Psiquiatria Atualizado

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QUATRIA

Resumos de Medicina
PSI
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PSIQUIATRIA
1-EXAME PSIQUIÁTRICO................................................................................................01
ANAMNESE ....................................................................................01
IDENTIFICAÇÃO.................................................................................01
QUEIXA PRINCIPAL (QP) ...................................................01
HISTÓRIA MÓRBIDA ATUAL (HMA)..................................................................................01
HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO..................................................................................01
HISTÓRIA MÓRBIDA FAMILIAR(HMF).............................................................................01
CONDIÇÕES E HÁBITOS DE VIDA.......................................................................................02
SONO E OUTROS RITMOS BIOLÓGICOS............................................................................02
REVISÃO DE SISTEMAS.........................................................................................................02
EXAME DO ESTADO MENTAL (EXAME PSÍQUICO)........................................................02
DESCRIÇÃO GERAL ................................................................................................................02
IMPRESSÃO GERAL................................................................................................................02
SENSO DE PERCEPÇÃO.........................................................................................................02
MEMÓRIA..................................................................................................................................03
CONSCIÊNCIA..........................................................................................................................03
ATENÇÃO..................................................................................................................................03
ORIENTAÇÃO...........................................................................................................................03
AFETIVIDADE..........................................................................................................................03
PSICOMOTRICIDADE.............................................................................................................04

2-EXAME FÍSICO...............................................................................................................04
GERAL........................................................................................................................................04
SEGMENTAR ...........................................................................................................................04

3-EXAMES COMPLEMENTARES...................................................................................04

4-FORMULAÇÃO DIAGNÓSTICA..................................................................................04
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PSIQUIATRIA
5-PLANO DE TRATAMENTO..........................................................................................04

6-ESQUIZOFRENIA...........................................................................................................05
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................05
ETIOLOGIA ..............................................................................................................................05
FATORES GENÉTICOS...........................................................................................................05
FATORES BIOQUÍMICOS......................................................................................................05
QUADRO CLÍNICO.................................................................................................................06
SINTOMAS POSITIVOS.........................................................................................................06
IDÉIAS DELIRANTES.............................................................................................................06
ALUCINAÇÕES........................................................................................06
LINGUAGEM DESORGANIZADA........................................................06
AGITAÇÃO PSICOMOTORA.................................................................06
COMPORTAMENTO BIZARRO............................................................06

PERDA DOS LIMITES DO EGO.............................................................07

SINTOMAS NEGATIVOS........................................................................................................07

INDIFERENÇA AFETIVA.......................................................................07
EMPOBRECIMENTO INTELECTUAL..................................................07
DIFICULDADE DE RELACIONAMENTO INTERPESSOAL.............07
DIMINUIÇÃO DO FUNCIONAMENTO...............................................07
CONAÇÃO REDUZIDA..........................................................................07

PERDA DOS LIMITES DO EGO............................................................07

TRATAMENTO ........................................................................................................................08
MEDIDAS GERAIS...................................................................................................................08
MEDICAMENTOSO.................................................................................................................08
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PSIQUIATRIA
7-TRANSTORNOS NEURÓTICOS...................................................................................08
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................08
ETIOLOGIA ..............................................................................................................................08
TRANSTORNO DE ANSIEDADE..........................................................................................09
TRANSTORNO DO PÂNICO.................................................................................................09
AGORAFOBIA SEM ATAQUE DE PÂNICO........................................................................09
FOBIA ESPECÍFICA................................................................................................................09
FOBIA SOCIAL.........................................................................................................................09
TTRANSTORNO OBSESSIVO- COMPULSIVO..................................................................10
TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO........................................................10
TRANSTORNO DEESTRESSE AGUDO................................................................................10
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA..........................................................10

8-TRANSTORNOS AFETIVOS.........................................................................................10
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................10
SUBDIVISÕES...........................................................................................................................11
QUADRO CLÍNICO..................................................................................................................11
DEPRESSÃO BIPOLAR...........................................................................................................11
TRATAMENTO.........................................................................................................................11

9-DISTÚRBIOS DA PERSONALIDADE..........................................................................12
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................12
ETIOLOGIA...............................................................................................................................12
FATORES GENÉTICOS...........................................................................................................12
FATORES DE DESENVOLVIMENTO...................................................................................12
FATORES AMBIENTAIS........................................................................................................12
CLASSIFICAÇÃO.....................................................................................................................12
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PSIQUIATRIA
PRIMEIRO GRUPO..................................................................................................................13
SEGUNDO GRUPO..................................................................................................................13
TERCEIRO GRUPO..................................................................................................................14
DIAGNÓSTICO.........................................................................................................................14
TRATAMENTO.........................................................................................................................14

10-INFÂNCIA......................................................................................................................15
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................15
ANOS PRÉ-ESCOLARES........................................................................................................15
SITUAÇÕES ESPECIAIS.........................................................................................................16
DIVÓRCIO.................................................................................................................................16
AUTISMO INFANTIL..............................................................................................................16
FOBIAS .....................................................................................................................................16
DEPRESSÃO.............................................................................................................................16
AUTISMO INFANTIL..............................................................................................................16

