AFO Aula 4

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PACOTE DE EXERCÍCIOS – AFO PARA TÉCNICO DO TSE

PROF. GRACIANO ROCHA

AULA 04

Saudações, caro aluno!

Daremos início ao quarto encontro de nosso curso. Veremos hoje as vertentes


mais cobradas em concursos sobre “receita pública”. Além do perfil
orçamentário da matéria, em alguns pontos, conhecimentos relativos a Direito
Tributário serão apresentados.

O principal foco das bancas ao tratar de receita pública é a lista de


classificações aplicáveis a ela. Mas também é necessário considerar algumas
novidades sobre o tema, a partir da evolução recente da Contabilidade Pública,
como trataremos logo de início.

Muito bem, vamos começar. Boa aula!

GRACIANO ROCHA

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CONCEITOS DE RECEITA PÚBLICA

Receita – enfoque patrimonial

1. (CESPE/ESCRIVÃO/DPF/2004) Segundo o regime de competência, o


registro de venda de mercadorias a prazo será efetuado no momento da
venda.

Comecemos por comentários bem introdutórios.

A palavra “receita”, para leigos, ou mesmo para estudiosos pegos num


momento de distração, pode remeter imediatamente à ideia de “dinheiro”.

No entanto, para a ciência da Contabilidade, o registro de receita significa um


aumento na situação patrimonial de uma entidade, devido a um
incremento do Ativo (grupo contábil composto de bens e direitos) ou a uma
diminuição do Passivo (grupo contábil composto por obrigações). Esse
aumento da situação patrimonial pode, ou não, envolver o recebimento de
dinheiro.

Por exemplo, se uma empresa presta determinado serviço a um consumidor, o


registro contábil da receita decorrente da operação corresponde ao momento
da entrega do serviço, ainda que o consumidor só venha a efetuar o
pagamento tempos depois.

Além dessa “entrada” de receita, ao mesmo tempo, registra-se, no Ativo, um


direito a receber. Com isso, o patrimônio da empresa sofre um aumento,
correspondente ao valor da operação comercial.

Posteriormente, com o consumidor pagando o serviço prestado, o dinheiro


apenas substituirá esse direito a receber. Assim, essa entrada financeira não
leva a um aumento patrimonial.

Outra situação, ainda mais desafiadora para o estereótipo da receita como


dinheiro: na fazenda de uma empresa agropecuária, nascem 100 bezerros
num mês. A empresa fica mais rica com esse fato. Como registrar o
correspondente aumento de riqueza?

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Não tenha dúvida: o valor de avaliação comercial dos bezerros será
registrado como receita (aumento do Ativo), embora não tenha havido nem
sombra de movimentação financeira.

Resumindo, para a Contabilidade, o registro de receita e a entrada de recursos


em caixa podem ser fatos desvinculados. Pode haver receita sem entrada
financeira, ou com o respectivo ingresso de recursos em momento bem
posterior.

Anote aí, que isso é importante: essa é a forma como o setor privado lida
com a receita, seguindo o enfoque patrimonial (considerando-se a receita
como resultado de qualquer variação positiva do patrimônio, sem se dar
atenção ao aspecto financeiro).

ENFOQUE PATRIMONIAL => REGIME DE COMPETÊNCIA

Assim, pensando no enfoque patrimonial, adota-se o regime de


competência, que implica fazer registros contábeis a partir dos fatos
geradores. Em nossos exemplos, os fatos geradores de receita foram a
prestação do serviço e o nascimento dos bezerros.

Só para adiantar um pouco o assunto, o regime de competência se aplica


também à despesa, mas de forma inversa: despesa consiste na diminuição
da situação patrimonial da entidade, contabilizada a partir de seu fato
gerador, com ou sem saída financeira.

Questão CERTA.

Receita – enfoque orçamentário

2. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) Pode-se definir receita orçamentária efetiva


como aquela que proporciona aumento real do saldo patrimonial, porque
não existe aumento do passivo permanente nem uma redução do ativo
permanente.

Agora, vamos a um raciocínio em sentido oposto.

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Já ficamos a par de que a receita, no entender da Ciência Contábil, é apurada
sob o enfoque patrimonial e segundo o regime de competência. Isso
representa atenção especial sobre a afetação do patrimônio, no momento do
fato gerador, e não, sobre a movimentação do caixa.

Por outro lado, na Contabilidade Pública, historicamente, adotou-se o


regime de caixa para considerar a realização da receita (ao contrário da
despesa pública, que, como na esfera privada, é contabilizada sob o regime
de competência). A partir desse entendimento, as movimentações
financeiras que aumentam a disponibilidade do caixa público é que levam ao
registro da receita.

Assim está configurado o enfoque orçamentário, tendo a movimentação de


recursos como requisito para o registro de receita. Portanto, falando-se de
receitas orçamentárias, no setor público, pensaremos normalmente em
ingressos financeiros – entrada de dinheiro (com ou sem aumento
patrimonial – respectivamente, receitas orçamentárias efetivas e não efetivas).

ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO => REGIME DE CAIXA

Assim, receitas orçamentárias efetivas são fatos aumentativos, que impactam


positivamente o patrimônio – ou seja, sem aumento de obrigações (passivo)
nem redução de bens/direitos (ativo).

Questão CERTA.

3. (CESPE/ANALISTA/ANAC/2009) A contabilidade aplicada ao setor público,


assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos
princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua
integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da
receita quanto para a despesa.

Atenção para a novidade!

Ultimamente, tem havido um rearranjo na Contabilidade Pública


brasileira, capitaneado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com o fim

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de harmonizar os procedimentos contábeis nacionais com as melhores práticas
internacionais.

Essas “melhores práticas internacionais” têm a ver com os procedimentos da


Contabilidade Comercial, ou seja, isso significa que o regime patrimonial, além
do orçamentário, também é considerado atualmente no registro da
receita, na Contabilidade Pública.

Nesse contexto, o fato gerador é tomado como referência para o registro da


receita. Isso demonstra uma aproximação da Contabilidade Pública com a
Contabilidade aplicada ao setor privado.

No exercício de 2011, isso ainda se dá de forma facultativa, mas, a partir de


2013, todos os entes federados (União, Estados e DF, desde 2012) deverão
estar ajustados às novas normas.

Assim, concluindo, os entes públicos registrarão receitas sob o regime de


caixa, olhando os ingressos no caixa, como sempre fizeram; mas efetuarão
também registros contábeis de receita sob o regime de competência, a
fim de se controlar continuamente a posição patrimonial dos órgãos,
entidades, fundos etc.

Veja só o que diz a Portaria Conjunta STN/SOF nº 02/2009:

Art. 7º As variações patrimoniais serão reconhecidas pelo regime de


competência patrimonial, visando garantir o reconhecimento de todos os ativos
e passivos das entidades que integram o setor público, conduzir a contabilidade
do setor público brasileiro aos padrões internacionais e ampliar a
transparência sobre as contas públicas.

