Sist Estrut 3
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Material Teórico
Elementos Estruturais
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Elementos Estruturais
• Introdução;
• Estudo das Lajes;
• Estudo das Vigas;
• Estudo dos Pilares.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Discernir e dimensionar os diferentes elementos que fazem parte de um sistema estrutu-
ral, conhecendo suas peculiaridades e suas funções na Dinâmica das Estruturas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Elementos Estruturais
Introdução
Em unidades anteriores, citamos muito os elementos estruturais e vimos algumas
diretrizes da norma que afetam diretamente nas estruturas de concreto armado.
Agora iremos conhecer todos os elementos que compõem um sistema estrutural e
cada uma das suas características, e depois iremos encontrar algumas medidas geo-
métricas para adotar em nossas futuras estruturas, como um cálculo para encontrar
as principais dimensões dos elementos estruturais.
Imagine que uma carga se encontre na laje do 13° andar – esse elemento estrutural
deve receber toda a carga em repouso sobre ele e transferir para as vigas laterais.
Caso a carga seja muito grande, ou a laje muito fina, ela irá se deformar como uma
cama elástica. Então uma laje com boa espessura tenderá a deformar muito menos
que lajes mais finas, facilitando que nossa carga seja transportada para o próximo
elemento, as vigas. Ao chegar às vigas, nossa carga deverá ser transportada para
os pilares – então imagine que nossa viga seja uma grande via coletora que recebeu
as cargas das vias locais (lajes) e precisam enviar para as vias expressas (pilares),
logo após, chegarão ao seu destino que são as fundações. No dimensionamento
de uma viga, sua geometria relacionada com sua altura e largura são fundamentais
para que não haja congestionamento no meio do caminho, então, quando temos
problemas no transporte, precisamos modificar sua altura. As vigas em que sua
dimensão “h” (altura) é muito pequena costumam deformar mais conforme as cargas
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aumentam, sendo necessários ajustes na altura para as cargas fluírem melhor. No
caso dos pilares que correspondem às vias expressas em nosso exemplo, precisamos
dimensionar suas duas dimensões para que seja possível garantir uma “área mínima
de escoamento”, permitindo, assim, que as cargas façam seu movimento de descida
de maneira segura.
2,5
0,1
3,04
Figura 1 – Exemplo de uma laje, temos aqui Lx sendo o menor lado, ou seja, o lado com 2,50 metros
9
9
UNIDADE Elementos Estruturais
Ele considera as lajes de forro como aquelas que não receberão carga adicional,
são lajes que ficam na cobertura do edifício. As lajes de piso já são transitáveis por
pessoas – nesses casos não entram lajes que receberão grandes equipamentos ou
grandes cargas devido a um uso específico. A área informada corresponde à multi-
plicação entre o comprimento e profundidade da laje, então não levamos em conta
nessa análise o Lx (menor lado) de maneira isolada.
Dependendo da área em que precisamos vencer, nos vãos entre pilares muito
grandes, onde a espessura da laje for muito grande ≥ 15 cm, aconselhamos o uso
de outro tipo de tecnologia, como as lajes nervuradas, onde conseguimos reduzir
drasticamente o peso devido a espaços vazios. Veja a figura 3.
0,1
0,25
Figura 3 – Exemplo de uma laje nervurada, utilizada quando precisamos de uma espessura
muito grande. Fisicamente, essa laje é considerada como espessura de 25 centímetros,
porém, temos várias regiões sem material, diminuindo o peso e o custo
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Outra variável fundamental para a análise de uma laje é quanto à maneira como
ela se encontra apoiada. Podemos apoiar a laje de duas maneiras: apoiada nas
quatro extremidades, ou parcialmente apoiada. No primeiro caso, onde as qua-
tro extremidades estão apoiadas, chamamos nossa laje de engastada, no segundo
caso, ela pode ter um ou mais lados em balanço. As lajes, quando estão engastadas,
costumam ter sua maior deformação ocorrendo no centro, conhecido aqui como
flecha – ver imagem Figura 4. Já as lajes em balanço costumam apresentar suas
maiores deformações nas bordas livres – ver imagem Figura 5. Então, por defor-
marem mais, precisam receber um tratamento diferenciado no cálculo estrutural e
costumam ser mais espessas do que as lajes engastadas. As lajes em balanço não
são consideradas por Botelho (2007), então aqueles valores são válidos apenas
para as lajes engastadas.
