Resumo Artigo Porter
Resumo Artigo Porter
Resumo Artigo Porter
SUMÉ/PB
AGOSTO/2022
A competitividade é um dos principais diferenciais que permitem que as empresas se
destaquem no mercado. Entretanto, para que isso ocorra existe a necessidade de se planejar
estrategicamente, o que envolve analisar todo o ambiente externo que a organização está
inserida. Esse processo pode ser realizado através do estudo das cinco forças competitivas de
Porter, sendo elas: ameaças de novos entrantes, poder de barganha dos fornecedores, rivalidade
com concorrentes, ameaça de produtos substitutos e poder de barganha dos clientes.
O setor de farmácia vem ganhando destaque nos últimos anos devido ao seu potencial
de crescimento econômico, o que ocasiona um cenário altamente competitivo, tornando a
análise das estratégias um processo essencial para as empresas que desejam se sobressair em
relação aos concorrentes, tendo em vista, que esse planejamento oferece subsídios para a
obtenção de vantagens competitivas.
Com base nisso, o artigo em estudo buscou avaliar e estudar as estratégias competitivas
de duas redes de farmácia localizadas na cidade de Campina Grande – PB, a partir das cinco
forças de Porter e de estratégias genéricas.
Para a aplicação do estudo, os autores selecionaram as maiores redes de farmácia de
Campina Grande, por essas possuírem o maior número de lojas no mercado local. Dessa forma,
realizou-se uma entrevista semiestruturada com a sócia-gerente da Rede Farmácia Dias e com
o supervisor de vendas da Redepharma.
As cinco forças competitivas de Porter foram estruturadas com base nas percepções
dos gestores de cada empresa.
Novos entrantes
Para entender o posicionamento das redes de farmácias com relação a força de novos
entrantes, foram realizadas as seguintes perguntas:
● Quais as principais dificuldades existentes para a entrada de novas empresas no
mercado campinense?
● Quais as maiores facilidades existentes para a entrada de novas empresas no mercado
campinense?
● Como a empresa se prepara diante da possibilidade da entrada de novas empresas ou
como reage à entrada da mesma?
De acordo com a gestora da Farmácia Dias, umas das principais dificuldades para a
entrada de novos entrantes é a lei municipal dos 500 metros e a prática de pagamento de luvas.
A primeira refere-se a proibição de aberturas de empresas de mesmo segmento dentro de um
raio de 500 metros, entretanto, na prática isso não é uma barreira, tendo em vista que, as
organizações recorrem na justiça com a justificativa que a lei fere a livre concorrência. Já a
segunda dificuldade diz respeito à cobrança de altas taxas pelos imóveis alugados localizados
no centro, fato que se torna irrelevante para grandes empresas que almejam se instalar nessa
localidade, uma vez que possuem grande poder aquisitivo. A gestora também listou alguns
atrativos para a entrada de novas empresas, como o desenvolvimento de cidades de porte
médio, mão de obra barata e elevação do poder de compra dos clientes. Com relação a
preparação diante da entrada de novos concorrentes, a empresa busca estar sempre atualizada
aos interesses dos clientes, trazendo novidades e tendências do mercado juntamente com o
aperfeiçoamento do mix de produtos e serviços.
Para o administrador da Redepharma, a maior dificuldade enfrentada pelos novos
entrantes é o expressivo número de lojas de sua rede, localizadas no centro da cidade. Para ele,
o que atrai esses novos entrantes é o fato de que o ramo de farmácias se trata de um segmento
em expansão e realmente todas as lojas da Redepharma, independente de sua localização,
tiveram um bom rendimento financeiro. A estratégia da rede para entrada de novos
concorrentes é estudar como os seus concorrentes atuam em outros mercados, para que possam
agir da mesma forma antes da abertura de suas lojas na cidade.
Nota-se então que existe as barreiras para novos entrantes, o que torna mais difícil a
entrada de novos empreendimentos neste segmento, no entanto não impossibilita de abrirem as
lojas no mercado em que está inserido as duas farmácias analisadas, principalmente se forem
redes varejistas, que não vão ter problemas com essas limitações.
Produtos substitutos
Essa força competitiva foi avaliada a partir das seguintes perguntas:
● As farmácias de manipulação e/ou produtos homeopáticos interferem nas vendas?
● Os produtos genéricos correspondem a que percentual do total de vendas de
medicamentos?
● Tratamentos como acupuntura e atividades físicas (caminhadas, academias,
hidroginástica, etc.) são considerados como concorrentes?
Estratégias genéricas
Além das análises das cinco forças competitivas de Porter, também se realizou a
avaliação das estratégias genéricas da Farmácias Dias e da Redepharma, para isso foram feitas
as seguintes perguntas:
● Para assegurar sua posição no mercado, você aceitaria diminuir seu lucro para coibir a
entrada/expansão de outras empresas?
● A empresa busca atender o mercado de forma ampla ou busca um nicho de atuação?
REFERÊNCIA