2010 Unicentro Bio Artigo Roseney Zago

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OS RECURSOS DIDÁTICOS NAS AULAS DE BIOLOGIA.

1
Autora: Roseney Zago
2
Orientador: Carlos Eduardo Bittencourt Stange

Resumo

Este artigo diz respeito às constantes inquietações daqueles que se preocupam com
a educação, especificamente a prática docente e o uso dos recursos didáticos.
Procurou-se obter um perfil dos educadores de Biologia e Ciências em relação à
utilização dos recursos didáticos, levantando dados sobre o que ocorre durante o
preparo e o ministrar das aulas. Os dados foram coletados a partir de um
questionário respondido por alguns dos profissionais da área que atuam no
município de Pato Branco-PR. Com a coleta destes dados observa-se que os
recursos mais utilizados e com os quais os docentes mais trabalham, ainda fazem
parte dos chamados “tradicionais”. Durante a implementação do Projeto
aconteceram discussões entre os professores embasadas nas literaturas indicadas e
análise dos dados obtidos nos questionários. Os docentes sustentam que entendem
a importância da diversificação metodológica durante as aulas, da experimentação e
de colocar os alunos o mais próximo possível dos conteúdos abordados em aula.
Quanto aos educandos, fica evidente que estão ansiosos por aulas exploratórias e
diversificadas. No término dos dias trabalhados no Grupo de Estudos, observou-se
nos professores a convicção da necessidade de variantes nas aulas de Biologia e
Ciências para se alcançar a almejada aprendizagem significativa.

Palavras-chave: Ensino de Biologia e Ciências; recursos didáticos; aprendizagem


significativa; prática pedagógica.

1 – INTRODUÇÃO

1
Professora de Biologia da Rede Pública do Estado do Paraná, município de Pato Branco, Núcleo
Regional de Educação de Pato Branco, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional-
PDE 2010.
2
Mestre em Educação, Professor Efetivo do Departamento de Ciências Biológicas e Diretor do
Núcleo de Avaliação Institucional da UNICENTRO, Orientador do PDE – Guarapuava – PR.
É notório que os educadores buscam trabalhar suas aulas almejando
aprendizagem significativa e consequente alfabetização biológica (letramento) dos
educandos. Em que pese o esforço dos docentes, nem sempre isso ocorre, pois
infelizmente os alunos estão passivos e desmotivados pelo conhecimento da
disciplina. Diante disso, o tema escolhido para estudo, destinando-se aos docentes
da área, é Recursos didáticos para o ensino de Biologia na Educação Básica.
A educação pública brasileira nas últimas décadas passou a atender cada vez
mais um número maior de educandos oriundos de classes populares. Com essa
realidade intensificou-se a discussão contínua sobre o papel do ensino básico para o
projeto de sociedade que se almeja para o país.
É sabido que o ser humano e sua atuação como sujeito participante da
sociedade é fruto do seu tempo histórico e de suas relações sociais nas quais está
inserido e, portanto, irá atuar no mundo a partir do modo como o compreende e
como lhe é possibilitado participar.
Nessa esteira, se faz necessário a promoção de contínuos debates para que
a escola possa desempenhar adequadamente seu papel na formação de cidadãos
participativos. Como coadjuvante neste processo, a disciplina de Biologia como
ressalta Krasilchik (2005), pode ser uma das disciplinas de maior relevância para
alguns educandos ou uma das mais insignificantes e desinteressantes para outros
alunos, dependendo do que, e como for ensinada.
Imperioso destacar que a formação biológica dos indivíduos irá auxiliar para
que os mesmos sejam capazes de compreender e aprofundar conceitos biológicos e
a importância da ciência e tecnologia na vida moderna. Esse conhecimento deverá
contribuir para que o aluno, como cidadão, seja capaz de utilizar o que assimilou ao
tomar decisões no interesse individual e coletivo, considerando sempre o papel do
ser humano na biosfera.
Por isso, é necessário que o educador tome cuidado para evitar postura
alienante ou de desconfiança neste mundo de constante evolução da ciência e
tecnologia em prol da humanidade.
Convém ressaltar que “(...) os usos de recursos didáticos não são garantia de
aprendizagem, é preciso, a partir deles, criar situações e condições favoráveis para
a mesma”. (LOPES, 2009, p.03).

2
Neste contexto de múltiplas exigências, acredita-se que melhorias da
qualidade de ensino devem ter como ponto de partida a caracterização do ensino,
ou seja, conhecer o perfil do professor, suas dificuldades, metodologias utilizadas
em sala de aula, e as perspectivas de formação permanente.
Neste sentido Lopes (2007/2008) coloca que,

(...) é importante que o professor constantemente avalie sua didática


e sempre que possível, busque inovar sua metodologia de trabalho,
de acordo com a demanda dos alunos, para que os conteúdos
trabalhados na escola tenham significado em sua vida cotidiana.

Outrossim, o ensino da Biologia no Ensino Médio passou por várias


mudanças nas décadas anteriores e até hoje verifica-se a importância do momento
histórico do grande desenvolvimento científico que ocorreu nas décadas de 1950 e
1960, onde foi depositada na ciência a esperança para a resolução dos problemas
da humanidade e, em contraponto, os problemas causados em decorrência do uso
da ciência e tecnologia.
Com a ocorrência de grandes problemas sociais na década de 1970
observou-se que, pelo menos em parte, essas esperanças eram infundadas e
levaram a mudanças em documentos legais. Todavia o ensino em sala de aula
permaneceu minimamente alterado.
Muitos educadores acreditam que a biologia, além das funções que já
desempenha no currículo escolar, deve também preparar o aluno para enfrentar e
resolver problemas, alguns com nítidos componentes biológicos, como o aumento
de produtividade agrícola e preservação do ambiente; outros de cunho filosófico,
cultural e histórico, como o papel da ciência na evolução da humanidade e sua
relação com a religião, economia, tecnologia, entre outras.
A adoção desse conjunto de objetivos determina que outros assuntos devam
fazer parte dos programas de biologia, incluindo não só os aspectos da ciência pura,
como também aqueles que tratam da aplicação da ciência na resolução de
problemas enfrentados pela sociedade.
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Para tanto, trabalhar com essa amplidão de conteúdos exigirá do professor
conhecimento da realidade onde sua escola está inserida e o entrosamento com a
comunidade da qual seu aluno faz parte, para que os assuntos tratados em sala de
aula sejam relevantes e subsidiem a análise de seus ambientes culturais,
possibilitando a sua contribuição para a melhoria da qualidade de vida de sua
comunidade, e assim o torne um cidadão consciente e participativo.
Como dito antes, mesmo diante dos avanços sociais o ensino da Biologia
continua por vezes restrito ao modelo de ensino, com apenas aulas teóricas,
expositivas, que refletem, diante do desinteresse do educando, um monólogo do
professor.
Vale ressaltar também dizer que ferramentas audiovisuais, digitais, práticas
no laboratório em sala de aula, atividades externas, programas de estudo através de
projetos e discussões, as quais revelam práticas pedagógicas possíveis e
alternativas no ensino da Biologia, são apenas e tão somente esporadicamente
utilizadas por alguns professores, que tem tal iniciativa por impulso próprio, muitas
vezes com enormes dificuldades estruturais, financeiras, e institucionais. Afinal,
nesse ponto também é necessário dizer que sem alicerce o docente torna-se mais
suscetível a permanecer no modelo tradicional de ensino.
Diante dessa realidade, questiona-se como instigar o interesse, a participação
e o gosto pelo conhecimento científico em nossos discentes? E ainda, sendo talvez
mais importante, como ajudar os educadores a refletir e reordenar sua prática
pedagógica? As respostas, por consequência não são simples, pois não existe uma
receita pronta e tão pouco se pretende neste trabalho, tendo em vista a problemática
ser ampla e complexa.
Diante disso e tendo como parâmetro a falta de entusiasmo dos educandos
pelas aulas de Biologia, no Colégio Estadual La Salle no município de Pato Branco,
Estado do Paraná optou-se por desenvolver este estudo para buscar apoio teórico e
aplicar métodos e instrumentos buscando sucesso no processo de ensino e de
aprendizagem tendo por premissa a aprendizagem significativa.
A implementação do Projeto “Os Recursos Didáticos nas Aulas de Biologia”
foi realizada com professores de Ciências e Biologia no município de Pato Branco -
PR, no segundo semestre de 2011 e teve como objetivo discutir sobre a utilização

