para quê? Brace perguntou, sua
voz rouca de nervoso.
-Sarah desapareceu. A janela da sala de jantar está quebrada, e eu
achei uma nota no chão jogada por uma pedra. Estes homens vieram aqui,
Brace, e ela foi levada.
Brace sentiu dor indescritível no peito, como se uma faca afiada
rasgasse suas entranhas. Lester tinha levado Sarah, e a velocidade com a qual
tinham conseguido seu objetivo indicava quão bem eles tinham planejado a
operação. Enquanto ele dedicou seu tempo para desfrutar a vida familiar,
três homens tinham tramando um plano para seqüestrar sua esposa e filho.
-O que diz a nota? Perguntou para Lin. Você tem isso com você?
Ela balançou a cabeça.
-Ela tinha me caído após a leitura. Eu não me lembro o que dizia. Eu
estava tão assustada com a idéia de que eles tinham feito Sarah prisioneira,
saí pela porta de trás com a idéia maluca de seguir.
-Mostre-me a nota, pediu Brace.
-Lin virou-se e o levou à sala de jantar. O chão estava coberto de
cacos de vidro e a pedra que Lin tinha mencionado era a prova silenciosa dos
esforços dos irmãos Clark. Brace viu um pedaço de papel amassado no chão e
afastou- se de Lin para coletá-lo.
-A nota era clara e concisa. Lester e seus irmãos deixariam Sarah e
Stephen aos seus cuidados se ele entregasse cinco mil dólares na borda da
floresta ao oeste da cidade. Era uma densa floresta, cerca de cinqüenta acres
de extensão, e estava cheia de criaturas selvagens. Para Brace era familiar,
mas não acreditava que Sarah conhecia. Profundamente na floresta havia
várias cabanas, todas elas vazias, mas algumas ainda habitadas.
-Uma em particular mantinha muitas memórias. Porque foi lá que
uma amiga querida, Faith Hudson, viveu por dois anos, separada do marido,
sozinha no mundo, apoiando-se até que a generosa amizade de Nicholas e
Lin tinham lhe dado uma casa e trouxe-a da pobreza.
Faith tinha se instalado em uma fazenda perto de Nicholas e Lin, a
casa dela, e viveu lá por algum tempo antes de voltar para Boston, onde
amarraram seus laços... E onde encontrou felicidade novamente.
A memória das cabanas, onde Lester podia ter seus prisioneiros o
fez estremecer. Elas não eram nada mais do que um refúgio para a fauna. O
relinchar de seu cavalo chamou sua atenção e a nota em seu bolso.
-Sarah tem essa quantia de dinheiro? Perguntou Lin.
-Não, disse ele. Mas eu sim. E dirigiu-se para as escadas e tomou as
escadas de dois em dois. Ao entrar em seu quarto, viu que Sarah tinha feito a
cama e o baú que ele tinha dado a ela para uso próprio estava aberta, com
conteúdo confuso. Era óbvio que alguém tinha vasculhou entre os pertences
de Sarah. Pedaços de seu passado, pequenos tesouros que foram
acumulando, memórias de sua família, uma foto de sua irmã com um recém-
nascido Stephen em seus braços...
-Sarah, Sarah, onde está você, querida? Sussurrou, e olhou para
cima, como se esperando resposta, mas não ouviu nada. Porra, Lester rugiu.
-Os saltos de Lin ecoaram pelo corredor. Ele saiu do quarto e fechou
a porta atrás dele, não querendo olhar para trás.
Sarah tinha um pouco de dinheiro, mas não disse. Eu não me
preocupei em olhar. Tenho certeza que você quis oferecê-la a Lester em
troca de Stephen.
O que vamos fazer agora? Lin perguntou, com Amanda ao seu
lado. O pequeno ainda se agarrou a ela saia, e Lin estava segurando seu filho
nos braços.
-Vou tirar dinheiro do meu seguro e ir atrás deles, decidiu Brace.
-Para onde eles foram? Perguntou ela.
-Não tenho nem idéia. Nicholas não queria que viesse, Lin. É melhor
ficar aqui com seus filhos e os pais de Sarah, passo a seu lado, ela desceu as
escadas e entrou em seu escritório, localizado na biblioteca.
Lá, cercado por prateleiras infindáveis de livros, ele se sentou na
cadeira ao lado da mesa e abriu o pequeno cofre. E extraiu de dentro de uma
caixa de metal. Abriu-a e tirou um maço de dinheiro. Ele contou rapidamente
e assentiu.
-Eu pensei que talvez eles tivessem levado esse dinheiro, disse à
Lin. Mas não. Parece que está tudo aqui.
-Você vai oferecê-lo? Perguntou ela.
-Você sabe que eu vou, disse a Josué, que estava assistindo da porta
da biblioteca. E, se necessário, vou enviar um telegrama para Big Rapids para
me enviar dinheiro. Faremos o que for preciso.
Brace olhou para ele com gratidão e então percebeu que Colleen
estava muito perto de seu marido. Ela estava quase escondida nas sombras,
mas podia ver o rosto coberto de lágrimas.
-Eu vou fazer o que for preciso para trazer Sarah e Stephen de volta
Brace disse, colocando um maço de dinheiro no bolso.
-Eu sei que você vai, disse Colleen. Mas tenha cuidado. Vamos ficar
aqui e esperar. Nós não ajudaríamos nada se intrometendo.
-dê- me a arma e munição, pediu Lin. Vamos ficar todos na sala e
assistir ao longo da estrada a partir da janela.
Brace assentiu, aliviado que Lin aceitou ficar em casa.
-Vai ser a coisa sensata disse, mas silenciosamente se perguntou por
que Lin esboçou um sorriso lento.
A arma estava carregada e munição extra armazenados nos bolsos
de Lin, que começou a mudar a mobília da sala para proteger melhor as
crianças. O grande sofá estava voltado para a lareira, com uma cadeira de
cada lado, e um cobertor espalhado no chão para o pequeno. Sua irmã se
sentou ao lado dele, observando cada movimento seu, e Colleen se juntou a
eles, enquanto Lin colocou- se perto da janela.
-Nós vamos ficar bem Brace, disse com firmeza. Mas não demore
muito. Eu não sou uma mulher paciente.
-Já ouvi dizer, disse ele, grato pela capacidade de Lin com armas de
fogo e tão meticulosamente que protegia seu. Vou encontrar com Nicholas e
os outros fora. Aqui você estará segura.
-Eu não acho que corremos nenhum perigo, ela disse. Eu duvido que
o pai de Stephen apareça novamente. Eu suspeito que há muito tempo já se
foi.
-Eu acho também, admitiu Brace. Despediu-se de Lin e apertou a
mão de Josué, onde foi a segunda arma. Ele parecia confortável com a arma,
o que acalmou um pouco mais Brace.
Um minuto depois, foi para porta de trás, levando a chave da casa e
fechando. A chave estava no bolso e montou em seu cavalo.
Então veio Nicholas. Ele olhou para a carroça vazia e freou sua
montaria.
-Onde está Lin? E as crianças?
-Na casa, disse. Todos estão bem. Josué e Colleen estão com ela. Eu
dei uma arma carregada e um punhado de balas, e Josué também sabe como
usar uma arma. As crianças estão protegidas com o mobiliário, e Lin vigia da
janela.
-Bom, disse Nicholas, e, obviamente, sabia da capacidade de sua
esposa. Qual é o nosso próximo passo?
-Encontrar Sarah e Stephen. Lester deixou um bilhete amarrado a
uma rocha, que pedia dinheiro em troca de Stephen.
-O que fez Sarah? Perguntou Nicholas. Será que ela tem um monte
de dinheiro?
Brace balançou a cabeça.
-Eles pediram cinco mil dólares, e Sarah deve ter não mais do que
algumas centenas. Eu dei um baú para manter suas coisas e o descobri
aberto e bagunçado. Ou ela ou esses canalhas mexeram. Então, tenho o
dinheiro do meu cofre. Será suficiente.
-Você acha que isso vai funcionar?
Brace deu de ombros.
-Vamos tentar. Lembra-se da cabana da floresta em que a Faith vivia
antes que você lhe permitir ficar perto de sua fazenda?
-É claro, disse Nicholas. Existem várias cabanas na floresta como
essa. Anos atrás, vivia uma colônia.
-Soa como um bom lugar para Lester abrigar Sarah e Stephen. Brace
disse. Eu não acho que se atreva a afastar-se para o oeste do estado com dois
reféns, você acha?
-Talvez você tenha razão. Andar quatro quilômetros transportando
uma mulher e uma criança força a pensar duas vezes, especialmente quando
a mulher não está disposta a cooperar.
-Como é o caso com Sarah. Disso eu tenho certeza, Brace comentou,
balançando a cabeça. Ele vai tornar-lhes um momento difícil. E Stephen
tentará protegê-la. Eu só espero que eles não abusem deles.
-Eu tenho investigado Nicholas, disse, trazendo seu cavalo para
Brace. Ele estava prestes a conseguir o dinheiro e as terras que sua família
possui. Seu pai morreu ontem, de acordo com um telegrama recebido ontem
à noite. Aparentemente, ele e seus irmãos pensaram que seria fixado para a
vida, mas parece que o legado vai passar apenas para o primeiro a ter um
filho. E isso deixa Lester em uma posição muito vantajosa porque Stephen é o
único neto, e seu bilhete para a fortuna. Certamente terá feito um acordo
com seus irmãos para dividir a herança em três partes.
Brace escutou, sem demonstrar qualquer surpresa.
-Não admira que ele estava tão determinado a reivindicar a guarda
do filho. Eu sabia que ele devia ter uma boa razão. Tudo se encaixa
agora. Claramente, não tem muito carinho por seu filho, mas pelo
dinheiro. Mas se ele mantém seu próprio filho como refém, é ainda mais
desprezível do que eu pensava. Ele sabe muito bem chegar a Sarah, para
forçá-la a realizar o resgate.
- Ela deixou um bilhete? Nicholas perguntou impaciente.
Brace encheu-o de detalhes, assegurando-lhe que Lin não tinha visto
nenhum sinal de Sarah ou dos irmãos de Lester.
-E não acho que voltará para a casa, disse. Eles já terão tomado vôo.
-Bem, eu estou disposto a seguir, disse Nicholas. Ontem recebi um
telegrama de meu amigo do banco Big Rapids. A notícia é boa para nós. Há
uma ordem judicial contra Lester por peculato e extorsão em Big
Rapids. Parece que os pais de Sarah colocaram a lei em vigor antes de
sair. Acho que Josué está determinado a colocar este homem na prisão, e
eu não posso estar mais de acordo.
Brace riu amargamente.
-Eu desejaria que tivesse sido tão agressivo quando morreu a irmã
de Sarah. É uma pena que eles terem esperado tanto tempo para obter o
direito. Mas agora eles vão tentar corrigi-lo de alguma forma. O desejo de ver
sua filha e seu neto fez-lhes perceber o que é verdadeiramente importante.
Nicholas assentiu.
-A melhor coisa que podemos fazer agora é procurar Sarah e o
menino.
Eles cavalgaram até a borda da floresta, quatro quilômetros da
cidade. Jamie e outros dois homens estavam esperando.
-Não sabíamos o quanto deveríamos entrar na floresta sem
instruções disse Jamie para Brace. Amos e Mr. Simms estão armados e
prontos para cumprir ordens acrescentou, com um olhar de determinação
férrea.
Brace sentiu- se grato. Nós não sabemos nada ao certo, mas acho
que esses caras devem ter levado os reféns para um abrigo onde podem
esperar até que eu apareça. Sem dúvida, eles estarão preparados para se
defender. Duvido temam de que estamos pisando em seus calcanhares.
-Antes de querer aliviar você, Nicholas disse.
Ele tinha a mesma opinião e tocou o maço que carregava no
bolso. Espero que o dinheiro possa seduzi-los a sair do esconderijo.
-Não conte com isso, advertiu Nicholas. Com Stephen em sua posse,
Lester acha que tem uma aposta certa. Eu acho que a idéia era apenas para
obter dinheiro do resgate para a viagem, e se Sarah deu-lhes o suficiente,
não morderão a isca.
-Isso é o que nós vamos encontrar, Brace disse, determinado a
colocar seu plano em prática. Jamie, Amos vão para a floresta ao norte e
procurem as duas cabanas mais próximas. Eu não acho que eles estejam lá,
mas nós temos que fazer. Nicholas, Bart e eu iremos partir daqui. Se todos
nós seguimos uma linha reta, devemos encontrar-nos em menos de uma
hora.
Amos disse, Eu estou ansioso pela perseguição saímos pela
direita. Clark é um canalha. Eu ficarei contente de vê-lo na prisão. E se não
fomos de repente estrada Salian. Se por acaso nós tropeçarmos em alguma
coisa, vamos ficar até ficar parar.
Brace balançou a cabeça e virou-se para Nicholas e Bart Simms
enquanto os outros dois homens iam para longe da floresta circundante.
-Vamos ver o que encontramos.
Os argumentos e pedidos de Sarah que libertassem Stephen não
receberam mais do que o riso zombeteiro dos três homens.