11-ADOLESCÊNCIA...........................................................................................................17
PUBERDADE ...........................................................................................................................17
PUBERDADE PRECOCE.........................................................................................................17
FASES DA ADOLESCÊNCIA..................................................................................................17
FASE INICIAL DA ADOLESCÊNCIA....................................................................................17
FASE INTERMEDIÁRIA.........................................................................................................18
FASE FINAL DA ADOLESCÊNCIA.......................................................................................18
O ADOLESCENTE COMO PACIENTE..................................................................................18
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PSIQUIATRIA
12-PSICOPATOLOGIA NA ADOLESCÊNCIA...............................................................19
DEPRESSÃO.............................................................................................................................19
DEPRESSÃO REATIVA AGUDA...........................................................................................19
DEPRESSÃO CRÔNICA POR PRIVAÇÃO...........................................................................19
TRATAMENTO DA DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA...................................................19
ESQUIZOFRENIA.....................................................................................................................19
ANOREXIA NERVOSA...........................................................................................................20
DELINQUÊNCIA......................................................................................................................20
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Resumos de Medicina -PSIQUIATRIA

EXAME PSIQUIÁTRICO Internações


Medicamentos (com seus resultados e reações)
ANAMNESE Tratamento que vem fazendo até o momento
(efeitos terapêuticos e colaterais, bem como tóxicos
IDENTIFICAÇÃO ou deletérios)
Nome
Idade
Estado civil
HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO
Acontecimentos importantes na vida do
Sexo paciente, até o presente
Cor Gravidez da mãe e tipo de parto
Ocupação Desenvolvimento psicomotor
Nacionalidade Desenvolvimento social
Religião Amizades na escola e vizinhança
Escolaridade
QUEIXA PRINCIPAL (QP) Aproveitamento
A razão pela qual o paciente procurou o médico, Relacionamento com professores e figuras de
ou o serviço de psiquiatria. autoridade
Usar preferentemente as próprias palavras do Participação em esportes
paciente Puberdade
Caso a informação não provenha do paciente, Desenvolvimento de caracteres sexuais
anotar quem a forneceu. secundários
Atitudes do paciente e família frente à
sexualidade
HISTÓRIA MÓRBIDA ATUAL (HMA) História profissional
Início cronológico e duração do problema Duração nos empregos, relacionamento
Características do quadro com chefias, com colegas de trabalho
Acontecimentos desencadeantes Atitudes frente a recursos econômicos
Melhor dizendo, paralelos de possível Vida afetiva nos relacionamentos humanos
vinculação Familiar, sociais, casamento, etc.;
Mudanças na maneira de ser
Comportamento
Ansiedade, ou não, frente a situações
Atividades ou “objetos”
Como o paciente lida com isso;

HISTÓRIA MÓRBIDA FAMILIAR(HMF)


Doenças familiares
Doenças mentais, crises depressivas ou
HISTÓRIA MÓRBIDA PREGRESSA(HMP) casos de suicídio na família
Linhagem paterna e materna
Distúrbios físico e mentais
O mesmo em relação aos irmãos;
Vida psíquica
Problemas físicos, cirurgias, etc.
Tratamentos psiquiátricos (ou
psicocomportamentais) anteriores

01
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Resumos de Medicina -PSIQUIATRIA

CONDIÇÕES E HÁBITOS DE VIDA EXAME DO ESTADO MENTAL


Tabagismo
Etilismo (EXAME PSÍQUICO)
Outras drogas
Alimentação DESCRIÇÃO GERAL
Quantidade, qualidade, alterações de hábitos Aparência
alimentares recentes Postura
Residência Modo de caminhar
Tamanho da casa, privacidade Vestimenta
Vizinhança Cabelo
Pessoas com quem o paciente convive
Ambiente rural ou urbano
IMPRESSÃO GERAL
Fonte de renda Aspecto colérico
Medicamentos em uso Assustado
Apático
Pouco a vontade
Excessivamente a vontade
Jovem ou idoso para a idade cronológica
Sinais de ansiedade
Mãos úmidas, sudorese no rosto, tensão, voz
contida, tremor de extremidades, inquietude,
etc.
SONO E OUTROS RITMOS BIOLÓGICOS Tiques
Avaliação da quantidade, qualidade e ritmo de Gestos
sono Lentidão ou rapidez dos movimentos;
Insônias
Hipersônias
Sonhos e pesadelos
Ciclo menstrual
Estado de ânimo durante o dia

SENSO DE PERCEPÇÃO
DISTÚRBIOS
ILUSÕES
Distorção de percepções sensoriais de
REVISÃO DE SISTEMAS objetos externos reais
Faz-se um inventário, o mais completo possível. ALUCINAÇÕES
Convém que sejamos diretivos (não é o mesmo Percepções sensoriais enganosas, sem
que ser sugestivo). estímulos reais externos.
Esta etapa da avaliação nos alertará para um Podem ser do tipo auditivas, visuais,
exame físico mais cuidadoso. olfativas, gustativas, tácteis, sinestésicas,
etc.;

02
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Resumos de Medicina -PSIQUIATRIA

MEMÓRIA ORIENTAÇÃO
De fixação Distúrbios
Curto prazo a) Alopsíquica
De evocação Quanto ao ambiente, que pode ser
Remota espacial ou temporal
Longo prazo b) Autopsíquica
Referente a si mesmo (consciência do eu)
DISTÚRBIOS

