Admin, Igor e Renat
Admin, Igor e Renat
Admin, Igor e Renat
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Graduado em Direito pela Faculdade de Direito Santo Agostinho – FADISA. Pós-graduado em Direito
Público pelas Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros (FIP-Moc); e em Metodologia e Didática do
Ensino Superior pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Mestrando em Direito Público e
Evolução Social pela Universidade Estácio de Sá. Email: [email protected]
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Graduado em História pela Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes. Acadêmico do curso de
Direito da Faculdade de Direito Santo Agostinho – FADISA. Pós-graduando em Metodologia e Didática do
Ensino Superior pela Unimontes. Email: [email protected]
225
1 Introdução
Na terceira parte deste trabalho, cumpriu-se discutir o princípio inverso ao citado, isto
é, o contramajoritário; além de ilustrar como e por que é feita a utilização desse princípio
pelo Poder Judiciário, mostrando como aconteceu a discussão a respeito da União
Homoafetiva aqui no Brasil, para se exemplificar a utilização, do princípio supracitado, pelo
Poder Judiciário.
Por fim, é importante deixar claro que nesse trabalho não se pretende analisar o
conteúdo da decisão (da ADI 4277 e da ADPF 132), nem sua constitucionalidade, e apenas o
STF e o seu sazonal caráter contramajoritário.
O que vai se discutir são as bases que um Estado precisa construir para ser
reconhecido como um Estado democrático.
Uma consequência direta das relações sociais é a união dos indivíduos que possuem os
mesmos ideais, criando verdadeiras organizações de interesse comum. De forma invariável
uns terão mais forças que outros. Mais provavelmente, um grupo tornar-se-á maioria, e
outro(s) minoria(s).
Kelsen (2000, p. 40), ainda, relata que este Estado Democrático terá como parâmetro
eleitoral a existência (e preponderância no jogo político) de partidos políticos ao dizer que “só
a ilusão ou a hipocrisia pode acreditar que a democracia seja possível sem partidos políticos”.
E diz ainda, que “Eleições democráticas são aquelas que se fundamentam no sufrágio
universal, igualitário, livre e secreto” (KELSEN, p. 142).
Logo, democracia é muito mais do que como o Estado trata o seu cidadão, é também
uma atitude de alguém para o com o Estado e para com seu semelhante (ou o outro
desconhecido a que ele respeita e quer conhecer).
Segundo Streck (2012), os defensores da teria substancialista, que também podem ser
chamados de materiais-substanciais, “defendem uma atuação mais efetiva da justiça
constitucional” (STRECK, 2012, p. 81), no sentido de promover a efetivação das normas
constitucionais, sobretudo em momentos de omissão dos poderes Executivo e Legislativo. Já,
para os Procedimentalistas, também chamados de processuais-procedimentais, “a
Constituição tem a função de somente limitar o poder existente, sem prever especificamente
uma defesa material dos direitos fundamentais” (STRECK, 2012, p. 81).
Além de considerar que essa posição coloca maior força normativa na Constituição e,
outrossim, possibilita que o Poder Judiciário tenha legitimidade para atuar de forma
concretista quando detectado a falta nos demais poderes.
Nessa altura, surgem inúmeras críticas ao perigo que apresenta certo grau de
“ativismo judicial” e a “invasão de subsistemas”, a ponto de autores como Estévez
Araújo afirmarem que a problemática decorrente da (i)legitimidade da justiça
constitucional seria a razão do déficit de legitimidade resultante das concepções
materiais da Constituição, propondo, como contraponto, a procedimentalização da
Constituição, que passaria a prever a adoção de decisões coletivas. Essa tese
mereceu a crítica mordaz e implacável de Bercovici: “Estéves Araújo, portanto,
atribui à teoria material da Constituição a responsabilidade pelos problemas de
legitimação do controle de constitucionalidade. E, nesse sentido, ele tem razão.
Afinal, uma teoria procedimental da Constituição não tem qualquer preocupação
com a legitimidade democrática do controle de constitucionalidade, satisfazendo-se
com o mero cumprimento dos procedimentos previstos” (STRECK, 2012, p. 82).
Ainda em Streck (2012) mostra-se que Habermas, que é procedimentalista, faz críticas
à invasão da política e da sociedade pelo direito. Para o autor alemão, os paradigmas liberal,
229
formal, burguês e o do Estado Social do Direito, devem ser ultrapassados utilizando a teoria
do discurso.