Figura 5 – Exemplo de deformação de uma laje com um dos lados em balanço (sem apoio)
Agora que sabemos todas as variáveis para a definição de como será nosso ele-
mento estrutural laje, precisamos aprender um método matemático para fazer um
pré-cálculo ou uma pré-análise do nosso elemento estrutural. Nosso cálculo parte
das seguintes expressões:
h = Lx
40
ou
h = Lx
30
Sendo a primeira equação para lajes engastadas, ou seja, apoiada nas quatro
extremidades e a segunda equação para lajes em balanço.
O valor de Lx será sempre o menor lado da laje em que queremos calcular sua
espessura em centímetros.
Nesse cálculo, sempre iremos encontrar o valor de espessura para uma laje maciça
em concreto, ou seja, sem espaços vazios ou elementos vazados embutidos ou aparentes.
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11
UNIDADE Elementos Estruturais
Exemplo 1
Calcule a espessura necessária para uma laje com medidas de 3 x 2,50 metros,
onde ela se encontra engastada e depois calcule a mesma espessura caso ela esti-
vesse em balanço:
=h Lx
= 250 = 6, 25 cm
40 40
A norma ABNT NBR 6118:2013 nos orienta a não realizar lajes com espessura
inferior a 7 centímetros.
Nosso segundo passo é descobrir a espessura dessa mesma laje no caso de ela
ser construída em balanço. Então iremos utilizar nossa segunda fórmula:
h = Lx
30
Onde Lx será o menor lado dessa laje novamente, entre 3,00 e 2,50 metros.
=h Lx
= 250 = 8, 33 cm
30 30
Nesse caso, iremos novamente seguir o passo anterior de arredondar nossa laje
para o próximo valor inteiro, sendo adotado 9 centímetros de espessura.
Existe outro método para realizar essa análise sem a utilização de cálculos que
é utilizado no livro “A concepção Estrutural e a Arquitetura”, do engenheiro civil
Conrado Pereira Rebello. O autor aponta diversos valores de pré-dimensionamento
para os elementos estruturais mais conhecidos e os pouco utilizados, ou de uso
restrito. Aqui em nosso material, iremos apresentar em forma de tabelas, em cada
uma das unidades. Nesta unidade em questão, iremos estudar apenas o concreto
armado e o concreto protendido, nas duas próximas unidades, iremos apresentar as
tabelas referentes à tecnologia de estruturas metálicas e de madeira.
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Tabela 1 – Lajes de Concreto – Maciça – Adaptado de Rebello (2000)
Liga de Concreto – Maciça
Lx – menor lado (em m) h mínimo (em cm) h máximo (em cm)
1,00 6 8
1,50 6 8
3,00 8 12
4,50 10 16
6,00 14 20
Em uma laje com 2,50 metros em seu menor lado, iremos adotar a espessura mínima
do nosso próximo ponto notável que é 3 metros, ou seja, 8 centímetros de espessura.
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UNIDADE Elementos Estruturais
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As vigas costumam ser elementos onde seu comprimento é muito maior que todas
as outras medidas, quanto mais longa, maior será a deformação. Para controlar esse
efeito, iremos aumentar seu tamanho em “h” ou a altura dela, porém, não é possível
ficar aumentando a altura infinitamente conforme vamos esticando nossa viga, pois
nosso elemento vai acabar sofrendo de um efeito chamado “esbeltez”. A esbeltez
ocorre em vigas e pilares quando uma das suas dimensões geométricas é muito maior
que a outra, geralmente h > 4b, onde h é altura e b a largura da base. Com isso
dizemos que nosso elemento estrutural tende a girar naquele sentido, partindo-se ao
meio, conforme a Figura 6.