-Ele será o meu trunfo Lester disse. Não precisa se preocupar. Eu
não vou deixar nada acontecer.
-Por isso, concordou um dos irmãos. Ele é o nosso bilhete para a
prosperidade, minha senhora. E não tente interpor- se em nosso
caminho. Agora você está acima disso.
-Em cima? Ele repetiu Sarah, conhecimento dos planos que tinham
para ela. As perspectivas eram assustadoras, mas pensar no sofrimento que
deve estar causando a Brace, a fez esquecer o perigo.
-Mas quem mais tinha de se preocupar no momento era
Stephen. Brace já estaria seguindo a trilha? Ele estava vigiando, escondido
nas sombras, observando-a sentada na beira de uma cadeira?
Se havia alguma possibilidade de fazer seguro Stephen, ela devia
segurá-lo. Mas os irmãos Clark não apuravam o olho neles. Talvez mais tarde
eles adormecessem. Ou talvez sucumbissem ao álcool, como parece sugerir a
grande garrafa de uísque em vista.
Mas não garantia nenhuma outra possibilidade. Sem eles os
seguirem, enquanto comiam com os olhos e descobrir seus olhos.
-Eu acho que terei uma conversa com esta senhora disse um dos
irmãos, o LeRoy. Parecia o mais ansioso dos três. Há uma cama no canto e
aproximou, sua mão estendida. Podemos nos conhecer um pouco melhor, o
que você acha, querida?
Sarah estremeceu e balançou a cabeça, franzindo a testa em um
gesto de desagrado.
-Eu acho que não gostaria, disse LeRoy Baixinho, o mais jovem dos
três irmãos. Ele tinha a compleição corpulenta, e embora não tão alto quanto
Brace, sua presença parecia encher a sala. A idéia de que ele colocasse suas
mãos grandes em Sarah a fez estremecer novamente, e Baixinho deu uma
risada lasciva. Vê? Ele prefere ter-me como um amigo Ele veio e ela recostou-
se na cadeira.
-Não, você não machucará tia Sarah, gritou Stephen. Eu não quero
que você a toque.
-Vou fazer mais do que tocar, menino. - disse LeRoy. Ele empurrou
Baixinho se aproximou dela. Os dois vão se conhecer muito bem.
-Deixe de assustar o garoto, Lester disse, sem se preocupar em virar
a cabeça em direção a eles. Posto na janela, o olhar fixado na floresta. Se
você quer ser útil, monte guarda. Sarah não vai a lugar nenhum. Ela ainda vai
estar lá quando o tiroteio acabar.
-Você vê alguma coisa lá fora? LeRoy disse. Ele agarrou a mão de
Sarah e puxou-a para um abraço. Ela resistiu silenciosamente, cerrando os
dentes enquanto ele agarrou seu queixo e forçou-a a levantar o rosto. Os
lábios frios e cruéis pressionado contra o dela e ela gemeu suplicante,
fazendo rir Leroy.- É bastante lutadora, rosnou. Vamos ver quanto é difícil
quando a tivermos despojado.
-Bem, na frente da criança, não. Lester disse em uma voz
cortada. Ainda não está pronto para ver essas coisas.
-Ha! Baixinho zombou. Eu tive minha primeira experiência aos doze
anos. Este menino eles já o têm estragado também. Você precisa descobrir a
diversão que você pode ter no mundo.
-Não, por favor, rogou Sarah.
-Lábios doloridos e corpo, esmagado pelo homem que a
segurava. Então, o tendão de Aquiles, Shorty arrebatou LeRoy e pressionou
seu corpo robusto e sólido. E colocou as mãos nas costas dela e agarrou suas
nádegas através do tecido.
-Eu vou te agradar, Shorty rosnou, absorvendo seu rosto com sua
boca suja.
-Ele abaixou a cabeça e Sarah cavou seus dentes no pescoço. Foi um
ataque brutal e cruel que a deixou atordoada.
-Você não pode agradar ou um porco ela retrucou, odiando o
homem com uma fúria que quase a assustava.
-Isso, vamos descobrir, Baixinho disse.
-Deixe- a sozinha, avisou Lester gritando. Mova seu traseiro até aqui
e vigie o lado de fora.
Baixinho largou Sarah, que caiu na cadeira, puxou da pistola.
-Se eu ver algum movimento lá fora, eu dispararei sem pensar,
Les. Eu odeio ficar preso aqui como um rato.
-Verifique Se você não desperdiça nenhuma munição com um
animal selvagem. Lester disse, e voltou-se para receber uma cotovelada de
Stephen impaciente.
-Pai, eu tenho que sair disse, olhando muito sério. É uma
emergência.
-Você tem que ir ao banheiro, menino? perguntou o pai.
-Existe algum lá trás? Stephen exigiu.
-Não, Stephen, disse Sarah. Fique aqui. Não procure mais problemas.
-Vou dizer ao meu filho o que pode e não pode fazer, estalou Lester
aparentemente ofendido. Ele abriu uma porta na parte de trás da cabana,
junto à lareira, e olhou para fora.
-Você vê a casa? Perguntou a Stephen. Corra para fazer suas
necessidades e volte imediatamente. Eu estarei assistindo, então nenhum
absurdo, é claro?
-Ssssí... Disse Stephen -. Eu tenho que ir agora, pai.
-Talvez seja aqui. Deve ter um balde ou algo que possa usar LeRoy
gritou do outro lado da cabana. Não deixe-o ir, Les.
-Mas já era tarde demais. Stephen tinha atravessado o limiar e
correu como uma faísca para a estrutura de madeira raquítico.
-Stephen! Sarah chorou. Ela levantou com a intenção de seguir, mas
os dois homens a agarraram.
Lester se aproximou dela e lhe deu um tapa no rosto. O grito de dor
de Sarah quase prendeu Stephen. Ele olhou para trás por um momento, mas
então algo pareceu obter a sua atenção cercando a casa, longe da vista.
Sarah caiu. A cabeça estava girando e as trevas pareciam rodeá-
la. Ela mal sentiu as mãos ásperas a jogando na cama. Mas sentiu rasgar o
vestido e o saltar dos botões.
A blusa de renda foi exposta, assim como uma porção generosa de
peito. Baixinho agachou-se ao lado da cama com uma mão e tocou a pele
nua. Ela o empurrou, mas foi inútil e recebeu outro tapa, fazendo- a enrolar
em uma bola.
O rosto estava queimando e gritou novamente quando Baixinho
virou-se para a beira da cama.
-Você não pode esconder o seu charme, pequeno disse em uma voz
áspera, estridente.
-Não seja ganancioso, irmão, LeRoy disse, atrás dele. Deixe um
pouco para mim.
Há o suficiente para ambos, Baixinho respondeu. E vai chegar a sua
vez, então ele se virou para olhar por cima do ombro enquanto segurava
Sarah, que tentou em vão se proteger. Para onde saíram?
-Depois do menino, disse baixinho. Ele correu para a porta de trás e
fechou-a. Se você quiser voltar a entrar, você deve chamar.
Esta cabana em ruínas deve ser uma latrina Brace disse em um
sussurro quase inaudível. Talvez eu possa chegar perto e me esconder lá para
vigiar a porta de trás da cabine. Se eu fizer barulho suficiente, eles abrem e
virão atrás de mim.
-Não, acho boa idéia, disse Nicholas. Você estará exposto.
Naquele momento, a porta se abriu e Lester apareceu.
-Disparos? Brace perguntou, apontando sua arma, mas recebeu um
empurrão de Nicholas.
Um menino correu para fora da cabine e se dirigiu para a casinha.
- Stephen! Ele ouviu um grito agudo que quase teve parou o menino.
Brace respirou e o menino olhou para ele.
-Desta forma, o filho disse baixinho, mas alto o suficiente para
Stephen ouvir. O menino deu uma guinada, circulou a casa e parou.
-Papai? Ele sussurrou.
Brace disse:
-Desta forma, movendo-se apenas o suficiente para ser visto. A
partir da cabana veio outro grito de dor, e Brace teve de morder a língua para
não responder.
-É Sarah disse Nicholas. Pelo menos sabemos que ela está viva.
Um grito de alerta foi ouvido tudo isso antes Lester deixar a cabana
e correr para Stephen. Ele olhou para Brace e dobrados.
-Volte aqui, seu filho da...
Qualquer palavra a murmurar morreu em seus lábios quando
Nicholas abriu fogo. Lester caiu de joelhos com um grito de dor e se virou,
segurando o joelho contra o estômago.
Agora ele não vai para qualquer parte, Nicholas disse com
satisfação.
O grito de um homem, mesmo fora das paredes, foi suficiente para
os dois homens saltarem.
-É Les, LeRoy disse, aproximando-se da porta traseira.
Shorty abriu e alertou. Se você sair, eles estarão esperando fora.
-Você tem uma idéia melhor? Leroy perguntou. Eles não vão
começar a atirar com a mulher aqui. Ainda é nosso ás na manga.
-Eu tenho dinheiro no meu bolso, disse Sarah. Eu não poderia reunir
cinco mil dólares que a nota pedia, mas eu deve ter uns sete.
-Não é bom o suficiente, disse LeRoy -. Talvez um maço serviria para
algo, mas não vou arriscar meu pescoço por míseros dólares.
-Que pensa fazer? Baixinho pediu cada vez mais inquieto ouvido os
gritos incessantes de Lester.
-Eu acho que Les está de volta, Leroy disse. Eu voto saírmos pela
porta da frente e fugir daqui.
Onde estão os cavalos?
- À esquerda no galpão. Em dois minutos, podemos chegar lá de um
salto, pegar os cavalos e galopar para fora.
-E ela? Baixinho disse, apontando para Sarah com um dedo.
-É o nosso escudo. Você não acha que eles vão atirar em nós se nós
a tivermos, certo?
-Você é mais esperto do que eu pensava, Seu irmão disse. -Agora, se
somos pegos, vamos ser vencidos. E se estamos em apuros, pedimos o
restante dos cinco mil dólares. Certamente um deles lá fora, tem o
dinheiro. Eles não teria vindo aqui sem algo para negociar.
Sarah foi levantada bruscamente da cama e levantou as mãos para
fechar o vestido. LeRoy, era um lugar perfeito para alguém esperar do lado
de fora da cabana para atirar em branco.
Capítulo Catorze
-Onde estão? Brace perguntou, murmurando mais para si mesmo.
-Eu pensei que com os gritos de Lester iriam sair por aquela porta,
disse Nicholas.
-Bem, nós temos pelo menos um fora de combate Brace disse,
estendendo os braços para receber Stephen, correndo em sua direção. Ele
abraçou o menino e o fez deitar no chão. Sarah está bem? perguntou,
ansioso para vê-la.
Ela está viva, pai. Disse Stephen. Os dois outros dois homens a tem,
mas ela está muito irritada.
-Onde está? Perguntou Nicholas. Precisamos encontrar sua posição
na casa, Brace acrescentou suavemente.
-Ela está na cama, ao lado, Stephen disse, apontando para a parede
norte da cabana.
-Em uma cama? Brace repetiu, e olhou com frustração para
Nicholas, você foi ferido? Ele afastou Stephen e olhou para ele, esperando
por sua resposta.
-Meu pai lhe deu um tapa, e, em seguida, outro homem também a
atingiu e rasgou o vestido.
Nicholas colocou uma mão em seu ombro.
-Não daria qualquer coisa, se você entrar lá e te matarem, disse ele
friamente. Brace notou a expressão severa de seu amigo e decidiu que ele
estava certo. Nicholas tinha o seu instinto de guerreiro, e não era adequado
contradize- lo.
-Eu quero que cerquem a cabana pela porta da frente. Jamie e Amos
já deveriam estar lá, esperando, especialmente porque Lester começou a
gritar.
-Tenha cuidado, Bart disse em um sussurro. Apenas circulei a cabana
e vi que a porta da frente estava ligeiramente aberta. Eu acho que eles estão
pensando em fugir.
-Com Sarah como um escudo murmurou Brace. Bart, você fica aqui e
vigie Lester. Eu não acho que vai a lugar nenhum, mas se tentar mover-se,
meta outra bala em seu corpo imundo. Onde é mais eficaz.
-É claro disse Bart ao xerife. A partir daqui posso vigiar.
Brace olhou para cima, enquanto em pé atrás de uma árvore.
-Você vai cercar a cabana?
Sim. Nicholas e eu vamos ver o que está acontecendo.
-Eu também, disse Stephen a partir do solo.
-Eu quero que você fique onde está, filho ordenou Brace. Bart não
vai deixar nada acontecer com você, eu prometo. E Nicholas e eu podemos
nos mover mais rápido se não precisarmos nos preocupar que alguém vai
pegá- lo.
-Sim, Papai, concordou o garoto, e se arrastou ao longo de Bart, que
estava deitado no chão com a parte frontal da arma dele. Bart e eu vamos
assistir com voz amarga acrescentou, olhando para Lester.
O sangue escorria de seu joelho e estava reclamando em voz alta,
gritando insultos e ameaças entre gemidos de dor.
