Sol Alg Lin PF M 15 1

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Universidade Federal do Espı́rito

Solução da Prova Final de Álgebra Linear

NOME:

JUSTIFIQUE TODAS AS RESPOSTAS!!!



 x + ay + az = −a
1. Considere o sistema ax + y + z = a . Encontre todos os valores de a e b para os
ax + y + az = b

quais o sistema

(a) tem solaão única.


(b) tem infinitas soluções.
(c) não tem solução.
 
1 a a −a
Sol.: A matriz aumentada do sistema é equivalente por linhas a  0 1 − a2 1 − a2 a + a2  .
0 0 a−1 b−a
Logo, o sistema terá solução única se a2 6= 1, ou seja se a 6= −1 e a 6= 1. Se a = 1 a equação 2
fica inconsistente. Logo, neste caso o sistema não tem solução. No caso a = −1 temos infinitas
soluções. Veja que o valor de b não influencia na análise.

   
2. Sejam K,
 L e M matrizes
 1 × 3. Uma matriz A satisfaz KA = 1 0 −1 , LA = 1 1 2 e
M A = 1 −1 −3 . Mostre que A tem inversa.
Sol.: Sejam B a matriz cujas linhas são respectivamente K, L e M e C a matriz cujas linhas são
KA, LA e M A respectivamente. Então, BA = C. Como det(C) = 1 6= 0 temos que C é inversı́vel.
Mas o produto de matrizes quadradas é inversı́vel, se e somente se, cada uma das matrizes é. Logo,
A é inversı́vel.
 
√ √ 3 0 −4
3. Sejam T : R3 → R3 linear, β = {(1, − 2, 1) ; ( 51 , −1, 1) ; ( 3, −1, 1)} e [T ]β = 0 3 5 .
0 0 −1
 
(a) Calcule T (u) com [u]β = −1 0 −1 .
Sol.: [T (u)]β = [T ]β [u]β = (1, −5, 1). Logo,
√ 1 √ √ √
T (u) = 1 · (1, − 2, 1) + (−5) · ( , −1, 1) + 1 · ( 3, −1, 1) = ( 3, 4 − 2, −3).
5
(b) Mostre que det([T ]) = det([T ]β ).
Sol.: Seja P a matriz cujas colunas são os vetores da base β. Então, V = P [T ]β P −1 . Então,
1
det([T ]) = det(P [T ]β P −1 ) = det(P ) det([T ]β ) det(P −1 ) = det([T ]β ) det(P ) = det([T ]β ).
det(P )
4. Seja W = {(x, y, z, w) ∈ R4 ; x + y + z − w = 0 e y − z + w = 0}.

(a) Encontre uma base ortonormal de W e de W ⊥ .


Sol.: Perceba que W é o espaço nulo de uma matriz. Logo, W ⊥ é o espaço linha. Sendo
assim, W ⊥ = ger{(1, 1, 1, −1), (0, 1, −1, 1)}. Além disso W = {(−2z + 2w, z − w, z, w); z, w ∈
R} = ger{(−2, 1, 1, 0), (2, −1, 0, 1)}.
Sejam u1 = (−2, 1, 1, 0) e u2 = (2, −1, 0, 1). Fazendo ū2 = u2 − P roju1 u2 = ( 31 , −1 6 6
, 5 , 1).
−2 √1 √1
Normalizando u1 e ū2 temos β = {( √ 6
, 6 , 6 , 0), ( √266 , √−1
66
, √566 , √666 )} é uma base ortonormal
−1 √1
de W . Fazendo o mesmo para W ⊥ , concluimos que β 0 = {(0, √13 , √ 3
, 3 ), ( √333 , √433 , √233 , √233 )}
é uma base ortonormal de W ⊥ .
(b) Encontre a matriz A tal que a transformação linear T (x) = Ax tenha as seguintes propriedades:
i) O núcleo de T seja W ⊥ .
ii) W seja auto-espaço de T associado ao autovalor −1.
Sol.: A propriedade i) diz que W ⊥ é auto-espaço de A associado ao auto-valor 0. Como
dim(W ) + dim(W ⊥ ) = 4, então β ∪ β 0 é uma base ortonormal de R4 formada por auto-
0
vetores
 de A. Sendo P a matriz cujas colunas são os vetores de β e β respectivamente e
−1 0 0 0
 0 −1 0 0 
D= , então A = P D P T .
 0 0 0 0 
0 0 0 0

OBS: basta explicitar A na forma P DP T onde D é diagonal.

5. Justifique as afirmações.
 
3 0 0
(a) A matriz 1 3 0 não é diagonalizável.
0 0 3
Sol.: Como o único auto-valor da matriz é 3, se a mesma fosse diagonalizável, seria ortogo-
nalmente diagonalizável, pois neste caso todo o R3 seria o auto-espaço associado ao auto-valor
3. Mas a matriz não é ortogonalmente diagonalizável pois não é simétrica.
Outra solução possı́vel é calcular o auto-espaço associado ao auto-valor 3 e ver que sua di-
mensão é 2 e não 3.
(b) Uma transformação linear injetora T : U → V leva um conjunto de vetores linearmente
independentes em um conjunto de vetores também linearmente independentes.
Sol.: Sejam u1 , u2 , . . . , uk vetores L.I. em U . Devemos mostrar que T (u1 ), T (u2 ), . . . , T (uk )
são L.I. em V , ou seja, temos que mostrar que a única combinação linear destes vetores que
cujo resultado é o vetor nulo, é a combinaç ao linear nula. De fato,
α1 T (u1 ) + α2 T (u2 ) + · · · + αk T (uk ) = 0 ⇒ T (α1 u1 + α2 u2 + . . . αk uk ) = 0. Como T é injetora,
N uc(T ) = {0}. Portanto α1 u1 + α2 u2 + . . . αk uk = 0. Mas por hipótese os vetores u1 , u2 , . . . ,
uk são L.I., o que implica que α1 = α2 = · · · = αk = 0.

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