Este documento apresenta um estudo comparativo da reatividade de dois agregados da região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul quando combinados com cimento Portland CPV ARI. Os testes indicaram que ambos os agregados (areia e rocha) apresentaram potencialidade reativa para as idades de controle de 16 e 30 dias. Microscopia eletrônica de varredura mostrou a presença de gel nos poros do concreto feito com um dos agregados, confirmando sua reatividade.
Este documento apresenta um estudo comparativo da reatividade de dois agregados da região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul quando combinados com cimento Portland CPV ARI. Os testes indicaram que ambos os agregados (areia e rocha) apresentaram potencialidade reativa para as idades de controle de 16 e 30 dias. Microscopia eletrônica de varredura mostrou a presença de gel nos poros do concreto feito com um dos agregados, confirmando sua reatividade.
Este documento apresenta um estudo comparativo da reatividade de dois agregados da região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul quando combinados com cimento Portland CPV ARI. Os testes indicaram que ambos os agregados (areia e rocha) apresentaram potencialidade reativa para as idades de controle de 16 e 30 dias. Microscopia eletrônica de varredura mostrou a presença de gel nos poros do concreto feito com um dos agregados, confirmando sua reatividade.
Este documento apresenta um estudo comparativo da reatividade de dois agregados da região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul quando combinados com cimento Portland CPV ARI. Os testes indicaram que ambos os agregados (areia e rocha) apresentaram potencialidade reativa para as idades de controle de 16 e 30 dias. Microscopia eletrônica de varredura mostrou a presença de gel nos poros do concreto feito com um dos agregados, confirmando sua reatividade.
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REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO: ESTUDO COMPARATIVO DE
AGREGADOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DO SUL,
FRENTE A UTILIZAÇÃO DE CIMENTO PORTLAND: CPV ARI.
Alexander Ian Ferreira Dutra
Acadêmico/Pesquisador do curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do Pampa [email protected] Simone Dornelles Venquiaruto Professora Doutora/Pesquisadora, do curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do Pampa [email protected] Aldo Leonel Temp Professor Mestre/Pesquisador, do curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do Pampa [email protected]
Resumo. A respectiva pesquisa, apresenta em ocorrências patológicas, entre elas a
um estudo comparativo de dois agregados reação álcali-agregado (RAA). da região da Fronteira Oeste do Rio Grande Para Mehta e Monteiro[6] a RAA, é do Sul, combinados ao cimento Portland CP uma manifestação que causa efeitos V ARI, frente a reação álcali-agregado negativos na conservação do concreto. A (RAA). Os métodos de ensaio atenderam as reação acontece entre os íons alcalinos do determinações da ABNT NBR 15577-4 e cimento e prováveis minerais reativos NBR 15577-5 de 2008, os principais presentes nos agregados, utilizados para aspectos analisados foram, as expansões das dosar o concreto. Sendo o produto desta barras de argamassa pelo método reação um gel expansivo, que gera um acelerado. Os testes indicaram que os aumento dos esforços internos, ocasionando agregados ensaiados (areia e rocha) fissuração das estruturas de concreto. Para apresentaram potencialidade reativa para Rasparyk [3] as reações de RAA são mais ambas idades de controle (16 e 30 dias). incidentes em obras hidráulicas, devido as mesmas sempre estarem em contato com a Palavras-chave: Reação Álcali-Agregado. água/umidade. Reatividade dos Agregados. Cimento Também segundo a autora este Portland. fenômeno passou também a ser diagnosticado em fundações em edificações 1. INTRODUÇÃO no Brasil, desafiando a engenharia nacional. Através de sua vasta gama de Como exemplo, no Brasil esta características, o concreto pode ser manifestação patológica que deixou de ser considerado o material mais utilizado na preocupação apenas de obras hidráulicas a engenharia (VALDUGA [4]). Devido a sua partir de 2004, quando a RAA foi ampla utilização, a composição físico- identificada em fundações de edificações na química e o local onde está inserido, se cidade de Recife- PE. tornam relevantes, visto que a interação do Tiecher [5] afirma que os danos causados concreto com o meio ambiente pode resultar a estrutura pela RAA são irremediáveis, se
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EM ENGENHARIA – CRICTE 2017 15 a 18 de novembro de 2017 – Ijuí – RS – Brasil não forem descobertos a tempo. Uma vez, que é muito complexo deter a reação depois Propriedades Físicas CPV ARI que ela se propaga pela estrutura. A autora Valor Limites também ressalta que a mitigação ou Blaine (cm2/g) 4439 ≥ 2600 diminuição da reação de expansão no Inicial (h: min) 2:13 ≥ 01:00 interior do concreto pode ser conquistada Tempo de Pega Final (h: min) 3:00 ≤ 10:00 com a utilização de cimento Portland com Finura na peneira # 200 (%) 0,13 ≤6 adições pozolânicas, com baixo teor de Finura na peneira # 325 (%) 1,24 - álcalis e também com a utilização de agregados não reativos. Consistência normal (%) 29,20 - Massa específica (kg/dm3) 3,12 - 2. OBJETIVOS Limites Normativos - NBR 5733 (ABNT, 1991)
O principal objetivo deste estudo
consiste em verificar a reatividade potencial Tabela 2: Propriedades químicas dos de dois diferentes agregados (areia e rocha) cimentos, segundo dados do fabricante. da fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, combinados com cimento Portland CPV ARI CPV-ARI. Composição Química Valor Limites (%) 3. PROGRAMA EXPERIMENTAL Trióxido de enxofre (SO3) 3,15 ≤ 4,0 Óxido de magnésio (MgO) 4,99 ≤ 6,5 3.1 Métodos de Ensaio Óxido de alumínio (Al2O3) 4,24 - Óxido de silício (SiO2) 19,06 - A avaliação da potencialidade reativa, Óxido de ferro (Fe2O3) 2,58 - foi realizada através do método acelerado das barras de argamassa (ABNT NBR Óxido de cálcio (CaO) 60,23 - 15577-4 e NBR 15577-5). O método busca Perda ao fogo 3,24 ≤ 6,5 observar possíveis variações dimensionais Resíduo insolúvel 0,68 - nas barras de argamassa imersas em uma Óxido de cal livre (CaO livre) 1,43 - solução de 1 mol de Hidróxido de Sódio Equivalente alcalino 0,59 - (NaOH) à 80°C. As leituras de controle Limites Normativos - NBR 5733 (ABNT, 1991) foram realizadas nas idades de 16 e 30 dias, conforme as prescrições normativas. 4.2 Agregados 4. MATERIAIS UTILIZADOS Como agregados foram utilizados areia natural, proveniente do rio Ibicuí (Manoel 4.1 Cimento Viana/RS) e areia de brita de origem basáltica, oriunda de jazida da região de Para a pesquisa experimental foi Alegrete/RS. Para comparação dos utilizado o cimento Portland CPV ARI. O resultados, como referência, foi utilizado um aglomerante foi adquirido na cidade de agregado potencialmente inócuo (areia do Rosário do Sul/RS e a sua caracterização Tietê). físico/química é apresentada nas Tabelas 1 e 2. 4.3Água Tabela 1. Propriedades físicas dos cimentos, Para a confecção das argamassas foi segundo dados do fabricante. utilizada água desmineralizada.