De repente, um grito vindo do outro lado da cabana chegou. Brace e
Nicholas se esconderam nas sombras das árvores e permaneceram
agachados enquanto eles cercaram a cabana, segurando suas armas e
ignorando os ramos rasgando suas vestes.
Quando viram a porta da frente, Brace parou abruptamente.
-Olhe lá, disse a Nicholas, apontando um dedo em direção ao
norte. Quase escondidos pela vegetação espessa estavam dois homens, e
Brace deu um suspiro de alívio. Seus reforços não tinham falhado.
Jamie e Amos estavam preparados para agir.
Ele ouviu Nicholas murmurar uma maldição e se virou para ele.
-Essa maldita mulher não tem pingo de cérebro... Ele murmurou. Por
que diabos não estava onde lhe foi determinado? -ele tinha os olhos em um
vagão, e a mulher que estava escondida atrás dele.
-Onde estão as crianças? Brace disse. Não acredito que trouxe com
ela, certo?
Nicholas balançou a cabeça.
-Morreria antes de permitir que algo aconteça com seus filhos. Mas
o problema agora é que há um par de homens desesperados para sair
disparando da cabana como loucos, e, certamente, Sarah sendo usada como
um escudo.
Lin parecia muito vulnerável atrás de Jamie e Amos, mas seu corpo
estava bem protegido pelo assento e o lado do vagão.
A partir da cabana veio outro grito e, em seguida, a porta se abriu,
fazendo um grande barulho como bater dos troncos. Jamie apontou seu rifle
em direção à entrada, mas algo o fez colocar a arma no chão e falar
calmamente com Amos.
-O que é isso? Perguntou Nicholas para Brace, que estava perto o
suficiente para ver a porta.
Um desses canalhas tem lançada sobre o ombro Sarah e está
saindo. Eu acho que Jamie decidiu com muito bom senso não dar ao luxo de
atirar e abaixou a arma.
Nicholas se aproximou dele.
-E Não deixaram. Parece que o segundo vai para o abrigo. Talvez
existam cavalos.
Os dois homens rapidamente colocaram- se com segurança dentro
do pequeno galpão, de onde veio o relinchar dos cavalos, obviamente
nervosos com todos os ruídos que tinham ocorrido.
Vários minutos se passaram antes que a porta se abrisse novamente
e uma voz alta, clara ser ouvida.
-Xerife, eu sei que ele está aí fora. Eu só quero saber como você
deseja sua esposa. Aposto que seus bolsos estão cheios de dinheiro e veio
aqui para pagar o resgate, certo?
-Já tenho, disse Brace, cinco mil dólares norte-americanos.
Ele não viu nenhum homem na porta aberta, mas a voz veio
novamente.
-Deixar o dinheiro na clareira, xerife. Faça-o rápido e para trás. Nós
não queremos matar ninguém, mas o faremos se você tentar nos parar.
-Você não pode deixar na clareira avisou Jamie, que tinha vindo a
eles. Ele vai atirar.
-Aponte para a porta e atire para tudo que se mover, desde que não
seja Sarah. Se o cara sair com ela em seu ombro, atirar-lhe nas pernas, como
você fez com Lester, Nicholas.
Ele levantou-se e puxou o maço de notas do bolso.
-Se você atirar, vou lavá-lo com balas de todos os lados, gritou aos
homens no galpão.
-Não, Brace, não faça isto, Sarah gritou de dentro, e Brace suspirou
de alívio. Ela estava viva e não parecia gravemente ferida.
Em seguida, ele a viu aparecer na porta. Um dos homens agarrou
por trás em volta do pescoço com um braço e apertando-lhe uma arma em
sua têmpora.
-Se Você a quer, deixe o dinheiro e fique para trás, xerife. E solte sua
arma.
Ele assentiu, o homem respirou fundo e virou abrigando- se dentro
do galpão. Depois veio o outro irmão na porta. Ele estava montando um
cavalo e permaneceu agachado atrás do pescoço do animal.
-Onde está o dinheiro?
Eu disse que estou com ele Brace. E deixou sua arma e saiu do
abrigo das árvores para ser visto, cerca de sete metros do cavaleiro. Ele
levantou a mão com dinheiro e esperou.
-Nenhuma gota, xerife disse o homem. Ele estendeu a mão e pegou
o maço da mão.
Ao lado dele apareceu um segundo cavaleiro, com Sarah sentada
diante dele.
Brace viu seu coração afundar quando viu a mulher que amava. Seus
lábios e hematomas na pele inchados, e seu vestido estava rasgado e braço
esquerdo no ar. O homem que estava segurando uma arma na mão acenou
ameaçadoramente em direção a Brace.
E, em seguida, os dois homens se agacharam e tomaram seus
cavalos para o outro lado da cabine. Sarah caiu contra seu captor, abaixando
a cabeça contra o peito, como se tivesse desmaiado. Com um movimento
rápido, o homem estava em suas coxas, e Brace viu a cabeça de Sarah
pendurada inerte em seu cotovelo.
Brace rapidamente virou-se e atirou para o chão, temendo ser
baleado o cavaleiro. Ele teve que chegar a sua arma imediatamente ou
perder a oportunidade de atirar.
Em seguida, o disparo de um rifle rasgou a tensão que encheu o ar e
o cavaleiro segurando Sarah caiu da cadeira, puxando a mulher no chão. O
sangue derramado de sua cabeça, e enquanto Brace correu para sua esposa,
sabia que o homem estava morto. O tiro tinha sido preciso e mortal.
O segundo homem olhou ao redor da clareira, indeciso e a confusão
refletida em seu rosto. Ele decidiu que não tinha nada a ganhar e galopou,
deixando seu irmão para trás.
-Uma bala saiu do rifle de Jamie, acompanhado por um flash da
arma que estava estacionada ao lado do vagão. O cavaleiro caiu no chão, e a
poça de sangue se formou rapidamente sob seu corpo, Brace sabia que ele
estava tão morto quanto seu irmão.
-Dispara como um campeão, certo? Nicholas perguntou, orgulhoso
do objetivo de sua esposa. Ela abateu o cara no pescoço, e se não me
engano, seu assistente e ela mataram o outro.
Ele veio correndo, mantendo a arma ao seu lado e arma de Brace no
outro lado.
Ele caiu isso, ele disse com um sorriso.
-Eu tinha mãos suficientes disse Brace. Minha intenção era atrair os
homens para a clareira com o dinheiro, e eu pensei que se desarmado seria
mais fácil.
Bem, Nicholas disse, observando Lin deixar seu esconderijo e se
aproximou dele. Você é uma tola, a repreendeu, abraçando-a com força. Por
que você não ficou segura? Eles poderiam tê-la matado.
-Esse homem levaria Sarah, ela disse, com voz embargada de
emoção. Eu não podia permitir, Nicholas. Acrescentou, olhando para seu
marido. -Eu o matei, certo?
-Claro que você o matou, Nicholas assegurou. Mas você não deveria
estar aqui, estalou uma maldição e inclinou a cabeça para beijá-la com forma
possessiva e apaixonada que confundiu Brace. Espere até chegarmos em casa
e veremos.
-Você vai me bater? ela sussurrou em tom sensual.
Brace não pode deixar de rir com as palavras dela, quando ela se
ajoelhou ao lado de Sarah. Isso mudou e olhou para ela com os olhos
arregalados. Ela não tinha sinais visíveis de dor em seu rosto. As roupas
estavam amarrotadas e rasgadas, mas não tinha recebido quaisquer tiros.
-E Stephen?
-Tudo bem, respondeu rapidamente. Ele se levantou do chão e
segurou-a com força. -Eu pensei que a tinha perdido, sussurrou. E então
imitou Nicholas e a beijou de uma forma que deixou claro para os que os
viram quais eram suas prioridades.
Ela se agarrou a ele e sussurrou algumas palavras
incompreensíveis. Mas não importava, porque a mensagem era clara.
Brace levantou-se e a ergueu nos braços. Lin se afastou de Nicholas
e se aproximou deles.
-Eu apontei alta para não arriscar machucá-la.
Você nem sequer a tocou Brace disse, sorrindo grato a Lin. Apenas
algumas contusões, como se ela tivesse sido tratado com rigor.
-Você tem...? A voz de Lin quebrou, mas Brace sabia o que ela estava
pensando.
-Não, acho que não. Eles não tiveram tempo. Tudo aconteceu tão
rápido.
-Onde está esse rato do Lester? Perguntou Lin. Eu estava esperando
para matá-lo também.
-Você perdeu sua chance, Brace respondeu com um sorriso. Nicholas
chegou a ele em primeiro lugar.
-Está morto? Sarah perguntou em voz baixa.
-Não. Ele vai estar vivo quando o juiz vier. E eu o entregarei às
autoridades. Na verdade, não seria surpresa para mim, encontrar dois
homens de Pinkerton na cidade, procurando por ele.
Nicholas também veio, Lin o abraçou e sussurrou em seu ouvido que
a fez sorrir.
Eu quero que você fique no vagão e vá para o rancho, ok? Pediu em
uma voz áspera, deixando-a sem escolha a não ser concordar.
-Posso passar antes de a cidade para pegar as crianças? Deixei- as na
casa de Brace, com os pais de Sarah. Eu não sabia mais o que fazer com eles
para mantê-los seguros.
-Isso é a coisa mais inteligente que você fez durante todo o dia
Nicholas disse com um grunhido. Feito isto, ele se virou e acompanhou o
vagão. Ele levantou facilmente para acomodar na caixa e ela assumiu e bateu
nas costas dos cavalos.
-O que você aposta que chego antes de você em casa? Ela desafiou,
olhando por cima do ombro enquanto ele se afastava.
-Nem sequer sonhe, querida, disse ele. Ele parecia resignado à Cinta
e deu de ombros. O que eu vou fazer com esta mulher?
-Amá- la, Brace disse. Resultado que não deveria ser tão difícil. Você
teve bastante prática.
-Sim, que admitiu Nicholas, assistindo Jamie se aproximar de seu
cavalo. Eu acho que tudo está controlado aqui, xerife. Se você não se
importa, eu tenho algumas coisas para fazer.
-Nós vamos cuidar disso, disse Jamie. Acho que Brace precisa levar
sua esposa para casa e cuidar dela um pouco.
-Eu concordo, concordou Brace. É uma bagunça, certo? Ele sorriu e
acenou com gratidão a Jamie. Lester entra em uma cela e levaram os outros
dois pássaros ao legista-. Estarei em casa se precisarem de mim.
Levou Sarah para o cavalo e se levantou para colocar na
cadeira. Então ele montou e pressionou-a para seu colo.
A casa estava vazia quando chegou, e Sarah saiu pela porta dos
fundos.
-Onde está Stephen? Tem certeza que está bem?
-Ele está com seus pais, onde quer que eles estejam, Brace
disse. Jamie estava indo para cuidar dele. E agora vamos lavá- la um pouco.
-Por que eu não posso simplesmente tomar um banho? Perguntou
ela. Seria muito mais fácil para entrar na banheira para lavar as peças.
Você não vai fazer nada disso, ele disse a ela severamente. Você vai
se sentar nesta cadeira e deixe-me cuidar de você.
-Eu posso fazer isso sozinha, ela protestou, puxando o vestido em
uma vã tentativa de se cobrir. A manga cedeu e deslizou pelo braço, e Brace
viu os hematomas na pele.
-Há algo que eu não perguntei, calmamente disse. Eu odeio trazê-lo
e fazer você se lembrar de coisas que melhor se fossem esquecidas.
-Não me tocou, ela apressou-se a responder. Não do jeito que você
está pensando. Eles teriam feito se tivessem tempo, mas tudo aconteceu tão
rápido que só poderia me abalar.
-Seu vestido rasgou. E posso ver os hematomas, ele disse, correndo
um dedo sobre a marca em seu peito. Seria capaz de matar de novo por isto.
e
-As Marcas desaparecerão, ela disse. Sempre que não olhar de uma
maneira diferente.
-Olhar Diferente? Ele repetiu, ajoelhando-se ao lado dela e
abraçando-a. Como poderia, Sarah? Você é a mesma mulher antes de tudo
isso acontecer. Embora você tenha sido violada, mesmo que isso tivesse
causado um sofrimento terrível sentiria o mesmo por você. O que importa é
o que você tem dentro. Alguns podem mexer seu corpo, mas ninguém pode
tocar sua alma.
Ela se inclinou e beijou-o, seus olhos se encheram de lágrimas.
-Eu te amo tanto, Brace... Eu estava com tanto medo que
machucassem Stephen, mas eu sabia que você estava vindo para nos
resgatar.Eu sabia que você não iria me deixar.
- Nunca. Respondeu. Quando estiver limpa, eu vou pegar o nosso
filho.
-Certamente que Jamie pode lidar com isso por um tempo, disse
Sarah.
-Claro que sim. E lembre-se também de seus pais. E agora vamos
lavar e vestir roupas limpas. Eles vão voltar para casa em breve.
Levou uma panela de água quente para a mesa, ao lado de uma
toalha e sabão. Ele embebeu o pano em água, escorreu e aplicou-o sobre a
pele para Sarah. Então ele pegou o sabão e começou a esfregar-lo
suavemente, formando espuma. Ele ensaboou completamente braços e
dedos, e finalmente lavou as mãos em uma panela.
