Cartilha - Tdah para Professores

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Cartilha para os Professores

TDAH
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

na escola
© 2015 INCT Medicina Molecular
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Série Educação para a Saúde


Popularização da Ciência

Disponível em: www.medicina.ufmg.br/inct


Tiragem: 1.000 exemplares
Impresso no Brasil

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Medicina Molecular/UFMG


Coordenação: Prof. Marco Aurélio Romano-Silva

Laboratório de Investigação em Neurociência Clínica - LINC


Prof. Leandro Malloy-Diniz
Prof. Breno Satler

Núcleo de Investigação da Impulsividade e Atenção/Hospital das Clínicas


UFMG - NITIDA
Profª. Débora Marques Miranda
Prof. Leandro Malloy-Diniz
Redação Contato
Conteúdo e texto orginal Faculdade de Medicina da UFMG
Danielle de Souza Costa Endereço: Av. Professor Alfredo Balena,
Débora Medeiros 190, sala 114 - Santa Efigênia
Isadora Morais de Paula Região Hospitalar. BH. MG. Brasil.
Natália Aguiar Cep.: 30.130-100
Débora Marques de Miranda [email protected]
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Projeto Gráfico, diagramação e


ilustração
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Atendimento Publicitário
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Prezado
Você está recebendo uma cartilha produzida por membros de
uma equipe multidisciplinar do Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia de Medicina Molecular (INCT-MM).
Nosso objetivo é contribuir para sua maior segurança no
sentido de reduzir a probabilidade de prejuízos acumulados du-
rante o desenvolvimento global de seus alunos com TDAH.
Todo mundo tem algum sintoma que pode se assemelhar a
esse quadro, mas nos casos de TDAH quando são muitos, po-
dem trazer prejuízo na mesma medida.
A Escola - como espaço de desenvolvimento - pode ser lo-
cal privilegiado de identificação desse transtorno. E sua identi-
ficação precoce é fundamental para diminuir a probabilidade de
prejuízos acumulados.

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professor,
O INCT Medicina Molecular tem como missão unir pesquisa
e prática clínica na investigação de anomalias moleculares e ce-
lulares que acarretam em doenças graves e complexas, como
TDAH, Doença de Alzheimer, diversos tipos de câncer, além de
trabalhar desenvolvimento de novos tratamentos para essas
doenças.
E a informação qualificada, objetiva e direcionada é um dos
caminhos que adotamos como forma de conscientização dos vá-
rios atores-colaboradores envolvidos nessa e em outras ques-
tões de saúde.

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Comportamento e Ambiente Escolar

Todos os dias, você, professor, tem um ‘prato cheio’ para obser-


var o comportamento humano.
Uma sala de aula reúne potencialmente uma gama imensa
de comportamentos heterogêneos, personalidades distintas e
maneiras específicas de aprendizagem.
Um professor preparado contribui para o aprimoramento
do processo didático de sua escola, mas, também, participa da
melhoria da qualidade de vida de seus alunos. E, nos mais di-
ferentes ambientes e momentos sociais – escola, família, lazer
ou esporte.

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A criança também pode interferir involuntariamente sobre a
dinâmica do ambiente onde convive. Positiva ou negativamente. Um
comportamento inadequado pode impactar sobre o desempenho
da turma inteira.
Quando uma criança se destaca em sala de aula, com a devida
cautela, o professor deve dispor das habilidades e conhecimentos
adequados para lidar com a situação específica.
Os pais ou responsáveis se beneficiam de orientação, com o
cuidado necessário, a procurar apoio de psiquiatra, neurologista,
psicólogo ou outro profissional, desde que comprovadamente
especializado no tratamento desse transtorno. Isso irá otimizar as
chances de sucesso dessas crianças na vida, não só na escola ou,
futuramente, no ambiente profissional, mas além das interações
sociais ao longo da vida.
Ao contrário do que até mesmo alguns profissionais de saúde
ainda pensam, o TDAH não passa com a idade e nem existe
nenhum tratamento caseiro comprovadamente eficaz. São inúmeros
os relatos de pais e professores satisfeitos com o resultado do
tratamento adequado...podemos tentar!?

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Comum sim, inofensivo não!