A) QUANTITATIVOS
Hipermnésia
Aumento
Hipomnésia
Redução
Amnésia
Ausência - De fixação Fatos recentes - De
evocação Fatos remotos
AFETIVIDADE
Intensidade do ânimo
B) QUALITATIVOS Flutuações
Paramnésias Deprimido, desesperado, assustado, ansioso,
Recordações inexatas zangado, expansivo, eufórico, culpado,
Fabulações autodepreciativo, etc.
Falsas recordações que preenchem falhas Distúrbios
lacunares de memória Afeto inadequado
Fenômenos de: Desarmonia entre o afeto e a ideação
“Já visto” e “nunca visto”; Afetos prazeirosos
Euforia, elação, exaltação, êxtase, etc.
CONSCIÊNCIA Afetos desprazeirosos
Depressão, tristeza, desânimo, anedonia
Distúrbios
(perda de interesse e prazer)
a) Rebaixamento
Indiferença ou embotamento afetivo
Do rebaixamento ao coma
Ambivalência afetiva
b) Estreitamento
Outros afetos
Fixação em número reduzido de objetos
Ansiedade
c) Dissociação
Medo
Pânico
ATENÇÃO Disforia (labilidade)
Espontânea (ou involuntária) e voluntária Incontinência afetiva
Distúrbios
a) Diminuição da concentração
b) Desatenção seletiva
Prejuízo da atenção apenas para
determinados aspectos da realidade
c) Hipervigilância
Aumento da intensidade da atenção

03
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Resumos de Medicina -PSIQUIATRIA

PSICOMOTRICIDADE FORMULAÇÃO DIAGNÓSTICA


Estereotipias Diagnóstico sindrômico
Flexibilidade cérea Diagnóstico de personalidade
Ecopraxia Diagnóstico provável, inicial.
Negativismo
Hiper ou hipoatividade PLANO DE TRATAMENTO
Conação
Capacidade de iniciar ação motora De um lado o tratamento psicológico
(psicoterapia individual, de grupo, de

EXAME FÍSICO família, de casal, etc.)

GERAL
Aparência
Fácies
Pele
Fâneros
Mucosas

SEGMENTAR
Cabeça
Pescoço
Tórax
Abdome
Membros.
Do outro lado, o tratamento somático como:
Psicocirurgia
Eletroconvulsioterapia
Terapia pela luz
Privação do sono
Farmacoterapia em geral
Psicofarmacoterapia
Dietoterapia.

EXAMES COMPLEMENTARES
Exames médico-laboratoriais
De rotina (próprios de cada serviço)
Todo e qualquer exame que seja possível
solicitar, visando confirmar ou afastar
hipóteses diagnósticas
Testes psicológicos

04
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ESQUIZOFRENIA FATORES GENÉTICOS


Se existem fatores genéticos na etiologia da
INTRODUÇÃO esquizofrenia, a doença tende a segregar-se
O Termo esquizofrenia refere-se a um grupo de dentro de determinadas famílias, sendo que
síndromes caracterizadas por distúrbios do os parentes mais próximos dos pacientes
pensamento, do afeto e do comportamento, que identificados correm maior risco de contrair
levam eventualmente a uma ampla variedade a doença.
de sinais e sintomas, incluindo a dificuldade em Pode-se dizer que filhos de pai e mãe
formar e comunicar conceitos e idéias, reclusão esquizofrênicos, assim como gêmeos
social e emocional, distúrbios do humor, monozigóticos, têm um risco de 46% de
sintomas do tipo neurótico, períodos de serem também esquizofrênicos.
excitação e imobilidade, interpretações erradas
da realidade e alucinações.

FATORES BIOQUÍMICOS
A principal hipótese sobre os fatores
bioquímicos na esquizofrenia afirma que
existe uma hiperatividade dos sistemas
dopaminérgicos.
O principal apoio para esta hipótese é o
de que todas as drogas antipsicóticas
eficazes ligam-se a receptores
dopamínicos
O principal problema com a hipótese
ETIOLOGIA dopamínica é que os antagonistas
A etiologia da esquizofrenia é desconhecida. dopaminérgicos são eficazes no
Acredita-se que ela seja uma doença tratamento de virtualmente todos os
multifatorial. pacientes psicóticos e agitados, não
A complexidade dos seus fatores causais trás importando o seu diagnóstico.
importantes implicações para a condução A resposta aos antagonistas
clínica da esquizofrenia. dopaminérgicos, portanto, não está
Uma pluralidade de diferentes genótipos associada unicamente a esquizofrenia.
pode estar envolvida na produção dessa
síndrome, bem como muitos e diferentes
ambientes evocadores podem combinar-se
com esses genótipos para produzir uma ou
mais características fenotípicas essenciais a
doença

05
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Resumos de Medicina -PSIQUIATRIA

QUADRO CLÍNICO LINGUAGEM DESORGANIZADA


Com relação as características clínicas da A ruptura das associações e a desorganização
esquizofrenia, nenhum sinal ou sintoma é do pensamento acabam expressando-se
patognomônico dessa doença, ou seja, cada através da linguagem desorganizada e
sinal ou sintoma visto na esquizofrenia pode peculiarmente afetada.
ser visto em outros transtornos psiquiátricos e Outra característica da esquizofrenia é o
neurológicos. brusco bloqueio do curso do pensamento, na
Esta observação é contrária a opinião clínica qual o paciente para de falar no meio de uma
frequentemente observada de que certos frase.
sintomas são diagnósticos de esquizofrenia. Esse episódio pode durar segundos ou
Do ponto-de-vista psicopatológico, nós minutos.
dividimos o quadro clínico da
esquizofrenia em sintomatologia positiva
e sintomatologia negativa.

SINTOMAS POSITIVOS
IDÉIAS DELIRANTES
O paciente pode acreditar que alguma entidade
externa está controlando seus pensamentos ou
comportamento ou, ao contrário, que ele
AGITAÇÃO PSICOMOTORA
próprio está controlando os acontecimentos A agitação e os maneirismos podem ser
externos de alguma forma extraordinária. observados nos movimentos e na fala, assim
Por exemplo, fazendo o sol nascer e se pôr, também como o trejeito facial, e são típicos
evitando terremotos, etc. de muitos esquizofrênicos.
A ecopraxia é outra característica que pode
estar presente na esquizofrenia e
corresponde a imitação de gestos e
movimentos de alguém observado pelo
paciente.