0,2
Figura 6 – Exemplo de viga sofrendo flambagem devido à sua altura ser muito superior à largura da sua base
Figura 8 – Exemplo de deformação de uma viga com um dos lados em balanço (sem apoio)
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UNIDADE Elementos Estruturais
Então vimos que vigas com apoios apenas em suas extremidades possuem sua
deformação máxima no meio do seu vão. As vigas com múltiplos apoios (superior
a 3) se deformam parcialmente no vão e parcialmente sobre os pilares, então cada
uma das seções entre os apoios irá se deformar de uma maneira diferente.
h
LoxL
10
Onde:
• Lo depende da situação em que essa viga se encontra apoiada. Utilizamos o
valor de 0,60 caso ela esteja apoiada somente nas extremidades (Figura 6), e
0,75 caso ela tenha mais do que três apoios (Figura 8);
• L sempre será o comprimento de eixo a eixo dos pilares;
• h será então o valor da altura para nosso elemento estrutural.
Calcule sempre o valor de L em centímetros, pois isso evita que seja necessário reali-
zar conversões posteriores.
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Exemplo 2
Um arquiteto precisa construir um vão de 8 metros utilizando apenas apoios
nas extremidades e uma viga. Porém, ele desconhece a altura da viga. Qual valor
mínimo você indicaria para ele?
h
Lo x L
0, 60 x 800 48 centímetros
10 10
Exemplo 3
Agora nosso arquiteto deseja construir uma viga com 3 apoios, sendo o central
localizado a 3 metros de distância do pilar da esquerda, o comprimento total da
viga será de 10 metros. Neste exercício, iremos desconsiderar a geometria dos pi-
lares, então trabalharemos com os vãos brutos.
hab ( Lo x L)
0, 75 x 300 22, 5 centímetros
10 10
hab
Lo x L
0, 75 x 700 52, 5 centímetros
10 10
Agora vamos calcular para o outro trecho de viga, utilizando os mesmos Lo.
Porém, com uma distância de 7 metros.
Então nossa viga possui duas alturas diferentes, conforme a imagem na Figura 9.
0,23
0,53
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UNIDADE Elementos Estruturais
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Viga de Concreto Protendido – Tipo T
Vão em metro h mínima (em centímetros) h máxima (em centímetros)
22,50 60 110
27,00 75 120
31,50 90 120
36,00 100 120
40,50 120 120
Antes de finalizarmos nosso estudo sobre as vigas, iremos apontar sua importân-
cia em relação à estabilidade da nossa estrutura. Esses elementos são responsáveis
por fazerem as ligações entre os pilares e garantirem parte da rigidez de nossa es-
trutura. Outra função interessante das vigas é no controle de flambagem do nosso
próximo elemento em questão, os pilares – elas são responsáveis em travá-los em
uma ou mais direções, evitando deformações e movimentos excessivos.
Então, agora que já possuímos bom conteúdo teórico sobre as vigas, vamos
partir para o nosso terceiro elemento em questão, o último componente da parte
estrutural conhecida como superestrutura.
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UNIDADE Elementos Estruturais
Neste material, iremos sempre nos referir a pilares de seção retangular, quadrada
ou redonda, sempre trabalhando com pilares simples e sem funções de contraven-
tamento, ou seja, queremos aqui conhecer sua geometria, sendo desconsiderados
os efeitos de flambagem e de ordens. Os pilares podem ser considerados como
pilares de contraventamento e pilares contraventados.
• Pilares de contraventamento: são pilares dimensionados para resistir aos es-
forços laterais (horizontais) provocados por forças dos ventos. Esses elementos
são dispostos ao longo do grid da estrutura para favorecer ventos que atuem
nas diferentes fachadas norte, sul, leste e oeste. Geralmente são pilares de
grandes dimensões como pilares-paredes ou elementos estruturais robustos;
• Pilares contraventados: são os pilares que não estão dimensionados para
resistirem aos esforços horizontais provocados pelas ações dos ventos, eles são
dimensionados apenas para os esforços verticais oriundos das cargas descen-
dentes que chegam até eles.
Os pilares também são classificados de acordo com sua posição no grid estru-
tural de nossa estrutura – em cada uma, precisamos tomar diferentes cuidados no
dimensionamento estrutural, porém, a localização deles não afeta o pré-dimen-
sionamento dos nossos elementos. A localização dos pilares recebe três diferentes
nomes: pilar intermediário, pilar de extremidade, pilar de canto.
