Feridas e Curativos
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1- FERIDAS .....................................................................................................................................01
2- CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS ..........................................................................................01
2.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CAUSA ...........................................................................01
2.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO O TEMPO DE CICATRIZAÇÃO .....................................01
2.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CONTEÚDO BACTERIANO ....................................01
2.4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO AGENTE CAUSAL ....................................................02
3- ÚLCERAS ...................................................................................................................................03
4- TECIDOS DAS FERIDAS .........................................................................................................04
5- BORDAS DAS FERIDAS .........................................................................................................04
5.1 TIPOS DE BORDAS DA FERIDA .....................................................................................05
6- EXSUDATO ...............................................................................................................................05
6.1 CLASSIFICAÇÃO DO EXSUDATO ..................................................................................05
7- CICATRIZAÇÃO .......................................................................................................................06
7.1 FASE INFLAMATÓRIA .....................................................................................................06
7.2 FASE PROLIFERATIVA ....................................................................................................07
7.3 FASE DE MATURAÇÃO ....................................................................................................07
7.4 FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO ...................................................07
7.5 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO ..............................................................................................08
8- DESBRIDAMENTO ..................................................................................................................08
8.1 TIPOS DE DESBRIDAMENTO ........................................................................................08
8.2 CONDIÇÕES PARA O DESBRIDAMENTO ..................................................................08
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CAUSA Feridas crônicas: são feridas que demoram muito
a cicatrizar e podem, inclusive, não fechar, caso
Feridas cirúrgicas: consiste num corte ou numa o curativo ideal não seja realizado e se a causa
incisão geralmente efetuada com um bisturi da ferida não for tratada.
durante uma cirurgia. As feridas cirúrgicas são
geralmente fechadas através da aplicação de
pontos, agrafos ou de cola cirúrgica.
ÚLCERA
01
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02
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Feridas pérfuro-incisas: provocadas por Sensação de dor e/ou queimação na área entre o
instrumentos pérfuro-cortantes que possuem esterno e o umbigo que se manifesta especialmente
gume e ponta (Punhal). Externamente pode ter com o estômago vazio;
uma pequena marca na pele, mas Dor que desperta o paciente à noite e tende a
profundamente pode ter comprometimento de desaparecer com a ingestão de alimentos ou
órgãos importantes. antiácidos;
Dor característica da úlcera do duodeno que
Escoriações: a lesão surge tangencialmente à
desaparece com a alimentação, reaparecendo após a
superfície cutânea, com arrancamento da pele.
refeição;
Vômitos com sinais de sangue;
Fezes escurecidas ou avermelhadas que indicam a
presença de sangue.
DECÚBITO LATERAL
úlceras
São feridas que podem ocorrer em diversos locais do Úlcera venosa: também conhecida como úlcera
corpo, inclusive na pele. varicosa ou úlcera de estase, é caracterizada por
uma ferida na perna que ocorre devido à
As causas podem ser inúmeras, porém, as mais comuns
dificuldade do retorno do sangue dos membros
correspondem ao histórico familiar, à bactéria
inferiores ao coração.
Helicobacter pylori, ao ácido acetilsalicílico, ao uso de
anti-inflamatórios e ao estresse.
Os sintomas de úlceras podem ser bem desconfortáveis.
Por isso deve-se realizar consultas para investigar as
possíveis causas dos sintomas:
03
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04
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A migração celular ocorre a partir da borda, em direção Bordas epíbole: refere-se a bordas de feridas
ao centro da ferida, assim, as bordas devem estar fechadas enroladas ou enroladas que podem ser
aderidas ao leito. secas, calosas ou hiperceratóticas.
exsudato
TIPOS DE BORDAS DA FERIDA Exsudato é um líquido rico em proteínas e células, sendo
um dos elementos fisiológicos do processo de cicatrização.
Bordas maceradas: uma lesão acompanhada por Na fase inflamatória, o aumento da permeabilidade
umidade, pele e deterioração branca em torno do vascular faz com que extravase no meio intracelular para
local da lesão original. A maceração ocorre o extracelular, para a manutenção do leito úmido.
quando há muita umidade entre a ferida e seu Esse líquido possui fatores de crescimento em sua
curativo. composição que estimulam a migração celular,
desbridamento e limita o crescimento bacteriano. Assim,
tanto a ausência quanto o excesso de exsudato é
prejudicial.
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cicatrização
A cicatrização é um processo complexo, que envolve
mecanismos celulares, moleculares e bioquímicos,
visando a restauração da função e estruturas normais
dos tecidos.
Exsudato sanguinolento: avermelhado, fluído, A cicatrização envolve três etapas básicas: fase
indica danos de vasos sanguíneos ou a formação inflamatória, fase proliferativa e fase de maturação.
de novos, é típico da fase proliferativa.
FASE INFLAMATÓRIA
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A fase proliferativa inclui reepitelização, síntese da Fatores locais: são aqueles relacionados à ferida.
matriz e neovascularização, processos que iniciam em Características da ferida: dimensão,
torno do terceiro dia após a lesão e dura algumas profundidade, aspecto da secreção,
semanas. hematomas, edemas e presença de corpo
estranho.