Parágrafo único. São mantidos os procedimentos usuais de reconhecimento e


registro da receita e da despesa orçamentárias, de tal forma que a apropriação
patrimonial:

I - não modifique os procedimentos legais estabelecidos para o registro das


receitas e das despesas orçamentárias;

Portanto, temos uma novidade a considerar para os atuais concursos. Era


comum aceitar simplesmente que, para a receita pública, aplicava-se o regime

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de caixa, e, para a despesa pública, o de competência. Esse entendimento
tradicional deve ser flexibilizado, como vimos.

Questão CERTA.

Conceitos de receita pública: strictu sensu e lato sensu

4. (CESPE/CONTADOR/CEHAP-PB/2008) Para caracterizar-se como tal, a


receita orçamentária deve provocar variação na situação patrimonial
líquida.

Como acabamos de ver, estudando receita pública, pensaremos, via de regra,


em movimentação financeira: no enfoque orçamentário, receitas são
contabilizadas sob o princípio de caixa. Assim, no setor público, o registro da
receita corresponde, normalmente, ao recebimento de recursos.

Esse é um “ordenamento geral”, mas, partindo dele, há desdobramentos a


considerar.

Segundo uma das definições apresentadas pela STN, “receita pública é a


entrada que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas,
condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como
elemento novo e positivo”.

Essa é uma visão compartilhada por um grande teórico brasileiro do direito


tributário e financeiro, chamado Aliomar Baleeiro. Para ele, receita pública é
qualquer recebimento de recursos que aumenta efetivamente o
patrimônio público, sem expectativa de devolução posterior. Por isso, ele
empregou a bonita expressão “elemento novo e positivo”.

Receita  pública  strictu  sensu:  ingresso  financeiro  que  afeta 


positivamente o patrimônio público. 

Outra definição, também trazida pela STN, é de que receitas públicas são
“todas e quaisquer entradas de fundos nos cofres do Estado,
independentemente de sua origem ou fim”. Nesse caso, utiliza-se o simples
critério de afetação do caixa, sem julgar se a entrada financeira aumenta
 

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efetivamente o patrimônio público. A doutrina utiliza os termos “entrada” e
“ingresso” para se referir a quaisquer recursos que adentram os cofres
públicos.

Receita pública lato sensu: qualquer ingresso financeiro  que adentra os 
cofres públicos. 

Como discriminado nos destaques, essas duas posições representam,


respectivamente, as classificações da receita strictu sensu e lato sensu. Na
primeira, encara-se receita de forma semelhante aos parâmetros da ciência
contábil: temos um ingresso financeiro que aumenta o patrimônio
líquido da entidade. Na segunda, a visão é bem generalista: se ingressam
recursos no caixa do ente público, eles são considerados receitas, não
importando as condições envolvidas.

A adoção desse critério lato sensu envolve a possibilidade de serem


considerados “receita” até mesmo recursos que não pertencem ao ente
público, mas que são depositados na conta do Tesouro, como veremos
posteriormente. Além disso, o critério lato sensu permite classificar receitas
orçamentárias como efetivas e não efetivas.

Efetivas são as receitas que impactam positivamente o patrimônio, razão pela


qual são tratadas como fatos contábeis modificativos aumentativos. As
receitas não efetivas são as que não implicam aumento patrimonial, o que
permite correlacioná-las a fatos contábeis permutativos (ou por mutação).

Questão ERRADA.

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS E EXTRAORÇAMENTÁRIAS

5. (CONSULPLAN/CONTADOR/CÂMARA MANHUAÇU-MG/2010) De acordo


com os conceitos doutrinários de receitas públicas, pode-se afirmar que:

A) São todos os ingressos de caráter devolutivo auferidos pelo Poder


Público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das
despesas públicas.

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B) São todos os ingressos de caráter não-devolutivo auferidos pelo Poder
Público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das
despesas públicas.

C) São todos os ingressos de caráter devolutivo e não-devolutivo


auferidos pelo Poder Público, em qualquer esfera governamental, para
alocação e cobertura das despesas públicas.

D) São os ingressos oriundos das rendas produzidas pelos ativos do Poder


Público, pela cessão remunerada de bens e valores (aluguéis e ganhos em
aplicações financeiras), ou aplicação em atividades econômicas (produção,
comércio ou serviços), podendo ser devolutivas.

E) São todos os ingressos de caráter devolutivo e não-devolutivo auferidos


pelo Poder Público, existentes apenas na esfera governamental superior, para
alocação e cobertura das despesas públicas.

Um questionamento que se pode fazer aqui – e que as provas sempre fazem –


é o seguinte: “receitas orçamentárias” significam “aquelas previstas no
orçamento”?

Para pensar nisso, vamos elaborar uma situação hipotética, para pensar no
dinheiro que efetivamente entra no caixa público.

Suponha que um observador curioso dedicasse todo seu ano de 2011 a


verificar a arrecadação das receitas federais. Considerando todos os depósitos
na conta única do Tesouro, ele poderia chegar ao fim do exercício financeiro e
constatar um volume de entradas até mesmo superior ao previsto na LOA.

A partir disso, poderia concluir que os recursos previstos na Lei Orçamentária,


e arrecadados durante o exercício, são receita orçamentária, e os que
entraram “por fora” do orçamento, acima da estimativa, seriam receita
extraorçamentária. Parece bem lógico, né?

Sim, parece lógico, e esse é o perigo explorado por bancas de concursos. O


critério para classificação de receitas públicas como orçamentárias ou
extraorçamentárias não é o fato de constarem do Orçamento.

No art. 57 da Lei 4.320/64, temos a seguinte redação:


 

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Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei, serão
classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as
receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda
que não previstas no Orçamento.

Portanto, o critério legal é bem abrangente: até mesmo receitas não


previstas no Orçamento, se arrecadadas, serão consideradas orçamentárias,
e, dessa forma, poderão ser utilizadas para aplicação em ações
governamentais.

Uma observação: a Lei 4.320/64 traz no art. 57 uma afronta ao conceito 
de  receita  sob  o  enfoque  patrimonial,  como  vimos  no  começo  da  aula. 
Sob o enfoque orçamentário, até os recursos provenientes de operações 
de  crédito  –  empréstimos  –  serão  classificados  como  receita 
orçamentária.  

Na contabilidade privada, empréstimos não seriam considerados receita, 
em  vista  da  não  afetação  do  patrimônio  (ao  mesmo  tempo  em  que 
ingressam os recursos no caixa – ativo –, registra‐se, em contrapartida, 
uma obrigação a pagar – passivo). 

Para resolver a questão, devemos considerar dois critérios de classificação: as


receitas públicas pertencem ao Estado (não são devolutivas) e servem para
financiamento das despesas públicas. Com isso, temos como resposta a
letra B.

6. (CONSULPLAN/CONTADOR/CÂMARA MANHUAÇU-MG/2011) São


consideradas receitas extraorçamentárias:

A) Empréstimos obtidos.

B) Aluguéis.

C) Recebimentos da dívida ativa.

D) Cauções em dinheiro efetuadas por prestadores de serviços.