Então ele voltou a tomar o sabão e lavou seus seios, expondo a seus
olhos. Com os dedos firmes ele puxou o corpete e, cuidadosamente, e
deslizou sua mão com ternura sobre as marcas e contusões que haviam sido
deixados áspera e muito mais brutais do que suas mãos.
No final, ela sentiu um nó na garganta. Com um pano úmido ele
removeu os restos de sabão, pegou uma toalha e limpou a pele. Ela não fez
nenhum som de protesto. Ele só olhou para ele quando ele jogou, cavando o
olhar em seus olhos. Ele viu as rugas de ansiedade que é formado na parte da
frente, a tensão em sua mandíbula e um brilho suspeito de umidade em seus
olhos.
Ele se inclinou e beijou-o; lábios primeiro, e depois mover a
bochecha e têmpora enquanto ele sussurrava palavras de amor e apreciação
profunda e, finalmente enterrou o rosto entre os seios.
Brace suspirou e beijou-a redonda e superfície de seda, enquanto
suas mãos subiram para pesar os dons com que ela deliciava-o.
-Eu não posso suportar, temo machucá-la, ele murmurou.
-Eu sei, ela disse. Eu pensei em todas as vezes que você tinha me
tocado, como tem sido bom para mim e quanto eu te amo, e eu decidi que
estes homens não podiam fazer nada para estragar o prazer que você e eu
estamos juntos, Brace.
-Obrigado, querida, ele sussurrou. Ele se levantou e estendeu a
mão. Vamos lá. Nós temos que trocar de roupa e jogar este vestido. Eu não
quero vê-lo novamente. Vou comprar seis novos para substituí-lo.
Ela sorriu.
-Seis novas roupas? Eu acho que é um grande negócio.
Eles deixaram a cozinha e subiram. Brace Em poucos minutos tinha
despojado e ajudou a colocar uma camisola limpa. Ele envolveu seu manto e
amarrou o cinto.
Eu posso arranjar outro vestido ela protestou, mas ele não hesitou.
-Eu quero que você descanse na cama, disse. Mais tarde vou
preparar algo para comer. Então você pode sair e trazer Stephen de volta
para casa. Ele vai estar ansioso para ver, o olhou afetuosamente. Onde quer
que seus pais estão, estou feliz que eles não estejam aqui
agora. Precisávamos passar algum tempo sozinho.
Eu aposto que eles têm ido para a cidade. Eles não vão querer
perder nada, e eu tenho certeza que meu pai está esperando na porta da
prisão por Jamie vir com o prisioneiro. E minha mãe, com Stephen para cima
e para baixo e esmagado em seus braços.
Brace assentiu e se inclinou para examinar sua pele pálida.
Seu rosto não mostrava sinais de violência, exceto essas marcas em
seu rosto. Elas levarão um tempo para desaparecer, mas Stephen não verá o
resto.
Desceram as escadas e Sarah sentou-se na sala de aula, com três
livros em seu colo. Brace abordou por um estrado e jogou um pano sobre os
ombros na parte de trás do sofá.
Você quer que eu te traga alguma coisa? Ofereceu, e ela balançou a
cabeça, vou na cozinha, e pensei em preparar uma xícara de café.
-Isso soa bom aceite.
Mas ao voltar da cozinha, Brace não ficou surpreso ao encontrá-la
dormindo, seu corpo lançado como uma bola contra o braço da cadeira.
Ele parou na porta e olhou para ela. O coração pulsou novamente ao
seu ritmo normal, e os seus receios aliviados pelo sono de Sarah. Mas dentro
havia um profundo sentimento de gratidão que sempre o acompanhava. Sua
Sarah estava bem. Embora seu corpo fosse espancado, sua alma estava
intacta. A chama que ardia dentro dela não fora extinta. Por isso, ele abaixou
a cabeça e deu graças silenciosas.
Os homens de Pinkerton contratados por bancos chegaram a
Benning com um mandado de prisão para os irmãos Clark. Dois dos irmãos
tinha sido eliminados não parecia importar aos senhores de aparência
distinta, era Lester que era procurado.
O desfalque era motivo suficiente para trancá-lo por um bom
tempo, eles disseram, e a acusação de seqüestro iria garantir mais anos na
sombra de quem tinha deixado de viver, disse um deles.
Ainda assim, ele tinha que provar o envolvimento de Lester na
morte de Sierra. Os testes ainda não eram definitivos, mas os advogados de
Big Rapids foram rápidos em acusá-lo de assassinar sua esposa. Os pais de
Sarah tinham pressionado sobre o assunto, uma vez que se tornou conhecido
que a prova parecia apontar para Lester como o culpado.
Depois de ouvir quando os advogados detalharam a prisão de Lester,
Joshua concordou em testemunhar quando Lester fosse levado a julgamento,
e Colleen chorou silenciosamente enquanto ele falava da morte de sua filha.
Três dias depois, Jamie e Lester tomaram o trem. Sua perna
imobilizada e queixas subiram acima do chacoalhar do vagão. Jamie olhou
impacientemente beligerante e ignorou seus gritos pelo resto da curta
viagem até Pinkerton.
-Mas é melhor você calar a sua boca, disse a Lester. No entanto,
você não tem nada a reclamar. Espere para chegar em Big Rapids e verá.
-Pelo menos o cara não vai obter qualquer benefício a partir disto, disse
ele. Sarah tinha certamente obter uma boa fatia se Stephen poderia
reivindicar o legado de meu pai.
-Eu não creio que Sarah não de a mínima para você ou sua família, disse
Jamie. Ela está muito feliz com o que tem.
Capítulo Quinze
E ela tinha. E era o paraíso na terra, decidiu Sarah.
Enquanto Lester era detido pelas autoridades e, no caminho para Big
Rapids, onde um juiz estava esperando. Ela passou três dias a relaxar, bem
tratada e cuidada por Brace e sua família. Como previsto, o seu estado foi
melhorando pouco a pouco, até aquela noite se sentir como ela mesma
novamente.
A casa estava em silêncio. Stephen dormia. As estrelas brilhavam no
céu e a brisa da noite acariciou as cortinas. Brace abraçou-a sobre a cama e
beijou-a, correndo por suas mãos possessivamente.
-Eu a machuquei? Perguntou em voz baixa, como se tivesse medo
até mesmo de tocar as contusões.
-Não, ela sussurrou. Você é tão bom pra mim... Ela fez uma longa
pausa, como se não conseguisse encontrar as palavras para expressar seus
sentimentos. - Você sempre me deu tanto, Brace... Você não sabe o quanto
isso significa para mim por me segurar e encher com o seu carinho Ela
levantou ao lado dele e se curvou para beijar e língua explorar os limites da
sua boca.
Era mais preciosa para ele do que Brace tinha imaginado, mas
quando a possibilidade de dano entrou em sua mente já era tarde
demais. Pela primeira vez em sua vida, seu corpo tinha respondido
automaticamente, e razão tinha sido incapaz de incutir um mínimo de
coerência em suas ações.
-Eu tive tanto medo por você murmurou.
-Eu não posso acreditar que tudo acabou, o olhou fixamente
enquanto acariciava seu rosto e virou-se para inclinar para beijá-lo no nariz e
garganta, onde começou sua barba.
-Eu deveria ter raspado hoje, ciente de como ela devia picar a sua
pele para uns lábios tão macios quanto os de Sarah.
-Eu gosto de você, para o que ela respondeu. Com ou sem barba,
com cachos ou cabelos os ombros.
-Cachos O quê? Perguntou em voz alta, sentado na cama.
-Estes, disse ela, tocando suavemente seus cabelos ondulados que
nem a água podia subjugar as ondas sinuosas com um dedo. Adoro-os.
-Oh, pelo amor de Deus, ele se queixou- Sarah -. Por que você não
me disse antes que meu cabelo é cacheado? Não é apropriado para um xerife
de ter cachos.
-Quem disse? Perguntou ela. Não se atreva a discutir comigo, Brace
Caulfield. Se você acordar o meu pai, você verá um problema. Eu estou
tentando ser discreta e não fazer barulho, e você está montando um
escândalo por alguns cachos. Lembre-se de uma coisa: você é meu xerife, e
eu quero ainda mais com ondas em torno de seu pescoço. Isso faz você
parecer um pouco mais vulnerável, e eu gosto disso.
-Bem... Ele murmurou. Se alguma coisa posso ser, não é
vulnerável. Eu deveria ser difícil para pegar o cara mau. Os cachos não
ajudam precisamente dar uma imagem intimidante.
-Ela aceitou -o que você diz. Vou cortar os cachos, se é isso que você
quer, e não chore a perda. Mas deixe- me desfrutar esta noite.
-Chorar? Eu não posso acreditar derramar lágrimas pelo meu cabelo.
- Verdade, Brace? Perguntou em voz baixa. Até o meu cabelo longo
miserável leva muito tempo para lavar e secar, e que a cada dia me dá um
tormento para parecer limpo e arrumado?
Brace riu.
-Eu não me importo ou não parecer puro, mel. Eu gosto de você
desgrenhada e sem grampos. Eu gosto de cada parte do seu corpo,
especialmente os cachos e fios que recaem sobre seus ombros quando você
solta o seu cabelo a cada noite.
-Realmente? Perguntou ela. Então, como você pode criticar a minha
admiração por esses pequenos cabelos cacheados que tanto me fascina
quando eu estou atrás de você, ou convidar-me para beijar seu pescoço
fazendo cócegas na boca?
-Meu cabelo agrada você quando você me beija pescoço?
Sarah pensou que idéia o agradou, pois ele sorriu mostrando os
dentes brancos, e seus olhos brilhavam à luz das velas.
-Há algo sobre você que me atrai irresistivelmente, ela disse. Talvez
seja o jeito que você me trata, ou quando você está com Stephen, ou
amostras de ternura e de entrega na cama...
-Você se perde entre a minha capacidade de agradar e meu grau de
ternura. E deixe-me dizer-lhe uma coisa, querida, ninguém antes tinha me
atribuído essa virtude.
-Eu faço, disse ela várias vezes com um gesto provocador de seus
lábios, sentindo os músculos enrijecem sob seu toque.
- Os braços fortes a rodearam em um abraço do qual não poderiam
ter sido libertado mesmo se quisesse, mas admitiu que era seu prisioneiro de
bom grado. Seu peito e abdômen eram firme e sólido. E a menos que Sarah
estivesse errada, havia outra parte de sua anatomia teria e de considerar...
Para um homem que tinha acabado de fazer amor com ela, ele se
recuperou muito rapidamente. Entre as virtudes de Brace a paciência não
está incluída, descobriu Sarah quando ele se deitou de costas e ficou de pé
sobre ela.
-Eu pensei que íamos dormir, ela disse, abafando um bocejo.
-Ainda não, disse ele, inclinando a cabeça e tocando seus seios. Você
vai aprender o que acontece quando você dorme sem estar devidamente
vestida murmurou. Isto é o que você tem para seduzir.
-Realmente? Ela perguntou com prazer.
Ele riu, percebendo o desejo e a vontade obrigado de Sarah. Ela
rodeou o pescoço com os braços e ergueu seu rosto para ele para embeber
seus beijos em sua barba. Ele seguiu sua bochecha e orelha até segurá-la com
firmeza e pegou os lábios com a boca.
-Eu te amo, ela sussurrou com carinho. Você faz-me imensamente
feliz. Eu prometo que de agora em diante sempre cuidar de você. Por isso, eu
temo me alimentado.
-Até agora, você fez um bom trabalho, ela disse. E nunca me canso
de sua atenção, eu lhe garanto. Especialmente a que estou recebendo nesta
noite.
Com um suspiro impaciente, ela abriu seu corpo para ele e
cumprimentou-o da forma mais básica que conhecia sua feminilidade. Ela
pertencia a ele, era o homem que ela tinha escolhido para viver, que amaria
para sempre, e se seduzi-lo o fizesse feliz, faria tudo em seu poder para
proporcionar mais prazer. E daria todo o seu carinho e cordialidade, que seria
como um refúgio onde ele podia baixar a força de sua paixão. Para ela, não
havia melhor recompensa do que a certeza de saber que Brace Caulfield
apreciava a mulher que ele tinha tomado como sua esposa.
Capítulo Dezesseis
Nós vamos ter companhia, e não são os meus pais. Brace disse uma semana
depois, enquanto eles estavam jantando.
Poucos dias antes lhes tinha enviado uma carta para seus pais
convidando-os a ir para Benning. Era cedo demais para que eles tivessem
recebido.
-Nós nem sequer ouvimos falar de volta deles.
- E quem sabemos pode vir nos visitar? Sarah perguntou, intrigada
com a notícia. Não que apresente algum problema, mas eu não posso
imaginar que ...
Não é nenhum conhecido, Brace respondeu rapidamente -. E eu
espero que, como você diz, não seja um problema.
Ele olhou diretamente para Stephen, que só prestava atenção ao cão
sentado ao lado de sua cadeira.
-Não alimente o cachorro em cima da mesa. Eu proíbo, Sarah disse
quando a criança levantou um pedaço de carne. E nós não comemos com as
mãos.