Ainda que apresente a argumentação de Habermas, Streck (2012, p. 90) mantém sua
posição substancialista, e afirma que:
No início dos tempos, os homens viviam, de acordo com Thomas Hobbes, em uma
“Guerra de todos contra todos”. O medo, nesse momento, reinava, fazendo, assim, com que
esses indivíduos (chamados, pelo referido autor, de Selvagens) matassem antes de serem
mortos, prevalecendo, nesta época, a “lei do mais forte”.
Observando a frase: homo homini lúpus 1 , pode-se resumir o que Hobbes pensava
1
“O homem é um lobo para o homem”.
230
acerca da sociedade no “pré-contrato social”. Del Vecchio (2006) reforça essa ideia quando
ele diz que, para o autor do Leviatã (1651) 2, antes da instituição dos governos, existia uma
bellum omnium contra omnes 3. Assim, nesse estado da natureza, o direito era individual e
ilimitado; existindo, portanto, um jus omnium in omnia 4.
A conveniência de todo homem [é] sair desse estado de natureza, mísero e odioso,
por causa dos perigos que a contínua guerra leva consigo. Mas isso somente é
possível mediante um contrato, que tenha por conteúdo a renúncia de todos àquela
liberdade sem freios própria do estado de natureza. Tal renúncia deve ser inteira,
incondicionada, para que, de outra forma, não recaia na anarquia primitiva, em
poder do desenfreado egoísmo individual (apud DEL VECCHIO, 2006, p. 77).
Jean Jacques Rousseau vai mais além. Para ele não basta ter havido um momento
inicial de legitimidade do Estado; torna-se necessário ainda que este processo de legitimação,
da fundação do corpo político, estenda-se também para a máquina política em funcionamento
(NASCIMENTO, 2006). Assim,
para que o corpo político se desenvolva, não basta o ato de vontade fundador da
associação, é preciso que essa vontade se realize. [...] Se a administração é um órgão
importante para o bom funcionamento da máquina política, qualquer forma de
governo que venha a adotar terá que submeter-se ao poder soberano do povo
(NASCIMENTO, 2006, p. 197).
2
Thomas Hobbes.
3
“Guerra de todos contra todos”.
4
“Direito de todos contra tudo”.
5
Para Aristóteles, “o homem é um animal político [...], isto é, chamado pela sua própria natureza à vida
política” (DEL VECCHIO, 2006, p. 25). São Tomás de Aquino, influenciado por Aristóteles, concorda com
este quando diz que “o Estado [...] deriva da natureza social do homem” (DEL VECCHIO, 2006, p. 47).
231
“O legislador originário criou mecanismos por meio dos quais se controlam os atos
normativos, verificando sua adequação aos preceitos previstos na 'Lei Maior'” (LENZA, 2011,
p. 219). Sendo assim, podemos, através de uma análise do termo, inclusive, deduzir que o
controle de constitucionalidade serve para verificar se as legislações, os fatos sociais e as
demais normas estão de acordo (em harmonia) com a constituição, que é a carta magna de um
país. Pensando nisso, o Professor Bernardo Gonçalves (2011, p. 901) conceitua-o da seguinte
maneira:
Apesar desse “ciúme” dos outros poderes estatais, o judiciário deve pensar que o
Direito, ainda que não escrito, é o mecanismo responsável pela organização da sociedade; e o
controle de constitucionalidade, manejado pelo STF, funciona como mecanismo que garante a
supremacia dos direitos fundamentais (SANTOS, 2011). E que em algumas situações, como
explica Victor Marcel Pinheiro e Vigílio Afonso da Silva (apud SANTOS, 2011, P. 34),
232
o STF exprime a idéia exposta acima de que a ele não é permitido inovar o sistema
jurídico, mas apenas afastar aquelas que julgue em desacordo com as normas
constitucionais. A partir desta concepção, o Tribunal utiliza em suas decisões as
expressões legislador positivo ou legislador negativo para diferenciar estas
competências; neste sentido, o Tribunal somente poderia exercer as prerrogativas de
um legislador negativo, ou seja, um órgão capaz apenas de afastar do ordenamento
jurídico brasileiro as normas inconstitucionais; desta forma, caberia ao poder
Legislativo à função de criar normas jurídicas, atuando como legislador positivo.
Na democracia, o poder emana do povo; nesse sentido, Santos (2011, p. 48) escreve
que “um governo dotado de regime democrático é baseado na vontade da maioria do povo. O
povo é soberano e pode exercer o poder direta ou indiretamente”.
