Cartilha - Tdah para Professores
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Cartilha - Tdah para Professores
TDAH
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
na escola
© 2015 INCT Medicina Molecular
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Atendimento Publicitário
Desirée Suzuki
Prezado
Você está recebendo uma cartilha produzida por membros de
uma equipe multidisciplinar do Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia de Medicina Molecular (INCT-MM).
Nosso objetivo é contribuir para sua maior segurança no
sentido de reduzir a probabilidade de prejuízos acumulados du-
rante o desenvolvimento global de seus alunos com TDAH.
Todo mundo tem algum sintoma que pode se assemelhar a
esse quadro, mas nos casos de TDAH quando são muitos, po-
dem trazer prejuízo na mesma medida.
A Escola - como espaço de desenvolvimento - pode ser lo-
cal privilegiado de identificação desse transtorno. E sua identi-
ficação precoce é fundamental para diminuir a probabilidade de
prejuízos acumulados.
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professor,
O INCT Medicina Molecular tem como missão unir pesquisa
e prática clínica na investigação de anomalias moleculares e ce-
lulares que acarretam em doenças graves e complexas, como
TDAH, Doença de Alzheimer, diversos tipos de câncer, além de
trabalhar desenvolvimento de novos tratamentos para essas
doenças.
E a informação qualificada, objetiva e direcionada é um dos
caminhos que adotamos como forma de conscientização dos vá-
rios atores-colaboradores envolvidos nessa e em outras ques-
tões de saúde.
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Comportamento e Ambiente Escolar
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A criança também pode interferir involuntariamente sobre a
dinâmica do ambiente onde convive. Positiva ou negativamente. Um
comportamento inadequado pode impactar sobre o desempenho
da turma inteira.
Quando uma criança se destaca em sala de aula, com a devida
cautela, o professor deve dispor das habilidades e conhecimentos
adequados para lidar com a situação específica.
Os pais ou responsáveis se beneficiam de orientação, com o
cuidado necessário, a procurar apoio de psiquiatra, neurologista,
psicólogo ou outro profissional, desde que comprovadamente
especializado no tratamento desse transtorno. Isso irá otimizar as
chances de sucesso dessas crianças na vida, não só na escola ou,
futuramente, no ambiente profissional, mas além das interações
sociais ao longo da vida.
Ao contrário do que até mesmo alguns profissionais de saúde
ainda pensam, o TDAH não passa com a idade e nem existe
nenhum tratamento caseiro comprovadamente eficaz. São inúmeros
os relatos de pais e professores satisfeitos com o resultado do
tratamento adequado...podemos tentar!?
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Comum sim, inofensivo não!
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Para outra pequena parte (cerca de 5 pessoas em cada
100), o tempo ou uma educação mais diretiva não serão sufi-
cientes. Quando muito frequentes, intensos e persistentes, esse
tipo de problema pode indicar a presença de um transtorno do
comportamento.
O ‘Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade’ (TDAH)
é um transtorno do comportamento que acomete, em média,
5,3% da população mundial.
Nas crianças em idade escolar, a presença de sintomas pro-
eminentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade pode
acarretar danos que se evidenciam no contexto educacional,
como a dificuldade de aprendizagem e prejuízos na relação pro-
fessor-aluno. Assim, é importante que pais e educadores, que
eventualmente estejam diante de uma criança nessa condição,
tenham à sua disposição informações acessíveis que poderão
contribuir para a melhor evolução do quadro.
A seguir, falaremos um pouco de aspectos relevantes no
manejo do TDAH, procurando abordar dúvidas comuns sobre
o transtorno.
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TDAH na escola
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As pessoas com TDAH geralmente têm menos habilidades
sociais. Por isso, é bastante comum que não sejam muito populares,
e até rejeitadas pelos colegas. Também, se relacionam mal com
os professores e têm problemas de conduta geral (quebram
regras, não se motivam facilmente – mesmo que entendam que
seja para seu próprio bem futuro, ficam com raiva e frustrados
com frequência, etc).
É fundamental destacar que este transtorno é muito hetero-
gêneo. Um aluno com TDAH pode ser completamente diferente
de outro com o mesmo problema. Um pode ser apenas lento,
distraído e, de certo modo, socialmente excluído. Outro pode ser
agitado, agressivo e muito impulsivo.
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É extremamente importante que você, professor,
seja capaz de reconhecer o máximo das habilida-
des, necessidades e limitações desses estudantes.
Essa sensibilidade permite tornar mais fácil a adap-
tação desses alunos na escola. Isso, por sua vez,
permite que o seu aluno possa aproveitar o proces-
so de sua educação ao máximo.
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•Dificuldade para enxergar mais de uma solução para um pro-
blema corrente;
•Baixo estado de alerta (o estudante pode tentar aumentar
o estado de alerta buscando ambientes barulhentos, cheio
de pessoas, ouvindo música, vendo TV mesmo quando está
estudando);
•Dificuldade de sustentar a atenção durante uma atividade men-
tal prolongada (mais de 15 ou 20 minutos consecutivos);
•Elevada variabilidade de desempenho (o estudante pode apre-
sentar bom desempenho em certa atividade num dia e falhar em
outra de mesma natureza em outro);
•Baixa sensibilidade à recompensa (os alunos com desenvolvi-
mento típico se sentem recompensados mais facilmente que os
estudantes com TDAH que podem precisar de mais atenção para
entenderem que seu esforço está sendo valorizado);
Imediatismo/Aversão à espera (mesmo que a consequência de
uma ação seja muito boa futuramente, indivíduos com TDAH
tendem a desvalorizar recompensas que levam mais tempo
para serem alcançadas preferindo recompensas menores, mas
imediatas);
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•Menor sensibilidade à punição (estudantes com TDAH podem
ter dificuldade para inibir comportamentos de risco, ou seja,
comportamentos que podem trazer consequências negativas
mesmo que já tenham vivido e aprendido que a punição é bas-
tante provável ou grave);
•Dificuldade para lidar com o tempo (pessoas com TDAH cos-
tumam achar que o tempo demorou mais pra passar do que
ele realmente leva pra passar. Eles podem ter dificuldades para
estabelecer prioridades, cumprir prazos, concluir suas tarefas,
avaliar as consequências de longo prazo etc). - Dificuldade de
aprendizagem da leitura (mesmo que não tenha Dislexia do
Desenvolvimento, os problemas de leitura e escrita são comuns);
•Dificuldade de aprendizagem da matemática (mesmo que não
tenha Discalculia do Desenvolvimento, as dificuldades na aritmé-
tica são comuns).