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de recursos didáticos no ensino da disciplina de Biologia, nas escolas públicas da
rede estadual de ensino, almejando contribuir com propostas fundamentadas de
intervenção didática e consequente melhora do processo de ensino e aprendizagem.
Para possibilitar uma reflexão sobre as aulas de Biologia houve a
necessidade da produção de um material específico, baseado na proposta de
autores como Krasilchik, Stange, Ausubel, Moreira, Mizukami dentre outros que
serviram de base teórica para as discussões e consequente implementação do
projeto. Optou-se pela produção de um caderno pedagógico que abordou
Microscopia, Visitas Orientadas e Sensoriamento Remoto como recursos didáticos
para as aulas de biologia.
Ainda atualmente, muitas experiências educacionais criativas e de sucesso
estão em andamento na Rede Estadual de Ensino, na qual o Portal Dia a Dia
Educação é uma das ferramentas que proporciona o acesso a projetos como:
cadernos pedagógicos e temáticos, Objetos de Aprendizagem Colaborativa – OACs,
artigos, folhas, etc. Materiais estes, que vem colaborar para melhorar a prática
pedagógica dos educadores da disciplina, alunos universitários e todos que
demonstrarem interesse pelo tema.
O estudo realizado e a produção deste artigo permitiram avanços na análise e
repensar da prática pedagógica dos docentes da área participantes do Grupo de
Estudos, contribuindo assim com a aprendizagem significativa objeto de busca
diante dos educandos. Se com este estudo os docentes estiverem mais convictos da
necessidade de variantes nas aulas de Biologia para se alcançar a almejada
aprendizagem significativa, atingiu-se o propósito principal de estudo desta autora.

2 - DESENVOLVIMENTO

Este artigo será norteado pelos dados obtidos através das discussões que
embasaram a pesquisa durante a aplicação do projeto com alguns professores da
disciplina de ciências e biologia do município de Pato Branco - PR .

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Como fundamentação teórica, os itens do desenvolvimento foram:
 Através de amparo teórico nos textos de Myriam Krasilchik e Maria da
G. N. Mizukami, Marco A. Moreira, Carlos E. B. Stange e DCEs
promoveram-se reflexões e discussões a cerca de variantes na
metodologia utilizada pelos docentes da disciplina de Biologia em sala
de aula;
 Divulgação dos resultados obtidos e analisados na pesquisa realizada
com base no questionário que foi elaborado com o objetivo de levantar
um repensar e autoavaliação sobre a prática pedagógica na área;
 Apresentação e estudos com o enfoque teórico do uso do recurso
didático de Sensoriamento Remoto com alguns dos possíveis
conteúdos que podem ser trabalhados a partir desta modalidade
didática;
 A realização das atividades práticas de microscopias sugeridas no
material didático pelos docentes participantes do Grupo de Estudos, no
laboratório de Ciências do Colégio Estadual La Salle;
 Discussão sobre Aprendizagem significativa, como atingi-la, tendo por
referência Ausubel apud Moreira (2005), objetivando a compreensão
do que é de fato aprender significativamente.

Como metodologia, apresenta-se a utilização de organizadores e


conhecimentos prévios e análise dos erros. O questionário respondido pelos
docentes também foi utilizado e nos deu parâmetros para a análise dos objetivos. O
método desenvolvido na pesquisa baseou-se em instrumentos diagnósticos
avaliativos, buscando identificar a relação dos professores com uma variedade de
recursos didáticos possíveis no âmbito da Biologia. Para tanto elaborou-se um
material destinado à traçar o perfil dos educadores entrevistados. Todos os itens
avaliativos foram abordados e percebidos através de questões fechadas.
Em encontro com os docentes da área do município de Pato Branco,
divulgou-se os resultados analisados e obtidos na pesquisa, levantando um repensar
e autoavaliação sobre a prática pedagógica na área. Divulgou-se também o material
didático elaborado e disponibilizado no Portal Dia a Dia Educação.

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Finalmente, como último item deste desenvolvimento, discutem-se os
resultados, as dificuldades encontradas e os objetivos atingidos.

3 – APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA - UM GRANDE DESAFIO

3.1 A influência da formação do docente na sua prática pedagógica.

O docente de Biologia tem sido constantemente exposto a inúmeros desafios,


dentre os quais se incluem as constantes descobertas científicas e tecnológicas,
constantemente manipuladas e inseridas no seu cotidiano pedagógico.
Para isso, é necessário vasto conhecimento teórico e metodológico, bem
como disposição para manter-se atualizado no desempenho de suas atribuições
como educador, já que para muitos docentes tais desafios são agravados por
deficiência em suas licenciaturas – de universidades públicas ou privadas.
Tal fato evidencia-se pela rapidez com que os conceitos se ampliam e surgem
novas tecnologias, fazendo com que a formação do professor passe a ser
considerada ultrapassada poucos anos após sua graduação.
Outro ponto relevante é a banalização das ofertas de cursos de graduação
por instituições muitas vezes sem docentes, matriz curricular e estruturas adequadas
para a formação de novos educadores com qualidade.
Há ainda outro aspecto relevante a ser observado. Segundo Mizukami (1986,
p. 107),

Parece extravagante, ou pelo menos difícil de se justificar, que o


aprendido durante os cursos de formação de professores permaneça
externo a estes profissionais, como se nada tivesse a ver com sua
prática pedagógica e seu posicionamento frente ao fenômeno
educacional. Uma tentativa de articulação entre o saber acadêmico e

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o aprendido, a partir da experiência pessoal refletiria um
comportamento coerente por parte do profissional educador.