- Urso não se importaria de comer nos meus dedos, disse Stephen,
parecendo injustiçado por sua tia. E isso é apenas um pouco, tia Sarah.
-Sarah, Brace reprimiu um sorriso disposto a apoiá-lo. Sua Sarah era
muito mole, e Stephen tentava ocasionalmente quebrar as regras. Era muito
difícil ser inflexível com o menino, mas era o que os pais faziam.
- Você ouviu sua tia, Stephen. Brace disse calmamente. -Urso pode
comer enquanto estamos comendo. E você pode deixar suas mãos para ele
comer, se você quiser. Mas não enquanto estamos na mesa.
Com um suspiro profundo, Stephen se inclinou sobre seu prato e
terminou sua refeição.
-E agora posso sair? Ele perguntou educadamente. Vou ajudar a
limpar a mesa quando tiver terminado.
-Eu vou deixar você saber Sarah disse, ciente de que o menino tinha
colocado três ou quatro pedaços de carne nos bolsos.
Ela observou com um sorriso quando ele se levantou e saiu, com o
cão em seus calcanhares. Brace apoiou-se na mesa redonda.
-Mimas também, disse ele.
-Eu sei, ela admitiu. Mas é um cara tão adorável, e eu quero tanto...
Ela deu de ombros, como se não tivesse desculpa. Mimo facilmente, pegou o
garfo e espetou-lhe na carne. E você estava falando que a visita é
iminente? Perguntou enquanto mastigava devagar, olhando para ele com
expectativa.
-Eu não quero que você sufoque ao ouvir, respondeu. Primeiro
coma.
Ela obedeceu e tomou um gole de leite. Ele tinha decidido que era
melhor que ela bebesse pelo bebê... E mais barato, graças à vaca.
-Tudo bem, xerife. Sou toda ouvidos disse, colocando o cabelo atrás
das orelhas e esboçando um sorriso inocente.
-Não zombe de mim, senhorita, disse ele, sorrindo para ela com uma
careta. E não se esqueça de manter o respeito que um defensor da lei
merece.
-Sim, senhor Ela se levantou e caminhou ao redor da mesa em
direção a ele. Eu acabei de comer. Será que deixa-me sentar em seu colo?
-A última vez que você fez isso, estávamos prestes a acabar mal, ele
lembrou. Ou você esqueceu a vergonha que sentiu quando sua mãe entrou
pela porta?
-Isso não é o que eu me lembro que ela disse. Foi você quem se
escondeu atrás de mim enquanto nós conversamos com ela.
-Eu não poderia ajudá-la, ele se desculpou. Eu não poderia resistir ao
efeito que tem sobre mim.
-Ela aceitou bem, resignada. Então é melhor não voltar a sentar-me
no seu colo.
Ele agarrou suas coxas e colocou a mão na parte de trás.
-Eu amo o que você sente por mim murmurou. Isto torna mais fácil a
apreensão.
Sarah suspirou profundamente.
-Você vai me dar a notícia, xerife? Você já fez muito boba.
-Não o suficiente, contradisse ele com um sorriso. Mas eu posso
esperar. E enquanto isso, vou colocá-la a par dos últimos
desenvolvimentos. Esta manhã eu recebi um telegrama de um advogado, do
pai de Lester,o executor do testamento. Parece que eles estão à procura de
potenciais herdeiros para receber o imóvel e querem vir aqui para conversar
conosco sobre Stephen. Você vai precisar de provas de que o menino é filho
de Lester.
-Os herdeiros em potencial? Ela repetiu lentamente. Você acha que
Stephen poderia herdar a propriedade de seu avô?
-Isso é o que me parece disse Brace. Então eu respondi de
imediato. Eu disse que os pais de Sierra vivem aqui e podem provar que foi
casada com Lester. E o advogado em pessoa Stephen pode conhecer e
conversar com ele sobre seu pai. E há o fato de que você é a gêmea de Sierra.
-Você acha que isso vai afetar Stephen? Perguntou ela.
-Pode ser. Mas vai valer à pena se herdar a fazenda. E se Lester não
estava mentindo, seu pai era dono de uma grande propriedade e estava
prestando grande importância à família. Eu acho que o melhor para Stephen
será falar com o advogado, e temos de fazer o que for preciso para provar
que ele é o legítimo herdeiro.
-Eu vou fazer o que você me pedir Brace, assegurou ela. Eu sei que
isso vai fazer meus pais reviver a morte de Sierra, mas eu acho que o
tempo tem facilitado um pouco a dor. Ainda assim, eu odeio ter que
desenterrar o passado.
-Não tem que fazer isto, querida. O oficial de relações de Missouri,
Lester com a morte de sua esposa, e não seria surpresa para mim terminar
considerando-o culpado se investigado. Não importa que Lester morreu. Eles
querem arquivar definitivamente o processo.
-Sinto-me... Ela fez uma pausa, procurando a palavra exatamente
conhecida, limpa uma vez por todas. Ela estava convencida de que Lester
tinha estrangulado Sierra, mas ninguém me ouviu. Meus pais também
suspeitavam, mas optaram por não dizer nada. Custou-me muito esquecer.
-Eu acredito em você, Sarah. Eu nunca duvidei por um único
momento que você estava certa. Stephen é um garoto de sorte por ter você
como seu herói. E agora você deve descansar.
Sarah ficou em silêncio por um tempo, e assim o fez Brace, sabendo
que ela precisava assimilar as últimas notícias e se preparar para enfrentar a
morte de sua irmã novamente.
Finalmente, ela se virou para ele, enterrou o rosto em seu ombro e
beijou seu pescoço. E com palavras suaves e amor apaixonado sussurrou
simultaneamente, e Brace ele sentiu seu corpo respondeu com uma força
que parecia disposto a aceitar.
Levantou-a de seu colo e ficou de pé ao lado dela, seus dedos ainda
agarrados a seus ombros. Ela também se levantou e ergueu em seus braços,
segurando-o perto de seu coração, e ela suspirou, como se este foi o lugar
que queria estar.
Eu -Peso demais para você? Perguntou ela, embora os braços de
Brace fossem fortes e musculosos.
-Pouco ainda, por uns poucos meses, ele respondeu. E eu garanto
que até então eu posso carregá-la. Na verdade, eu vou te fazer uma
promessa: o dia que você for dar à luz o nosso filho, eu vou estar em pé de
guerra no nosso quarto e ficar com você até que o bebê nasça.
Ela sorriu para ele, e mais uma vez as lágrimas vieram aos olhos.
-Eu te amo, Brace.- Sussurrou. -E quero você comigo quando chegar
a hora.
-E, em seguida, ter lugar aqui, em nossa casa, disse ele com
firmeza. Eu estava presente no início do processo e estaremos assim no
final. Quero ser o primeiro a ver o nosso filho e segundo no abraço.
-O segundo? perguntou ela.
-O Primeiro explicou será você. A menos que sua mãe também
esteja presente. Nesse caso, temos de lutar por esta honra.
-Bem, mas hoje eu não preciso de você para me levar em seus
braços, ela disse. Eu posso sentar ou deitar no sofá, se você insistir que algum
descanso. E então eu tenho que limpar a cozinha.
-Ok, você pode ficar aqui, aceitou-o. Ele puxou-a para fora da
cozinha e levou-a para a sala de estar, onde a sentou no sofá e acendeu a
lâmpada de uma mesa próxima. Eu quero que você se sente e coloque os pés
para cima, ordenou severamente. E como se não acreditasse capaz de fazer
isso sozinha, ele se abaixou para tirar os sapatos e colocar os pés no sofá,
cobrindo-os com pano.
-Estou lisonjeada, ela disse com um sorriso, descansando a cabeça
na almofada.
-Eu vou limpar a cozinha, anunciou ele. Então vou chamar Stephen e
vamos ler um pouco, se você se sentir forte. O que você acha?
-Magnífico Ela disse. É como estar no céu.
-Ainda não, disse ele, rindo. Mas eu prometo a você que hoje à noite
chegará perto o suficiente.
Eles tinham acabado de ler Robinson Crusoé muitas noites atrás, e
agora estavam engajados em leitura do Conto de Duas Cidades. À primeira
Brace não tinha se mostrado de acordo com a escolha, mas Sarah tinha dito a
ele que era um bom livro, que Stephen também receberia uma lição de
história.
-E ele provou estar certo, porque Stephen ouvia encantado ao
explorar a França como uma família.
-Eu adoraria ir lá um dia, disse quando os três estavam reunidos na
sala de estar em outra noite emocionante da leitura.
Talvez possamos fazer Brace disse. Há navios gigantes que
atravessam o oceano, filho. Poderíamos economizar dinheiro e viajar para lá
em alguns anos.
-Fala sério? Ele perguntou à Sarah, que parecia tão ansiosa quanto
Stephen a viver essa experiência.
-É claro que eu disse sim, com total convicção. Nós vamos ter que
ter um mapa, e talvez um desses aparelhos com os quais ver as imagens. Eles
parecem tão reais é como se você estivesse preso neles.
-Ele chamam telescópio, disse Sarah. Tivemos um em casa quando
eu era uma criança. Meu pai deu para nós, Sierra e eu pelo Natal, para que
pudéssemos viajar pelo mundo sem sair de casa.
Bem, nós obteremos um, e Stephen desfrutará o mesmo privilégio,
decidiu Brace.
-Sabes que? perguntou ela, pensativa. Eu não me surpreenderia que
a minha mãe tenha trazido com tudo de Big Rapids.
Não seria grande?
-Nós podemos fazer a próxima vez que você passar por aqui ou os
for visitar, Brace disse. Ele iria salvar ter que nos pedir por catálogo.
-Estou feliz que você mencionou, disse ela, lembrando-se de como
estava feliz com o dom de seu pai. Meus pais devem ter caixas de fotos. Um
dia desses vou lá e ajudar minha mãe a procurá-los.
-Por que você não leva Stephen e deixa-o ir até o sótão? Brace
sugeriu.
-Claro que poderia ajudar sua avó Colleen, e eu sei que ela adoraria.
-Você é muito inteligente, ela disse, e olhou para Stephen.
O menino estava ocupado ensinando seu cão a não saltar sobre o
mobiliário, e não parecia que estava prestando atenção à conversa entre os
dois adultos.
-Quando eu vou ajudar a avó? ele perguntou de repente, mostrando
que Sarah estava errada.
-Logo, disse ela, rindo. Talvez amanhã.
-Por que você dorme soneca todos os dias, tia Sarah? Perguntou
Stephen. Você vai para a cama todas as tardes após o almoço. Você não está
doente, não é? A olhou franzindo a testa na cabeça peluda rolando. É por isso
que o papai não quer que você vá até o sótão da vovó? Porque você não se
sente bem?
Sarah balançou a cabeça, mas Brace rapidamente decidiu aproveitar
a oportunidade para conversar com a criança.
-Há algo que não sabe, Stephen. -Começou.- E eu acho que você tem
idade suficiente para entender o que está acontecendo com sua tia Sarah.
Stephen revirou os olhos arregalados, sua boca ligeiramente aberta
e deixou seu cachorro no chão. Ele correu para Sarah e ajoelhou-se a seus
pés, observando-a.
-Você vai morrer como minha mãe, certo? Ele perguntou, a ponto de
chorar.
Sarah se inclinou para frente e descansou a cabeça contra a dele. Ela
entrelaçou os dedos em seu cabelo preto, assim como Sierra, e beijou as
costas enquanto observava inquieto Brace.
-Não, não, claro, disse à Stephen. Eu não vou morrer, então não se
preocupe.
-Mas eu não sabia que minha mãe ia morrer... Até que ela morreu.
Ele olhou para ela e Sarah olhou fixamente em seus olhos.
- Nada de ruim vai acontecer comigo, Stephen, assegurou-lhe com
firmeza. Eu estou tão saudável quanto qualquer mulher poderia estar.
-Sarah tem outro motivo para dormir Stephen, disse Brace,
aproximando-se do sofá. Sentou-se no chão atrás de Stephen, e colocou a
criança no colo.
-Não estou velho demais para sentar-se em cima de você, pai?
Perguntou Stephen, mas se aconchegou contra o homem que se tornou seu
pai.
Sarah também se senta no meu colo, Brace apontou com um
sorriso. E ela é muito mais velha do que você.
Stephen pareceu confuso por um momento.
-Eu não acho que é o mesmo, em tom de dúvida. Mas se você diz
que está tudo bem, eu não me importo.
-Stephen, sua tia e eu vamos ter um bebê. Ele não podia dizer mais
nada, porque Stephen se levantou e saltou abraçou fortemente Sarah. Seu
corpo tremia, e Brace temia a notícia ter feito ele se sentir miserável.
-Mas os seus receios foram aliviados quando Stephen riu a explosão
de pura alegria.
-Um Bebê? Um bebê de verdade, tia Sarah? Ele perguntou, e olhou
para Brace com os olhos inquisitivos-. Quando isso acontecer, você terá um
bebê, certo? E talvez você vá quere- lo mais do que eu ... De repente, ele se
tornou muito rígido.