 

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E) Decorrentes de alienação de bens inservíveis.

Preste atenção à observação feita pelo art. 57 da Lei 4.320/64, que


reproduzimos agora há pouco: “Ressalvado o disposto no parágrafo único do
artigo 3º desta lei”.

Vejamos o que há nesse dispositivo ressalvado:

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de


operações de crédito autorizadas em lei.

Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de


credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras
entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.

Aqui, temos o seguinte: mesmo tendo expectativa do recebimento de certos


recursos durante o exercício, a LOA não faz a previsão deles. É como se o
orçamento “desprezasse” alguns recursos que entrarão no caixa.

Para bem entender isso, considere que o caixa também recebe recursos que
não pertencem ao ente público, de sorte que não podem ser utilizados para
custear despesas orçamentárias. São recursos que deverão, de alguma forma,
ser devolvidos posteriormente – razão pela qual se chamam, tecnicamente, de
entradas compensatórias. O ente público age, nessas ocasiões, apenas
como depositário dos valores.

Receitas extraorçamentárias são entradas compensatórias no ativo e no 
passivo  financeiros,  que  não  precisam  de  autorização  legislativa  para 
sua  arrecadação,  e  não  são  utilizadas  para  cobrir  despesas 
orçamentárias. 

A Secretaria do Tesouro Nacional prefere a utilização do termo “ingressos


extraorçamentários”, ao invés de receitas extraorçamentárias, para deixar
bem claro que essas operações não afetam em nada o patrimônio público.
Como as provas podem utilizar ambas as expressões, vamos nos familiarizar
com elas.

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Outros exemplos de entradas compensatórias estão lá no parágrafo único do
art. 3º da Lei 4.320/64: operações de crédito por antecipação da receita (as já
conhecidas ARO) e emissões de papel-moeda. Mas há outras hipóteses além
dessas: recebimento de depósitos judiciais, recebimento de cauções de
licitantes para participação em licitações...

Para  relembrar  o  conceito,  operações  de  crédito  por  Antecipação  da 


Receita  Orçamentária,  ou,  abreviadamente,  ARO,  são  empréstimos 
tomados pelos entes públicos para suprir insuficiências momentâneas de 
caixa.  Isso  significa  que  a  LOA  previu  certas  receitas  para  atender  a 
algumas  despesas,  mas,  durante  a  execução  do  orçamento,  a 
arrecadação não se realizou como previsto.  

Diante  disso,  para  custear  as  obrigações  assumidas,  sem  esperar  pela 
arrecadação  atrasada,  o  ente  público  pode  contratar  esse  tipo  de 
empréstimo,  se  houver  autorização  na  LOA  para  tanto,  custeando 
imediatamente a despesa orçamentária.  

Quando  a  receita  atrasada  for  finalmente  arrecadada,  não  atenderá 


mais  à  despesa  para  a  qual  foi  prevista;  ela  servirá  para  honrar  a 
operação do tipo ARO, que a substituiu.  

Por isso, a ARO não constitui recursos orçamentários, mas uma operação 
substituta  deles;  ela  representa  uma  entrada  no  ativo  financeiro 
(dinheiro)  e  no  passivo  financeiro  (recurso  a  restituir),  ou  seja, 
exatamente o conceito de receita extraorçamentária. 

Das alternativas da questão, apenas as cauções depositadas são consideradas


receitas extraorçamentárias.

Gabarito: D.

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7. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010) Por não ser possível prever no orçamento
todos os casos em que o órgão público fará a alienação de algum bem do
seu patrimônio, a receita proveniente das alienações pode ser classificada
como orçamentária ou extraorçamentária.

A receita obtida com a alienação de ativos públicos é sempre orçamentária,


pelo fato de não constituir recursos devolutivos. Não importa o fato de a
alienação estar prevista ou não no orçamento.

Questão ERRADA.

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA QUANTO À COERCITIVIDADE: RECEITAS


ORIGINÁRIAS E DERIVADAS

8. (CONSULPLAN/PROCURADOR/PREF. LONDRINA/2011) Receitas derivadas


são aquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva.
Dessa forma, o Estado exige que o particular entregue uma determinada
quantia na forma de tributos ou de multas.

A diferenciação que faremos aqui diz respeito à relação jurídica entre o


Estado e o particular (ou o mercado), nas operações que resultam em receitas
públicas.

Quando o Estado, numa relação jurídica, encontra-se “de igual para igual” com
o particular, estabelece-se, no caso, uma configuração de direito privado.
Assim, o fato de uma das partes ser o Estado não muda muito a história; seria
o mesmo se o substituíssemos por outro particular.

Assim ocorre, por exemplo, quando o ente público presta serviços ao mercado,
auferindo renda com isso – é o caso de uma universidade pública cuja livraria
comercializa livros e periódicos. Ou então quando um órgão público aluga um
imóvel de sua propriedade para outrem.

Assim, receitas de direito privado são receitas originárias: os recursos são


provenientes de “esforços próprios” dos entes públicos, em suas atividades
comerciais, empresariais, etc.

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Por outro lado, quando as rendas são obtidas a partir das atribuições
coercitivas do Estado, que obrigam os particulares, estão caracterizadas as
receitas derivadas. As receitas públicas, nesse âmbito, derivam do esforço
alheio: atividades de particulares.

As relações jurídicas aí são de direito público, ou seja, o Estado tem


prerrogativa sobre as vontades dos agentes privados. A arrecadação de
tributos, dos quais não podemos fugir, é exemplo típico dessa classificação.

Para realizar a classificação quanto à coercitividade, devemos notar sempre se


o Estado age “no mesmo nível” do particular envolvido ou com poder de
império.

Questão CERTA.

9. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/MIN. SAÚDE/2008) Quando um cidadão paga


o imposto sobre a renda em atraso, a parcela correspondente ao imposto
é dita receita originária, enquanto a multa de mora e os juros sobre o
atraso são considerados receita derivada.

O pagamento do imposto de renda é obrigatório, constituindo receita derivada.


Do mesmo modo, o contribuinte é obrigado a pagar a multa tributária mais os
juros, que, por isso, também se classificam como receita derivada.

Questão ERRADA.

CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA RECEITA (OU POR NATUREZA DA


RECEITA ORÇAMENTÁRIA)

10. (CESPE/ANALISTA/TRE-MA/2009) O código de natureza de receita busca


classificar a receita identificando a origem do recurso segundo seu fato
gerador, sendo desmembrado em níveis. A subdivisão das categorias
econômicas é representa pela

A) origem.

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B) fonte.

C) espécie.

D) subfonte.

E) rubrica.

Vou pedir atenção especial a esse tópico da aula. Os próximos comentários são
fortíssimos candidatos a questões da prova, já que esta classificação da receita
é talvez a mais importante e frequente em concursos.

A classificação por natureza da receita (também aplicada à despesa, como


veremos na próxima aula) está normatizada na Lei 4.320/64.