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Esses são problemas frequentes que podem afetar
o desempenho escolar, a motivação para os estudos
e o relacionamento com os colegas.
A forma como os colegas conseguem se relacionar
com as crianças/adolescentes com TDAH é fundamental
pra que possam superar suas dificuldades.
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passos que podem ajudar
Ainda não se sabe exatamente por que, mas o fato é
que o TDAH afeta cada criança de maneira distinta.
Como já foi dito, pessoas com o mesmo transtorno
apresentam comportamentos por vezes totalmente
diferentes. Entretanto, algumas dicas práticas podem
levar a um melhor aproveitamento escolar.
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2 Divida tarefas grandes em atividades menores, menos complexas.
Permitir pequenas pausas ajuda o aluno a se concentrar pelo
tempo necessário para cada tarefa.
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abcdefghijklmnopqrstuvxwyz
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3 agindo
‘Converse’ com a criança, discretamente, quando ela estiver
de forma errada, como: conversando fora de hora,
atrapalhando a aula. Xingamentos em público afetam muito a
autoestima dessas crianças, que, em geral, parecem ser mais
sensíveis. Como um efeito colateral, seu comportamento pode
ser agressivo ou explosivo, para chamar atenção. Combine
gestos com uma “linguagem discreta” para alertá-la de que
ela está interrompendo ou atrapalhando o ambiente.
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4 Cobre disciplina. Mesmo que seja difícil para o aluno com TDAH
cumprir, e o professor tenha consciência disso, é extremamente
importante que o professor cobre dele o mesmo compromisso e
disciplina que espera dos demais. Isso o ajudará a perceber que
está em um ambiente que não permite certos comportamentos.
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5 Sugira um plano de estudos fora da sala de aula aos pais ou
responsáveis. Uma planilha de horários e a rotina ajuda o aluno
a se empenhar no cumprimento de suas responsabilidades.
Para cada etapa que ele cumprir, reforce positivamente.
Pla
nod
e Es
tud
os
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6 Utilize métodos de ensino que motivem e despertem o interesse
dos alunos. Aulas com muito conteúdo falado não são efetivas
para o aprendizado. Crianças cansadas, mesmo as que não têm
TDAH, deixam de reter informações. Aulas didáticas, em campo,
com desenhos ou atividades práticas são comprovadamente
MUITO POSITIVAS para a fixação da matéria.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUV
XWYZ
abcdefghijklmnopqrstuvxwyz
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7 Dêcriança
consequências pelo mau comportamento frequente. Uma
com TDAH não pode ser “mimada” por ter dificuldades.
Ela precisa de atenção especial, sim, mas não pode aproveitar-
se disso para fazer o que quiser. Explique, detalhadamente
– com calma e paciência, o que foi feito de errado para que
ela compreenda por que está sendo penalizada. Seja justo.
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8 Epossível,
uma das dicas mais importantes: reconheça sempre que for
em voz alta, aos pais, às próprias crianças, que o
comportamento delas está adequado, excelente e positivo. Seja
específico, para que o aluno compreenda seu mérito e se sinta
valorizado pelo seu esforço. Não foque nos comportamentos
negativos. O reforço positivo por parte dos professores e
pais é um grande motivador! E como destacado, uma das
ferramentas mais importantes e eficazes para transformar
comportamentos!
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Auxiliando na dificuldade de leitura
Auxiliando na dificuldade de
matemática
Identifique as limitações do aluno e recomende o auxílio fora
da sala de aula. Isto permite que o aluno e seu tutor foquem
especificamente sobre as dificuldades que o aluno está tendo,
tirando a pressão de ter que mudar para novos tópicos muito
rapidamente.
O reforço repetido e a prática específica de ideias simples
podem fazer a compreensão mais fácil.
Outras estratégias para dentro e fora da sala de aula incluem:
•usar papel quadriculado para os alunos que têm dificuldade para
organizar as ideias no papel;
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•trabalhar para encontrar maneiras diferentes de abordar os
fatos aritméticos (em vez de apenas memorizar a tabuada, por
exemplo, explicar que a multiplicação consiste na soma de fatos
repetidos, ou seja, se 2x8=16 e 16 é o dobro de oito, então 4x8
só pode ser o dobro de 16, 32);
•pratique estimar (tentar adivinhar) como uma forma de começar
a resolver problemas de matemática; introduzir novas habilidades
a partir de exemplos concretos e mais tarde mudar para aplicações
mais abstratas;
•explicar ideias e problemas de forma clara e incentivar os alunos
a fazerem perguntas sobre como eles funcionam;
•fornecer um lugar para trabalhar com poucas distrações e ter
lápis, borrachas e outras ferramentas na mão, se necessário;
•conferir mais tempo na realização das tarefas que envolvam
aritmética e valorizar o raciocínio matemático mais que a realização
do cálculo em si.
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