Problemas como ‘desorganização’, ficar ‘distraído’ ou ‘desaten-


to’, ‘esquecer’ ou ‘perder’ coisas no dia-a-dia são bastante fre-
quentes e todo mundo uma hora ou outra tem essas dificuldades.
Cedo na infância também é muito comum que as crianças
sejam ‘agitadas’, ‘falem demais’, tenham ‘dificuldade de espe-
rar’ ou mesmo sejam muito ‘precipitadas’ e não consigam ‘inibir
comportamentos inadequados’, mas essas características são
transitórias e a maior parte das pessoas superam esses proble-
mas com o passar dos anos.

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Para outra pequena parte (cerca de 5 pessoas em cada
100), o tempo ou uma educação mais diretiva não serão sufi-
cientes. Quando muito frequentes, intensos e persistentes, esse
tipo de problema pode indicar a presença de um transtorno do
comportamento.
O ‘Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade’ (TDAH)
é um transtorno do comportamento que acomete, em média,
5,3% da população mundial.
Nas crianças em idade escolar, a presença de sintomas pro-
eminentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade pode
acarretar danos que se evidenciam no contexto educacional,
como a dificuldade de aprendizagem e prejuízos na relação pro-
fessor-aluno. Assim, é importante que pais e educadores, que
eventualmente estejam diante de uma criança nessa condição,
tenham à sua disposição informações acessíveis que poderão
contribuir para a melhor evolução do quadro.
A seguir, falaremos um pouco de aspectos relevantes no
manejo do TDAH, procurando abordar dúvidas comuns sobre
o transtorno.

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TDAH na escola

O ambiente escolar representa um grande desafio pra estudan-


tes com TDAH. A maior parte deles vai apresentar baixo desem-
penho e quase metade pode apresentar também, além do TDAH,
um ou mais transtornos de aprendizagem como a Dislexia e a
Discalculia do Desenvolvimento.
Por isso, além de ajudar o aluno com seus problemas de
atenção e de comportamento, muitas vezes é necessário tomar
outras medidas pedagógicas específicas. As dificuldades de
aprendizagem não são a única barreira para a integração do
estudante com TDAH, na escola.

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As pessoas com TDAH geralmente têm menos habilidades
sociais. Por isso, é bastante comum que não sejam muito populares,
e até rejeitadas pelos colegas. Também, se relacionam mal com
os professores e têm problemas de conduta geral (quebram
regras, não se motivam facilmente – mesmo que entendam que
seja para seu próprio bem futuro, ficam com raiva e frustrados
com frequência, etc).
É fundamental destacar que este transtorno é muito hetero-
gêneo. Um aluno com TDAH pode ser completamente diferente
de outro com o mesmo problema. Um pode ser apenas lento,
distraído e, de certo modo, socialmente excluído. Outro pode ser
agitado, agressivo e muito impulsivo.

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É extremamente importante que você, professor,
seja capaz de reconhecer o máximo das habilida-
des, necessidades e limitações desses estudantes.
Essa sensibilidade permite tornar mais fácil a adap-
tação desses alunos na escola. Isso, por sua vez,
permite que o seu aluno possa aproveitar o proces-
so de sua educação ao máximo.

Algumas dificuldades esperadas

Os estudantes com TDAH podem ter um ou mais dos problemas


que se seguem:
•Lentidão para aprender conteúdos e realizar as tarefas
escolares;
•Dificuldade para ignorar estímulos irrelevantes;
•Dificuldade para interromper uma ação já iniciada ou prestes a
ser executada, mesmo que não seja adequada;
•Dificuldade para manter e manipular mais de uma informação
ao mesmo tempo;
•Dificuldade de organizar e planejar os passos necessários para
cumprir suas tarefas;

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•Dificuldade para enxergar mais de uma solução para um pro-
blema corrente;
•Baixo estado de alerta (o estudante pode tentar aumentar
o estado de alerta buscando ambientes barulhentos, cheio
de pessoas, ouvindo música, vendo TV mesmo quando está
estudando);
•Dificuldade de sustentar a atenção durante uma atividade men-
tal prolongada (mais de 15 ou 20 minutos consecutivos);
•Elevada variabilidade de desempenho (o estudante pode apre-
sentar bom desempenho em certa atividade num dia e falhar em
outra de mesma natureza em outro);
•Baixa sensibilidade à recompensa (os alunos com desenvolvi-
mento típico se sentem recompensados mais facilmente que os
estudantes com TDAH que podem precisar de mais atenção para
entenderem que seu esforço está sendo valorizado);
Imediatismo/Aversão à espera (mesmo que a consequência de
uma ação seja muito boa futuramente, indivíduos com TDAH
tendem a desvalorizar recompensas que levam mais tempo
para serem alcançadas preferindo recompensas menores, mas
imediatas);