Scandelai (2012) deixa claro que o Princípio Majoritário é a coluna de uma sociedade
democrática, pois esse princípio se trata do “governo da Maioria”, ou seja, do povo. Todavia,
esse princípio não é absoluto; tem-se que entender que existe uma supremacia da Constituição
em detrimento dele.
Entretanto, como se verá adiante, no próximo tópico, é mister que o poder judiciário se
utilize, quando necessário, do princípio contramajoritário, para, deste modo, defender a
constituição – cumprindo a sua função social de guardião que é do Texto Maior, como já
mencionado.
Em detrimento a esses poderes, o judiciário, que não tem em sua estrutura indivíduos
escolhidos pelo povo, e que tem o dever de proteger a Lei Maior, quando o faz, utiliza-se de
procedimentos pouco usuais, pois, realiza o controle de constitucionalidade
contramajoritariamente, uma vez que os outros dois poderes atuam em nome da maioria.
A fim de exemplificar como funciona a utilização, pelo judiciário, desse tão citado
princípio, tentaremos mostrar como se deu a solução jurídico-social encontrada para a questão
hodierna da União Homoafetiva aqui no Brasil, mostrando quais foram os argumentos
utilizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para legitimar esse direito
constitucionalmente previsto.
Dessa forma,
tem por objetivos (art. 3º da CR/88), entre outros, a construção de uma sociedade
livre, justa e solidária, promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (FERREIRA, 2012,
p. 15).
O discurso dos tratados (Declaração Universal dos Direitos Humanos; Pacto São José
da Costa Rica; entre outros...) segue os mesmos preceitos da nossa Constituição, dizendo, por
exemplo, que todos são livres, iguais em dignidade e direitos, que devem ter uns para com os
outros o espírito de fraternidade, além do respeito, tão defendido por todos esses documentos
jurídicos.
No mesmo sentido, Renato Ângelo Salvador Ferreira (2012, p. 15) diz que:
No julgamento da ADI 4277/DF e da ADPF 132/RJ6, “ao decidir que a união estável
homoafetiva tem regime jurídico de entidade familiar, o STF assegurou a uma parcela
minoritária da população o direito de não se esconder sob o manto da vergonha, de não se
submeter à maioria” (FERREIRA, 2012, p. 16).
No entanto, “a pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo e pela Fundação Rosa
Luxemburg traz um dado surpreendente: 99% dos brasileiros têm algum tipo de preconceito,
ainda que velado, contra homossexuais” (DIAS, 2011, p. 163).
Outrossim, é importante destacar, nesse sentido, que 55%7 da População brasileira foi
contra a decisão do STF, de acordo com uma pesquisa feita pelo Ibope Inteligência, entre os
dias 14 e 18 de Julho de 2011, como escreve Reinaldo Azevedo, em seu Blog8. Nessa ocasião,
6
Foi no julgamento conjunto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e da Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, que se discutiu se era possível equiparar a união
entre pessoas do mesmo sexo à entidade familiar, prevista no artigo 1.723 do Código Civil (CC).
7
A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
8
AZEVEDO, Reinaldo. União civil dos homossexuais contrariam 55% dos brasileiros. Revista Veja, São
Paulo, 28 jul. 2011. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/uniao-civil-de-
homossexuais-contraria-55-dos-brasileiros-revela-pesquisa/>. Acesso em: 15 abr. 2013.
235
foram entrevistados, de modo pessoal, dois mil brasileiros de todas as regiões, distribuídos
por idade, sexo e classe de consumo. Apesar disso (desse dados), o Supremo Tribunal Federal
não se intimidou e manteve a sua decisão, como deveria ser feito.
Sabe-se que desde o início dos tempos, como apregoa estudiosos da história antiga,
existiram indivíduos que se interessavam por pessoas do mesmo sexo que eles próprios. Os
homens gregos, por exemplo, viam as suas mulheres como um “instrumento” para procriação,
apenas. Amar mesmo era algo que acontecia entre os homens. E, na História do Brasil, não foi
diferente. Desde o século XVI (ou mesmo antes disso, por parte dos Índios, como querem
alguns autores) há relatos de envolvimento entre pessoas de mesmo sexo. Sob tal alicerce,
pode-se fazer uma indagação específica: sendo indubitável a existência de homossexuais e de
suas relações homoafetivas em toda a história brasileira, por que a Constituição Cidadã de
9
Aqui, enxergar-se-á o Homossexual como aquele que sente atração por alguém de mesmo sexo que ele, e
com este deseja relacionar-se.
