PROJETO GERAL DE EXTENSÃO CÓDIGO:

(DISCIPLINA DE EXTENSÃO - DOCENTE) PEX-MDL-55

APROVADO POR: Francislene Hasmann-Diretor (a) Adjunto de Regulação DATA: 27/07/2022 VERSÃO: 00

Votar é legal!
A educação política e o voto consciente como instrumentos
de mudança política e social

Uninassau/Univeritas
Belo Horizonte – 2022.2

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DADOS DO PROJETO
CURSO(S) PROPONENTE(S): Direito
ÁREA TEMÁTICA: Sociologia, Antropologia Jurídica, Teoria Constitucional e Direitos
Fundamentais

DOCENTE RESPONSÁVEL: Luciana Calado Pena - 017200608

(nome e matrícula)
QUANTIDADES DE ALUNOS NA DISCIPLINA 33

1. Introdução:
Trata-se de proposta de atuação do Curso de Direito do Univeritas/Uninassau que integrará as ações do
Grupo SER em cumprimento à Resolução nº 07, de 18/12/2018, para a inclusão de atividades de extensão
na graduação, considerando a indissociabilidade do ensino, extensão e pesquisa.

Dessa forma, o comitê responsável pelo atendimento da diretriz do órgão regulador, indicou como área
temática ‘Sociologia, antropologia jurídica, Teoria Constitucional e Direitos Fundamentais’, para os cursos de
Direito, posto que, conforme orientação contida na referida Resolução, a curricularização da extensão
deverá estar alinhada às políticas e ações de extensão já existentes e/ou já realizadas pela IES, bem como,
deverá estar articulada com o PDI, o PPC e o perfil do egresso.

Com o objetivo de impactar na formação e protagonismo de seus estudantes, o Curso de Direito do

Univeritas/Uninassau promove ações para que seus discentes possam lidar com a multiplicidade de
fenômenos que ocorrem na sociedade, tais como, empoderamento feminino, violência doméstica, questões
ambientais, enfrentamento à discriminação, e atuação em práticas em Direitos Humanos, com a oferta de
disciplinas, projetos de ensino, palestras e seminários.

As articulações das disciplinas na matriz ofertada asseguram o ensino – aprendizagem, com a

interdisciplinaridade, transdiciplinaridade e a transversalidade, o que contribui para a excelência da
formação profissional dos nossos alunos e, agora, as práticas extensionistas vão potencializar o impacto
social e acadêmico dos cursos.

O conhecimento pode ser melhor apreendido se constituído a partir da complementariedade de conteúdos

e variedade de veículos de transmissão e recepção, contribuindo para a formação de profissionais-cidadãos

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capacitados para responder, antecipar e criar respostas adequadas aos problemas, conflitos, tensões e
contradições da sociedade.

Vivencia-se, atualmente, no Brasil, um quadro de polaridade, confrontos, disseminação de fake news de

forma expressiva. Isso poderá vir a comprometer a democracia existente, na medida em que as eleições que
se aproximam poderão ser contaminadas com esse clima hostil. Para além disso, há que se ressaltar que a
educação política é educação em direitos humanos, e, como tal, deve ser permanente, continuada, voltada
para mudança cultural e fundada não apenas na instrução, mas na cooperação, na promoção da dignidade
humana, no respeito à liberdade, justiça, igualdade, solidariedade, cooperação, tolerância e paz, devendo
abranger educadores e educandos, conforme ensinou Paulo Freire.

Demais disso, entende-se que a presente proposta se encontra alinhada aos Objetivos para o
Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da ONU. A Agenda e seus objetivos foram traçados
dentro de uma perspectiva universal, refletindo as aspirações de diversas nações do mundo e
representando, dessa forma, uma oportunidade importante para construir uma trajetória mundial com
equilíbrio ambiental e social. Destaca-se, para tanto, três objetivos com conexão a ação que se propõe:
Objetivo 4 - Educação de Qualidade, Objetivo 10 - Redução das Desigualdades, Objetivo 16 - Paz, Justiça e
Instituições Eficazes.

Diante de tais premissas, e considerando-se que nos aproximamos de mais um pleito eleitoral, acredita-se
que o desenvolvimento desta ação extensionista intitulada ‘Votar é legal! A educação política e o voto
consciente como instrumentos de mudança política e social’, será possibilitado aos discentes uma outra
forma de aprendizagem para além da tradicional aula expositiva ministrada além de atender a normativa do
Ministério da Educação e Cultura.

2. Justificativa:
No mundo contemporâneo, no qual a educação se torna uma condição para a integração social, política e
econômica dos indivíduos na sociedade, podemos dizer que o acesso à educação e à informação se constitui
em um direito de cidadania fundamental. Sobretudo quando se trata da participação sócio-política, é
possível afirmar que o acesso ao conhecimento e ao pensamento crítico é um requisito central.

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No Brasil, acompanhando o movimento de acirramento e polarização no campo política, têm-se

multiplicado comportamentos das pessoas desde à apatia e desinteresse nos processos eleitorais, quanto na
derrubada de governos, com sérias ameaças à democracia.