ALUCINAÇÕES
COMPORTAMENTO BIZARRO
Auditivas, visuais, cinestésicas, etc.
As posturas bizarras e o trejeito facial
Perturbações sensoriais e perceptivas como as
constituem, certamente, características de
alucinações podem fornecer bons indícios para
condições esquizofrênicas.
o diagnóstico de esquizofrenia.
Contudo, nem sempre é fácil estabelecer
claramente o que constitui uma postura
bizarra.

06
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PERDA DOS LIMITES DO EGO DIFICULDADE DE RELACIONAMENTO


Descreve a falta de um sentimento claro, por
parte do paciente, sobre até onde vai seu INTERPESSOAL
próprio corpo, mente e influência; e onde Os pacientes esquizofrênicos demonstram
começam os de outros objetos inanimados e geralmente um afastamento social, distância
animados. emocional e falta de capacidade de
Por exemplo, o paciente pode ter idéias de estabelecer “rapport”.
referência de que outras pessoas, a televisão
ou os jornais, estão referindo-se a sua
pessoa.

SINTOMAS NEGATIVOS
INDIFERENÇA AFETIVA
Muitos esquizofrênicos parecem indiferentes
ou, algumas vezes, totalmente apáticos. DIMINUIÇÃO DO FUNCIONAMENTO
Outros, com restrição ou embotamento
Os esquizofrênicos passam, tipicamente, por
emocional menos acentuados, mostram
diversos empregos. Porém, não conseguem
alguma emoção superficial ou certa falta de
mantê-los por muito tempo.
profundidade de sentimento.

CONAÇÃO REDUZIDA
Pode-se observar no paciente esquizofrênico
uma inércia, ou seja, uma redução geral de
energia, espontaneidade e iniciativa.
EMPOBRECIMENTO INTELECTUAL Contudo, nos estágios mais agudos, o
paciente pode ficar excitado ao ponto de
Os processos do pensamento na esquizofrenia ameaçar a sua própria segurança e
são estranhos e não levam a conclusões daqueles que o cercam.
baseadas na realidade ou na lógica universal

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Resumos de Medicina -PSIQUIATRIA

TRATAMENTO TRANSTORNOS NEURÓTICOS


MEDIDAS GERAIS INTRODUÇÃO
Orientação familiar A neurose é definida como um transtorno
Terapia ocupacional mental no qual a perturbação predominante
Reabilitação social e profissional é um sintoma ou grupo de sintomas que
Acompanhamento terapêutico angustiam o indivíduo e que ele reconhece
Hospitalização integral como inaceitável e estranho (ego-distônico).
Hospitalização parcial Seu teste de realidade permanece
Hospital-dia globalmente intacto, diferentemente das
Psicoterapia psicoses.
De apoio, de redução de situações estressantes, O comportamento não viola ativamente as
etc principais normas sociais, embora possa ser
bastante capacitante.
A perturbação é relativamente persistente ou
recorrente sem tratamento, não se limitando
a uma reação transitória aos estressores.

MEDICAMENTOSO
ANTIPSICÓTICOS
Neurolépticos
Efeito antipsicótico propriamente dito é
demorado e ocorre após dias de uso
O efeito sedativo, contudo, que é um efeito
colateral, é quase imediato ETIOLOGIA
Aparentemente, não existe uma causa
TÍPICOS biológica na etiologia dos transtornos
Os efeitos colaterais extrapiramidais dos neuróticos.
antipsicóticos típicos podem ser combatidos Postula-se que eles possam ser produzidos
com biperideno (Akineton®) por conflitos causados por traumatismos
infantis, comportamentos aprendidos
A) FENOTIAZÍDICOS desencadeados por perdas ou dificuldades
Clorpromazina (Amplictil®) situacionais, etc.
Primeiro antipsicótico que surgiu
É um antagonista da dopamina
Trifluoperazina (Stelazine®)
Tioridazina (Melleril®)

B) BUTIROFENÔNICOS
Haloperidol (Haldol®); 

ATÍPICOS
Clozapina (Leponex®)
Risperidone (Risperdal®).
08
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Resumos de Medicina -PSIQUIATRIA

TRANSTORNO DE ANSIEDADE AGORAFOBIA SEM ATAQUE DE PÂNICO


Ansiedade é uma experiência humana Ele sente-se ameaçado não somente por
universal, caracterizada por antecipação lugares públicos e abertos, mas por aquelas
temerosa de um acontecimento futuro situações tais como em lojas, transportes
desagradável. públicos, elevadores e teatros cheios, dos
Na neurose de ansiedade, a experiência da quais não consegue escapar rapidamente aos
ansiedade é o distúrbio principal. olhos do público.
Se episódica, é conhecida como um Seu tratamento é basicamente
distúrbio de pânico. psicoterápico.
Se crônica e persistente, diz-se um
distúrbio de ansiedade generalizada. FOBIA ESPECÍFICA
Consiste num medo de situações específicas
As desordens de ansiedade podem ser como o medo de animais pequenos,
classificadas em: elevadores, lugares fechados, lugares altos,
etc.
Transtorno do pânico
Com agorafobia11
Sem agorafobia

Agorafobia sem ataque de pânico


Fobia específica
Fobia social
Transtorno obsessivo-compulsivo
Transtorno de estresse pós-traumático;
Transtorno de estresse agudo
No momento do trauma
Transtorno de ansiedade generalizada.