Essa lei, por tratar de normas gerais de direito financeiro, obriga todos os
entes federados – União, Estados, DF e Municípios – a adotar essa mesma
classificação e sua codificação contábil. Como resultado, torna-se possível
avaliar os efeitos econômicos da participação do setor público nacional
na economia, a partir, por exemplo, da contabilização da arrecadação
tributária de todos os entes, ou da aplicação de recursos de todos os entes em
investimentos públicos.

Volto a ressaltar que essa classificação é aplicável apenas a receitas


orçamentárias. Os ingressos extraorçamentários, por não constituírem
receitas próprias do Estado, ficam de fora da classificação por categorias
econômicas.

A classificação econômica da receita traz os seguintes níveis:

• categoria econômica;

• origem;

• espécie;

• rubrica;

• alínea;

• subalínea.
 

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Um  mnemônico  que  se  pode  usar  para  guardar  essa  informação  é 
“CORES RUBRAS”, a partir das iniciais dessa série:  Categoria –  ORigem – 
ESpécie – RUBRica – Alínea – Subalínea. 

Como visto na sequência, o desdobramento da categoria econômica é o nível


denominado “origem”.

Gabarito: A.

11. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) As receitas são classificadas em


dois segmentos: receitas correntes e receitas de capital. Essa divisão
obedece a um critério econômico, dentro da ideia de demonstrar a origem
das diversas fontes. As receitas de capital derivam do exercício de poder,
próprio do Estado, de tributar as pessoas e agentes econômicos ou do
exercício da atividade econômica.

Quanto à natureza da receita, o primeiro nível da codificação diz respeito às


“categorias econômicas”, que permitem dividir as receitas em receitas
correntes e receitas de capital.

As receitas correntes são, tipicamente, receitas de custeio: servem para


suportar a manutenção e o funcionamento de atividades administrativas.

Talvez você já tenha visto na mídia a expressão “custeio da máquina pública”,


referindo-se à aplicação de recursos em atividades e serviços próprios das
atribuições do ente público.

Por sua vez, receitas de capital servem à aquisição ou formação de bens de


capital. Bens de capital, segundo a teoria econômica, seriam aqueles capazes
de gerar novos bens ou serviços, produzindo riqueza.

Cabe registrar, também, a identidade dessa classificação com a afetação


patrimonial. Lembra do Aliomar Baleeiro, mais no início da aula? Pois então,
dizíamos que ele era partidário do conceito strictu sensu de receita pública:
esta seria sempre um “elemento novo e positivo”, que ingressaria no
patrimônio público, aumentando-o, sem reservas ou condições.

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Via de regra, as receitas correntes são receitas efetivas; elas aumentam o
patrimônio público. Ora são resultado da atividade arrecadatória do Estado,
ora da atividade empresarial/comercial pública. Seu registro corresponde a
fatos contábeis modificativos aumentativos da situação patrimonial.

Já as receitas de capital, também via de regra, são receitas por mutação,


não efetivas, e, por isso, não afetam o patrimônio. Envolvem registros
contábeis que se compensam mutuamente.

A metade inicial da questão estava certa, mas, ao final, misturou-se a


classificação econômica com a classificação quanto à coercitividade.

Questão ERRADA.

12. (CESPE/ADMINISTRADOR/AGU/2010) Receitas intraorçamentárias são


diferentes de receitas correntes e de capital.

Outra novidade que vem sendo cobrada em concursos é a classificação das


receitas em receitas correntes intraorçamentárias e receitas de capital
intraorçamentárias.

Isso foi instituído pela Portaria Interministerial STN/SOF nº 338/2006, a qual


destacou que essas classificações “não constituem novas categorias
econômicas de receita, mas especificações das categorias econômicas corrente
e capital”. A função das receitas intraorçamentárias é a mesma das categorias
econômicas (receitas correntes e de capital).

As receitas intraorçamentárias estão relacionadas à realização de


transações comerciais dentro da mesma esfera de governo. Assim,
operações entre “órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais
dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da
seguridade social”, relacionadas à aquisição de materiais, bens e serviços,
pagamento de impostos, taxas e contribuições terão registro de receita
intraorçamentária no órgão/entidade que receber os recursos.

Por exemplo, pense num eventual contrato entre o TSE e a Escola Nacional de
Administração Pública (ENAP – fundação pública), cujo objeto seja a
 

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implementação, pela Escola, de um curso de aperfeiçoamento para servidores
daquele primeiro.

Nesse caso, como o TSE e a ENAP fazem parte do orçamento fiscal e da


seguridade social, o pagamento feito à Escola é apenas uma “circulação
interna” de recursos, que não saem do caixa do Tesouro Nacional.
Portanto, a ENAP registraria o pagamento como receita intraorçamentária, e o
TSE, uma despesa intraorçamentária.

Isso impede que, quando a União for fechar seus balanços, contabilize receitas
e despesas que não existiram fora da Conta Única, evitando a duplicidade de
registros.

Como não há diferença, em termos econômicos, entre as receitas


intraorçamentárias e as demais receitas correntes e de capital, a questão está
ERRADA.

13. (CONSULPLAN/ADMINISTRADOR/PREF. LONDRINA/2011) A receita


orçamentária é classificada em categorias econômicas. Diante do exposto,
relacione as colunas a seguir:

1. Despesas Correntes.

2. Despesas de Capital.

( ) Alienação de bens.

( ) Receitas industriais.

( ) Receitas agropecuárias.

( ) Amortização de empréstimos.

( ) Transferência de capital.

( ) Receitas patrimoniais.

A sequência está correta em:

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A) 1, 2, 2, 1, 1, 2

B) 2, 1, 1, 2, 2, 1

C) 2, 2, 1, 1, 2, 2

D) 1, 1, 1, 2, 2, 2

E) 2, 1, 2, 2, 1, 2

Para detalhar a classificação econômica da receita, vamos utilizar o seguinte


diagrama:

RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL

Receita Tributária Operações de Crédito

Receita de Contribuições Alienação de Bens

Receita Patrimonial Amortização de Empréstimos

Receita Agropecuária Transferências de Capital

Receita Industrial Outras Receitas de Capital

Receita de Serviços Mnemônico:

Transferências Correntes OPERA-ALI-AMOR-TRANSOU

Outras Receitas Correntes

Mnemônico:
TRICÔ-PAÍS-TRANSOU
 

Esse diagrama, adaptado da Lei 4.320/64 (art. 11, § 4º) é importantíssimo, de


forma que merece ser decorado. Utilize os mnemônicos que anotei; tentar

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“aprender” qual receita é corrente e qual é de capital, pela “essência” de cada
uma, nos fará perder tempo.

Essas subdivisões das receitas correntes e de capital, como vimos nos


comentários iniciais, chamam-se origens. Elas classificam as receitas
tipicamente segundo seu fato gerador. Assim, a partir da origem da receita,
verifica-se se ela foi obtida em razão das atribuições de arrecadação coercitiva
do Estado, ou pela ação do Estado como um agente econômico comum, ou
pela obtenção de transferências de outros agentes etc.

Observando nosso mnemônico, vemos que as origens de receita citadas no


enunciado pertencem à categoria das receitas correntes. Os tais “recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando
destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes” se
referem às transferências correntes.

