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Habitação?
Os recursos do SFH são provenientes basicamente dos depósitos em caderneta de poupança
e do FGTS e podem ser utilizados para três finalidades: compra, reforma ou construção de uma
casa. Da mesma forma, as aquisições de bens enquadrados no programa Minha Casa Minha
Vida, criado em 2009, também integram o SFH.O financiamento pode chegar no máximo a
80% do valor do imóvel, que não pode ultrapassar o preço de R$ 1,5 milhão na avaliação. Vale
frisar que, para ter acesso ao subsídio, é realizada a análise financeira (crédito) do comprador,
o qual deverá comprovar que os encargos mensais (prestação, seguros, juros) não
ultrapassam 30% da sua renda mensal bruta. O prazo do empréstimo pode chegar a até 35
anos e a taxa de juros anual é fixa, limitada em no máximo 12%, mais a Taxa Referencial (TR),
que atualiza o saldo devedor. Para a contratação do financiamento existem gastos com a
avaliação do imóvel, emissão do contrato e, após a assinatura, imposto de transmissão (ITBI) e
serviços cartorários para registro do contrato, podendo representar até 5% do valor do imóvel.
É permitido ao mutuário utilizar os recursos do seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) para pagar o empréstimo imobiliário ou até mesmo para quitar a dívida. No entanto,
esse uso também envolve algumas condições:
Trabalhar ao menos três anos sob o regime do FGTS — podem ser somados períodos de
trabalho consecutivos ou não, em uma ou mais empresas; Não ter financiamento ativo no SFH
em nenhum local do Brasil; Não possuir outro imóvel residencial urbano, concluído ou em
construção. Além disso, para financiar um patrimônio no SFH, a legislação prevê: A
contratação de seguros, cujos pagamentos são feitos mensalmente juntamente com as
prestações do subsídio.
Seguro por Morte e Invalidez (MIP): tem como objetivo garantir que a dívida será liquidada em
caso de falecimento do comprador; Seguro Contra Danos Físicos do Imóvel (DFI): é calculado
a partir do valor do bem e garante a indenização caso a moradia sofra danos como
alagamento, incêndio e desmoronamento.
Diferença entre SFI e SFH Além do SFH, os interessados na aquisição de imóveis, que não
se enquadrem nas condições e limites do referido modelo, podem recorrer ao Sistema de
Financiamento Imobiliário (SFI). Ele foi criado em 1997, por meio da Lei nº 9.514. O modelo
engloba todos os empréstimos que não estão dentro das regras estabelecidas para o SFH,
especialmente no que se refere ao perfil do patrimônio, como por exemplo: valor de avaliação,
unidade comercial, bem em zona rural ou localizado fora da região onde o comprador reside ou
trabalha. Sobre o comprador, não existe ressalva a respeito de ter outras unidades em seu
nome, bem como tantos auxílios quanto sua renda comportar pagar. “Tratando-se de um
sistema de financiamento que não pressupõe prioritariamente o atendimento à população de
menor renda, especialmente Para a aquisição da casa própria. O SFI se revela importante
instrumento de fomento ao mercado imobiliário, possibilitando que outros imóveis possam ser
financiados, tais como as moradias para fins comerciais, áreas rurais e também para que
investidores possam adquirir unidades com o objetivo de revenda ou locação para constituição
de renda” ao contrário do SFH, a fonte de recursos do SFI não é proveniente dos depósitos em
caderneta de poupança, nem do FGTS, mas sim oriundos de outras aplicações mantidas em
instituições financeiras, fundos de investimento, fundos de pensão e do mercado de
securitização. Além dessas diferenças, importante destacar que os financiamentos pelo SFI
não estão subordinados às limitações de taxas de juros e demais condições como ocorre no
SFH, variando de acordo com a política de crédito e autonomia de cada instituição financeira.
“Outro aspecto relevante em que os dois sistemas se distanciam é que, nas operações regidas
pelo SFI, não podem ser utilizados os recursos do FGTS do contratante”,