TRANSTORNO DO PÂNICO FOBIA SOCIAL


O paciente teme, em particular, que seu
No distúrbio do pânico, a característica
comportamento, como por exemplo quando
essencial são os ataques de ansiedade
fala em público, está escrevendo ou até
recorrente (pânico) e nervosismo.
mesmo quando está exercendo suas funções
Os ataques de pânico manifestam-se por meio
fisiológicas, será motivo do desdenhoso
de períodos discretos de ataque repentino, de
exame daqueles que o rodeiam. Fato que,
intensa apreensão, medo ou terror,
muitas vezes, prejudica seu desempenho.
frequentemente associados com sentimentos de
perigo de destruição iminente.
Os medos variam entre medo de falar
Ele é geralmente descrito pelos pacientes
em público, de ter contatos com pessoas
como uma “onda de medo sem motivo”, “dor
do outro sexo, dificuldades de auto-
no peito”, “dificuldade respiratória”,
afirmação e assertividade, medo de ser
“sensação de morte”, etc.
observado durante atividades como
comer, aversão a entrar em cinemas na
frente da platéia, etc.

09
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Resumos de Medicina -PSIQUIATRIA

TRANSTORNO OBSESSIVO- COMPULSIVO TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO


As obscessões são definidas como idéias, Decorre da angústia que o indivíduo sente no
pensamentos, imagens ou impulsos momento do trauma.
persistentes, recorrentes e estranhos ao
ego, ou seja, que não são experienciados
como voluntariamente produzidos, mas
como idéias que invadem o campo da
consciência.

As compulsões são comportamentos não


experimentados como resultantes de atos TRANSTORNO DE ANSIEDADE
volitivos do indivíduo. Antes, são
acompanhados de um sentimento de GENERALIZADA
compulsão e desejo de resistir (pelo
menos inicialmente). É o tipo de ansiedade crônica e persistente.
Perturbação de ansiedade generalizada é o
O tratamento dos distúrbios obsessivo- termo empregado para os sintomas de
compulsivos, por serem doenças das vias ansiedade crônica não marcados por ataques
serotoninérgicas, é feito com antidepressivos intermitentes de pânico.
clássicos, como a clomipramina, em altas doses
TRANSTORNOS AFETIVOS
TRANSTORNO DO ESTRESSE INTRODUÇÃO
O termo “transtornos afetivos” agrupa várias
PÓS- TRAUMÁTICO condições clínicas, cujo traço mais comum e
Os sintomas característicos envolvem a re- essencial é um distúrbio de humor
experimentação do acontecimento traumático, acompanhado por dificuldades cognitivas,
responsividade entorpecida ao mundo externo, psicomotoras, psicofisiológicas e
bem como o envolvimento com o mesmo, além interpessoais.
de uma variedade de sintomas autônomos, Não se deve esquecer que nesses casos
disfóricos ou cognitivos. uma função mental, a afetividade, está
alterada.
Os sintomas autônomos, disfóricos e cognitivos O quadro clínico mais comum das
característicos influem fenômenos como: doenças afetivas é a Síndrome da
Reação exagerada ao medo depressão.
Dificuldade de concentração A segunda síndrome, em importância e
Prejuízo da memória frequência, é a mania.
Sentimentos de culpa
Dificuldades no sono.

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Resumos de Medicina -PSIQUIATRIA

SUBDIVISÕES DEPRESSÃO BIPOLAR


Atualmente, os transtornos afetivos podem ser Na perturbação afetiva bipolar, a história do
subdivididos em dois grandes grupos: paciente é a de períodos discretos de
recorrência da doença, durante os quais
PRIMÁRIOS episódios de mania e de depressão aparecem
Quando as perturbações ocorrem em alternadamente.
pacientes que estavam bem até o momento e
cujos únicos episódios anteriores de doença O aspecto principal de um episódio maníaco
psiquiátrica foram mania ou depressão é um período distinto de intensa ativação
Depressão unipolar psicofisiológica.
Depressão bipolar

SECUNDÁRIOS Nesse estado, o humor predominante é


Aqueles que ocorrem em pessoas tanto elevado como irritável,
mentalmente doentes que tiveram uma acompanhado por um ou mais dos
outra doença psiquiátrica ou física seguintes sintomas:
Outras desordens psiquiátricas Hiperatividade
Doenças médicas sistêmicas Dedicação a muitas atividades
Principalmente o uso da droga reserpina, Falta de julgamento das consequências
que causa uma depressão muito intensa. de ações
Premência da fala
QUADRO CLÍNICO Fuga de idéias
Distração
Nas depressões mascaradas, o distúrbio do
Auto-estima arrogante
humor pode não ser aparente, mas o paciente
Hipersexualidade.
pode apresentar-se com:
Dor crônica
Insônia terminal
Fase aguda da depressão
Anorexia
Perda de peso
Deve-se ser feito o diagnóstico
diferencial com outras patologias;
Humor deprimido
Na maior parte do dia (tristeza);
Sentimentos de culpa
Anedonia
Redução dos interesses e do prazer nas
atividades do dia a dia
É uma das queixas mais frequentes;
Pensamentos de morte ou ideação suicida;
TRATAMENTO
O tratamento específico é agora praticável
Indecisão persistente ou perda da
na fase aguda para prevenir a recorrência,
concentração
tanto de episódios maníacos como
O paciente nos relata a sensação de estar
depressivos.
ficando louco
Fadiga ou perda de energia.

