Apg 18 - Glandulas Mamarias

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APG 18 Jéssica Querido

Glândulas mamárias
- Estudar a estrutura das mamas antes, durante e após amamentação
- Compreender os hormônios inibitórios e secretores dessas glândulas
- Descrever como ocorre a produção e ejeção do leite
- Citar quais fatores interferem na produção de leite

EMBRIOLOGIA
Glândulas mamárias são tipos modificados e
especializados de glândulas sudoríparas e tem seu
desenvolvimento semelhante em embriões masculino e
feminino.
Primeiro indício do desenvolvimento aparece na 4ª
semana, quando as cristas mamárias se desenvolvem
na superfície ventral do embrião. Elas se estendem da
C: corte transversal crista mamária no local da glândula mamária em
região axilar até a região inguinal e desaparecem desenvolvimento. D a F: cortes semelhantes durante desenvolvimento da
exceto nos locais das mamas futuras. mama entre 12ª semana e nascimento.
Essa involução na 5ª semana produz brotos mamários
primários (invaginações da epiderme no mesênquima
subjacente).
Os brotos mamários primários dão origem aos brotos
mamários secundários, que desenvolvem em ductos
lactíferos e ramificações. Tecido conjuntivo fibroso e
lipídico das glândulas desenvolvem a partir do
mesênquima adjacente.
No final do período fetal forma a fosseta mamária A: RN B: criança C:Início puberdade D: final puberdade E: adulto
rasa. Após o nascimento, os mamilos elevam – se jovem F: grávida
dessas fossetas por causa da proliferação do tecido
conjuntivo ao redor da aréola. ANATOMIA
Glândulas mamárias rudimentares dos RN (m ou F)
são idênticas e frequentemente aumentadas. “Leite de Mamas são estruturas superficiais proeminentes na
bruxa” (galactorreia) pode ser produzida devido a parede anterior do tórax. São formadas por tecido
passagem dos hormônios maternos através da glandular e tecido fibroso de sustentação integrado na
membrana placentária até a circulação fetal. As mamas matriz óssea adiposa, junto de vasos sanguíneos,
dos RN contêm ductos lactíferos mas não tem linfáticos e nervos.
alvéolos. Glândulas mamárias são glândulas sudoríferas
Nas mulheres, os seios aumentam durante a puberdade modificadas, sem cápsula e nem bainha. Estão
devido ao desenvolvimento das glândulas e acúmulo localizadas na tela subcutânea, sobre músculos
do estroma fibroso e gordura. Esse desenvolvimento peitorais maior e menor. Na parte mais proeminente
termina por volta de 19 anos. está a papila mamária circundada pela aréola.