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EM ENGENHARIA – CRICTE 2017 15 a 18 de novembro de 2017 – Ijuí – RS – Brasil 5. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS os 30 dias em amostra extraída das misturas RESULTADOS confeccionadas com cimento CPV ARI e agregado “A”. A Figura 1 apresenta o resultado da expansão média ocorrida nas barras de argamassas decorrentes das reações álcali- agregado. Na legenda (Figura 1) o “Agregado A” corresponde a areia de brita de jazida da região de Alegrete/RS, o “Agregado B”, a areia natural do rio Ibicuí e o “Agregado C”, a areia natural do rio Tietê/SP, respectivamente.
Fig. 02 Microscopia eletrônica de varredura
(MEV) em uma amostra confeccionada com cimento CPV ARI e agregado “A”, na idade de controle de 30 dias.
A Figura 02 mostra o aspecto do gel
incluso nos poros do concreto. De acordo com Prezzi [7], os vazios deixados pela Fig. 01 Expansão das argamassas em função incorporação de ar podem propiciar espaço do tempo para as misturas com cimento CPV para o gel expandir. Posteriormente, quando ARI. esses espaços estiverem preenchidos e ainda A análise da Figura 01 mostra que o houver presença de minerais reativos na comportamento do agregado “C” foi matriz cimentícia, a estrutura poderá ficar classificado como inócuo para as misturas suscetível a um processo de fissuração e com o cimento CPV ARI. O agregado “B” expansão. foi classificado como potencialmente Segundo a literatura (Valduga[4]; Sollero et reativo,Uma vez que as variações al. [8]) é frequente encontrar gel dentro dos dimensionais das barras de argamassas vazios do concreto em análises foram superiores a 0,19 % nas idades de microscópicas. controle de 16 e 30 dias. O agregado “A” foi classificado como potencialmente reativo, 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS uma vez que a mistura apresentou expansão superior a 0,19 % nas idades de 16 dias e 30 Conforme o resultado desta pesquisa, é dias de acordo com NBR 15577-4/2008 e possível classificar que os agregados NBR 15577-5/2008. Na última idade de estudados, combinados com o cimento controle (30 dias), também foram observadas Portland: CP V ARI, são potencialmente microfissuras superficiais em determinadas reativos para o método acelerado em barras barras de argamassa. de argamassa realizado de acordo com as A Figura 02 apresenta imagem de NBR 15577-4/2008 e NBR 15577-5/2008. microscopia eletrônica de varredura por elétrons secundários (MEV), realizada após
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EM ENGENHARIA – CRICTE 2017 15 a 18 de novembro de 2017 – Ijuí – RS – Brasil REFERÊNCIAS Barragem de Pirapora. Ano 44. Ed. Ibracon, Jul-Set 2016, pp. 69-73. [1] Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15577: Agregados – Reatividade álcali-agregado Parte 4: Determinação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado. Rio de Janeiro, 2009.
[2] Associação Brasileira de Normas
Técnicas. NBR 15577: Agregados – Reatividade álcali-agregado Parte 5: Determinação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado. Rio de Janeiro, 2009.
[3] Hasparyk, N. P. Investigação de
concretos afetados pela reação álcali- agregado e caracterização avançada do gel exsudado. Porto Alegre, 2005, pp. 31.
[4] Valduga, L. Reação álcali-agregado:
mapeamento de agregados reativos do Estado de São Paulo. 2002, pp. 1. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil)-Faculdade de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
[5] Tiecher, F. B. Reação álcali-agregado:
Avaliação do comportamento de agregados do sul do Brasil quando se altera o cimento utilizado. Porto Alegre, 2006, pp. 20-22.
[6] Mehta, P.K.; Monteiro, P.J.M. Concreto:
Estrutura, propriedades e materiais. 2ª ed. Ibracon, 2008, pp. 170-174.
[7] Prezzi, M. Analysis of the mechanisms
of concrete deterioration. 1995, 220f. PhD (Thesis). University of California, Berkeley, USA.
[8] Sollero, M.B.S.; Baima, L.Q.G.;
Bolorino, H., I. Associação Brasileira de Cimento Portland. Avaliação de RAA na
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