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DISTÚRBIOS DA PERSONALIDADE FATORES GENÉTICOS


A mais forte evidência de que os fatores
INTRODUÇÃO genéticos assumem papel importante na
As pessoas com distúrbios de personalidade não gênese das perturbações de personalidade
são facilmente compreendidas. provém de uma pesquisa em que foram
O neurótico é, muitas vezes, um pecador avaliados 15.000 pares de gêmeos
autodiagnosticado que anseia pelo auxílio americanos.
psiquiátrico, confessa seus problemas e, Entre os univitelínicos, a concordância para
desse modo, frequentemente se cura. a perturbação foi muito mais elevada que
Na terminologia técnica, seus sintomas são entre os bivitelínicos.
autoplásticos e experimentados como
egodistônicos.
Em acentuado contraste, é muito mais FATORES DE DESENVOLVIMENTO
provável que alguém com perturbação de A fixação do desenvolvimento em um
personalidade recuse o auxílio psiquiátrico, determinado período, seja o oral, fálico, etc.,
aponte os problemas do psiquiatra e, pode levar ao surgimento de um distúrbio da
persistindo em seu irritante comportamento, personalidade.
leve os colegas de outras disciplinas a
escarnecer da competência dos psiquiatras.
Seus sintomas são aloplásticos e
egosintônicos

FATORES AMBIENTAIS
Há quem diga que o comportamento dos pais
interfira na gênese dos distúrbios de
personalidade.
Isso pode ocorrer quando, por exemplo,
os problemas familiares são canalizados
ETIOLOGIA para um indivíduo que se torna o “filho
problema”.
Apesar de serem muito estudados, não existe
um consenso quanto a etiologia dos distúrbios
de personalidade. CLASSIFICAÇÃO
Acredita-se que sua causa seja multifatorial, Os distúrbios da personalidade podem ser
havendo evidências sugestivas ligando divididos em 3 grandes grupos:
fatores genéticos, constitucionais, O primeiro grupo inclui as perturbações
ambientais, de desenvolvimento e culturais paranóides, esquizóides e esquizotípicas.
na gênese das perturbações de O segundo grupo inclui as perturbações
personalidade. histriônicas, narcísicas, antisociais e
“borderline”.
O terceiro grupo inclui as perturbações
evitadora, dependente, compulsiva e
passivo-agressiva

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PRIMEIRO GRUPO SEGUNDO GRUPO


PARANÓIDE ANTI-SOCIAL

Indivíduos que projetam tudo de ruim neles Antigamente chamado de sociopata ou


nos outros e atribui aos outros atitudes de psicopata
mal fazê-lo, criticá-lo e passá-lo para trás. Eles não tem código nenhum com
O aspecto essencial da personalidade ninguém.
paranóide consiste em suspeita de São indivíduos sem remorso.
desconfiança inalteráveis em relação às Muitos deles são encontrados nas prisões.
pessoas em geral. Essa perturbação não deve ser
considerada sinônimo de criminalidade,
mas reflete um comportamento anti-social
ESQUIZÓIDE continuado e crônico, envolvendo muitos
aspectos do ajustamento adulto do
Pessoas aparentemente frias socialmente e paciente.
emocionalmente. Detestam a aproximação
com outros seres humanos e a competição
Esta síndrome é diagnosticada em pacientes LIMÍTROFE (“BORDERLINE”)
que exibem um padrão de afastamento
social durante sua vida. Pessoas que supervalorizam e
desvalorizam os outros em questão de
segundos.
ESQUIZOTÍPICO Indivíduos que tem muitas dificuldades
em manter as emoções
Indivíduos bem bizarros na maneira de se Nos últimos anos, o paciente com esta
vestirem e de se relacionarem. perturbação deteve a atenção profissional
Indivíduos que, assim por dizer, tem um como alguém que paira sobre a fronteira
comportamento muito próximo ao dos da psicose.
psicóticos.
A pessoa com esta perturbação é aquela que,
mesmo aos olhos do leigo, é notavelmente HISTRIÔNICO
diferente ou estranha.
Pensamento mágico, ideação referencial, Antigamente denominados de histéricos,
delírios e desrealização fazem parte do seu são os indivíduos que necessitam ser
dia a dia. sempre elogiados.
São as pessoas que aparentemente
externalizam muita sexualidade e que são
exuberantemente exibicionistas mas que,
na verdade, são muito imaturas
sexualmente
Essa perturbação é caracterizada pelo
comportamento colorido, teatral e
extrovertido de pessoas excitáveis e
emotivas.

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OBSESSIVO-COMPULSIVO
NARCISISTA

Perfeccionistas ao extremo
Pessoas que se auto promovem e são
Os aspectos fundamentais desta
extremamente sensíveis as críticas dos
perturbação são constituídos por
outros.
limitação emocional, metodização,
São extremamente petulantes, arrogantes e
perseverança, obstinação e indecisão.
distantes
Na personalidade narcisista é muito comum
a depressão. DIAGNÓSTICO
A autoestima do paciente é invariavelmente
O diagnóstico dos distúrbios da
baixa
personalidade é feito através de:
TERCEIRO GRUPO Dificuldades crônicas
PASSIVO-AGRESSIVO
No trabalho, na escola, na família, etc.,
ou seja, em todos os setores da vida.
Pessoas que aparentemente são boazinhas
O indivíduo passivo-agressivo
Rigidez
caracteristicamente procrastina, resiste às
Dificuldades de empatia com os outros
demandas por desempenho adequado,
São indivíduos frios que não tem
encontra desculpas para adiamentos e
sentimentos
encontra faltas naqueles de quem depende.
Imaturidade
Difícil relacionamento no trabalho e no
amor.
EVITANTE

Pessoas extremamente tímidas, recatadas e


envergonhadas. TRATAMENTO
Evitam o convívio social apesar de desejá-lo Tratamento dos transtornos de
Devido à elevada sensibilidade à rejeição, a personalidade.
pessoa com esta desordem pode ser levada O padrão ouro para o tratamento de
ao retraimento social. transtornos de personalidade é psicoterapia.
No entanto, é a insegurança do paciente que Tanto psicoterapia individual como em grupo
provoca sua falta de sociabilidade e ele são eficazes para muitos desses transtornos
chega mesmo a demonstrar grande desejo de se o paciente estiver buscando tratamento e
companhia, mas necessita, geralmente, de estiver motivado para mudar.
fortes garantias de uma aceitação sem
críticas.