A gordura ao redor do tecido glandular determina o


tamanho das mamas não lactantes. O corpo circular da
mama fica apoiado sobre um leito que fica transversal
da margem lateral do esterno até a linha axilar média e
verticalmente da costela II a VI.
Dois terços são formados pela fáscia peitoral sobre o
músculo peitoral maior, e outro pela fáscia que cobre o
músculo serrátil anterior.
A: vista ventral de um embrião com 28 dias apresentando as cristas Entre a mama e fáscia peitoral há tecido conjuntivo
mamárias. B: vista com 6 semanas mostrando os remanescentes dessas
cristas. frouxo chamado espaço retromamário (espaço
potencial). Nele há pouca gordura, permite a mama ter
um pouco de movimento. A parte menor estende da
margem inferolateral do músculo peitoral maior em
direção a fossa axilar, formando processo axilar ou
causa de Spence. Esse processo pode aumentar durante
o ciclo menstrual.
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VASCULARIZAÇÃO DA MAMA
- Ramos mamários mediais de ramos perfurantes e
A glândula mamária está fixada à derme da pele por ramos intercostais anteriores da artéria torácica interna,
ligamento cutâneos, ligamentos suspensores da a partir da artéria subclávia.
mama (de Cooper). Condensações de tec.conjuntivo - Artérias torácica lateral e toracoacromial, ramos da
fibroso desenvolvido na parte superior da glândula artéria axilar.
ajuda a sustentar os lobos e lóbulos da glândula - Artérias intercostais posteriores, ramos da parte
mamária. torácica da aorta nos 2º, 3º e 4º espaços intercostais.
Na puberdade (8 a 15 anos) as mamas aumentam em
desenvolvimento glandular e deposição de gordura. Drenagem venosa se faz pela veia axilar e há uma
Aréolas e papilas também aumentam. Tamanho e pequena drenagem para a veia torácica interna.
formato são determinados por fatores genéticos, Drenagem linfática: linfa passa da papila, aréola e dos
étnicos e alimentares. lóbulos da glândula mamária para o plexo linfático
Ductos lactíferos dão origem a brotos que formam subareolar.
lobos da glândula mamária, que constituem o
parênquima. Cada lobo é drenado por um ducto DESENVOLVIMENTO DAS GLÂNDULAS
lactífero que se convergem e tem aberturas
independentes. A maior parte do desenvolvimento ocorre no período
Cada ducto tem uma parte dilatada profundamente a pós-natal.
aréola, o seio lactífero, onde uma pequena gotícula de O alongamento dos ductos é mediado por estrogênio,
leite se acumula ou permanece na lactante. Quando o GH, IGF-I e fator de crescimento epidermal.
bebê começa a mamar, a compressão da aréola e do A bifurcação dos ductos e brotamento dos alvéolos
seio, expele as gotículas acumuladas e estimula o são regulados por progesterona (estimula bifurcação
neonato a continuar mamando enquanto ocorre o lateral e desenvolvimento alveolar), prolactina (atua no
reflexo de ejeção do leite, mediado por hormônios. O epitélio mamário para induzir desenvolvimento
leito materno é secretado na boca do bebê e não alveolar) e hormônios da tireoide. Progesterona e
sugado por ele. prolactina agem sinergicamente para estimular a
Aréolas da mama contêm glândulas sebáceas, que proliferação do epitélio dos ductos.
aumentam na gestação e secretam substância oleosa
que atua como lubrificante protetor para aréola e Durante a gestação, prolactina, progesterona e hPL
papila. (hormônio lactogênio placentário humano) atuam nas
Papilas mamárias são proeminências cônicas ou unidades dos ductos lobulares promovendo expansão e
cilíndricas situadas no centro das aréolas. Não tem diferenciação da função secretória, chamado estágio I
gordura, pelos ou glândulas sudoríparas. Possuem da lactogênese. Elevados níveis de progesterona
extremidades fissuradas onde os ductos lactíferos se impedem produção de leite nesse período.
abrem. São formadas por fibras musculares lisas Estágio II da lactogênese inicia após o final da
circulares que comprimem os ductos lactíferos durante gestação. Início da lactação: queda súbita da
lactação e causam ereção das papilas em resposta a progesterona + aumento na secreção da prolactina.
estimulação. Esse decréscimo de progesterona inibe a síntese de α-
Os alvéolos que secretam o leite e são organizados lactoalbumina e β-caseína.
parecidos a cachos de uva. Presença de prolactina, insulina e glicocorticoides
estabelece a síntese das proteínas do leite. Essa
produção é continuada pela secreção de prolactina pela
adeno-hipófise no período de lactação.
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A prolactina é o principal regulador da síntese das
proteínas do leite por meio dos efeitos nos receptores
de prolactina nas células epiteliais mamárias. A
liberação está sob controle negativo da dopamina.

Final da amamentação é seguido pela involução das


unidades lobulares dos ductos terminais mediada por
apoptose das células alveolares e remodelação
glandular retornando a mama ao estado maduro
quiescente.

CONTROLE HORMONAL DA PRODUÇÃO,


SECREÇÃO E EJEÇÃO DO LEITE
A secreção é acionada pela estimulação de receptores
táteis nos mamilos por sucção. Impulsos sensoriais são
transmitidos aos neurônios ocitocinérgicos secretórios
no hipotálamo, que libera ocitocina na circulação
sistêmica.
A ocitocina produz contração de células mioepiteliais
dos ductos lactíferos, seios lactíferos e alvéolos do
tecido mamário.

A produção de leite é estimulada pela prolactina


liberada pela adeno-hipófise. É um hormônio incomum
da hipófise, pois a secreção é controlada pelo
hormônio inibidor da prolactina (PIH) secretado
pelo hipotálamo. Evidências associam PIH a
dopamina.

Na fase final da gestação a secreção de PIH diminui e


prolactina aumenta 10 x ou mais do que em não
grávidas. Antes do parto as glândulas mamárias
produzem pequenas quantidades de secreção fina e
com pouca gordura, o colostro.
Após o parto, estrogênio e progesterona diminuem, as
glândulas produzem maiores quantidades de leite com
4% de gordura e quantidades substanciais de cálcio. As
proteínas no colostro e no leite contêm
imunoglobulinas maternas secretas nos ductos e
absorvidas pelo epitélio intestinal do bebê.
A sucção inibe a produção de PIH. Na ausência dele, a
secreção de prolactina aumenta resultando na produção
de leite.

A ejeção do leite é conhecida como reflexo de ejeção


do leite e precisa de ocitocina liberada pela neuro-
hipófise. Ela inicia a contração do músculo liso no
útero e mamas. No pós-parto, as contrações ajudam o
útero a voltar seu tamanho anterior a gestação.
Na mama lactante, a ocitocina causa contração das
células mioepiteliais que circundam alvéolos e nas
paredes dos ductos. A contração cria alta pressão nos
ductos que enviam leite em jatos para o bebê.
A liberação de ocitocina pode ser estimulada por
estímulos cerebrais (pensar ou choro de criança).

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