Parecer Sobre A Orientacao No 01119 Da Cogerpmpr

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PARECER SOBRE A ORIENTAÇÃO Nº 011/2019 – COGER

Ilustre Corregedor-Geral da Policia Militar do Estado do Paraná, Ten-Cel.


QOPM Willian Kuczynski, ao mesmo tempo, em que acusamos oficialmente o
recebimento da Orientação nº 001/2019, cumpre informa-lhe, que existem pontos que
foram tratados nas reuniões anteriores com o Comandante-Geral da PMPR, com a
presença do Ten-Cel. QOBM Arantes, entre outros desta COGER, e, que não foram
elencados na referida Orientação, as quais, explicaremos ao longo deste parecer,
juntamente com outras demandas relevantes para a advocacia.
Não há dúvida que a Lei Estadual nº 16.544/10, foi um avanço a época, ao
modificar algumas questões tão defasadas, porém, ainda aplicadas por conta dos
textos das legislações anteriores.
O fato do interrogatório do militar estadual Acusado, ser ao final da instrução,
foi sem dúvida, um destes avanços, permitindo-se assim, que após, realizada a
acusação, tenha o Acusado, todo o panorama processual e assim, possa, de forma
plena, contrapor-se a tudo o que foi produzido contra si (se foi produzido algo é claro).
E só a título de informação, já em 1938 no antigo código de processo penal militar
(denominado “código da justiça militar”, Decreto-Lei nº 925 de 02 de dezembro de
19381), em seu art. 2092, o interrogatório já era o último ato da instrução.
Conforme ficou acordado na última reunião com o Comandante-Geral, caberia
a Comissão de Direito Militar, propor apontamentos específicos, sendo assim, nos
permitam tratar sobre cada procedimento e processo de forma individual:

QUANTO AO IPM/SINDICÂNCIA:
Muito se diz, que por tratar-se de meros procedimentos, não há possibilidade
do exercício da ampla defesa e do contraditório, pois, prestam-se apenas a subsidiar
uma possível ação penal militar ou um processo administrativo disciplinar.
Porém, temos que discordar, em face a realidade prática.

1
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1930-1939/decreto-lei-925-2-dezembro-1938-350271-
publicacaooriginal-1-pe.html
2
Art. 209.Terminada a inquirição das testemunhas e não se fazendo necessária nenhuma outra diligência para a
elucidação do fato ou para a boa marcha do processo, o auditor designará dia e hora para o interrogatório do
réu.
Através do que se colhe em IPM´s e/ou Sindicâncias, se decreta prisões
cautelares, busca e apreensão, quebra do sigilo telefônico, telemático, fiscal e
bancário, ou seja, é possível, conforme o caso, fazer-se uma verdadeira devassa na
vida do cidadão-militar estadual.
Além disto, a primeira pergunta feito pelo Juiz ou pelos Encarregados de
processos administrativos é se a pessoa ratifica seu depoimento prestado na fase
inquisitorial. Ora, se o procedimento não vale ou não serve para uso na fase do
processo (judicial ou administrativo), porque então, a confirmação de algo que não
serve?

Por outro lado, a CRFB/88, expressa no art. 5º, LIV e LV, alguns direitos, que
merecem ser melhor compreendidos, vejamos:

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são


assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Ora, muitas vezes se prende um militar estadual, sem lhe dar a chance de
explicar a sua versão dos fatos, e, quem sabe com isto, evitar-se-ia a prisão cautelar.
Quando se fala em devido processo legal, devemos pensa-lo no modo
substancial, ou seja, de forma ampla.
Porém, o texto constitucional, deixa expresso que os “acusados em geral”,
também, possuem o direito ao contraditório e a ampla defesa. Ou seja, não só os
litigantes em processo judicial ou administrativo, mas, também, os acusados em geral.
O uso da letra “e”, indica a qualidade de adição3, diferente da palavra “ou”, que
significa alternância ou exclusão4.
Portanto, o texto constitucional é muito claro: os litigantes em processo judicial
ou administrativo tem garantias processuais constitucionais, e “aos acusados em
geral”, também tem, as mesmas garantias.