Cada educador um dia sentou-se e também ocupou a carteira de um


educando, submetendo-se a uma formação de um modelo, muitas vezes, tradicional
de ensino. Por esse turno, tal vivência tradicional escolar e acadêmica, porque não
dizer, influencia e dificulta a concepção, elaboração e a efetiva utilização de
propostas curriculares que considerem os conhecimentos provenientes das ciências
vinculadas à sociedade moderna e à tecnologia, ou seja, visionárias, atuais e
inovadoras.
Convém salientar que a visão da ciência construída ao longo da trajetória
escolar do docente, particularmente a universitária, influencia na forma de conceber
os conteúdos curriculares de biologia e o processo educativo.
Enfatiza-se aqui que “(...) os usos de recursos didáticos não são garantia de
aprendizagem, é preciso, a partir deles, criar situações e condições favoráveis para
a mesma”. (LOPES, 2009, p.03).
Para isso se faz necessário romper com o paradigma tradicional da educação
no ensino de biologia. Esforço esse que deve abranger e ultrapassar a avaliação
crítica das experiências de pesquisa e de extensão acadêmica nos quais os alunos
encontram-se envolvidos.
Por esse turno, torna-se necessário o desenvolvimento de processos que
possibilitem aos licenciados redimensionar o olhar, o pensamento, a reflexão, os
sentidos para os conhecimentos que possuem e para as novas concepções que
foram tecidas ao longo de sua trajetória escolar e universitária, na busca de novas
relações com esses saberes para que possam, enquanto professores, desenvolver
um currículo que venha melhorar a prática pedagógica atendendo assim as
expectativas dos educandos. Para isso é importante a participação de professores
experientes em projetos, programas, atividades que lhes permitam refletir sobre sua
prática e outras questões inerentes à função de educador, são primordiais para dar
continuidade a sua formação profissional.

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3.2 Tecnologias no auxílio da educação.

Diariamente ao trabalhar os conteúdos, os educadores se deparam com


frágeis instrumentos de trabalho, o que pode gerar dependência ao uso do livro
didático. O uso de outros recursos didáticos vai envolver esforço e depender de
outros agentes da escola, como a disponibilidade de materiais e de equipamentos,
bem como das instalações do estabelecimento.
Segundo Krasilchik (2005, p. 184),

O docente, por falta de autoconfiança, de preparo, ou por


comodismo, restringe-se a apresentar, com o mínimo de
modificações, o material previamente elaborado por autores que são
aceitos como autoridades. Apoiado em material planejado por outros
e produzido industrialmente, o professor abre mão de sua autonomia
e liberdade, tornando-se simplesmente um técnico.

Neste contexto de múltiplas exigências, acredita-se que iniciativas de


melhoria da qualidade de ensino devem ter como ponto de partida a caracterização
do ensino, ou seja, conhecer o perfil do professor, suas dificuldades, metodologias
utilizadas em sala de aula, e as perspectivas de formação permanente.
Sabe-se que questões científicas e tecnológicas passaram a ter grande
influência no dia a dia de toda a humanidade, eis que diariamente convive-se com as
maravilhas das novas tecnologias, mas também com todas as consequências do
impacto da atividade humana sobre os ambientes. De maneira que, por
consequência, constantemente os educandos abordam seus professores com
perguntas a respeito de questões envolvendo temas da atualidade.
Todavia, o conhecimento adquirido no dia a dia do aluno através da mídia,
causa certo receio, pois a mídia nem sempre é confiável na reprodução de
conhecimentos e informações científicas.
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Scheid (2006) ressalta que o papel que cabe à Educação não é o de competir
com a mídia, mas o de proporcionar, tanto na educação formal quanto na informal,
os aportes necessários para que os cidadãos tenham condições de compreender as
informações veiculadas por ela.
Cabe então aos educadores instruir e formar nos nossos educandos uma
consciência crítica com discernimento para selecionar dentre as informações
disponíveis na mídia sobre os mais variados temas que assolam a humanidade
assimilando o que for importante e de sites confiáveis quanto à veracidade dos fatos.
Os educadores que preocupados com a maneira de proporcionar
conhecimento, estarão realmente antenados com a realidade em que a educação
está inserida na humanidade, pois almejam formar cidadãos conscientes para
refletir, enfrentar e resolver questões sociais, como aquecimento global, preservação
do ambiente, entre outros tantos.

3.3 A Biologia preparando o educando para o exercício de sua cidadania.

De acordo com Krasilchik (2005, p.20), “os objetivos do ensino de biologia


seriam aprender conceitos básicos, analisar o processo de pesquisa científica e
analisar as implicações sociais da ciência e tecnologia”.
Ainda, enobrece o estudo a mesma autora, quando ressalta que,

(…) a biologia pode ser uma das disciplinas mais relevantes e


merecedoras da atenção dos alunos, ou uma das disciplinas mais
insignificantes e pouco atraentes, dependendo do que for ensinado e
de como isso for feito.(2005, p.11)

A maioria dos alunos vê a biologia apresentada em sala de aula como uma


disciplina cansativa, abstrata, com terminologia própria, de difícil entendimento onde

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devem ser decorados seus nomes, ciclos, tabelas e conteúdos para simplesmente o
cumprimento de grade curricular.
Stange (2004) ressalta que de acordo com a teoria de Vygotsky o
desenvolvimento cognitivo não pode ser entendido sem referência ao contexto
social, histórico e cultural em que ocorre. Por isso, é fundamental que o aluno seja
instigado a propor uma explicação e confrontá-la com conhecimento científico
estabelecido, gerando um conflito cognitivo, um dos motores da evolução conceitual.
Outro ponto de relevância é que ao trabalhar-se uma maior diversidade
metodológica haverá maiores chances de atingir os educandos na sua formação
integral desenvolvendo sua criticidade, formando um cidadão consciente e atuante
que desempenha seu papel na sociedade.
Porém para uma maior diversidade nas práticas pedagógicas é necessário
que o educador disponha de tempo para o preparo dessas aulas e tenha à sua
disposição estrutura física, material pedagógico bem como o apoio da equipe
pedagógica e administrativa da escola.
Pensando nisso encontra-se disponibilizado no Portal Dia a Dia Educação
material didático procurando auxiliar o educador na sua busca incessante pela
melhora na sua prática pedagógica.
Um dos recursos didáticos de grande importância, senão o mais importante, é
o da experimentação no ensino de biologia. Os docentes da rede estadual de ensino
do município de Pato Branco – PR parecem compartilhar desta ideia. No entanto, é
notória a inoperância dos laboratórios na maioria das escolas, o que é fato
preocupante.

3.4 Os recursos didáticos como ferramenta na busca pela aprendizagem


significativa.