DEPENDENTES

Pessoas que são muito inseguras


As pessoas com esta perturbação subordinam
de maneira característica suas próprias
necessidades às dos outros.

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INFÂNCIA ANOS PRÉ-ESCOLARES


INTRODUÇÃO O período dos dois aos seis anos é marcado
por grande curiosidade.
A sintomatologia da infância está intimamente
A curiosidade começa com o eu e com a
vinculada às modificações que o
exploração do eu; estende-se a curiosidade
desenvolvimento determina.
em relação as demais pessoas do mesmo sexo
e do sexo oposto; e, por fim, leva a todos os
No bebê, os problemas emocionais estão
tipos de interesses referentes a tamanho,
difusos.
espaço, linguagem e a respeito da maneira de
Problemas de sono, modificações nos hábitos
viver em harmonia ou não viver em
intestinais e choro incontrolado
harmonia com os outros.
caracterizam a ansiedade nesta faixa etária.
Às vezes, a curiosidade da criança leva-a a
situações que o mundo adulto desaprova.

Na criança que começa a andar, os distúrbios


emocionais tornam-se mais organizados.
O brincar torna-se um aspecto importante
Nessa época, a criança está sujeita a medos,
pelo qual se manifestam e utilizam os
explosões de raiva e, às vezes, acidentes
processos de pensamento que chamamos
frequentes ou doenças recorrentes.
fantasia.

Um outro aspecto visível do brinquedo é o


Após alcançada a idade escolar, manifestam-se
uso que a criança faz do objeto transicional.
problemas de aprendizagem e também a
Trata-se de um fenômeno altamente pessoal
resistência à frequência às aulas
pelo qual a criança usa um brinquedo, um
lençol ou um outro objeto como conforto
contra as aguras de um mundo externo
ameaçador.

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SITUAÇÕES ESPECIAIS FOBIAS


DIVÓRCIO Como acontece em todas as fases da vida, os
A ocorrência real do divórcio só faz aumentar medos das crianças, tanto reais quanto
as tensões que se exercem sobre os vínculos e neuróticos, têm correlação com a sua faixa
sentimentos dos filhos. etária.
A psicopatologia das crianças que têm os pais No início do segundo ano, as crianças
divorciados é composta principalmente pela começam a apresentar medos que
seguinte tríade: geralmente se referem a sua situação
Atuação e delinquência imediata, como medo de ir dormir, medo de
Apatia e retraimento escuro, medo de apanhar, etc.
Dificuldades na aprendizagem. A angústia da separação pode manifestar-se
numa série de preocupações que parecem
estar voltadas para o mundo externo, quando
AUTISMO INFANTIL a criança cresce.
Essa psicose se caracteriza por uma criança que Medos intensos manifestam-se
apresenta comportamento retraído, evita os frequentemente no período pré-escolar.
pais e outras pessoas, não gosta de ser
abraçada, que a tratem de modo íntimo e que,
subsequentemente, apresenta problemas de fala
e linguagem.

DEPRESSÃO
Sabe-se que muitas crianças, especialmente
aquelas na faixa dos seis aos 12 anos de
idade, além de apresentarem um problema
Muitas dessas crianças desenvolvem hábitos
relativo a distúrbio de conduta, dificuldade
estranhos e repetitivos, como correr em
de aprendizagem ou enurese, mostram
círculos.
profundas preocupações e ansiedades em
Para o médico que presta assistência a criança e
relação a si próprias.
a família, o problema fundamental é o
A predominância dos sintomas de irritação
diagnóstico precoce.
frequentemente mascara o sentimento de
Não é necessário esperar pelo habitual
solidão que é característico dessas crianças
surgimento da linguagem para se fazer o
diagnóstico de autismo

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ADOLESCÊNCIA FASES DA ADOLESCÊNCIA


PUBERDADE A fase inicial da adolescência ocorre
aproximadamente dos 12 aos 14 anos.
A adolescência tem início bem definido e A fase intermediária estende-se
término pouco definido. aproximadamente dos 15 aos 17 anos.
Ela começa com um acontecimento biológico, a A fase final vai aproximadamente dos 17 aos
puberdade e termina fundindo-se gradualmente 20 anos, fundindo-se gradualmente com o
com o início da vida adulta início da idade adulta.
Estes limites são apenas aproximados.
A fase inicial, a intermediária e a final são
mais bem definidas pelas seguintes
características.

PUBERDADE PRECOCE
O início da puberdade é internamente
programado no sistema hipotálamo-hipófise-
gônadas.

FASE INICIAL DA ADOLESCÊNCIA


A fase inicial da adolescência é dominada
pelo evento biológico da puberdade e por
Independente da causa, a puberdade muito
suas repercussões psicológicas imediatas.
precoce ou muito tardia transforma-se em
problema psicológico.
Esses jovens já ultrapassaram a
submissão e a franqueza da infância e
A puberdade precoce (antes dos 10 anos de
ainda não atingiram o bom senso e a
idade) introduz na infância um elemento
estabilidade nitidamente maiores da fase
que tende a ser vivenciado como esquisito e
intermediária da adolescência.
embaraçoso, que, para a criança, complica
Esta faixa de idade provavelmente é a
suas vivências e seu crescimento e pode
mais difícil de trabalhar do ponto de vista
persistir, longo tempo depois, em fantasias e
psicológico.
sentimentos.
Em suma, observa-se muita inquietação.