3
https://dicionario.priberam.org/%C3%A9
4
https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR761BR761&sxsrf=ACYBGNSsfhT6T-
Cc8AbMij5a3B6Zg9E5uw%3A1572198794782&ei=itm1XeOsL4LF5OUP1u-
_sA0&q=ou+significado&oq=ou+sig&gs_l=psy-
ab.3.0.0i70i249j0l3j0i22i30l2j0i22i10i30j0i22i30l3.4464.6501..9542...1.0..0.120.571.0j5......0....1..gws-
wiz.......0i10j0i67j0i67i70i249.U3rGt8gQnN8
Aí se questiona: se o substantivo masculino “acusado” é possível de ser
aplicado aos indiciados ou sindicados?5 A resposta, nos parece clara, pois, se indaga
a referidas pessoas (indiciados ou sindicados) se teriam praticado tal conduta – em
tese – ilícita.
Ora, alguém que se encontra na condição de indiciado ou sindicado, é antes
de tudo, orientado que não é obrigado a responder perguntas que lhe possam
incriminar, e, uma vez cientes disto, podem se calar, confessar a prática do ilícito ou
contarem alguma versão que melhor lhe convém. Mas fato é, que diferente de uma
testemunha que fala sobre fatos e pessoas, mas não de si necessariamente, o
indiciado ou sindicado é acusado de uma (ou mais) determinada(s) conduta(s) e por
isto, é tratado diferentemente, com as garantias que lhe são concedidas, pela
condição em que se encontra.
Logo, não nos resta dúvida, que tais cidadãos-militares estaduais, possam sim,
a seu critério, exercerem a ampla defesa e do contraditório, perante os procedimentos
militares estaduais.
Além disto, temos no mínimo, mais dois argumentos, que devem ser levados
em consideração, quais sejam:
1º) A possibilidade de se provar a inocência no procedimento, evitando que
determinado cidadão-militar estadual, torne-se réu, numa injusta acusação.
Todos sabemos quanto é constrangedor, sentar-se no “banco dos réus”.
Havendo a possibilidade, de no procedimento, provar a inocência do militar estadual,
porque não, permitir que perguntas sejam feitas as “vítimas/ofendidos” e as
testemunhas, além de oferecer quesitos em perícias e requer a produção de
diligências na coleta de provas, que visem apurar a verdade e principalmente, não se
acusar um inocente.
O estar “sub judice” na caserna, já cria para o cidadão-militar estadual,
constrangimentos como não realizar alguns cursos de formação, participar de
algumas atividades da unidade, bem como, constar no almanaque para promoção ou
mesmo, ser promovido.
Logo, se existe a possibilidade do indiciado ou sindicado, por si próprio ou
através de profissional habilitado, promover a defesa durante o procedimento e com
isto, trazer a verdade à tona, provando-se a inocência ainda no procedimento, por