A questão da participação política não pode ser abordada somente pelo aspecto do acesso aos direitos de
cidadania e do enfrentamento das desigualdades sociais, mas também pela formação de cidadãos atuantes
e imbuídos de espírito público, por relações políticas igualitárias, por uma estrutura social firmada na
confiança e na colaboração.

Para atuar nesse mundo, ações articuladas se tornam cruciais para o alcance da efetividade do objetivo que
se almeja. E nesse sentido, fomentar uma educação que esteja pautada em direitos fundamentais,
construída de forma colaborativa por atores inseridos nas mais diversas esferas da sociedade contribuirão
para transformar esse cenário de desigualdade. Essa formulação em rede promovendo a conscientização do
seu papel nesse contexto dos agentes acima especificados representará medida eficaz para a reflexão de
importantes questões, como, por exemplo, fortalecimento da democracia, do sistema eleitoral, do voto
secreto, combate à corrupção, importância da participação política, diferenciação do que é política e
politicagem.

Assim é que o presente projeto almeja contribuir para a constituição de uma plataforma aprendizagem
mútua com o compartilhamento de informação e formação de agentes sociais que contribuirão para a
capilarização de que ‘votar é legal’ e de que a educação política e o voto consciente são instrumentos de
mudança política e social.

Acredita-se que a reunião de pessoas com diversidade de classe, gênero, raça, como é o público alvo,
promoverá o respeito mútuo e o melhor entendimento entre as pessoas. Espera-se que despontem
lideranças que usem suas vozes para multiplicar o conhecimento disponibilizado para demonstrar que é
possível constituir oportunidades de desenvolvimento para uma sociedade mais justa e igualitária.

Assim sendo, a institucionalização deste Projeto se justifica, dentre outros motivos, pela efetiva contribuição
para o fomento do ensino, da pesquisa e da extensão, vistos de forma indissociável, nos termos do comando
constitucional do art. 207 da Constituição da República Federativa do Brasil. Trata-se, portanto, de um
ganho direto no fomento da iniciação e do desenvolvimento de estudos por parte dos alunos do curso de

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Direito, pela conexão entre ensino, pesquisa e extensão que o Projeto apresenta.

Essa proposta contribuirá para a melhoria da formação dos alunos do Curso de Direito do
Univeritas/Uninassau auxiliando a Instituição na busca por padrões ainda mais elevados de qualidade.
O Projeto também se justifica pelo ganho indireto advindo da divulgação Institucional na comunidade
acadêmica, na medida em que a produção extensionista será disseminada nas diversas áreas escolhidas
pelos alunos.

3. Caracterização da área:
Muito se discute atualmente sobre as eleições presidenciais. Todavia, o pleito do vindouro mês de outubro
não se restringe ao cargo do executivo federal. Teremos eleições também para os cargos de governador,
senador, deputado federal, deputado estadual ou deputado distrital, cargos igualmente importantes.

Os últimos anos vêm mostrando mudanças importantes no comportamento, nas atitudes e nos valores dos
cidadãos brasileiros com relação à democracia e seu funcionamento no país. Alguns pontos merecem
destaque: a relação com o sistema representativo aponta deficits muito significativos que se expressam no
baixo grau de confiança e de avaliação das instituições, na recusa da política, dos partidos e dos políticos,
constituindo percepções negativas que afetam a legitimidade do sistema. 

Conforme dados disponíveis no sítio do TSE 1, no ano de 2016 tínhamos, em Minas Gerais 15.692.491
eleitores, sendo que, em Belo Horizonte, maior colégio eleitoral, 1.927.460. Considerando que também
temos discentes da RMBH, vale registrar que Contagem é o terceiro maior colégio eleitoral do Estado de
Minas Gerais, contando com 456.933 eleitores, Betim ocupa a quinta colocação, com 278.234 votantes e
Ribeirão das Neves está na nona colocação com 183.169 eleitores.

Embora o pleito de outubro próximo seja muito importante, há que se registrar que é importante trabalhar
para que a consciência da representatividade política não deve estar vinculada exclusivamente às eleições.
Trata-se de um processo contínuo, pelo qual, a cidadã e o cidadão precisam se conscientizar da necessidade
do acompanhamento da ação de seus representantes, dos variados instrumentos de controle da atuação

1
Fonte: Eleitorado. TER/MG. https://www.tre-mg.jus.br/eleicoes/eleicoes-2016-1/informacoes-para-a-
imprensa-1/eleitorado-2
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como o Portal Transparência, as possibilidades de participação como ocupar cargo em conselhos municipais,
orçamentos participativos e, quiçá, até mesmo se interessar pela política e lançar-se candidata, candidato.

4. Possíveis locais de execução e parcerias

O Univeritas/Uninassau tem um compromisso com a entrega para a sociedade de profissionais com

excelência em sua área. Além disso, com o presente projeto e atuação de seus alunos pretende fomentar
interlocuções sociais com diversos setores da sociedade.

