Transição Demog Epide e Nutric 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Centro de Ciências Médicas


Área de Medicina Social

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA,
EPIDEMIOLÓGICA E NUTRICIONAL
https://www.smp.org.br/arquivos/site/pediatras/comunicados/covid19-smp.pdf
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Crescimento da
produção e da
riqueza;

Desenvolvimento da
técnica e da ciência
moderna;

Reflexos na Ritmo do
Transformações
Natalidade e crescimento
culturais profundas;
Mortalidade; populacional;
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

🡪 Fases da Transição Demográfica

Warren Thompson (1929)

- Observou as mudanças (transições) que as sociedades


industrializadas do seu tempo haviam experimentado nos últimos
200 anos, com respeito às taxas de natalidade e de mortalidade.

- De acordo com suas observações, propôs a teoria da transição


demográfica no qual os países tendem a percorrer, progressivamente
quatro estágios na sua dinâmica populacional.

- O modelo original descrito por Thompson apresenta só quatro fases,


atualmente se aceita uma quinta fase, onde a mortalidade superará a
natalidade (principalmente em países desenvolvidos).
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Fase ou Estágio I

• Típica das sociedades pré-industriais;


• Coeficientes de Natalidade e Mortalidade;
• Crescimento Populacional lento/
Equilíbrio Populacional.
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Fase ou Estágio II

• Fase intermediária ( Países em processo de


industrialização);
• Coeficiente de Mortalidade
• Coeficiente de Natalidade;
• Explosão Populacional;
• Muitos países africanos estão
nesta fase. (Ex: Mali, Uganda, Somália,
Haiti).
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Fase ou Estágio III

• Coeficiente de Natalidade;
• Coeficiente de Mortalidade;
• Crescimento demográfico
relativamente alto;
• Envelhecimento populacional;
• A China está nesta fase, devido à
implementação da política do filho
único.
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Fase ou Estágio IV

• Fase da modernidade ou pós transição;


• Típica das sociedades pós-industriais;
• Coeficientes de mortalidade e natalidade reduzidos;
• Crescimento da população em equilíbrio;
• A maioria dos países desenvolvidos estão nesta fase. (Ex:
Suécia, Espanha, Japão).
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Fase ou Estágio V

• As taxas de mortalidade, apesar de baixas, começam a


ultrapassar as taxas de natalidade, o que resulta em taxas de
crescimento natural negativas;

• Esse efeito é muito temido por analistas e já está iniciado


em países como a Alemanha ou Itália. Com crescimento
populacional negativo, a população se aproxima de um
futuro próximo onde haverá mais idosos do que jovens, o
que pode acarretar num rombo para a previdência, sistema
de saúde e mercado de trabalho;

• Ocorre já em alguns dos países mais desenvolvidos do


mundo (Ex: Alemanha, Itália, Áustria).
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL

• 1940 – (68,8%) encontrava-se na zona rural;


• 1980- desde esta década tem ocorrido uma
desaceleração no processo de metropolização;
• 2000 – ( 81,2%) estavam concentrados nas
cidades;
• 2030 – (91,3%) da população brasileira sejam
classificados como vivendo em área urbana.
(Estimativa das Nações Unidas).
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL

• O processo de transição demográfica no Brasil consolida-se,


na década de 1960, com o início da queda de fecundidade:
• 1960 - taxa de fecundidade total era de 6,3 filhos por
mulher;
• 1980 - era de 4.0; e chega, em 1990, a menos de três filhos
por mulher;

• Esta queda tão rápida da fecundidade - que em trinta anos


reduziu-se em mais de 50 % - foi conseguida pelas mulheres
através da utilização de métodos anticoncepcionais. (IBGE,
suplemento sobre anticoncepção da ΡNAD - 1986)

• Λ partir de 1960, com a queda da natalidade, o ritmo de


crescimento diminui e acelera o processo de envelhecimento
da população.
INDICADORES DA TRANSIÇÃO
DEMOGRÁFICA DO BRASIL

FECUNDIDADE

• Reporta-se ao número médio de filhos por mulher.