Utilizando nossos mnemônicos, verificamos que as receitas de capital são a


alienação de bens, a amortização de empréstimos e a transferência de capital.
O restante é de receitas correntes.

Com isso, a sequência correta é 2-1-1-2-2-1, que resulta na alternativa B.

Em seguida, veremos detalhes de algumas das origens mais cobradas em 
provas,  a  partir  das  observações  feitas  no  Manual  de  Contabilidade 
Aplicada ao Setor Público. 

Receita Tributária

14. (CONSULPLAN/CONTADOR/COFEN/2011) A Lei nº. 4320/64 classifica a


Receita Orçamentária em Receitas Correntes e Receitas de Capital. As
Receitas Correntes ainda se subdividem em várias outras, inclusive, em
Receita Tributária. Qual alternativa a seguir se refere à composição da
Receita Tributária?

A) Impostos, taxas e transferências correntes.


 

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B) Contribuições sociais e econômicas.

C) Impostos, taxas e contribuições de melhoria.

D) Todas as receitas, exceto receita de capital.

E) Impostos, taxas e contribuições sociais.

Corresponde a ingressos provenientes da arrecadação de impostos, taxas e


contribuições de melhoria. Trata-se de um conjunto de receitas coercitivas,
derivadas, as quais os contribuintes devem recolher ao erário público.

As definições do Código Tributário Nacional para essas figuras são:

• imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte;

• as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou


pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como
fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição;

• a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo


Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas
de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da
obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Exemplos: imposto de renda, imposto sobre produtos industrializados, taxas


de custas judiciais, taxa de fiscalização de serviços de energia elétrica etc.

Gabarito: C.

15. (CESPE/PROCURADOR/PGE-CE/2007) Considerando que um estado da


Federação resolva instituir a cobrança de um valor para a realização de

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fiscalização em estabelecimentos comerciais que possuem instalações
sanitárias, assinale a opção correta.

A) A cobrança do serviço a ser prestado pelo ente público tem natureza de


tarifa.

B) A instituição da referida cobrança poderá ser feita por meio de decreto,


uma vez que se trata de preço público.

C) Trata-se, no caso, de taxa de serviço, uma vez que a fiscalização a ser


feita nos estabelecimentos terá caráter efetivo e específico.

D) Trata-se, no caso, de cobrança de um tributo, da espécie taxa, o qual,


por essa razão, só poderá ser instituído por lei.

E) A cobrança a ser instituída tem natureza de preço público, uma vez que
deverá resultar de uma relação contratual.

Vamos traçar um comparativo entre as taxas, que são classificadas como


receita tributária, e o preço público, também conhecido como tarifa, que
se classifica como receita de serviços.

Ambas as figuras aqui tratadas podem ser utilizadas para custear serviços
públicos divisíveis e de consumo mensurável. Entretanto, se a
remuneração dos serviços se der mediante taxa, haverá o estabelecimento de
uma alíquota válida para todos os contribuintes (a taxa da coleta de lixo,
por exemplo, é invariável, não importa a quantidade de lixo produzido). Caso
seja adotada a tarifa como forma de remuneração dos serviços, a cobrança
será proporcional ao uso (contas de telefone, água, luz...).

Uma característica exclusiva dos preços públicos, ou tarifas, é a possibilidade


de sua exigência por pessoas jurídicas de direito privado – como as
empresas concessionárias de serviços públicos. As taxas, em sentido contrário,
só podem ser cobradas e administradas por pessoas de direito público.

Assim, enquanto taxas são espécies tributárias, preços públicos não são
tributos. Assim, características como a obrigatoriedade de pagamento, a
utilização apenas potencial dos serviços taxados, os próprios princípios

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tributários (legalidade, anterioridade, capacidade de pagamento), não se
aplicarão aos preços públicos.

O Manual Técnico de Orçamento traz alguns comentários sobre essa questão,


principalmente quanto à confusão entre as figuras aqui comentadas, que
valem a pena ser examinados:

Há casos em que não é simples estabelecer se um serviço é remunerado 
por taxa ou por preço público. Como exemplo, podemos citar o caso do 
fornecimento  de  energia  elétrica.  Em  localidades  onde  estes  serviços 
forem  colocados  à  disposição  do  usuário,  pelo  Estado,  mas  cuja 
utilização  seja  de  uso  obrigatório,  compulsório  (por  exemplo,  a  lei  não 
permite que se coloque um gerador de energia elétrica), a remuneração 
destes  serviços  é  feita  mediante  taxa  e  sofrerá  as  limitações  impostas 
pelos  princípios  gerais  de  tributação  (legalidade,  anterioridade,...).  Por 
outro lado, se a lei permite o uso de gerador próprio para obtenção de 
energia  elétrica,  o  serviço  estatal  oferecido  pelo  ente  público,  ou  por 
seus  delegados,  não  teria  natureza  obrigatória,  seria  facultativo  e, 
portanto, seria remunerado mediante preço público. 

No enunciado, a hipótese se refere a um pagamento obrigatório relacionado a


um serviço de fiscalização a cargo do poder público, o que remete à cobrança
de taxa. Isso afasta as opções A, B e E. Para fechar a resolução, vale
considerar que, como a cobrança de taxa envolve serviços prestados de forma
genérica, sem individualização em relação aos contribuintes (daí a cobrança
dar-se por um valor único); dessa forma, resta como gabarito a letra D.

Receita de contribuições

16. (FCC/ANALISTA/TRE-AM/2009) De acordo com a Lei nº 4.320/64, as


receitas correntes são constituídas, entre outras, pelas Receitas de
Contribuições. Um item classificado como Receita de Contribuição é aquele
oriundo de

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(A) contribuição de melhoria.

(B) multas e juros de mora da contribuição do salário-educação.

(C) contribuição social para o financiamento da seguridade social −


COFINS.

(D) fundo de participação dos municípios − FPM.

(E) restituições de convênios.

A receita de contribuições é constituída de ingressos provenientes de


contribuições  sociais, de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas. Também são
receitas derivadas (coercitivas). Essas contribuições são definidas da seguinte
forma:

• contribuições sociais – destinadas ao custeio da seguridade social, que


compreende a previdência social, a saúde e a assistência social;

• contribuições de intervenção no domínio econômico – derivam da


contraprestação à atuação estatal exercida em favor de determinado
grupo ou coletividade.

• contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas –


destinadas ao fornecimento de recursos aos órgãos representativos de
categorias profissionais legalmente regulamentadas ou a órgãos de
defesa de interesse dos empregadores ou empregados.

Apesar de as contribuições constituírem uma espécie de tributo, nessa


classificação da receita haverá uma separação entre eles. Como vimos, na
origem “receita tributária”, encontram-se os tributos que o CTN previu em
1966: impostos, taxas e contribuições de melhoria. As contribuições
representam uma origem à parte.

As bancas gostam de “brincar” com esse aspecto da classificação econômica.