Um grande percentual de alunos ficam passivos nas aulas de biologia o que


não irá propiciar o ensino e aprendizagem. Sabe-se que “na aprendizagem

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significativa o aprendiz não é um receptor passivo. (...) ele deve fazer uso dos
significados que já internalizou”. (MOREIRA, 2005, p.13).
Aulas desestimulantes, metódicas, sem variante na sua metodologia não irá
propiciar o “ ‘aprender a aprender’ que permitirá à pessoa lidar frutiferamente com a
mudança, e sobreviver.” (MOREIRA,2005, p.10)
De acordo com Stange (2004), na teoria de Piaget o ensino deve ser
acompanhado de ações e demonstrações e, sempre que possível, tem que dar aos
alunos a oportunidade de fazer (trabalho prático).
Aulas práticas são excelentes para o contato direto com o material biológico e
fenômenos naturais, devendo incentivar o envolvimento, a participação e o trabalho
em equipe. No entanto, isto só será possível no momento em que um experimento
bem planejado seja investigativo e tenha relação com o contexto de vida do aluno.
Evita-se também a armadilha de achar que as aulas devem ser extremamente
atrativas e coloridas. Na verdade o envolvimento, o interesse e a participação virão
pelos “significados” que o tema possa gerar nos educandos e não pelo espetáculo
que proporcionam. Como lembra Stange (2004), Ausubel ensina que uma
aprendizagem somente é significativa se o conteúdo descoberto se liga a conceitos
subsunçores relevantes já existentes na estrutura cognitiva.
Isso vem ressaltar a importância em se levar em conta o conhecimento prévio
do educando, pois uma aprendizagem significativa só irá ocorrer quando uma nova
informação se relacionar com outra preexistente. Portanto, repete-se que para que
essa aprendizagem ocorra e seja possível formar educandos multidimensionais
capazes de pensar, adquirir e avaliar informações, adquirindo conhecimentos para
aplicar em prol de melhorias na qualidade de vida dele próprio e dos demais, é
necessário uma maior diversidade didática na prática pedagógica dos educadores.
Não se trata também de negar a importância das aulas expositivas, que
representam a comunicação na sua forma mais fundamental. O que é inadmissível
são a preponderância dessa modalidade de ensino e a passividade que ela
promove, uma vez que está inevitavelmente vinculada a um modelo de ensino que
deve ser superado.

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Muito se fala em alfabetização biológica; mas, o modelo de aulas expositivas,
centrada nos livros didáticos e na memorização de informações demonstra que são
formados alunos analfabetos biologicamente. Decorar não é saber.
Krasilchik (2005, p.13) classifica os alunos quanto ao seu nível de
alfabetização biológica em,

Nominal – quando o estudante reconhece os termos, mas não sabe


seu significado biológico.
Funcional – quando os termos memorizados são definidos
corretamente, sem que os estudantes compreendam seu significado.
Estrutural – quando os estudantes são capazes de explicar
adequadamente, em suas próprias palavras e baseando-se em
experiências pessoais, os conceitos biológicos.
Multidimensional – quando os estudantes aplicam o conhecimento e
as habilidades adquiridas, relacionando-os com conhecimentos de
outras áreas, para resolver problemas atuais. (g.f.)

Tendo por base esta classificação, o almejado é formar educandos


multidimensionais, atuantes na sociedade em que estão inseridos na busca
constante por melhorias na qualidade de vida para todos. Porém pelos educadores
estarem presos a esse modelo tradicional de ensino baseado na memorização de
informações, vem aumentando o distanciamento do educando no gosto pela ciência
e pela descoberta e, consequentemente sua alfabetização biológica.
Por outro lado, levando em conta a evolução tecnológica e a disposição de
ferramentas educacionais que não estão disponíveis muitas vezes, por falta de
recursos financeiros e estruturais, convém ressaltar que o equipamento que é caro e
moderno nem sempre é o adequado e eficiente para propagar o ensino de Biologia,
com eficiência nos moldes das propostas curriculares atuais.
Muito embora a internet seja ferramenta de constante uso nos dias atuais, sua
utilização em sala de aula, à título de aprendizagem é ainda, absurdamente, um
conceito novo e restrito.

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Entretanto não só parece, mas é inevitável que haja incorporação da internet
na prática pedagógica em Instituições de Ensino Público, já que é notável
ferramenta de ensino.
Por isso, muito embora ainda haja dúvidas em sua utilização para ministrar
aulas, para o docente que teve sua formação através do modelo tradicional, bem
como para todos os demais que detiverem tal necessidade, é forçoso dizer que a
internet é ferramenta que deve ser estudada e utilizada constantemente.

3.5 Variedades de modalidades didáticas enriquecendo o dia a dia pedagógico.

Outros recursos didáticos de relevância na busca por uma educação de


qualidade são os projetos com estudos multidisciplinares que envolvam propagação
de informações de várias áreas de conhecimento e que são estrondosamente
relevantes na medida em que fornecem a formação integral dos educandos. O que
apenas serão eficazes desde que instiguem nos alunos o desejo pela busca de
novos conhecimentos, não estabelecendo limite no que concerne a influir e decidir,
permitindo que sejam voz ativa no projeto e que sintam da mesma maneira.
Mizukami (1986, p.79 - 80) coloca que,

O ambiente no qual o aluno está inserido precisa ser desafiador,


promovendo sempre desequilíbrios. A motivação é caracterizada por
desequilíbrio, necessidade, carência, contradição, desorganização
etc.

Durante as discussões e estudos com os educadores outras metodologias


didáticas foram discutidas e pesquisadas, no sentido de aprimorar sua aplicação.
Entre elas cita-se:

 Saídas de campo;

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 Análises críticas de informações científicas veiculadas pela mídia;
 A utilização do Sensoriamento Remoto como recurso didático no ensino da
disciplina;
 Visitas orientadas a museus, reservas ecológicas, instituições de pesquisa,
etc.;
 Observação do ambiente natural e urbano, da diversidade animal e vegetal,
bem como, da influência humana na degradação e na preservação de
ambientes;
 Análise de casos reais que envolvam os alunos nas discussões sobre dilemas
fazendo-os refletirem sobre questões éticas e morais geradas pelo avanço da
ciência.
Se os docentes continuarem no aprofundamento dessa discussão, poderão
obter resultados significativos, pois, percebe-se que já existe, não só uma maior
abertura a inovações metodológicas, como também uma necessidade real de buscar
novos caminhos para a educação científica.

3.6 Os recursos didáticos e a avaliação.

Os processos avaliativos na disciplina, normalmente estão sendo realizados


de maneira metódica, valorizando o ensino “enciclopédico”, de simples
memorização. Quanto a isso Krasilchik (2005, p.149 -150) argumenta que no ensino
de Biologia, avaliações baseadas em práticas de laboratório e campo são escassas
e ainda mais complexas, in verbis,

As dificuldades para elaborar uma prova prática são inúmeras e,


possivelmente, por esta razão, raramente são feitas e, quando o são,
limitam-se a verificar a capacidade que os alunos tem de manipular
os instrumentos, sem aferir sua capacidade de realizar uma
investigação.

(...)

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Essas habilidades não podem ser medidas em provas escritas. É
necessário colocar o aluno no laboratório realizando os experimentos
para verificar realmente o que aprendeu e como se comporta frente a
um problema concreto.

Cabe salientar aqui, que todo o trabalho deverá estar fundamentado em


práticas vivenciadas por educadores e pesquisadores, valorizando não apenas a
criatividade, mas principalmente a consistência pedagógica e a clareza conceitual.
Todavia esta prática é ainda algo distante do cotidiano, pois ainda luta-se
contra enraizados resquícios de uma educação por simples transmissão e reforço e
consequente avaliação classificatória e excludente. Outrossim, ressalta-se que a
avaliação seria trabalhosa exigindo tempo para o preparo e mais ainda para a
aplicação da mesma.
Nas práticas pedagógicas diárias corre-se quase sempre contra o tempo para
vencer conteúdos, ministrar aulas que muitas vezes são em número excessivo para
o docente, todavia, reduzido para o aluno. Isso tudo implica em uma prática
pedagógica quase sempre ineficiente e defasada.