• Queda da fecundidade x Transição de Gênero;

Taxa de fecundidade : No de nascidos vivos x 1000


______________________________________
população de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos)

1900-1960 1970-200 2000 2015


(6,48) (3,37) (2,35) (1,72)

IBGE, 2015
INDICADORES DA TRANSIÇÃO
DEMOGRÁFICA DO BRASIL

NATALIDADE

• Número de nascidos vivos, por mil habitantes, em


determinado espaço geográfico, no ano considerado.
• Expressa a frequência anual de nascidos vivos;
• A taxa bruta de natalidade é influenciada pela estrutura da
população, quanto a idade e sexo;
• Taxas elevadas estão em geral associadas a baixas condições
socioeconômicas e culturais da população;
• Atualmente encontra-se em 14,16 (IBGE).
Fórmula:
INDICADORES DA TRANSIÇÃO
DEMOGRÁFICA DO BRASIL

TAXAS DE CRESCIMENTO

• Séc. XX - Tendência de redução no ritmo de crescimento


populacional (fecundidade, natalidade e mortalidade);
• Taxa de crescimento reduziu de 2,94% (1900) para 1,5%
(2000);
• De acordo com dados do IBGE , o Brasil apresentará um
potencial de crescimento populacional até o ano de 2062;
• Taxas de crescimento negativa.
INDICADORES DA TRANSIÇÃO
DEMOGRÁFICA DO BRASIL

ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

• Acúmulo progressivo de maiores contingentes populacionais


nas faixas etárias mais avançadas;
• Redução da participação relativa de crianças e jovens,
acompanhada do aumento proporcional dos adultos, e,
particularmente dos idosos, na população;
• Mortalidade Geral e da Mortalidade Infantil;
• Expectativa de vida;
• Um dos fatores mais importantes:
da Fecundidade.
- 1970: 52,3 anos
- 2010:72,8 anos (68,7 para homens
e 76,4 para mulheres)
PIRÂMIDES ETÁRIAS DO BRASIL
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

• Séc. XIX - países (polos centrais da economia


mundial) apresentaram mudanças significativas
no seu perfil epidemiológico;
• Alterações relacionadas à estrutura etária da
população;
• Alterações de longa duração nos padrões de
morbidade e mortalidade;
• Substituição gradual das doenças infecciosas e
parasitárias e das deficiências nutricionais pelas
doenças crônico-degenerativas e aquelas
relacionadas às causas externas.
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

• Frederiksem (1969)- “ A evolução de uma sociedade


tradicional para a modernidade das acarretaria a
redução das doenças infecciosas e parasitárias e
aumento das crônico-degenerativas.”

• Abdel Omran (1971) - durante a sua história as


sociedades apresentavam mudanças regulares no
perfil de mortalidade e no padrão de doenças, propôs
três estágios.

A Era das Doenças


Degenerativas e das
A Era das A Era do Declínio provocadas pelo
Pestilências das Pandemias Homem
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
• A Era das Pestilências – se estenderia até a Idade Média.
Caracterizada por uma mortalidade elevada e flutuante, com
predominância da desnutrição , das situações relacionadas à saúde
reprodutiva e das doenças infecciosas e parasitárias.

• Era do declínio das Pandemias - se estenderia da Renascença até


o período da Revolução Industrial, caracterizada pela redução
progressiva das grande pandemias e epidemias, com predomínio
das doenças infecciosas e parasitárias como principais causas de
morte.

• Era das doenças degenerativas e das provocadas pelo homem -


se estenderia da Revolução Industrial até o período
Contemporâneo. Tem como característica a redução ou
estabilização da mortalidade em níveis baixos, pela queda relativa
das doenças infecciosas e parasitárias, e em contrapartida, o
aumento da frequência das doenças crônico degenerativas e causas
externas.
TRANSIÇÃO – POLARIZAÇÃO
EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL
TRANSIÇÃO – POLARIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL

• Não há substituição, mas superposição das etapas, onde


predominam as doenças transmissíveis e crônico-degenerativas,
agora associadas aos acidentes e mortes violentas Superposição
das doenças;
• O perfil de morbimortalidade se mantém característico de
distintos padrões, produtos das desigualdades -> TRANSIÇÃO
PROLONGADA OU POLARIZADA;
• Contratransição – Ocorreu um declínio das doenças
imunopreveníveis, algumas patologias foram reintroduzidas,
como a dengue e o cólera, outras reemergiram, como a malária e
a hanseníase.
• Polarização geográfica – as situações epidemiológicas
evidenciam importantes contrastes;
• Polarização Social – desníveis nos indicadores de mortalidade e
morbidade nos diferentes grupos populacionais.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO BRASIL
Principais causas de MORTE no Brasil:

MORTALIDADE PROPORCIONAL POR GRUPO DE CAUSAS


1990 2011

Doenças do aparelho circulatório Doenças do aparelho circulatório


(34,3%) (30,7%)
Causas externas (15,1%) Neoplasias (16,9%)

Neoplasias (12,4%) Causas externas (13,4%)

Doenças do aparelho respiratório Doenças do aparelho respiratório


(10,6%) (11,6%)
Doenças infecciosas e parasitárias Doenças infecciosas e parasitárias
(6,2%) (4,5%)
Afecções originadas no período perinatal Afecções originadas no período
(5,7%) perinatal (2,2%)
Demais causas (15,6%) Demais causas (20,8%)

Fonte:
Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO BRASIL

Principais causas de MORBIDADE no Brasil:


MORBIDADE HOSPITALAR TOTAL POR GRUPO DE CAUSAS (CID 10)
2008 2014
Gravidez, parto e puerpério Gravidez, parto e puerpério
Doenças do aparelho respiratório Doenças do aparelho respiratório
(1.386.706) (1.243.011)
Doenças do aparelho circulatório Doenças do aparelho circulatório
(1.096.888) (1.138.110)
Doenças infecciosas e parasitárias Lesões enven. e alg outra conseq. de
(978.823) causas externas (1.113.014)
Doenças do aparelho digestivo Doenças do aparelho digestivo
(961.505) (1.076.707)
Lesões enven. e alg outra conseq. de Doenças infecciosas e parasitárias
causas externas (766.074) (822.263)
Neoplasias (545.863) Doenças do aparelho geniturinário
(791.603)

Fonte:
Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)
TRANSIÇÃO – POLARIZAÇÃO
EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL

Em resumo...

O processo engloba três mudanças básicas:


• substituição, entre as primeiras causas de morte,
das doenças transmissíveis por doenças não
transmissíveis e causas externas;

• deslocamento da maior carga de


morbi-mortalidade dos grupos mais jovens aos
grupos mais idosos;

• transformação de uma situação em que predomina


a mortalidade para outra em que a morbidade é
dominante.
DOENÇAS EMERGENTES E
REEMERGENTES
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

Doenças com tendência decrescente;

Doenças com quadro de persistência

Doenças emergentes e reemergentes


DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

• Doenças com tendência decrescente

- Reduções drásticas nos coeficientes de incidência;


- Grande parte das doenças deste grupo é composta
por doenças imunopreveníveis;
- Varíola (1978) , Poliomielite ( 1989), Sarampo,
Raiva Humana, Rubéola Congênita, Tétano
Neonatal, Difteria, Rubéola, Coqueluche, Tétano
acidental, Doença de Chagas, Filariose, Peste.

-
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

• Doenças com tendência de persistência

- Malária, Tuberculose, Hanseníase, Leishmaniose


tegumentar e visceral, Esquistossomose, Doença de
Chagas, febre Amarela Silvestre, Hepatites Virais (B e
C), entre outras.
- Algumas dessas doenças apresentam elevados
coeficientes de incidência. Com tendência de aumento
nos últimos anos.
- Outros processos infecciosos incluem : Leptospirose,
Neisseria Menigitides B e C, Meningite por
Haemophilus Influenzae tipo B.
- Acidentes com animais peçonhentos.
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

• Doenças Emergentes e Reemergentes


- Reintrodução de algumas doenças infecciosas e parasitárias
( 1990);
- Aids (1980), Dengue (1982), Cólera (1991), Hantavirose
(1993).