Às vezes, misturam-se as contribuições de melhoria (que são receita
tributária) com as contribuições, somente. Ou, como nesse caso, tenta-se

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“forçar a barra”, empurrando o candidato para que ele classifique, também
nesse âmbito, as contribuições como tributos.

Exemplos de receita de contribuições: Contribuição Social sobre o Lucro


Líquido (CSLL), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
(Cofins), Contribuição sobre a Receita de Loterias.

Na questão 16, que talvez tenha exagerado na profundidade da cobrança do


assunto, temos, na ordem, exemplos de: receita tributária; outras receitas
correntes; receita de contribuições; transferência corrente; outras receitas
correntes.

Gabarito: C.

Para  não  ficarem  de  fora,  vamos  falar  da  quinta  espécie  tributária 
existente  no  sistema  tributário  nacional:  os  empréstimos  compulsórios. 
Eles  também  não  são  classificados  como  receita  tributária,  mas  como 
operações  de  crédito  (receita  de  capital).  Os  empréstimos  compulsórios 
são a única espécie tributária com previsão de devolução dos respectivos 
recursos ao contribuinte depois de certo prazo; isso é o que justifica a sua 
denominação “empréstimos”.  

Receita Patrimonial

17. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. LONDRINA/2011) A Secretaria de


Fazenda de um determinado município executa seu cronograma financeiro
de maneira a deixar sempre um saldo positivo na conta única da
tesouraria aplicado mensalmente. Os rendimentos auferidos dessa
aplicação financeira serão alocados na seguinte conta de receita:

A) Receita patrimonial.

B) Transferências correntes.

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C) Receita tributária.

D) Receita agropecuária.

E) Alienação de bens.

A receita patrimonial corresponde a ingressos provenientes do


aproveitamento do patrimônio público pelo Estado, pela exploração de
bens imobiliários ou mobiliários, e dos recebimentos de recursos por
participação societária em entidades de direito privado. São receitas
originárias, já que não advêm do exercício do poder coercitivo do Estado.

São exemplos dessa origem os aluguéis, arrendamentos, taxa de ocupação de


terrenos da União, a receita de concessões e permissões, etc.

Gabarito: A.

Transferências Correntes

18. (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009) Os recursos recebidos de outras


pessoas de direito público ou privado são considerados transferências
correntes, desde que haja contraprestação direta em bens e serviços.

As transferências correntes são ingressos provenientes de outros


entes/entidades, efetivados mediante condições preestabelecidas ou mesmo
sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em
despesas correntes. A Lei 4.320/64 caracteriza as transferências, tanto
correntes quanto de capital, como recursos recebidos sem vinculação a
qualquer contrapartida em bens e serviços (art. 12, §§ 2º e 6º).

Exemplos: transferências dos Estados, transferências dos Municípios,


transferências do exterior.

Questão ERRADA.

Outras receitas correntes

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19. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) O recebimento pela União do valor
correspondente a multas e juros de mora dos tributos compõe a fonte de
receita denominada

(A) receita patrimonial.

(B) receita tributária.

(C) transferências correntes.

(D) outras receitas correntes.

(E) receita de serviços.

O conjunto das “outras receitas correntes” são os ingressos correntes


provenientes de outras origens, não classificáveis nas anteriores. Nesse grupo,
encontram-se as Multas e Juros de Mora, Indenizações e Restituições, Receita
da Dívida Ativa e Receitas Diversas.

Gabarito: D.

Operações de Crédito

20. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2010) Os ingressos provenientes de operações


de crédito são classificados como receitas correntes.

As operações de crédito são ingressos provenientes da venda de títulos


públicos no mercado (o que gera a dívida mobiliária) ou da contratação
de empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais ou
privadas. Também são exemplos de receitas originárias.

Exemplos: venda de títulos do Tesouro Nacional, operações de crédito


internas, empréstimos compulsórios.

Como as operações de crédito constituem uma origem relacionada às receitas


de capital, a questão está ERRADA.

Alienação de Bens

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21. (CESPE/CERTIFICAÇÃO/BB/2010) Na classificação orçamentária das
receitas, a alienação de bens é exemplo de

A receita de capital.

B receita tributária.

C receita patrimonial.

D receita agropecuária.

E receita de contribuições.

As receitas de alienações de bens, também classificadas como receitas de


capital, são ingressos provenientes da alienação de componentes do ativo
imobilizado ou intangível. Novamente, trata-se de receitas originárias, agindo o
Estado sem estatura de entidade de direito público.

Exemplos: alienação de estoques, alienação de veículos, alienação de imóveis


urbanos.

Gabarito: A.

Amortização de Empréstimos

22. (FCC/CONTADOR/PGE-RJ/2009) Uma receita que pode ser considerada


como de capital é aquela oriunda

(A) do recebimento de multas.

(B) da amortização de empréstimos concedidos.

(C) da arrecadação tributária.

(D) da exploração do patrimônio público.

(E) de transferências para cobrir despesas correntes.

A receita de amortização de empréstimos é o ingresso proveniente do


recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em

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títulos ou contratos. Classifica-se como receita originária, na categoria das
receitas de capital.

Vale prestar bastante atenção para não confundir essa receita com a
amortização da dívida, que é uma despesa: nesse último caso, o ente
público não está recebendo recursos que emprestou, mas quitando operações
pelas quais auferiu recursos financeiros.

Gabarito: B.

Transferências de Capital

23. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) Conforme a categoria econômica da receita


ou da despesa pública, os recursos recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado destinados a custear despesas de capital podem ser
considerados receitas de capital.

As transferências de capital são ingressos provenientes de outros


entes/entidades, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo
sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em
despesas de capital.

Exemplos: transferências dos Estados, transferências dos Municípios,


transferências do exterior.

Questão CERTA.

Outras receitas de capital

24. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) A remuneração das disponibilidades do


Tesouro Nacional classifica-se como outras receitas de capital.

As “outras receitas de capital” constituem-se dos ingressos de capital


provenientes de outras origens, não classificáveis nas anteriores.

Como desdobramento desse título encontram-se as receitas provenientes de


Integralização do Capital Social, Resultado do Banco Central do Brasil, as

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Remunerações do Tesouro Nacional, os Saldos de Exercícios Anteriores e
Outras Receitas.

Questão CERTA.

Pessoal,  vocês  podem  perceber,  pela  longa  listagem,  que  não  dá  pra 
esperar  um  “aprendizado  exemplar”  dessas  origens  de  receitas.  O 
negócio é decoreba mesmo. Aprenda os mnemônicos que postei abaixo 
da tabelinha e preste atenção nas observações que fui pontuando. 

Superávit do orçamento corrente

25. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. ITABAIANA-SE/2010) As receitas de


serviços, as receitas tributárias e o superávit do orçamento corrente
classificam-se, respectivamente, como receitas:

A) Correntes, correntes e de capital.

B) Correntes, de capital e correntes.

C) De capital, de capital e correntes.

D) De capital, correntes e correntes.

E) Correntes, de capital e de capital.