4 - PESQUISA SOBRE A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS NO


ENSINO DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE PATO BRANCO-
PR.

Através deste artigo, com fundamentos revisados e ilustrados, como parte dos
estudos relativos ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) promovido
pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná (SEED-PR), realizou-se uma
pesquisa sobre a utilização dos recursos didáticos nas aulas de Biologia e Ciências.

4.1 Metodologias da Pesquisa

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O método desenvolvido na pesquisa baseou-se em instrumentos diagnósticos
avaliativos, os quais buscaram identificar a relação dos professores com uma
variedade de recursos didáticos possíveis no âmbito da Biologia. Para tanto foi
elaborado um material destinado à traçar o perfil dos educadores entrevistados.
Os itens abordados foram:
 Intensidade da utilização dos recursos didáticos;
 Preparo quanto à utilização;
 Opinião da sua utilização e as várias possibilidades dos recursos didáticos;
 Disponibilidade dos materiais;
 Disponibilidade de tempo para o empreendimento destes recursos;
 A relação de aceitação dos alunos quanto ao uso de diferentes recursos;
 Informações sobre o ambiente de trabalho;
 Dimensionamento das dificuldades na atividade docente.
Todos os itens avaliativos foram abordados e percebidos através de questões
fechadas com respostas restritas as alternativas:
 Pouco utilizado, muito utilizado ou nada utilizado;
 Sim, não e às vezes;
 Concordo, discordo ou indeciso;
 Pouca influência, muita influência ou nenhuma influência.
Este questionário foi respondido pelos participantes do Grupo de Estudos, bem
como pelos docentes da disciplina de Biologia e Ciências do município de Pato
Branco, totalizando 66 (sessenta e seis) professores, e, portanto, 66 (sessenta e
seis) posicionamentos, a seguir elencados.
Sobre os professores que responderam ao questionário:
 58 professores eram do sexo feminino e 8 do sexo masculino;
 09 professores trabalham com a disciplina de Biologia; 32 com a disciplina de
Ciências e 25 com as duas disciplinas;
 11 professores têm até 25 anos; 36 têm entre 25 e 40 anos; 15 entre 40 e 50
anos e 4 mais que 50 anos;
 41 professores tem curso superior completo; 03 são acadêmicos; 14 são
especialistas; 08 são professores PDE;
17
 08 professores atuam a menos de 5 anos; 14, atuam entre 5 à 10 anos; 32
atuam a mais de 10 anos, e 12 ensinam a mais de 20 anos;
 61 professores ensinam em mais de uma escola e só pública, enquanto 5
atuam em escola pública e particular;
 54 professores colocam que o conhecimento científico está em construção;
por sua vez, 08 entendem que o conhecimento científico é relativo, e 04
acreditam que é absoluto;
 43 professores afirmam que as obras de Piaget, Ausubel, Vygotsky, Novak,
etc., deveriam ser usadas como base teórica de preparação de aulas e
metodologia de trabalho, e 17 professores colocam que às utilizam somente
às vezes, e 06 deixaram em branco em razão de que os autores citados não
serem familiares;
 57 professores acreditam que ser professor é ser um profissional sempre
familiarizado com os aspectos da pesquisa educativa e inovações didáticas, e
09 colocaram que somente às vezes isto ocorre.
Os dados obtidos na pesquisa são os detalhados nas tabelas abaixo.

4.2 Análises de resultados referentes à pesquisa sobre “variantes na utilização


dos recursos didáticos”, feita com os docentes de Biologia e Ciências no
município de Pato Branco-PR.

Observa-se pelos dados coletados na pesquisa e nos referenciais


encontrados em literaturas sobre o assunto, que a metodologia utilizadas pelos
educadores nas aulas de Biologia e Ciências estão ainda muito “tradicionais”. Dentre
os mais variados recursos didáticos disponíveis para os educadores trabalharem
suas aulas, as aulas expositivas é o recurso em que os docentes sentem-se mais à
vontade.
Destacam-se com maior relevância os seguintes dados:

18
4.2.1 Quanto à intensidade da utilização dos recursos didáticos.

 A maioria dos docentes consultados afirmam utilizar “muito” o livro didático


(51,4%), textos de apoio (57,4%) e pesquisa bibliográfica (51,4%);
 Algumas atividades, que dependem de um pouco mais de tempo para sua
preparação que as aulas expositivas, mas restritas às salas de aula são muito
utilizadas: jornais e revistas (46,8%) e seminários (66,%);
 Observa-se que, apesar de todos os educadores afirmarem ser muito
importantes para os alunos, as aulas experimentais são aplicadas por
somente 52,9% dos professores;
 Recursos digitais e de imagem, apesar da tecnologia estar em constante
evolução, ainda são “pouco” ou “nada” utilizados pelos professores em suas
práticas pedagógicas: retroprojetor (83,1%), datashow (43,8%), internet
(28,7%) e projetor de slides (63,4%);
 Modalidades didáticas que estão relacionadas à ambientes exteriores à
escola, como visitas orientadas, palestras com especialistas e projetos de
investigação são “pouco” ou “nada” utilizadas pela maior parte dos
professores consultados conforme é possível observar na tabela abaixo.

Tabela 1 – Quanto à intensidade da utilização dos recursos didáticos durante


as aulas de Biologia e Ciências.

Pouco utilizado Muito utilizado Nada utilizado


Recursos didáticos
Prof. Prof.
Prof. Prof. Prof.
Prof. Prof. Biol. Prof. Biol. Prof.
Biol. Biol. Biol. e
Biol. Ciên. e Ciên. e Ciên.
(%) (%) Ciên.
(%) (%) Ciên. (%) Ciên. (%)
(%)
(%) (%)
DVD e vídeos 6,06 24,2 10,6 7,57 21,2 19,6 0 3,03 7,57
Retroprojetor 3,03 28,7 6,06 1,51 7,57 7,57 9,09 12,1 24,2
Projetor de slides 4,54 18,1 9,09 4,54 13,6 19,6 6,06 16,6 9,09
Textos informativos 3,03 12,1 16,6 9,09 36,3 12,1 1,51 0 7,57
Aulas expositivas 3,03 7,57 4,54 10,6 40,9 25,7 0 0 7,57
19
Datashow 3,03 16,6 12,1 10,6 27,2 18,1 0 4,54 7,57
Internet 3,03 9,09 9,09 10,6 39,3 21,2 0 0 7,57
Visitas orientadas 6,06 21,2 10,6 4,54 16,6 12,1 3,03 10,6 10
Livro didático 6,06 19,6 9,09 6,06 22,7 22,7 1,51 6,06 6,06
Recursos digitais 4,54 24,2 7,57 4,54 7,57 15,1 4,54 16,6 10,6
Experimentos 4,54 12,1 6,06 7,57 21,2 24,2 1,51 15,1 10
Projetos de investigação 3,03 10,6 7,57 3,03 4,54 9,09 7,57 33,3 21,2
Feira de ciências 6,06 16,6 9,09 3,03 21,2 21,2 1,51 10,6 7,57
Dramatizações 4,54 16,6 7,57 1,51 9,09 6,06 7,57 24,2 24,2
Atividades lúdicas 6,06 16,6 12,1 3,03 6,06 9,09 7,57 25,7 16,6
Seminários 6,06 24,2 9,09 7,57 31,8 27,2 0 0 1,51
Palestras com especialistas. 4,54 13,6 12,1 4,54 19,6 9,09 4,54 15,1 16,6
Pesquisas bibliográficas. 4,54 24,2 13,6 9,09 21,2 21,2 0 4,54 4,54
Notícias veiculadas a mídia 3,03 19,6 15,1 10,6 19,6 16,6 0 9,09 6,06
com uso de jornais e
revistas..
Debates com estudos de 1,51 12,1 12,1 4,54 7,57 10,6 7,57 28,7 15,1
caso
Confecção de modelos 6,06 19,6 13,6 6,06 21,2 12,1 6,06 7,57 12,1
tridimensionais, maquetes,
esqueletos, etc.
Experimentos ou 4,54 13,6 1,51 0 21,2 19,6 9,09 13,6 16,6
observações criteriosas em
laboratórios.
Observação de fenômenos 6,06 12,1 9,09 3,03 9,09 6,06 4,54 28,7 22,7
naturais.
Fonte: a autora