Essa fase é caracterizada pela formação do tecido de
Cuidados: higienização, material e
granulação, e é o marco inicial da formação da cicatriz.
curativos utilizados.
Nela ocorre a proliferação de fibroblastos, que dão origem Isquemia tecidual: a falta de oxigenação
ao processo chamado “fibroplasia”. dificulta a proliferação das células.
Infecção local: quando o processo de
cicatrização é retardado por conta de
contaminação bacteriana.
Fatores sistêmicos: relacionados ao indivíduo.
Faixa etária: a idade avançada dificulta a
resposta da fase inflamatória.
Estado nutricional: uma dieta pobre em
FASE DE MATURAÇÃO
proteínas e vitaminas interfere em todas
A fase de maturação ou remodelamento é caracterizada as fases da cicatrização. A má nutrição
pela deposição organizada de colágeno. diminui a resposta imunológica e a
síntese de colágeno. O resultado disso,
Essa fase final se inicia após vinte e um dias da lesão,
além da demora na cicatrização, pode
podendo perdurar até um ano.
resultar em deiscência de suturas.
É a de maior importância clínica, no processo de Doenças crônicas: diabetes mellitus,
cicatrização, pois é quando a ferida recebe maior suporte. obesidade, hipertensão, entre outras.
Terapia medicamentosa:
antiinflamatórios, antibióticos e
quimioterápicos podem interferir no
processo cicatricial.
Tratamento tópico inadequado:
utilização de produtos inapropriados,
como sabão comum.
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TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
TIPOS DE DESBRIDAMENTO
Quando desbridar ?: antes de ser realizado o
desbridamento é necessário que o
Desbridamento inicial: consiste na retirada profissional avalie.
de tecidos inviáveis aderidos ao leito e/ou na A pessoa: condições clínicas, doenças de
área periferica, incluindo o tecido base, perfusão sanguínea e condição
queratinizado, por meio de métodos mental e emocional.
autolíticos, enzimáticos, biológicos, A necrose: tipo, quantidade e aderência.
mecânicos ou instrumentais, abrangendo as
bordas da ferida e a pele. 08
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MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO
Vantagens: método seletivo de fácil
A escolha do método deve considerar, além do tipo de aplicação. Pode reduzir custos devido a
tecido, de materiais biológicos presentes no leito da ferida necessidade de menos trocas.
e da quantidade de exsudato, a habilidade técnica do Desvantagens:
profissional, avaliação da dor, idade, respeito a Hidrogéis: uso excessivo ou em uma ferida
preferência e envolvimento da pessoa, o que resultará altamente exsudativa, pode levar a
em melhor aceitação e sucesso. maceração da pele peri-ferida, o que
prejudica a função de barreira protetora da
Desbridamento autolítico: trata-se de um
pele, proporcionando uma porta de entrada
método que consiste em promover meio
para as infecções causadas por bactérias ou
úmido e manutenção da temperatura em
fungos.
torno de 37º, proporcionando ambiente
Antimicrobianos podem ocasionar dermatite,
adequado para que as enzimas presentes
citotoxicidade, resistência bacteriana e
no leito da ferida e os macrófagos
retardo da cicatrização.
realizem a lise e fagocitose do tecido
necrótico. Desbridamento biológico: consiste na
Produtos para desbridamento autolítico: utilização larvas esterilizadas colocadas no
Hidrogéis, ou coberturas à base de leito secretam enzimas que liquefazem o
hidrogel; tecido necrótico e o ingerem, limpando assim
Hidrocolóides; a ferida.
Espumas hidrofílicas, hidropolímeros ou
hidrocelulares;
Hidrofibras, incluindo fibras de
carboximetilcelulose;
Fibras hidrodesbridantes (ou fibras Desbridamento enzimático: é semelhante ao
poliabsorventes); autolítico por utilizar enzimas, neste caso
Iodo Cadexômero; enzimas exógenas, que atuem em vários tipos
Coberturas à base de mel; de tecidos e em pHs variados.
Algumas coberturas combinam Colagenase: obtida da bactéria
características autolíticas, de absorção e clostridium histolyticum, pH entre 6 e 8,
antimicrobiana no processo de decompõe fibras de colágeno.
desbridamento e podem incluir alginato Fibrinolisina: obtida do plasma bovino ,
de cálcio, polímeros hidratados, degrada a fibrina e age em pH de 7 a 8.
polietileno glicol, lipidocoloides, Papaína: composta por 17 diferentes
hidrocoloides, entre outros aminoácidos e por enzimas proteolíticas e
peroxidases, atua em pH de 3 a 12 e, em
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temperaturas entre 20º a 50º.
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Desbridamento instrumental: são utilizados Óleo vegetal composto por ácido linoleico, ácído caprílico,
instrumentais cortantes (bisturi e tesoura). ácido cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja.
Procedimento realizado exclusivamente
Indicações/uso: prevenção de lesão por
por médicos e enfermeiros.
pressão, feridas com tecido de granulação,
Contra-indicações: insuficiência arterial
Feridas agudas ou crônicas com perda de
e as coagulopatias.
tecido superficial ou parcial.