-Eu não poderia desejar qualquer outro cara mais do que te amo,
Stephen, Brace disse cautelosamente. Você é o primeiro garoto que me
chamou de "Papai", e não sei como estou orgulhoso de você. Você sempre
será o primeiro cara nesta casa, e quando chegar o bebê vai te amar como
agora. Há sempre amor o suficiente para ir, filho. E você também quer o
bebê. Será o seu irmão, sabe?
-Sim, disse Stephen com a voz trêmula. Acho que vou dizer aos avós
quando vê- los ... Ele fez uma pausa e franziu a testa. Gostaria também de
dizer Nicholas e Lin. Posso?
-Bem, é claro que você pode, Brace disse.
-Que bom! Exclamou Stephen, emocionado. Vai ser muito
engraçado, pai. Eu nunca tive um irmão ou irmã. Quanto tempo até que o
bebê se torne grande o suficiente para jogar?
-Poucos meses Sarah disse rapidamente. Mas ainda há um tempo
para nascer. Os bebês não começam a andar até que tenhamos um ano ou
menos, e provavelmente vai gastar um par de anos antes que você possa sair
e jogar com você.
Mas eu posso jogar com ele na casa, certo? Stephen perguntou
esperançosamente. Quero dizer... A gente pode sentar-se no tapete e ler
livros ou jogar com brinquedos.
Acho que você vai ter um grande momento com o bebê, Brace
disse. Você vai ser o melhor irmão do mundo.
Stephen pareceu crescer vários centímetros mais alto em pensar
que na previsão.
-Vou tentar ser um bom irmão, disse finalmente. E vou cuidar do
bebê da melhor maneira possível, tia Sarah, e vai assistir a não se machucar
ou cair da escada.
-Estou muito orgulhosa de você, Stephen , disse Sarah. Eu sabia que
você ia ficar feliz em saber, hesitou por um momento e olhou para
Brace. Devemos dizer-lhe isso?
-Eu acho que sim, disse Brace, procurando as palavras certas para
não assustar o garoto. Ele limpou a garganta e tentou falar com voz
indiferente. O pai de Lester morreu recentemente, Stephen. Você sabe que
foi seu avô, certo?
Stephen assentiu, aparentemente confuso.
Bem, o advogado encarregado da vontade de seu avô escreveu,
prosseguiu Brace. Ele virá para conhecê-lo, porque acha que você pode ser
capaz de herdar parte do espólio.
-Herdar? Isso significa que eu vou ter que ir morar em outro
lugar? Eu não quero ir, pai. Eu não quero viver longe de você e apertou os
lábios e estreitou os olhos.
-Nunca terá de viver em outra parte, apressou-se a assegurar
Brace. Não, a menos que você mude sua mente quando você ficar mais velho
e querer viver em sua própria casa. Até então você pertence aqui, e você tem
que entender. Você não vai a lugar nenhum.
-Para outro cara, talvez, as palavras teriam soado muito duras, como
uma sentença que o mantivesse preso lá. Mas Stephen parecia ser a
afirmação de que precisava.
-Estou feliz meu pai, disse com um sorriso de orelha a orelha. E eu
não me importo se o homem vem falar comigo. Eu vou dizer que eu não
quero viver em outro lugar. De acordo?
-Perfeito, disse Brace.
-Quando está programado para chegar? Perguntou Sarah. Já entrou
em contato com ele?
Sim. Ele estará aqui na próxima semana.
Quando seus pais acha que virão? Perguntou ela. Estou ansiosa para
fazer-nos uma visita e conhecermos todos eles.
-Eles serão também os meus avós? Stephen disse alegremente,
como se a perspectiva de ter mais família era algo para comemorar.
-Sim, eles também Brace confirmou. Você é meu filho, o que faz com
que seja seu neto.
-Legalmente? Perguntou Sarah.
-Nós vamos cuidar disto quando o juiz responder de volta. Tenho
vindo a preparar um plano.
-Quando você retorna?
-Em um par de semanas. Tudo indica que vamos estar muito
ocupados nos próximos dias: O juiz, o advogado... E então, se tivermos sorte,
talvez meus pais nos façam uma visita, agarrou Stephen e colocou em seu
colo. Mais importante ainda, o juiz tomará uma decisão sobre Stephen. Eu
quero que tudo seja legal. Levará o meu nome. O que você acha? Perguntou
ao menino. Gostaria de se chamar Stephen Caulfield?
-Sim, muito, disse ele, balançando a cabeça com firmeza. Então,
quando eu voltar para a escola eu posso dizer ao professor que eu tenho um
novo nome, certo? E eu tenho que escrevê-lo muitas vezes para que você
não se esqueça de mim.
- Asseguro não esquecerei, disse Sarah, rindo. Não levou muito
tempo para se acostumar com o meu novo nome quando me casei com
Brace. Sarah Murphy era antes, e agora eu sou Sarah Caulfield.
-Sra. Brace Caulfield seu marido disse com satisfação. Eu gosto de
saber que você leva o meu nome, Sarah. E eu me sinto muito satisfeito
quando Stephen for meu, legal e estatutariamente.
Stephen tem a intenção de falar com seus avós conheci muito mais
cedo do que qualquer um deles ter esperado. Na manhã seguinte, o velho
casal saiu pela porta dos fundos e entrou para o café com a família.
-A Tia Sarah anunciou biscoitos Stephen. Não para todos,
acrescentou, puxando o braço de sua avó.
Nós não queremos incomodá- la Colleen disse, inclinando-se para
beijar Stephen e abraçar Sarah. Está bem? Perguntou.
Sarah assentiu e se virou para Brace -. E você? Como você pode
sobreviver a esta provação?
Eu amo o Brace disse. Ambos são animados, e além de uma dor de
estômago e fadiga, Sarah leva de forma brilhante.
-Eu tenho algo a dizer, Stephen disse, tão impaciente que mal
conseguia ficar parado. Ele agarrou a mão de seu avô para anexar ao círculo e
olhou Brace. Eu já posso dizer-lhe?
-Claro, filho. Atacando Brace incentivou, observando o sorriso que
Joshua Colleen lançara sobre o menino.
- Sentem, Stephen ordenou a seus avós, e os trouxe para a
mesa. Isto é muito importante, seu peito parecia expandir-se com cada
palavra. Ele esperou um momento, consciente de que todos os olhos
estavam sobre ele, e deixou que as palavras se esforçassem a sair-. Vamos ter
um bebe. Eu, meu novo pai e tia Sarah teremos um outro menino ou menina,
vô. Mas eu não me importo se for um menino ou menina.O que você acha,
vovô? Seus olhos brilhavam de excitação, e seu rosto brilhou pela
importância do seu anúncio.
-Não importava que seus avós já soubessem, pensou Brace, eles
fingiram surpresa e perplexidade ao ouvir isso de Stephen.
-É uma notícia maravilhosa Colleen disse, olhando para seu neto e
agarrando a mão dele. Não seria maravilhoso ter um novo bebê na família?
-Certamente que sim -concordou Joshua, como se não quisesse ficar
fora da comemoração-. E eu concordo com você, Stephen. Eu não me
importo se é um menino ou menina. Mas a verdade é que eu não sou
inteiramente justo. Nós não queremos um neto mais do que você, Stephen,
assim uma criança vai se encaixar perfeitamente. Mas se for uma menina,
temos de pensar em todas essas coisas de uma criança, como vestidos, saias
e pulseiras.
-Vou ensiná-la a jogar comigo e Urso Stephen disse,
teimosamente. Eu não me importo se for uma menina. Ela pode fazer tudo o
que faço.
-Você está certo, filho apoiou Brace. Estamos todos dispostos a
aceitar o que Deus quiser enviar.
-O que Deus tem a ver com isso? Perguntou Stephen.
-Sarah olhou para a mãe para ajudar, e Colleen tornou a levantar.
-Venha aqui, Stephen, disse, e esperou que o menino estivesse
próximo-. Seu pai e tia Sarah serão os pais do bebê novo, mas é Deus que nos
faz todos humanos e que permite aos pais ter seus bebês. Se você quiser,
podemos ler a Bíblia e aprender como Deus fez o homem à sua imagem e
semelhança.
-Podemos lê-lo? o menino perguntou com entusiasmo. E o pregador
da igreja sabe como Deus decide quem pode ter filhos?
Bem... Foi a vez de Colleen procurar ajuda.
-Homens e mulheres que se amam e que, juntos, formam uma
família, geralmente têm bebês Brace explicou. Pessoas como sua tia Sarah e
eu, queremos viver juntos para sempre e cuidar de nossa família. Às vezes, os
bebês nascem em não tão boas situações, mas não é culpa de Deus que isso
aconteça. Só significa que alguns pais não são tão bons como os outros na
educação dos filhos. Às vezes os pais não se preocupam com os seus filhos
como deveriam, mas normalmente tudo vai bem.
-Teria sido melhor se tivesse a minha tia Sarah e você, em vez de
meu pai, disse Stephen. Eu acho que você é o melhor pai do mundo, e eu
estou contente de fazer parte de sua família. E eu estou feliz que minha
família cresceu! Minha avó, meu avô e todos nós. É fantástico.
-Sim, é , disse Sarah. E se os pais vêm para visitar Brace, nossa
família será ainda maior. Eles vão estar muito felizes que Brace tenha um
filho como você, Stephen.
-Quando eles virão? Perguntou o menino com os olhos arregalados.
-Ainda não sei, disse Brace. Enviei uma carta os convidando, e nós
devemos receber a resposta em breve.
-Meus avós sabem do advogado? Stephen perguntou, mas não
esperou pela a corrente de resposta. Há um homem que lida com o
testamento do meu outro avô. Você sabia que o meu outro avô está
morto? Ele perguntou de repente.
-Josué e Colleen acenaram, encorajando-o a continuar.
-Bem, este homem está vindo para nos ver, e quer ter certeza de
que eu sou quem sou, então talvez eu possa... Olhou para Brace, procurando
a palavra certa.
-Herdar, concluiu Brace -. Talvez você possa obter o legado de seu
avô.
-Sim, é isso que eu quis dizer, disse o menino. Herdar. O que significa
que o rancho que levaria Lester e os outros dois homens pode ser meu um
dia.
-O que você pensa sobre isso? Perguntou Josué.
Stephen deu de ombros, com desdém.
-Acho que isso é bom, mas eu não vou morar lá. Gosto de viver aqui.
Nós vamos cuidar de contratar um gerente para ele, Joshua
disse. Quando o advogado chegar, vamos discutir tudo em detalhes.
Capítulo Dezessete
-Eu sou Edward Lawrence. Se apresentou o recém-chegado
cavalheiro de aparência distinta em Benning, tomando as mãos de Brace. Eu
espero que não seja muito trabalho para você e sua família, mas acho que é
vital para resolver o legado do jovem Stephen.
Brace assentiu.
-Estou de acordo. Parece justo que a criança receba algum tipo de
recompensa pela vida miserável que teve com Lester Clark.
-Eu não ouvi nada de bom sobre os irmãos Clark, e menos de Lester
disse Lawrence -. O pai era um libertino de idade, e mais de uma vez agiu
contra a lei. Mas espero que você entenda que não estou aqui como um
amigo, declarou com firmeza. Assim como um representante do
estado. Pessoalmente, acho que toda a família estava pedindo pelo problema
há anos, mas eu tenho que dizer uma coisa em nome do pai de Lester: Ele era
leal a sua família, e eles foram muito patifes. Ele assegurou que sua
propriedade passasse para seus descendentes. Portanto, esse cara, Stephen,
parece o mais provável candidato para herdar tudo.
-Bem, Brace disse. Se você quer lidar com o assunto hoje, você é
bem-vindo em nossa casa. Eu reservei um quarto no hotel para
você. Podemos deixar os seus pertences, antes de mais nada, se você
desejar.
-Eu gostaria de falar com Stephen, ele sabe quem eu sou, disse o Sr.
Lawrence. Eu quero ouvir o que as memórias da infância. Meu primeiro
trabalho será o de estabelecer sua identidade, e ele pode me ajudar a fazê-lo
sem muita profundidade.
-De acordo. Eu vou levá-lo para o hotel e eles enviam um cavalo para
os estábulos para seu próprio uso... Ele fez uma breve pausa, você monta,
senhor?
-Mr. Lawrence riu e acenou.
-Eu nasci e cresci no Texas, respondeu. Aprender a andar foi uma
das primeiras coisas que fiz quando era criança. Dê-me instruções precisas
para a sua casa e eu vou estar lá em breve.
Brace o levou para o hotel e indicou o caminho em um mapa. Então,
uma vez que o advogado foi instalado em seu quarto, ele foi com sua
montaria para os estábulos.
-Amos, gritou pelo ferreiro, que apareceu poucos segundos na
porta. Tem um cara no hotel, Edward Lawrence, um advogado do outro lado
do estado, que tem a vir a minha casa. Você pode dar um cavalo? Que iria
salvá-lo de uma longa caminhada.
Ele sabe montar? Amos perguntou, obviamente relutante em deixar
um de seus cavalos para um homem inexperiente.
-Eu acho que é um cara honesto, e diz que monta à cavalo desde
que era criança.
Amos assentiu.