O superávit do orçamento corrente (SOC) representa uma previsão, na LOA,


da diferença positiva a se obter entre o total da arrecadação de receitas
correntes e o total da execução das despesas correntes em um exercício.
Significa que o governo espera contar com recursos de custeio mais que
suficientes para sustentar sua máquina administrativa, seus serviços, seu
custo de operação.

A Lei 4.320/64 determina que o SOC seja classificado como receita de capital
(art. 11, § 2º), embora não deva constituir item da receita orçamentária
(art. 11, § 3º).
 

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Isso não é muito intuitivo, vamos dizer assim, né?

Esse tema é controverso em razão da nomenclatura. O SOC, apesar do nome,


não é resultante de receitas e despesas já incorridas.

Peço atenção ao art. 11, § 3º, da Lei 4.320/64:

"(...) superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais


das receitas e despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o
Anexo nº 1 (...)

Esse anexo 1 da Lei é o “demonstrativo da receita e da despesa segundo as


categorias econômicas”, previsto no art. 2º, § 1º, inc. II.

Portanto, trata-se de um demonstrativo que integra a LOA, e não um


demonstrativo de arrecadação realizada. Isso nos demonstra que o SOC é um
"superávit a se realizar", caso as receitas e despesas sejam efetivadas
conforme a previsão/fixação.

Grosso modo, suponhamos que o governo diga: "vou arrecadar $ 100 de


receitas correntes e $ 50 de receitas de capital, e vou gastar $ 90 com
despesas correntes e $ 60 com despesas de capital". Nessa situação, o SOC
demonstrado na LOA seria de $ 10 - o que levaria, portanto, a uma
"recontabilização" das receitas orçamentárias ($ 90 de correntes e $ 60 de
capital).

Perceba, assim, que o SOC SERÁ receita orçamentária, com a arrecadação,


mas não é um item de receita orçamentária - ou seja, um item a ser
agregado à previsão da LOA. Ele já está embutido. E, quanto a sua utilização,
será transferido das receitas correntes para as receitas de capital, para
financiar, em tese, despesas de capital.

Como as receitas de serviços e as tributárias são classificadas como receitas


correntes, o gabarito é a letra A.

Bom, caro aluno, finalizamos aqui nosso encontro de hoje.

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Espero você na aula que vem, para tratarmos de despesa pública e tópicos
relacionados.

Bons estudos!

GRACIANO ROCHA

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RESUMO DA AULA

1. Para a ciência da Contabilidade, o registro de receita significa um aumento


na situação patrimonial de uma entidade, devido a um incremento do
Ativo ou a uma diminuição do Passivo. Esse aumento da situação
patrimonial pode, ou não, envolver o recebimento de dinheiro.

2. Mesmo receitas não previstas no Orçamento, se arrecadadas, serão


consideradas orçamentárias, e, dessa forma, poderão ser utilizadas para
aplicação em ações governamentais.

3. Receitas extraorçamentárias são entradas compensatórias no ativo e no


passivo financeiros, que não precisam de autorização legislativa para seu
ingresso no caixa.

4. Segundo o critério strictu sensu, “receita pública é a entrada que,


integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou
correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento
novo e positivo”.

5. Segundo o critério lato sensu, receitas públicas são “todas e quaisquer


entradas de fundos nos cofres do Estado, independentemente de sua
origem ou fim”.

6. O critério lato sensu permite classificar receitas orçamentárias como


efetivas e não efetivas (sob o critério strictu sensu, receitas sempre serão
efetivas).

7. Receitas de direito privado são receitas originárias: os recursos são


provenientes de “esforços próprios” dos entes públicos, em suas
atividades comerciais, empresariais, etc. Por outro lado, quando as rendas
são obtidas a partir das atribuições coercitivas do Estado, que obrigam os
particulares, estão caracterizadas as receitas derivadas.

8. A classificação econômica da receita traz os seguintes níveis: categoria


econômica; origem; espécie; rubrica; alínea; subalínea.

9. As receitas correntes são, tipicamente, receitas de custeio: servem para


suportar a manutenção e o funcionamento de atividades administrativas.
 

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Por sua vez, receitas de capital servem à aquisição ou formação de bens
de capital. Bens de capital, segundo a teoria econômica, seriam aqueles
capazes de gerar novos bens ou serviços, produzindo riqueza.

10. Via de regra, as receitas correntes são receitas efetivas; elas aumentam o
patrimônio público. Ora são resultado da atividade arrecadatória do
Estado, ora da atividade empresarial/comercial pública.

11. As receitas de capital, também via de regra, são receitas por mutação,
não efetivas, e, por isso, não afetam o patrimônio. Envolvem registros
contábeis que se anulam.

12. As transferências de recursos intergovernamentais podem constituir


receitas correntes ou receitas de capital.

13. O superávit do orçamento corrente representa a diferença positiva entre o


total da arrecadação de receitas correntes e o total da execução das
despesas correntes em um exercício. Significa que o governo teve
recursos de custeio mais que suficientes para sustentar sua máquina
administrativa. Essa sobra financeira deverá ser aplicada em favor do
patrimônio duradouro do Estado, para gerar mais riqueza.

14. As receitas intraorçamentárias estão relacionadas à realização de


despesas dentro da mesma esfera de governo. Nesse caso, ocorre apenas
uma “circulação interna” de recursos, que não saem do caixa do Tesouro
Nacional.

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/ESCRIVÃO/DPF/2004) Segundo o regime de competência, o


registro de venda de mercadorias a prazo será efetuado no momento da
venda.

2. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) Pode-se definir receita orçamentária efetiva


como aquela que proporciona aumento real do saldo patrimonial, porque
não existe aumento do passivo permanente nem uma redução do ativo
permanente.

3. (CESPE/ANALISTA/ANAC/2009) A contabilidade aplicada ao setor público,


assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos
princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua
integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da
receita quanto para a despesa.

4. (CESPE/CONTADOR/CEHAP-PB/2008) Para caracterizar-se como tal, a


receita orçamentária deve provocar variação na situação patrimonial
líquida.

5. (CONSULPLAN/CONTADOR/CÂMARA MANHUAÇU-MG/2010) De acordo


com os conceitos doutrinários de receitas públicas, pode-se afirmar que:

A) São todos os ingressos de caráter devolutivo auferidos pelo Poder


Público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das
despesas públicas.

B) São todos os ingressos de caráter não-devolutivo auferidos pelo Poder


Público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das
despesas públicas.

C) São todos os ingressos de caráter devolutivo e não-devolutivo


auferidos pelo Poder Público, em qualquer esfera governamental, para
alocação e cobertura das despesas públicas.

D) São os ingressos oriundos das rendas produzidas pelos ativos do Poder


Público, pela cessão remunerada de bens e valores (aluguéis e ganhos em

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aplicações financeiras), ou aplicação em atividades econômicas (produção,
comércio ou serviços), podendo ser devolutivas.

E) São todos os ingressos de caráter devolutivo e não-devolutivo auferidos


pelo Poder Público, existentes apenas na esfera governamental superior,
para alocação e cobertura das despesas públicas.