Riscos: hemorragia, lesão de tendões e
ossos. Ações:
Protege a ferida preservando o tecido
vitalizado e mantendo meio úmido
proporcionando nutrição celular local.
Acelera o processo de granulação
tecidual.
Evita a aderência ao leito da lesão e em
lesões exsudativas atua como proteção de
borda da lesão.
Contraindicação: pode ocorrer
hipersensibilidade; feridas com necrose e /ou
infecção.
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HIDROCOLÓIDE EM PLACA
Modo de usar:
Curativo estéril recortável composto internamente por no Após a limpeza com soro fisiológico 0,9%,
mínimo carboximetilcelulose. Camada externa composta deve-se recortar o hidrocolóide com
por espuma ou filme de poliuretano, impermeável. diâmetro que ultrapasse a borda da lesão
pelo menos 2 a 3 centímetros;
Indicações/uso: prevenção ou tratamento de Aquecer o hidrocolóide entre as mãos,
lesão por pressão não infectadas; feridas retirar o papel protetor e aplicar o
abertas e planas com pouca a moderada hidrocolóide segurando-o pelas bordas da
exsudação; feridas cirúrgicas limpas; placa;
barreira protetora de área perilesional e Pressionar firmemente as bordas e
para efluentes de estomas. massagear a placa, para perfeita
aderência.
HIDROFIBRA
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Indicações/uso:
Lâmina: feridas planas.
Espumas de preenchimento: feridas
cavitárias.
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Ações: mantém o meio úmido; favorece o Frequência de troca: aplicar na pele 2x/dia;
desbridamento autolítico; absorve grande associação com outras coberturas: as trocas
quantidade de exsudato; reduz a dor e o devem ser realizadas conforme a cobertura
trauma no momento da troca. de maior durabilidade.
Contraindicações: feridas secas; Modo de usar: aplicar o produto de duas
queimaduras de terceiro grau; feridas com vezes ao dia no local afetado, após higienizar
necrose de coagulação (escara). a pele com solução fisiológica e realizar leve
Frequência de troca: pode permanecer por fricção com a gaze úmida, sem traumas ou
até 7 dias. As trocas variam dependendo da sangramento. Ocluir com gaze e atadura,
saturação do curativo. Trocar o curativo conforme a necessidade.
secundário sempre que saturado.
GAZE COM SORO FISIOLÓGICO
Modo de usar:
Limpar a lesão com soro fisiológico 0,9% Gaze estéril umedecida com SF 0,9%.
preferencialmente morno;
Recortar a espuma do tamanho da ferida;
Ocluir com curativo secundário.
Creme a 20 %.
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Modo de usar:
Limpar a lesão com soro fisiológico 0,9%,
preferencialmente morno;
Recobrir toda a superfície com a gaze
umedecida ao leito da lesão não fazendo
compressão e atrito;
Ocluir com cobertura secundária de gaze,
chumaço ou compressa, fixar com Atadura de algodão hidrófobo: material de
atadura, fita hipoalergênica ou algodão que não adere à água e usada para
esparadrapo; bandar os membros sob a atadura de gesso,
bandagem pois mantém o membro aquecido.
TIPOS DE ATADURAS
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Bandagem do pé direito/esquerdo:
1. Iniciar a bandagem com uma circular no Bandagem do tornozelo direito/esquerdo:
tornozelo, acima do maléolo. 1. Iniciar a bandagem com uma circular em
2. Levar o rolo transversalmente sobre o cima dos maléolos, levar o rolo pelo dorso
dorso do pé até as extremidades dos do pé e continuar pelo maléolo interno,
dedos. repetir as voltas em forma de S até cobrir
3. Fazer uma circular, deixando as o calcanhar e conseqüentemente o
extremidades descobertas. tornozelo.
4. Subir com o rolo sobre o dorso do pé 2. Terminar com uma circular em cima do
cruzando com a primeira volta em tornozelo.
direção ao calcanhar.
Bandagem da perna direito/esquerdo:
5. Passar a atadura na ponta do calcanhar,
1. Iniciar com uma circular no tornozelo,
EM CIMA e ABAIXO do calcanhar, repetir
continuar a bandagem com espiral
as voltas até cobrir todo o pé.
ascendente cobrindo toda a perna.
6. Terminar com uma circular no tornozelo.
2. Terminar com uma circular abaixo do
joelho.
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Bandagem da cabeça:
1. Iniciar a bandagem com uma circular na
cabeça, passando abaixo do osso occipital
e levar o rolo até a parte frontal, volta-se
à atadura sobre si mesma prendendo a
dobre feita com o dedo polegar, leva-se
em seguida o rolo para o centro da cabeça
em direção ao occipital.
2. Volta-se com o rolo a direção frontal pelo
lado esquerdo, com o mesmo movimento,
pelo lado direito, em direção ao occipital.
3. Repetir as voltas até cobrir toda a cabeça.
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DANIELLY XAVIER
NATÁLIA PORTO
ÍTALO SABINO
POR:
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