2022 - PAIVA - Mãe de Casa
2022 - PAIVA - Mãe de Casa
2022 - PAIVA - Mãe de Casa
Mãe de
casa
e outras memórias
Maria da Conceição Ximenes Paiva
Mestra em Ciências da Educação - CECAP/DF,
especialista em Língua Inglesa e em Gestão e Admi-
nistração, ambos pelo UNINTA. Graduada em Le-
tras Português- Francês pela Universidade Estadual
do Ceará - UECE. Professora de Língua Portugue-
sa da rede estadual do estado do Ceará, lecionan-
do atualmente no município de Groaíras na Escola
Monsenhor Linhares.
E-mail: [email protected]
TANTÃO PAIVA
Mãe de
casa
e outras memórias
Sobral - CE
2022
Mãe de Casa e outras memórias
© 2022 copyright by Tantão Paiva
Impresso no Brasil/Printed in Brasil
84p.
CDD 869.3
Catalogação na publicação: Bibliotecária Leolgh Lima da Silva – CRB3/967
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Mãe de Casa e outras memórias
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Vaquejador
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Mãe de Casa e outras memórias
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Vaquejador
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Mãe de Casa e outras memórias
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A Mãe de Casa
Mãe de Casa
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Mãe de Casa e outras memórias
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Mãe de Casa
Assim ficara vestida com sua nova peça de roupa que teria de
usar quando fosse a Canindé.
Como se aproximava a hora do almoço, mamãe convidou-
-a para almoçar conosco e ofereceu um banho de chuveiro
antes de servir o almoço. Não aceitou o banho de chuveiro,
mas aceitou tomar banho de tanque. Esse tanque era de água
muito fria, que ficava no quintal da minha casa. “Minha co-
madre, não gosto deche negoço de chuvero, mas se tiver água
no seu tanque, eu tomo um banho!” – dissera ela a minha
mãe. Ao redor do tanque, no quintal de casa, havia um pé de
limão, que era sempre verdinho por causa das águas que es-
corriam do banho. Lá ela pegou uma lata, geralmente as que
foram utilizadas para óleo de cozinha e reutilizada para tirar
água, refrescou-se jogando água várias vezes no corpo e vol-
tou à cozinha para o almoço. Terminada a refeição, agradeceu
minha mãe e foi embora para o sertão, que ficava a uns seis
quilômetros.
À tardinha, quando fui brincar no quintal, vi que ela deixou
sua nova calcinha nos galhos do limoeiro, pois havia esqueci-
do quando fora tomar banho.
Não gostava de se olhar no espelho. Às vezes comentava
quando passava em frente a um espelho na parede: “hoje eu
não tô bonita!”, ou então dizia: “ui”, gritando, não gostan-
do da imagem. Contara a mim que quando jovem fora muito
bonita e tinha muitos pretendentes para casar, mas escolhera
meu avô (Pai de Casa). Dentre esses namorados, citava um de
nome Belarino. Ao falar dele, ria pelos olhos, muito azuis, que
eu admirava demais. Era muito apaixonada pelo Pai de Casa
(meu avô). Extremamente ciumenta – cheirava as camisas de
Pai de Casa quando ele chegava da feira em Sobral para ver
se não tinha cheiro de perfume de mulher e também colocava
apelidos nas vendedoras de café do mercado, onde meu avó
vendia porcos e galinhas. Chamava as referidas mulheres de
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Mãe de Casa e outras memórias
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Mãe de Casa
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O Pai de Casa
Pai de Casa
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Pai de Casa
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Os filhos
Manoel João - Papai
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Mãe de Casa e outras memórias
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Manoel João - Papai
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Mãe de Casa e outras memórias
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Chico João
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Mãe de Casa e outras memórias
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Chico João
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Maria Querida
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Mãe de Casa e outras memórias
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Maria Querida
05/02/2020
Recebi uma mensagem da neta pelo Messenger “Só para
avisar que Vó Maria está molinha.” - apenas isso!
Fiquei pensativa, mas na manhã seguinte não recebi mais
nenhuma notícia. À tarde, do mesmo dia, após o almoço, dei-
tei-me em minha rede e abri o notebook para estudar alguns
conteúdos da escola. A janela do quarto aberta, visualizava-se
uma linda tarde de inverno. Nuvens carregadas anunciavam
chuva. Uma borboleta preta, com asas gigantes e matizes mais
claras desenhadas, veio pela janela e pousou na tela do com-
putador. Sobressaltei-me e pensei tratar-se de um aviso. Co-
mentei com meu esposo, que dissera sem rodeios que eram
mariposas de inverno, mas em meu íntimo, eu sabia que era
um espírito que partia para a glória do Pai. A mariposa, bor-
boleta, deu mais dois voos passando por cima da rede e saiu
pela janela. Era exatamente a hora em que Maria Querida par-
tia para encontrar seus entes queridos já falecidos.
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Mãe de Casa e outras memórias
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Tondinha
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Mãe de Casa e outras memórias
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Tondinha
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Tia Carmélia
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Mãe de Casa e outras memórias
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Tia Carmélia
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Tia Nêga
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Mãe de Casa e outras memórias
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Tia Nêga
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Mãe de Casa e outras memórias
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Tia Gerarda
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Mãe de Casa e outras memórias
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Umas memórias
O Filho Perdido
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Mãe de Casa e outras memórias
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O Filho Perdido
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O Significado das coisas
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Mãe de Casa e outras memórias
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O significado das coisas
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Lembrança do
Monsenhor Cleano
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Mãe de Casa e outras memórias
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Lembranças de Monsenhor Cleano
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Mãe de Casa e outras memórias
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Romaria
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Mãe de Casa e outras memórias
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Romaria
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Mãe de Casa e outras memórias
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A Promessa
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Mãe de Casa e outras memórias
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A Promessa
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Este livro foi composto em fonte Garamond, impresso no formato 14 x 21 cm
em offset 75 g/m2, com 84 páginas e em e-book formato pdf.
Agosto de 2022.
Durante as nossas vivências diárias, aprendemos, ensina-
mos, rimos, choramos e refletimos junto aos nossos familiares
e amigos, aliás, junto àqueles com quem temos ou tivemos o
prazer de conviver.
Rememorar o dia-a-dia daqueles que amamos e com
quem tivemos o privilégio da coexistência é algo saudável,
gostoso e ter a coragem de registrar estes bons e maus mo-
mentos das pessoas que fazem parte da nossa história é uma
ação digna de muitos aplausos. Maria da Conceição Ximenes
Paiva, mais conhecida por nós como Tantão Paiva, deu este
primeiro e significativo passo na composição da Literatura
Groairense.
A história do casal Pai de Casa e Mãe de Casa e seus filhos
é tratada de forma real e muitas vezes jocosa, fazendo-nos rir
de algumas situações e se nota, também, a veracidade dos
fatos na fala peculiar de cada um dos protagonistas.
Tantão, nossa escritora, traz uma coleção de textos que
nos motiva a uma leitura leve, prazerosa e como disse o gran-
de filósofo Immanuel Kant — “Uma leitura alegre é tão útil à
saúde como o exercício do corpo”.
Leia “Mãe de Casa e outras Memórias”! Fiquei apaixonada!