Para o desenvolvimento da presente prática extensionista, será possibilitado aos alunos, a oportunidade de
desenvolver seus projetos em algum dos parceiros, citando-se, à exemplo, o Instituto Dignidade e
Desenvolvimento Social, pelo Projeto ‘Quem mais nos ama’, localizada na região da Pampulha, que atua
com mulheres em situação de violência e vulnerabilidade social. No semestre passado, inclusive, já foi
realizada uma intervenção extensionista com resultado muito positivo por parte das assistidas do local.

Além disso, novas parcerias estão sendo estabelecidas como, por exemplo:
 INAPER – Instituto de Apoio e Orientação a Pessoas em Trajetória de Rua, localizado na região do
cemitério do Bomfim.
 Parceria com a ABRAÇO - Associação Brasileira Comunitária Para Prevenção do Abuso de Drogas, com
sede próxima à região hospitalar.

Importante reforçar que os locais acima são apenas exemplificativos, e será garantido ao discente a
liberdade de escolha com qual grupo pretende desenvolver seu projeto, de modo a garantir o seu
protagonismo e, em especial, observância do método de Paulo Freire, pelo qual, o processo educativo
ocorre e está centrado na mediação educador-educando.

Dessa forma, acredita-se que as possibilidades serão bastante ampliadas, pois será garantida a possibilidade
de trabalhar com empresas, grupos religiosos, grupos com interesses afins (esportivos, culturais), associação
comunitárias, dentre outros.

5. Materiais e métodos de abordagem

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A metodologia para desenvolvimento desta ação está na estreita articulação entre teoria e prática. Além
disso, contará com o protagonismo do discente, diante da liberdade na escolha do grupo com o qual o
discente vai atuar, proporcionando possibilidade de experimentação de outras formas de construção e
aproximação do conhecimento.

Assim, a aprendizagem se dará em diversos espaços e temáticas e, podendo-se delimitar dois blocos de
aprendizagem:
 Primeiro bloco com a realização de 03 (três) aulas teóricas ministradas no campus;
 No segundo bloco, o desenvolvimento do projeto em equipe com interlocução com o grupo de
trabalho escolhido. Para esse segundo momento serão realizadas mentorias presenciais, semanais,
com agendamento de horário para garantir o assessoramento personalizado aos grupos.

Os discentes serão divididos em grupos de até 07 (sete) alunos, com a indicação de liderança para
articulação e facilidade de comunicação com a docente.

Os materiais que cada grupo eventualmente utilizará, será orientado conforme o tipo de projeto que será
desenvolvido e o tipo de produto que intencionarem entregar.

1. Resultados esperados

 Proporcionar ao discente atuação relevante e socialmente responsável, conectando

ensino/extensão/pesquisa;
 Contribuição teórica e prática sobre a temática de educação em direitos fundamentais;
 Produção de artigos científicos sobre a temática para publicação;
 Realização de métodos pioneiros para educação política da população de BH e da RMBH;
 Despertar no discente a consciência sobre a importância da atuação na sociedade, contribuindo com
sua melhoria;
 Viabilização para o discente de contato com a comunidade e o fortalecimento da confiança em sua
atuação como gerador de conhecimento e transformação social.

6. Cronograma
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ATIVIDADES DO PROJETO 2022

AGO SET OUT NOV DEZ
1- Aulas teóricas X X
2- Escolha do grupo do grupo de atuação X
3- Definição do Produto a ser entregue X
4- Primeira Avaliação (AV1) X
5- Ajustes do Projeto X X
6- Segunda Avaliação (AV2) X
7- Entrega final X

7. Referências Bibliográficas
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
1. BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:
Presidência da República, [2020]. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm> Acesso em 11 de agosto de
2022.
2. BRASIL. [Resolução (2018)]. Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018. Estabelece as diretrizes
para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº
13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014 – 2024 e dá outras
providências. Brasília, DF: Ministério da Educação e Cultura, [2018]. Disponível em: <
https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/pdf/CNE_RES_CNECESN72018.pdf > Acesso em
11 de agosto de 2022.
3. FORPROEX. O Plano Nacional de Extensão Universitária. Disponível em:
<https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens
%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf> Acesso em 11 de agosto de 2022.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

1. GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 7ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2019.
2. GUSTIN, Miracy Barbosa de Souza; DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando a pesquisa jurídica:
teoria e prática. 4 ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2013.
3. MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. São Paulo:
Papirus Editora.
4. SILVA, Patrícia. A Importância da Conexão entre a Universidade e a Comunidade. YOUTUBE.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Cv9S1MQ5l70. Acesso em 11 de agosto de
2022.
5. SILVA, Rodrigo Manoel Dias da; SILVA, Roberto Rafael Dias da; BENINCÁ, Dirceu (Org.). Educação,
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Cultura e Reconhecimento: Desafios às Políticas Contemporâneas. São Paulo: Editora Atlas, 2019.

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Assinatura do professor responsável Assinatura do coordenador do curso

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