236
1988, já no final do Século XX, não trouxe em seu texto algo que contemplasse esse grupo
social em questão? Por que essa intervenção teve de ser feita pelo Poder Judiciário, e não pelo
Poder Legislativo (inclusive, pelo Constituinte Originário)?
Até mesmo a ciência médica, eventualmente subjugada pela ética religiosa, sugeriu
por longo tempo que a homossexualidade fosse uma patologia, daí utilizar o sufixo
‘ismo’ que denota condição patológica, e se referir ao relacionamento entre pessoas
do mesmo sexo como homossexualismo. Somente na décima revisão da
classificação internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), da
Organização Mundial de Saúde, houve exclusão do Homossexualismo como doença.
Ou seja, “de fato, a homoafetividade foi pensada oficialmente como doença até 1993,
quando a Organização Mundial da Saúde deixou de tratá-la como desvio ou transtorno
sexual” (RODRIGUES, 2008, p. 63).
Maria Berenice Dias (2011) acredita que o número espantoso, já supracitado, em que
quase cem por cento dos brasileiros têm algum tipo de preconceito, ilustra bem a situação e
contribui para compreender o silêncio do legislador. Para ela, “a resistência em aprovar
qualquer proposta de emenda constitucional ou projeto de lei que assegure direitos e
10
Ano em que foi julgado a ADI 4277/DF e a ADPF 132/RJ.
237
Nesse ínterim, “na ausência de uma norma jurídica cogente, e de aplicação em todo o
território nacional, que atendesse aos anseios dos pares homoafetivos que tinham pretensão de
se ver oficialmente casados, a procura pelo poder judiciário foi o caminho” (VELOSO, 2013,
p. 241). Segundo o Professor Waldir de Pinho Veloso (2013), os casais homoafetivos, na
busca pela igualdade e pela felicidade, acionaram várias pontas do Poder Judiciário pelo país,
o que levou juízos monocráticos e Tribunais estaduais a avaliarem os casos à luz da
Constituição. Tamanha foi a provocação e a “clientela” do Judiciário que esse caso foi parar
na Suprema Corte brasileira: o STF.
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal tratou dessa questão, como já citado em tópico
anterior, reconhecendo a União Estável Homoafetiva no Brasil. Mas, a pergunta que se faz é:
como ficará daqui para frente? Os Casais homoafetivos ficaram satisfeitos? Do jeito que está,
para esses casais, ficou melhor do que antes; todavia, eles querem mais, querem a
possibilidade de se casar e, por que não, de adotarem filhos, visto que, agora, são
reconhecidos como uma família ou, pelo menos, uma entidade familiar.
O Supremo, em seu parecer, entendeu que seria permitida a união estável, entretanto,
abstiveram-se da questão do casamento homoafetivo. Mesmo assim,
embora o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI n4.277 e a ADPF 132 não
238
Nesse diapasão, foi o poder judiciário que solucionou essa questão mesmo sendo do
“poder legislativo a obrigação de resguardar o direito de todos os cidadãos, principalmente de
quem se encontra em situação de vulnerabilidade” (DIAS, 2011, p. 168), que é o caso dos
homossexuais.
Vale ressaltar que essa situação dos homossexuais e dos casais homoafetivos ainda tem
muito o que evoluir socialmente e, por que não, juridicamente, visto que ainda há uma
resistência em relação a essa questão. É só ver os jornais e/ou procurar por reportagens na
internet, para se ter uma noção do que se fala aqui. Muitos são os casos de relutância de Juízes
que não aceitam essa mudança de olhar do Direito.
Figura 1: Capas das revistas: Veja e Época do mês de Abril do ano de 201311.
Sobre esse assunto, a questão que foi colocada em pauta no primeiro semestre do ano
11
Disponível em: <http://atarde.uol.com.br/chamegente/materias/1495163-revistas-nacionais-destacam-
casamento-gay-de-daniela-mercury>. Acessado em: 14 mar. 2014.
239
passado pelos meios de comunicação, foi o fato de Daniela Mercury, cantora baiana, famosa
pela sua música, assumir (ou comunicar, que é como ela prefere) um relacionamento gay com
Malu Verçosa, jornalista. Segundo Adoniran Peres, Correspondente do The Christian Post12,
esse fato foi valorizado por dois dos principais veículos de comunicação impressa da nação,
quais sejam, os periódicos: Veja e Época (vide a figura 1), que, já nas capas, abordaram o
assunto, impactante que foi.
Acredita-se que esse fato (o “namoro” homoafetivo da cantora com a jornalista), com
a contribuição da mídia, irá proporcionar uma grande força política para a luta dos casais
homoafetivos pelo reconhecimento jurídico-social. Ambas as revistas tratam dessa questão
como inadiável, depois do acontecido.