• Relação Nacional de eventos de notificação compulsória

- Diante da importância destes eventos emergentes no cenário


epidemiológico nacional, houve a inclusão destes na Lista de
Notificação Compulsória.
Qual o
motivo?
Fatores que contribuem
para doenças reemergirem

Morse SS. Factors in the emergence of infectious diseases. Emerg


Infect Dis. 1995;1:715.
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

• Foi identificada através de estudos de base populacional


realizados no Brasil;
• Estudo Nacional de despesas familiares (ENDEF – 74/75);
• Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN – 97).

Fenômeno caracterizado por modificações importantes no


padrão de nutrição e consumo de uma dada população, que
acompanham, mudanças econômicas, sociais, e demográficas
associando-as a alterações na magnitude bem como no risco
atribuível a agravos vinculados ao padrão de determinação de
doenças do ATRASO e da MODERNIDADE, expressando-se
como uma alteração ou mesmo uma inversão no perfil de
distribuição dos problemas nutricionais das populações.
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

• A obesidade é hoje considerada uma doença epidêmica, dada


sua co-morbidade e sua influência no perfil de
morbimortalidade dos diferentes grupos populacionais.

• É tida como o mais importante transtorno nutricional nos


países desenvolvidos , devido ao aumento de sua prevalência.

• Estudos de amplitude evidenciam a persistência da fome e


da desnutrição como problemas importantes, bem como o
crescimento da obesidade, em especial nas camadas sociais
desfavorecidas, o que também expressa má alimentação a
baixo acesso a uma dieta equilibrada.
PERFIL NUTRICIONAL DO BRASIL

• Década de 1940:
- Josué de Castro (Geografia da Fome):
- A fome como endemia geográfica e socialmente localizada: No
semi-árido e zona da mata nordestina e na região amazônica
prevaleciam a desnutrição energético-protéica, as carências
nutricionais específicas do complexo B, anemias, bócio e
hipovitaminose A. Enquanto no Centro-oeste, Sul e Sudeste,
prevaleciam a subnutrição e as carências nutricionais.

• Década de 1970:
- Início do declínio da desnutrição infantil;
- Aumento da escolaridade materna;
- Aumento da cobertura dos serviços de saúde e saneamento.
PERFIL NUTRICIONAL DO BRASIL
• Anos 1980:
– Situação nutricional caracterizada por uma deficiência global
de nutrientes, distribuindo-se de forma generalizada por todo
o país (Escoda, 2002).

• Anos 1990:
– Manutenção do grave problema da desnutrição
energético-protéica, especialmente em algumas regiões como
o Nordeste e o Norte;
– Observou-se o acréscimo da obesidade, diabetes e
dislipidemias (Sawaya, 1997; Escoda, 2002).
Composição de lancheiras de alunos de escolas
particulares de São Paulo
(Matuk et al. 2011. Revista Paulista de Pediatria)
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à
Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – 3. ed. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2010.

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em Saúde - Parte 1 /


Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2011.

ESCODA, M.S.Q. Para a crítica da transição nutricional. Ciênc. saúde coletiva, Rio de
Janeiro , v. 7, n
2, jan. 2002 .

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E PESQUISA. [Acesso em 15/08/15].


Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php

MEDRONHO R; Bloch KV; Luiz RR; Werneck GL (eds.). Epidemiologia. Atheneu, São
Paulo, 2009, 2ª Edição.

SAWAYA, A.L. Desnutrição Energético-Protéica. In: Desnutrição Urbana no Brasil em


um período de transição. São Paulo: Cortez, 1997. p.21-33.
Atividade de Fixação
• Com base na leitura dos textos a seguir, discuta a relação entre a
transição demográfica, a epidemiológica e a nutricional;

1. ARAUJO, JD. Polarização Epidemiológica no Brasil. Epidemiol.


Serv. Saúde, Brasília , v. 21, n. 4, p. 533-538, dez. 2012.
2. DUARTE, EC; BARRETO, SM. Transição demográfica e
epidemiológica: a Epidemiologia e Serviços de Saúde revisita e
atualiza o tema. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 21, n. 4, p.
529-532, dez. 2012
3. COUTINHO JG, GENTIL PC, TORAL N. A desnutrição e
obesidade no Brasil: o enfrentamento com base na agenda
única da nutrição. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24 Sup
2:S332-S340, 2008.

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