5
https://www.dicio.com.br/acusado/
certo, tal IPM ou Sindicância, não subsidiariam uma ação penal militar ou um processo
administrativo disciplinar, evitando-se uma submissão injusta e ilegal de um inocente
no banco dos réus. Se o objetivo da PMPR é buscar a verdade, e, somente a verdade,
porque proibir que o maior interessado disto (indiciado ou sindicado), não possa fazê-
lo pessoalmente ou por alguém que o represente? Ora, quanto mais transparente o
trabalho do Encarregado do Procedimento, mais garantias tem a PMPR e o indiciado
ou sindicado, que o final da investigação será coroada com a verdade dos fatos.
2ª) O problema do uso indevido e ilegal de indícios e provas produzidos nos
procedimentos para a condenação. Apesar do CPPM, nesta questão, ser muito mais
democrático do que o CPP, ao estabelecer na primeira parte do art. 297 que: “O juiz
formará convicção pela livre apreciação do conjunto de provas colhidas em
juízo”, infelizmente, pela matriz inquisitorial que ainda assola e assombra este país
que se diz ser um Estado Democrático – e Constitucional – de Direito, o entendimento
dos tribunais, in casu, os que nos interessam (TJPR, STJ, STM e STF), admitem a
possibilidade da utilização moderada daquilo que foi produzido no procedimento como
indício ou prova para a condenação, nos moldes do texto literal do art. 155 do CPP 6.
A digressão acima se mostra relevante, para eliminar o mito de que o
procedimento serve apenas para subsidiar uma possível ação (penal ou
administrativa). Como se viu, trata-se de uma falácia argumentativa de má índole.
Além disto, todos sabemos que o Ministério Público pode acompanhar atos de
instrução em procedimentos, quando lhe convém, e, porque a defesa não pode fazer
o mesmo? Uma desigualdade que não se explica.
Não estamos aqui defendendo o uso indevido e ilegal do direito de defesa, com
posturas meramente procrastinatórias e inoportunas e inconvenientes, mas sim, de
atuações legitimas e leais, e, que visem elucidar a verdade.
Por estes motivos, entre outros (transparência, etc), é que concluímos que
havendo interesse do indiciado ou sindicado, é direito do mesmo, valer-se da ampla
defesa e do contraditório e de todas as demais garantias constitucionais, nos
procedimentos (IPM ou Sindicância).

6
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008).
Cumpre informar que o Conselho Federal da OAB, editou o Provimento nº 188,
de 11 de dezembro de 2018, regulamentando a atividade de investigação criminal
defensiva a ser desenvolvida pela advocacia, e, que o Poder Judiciário – inclusive
militar – já vem chancelando tal questão7.
Por fim, foi criada a Lei nº 13.964/2019, a qual em seu artigo 18, inclui o art. 16-
A no CPPM, possibilitando que militares estaduais possam constituir defensor, quando
a investigação tiver como objetivo o “uso da força letal praticados no exercício
profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas nos
arts. 42 a 47 do CPM”. Referida lei entra em vigor a partir do dia 24 de janeiro, nos
termos do que dispõe o art. 20 da mesma. Tal regra, só demonstra a importância do
direito a defesa.

QUANTO AO FATD:
Desde sua criação através uma Portaria do Comandante-Geral da PMPR, e,
com o advento da Lei Estadual nº 16.544/10, muito se questionou se seria ou não um
processo administrativo. Porém, não nos resta dúvida que é, pois, assegura-se o
direito a ampla defesa e ao contraditório, bem como, prevê ao seu término a
possibilidade de punição.
Pois bem, quanto a este processo administrativo disciplinar (simplificado),
fizemos e consta em anexo, uma analise artigo por artigo, ponderando possíveis
melhorias, considerando-se que trata-se de uma normatização de mais de 13 anos.
Entre os pontos principais, que inclusive foram objeto de conversas com o
Comandante-Geral no dia 02/10, estão:
i) PRAZO PRESCRICIONAL: necessidade de se estabelecer expressamente
que o prazo máximo para a prescrição, seja de 5 anos, ao invés de 6 anos, conforme
prevê a Lei Estadual nº 16.544/10;
ii) INTIMAÇÃO DAS TESTEMUNHAS DE DEFESA: o fato do militar imputado
arrolar testemunhas em sua defesa, não pode ser compreendido que cabe a ele, trazer
as testemunhas para suas respectivas oitivas. Se a Administração Pública Militar esta
imputando um fato ilícito administrativo ao militar, é direito dele, provar sua inocência
ou minimizar sua responsabilidade, valendo-se dos meios e recursos inerentes a sua
ampla defesa, entre eles, ouvir pessoas que possam esclarecer fatos relevantes.