6. (CONSULPLAN/CONTADOR/CÂMARA MANHUAÇU-MG/2011) São


consideradas receitas extraorçamentárias:

A) Empréstimos obtidos.

B) Aluguéis.

C) Recebimentos da dívida ativa.

D) Cauções em dinheiro efetuadas por prestadores de serviços.

E) Decorrentes de alienação de bens inservíveis.

7. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010) Por não ser possível prever no orçamento


todos os casos em que o órgão público fará a alienação de algum bem do
seu patrimônio, a receita proveniente das alienações pode ser classificada
como orçamentária ou extraorçamentária.

8. (CONSULPLAN/PROCURADOR/PREF. LONDRINA/2011) Receitas derivadas


são aquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva.
Dessa forma, o Estado exige que o particular entregue uma determinada
quantia na forma de tributos ou de multas.

9. (CESPE/TÉCNICO SUPERIOR/MIN. SAÚDE/2008) Quando um cidadão paga


o imposto sobre a renda em atraso, a parcela correspondente ao imposto
é dita receita originária, enquanto a multa de mora e os juros sobre o
atraso são considerados receita derivada.

10. (CESPE/ANALISTA/TRE-MA/2009) O código de natureza de receita busca


classificar a receita identificando a origem do recurso segundo seu fato
gerador, sendo desmembrado em níveis. A subdivisão das categorias
econômicas é representa pela

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A) origem.

B) fonte.

C) espécie.

D) subfonte.

E) rubrica.

11. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) As receitas são classificadas em


dois segmentos: receitas correntes e receitas de capital. Essa divisão
obedece a um critério econômico, dentro da ideia de demonstrar a origem
das diversas fontes. As receitas de capital derivam do exercício de poder,
próprio do Estado, de tributar as pessoas e agentes econômicos ou do
exercício da atividade econômica.

12. (CESPE/ADMINISTRADOR/AGU/2010) Receitas intraorçamentárias são


diferentes de receitas correntes e de capital.

13. (CONSULPLAN/ADMINISTRADOR/PREF. LONDRINA/2011) A receita


orçamentária é classificada em categorias econômicas. Diante do exposto,
relacione as colunas a seguir:

1. Despesas Correntes.

2. Despesas de Capital.

( ) Alienação de bens.

( ) Receitas industriais.

( ) Receitas agropecuárias.

( ) Amortização de empréstimos.

( ) Transferência de capital.

( ) Receitas patrimoniais.

A sequência está correta em:

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A) 1, 2, 2, 1, 1, 2

B) 2, 1, 1, 2, 2, 1

C) 2, 2, 1, 1, 2, 2

D) 1, 1, 1, 2, 2, 2

E) 2, 1, 2, 2, 1, 2

14. (CONSULPLAN/CONTADOR/COFEN/2011) A Lei nº. 4320/64 classifica a


Receita Orçamentária em Receitas Correntes e Receitas de Capital. As
Receitas Correntes ainda se subdividem em várias outras, inclusive, em
Receita Tributária. Qual alternativa a seguir se refere à composição da
Receita Tributária?

A) Impostos, taxas e transferências correntes.

B) Contribuições sociais e econômicas.

C) Impostos, taxas e contribuições de melhoria.

D) Todas as receitas, exceto receita de capital.

E) Impostos, taxas e contribuições sociais.

15. (CESPE/PROCURADOR/PGE-CE/2007) Considerando que um estado da


Federação resolva instituir a cobrança de um valor para a realização de
fiscalização em estabelecimentos comerciais que possuem instalações
sanitárias, assinale a opção correta.

A) A cobrança do serviço a ser prestado pelo ente público tem natureza de


tarifa.

B) A instituição da referida cobrança poderá ser feita por meio de decreto,


uma vez que se trata de preço público.

C) Trata-se, no caso, de taxa de serviço, uma vez que a fiscalização a ser


feita nos estabelecimentos terá caráter efetivo e específico.

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D) Trata-se, no caso, de cobrança de um tributo, da espécie taxa, o qual,
por essa razão, só poderá ser instituído por lei.

E) A cobrança a ser instituída tem natureza de preço público, uma vez que
deverá resultar de uma relação contratual.

16. (FCC/ANALISTA/TRE-AM/2009) De acordo com a Lei nº 4.320/64, as


receitas correntes são constituídas, entre outras, pelas Receitas de
Contribuições. Um item classificado como Receita de Contribuição é aquele
oriundo de

(A) contribuição de melhoria.

(B) multas e juros de mora da contribuição do salário-educação.

(C) contribuição social para o financiamento da seguridade social −


COFINS.

(D) fundo de participação dos municípios − FPM.

(E) restituições de convênios.

17. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. LONDRINA/2011) A Secretaria de


Fazenda de um determinado município executa seu cronograma financeiro
de maneira a deixar sempre um saldo positivo na conta única da
tesouraria aplicado mensalmente. Os rendimentos auferidos dessa
aplicação financeira serão alocados na seguinte conta de receita:

A) Receita patrimonial.

B) Transferências correntes.

C) Receita tributária.

D) Receita agropecuária.

E) Alienação de bens.

18. (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009) Os recursos recebidos de outras


pessoas de direito público ou privado são considerados transferências
correntes, desde que haja contraprestação direta em bens e serviços.
 

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19. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) O recebimento pela União do valor
correspondente a multas e juros de mora dos tributos compõe a fonte de
receita denominada

(A) receita patrimonial.

(B) receita tributária.

(C) transferências correntes.

(D) outras receitas correntes.

(E) receita de serviços.

20. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2010) Os ingressos provenientes de operações


de crédito são classificados como receitas correntes.

21. (CESPE/CERTIFICAÇÃO/BB/2010) Na classificação orçamentária das


receitas, a alienação de bens é exemplo de

A receita de capital.

B receita tributária.

C receita patrimonial.

D receita agropecuária.

E receita de contribuições.

22. (FCC/CONTADOR/PGE-RJ/2009) Uma receita que pode ser considerada


como de capital é aquela oriunda

(A) do recebimento de multas.

(B) da amortização de empréstimos concedidos.

(C) da arrecadação tributária.

(D) da exploração do patrimônio público.

(E) de transferências para cobrir despesas correntes.

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23. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) Conforme a categoria econômica da receita
ou da despesa pública, os recursos recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado destinados a custear despesas de capital podem ser
considerados receitas de capital.

24. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) A remuneração das disponibilidades do


Tesouro Nacional classifica-se como outras receitas de capital.

25. (CONSULPLAN/CONTADOR/PREF. ITABAIANA-SE/2010) As receitas de


serviços, as receitas tributárias e o superávit do orçamento corrente
classificam-se, respectivamente, como receitas:

A) Correntes, correntes e de capital.

B) Correntes, de capital e correntes.

C) De capital, de capital e correntes.

D) De capital, correntes e correntes.

E) Correntes, de capital e de capital.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C C C E B D E C E A

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E E B C D C A E D E

21 22 23 24 25

A B C C A

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