4.2.2 Recursos didáticos que os docentes mais utilizam no momento de


preparação das aulas.

 37,8% dos docentes entrevistados afirmam que utilizam outros livros didáticos
de ensino médio no momento de preparação de suas aulas;
 Dos profissionais entrevistados apenas 16,6% afirmaram não utilizar a
internet no momento de preparação de suas aulas;
 Ressalta-se aqui a preocupação desta autora quanto a afirmação dos
docentes onde se constata que 46,9% não utilizam experimentos e 39,3%

20
utilizam somente “às vezes” experimentos no momento de preparação de
suas aulas;
 Quanto a utilização de periódicos científicos e outras revistas parece haver
uma equivalência de percentual de docentes afirmando que utilizam ou
utilizam somente às vezes para preparar suas aulas.

Tabela 2 – Recursos didáticos utilizados no momento de preparação das aulas.


Sim Não Às vezes
Recursos didáticos Prof. Prof.
Prof.
Prof. Biol. Prof. Biol. Prof.
Prof. Prof. Prof. Biol. e
Ciên. e Ciên. e Ciên.
Biol. Biol. Biol. Ciên.
(%) Ciên. (%) Ciên. (%)
(%) (%) (%) (%)
(%) (%)
Outros livros didáticos de 9,09 6,06 22,7 0 22,7 7,57 4,54 19,6 7,57
ensino médio
Internet 7,57 25,7 13,6 1,51 7,57 7,57 4,54 15,1 16,6
Livros de nível superior 3,03 7,57 19,6 9,09 27,7 9,09 1,51 13,6 9,09
Periódicos científicos 6,06 27,7 12,1 3,03 7,57 9,09 4,54 13,6 16,6
Outras revistas 3,03 7,57 12,1 9,09 7,57 12,1 1,51 33,3 13,6
Experimentos 7,57 3,03 3,03 1,51 22,7 22,7 4,54 22,7 12,1
Fonte: a autora

4.2.3 Durante o processo avaliativo o (a) professor (a) sempre que possível
deve:

 Parece haver quase unanimidade de respostas dos profissionais que as


avaliações são claras;
 A grande maioria dos docentes concorda que o docente sempre que possível
deve diversificar seus instrumentos de avaliação e estes devem ser revisados
e seus resultados comentados com os alunos;
 58,9% dos professores concordam que estes devem ter em mente que o
ensino também deve ser avaliado;
 Observa-se 48,3% dos professores discordam quanto ao fato de que estes
devem acreditar que uma avaliação correta é aquela que cobra do aluno tudo
que se ensinou em forma de provas com perguntas e respostas objetivas;

21
 84,8% dos entrevistados concordam que o docente precisa estar atento para
que o grau de dificuldade da avaliação esteja sempre de acordo com os
conteúdos ministrados.

Tabela 3 – Critérios que o docente sempre que possível deve utilizar durante o
processo avaliativo.
Concordo Discordo Indeciso
Prof. Prof.
Prof.
Prof. Prof. Biol. Prof Prof. Biol. Prof. Prof.
Critérios Biol. e
Biol. Ciên. e Biol. Ciên. e Biol. Ciên.
Ciên.
(%) (%) Ciên. (%) (%) Ciên. (%) (%)
(%)
(%) (%)
Utilizar critérios e
instrumentos avaliativos 12,1 42,4 33,3 0 0 0 1,51 4,54 4,54
muito claros.
Diversificar seus
instrumentos de
avaliação e estes devem
9,09 37,8 33,3 1,51 6,06 0 3,03 4,54 4,54
ser revisados e seus
resultados comentados
com os alunos.
Ter em mente que o
ensino também de ve 7,57 28,7 22,7 3,03 4,54 9,09 3,03 15,1 6,06
ser avaliado.
Observar para que o
grau de dificuldade
esteja sempre de acordo 10,6 40,9 33,3 0 0 0 3,03 7,57 4,54
com os conteúdos
ministrados.
Propor uma avaliação
que também ocupe-se
de atitudes e 7,57 6,06 7,57 0 22,7 16,6 6,06 19,6 13,6
procedimentos
científicos.
Acreditar que uma
avaliação correta é
aquela que cobra do
aluno tudo que se 3,03 13,6 9,09 6,06 22,7 19,6 4,54 12,1 9,09
ensinou em forma de
provas com perguntas e
respostas objetivas.
Fonte: a autora

4.2.4 Disponibilização da escola quanto ao ambiente de trabalho docente.

22
 A maioria dos professores (62%) informaram que suas escolas dispõe
de laboratório de informática;
 Uma parcela significativa de docentes afirma que suas escolas
favorecem sua participação em cursos de formação continuada ou
atualização;
 Uma parcela significativa afirma que não dispõem de um laboratório de
ciências funcional e não se sentem apoiados para desenvolver projetos
diferenciados;
 Quanto às condições de disponibilidade e auxílio na busca por
condições que possibilitem atividades de saída de campo e visitas às
instituições houve uma equiparação em percentual de educadores que
afirmam sentirem-se apoiados e de docentes que se sentem
desmotivados por falta de incentivo e apoio na realização destas
atividades.

Tabela 4 – Disponibilidade da escola quanto ao ambiente de trabalho docente.