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FASE INTERMEDIÁRIA O ADOLESCENTE COMO PACIENTE


É marcada por nítida tranquilização, maior O adolescente não gosta de ser paciente.
capacidade de autodomínio e conciliação e o Isso porque ele precisa enormemente de
estabelecimento de uma relação mais civilizada sua privacidade, e ser paciente é permitir
e complexa com os adultos. que outras pessoas invadam essa
Os sentimentos são mais bem controlados. privacidade.
O pensamento é visivelmente mais maduro, O adolescente preocupa-se em preservar
mais abrangente, com muito maior sua onipotencialidade e a doença ameaça
capacidade de avaliar a lógica interna de um limitá-la.
ponto de vista que não é só o do adolescente. A primeira consequência dessas
concepções é que o adolescente evita
ser paciente, e a significação clínica
dessa evitação deve ser compreendida.

FASE FINAL DA ADOLESCÊNCIA


A fase final da adolescência é a fase em que há
formação da identidade. Frequentemente disfarça ou oculta
É uma época de tomada de decisões. sintomas, ignora tratamentos, opõe
resistência a prescrições e age mais de
Trabalho e profissão começam a adquirir acordo com uma idéia pessoal interna de
forma e direção cada vez mais definidas. saúde do que com a dolorosa realidade da
A estrutura da personalidade começa a doença.
cristalizar-se em formas que provavelmente O médico pode precisar de certo empenho
irão durar pelo resto da vida, e esse processo para persuadir e insistir com um
se opera de um modo que é principalmente adolescente para que ele aceite o papel de
um acontecimento, mas parcialmente uma paciente.
escolha
Os adolescentes podem encarar os
hospitais como instituições de adultos
contra as quais devem rebelar-se para não
serem engolidos pelas mesmas.

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PSICOPATOLOGIA NA TRATAMENTO DA DEPRESSÃO NA


ADOLESCÊNCIA ADOLESCÊNCIA
DEPRESSÃO O tratamento da depressão na adolescência
compreende tentativas terapêuticas com:
A depressão na adolescência representa um
conjunto de condições bastante diferentes das
1. MEDICAMENTOS ESPECÍFICOS
do adulto, que é necessário compreender em
Para as depressões relacionadas com a
separado e tratar de modo um tanto diferente.
esquizofrenia e para as depressões
endógenas
DEPRESSÃO REATIVA AGUDA
É uma reação depressiva a um acontecimento 2. APOIO PSICOLÓGICO NÃO-ESPECÍFICO
real. Para todas as formas de depressão
A depressão reativa aguda é provavelmente a
forma de depressão mais frequente na 3. PSICOTERAPIA DE ORIENTAÇÃO
adolescência ANALÍTICA
Contudo, quando se avalia o potencial suicida, Nas formas de depressão reativa e na
todas as tentativas e atitudes suicidas depressão crônica por privação.
manifestadas na adolescência devem ser
levadas a sério.
É melhor errar por excesso de cuidado.

ESQUIZOFRENIA
DEPRESSÃO CRÔNICA POR PRIVAÇÃO A compreensão da esquizofrenia na
É uma síndrome de desvitalização e adolescência é basicamente a compreensão
entorpecimento da expressão dos afetos, com da esquizofrenia em geral
um caráter de vazio nas atividades e na vida
mental, com poucos interesses reais e pouco
prazer de viver.
Deve-se diferenciar essa forma de depressão
crônica por privação de um outro quadro
semelhante que pode ser corrente com um
retardo mental discreto ou com o
desenvolvimento da esquizofrenia.

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ANOREXIA NERVOSA
A anorexia nervosa é uma doença da
adolescência, cujas manifestações essenciais
incluem acentuada perda de peso, o intenso
temor do aumento de peso, preocupação
exagerada com a comida e comportamentos
particulares com relação a alimentação, tais
como esconder doces ou jogá-los fora.

Aproximadamente 95% dos pacientes


pertencem ao sexo feminino e, nestes, a
amenorréia é um frequente sinal precoce.
A morte por inanição é uma possibilidade real,
com índices que se situam na faixa dos 15 a
20%.
O tratamento compreende hospitalização,
psicoterapia e, quando indicado, alimentação
endovenosa ou forçada.

DELINQUÊNCIA
O diagnóstico de delinquência tende a basear-se
no achado de um distúrbio de conduta que se
repete e persiste, e que compreende os
seguintes aspectos:

Destrutividade
Roubo
Violência
Mentira
Vadiagem
Vandalismo
Em casa, na escola ou na comunidade
Impulsividade
Irritabilidade

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REFERÊNCIAS
Apostila de Psiquiatria UFPR- Frederico Ramalho Romero
ALVES, Domingos Sávio. “Transformações na assistência psiquiátrica no Brasil”. In: Duzentos
anos de psiquiatria. João Ferreira da Silva e Jane A. Russo (org.). Rio de Janeiro, Relume
Dumará/UFRJ, 1993.
ALVES, Domingos Sávio; GULJOR, Ana Paula. “O cuidado em Saúde Mental”. In: Cuidado: as
fronteiras da integralidade. Roseni Pinheiro e Ruben Araujo de Matos (org). Rio de Janeiro,
Hucitec, ABRASCO, 2004. p.221-239.
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