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•Menor sensibilidade à punição (estudantes com TDAH podem
ter dificuldade para inibir comportamentos de risco, ou seja,
comportamentos que podem trazer consequências negativas
mesmo que já tenham vivido e aprendido que a punição é bas-
tante provável ou grave);
•Dificuldade para lidar com o tempo (pessoas com TDAH cos-
tumam achar que o tempo demorou mais pra passar do que
ele realmente leva pra passar. Eles podem ter dificuldades para
estabelecer prioridades, cumprir prazos, concluir suas tarefas,
avaliar as consequências de longo prazo etc). - Dificuldade de
aprendizagem da leitura (mesmo que não tenha Dislexia do
Desenvolvimento, os problemas de leitura e escrita são comuns);
•Dificuldade de aprendizagem da matemática (mesmo que não
tenha Discalculia do Desenvolvimento, as dificuldades na aritmé-
tica são comuns).

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Esses são problemas frequentes que podem afetar
o desempenho escolar, a motivação para os estudos
e o relacionamento com os colegas.
A forma como os colegas conseguem se relacionar
com as crianças/adolescentes com TDAH é fundamental
pra que possam superar suas dificuldades.

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passos que podem ajudar
Ainda não se sabe exatamente por que, mas o fato é
que o TDAH afeta cada criança de maneira distinta.
Como já foi dito, pessoas com o mesmo transtorno
apresentam comportamentos por vezes totalmente
diferentes. Entretanto, algumas dicas práticas podem
levar a um melhor aproveitamento escolar.

1 Evite que o estudante se assente em carteiras perto de portas


e janelas. Se possível, sempre perto de você.

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2 Divida tarefas grandes em atividades menores, menos complexas.
Permitir pequenas pausas ajuda o aluno a se concentrar pelo
tempo necessário para cada tarefa.

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3 agindo
‘Converse’ com a criança, discretamente, quando ela estiver
de forma errada, como: conversando fora de hora,
atrapalhando a aula. Xingamentos em público afetam muito a
autoestima dessas crianças, que, em geral, parecem ser mais
sensíveis. Como um efeito colateral, seu comportamento pode
ser agressivo ou explosivo, para chamar atenção. Combine
gestos com uma “linguagem discreta” para alertá-la de que
ela está interrompendo ou atrapalhando o ambiente.

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4 Cobre disciplina. Mesmo que seja difícil para o aluno com TDAH
cumprir, e o professor tenha consciência disso, é extremamente
importante que o professor cobre dele o mesmo compromisso e
disciplina que espera dos demais. Isso o ajudará a perceber que
está em um ambiente que não permite certos comportamentos.

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5 Sugira um plano de estudos fora da sala de aula aos pais ou
responsáveis. Uma planilha de horários e a rotina ajuda o aluno
a se empenhar no cumprimento de suas responsabilidades.
Para cada etapa que ele cumprir, reforce positivamente.

Sala dos Professores

Pla
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e Es
tud
os

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6 Utilize métodos de ensino que motivem e despertem o interesse
dos alunos. Aulas com muito conteúdo falado não são efetivas
para o aprendizado. Crianças cansadas, mesmo as que não têm
TDAH, deixam de reter informações. Aulas didáticas, em campo,
com desenhos ou atividades práticas são comprovadamente
MUITO POSITIVAS para a fixação da matéria.

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7 Dêcriança
consequências pelo mau comportamento frequente. Uma
com TDAH não pode ser “mimada” por ter dificuldades.
Ela precisa de atenção especial, sim, mas não pode aproveitar-
se disso para fazer o que quiser. Explique, detalhadamente
– com calma e paciência, o que foi feito de errado para que
ela compreenda por que está sendo penalizada. Seja justo.