7
https://www.conjur.com.br/2019-mar-02/tribunal-militar-reconhece-direito-investigacao-defensiva
Sendo assim, e, até mesmo pela falta de paridade de armas (PMPR x Militar Estadual),
tal ônus da intimação, deve ser de responsabilidade da PMPR. Tal questão, também
deve ser aplicada aos - reconhecidos legalmente como verdadeiros - processos
administrativos disciplinares (CJ, CD e ADL);
iii) INTIMAÇÃO TAMBÉM DO DEFENSOR CONSTITUÍDO: o FATD nada é do
que o Anexo III do RDE, e é utilizado no Exército Brasileiro, de forma diversa, do que
a PMPR utiliza. Pois bem, já que existe e se aplica diariamente nos batalhões, Paraná
a fora, nada mais justo, do que reconhecer e respeitar o trabalho daquele que está
prestando um “serviço público” (vide art. 2º e seus parágrafos, do Estatuto da OAB).
A regra do art. 19, § 1º da Portaria do Comando-Geral nº 339/06, deve
contemplar também, o advogado constituído, nos termos do que dispõe o art. 7º, § 2º
da Lei Estadual nº 16.544/10;
iv) UTILIZAÇÃO DE MEIOS ELETRÔNICOS DE PRODUÇÃO DE PROVAS E
REALIZAÇÃO DE ATOS: A Lei Estadual nº 16.544/10, estabelece em seu art. 48, a
utilização dos meios eletrônicos, sendo que tal regra, deve ser aplicada também ao
FATD, no sentido de possibilitar o peticionamento por forma eletrônica (e-protocolo;
e-mail, entre outras formas), além da realização de audiências no sistema áudio e
vídeo, o que garante mais realidade as perguntas e respostas realizadas, sendo sem
dúvida, um sistema mais fiel, ao depoimento digitado. Além de tudo isto, é
indispensável que o FATD, assim como, os demais PAD (CJ, CD e ADL), sejam todos
virtuais, como é o caso do IPM, através do sistema E-Proc. Lembrando que o sistema
E-Proc foi uma reinvindicação da Comissão de Direito Militar em anos anteriores.
Ocorre que apenas os IPM´s estão sendo realizados via E-Proc, sendo necessário
que as Sindicâncias, Inquéritos todos (ISO, IT, entre outros), FATD´s, CJ´s, CD´s e
ADL´s, sejam também, realizados via E-Proc. Isto traduz-se em maior transparência
e eficiência, para todos os envolvidos.
v) As demais pontuações sobre o FATD, conforme dissemos acima, encontram-
se em anexo, e, por motivo de economia, deixaremos de transcorrer item a item.

QUANTO AO CJ, CD e ADL:


Como dissemos acima, a Lei Estadual nº 16.544, trouxe alguns avanços,
porém, quando de sua execução diária, tem mostrado a necessidade de adequação
de algumas questões, as quais apontaremos abaixo:
i) O Libelo Acusatório deve ir pronto da COGER/PMPR: Quando se instaura
um processo administrativo disciplinar, já existe um Despacho do Corregedor-Geral
que submete ao Comando-Geral a instauração de um processo administrativo
disciplinar. No referido Despacho, consta a acusação e na maioria das vezes, o
Comando-Geral apenas “concorda” com os seus termos, sem maiores digressões.
Ora deixar que os membros da Comissão Processante, façam formalmente a
acusação, não se mostra a conduta mais adequada, pois, o que cabe aos mesmos é
investigar e apurar se aquela conduta já analisada pela Corregedoria-Geral da PMPR,
aconteceu ou não, e, se existem provas que referidos militares sejam os respectivos
autores do fato. Evita-se assim, acusações feitas de modo irregular pelos membros
da Comissão Processante;
ii) Possibilidade de manifestações gravadas ao invés de escritas: Com os
meios e equipamentos eletrônicos, e, ante o princípio da oralidade que deve nortear
um processo administrativo disciplinar democrático e constitucional, restringir que as
manifestações sejam apenas escritas, se mostra desarrazoado nos dias atuais. O art.
403 do CPP, alterado pela Lei nº 11.719/2008, prevê que a defesa faça as alegações
finais de forma oral, pelo prazo de 20 minutos. Ou seja, havendo a possibilidade de
que as oitivas sejam gravadas em áudio e vídeo, porque não permitir que a defesa,
apresente manifestações (defesa inicial ou final, entre outros requerimentos) orais, as
quais serão gravadas e devidamente armazenadas? Não faz sentido, manter-se a
regra do art. 6º, § 1º da Lei que rege os PAD´s, frente a realidade virtual e eletrônica
em que vivemos;
iii) Inviabilidade de nomeação de oficiais para patrocínio da defesa: militar
estadual não possui capacidade postulatória, ou seja, havendo qualquer ilegalidade
que necessite manejar medidas judiciais, referidos militares são impedidos por lei para
a prática de tais atos. Mesmo sendo designado como defensor, a hierarquia e a
disciplina, não deixam de existir, e, assim, pode haver constrangimentos por parte de
oficiais que forem nomeados como defensor, quando o Presidente do PAD, for um
superior hierárquico. Além disto, existem aspectos culturais embutidos na formação
acadêmica militar dos oficiais, que muitas vezes, contrapõe-se a função de defender
um militar, que tenha praticado uma conduta grave (extorsão, crimes sexuais, entre
outros). Opinamos que quem deve sempre defender um militar estadual, seja um
advogado, público (defensoria pública) ou privado (indicação pela OAB em convênio
com a PMPR), possibilitando antes tudo, independência e autonomia funcional. Veja-
se por exemplo, que dentro das regras militares, para um militar poder conversar com
uma autoridade militar superior, tem que pedir “autorização” primeiro do seu superior
hierárquico, enquanto o advogado, não possui tais exigência;
iv) USO DO CROSS EXAMINATION NA INQUIRIÇÃO: o art. 8º, § 3º da lei
regente, dispõe que o defensor pode fazer pergunta, porém, sempre por intermédio
do presidente da comissão processante. Ora, se a defesa tem a palavra, ela deve ter
liberdade para fazer o questionamento direito a pessoa que esta sendo inquirida. Se
o exercício da defesa é amplo, não vemos motivos para que o defensor deva dirigir a
pergunta ao Presidente da Comissão Processante (nos casos de CJ e CD) ou ao
Encarregado do ADL, para este, repetir a pergunta a pessoa que esta sendo inquirida.
Trata-se de um sistema arcaico e incompatível com a realidade judicial, onde as partes
(MP e Defesa) perguntam direto a testemunha ou vítima, sem ter que passar pelo crivo
do Juiz. Sendo considerada a pergunta como impertinente ou desnecessária, pode o
Presidente da Comissão Processante ou Encarregado do ADL, indeferir de imediato,
antes da resposta ou no curso dela, pela pessoa inquirida. Este sistema do cross
examination, é muito mais célere e democrático;
v) Intimação das testemunhas de defesa: sobre este tópico, já tratamos
acima, e, ratificamos nos PAD´s a mesma providência de caber a PMPR a intimação
de tais pessoas;
vi) Uso de equipamentos de áudio e vídeo para as oitivas e interrogatórios:
sobre isto também tratamos acima, e, ratificamos os argumentos; e,
vii) Processo eletrônico: o CJ, CD e ADL, devem ser eletrônicos e para isto,
basta valer-se do sistema já existente na PMPR, in casu, o E-Proc.

Ilustre Corregedor-Geral, estes são alguns pontos que a Comissão de Direito


Militar, gostaria que fossem refletidos e melhor analisados por este r. Órgão de
Correção, e, que a partir disto, fossem objetos de novas Orientações, Portarias e
projetos de lei, visando sempre, um trabalho mais célere, eficiente, transparente e
justo aos operadores do direito, em especial, a classe de advogados, que conforme
dispõe o art. 2º, § 1º do Estatuto da OAB, exerce um serviço público.

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