• Pilar intermediário: são os pilares centrais que são travados em suas quatro
faces, costumam ser os pilares mais equilibrados e com menor probabilidade
de flambagem devido à falta de travamento;
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Figura 12 – Pilar intermediário
Fonte: Adaptado de BASTOS, 2017
• Pilar de canto: são os pilares que se encontram nos cantos da minha estru-
tura, eles costumam ser os pilares mais problemáticos por terem duas faces
livres para o deslocamento. Esses elementos são os mais deformáveis entre os
pilares e costumam ser mais robustos para que seja garantida sua estabilidade
junto ao conjunto;
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UNIDADE Elementos Estruturais
Segundo Botelho (2007), alguns detalhes devem ser previstos na hora do lança-
mento dos pilares:
• Preferir pilares com seção retangular ou circulares;
• Lançar primeiramente os pilares de canto;
• Em seguida, lançar os pilares sob o cruzamento das vigas principais;
• Depois lançar os pilares próximos de regiões com grandes balanços ou onde
acreditar estar acontecendo grandes esforços;
• As dimensões mínimas dos pilares devem ser de 20 x 20 centímetros;
• Em edifícios com grandes alturas, deve ser considerado o contraventamento
para ambos os lados, em edifícios menores, podemos considerar os pilares
dispostos ortogonalmente na menor direção.
p1 p2 p3 p4
p5 p6 p7 p8
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Para realizar um pré-cálculo, utilizamos a seguinte fórmula:
Onde:
• Atrib: representa uma área de laje que descarrega suas cargas nos pilares, são
localizadas traçando uma mediatriz entre o eixo de dois pilares vizinhos;
• Nand: número de andares que estão se apoiando nesse pilar;
• Carga: uma carga fictícia de 12 KN/m2;
• Rconc: uma resistência característica do concreto definida como 1 KN/cm2.
Então os valores de Carga e Rconc sempre serão esses, agora falta descobrir
como encontrar a Atrib. Para isso, vamos utilizar o modelo abaixo:
Em nosso primeiro exemplo, temos 4 pilares (azul), 4 vigas (verde) e 1 laje (ver-
melho) e, para que efetuarmos o dimensionamento dos pilares, precisamos conhecer
A1, A2, A3 e A4. Vamos adotar que cada um dos lados seja 7 metros, então teremos:
• A1 é metade do vão da viga orientada em x e metade do vão da viga orientada
em y, isto é, 3,5 x 3,5 metros = 12,25 m2;
• A1 = A2 = A3 = A4 devido ao nosso projeto ser um quadrado, então todos os
pilares vão possuir o mesmo tamanho;
• Vamos adotar em nosso projeto a ideia de que temos 15 andares.
=Ap 12
=, 25 x 15 x 12 2205cm 2
1
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UNIDADE Elementos Estruturais
A bxh
2205 20 x h h 2205 110, 25 cm, então 115 cm
20
• Quadrado: esse pilar terá suas dimensões iguais, então precisamos tirar uma
raiz quadrada da minha área:
• Circular: vamos querer descobrir o raio e depois multiplicar por dois para en-
contrar o diâmetro do nosso pilar:
A 2 x x r2
r2 A 2 350 18, 72
2 x
Então, nosso diâmetro é duas vezes o raio, total 37,45 cm, ou 40 cm de diâmetro.
Essa estrutura também poderia ser idealizada de outra maneira, na qual precisa-
ríamos calcular utilizando áreas diferentes:
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Nesse exemplo, os dois pilares centrais forçam a divisão das áreas de 4 para 6,
onde as novas A6 e A5 possuem o mesmo tamanho de todas as áreas do exemplo
anterior. Em nosso caso atual, os pilares de canto possuem metade da área de influên-
cia das lajes do que os pilares intermediários, então serão 50% menores. Em relação
à laje, mesmo com essa modificação, continuamos tendo uma única laje em nossa
estrutura, e apenas aumentamos as “vias” por onde as cargas serão transportadas
para as fundações. Agora vamos modificar novamente nossa estrutura, buscando um
conceito mais equilibrado e com elementos mais leves e menores.