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8 Epossível,
uma das dicas mais importantes: reconheça sempre que for
em voz alta, aos pais, às próprias crianças, que o
comportamento delas está adequado, excelente e positivo. Seja
específico, para que o aluno compreenda seu mérito e se sinta
valorizado pelo seu esforço. Não foque nos comportamentos
negativos. O reforço positivo por parte dos professores e
pais é um grande motivador! E como destacado, uma das
ferramentas mais importantes e eficazes para transformar
comportamentos!

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Auxiliando na dificuldade de leitura

O ensino das crianças e adolescentes com dificuldades de leitura


deve se basear nos métodos tradicionais, capitalizando sobre as
boas habilidades de memorização verbal e competência lexical.
A aprendizagem exige instrução explícita e prática exaustiva.
Na medida do que for possível, os professores podem tomar
algumas medidas que auxiliam estudantes com dislexia como:
•usar uma abordagem fônica/multissensorial estruturada para
alfabetização/leitura;
•construir e nutrir sua autoconfiança; sentar o aluno perto do
professor; ensinar individualmente ou em pequenos grupos, tanto
quanto possível;
•incentivar o aluno a repetir as instruções dadas (incentivar
autoinstrução);
•diferenciar o material didático (dar mais tempo para realização
as tarefas;
•não peça ao aluno que leia em voz alta na frente de muitos colegas
ou dê listas longas pra que aprenda as palavras a cada semana;
não espere que consiga copiar muitos exercícios do quadro;
•não espere que consiga fazer as tarefas em lugares mais
barulhentos ou cheios de distrações);
• concentrar-se no conteúdo e não na apresentação das repostas
do aluno (valorizar respostas orais);
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•fornecer planilhas claras com menos escrita e mais diagramas;
•incentivar a repetição de conteúdos recentemente aprendidos,
dando oportunidade para muita prática;
•usar recompensas e incentivos sempre que possível (não corrigir
os erros excessivamente, ao contrário, valorizar sempre que possível
respostas corretas);
•esperar variabilidade no desempenho do aluno.

Auxiliando na dificuldade de
matemática
Identifique as limitações do aluno e recomende o auxílio fora
da sala de aula. Isto permite que o aluno e seu tutor foquem
especificamente sobre as dificuldades que o aluno está tendo,
tirando a pressão de ter que mudar para novos tópicos muito
rapidamente.
O reforço repetido e a prática específica de ideias simples
podem fazer a compreensão mais fácil.
Outras estratégias para dentro e fora da sala de aula incluem:
•usar papel quadriculado para os alunos que têm dificuldade para
organizar as ideias no papel;
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•trabalhar para encontrar maneiras diferentes de abordar os
fatos aritméticos (em vez de apenas memorizar a tabuada, por
exemplo, explicar que a multiplicação consiste na soma de fatos
repetidos, ou seja, se 2x8=16 e 16 é o dobro de oito, então 4x8
só pode ser o dobro de 16, 32);
•pratique estimar (tentar adivinhar) como uma forma de começar
a resolver problemas de matemática; introduzir novas habilidades
a partir de exemplos concretos e mais tarde mudar para aplicações
mais abstratas;
•explicar ideias e problemas de forma clara e incentivar os alunos
a fazerem perguntas sobre como eles funcionam;
•fornecer um lugar para trabalhar com poucas distrações e ter
lápis, borrachas e outras ferramentas na mão, se necessário;
•conferir mais tempo na realização das tarefas que envolvam
aritmética e valorizar o raciocínio matemático mais que a realização
do cálculo em si.

Ajudar o estudante a tomar consciência dos seus


pontos fortes e fracos, entender como ele aprende
melhor é um grande passo para alcançar o sucesso
acadêmico e a autoconfiança.
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Como se inscrever no NITIDA?

Para se inscrever, você pode ligar ou preencher um formulário


próprio disponível na portaria do Ambulatório Borges da Costa
do Hospital das Clínicas da UFMG - Setor de Psiquiatria

Atendimento: toda quinta-feira, a tarde


Telefone: (31) 3409 -9540
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Professor Alfredo Balena, 190 - Bairro Santa
Efigênia - Belo Horizonte. Minas Gerais. Brasil. Cep. 30130-100

Um professor que conheça o TDAH e saiba lidar com o problema evita


situações de estresse e desânimo com seus alunos. O TDAH pode
ser controlado, mas para isso é preciso cautela e conhecimento.

Agora sim, bom trabalho!

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Núcleo de Divulgação

Científica
ANOTAÇÕES

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