-Eu levo um cavalo e comunico aos Simms.
Então Brace passou pela prisão informando Jamie da situação. Seu
assistente, que já estava ciente do possível legado de Stephen, ficou mais do
que disposto a cuidar de tudo até que seu chefe retornasse.
Se houver problema, deixo você saber imediatamente prometeu o
jovem.
Uma vez que Brace chegou em casa, deixou o cavalo no galpão e sua
égua no pasto antes de entrar pela porta de trás.
Sarah? – A chamou da porta, e novamente ficou surpreso com a
diferença presente na casa com uma mulher no comando do trabalho
doméstico.
Sarah foi imediatamente recebê-lo e se jogou em seus braços.
-Com este tipo de boas-vindas eu chegaria em casa mais cedo, disse
ele com carinho, rindo.
-Não seja bobo- Ela repreendeu, rindo também. Era uma mulher que
gostava da vida totalmente, pensou Brace. Era aberta e confiante, mas ainda
tinha mistérios escondidos dentro. Alguns mistérios que ele deveria
descobrir.
Ela sabia mais sobre ele e seu passado do que qualquer outro ser
humano, e ainda assim ela o amava sem reservas. Lembrou-se do dia em que
se encontraram, quando Sarah não pensava em nada a não ser matar Lester,
e sorriu.
-O quê? Perguntou ela. O que você acha tão engraçado? Eu tenho
poeira em meu nariz?
-Não. Eu só estava lembrando da primeira vez que te vi. Com sua
arma e sua faca, e seus esforços para matar Lester.
-Você acha que eu não gostaria? Ela perguntou secamente.
Brace balançou a cabeça.
-Eu não quero que fique com raiva, querida. Lester era mais burro
do que parecia, se pensou que poderia fugir dela. Sua irmã e você podiam ser
gêmeas, mas você era a única que tinha mais coragem em sua família.
-Ela era muito mais doce do que eu, disse ela. E veja o que a ajudou.
Ela se mexeu em seus braços.- Eu pensei que você vinha para trazer este
advogado. Enviei Stephen para alimentar os animais.
Brace virou-se para a janela, ainda segurando-a, e viu Stephen sair
do celeiro e se dirigiu para a casa. De repente, o menino parou, olhou para
algo que estava fora de vista de Brace, e rapidamente correu para o lado da
casa.
Eu acho que nosso amigo, o advogado chegou disse Brace. A menos
que meu instinto me engane, Stephen foi cumprimentá-lo agora, e examinar
o cavalo que Amos cedeu.
Nem estava errado em suas suposições, porque poucos segundos
uma batida na porta traseira anunciou os visitantes, enquanto Brace olhou
pela janela Stephen levou o cavalo para o pasto. A criança tomou as rédeas e
começou a desencilhar. O fez mais rápido que Stephen tinha esperado, e
quase o derrubou no chão.
Brace riu, e Mr. Lawrence virou-se para ver o que o cara fez. Stephen
abriu a porta e conduziu o animal para a cerca, e tomou o freio para que ele
pudesse pastar sem impedimentos.
-Espero que você possa voltar a colocar o freio quando for hora de
sair, disse Lawrence. Eu duvido que esse animal paste tão livremente em sua
vida.
-Ele vai ficar bem, e assegurou Brace. Se necessário, posso usar um
laço para pegá-lo. Algum tempo atrás me foi dado muito bem.
-Foi um cowboy?
-Sim. Eu vim para o Texas quando era muito jovem, e no começo eu
fiz minha vida com cavalos e gado.
-Um homem que se fez, parece, disse Mr. Lawrence, e olhou para
Sarah, que silenciosamente observava os dois homens. E esta deve ser sua
esposa, xerife. Como está, minha senhora? Ele perguntou gentilmente,
tirando o chapéu e balançando a cabeça.
-Por que você não se senta, senhor? Ela ofereceu a ele. Nós sempre
temos café pronto para os visitantes.
Obrigado respondeu o advogado. A verdade é que eu poderia
realmente apreciar. O pequeno-almoço servido no trem não foi nada de
especial. E o café era horrível.
Quando eles estavam sentados em torno da mesa, Mr. Lawrence fez
algumas perguntas incisivas sobre Stephen, seu relacionamento com Sarah e
seus avós e ameaças de abuso que o menino havia recebido de seu pai.
No meio da conversa, Stephen veio e chegou-se a Sarah,
duvidoso. Mas quando o advogado lhe perguntou sobre Lester e Sierra, o
menino respondeu rapidamente e com uma afeição óbvia por sua mãe. Seus
sentimentos em relação Lester eram muito diferentes, e a voz falhou ao
relatar os espancamentos, insultos e ameaças que ele e sua mãe haviam
sofrido.
-Você sabe que sua família tem um rancho em todo o estado? Ele
perguntou o advogado. Seu avô está morto, mas ainda vivem lá outros
membros da família.
-Eu não quero saber nada sobre eles, disse Stephen com
veemência. Esta é a minha família. Tia Sarah, meu pai e meus avós. Eu não
vou a lugar nenhum.
-Bem, eu acho que deixa bem claro, Mr. Lawrence disse, inclinando-
se para trás na cadeira e olhando com aprovação Stephen. Você parece
muito feliz de viver aqui, não é, filho?
-Sim, senhor, disse o menino. Nós vamos ter um bebê novo no
próximo ano e...
-Eu não acho que Mr. Lawrence que interessado, Sarah interrompeu.
-Oh, sim, disse o advogado. Estou interessado em tudo relacionado
com o futuro de Stephen olhou para Brace com expressão
interrogativa. Vocês são legalmente os pais do menino?
-Ainda não, admitiu Brace. Vamos pedir ao juiz para resolvê-lo
quando voltar para a cidade.
-Será que eles têm um documento expondo as suas intenções? Ou
um advogado para representar na cidade?
-Não, Brace. Esperamos que o juiz decida a nosso favor. Tem sido
muito solidário com Stephen e os problemas que ele teve.
-Mesmo assim, eu acho que nós poderíamos fazer aconselhamento
jurídico adequado, disse Lawrence. Vou ficar na cidade até que o juiz, e,
entretanto, vou passar mais tempo com Stephen,seus avós e vocês. Temos
que deixar tudo claro o mais breve possível.
-Nos Representaria no tribunal? Sarah perguntou, surpresa.
-Eu estou disposto a fazer o que for preciso, disse ele. Eu acho que a
criança tem aqui tudo o que precisa, e claramente se sente muito feliz com
você.
- Brace é o meu novo pai, sabe? Stephen disse calmamente. E a tia
Sarah sempre tomou conta de mim, especialmente depois da minha mãe
morreu. Meu verdadeiro pai não era muito bom.
-Eu sei, disse Lawrence. E eu farei todo o possível para que você
obtenha o que você merece, Stephen. Olhou para Brace e sorriu. -Vamos
falar sobre a custódia legal do menino, para ver o que podemos fazer. Eu
também tenho que falar com os avós. Você sabe, sendo os parentes mais
próximos têm o direito de pedir a custódia.
-Deles não haverá problema. Assegurou Sarah. Eles sempre foram
uma parte importante da vida de Stephen, mas também acreditam que deve
ficar com a gente.
-Estupendo. Disse o Sr. Lawrence, e virou-se para Stephen. Você
acha que você poderia colocar o freio no meu cavalo, filho?
-Sim, senhor, é claro que posso, disse o menino muito mais relaxado
e satisfeito agora que sabia que o Sr. Lawrence também zelaria sobre seu
futuro sorriso.
O juiz Bennett ficou impressionado quando alguns dias mais tarde,
entrou com o recurso no tribunal improvisado.
Parece que ele tem lidado com todos os detalhes que contou
Edward Lawrence, e olhou Brace e Stephen. Você sabe o que isso
significa? Perguntou, indicando o documento que segurava na mão.
-Sim, meritíssimo, eu sei. O menino respondeu educadamente.- Isso
significa que se você der a sua permissão, irei pertencer realmente a minha
tia Sarah e meu novo pai. Para sempre.
-Bem, você não pode pertencer a ninguém, porque você é um ser
humano com os seus próprios direitos, mas você pode reclamá-los como seu
pai e sua mãe, disse o juiz. E se você concordar, não vejo razão para negar o
pedido apresentado por seu advogado, xerife Caulfield.
Sarah soltou a respiração que estava segurando, e toda a sua
ansiedade tornou-se grata ao ouvir a decisão do juiz. Josué e Colleen se
sentavam atrás dela, e sentiu a mão quente no ombro de seu pai quando o
juiz levantou-se e olhou para ela.
-Você se aproxima do banco?Pediu, e esperou por ela ser colocada
ao lado de seu sobrinho, que olhou para ela com um sorriso de pura
felicidade.
-Eu serei sinceramente, tia Sarah. Como se você tivesse sempre sido
a minha mãe.
-Mas não vamos esquecer a sua verdadeira mãe, ela disse a ele.
Sierra era minha irmã, minha irmã gêmea, a pessoa mais próxima de mim. É
justo que eu tome seu lugar em sua vida. Era uma mãe maravilhosa e uma
boa esposa, Stephen. Nunca se esqueça disso.
-Sim, tia Sarah ele respeitosamente respondeu, incapaz de sentar-se
ainda pela emoção -. Eu já tenho o meu novo nome?
-Eu já pediu ao tribunal para alterar o nome do menino por Caulfield
disse Mr. Lawrence. Qualquer oposição a isso, meritíssimo? Ele perguntou ao
juiz, e esperou atrás de Stephen, uma mão em seu ombro, pelo que pareceu
um longo minuto.
Finalmente, o juiz concordou com a cabeça.
-Eu proclamo aqui e agora que a criança conhecida como Stephen
Clark será dado o nome de seus pais adotivos, e que a partir deste dia em
diante será chamado Stephen Caulfield. Será que todas as partes
concordam?
Colleen e Josué se levantaram e se aproximaram do estrado. Colleen
esticou os braços em direção a sua filha e neto. Joshua e Brace apertaram as
mãos e o advogado. Stephen quase o sufocou abraçando sua tia e avó, mas
não pareceu se importar, a julgar pelo sorriso radiante que iluminou seu
rosto.
Eu penso que este caso está encerrado, disse o juiz. E agora eu
tenho que falar com Edward Lawrence sozinho.
Brace feito à sua família o edifício e esperou o advogado. Quando
ele apareceu, ele felicitou calorosamente.
-Tudo está quase resolvido ele lhes disse. A identidade do menino
foi estabelecida, e o juiz concebeu um plano para a herança, desde que
tenham a aprovação, Sr. e Sra. Caulfield.
Lágrimas vieram aos olhos de Sarah, mas seu sorriso era radiante.
-Tenho certeza de que vai ser justo com Stephen disse.
Eu acredito, disse o advogado assegurou. Nenhum da família
reivindicou a herança, e nosso plano é encontrar um homem capaz de
gerenciar o rancho para os próximos quinze anos. Após esse tempo, Stephen
será capaz para lidar ele próprio. Nós podemos manter o rancho, mas seria
bom se o xerife Caulfield e Joshua Murphy pudessem lidar com questões
financeiras e talvez visitar a propriedade, uma vez por ano. De minha parte,
vou entrar em contato com o rancho, e o homem escolhido como capataz
responderá a mim de alguma forma.
-Eu acho que você tem feito o seu melhor pelo menino Josué
disse. Eu não poderia ter pedido mais. A nossa única preocupação era que
Stephen pudesse ficar com Sarah e Brace e a herança do menino
permanecesse intacta para ele.
-Tudo foi providenciado -Les Lawrence disse. E agora vou pegar
minhas coisas e pegar o próximo trem para o oeste. Eu quero começar a
trabalhar de imediato.
-Penso que o próximo trem sai amanhã de manhã, Brace disse.
-Magnífico. Aproveito a oportunidade para fazer a barba e um corte
de cabelo e descansar esta noite.
-Eu vou cuidar que seu cavalo volte aos estábulos ofereceu Brace. E
virei pela manhã, para me certificar que eu não perca o trem.
-Como estão as suas aulas de equitação? Lin perguntou a Sarah. Ela
tinha ido para passar à tarde, e sentou sob uma árvore, perto do prado.
Stephen trouxe seu cavalo para o celeiro, com uma corda amarrada
ao cabresto, e Sarah queria que Brace viesse do trabalho antes que a criança
pudesse pensar em demonstrar seu progresso na sela.
-Brace está satisfeito com a rapidez com que você aprende, mas
ainda não o deixa andar sozinho. Temo que Sugarfoot está se tornando muito
mole. Stephen e Urso passam tempo com ele e o cão e o cavalo parecem se
dar muito bem. O urso não sabe se dorme lado da cama de Stephen ou no
celeiro com Sugarfoot.
-Certamente que decide por Stephen, Lin disse. Os cães são fiéis até
a morte, e Urso está muito perto de seu filho. Por outro lado, não é incomum
para dois animais tão diversos como um cão e um cavalo laços estreitos.
-Eu disse a Stephen que podia levar a sela e se preparar para um
passeio quando Brace chegar, disse Sarah, assistindo o sol ainda brilhando no
oeste. Eu acho que eles ainda têm tempo antes do jantar.