Sim Não Às vezes
Prof. Prof.
Ambiente de trabalho Prof.
Prof. Biol. Prof. Biol. Prof.
Prof. Prof. Prof. Biol. e
docente Ciên. e Ciên. e Ciên.
Biol. Biol. Biol. Ciên.
(%) Ciên. (%) Ciên. (%)
(%) (%) (%) (%)
(%) (%)
Possui e disponibiliza
10,6 28,7 22,7 0 7,57 3,03 3,03 12,1 12,1
Laboratório de informática.
Possui e disponibiliza
4,54 9,09 10,6 6,06 28,7 19,6 3,03 10,6 7,57
Laboratório de Ciências.
Disponibiliza material,
7,57 24,2 25,7 1,51 16,6 4,54 4,54 7,57 7,57
equipamentos, instalações.
Possui e disponibiliza pessoal
de apoio para as atividades 4,54 13,6 12,1 4,54 28,7 16,6 4,54 6,06 9,09
docentes.
Disponibiliza condições e
apoio para desenvolver 4,54 9,09 12,1 3,03 22,7 16,6 6,06 16,6 9,09
projetos diferenciados.
Disponibiliza acesso a cursos
de formação continuada ou 4,54 25,7 21,2 3,03 7,57 4,54 6,06 15,1 9,09
atualização.
Disponibiliza e auxilia na
busca por condições que
possibilitem atividades de 4,54 18,1 12,1 3,03 10,6 16,6 1,51 19,6 9,09
saída de campo, visitas às
instituições.
Fonte: a autora

23
4.2.5 Quanto à influência nas dificuldades encontradas pelos docentes em sua
prática pedagógica:

 A maioria dos docentes afirma que o número excessivo de alunos por sala de
aula influencia consideravelmente ressaltando as dificuldades encontradas
pelos docentes na sua prática pedagógica;
 A grande maioria dos docentes entrevistados afirmou que encontram
dificuldades na atividade docente em decorrência da falta de entendimento,
por parte dos alunos, da importância da disciplina e desinteresse dos alunos
pelos assuntos da disciplina;
 Outros fatores de importância quase unânime entre os docentes que
dificultam o ensino e a aprendizagem dos educandos são: a indisciplina dos
alunos, a falta de apoio dos pais e comunidade escolar;
 Para 34,7% dos docentes entrevistados, as condições socioeconômicas na
qual a escola e os educandos estão inseridos influenciam consideravelmente
e para 39,2% acreditam que isto pouco influencia no aumento das
dificuldades enfrentadas pelos docentes na sua busca por uma aprendizagem
significativa.

Tabela 5 – Dificuldades encontradas pelos docentes na sua prática


pedagógica.
Pouca influência Muita influência Nenhuma influência

Dificuldades encontradas Prof. Prof.


Prof.
Prof. Prof. Biol. Prof. Prof. Biol. Prof. Prof.
pelos docentes Biol. e
Biol. Ciên. e Biol. Ciên. e Biol. Ciên.
Ciên.
(%) (%) Ciên. (%) (%) Ciên. (%) (%)
(%)
(%) (%)
Pelo número excessivo de
3,03 28,7 18,1 7,57 15,1 25,7 1,51 4,54 4,54
alunos em sala de aula.
Pela falta de entendimento, por
parte dos alunos, da 3,03 21,2 16,6 9,09 24,2 27,2 1,51 3,03 4,54
importância da disciplina.
Pelo desinteresse dos alunos
4,54 16,6 18,1 9,09 27,2 28,7 0 6,06 1,51
pelos assuntos da disciplina.
Pela indisciplina dos 4,54 21,2 19,6 7,57 25,7 22,7 1,51 1,51 6,06
24
educandos.
Pela falta de apoio dos pais e
3,03 15,1 18,1 7,57 25,7 24,2 3,03 7,57 6,06
comunidade escolar.
Pela falta de incentivo
profissional / desmotivação 3,03 13,6 10,6 6,06 21,2 9,09 4,54 13,6 28,7
salarial entre outros.
Pelas condições
socioeconômicas na qual a
4,54 16,6 18,1 7,57 19,6 7,57 1,51 12,1 22,7
escola e os educandos estão
inseridos.
Fonte: a autora

A partir destes dados observou-se nos colegas a preocupação com a pouca


utilização de alguns recursos, sendo que os quais concluíram, como o esperado,
que há uma falha na prática pedagógica dos docentes da disciplina de Biologia.

5 – RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Como os docentes já tem conhecimento, inúmeros são os recursos didáticos


passíveis de uso no ensino da disciplina de Biologia. O problema é que por vários
fatores as aulas ainda são ministradas talvez com reflexo aos anos 60, ou seja, com
exagerado enfoque aos currículos, onde se limitam as aulas em que a ciência é
apresentada desvinculada das possíveis aplicações que poderia ter no dia a dia do
educando.
O livro didático leva o professor de um planejador a um simples executor do
currículo. Por suas dificuldades no que tange as condições de trabalho, os mesmo
ainda preferem os livros que exijam menor esforço, com reforço a um ensino teórico.
Desta forma o professor abre mão de sua autonomia tornando-se
simplesmente um técnico.
Ressalta Krasilchik (2005, p.184) que,

(...) professores que, para atender aos objetivos do ensino de


Biologia, se dispõem a dar aulas práticas – apesar da falta de tempo
para a preparação – esbarram na falta de um sistema de apoio
adequado. Há raríssimos centros de produção e venda de
equipamento e material necessário para a realização dos
experimentos.
25
A mesma autora coloca ainda que a compra de material vivo é inexistente e
os docentes precisam cultivar seus próprios organismos. Faz-se necessário
mencionar ainda que não se pode esquecer que existem poucas literaturas que
possam amparar os professores neste propósito. E ainda, as que existem são
difíceis de adquirir por inacessibilidade de recursos financeiros disponíveis aos
docentes, e mesmo a dificuldade para encontrá-las.
Outro fator que assola os docentes da área é a falta de preparo até mesmo
quando cursando suas licenciaturas. Apesar de trabalharem com uma grande
variedade de práticas laboratoriais em algumas instituições, os acadêmicos recebem
para a realização destas práticas, o material pronto, preparado por outras pessoas.
Segundo Mizukami (1986, p.107),

Parece extravagante, ou pelo menos difícil de se justificar, que o


aprendido durante os cursos de formação de professores permaneça
externo a estes profissionais, como se nada tivesse a ver com sua
prática pedagógica e seu posicionamento frente ao fenômeno
educacional. Uma tentativa de articulação entre o saber acadêmico e
o aprendido, a partir da experiência pessoal refletiria um
comportamento coerente por parte do profissional educador.

Na ótica da autora existe uma desarticulação entre as teorias vistas durante a


formação acadêmica do professor à prática pedagógica destes profissionais.
Convém ressaltar aqui, que algumas instituições ainda falham muito na formação
dos docentes e que estes ao entrarem pela primeira vez em uma sala de aula
deparam-se com uma realidade diferente do que imaginam e para a qual foram
preparados. Diferenças estas que vão desde a estrutura das escolas até a própria
clientela. Em suma, o docente recém-formado não está preparado para a realidade
que irá encontrar no meio educacional.
De acordo com Mizukami (1986, p. 01) “há várias formas de se conceber o
fenômeno educativo. Por sua própria natureza, não é uma realidade acabada que se
dá a conhecer de forma única e precisa em seus múltiplos aspectos”. Não importa

26
qual modalidade didática o professor escolha para trabalhar em determinada aula,
desde que a prepare e assim alcance a tão almejada aprendizagem significativa.
A mesma autora (1986, p.79-80) enfatiza ainda que,

O ambiente no qual o aluno está inserido precisa ser desafiador,


promovendo sempre desequilíbrios. A motivação é caracterizada por
desequilíbrio, necessidade, carência, contradição, desorganização
etc. Um ambiente de tal tipo será favorável à motivação intrínseca do
aluno.