Agora travamos nossos pilares centrais com uma viga, garantindo maior estabili-
dade e adicionamos um pilar central. Nesse novo modelo, foi adicionada uma nova
área de influência e podemos notar que o pilar central que recebe A7 é o mais carre-
gado entre todos eles. Nesse caso, assim como no anterior, temos pilares fora da re-
gião dos cantos que ainda estão pouco travados, podendo se deslocar em 2 direções,
quanto mais travada sua estrutura, melhor sua estabilidade, sempre faça uma análise
dessas questões. Nossa estrutura já está quase totalmente concebida, ainda falta um
detalhe que não pode ser esquecido, o pilar central está alocado no meio da sala,
uma região muito nobre para receber esse elemento que irá incomodar muito nosso
futuro usuário. Sempre que possível, posicione-o dentro de alvenarias ou divisórias.
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UNIDADE Elementos Estruturais
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Pilar de concreto – Andar único
Altura não travada em metro L mínimo (em centímetros) L máximo (em centímetros)
6,00 25 60
7,50 30 65
9,00 35 75
10,50 40 80
12,00 50 85
13,50 50 90
15,00 50 95
Os pilares do ábaco acima são pilares com andar único, ou seja, eles não são
construídos em múltiplos pavimentos. A altura não travada se refere ao pé direito
dele até encontrar uma viga que seja conectado até ele, esses pilares são facilmente
encontrados em galpões, lojas e recepções de edificações onde o térreo possui um
enorme pé direito.
Então essas são as nossas tabelas para pilares de concreto, por meio das quais
é possível realizar o pré-dimensionamento e os critérios de cálculo que vimos an-
teriormente. No caso das nossas tabelas, devemos nos lembrar de que L vale para
os dois lados de um quadrado e estamos nesse caso sempre pensando em um pilar
quadrado. Para fazermos a conversão para outros formatos, basta multiplicarmos
ambos os lados e encontraremos a área, em seguida, aplicaremos a fórmula da área
da geometria desejada.
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UNIDADE Elementos Estruturais
Em Síntese Importante!
Para melhorar suas aptidões em concepção estrutural, será necessário muito treino e expe-
riência. Então comece agora, pegue os projetos que você já tem realizado no curso e propo-
nha sua estrutura, desenhe, pense como vai funcionar. Um arquiteto que é capaz de pro-
jetar sua concepção estrutural, mesmo que seja um pré-projeto no qual outro profissional
habilitado irá refinar posteriormente, tende a não ter surpresas na hora da elaboração do
projeto executivo, pois as modificações serão mínimas, e com isso não perderá tempo tendo
que criar elementos para esconder pilares e vigas que não foram pensados ali.
O que aprendemos aqui será essencial para que seus projetos sejam um sucesso na fase
de execução das pranchas finais, aquelas que irão para as mãos dos construtores. Lem-
bre-se de que o pré-dimensionamento nos fornece informações quanto à geometria,
porém, não é um projeto executável – antes um profissional calculista deverá realizar
correções, calcular as armaduras e como esses elementos se deformam devidos aos es-
forços internos e aos carregamentos solicitados.
Até aqui já somos capazes de entender a geometria de nossos elementos estruturais que
compõem a superestrutura. Em nossa próxima unidade, vamos conhecer os elementos
estruturais que sustentam a superestrutura, nossas fundações. Então até a próxima uni-
dade e bons estudos, e não se esqueça de praticá-los!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
A Concepção Estrutural e a Arquitetura
REBELLO, Y. C. P. A concepção Estrutural e a Arquitetura. São Paulo: Zigurate, 2000.
Leitura
Sistemas Estruturais na Arquitetura
http://bit.ly/35J8EtQ
Sistemas Estruturais na Arquitetura
http://bit.ly/35PqMSL
Sistemas Estruturais na Arquitetura I - 2012.2
http://bit.ly/35IeR9z
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UNIDADE Elementos Estruturais
Referências
BOTELHO, M. H. C. Concreto armado, eu te amo: para arquitetos. 2. ed. São
Paulo: Edgard Blutcher, 2011.
FUSCO, P.B. Técnica de armar as estruturas de concreto. São Paulo, Ed. Pini, 2000.
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