-Como está? Perguntou Lin. Stephen estava cheio de orgulho
quando nos disse sobre o bebê.
-Eu disse que poderia dar a notícia e não perdeu um segundo Sarah
disse ele, olhando com carinho para a criança.
-Ele é louco de alegria, hein? Tivemos algo semelhante, quando o
nosso filho nasceu. Amanda é a sobrinha de Nicholas, e eu era sua babá antes
dele e eu casarmos. Temíamos que se sentisse negligenciada quando tivemos
um filho, mas Jonathan não apenas aceita, mas considerou a sua propriedade
exclusiva. Nós nunca tivemos um problema a esse respeito.
"Eu não sei", disse Sarah. Brace sempre falou para mim de seus
filhos como se fossem seus próprios e Nick.
-Os dois queremos como nosso próprio, Lin disse, observando seu
filho se aproximar da cerca e tropeçar pasto. Amanda agarrou sua mão e se
inclinou para falar com ele.
-Ela é muito boa com o seu irmão, disse Sarah. Se eu tiver um filho,
Jonathan vai ter alguém para brincar.
-É uma menina firme, declarou Lin. Eu posso dizer pela sua
aparência. Além disso, eu também vou ter uma menina e eu dar-lhe um
companheiro. É como se tivéssemos todos nós uma família, não é,
Sarah? Espero que nossos filhos possam passar o tempo juntos.
Sarah virou-se para sua amiga e olhou.
-Você acabou de dizer que você vai ter um outro bebê?
Algo como, Lin disse, rindo.
-Mas quando?
-Quase ao mesmo tempo que você. No início de março.
-Mas por que você não me disse antes? Eu adoraria nós termos
nossos bebês juntos.
- Disse a Brace, mas acho que é suspeito. Ultimamente, ele tem
jogado- me alguns olhares muito significativos, como se estivesse medindo.
Sarah examinou a cintura da amiga e comparou-a com a sua.
-As duas ganharam peso, é certo, disse. Meus vestidos não mais me
cabem, e Brace acabou de comprar roupas novas.
-Eu sei, Lin disse. Mr. Metcalfe me disse na loja. Fiquei muito
satisfeita com a compra. Você sabia que seu marido encomendou um
carregamento de flanela branca e azul e rosa de tecido do catálogo da
Sears?
-Não. - Sarah admitiu, surpresa. Nós tínhamos falado sobre isso, mas
pensei que estava esperando pela minha mãe e eu decidirmos a quantidade
de material que precisamos.
-Aparentemente não quer correr o risco de ser da cor errada. Todos
nós escolhemos o azul e o rosa Lin disse com um sorriso. Você acha que sua
mãe poderia dar uma mão para Katie e me fazer uma colcha? Eu quero uma
nova para Amanda, assim você pode usar com seu bebê. E também
poderíamos fazer uma para você. Ela olhou para seus filhos com expressão
sonhadora. Todos os bebês precisam de um.
-Minha mãe adoraria, Sarah assegurou. E eu não posso esperar para
começar a cortar e costurar tudo que preciso.
-Lin deu-lhe um grande abraço.
-Nós vamos nos divertir muito.
-Fazendo que?
Ela ouviu uma voz atrás delas.
-Sarah rapidamente se virou e sorriu para o marido.
-Estamos falando de coisas de bebês.
-O que tem que interesse Lin? Ele perguntou, com um sorriso.
-Como se você não soubesse, Nicholas disse, juntando-se ao grupo.
-Eu tinha minhas suspeitas, admitiu Brace. Mas não tinha certeza.
-Mr. Metcalfe disse a metade da cidade que você comprou para sua
esposa um novo guarda-roupa há duas semanas, Nicholas disse, sorrindo
para Sarah. Ele disse que parecia ter ganhado peso.
-Idiota maldito, Sarah rosnou.
-Oh, vamos lá. - Não é a única incentivar Lin. Nós vamos passar por
isso juntos.
-Você quer ver minhas roupas novas? Sugeriu Sarah. Lin concordou e
as duas levantaram-. Vão montar Stephen em seu cavalo antes que perca a
paciência -Ordenou a Brace e Nicholas. Eu não creio que qualquer um tenha
amarrado a cintura, e eu não tentarei montá- lo sem antes verificar tudo,
Brace.
Os dois homens viram suas esposas entrarem na casa, e olhou para
o amigo Brace.
-Você acha que vou sobreviver?
-Eu não sei sobre você, mas eu tenho intenção de aproveitar cada
momento, Nicholas disse. Mulheres brilham de maneira especial quando
estão grávidas, e Lin já aconchega contra mim sem ser apressada.
Brace sentiu-se corar.
Gostaria de saber se Sarah era a única mulher que a gravidez
afetada. E não se atreva a dizer a ela que eu disse isso, Nick. Eu não quero
perder a felicidade de minha casa.
Nicholas riu e caminhou até o pasto, onde Stephen esperou
impacientemente com sua égua.
-Eu não acho que seja possível, assegurou Brace. Você tem uma
família que depende de você e uma mulher que te ama, o que eu posso
dizer.
-O que mais pode um homem pedir?
Capítulo Dezoito
Benning, Texas, março 1902
-Lin teve uma menina, Brace anunciou ao entrar.
Naquele dia estava muito ocupado no trabalho, mas a história
merecia ir para casa a metade da manhã para dizer para sua esposa. As celas
foram ocupadas por dois vaqueiros que tinham acabado a diversão sábado à
noite com uma luta de proporções épicas, de acordo com Jamie. Um terceiro
homem estava com ferimentos e lesões que iria mantê-lo na cama por uma
boa temporada, e os dois brutamontes estavam na prisão.
Mas nas últimas duas semanas Brace apresentava- se em casa nos
momentos mais inesperados, por isso Sarah não se surpreendeu ao vê-lo na
porta de trás enquanto ela preparava o creme para fazer manteiga.
- Uma menina? Ela repetiu animada -. Quando? Como é? Lin está
bem?
-Sim, querida, é uma menina. Eu não sei exatamente o quão alta, e
Lin está bem.
-Quando foi que você descobriu?
Nicholas perguntou ao médico para vir à sua casa, em seguida, veio
ao meu escritório para anunciá-lo. E estava tão feliz que parecia tê-lo feito.
-Como Fico feliz, Sarah disse. Lin estava convencida de que seria
uma menina, e previu o mesmo para nós.
-Bem, se você não de repente explodir, disse Brace. Eu não sabia
que o corpo de uma mulher poderia expandir tanto.
Sarah fez uma careta.
-Claro que pode. E para sua informação, minha mãe estava aqui há
algum tempo e vai voltar. Tem um pressentimento que eu vou dar à luz
prematuramente.
-Prematuro? Como sabe? Parece-me que você esteve grávida para
sempre, ele disse com um sorriso de admiração enquanto abraçava sua
esposa. Além de sua barriga proeminente, as costas doíam e os pés estavam
inchados, mas ainda manteve-se a mulher mais bonita que ele tinha tido a
honra de ver. Ele disse a ela e ela corou.
-Quero dizer, Sarah. Você é um ser extraordinário. Uma mulher que
oferece o seu amor para aqueles ao seu redor, e uma esposa de qualquer
homem estaria orgulhoso o empurrou um pouco mais e sentiu o bebê estava
protestando com um pontapé.
-Minha mãe acha que eu estou pronta, ela disse, aconchegando-se
contra seu calor masculino. Era um belo dia, e a idéia de que sua filha
compartilhasse seu aniversário com nova filha de Lin a fez sorrir de
felicidade.
Brace olhou para a testa, franzindo a testa pensativo, e Sarah sabia
que ela estava fazendo planos.
Eu estou indo para a cidade para dizer Jamie você não está se
sentindo bem. Então eu vou na escola e pergunto ao professor para enviar
Stephen aqui quando a campainha tocar. E eu vou deixar o médico
preparado.
-Eu tenho tudo planejado, certo? Perguntou a ela. Estou surpreso
que você não tenha feito planos para cuidar da entrega.
-Isso não é nada, querida, respondeu ele. Estou mais do que
disposto a dar esse privilégio ao médico e mãe.
E assim foi. Pouco antes da meia-noite, os gritos de um bebê foram
ouvidos em toda a casa e Josué abriu uma garrafa de conhaque para brindar
o nascimento. Ao lado dele, Stephen dormia tranquilamente no sofá.
No andar de cima, Brace ajoelhou-se ao lado da cama e se inclinou
sobre Sarah.
-É uma menina, meu bebê. Uma menina bonita. Quer vê-la?
-Em seguida, num fio de voz, ela respondeu pelo esforço. Eu ainda
sinto que tenho de empurrar, preparou corpo inteiro tremeu e lágrimas
silenciosas escorriam pelo seu rosto. Tenho frio.
Brace subiu e cobriu com uma manta.
Não está frio, disse , sem saber bem o que fazer.
Mas, em seguida, o médico se apartou.
Ele se parece com sua esposa vai presenteá-lo com outro filho, disse,
muito presunçosamente. A última vez que a vi, perguntei se ela tinha dois
anos grávida.
-Sarah, você o ouviu falar? Brace disse, oprimido pelo entusiasmo.
-Eu estou grávida, não surda , ela disse, e respirou fundo seguindo as
instruções do seu médico.
Um minuto depois, outro bebê nasceu.
-Outra menina disse o médico, e ele passou a retirar a placenta. Eles
parecem ser idênticas, Sra. Caulfield. Ela teve gêmeas.
-Eu imaginava Colleen disse alegremente. Mas não tinha certeza e
não queria dizer nada para que Sarah não se sentisse decepcionada se só
tivesse uma filha.
-Decepcionada? Perguntou Sarah. Como poderia ser? Ela estendeu
os braços para o bebê que sua mãe segurava. Brenna.
-Brenna? Colleen repetiu. E a segunda?
Sarah respondeu rapidamente, Brianna. A chamaremos Bree.
-Você já decidiu que os dois nomes? Perguntou Brace com outra
criança em seus braços.
Sarah abraçou e colocou a mão sobre a cabeça da outra.
-Tinha decidido há algum tempo. Nas últimas semanas, sabia que e
eram gêmeos. E hoje eu senti que a Sierra estava comigo. Estávamos tão
perto e queríamos tanto... Espero que minhas filhas tenham uma vida
maravilhosa como tivemos Sierra e eu na infância.
-. Vamos dar-lhe. -Brace prometeu -Todos nós. Seus pais, os meus e
todos os nossos amigos.
-Seus pais? Sarah repetiu.
-Meus pais. Recebi uma carta esta manhã. Eles vêm no caminho até
aqui, querida. Eu estava tão nervoso com o nascimento que esqueci de te
dizer. Perdoe-me, querida.
-Depois do que você me deu, hoje, eu perdôo tudo o que
disse. Obrigado, Brace... pelas minhas filhas... Por ser capaz de viver com
você, por me amar ... Ele pegou a mão dela, e tinha mantido em seu peito
durante as últimas horas, oferecendo carinho e apoio, e beijou-a.
-Eu te amo, Sarah, minha esposa, disse suavemente. Você me
encheu de felicidade. Não só esta noite com as meninas, mas desde que você
concordou em se casar.
-Bem, Colleen disse depois de um tempo. E se aproximou e Brace
segurou sua segunda filha em seus braços. As duas meninas, uma vez
lavadas, embrulhadas em flanela e examinadas pelo médico, estavam
silenciosas e calmas, como se sentissem o amor que as rodeava. Aqui estão
as suas Brianna e Bree. Um para cada um de vocês.
-Os Dois, para tanto, ele corrigiu. A nós levantamos juntos, e com a
ajuda de Stephen daremos a vida que elas merecem.
Sarah olhou para cima e viu os olhos do marido se encheram de
lágrimas, bem como os seus próprios. Toda a espera e as dores tinham valido
a pena. Brace e a imagem de suas filhas sorrindo e chorando de felicidade
seria uma memória que sempre carregaria no coração.
-Eu acho que seu pai vai querer saber o que está acontecendo,
Colleen disse. Vou descer e dizer que ele pode vir para atender suas netas.
-Não esqueça de Stephen, lembrou Brace. Acorde- o, se
necessário. Eu quero que esta noite esteja presente para que possa
compartilhar nossa felicidade. Ele se inclinou e beijou suavemente
Sarah. Você realmente está bem? Posso dormir com você esta noite?
Ela riu, fazendo-o franzir a testa.
-Não ria de me repreendendo. Eu só quero ficar com você e as
meninas.
-Claro que você vai ficar aqui. Na parte da manhã você vai ser um
especialista em trocar fraldas, eu garanto. E sim, você pode dormir comigo e
me abraçar e dizer-me o quão maravilhosa estou, sussurrou com um sorriso,
mas ele mostrou todo o seu amor. Você pode dormir na minha cama, não só
por esta noite, xerife Caulfield, mas o resto de sua vida.
Ela olhou para toda a felicidade, desejo e paixão que uma mulher
podia sentir novamente e sussurrou as palavras, como se para deixá-las
gravada em seu coração para toda a eternidade.
-O Resto de sua vida.
***