De acordo com Stange (2004), na teoria de Piaget o ensino deve ser


acompanhado de ações e demonstrações e, sempre que possível, tem que
proporcionar aos alunos a oportunidade de fazer (trabalho prático).
Os alunos ficam muitas vezes passivos nas aulas de biologia, o que não irá
propiciar o ensino e a aprendizagem. Sabemos que “na aprendizagem significativa o
aprendiz não é um receptor passivo. (...) ele deve fazer uso dos significados que já
internalizou”. (MOREIRA, 2005, p.13).
Se o professor, ao preparar a aula considerar que para obter a atenção dos
educandos, precisa lembrar-se que a atividade proposta deve ser desafiadora e
instigante, terá maiores chances de alcançar sucesso no seu propósito de levar o
educando a buscar conhecimento e assimilá-lo, mudando sua postura diante de
situações diárias.
Isso não significa que as aulas devem ser extremamente atrativas e coloridas.
Na verdade o envolvimento, o interesse e a participação virão pelos “significados”
que o tema possa gerar nos educandos e não pelo espetáculo que proporcionam.
Como lembra Stange (2004), Ausubel ensina que uma aprendizagem somente é
significativa se o conteúdo descoberto se liga a conceitos subsunçores relevantes já
existentes na estrutura cognitiva.
O que vem ressaltar a importância de se levar em conta o conhecimento
prévio do educando, pois uma aprendizagem significativa só irá ocorrer quando uma
nova informação se relacionar com outra preexistente.

27
Portanto, repete-se que para que essa aprendizagem ocorra, formando
educandos multidimensionais capazes de pensar, adquirir e avaliar informações,
adquirindo conhecimentos para aplicar em prol de melhorias na qualidade de vida
dele próprio e dos demais, é necessário uma maior diversidade didática na prática
pedagógica dos educadores.
Pensando nisso, é que a implementação do Projeto “Os recursos didáticos
nas aulas de Biologia” ocorreu com a realização de um Grupo de Estudos com os
docentes das disciplinas de Biologia e Ciências, através do qual aconteceram três
encontros.
No primeiro promoveram-se análise dos resultados obtidos nos questionários
respondidos pelos professores, bem como estudos embasados nas literaturas citada
nas referências bibliográficas deste artigo.
No segundo encontro, abordou-se o recurso didático de Sensoriamento
Remoto, teoricamente e de forma prática através de sites como ENGESAT,
GOOGLE EARTH e EMBRAPA. Houve a apresentação de alguns dos possíveis
enfoques de conteúdos que podem ser trabalhados a partir desta modalidade
didática. Os docentes alegaram desconhecer o uso desta modalidade no ensino da
disciplina. Foram receptivos e participativos quanto à utilização dos recursos que
esse dispositivo propicia.
Nesse sentido Gonçalves (2007) coloca que as atividades pedagógicas
devem ter como proposta o rompimento das barreiras disciplinares, tornando
permeável a sua fronteira e caminhando em direção a uma postura interdisciplinar.
A mesma autora coloca ainda que,

A utilização de recursos de sensoriamento remoto na escola não se


limita apenas à transferência de informações. Desta forma, a
divulgação de suas características e potencialidades são de extrema
importância para entender as relações da prática pedagógica com o
tratamento dos conteúdos curriculares e suas relações com a vida,
visando à construção do conhecimento por professores e alunos.
(Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/aracne/aracne-097.htm.
Acesso dia 18/07/2011).

28
Na busca incessante por melhorias na qualidade das aulas a fim de alcançar
uma aprendizagem significativa, o uso de recursos como o sensoriamento remoto é
mais uma modalidade didática que vem somar de forma positiva para se alcançar o
sucesso tão almejado. Sempre em busca pela formação de cidadãos conscientes e
agentes de transformação do meio em que vivem, propiciando cada vez mais
melhoria na qualidade de vida dos próprios educandos e da sociedade na qual estão
inseridos.
No terceiro e último encontro do Grupo de Estudos foi proposto aos
educadores participantes à realização das atividades práticas de microscopia
sugeridas no material didático. Percebeu-se na maioria dos participantes o
empenho. Alguns professores alegaram já conhecer e utilizar algumas das práticas
propostas. Porém, mesmo diante disso, salientaram que eram práticas fáceis de
serem trabalhadas e que gostavam de trabalhá-las.
Em suma, todos os participantes apreciaram a utilização da máquina
fotográfica digital acoplada ao microscópio, documentando o visual do resultado de
cada experimento. Outro ponto positivo foi que, através de tal didática, os docentes
puderam praticar para a posterior utilização, em seu dia a dia em aula, de câmeras
acopladas em microscópios recebidos pelas Escolas, no intuito de trabalhar as
imagens na TV pendrive.
Finalmente, a avaliação ocorreu através da observação do envolvimento dos
professores nas discussões; atividades práticas; e elaboração de roteiro de uma
aula através do recurso didático do sensoriamento remoto. Todas sugeridas durante
as horas trabalhadas no Grupo de Estudos.
Com a realização deste Grupo de Estudos, alcançou-se o objetivo geral deste
projeto, ou seja, discutir sobre a utilização de recursos didáticos no ensino da
disciplina de Biologia, almejando contribuir com propostas fundamentadas de
intervenção didática, e consequente melhora do processo de ensino e
aprendizagem.
Promoveu-se assim, uma autoavaliação dos docentes quanto a sua prática
pedagógica. As discussões e estudos levaram os docentes a trocar experiências e
conhecimentos sobre os recursos didáticos que lhes servem de amparo.

29
Com isso, espera-se ter contribuído com o trabalho do educador, provocando
o docente na utilização da pesquisa e da construção do conhecimento científico
através de modalidades didáticas como: experimentação, visitas orientadas e
sensoriamento remoto. Sempre buscando a aprendizagem significativa e
consequente melhora do processo de ensino e aprendizagem.
Cabe ao docente não esquecer-se que a observação da realidade do
educando, nos diferentes tipos de saberes que o aluno possui, deve auxiliar e
subsidiar a construção de conhecimento mais elaborado e mais crítico do discente.
Lopes (2007/2008) sabiamente coloca que,

(...) é importante que o professor constantemente avalie sua didática


e sempre que possível, busque inovar sua metodologia de trabalho,
de acordo com a demanda dos alunos, para que os conteúdos
trabalhados na escola tenham significado em sua vida cotidiana.

Mesmo diante de tantas dificuldades já mencionadas no projeto, no material


didático e no presente artigo, é de suma importância que o docente constantemente
reavalie sua postura enquanto professor da disciplina. É somente através de um
repensar e uma reorganização constante que teremos cada vez mais enfática, a
melhora na qualidade das aulas e um consequente reciclar metodológico dos
professores de biologia.

30
REFERÊNCIAS

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GAMA, Valquíria Z. Analisando o uso de Imagens do “Google Earth” e de mapas
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31
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Ciências, Universidade de Burgos – Espanha, 21/03/2005.

STANGE, C. E. B.; SANTOS, J. M. T. dos.; SANTOS, S. Ap. Dos. (2010)


Organizadores previos en la enseñaza de Sistematica através de la Tecnica de
los Botones: una aplicación del Diagrama ADI. III Encuentro Internacional sobre
Investigación en Enseñanza en Ciencias. Coord. Concessa Caballero Sahelice;
Marco Antonio Moreira; Jesús A. Meneses Villagra. Universidade de Burgos – UBU:
Espanha. pp-137-148. ISBN: 978-84-9281-17-4.

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