12
The Christian Post é uma famosa fonte de notícias cristãs nos Estados Unidos e na maior parte do mundo.
Possui cobertura nacional e internacional de eventos.
13
Disponível em: <http://ubaitaba.com/famosos-falam-sobre-beijo-gay-em-amor-a-vida-nas-redes-sociais/>.
Acessado em: 14 mar. 2014.
240
6 Considerações finais
Portanto, entende-se que o direito, no caso, o brasileiro, foi muito feliz em ter dado
mais esse passo em direção à justiça. Acredita-se, outrossim, que isso tenha sido uma
“evolução” nas ciências sociais e jurídicas, que atualmente têm olhado com mais sensibilidade
e humanidade para as questões com que se deparam. Entretanto, a situação dos casais
homoafetivos ainda pode ser melhorada, ou seja, essa questão continua com a luta desses por
uma melhor situação perante a Sociedade e o Direito.
Todavia, discorda-se, nessa oportunidade, que essa questão dos casais homoafetivos é
inadiável, como quer a capa e a reportagem da Revista Veja (e, ademais, a Rede Globo de
Televisão). Entende-se, aqui, que existem questões mais urgentes para se tratar na política e
no direito brasileiro, tais como: a reforma política, a reforma tributária, a questão da
241
The Judiciary and the against majority principle: the Supreme Federal Court as a
guardian of the federal constitutional rights of homosexual couples
Abstract: This work aims to illustrate how the Against Majority Principle works, as well as
how it is used by the judiciary in Brazil. However, for a better understanding of such principle,
it is necessary to elucidate other issues regarding this topic, including democracy,
constitutional control, and majority principle, among others. Therefore, at an early point, these
topics will be clarified in order to ease the understanding of the basic principle of work, called
the Against Majority. The following section of the paper briefly explains the Against Majority
Principle, as well as this tool is used by the Supreme Court. Finally, in order to illustrate the
use of this principle in Brazilian law by the Judiciary, it is described and analyzed the
positioning of the Supreme Court in the ADI 4277 and ADI 132 ADPF, in light of the
Constitutional Law.
14
As manifestações vêm se arrastando desde então pelo país, porém com menor força. Acredita-se que na Copa
do Mundo, que acontecerá no Brasil no meio do ano de 2014, acontecerão novas manifestações, dessa vez
com mais força e intensidade, o que faz com que teóricos do Direito e da Ciência Política levantem a hipótese
de que o governo fará leis temporárias para tentar conter essas manifestações durante o maior evento de
Futebol do mundo – a Copa.
242
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Reinaldo. União civil dos homossexuais contrariam 55% dos brasileiros. Revista
Veja, São Paulo, 28 jul. 2011. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/uniao-civil-de-homossexuais-contraria-55-dos-
brasileiros-revela-pesquisa/>. Acesso em: 15 abr. 2013.
______. Daniela Mercury tem “esposa” e também criticou Feliciano. Então tá. Revista Veja,
São Paulo, 28 jul. 2011. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/daniela-
mercury-tem-esposa-e-tambem-criticou-feliciano-entao-ta/>. Acesso em: 15 abr. 2013.
BARRAL, Welber Oliveira. Metodologia da Pesquisa Jurídica. Belo Horizonte: Del Rey,
2010.
CARELLI, Gabriela. A Revelação. Revista Veja, São Paulo, p. 68-78, abr. 2013.
DALLARI, Dalmo. Elementos de teoria geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2011.
DEL VECCHIO, Giorgio. História da Filosofia do Direito. Belo Horizonte: Ed. Líder, 2006.
OSHIMA, Flávia Yuri et al. Depois daquele beijo. Época, São Paulo, p. 72-79, abr. 2013.
PERES, Adoniran. Com Daniela Mercury na capa, Veja e Época trazem discussão sobre
casamento gay. The Christian Post, Washington, 8 abr. 2013. Disponível em:
<http://portugues.christianpost.com/news/com-daniela-mercury-na-capa-veja-e-epoca-trazem-
discussao-sobre-casamento-gay-15676/>. Acesso em: 15 abr. 2013.
RIBEIRO, Paulo Hermano Soares; FONSECA, Edson Pires da. Casamento e divórcio na
perspectiva civil constitucional. Leme: J. H. Mizuno, 2012.
VELOSO, Waldir de Pinho. Registro civil das pessoas naturais. Curitiba: Juruá, 2013.