Trab de Corrosão 2
Trab de Corrosão 2
Trab de Corrosão 2
SEMESTRE 1/2023
Projeto – VA6
NOTA: __________
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. CORROSÃO DA ARMADURA DO CONCRETO EM AMBIENTE
MARINHO
2.2. CONCEITUAÇÃO E MECANISMOS DE CORROSÃO
2.3. PASSIVAÇÃO DA ARMADURA DO CONCRETO
2.4. DESPASSIVAÇÃO DS ARMADURA DO CONCRETO
INDUZIDA POR CLORETO
2.5. A AÇÃO DO VENTO
2.6. RESISTIVIDADE ELÉTRICA
2.7. POTENCIAL DE ELETRODO
3. OBJETIVO
4. METODOLOGIA
4.1. TESTES
4.2. METALIZAÇÃO
4.3. APLICAÇÃO DO CONCRETO
5. CONCLUSÃO
5.1. METALIZAÇÃO
5.2. MODIFICAÇÃO DO CONCRETO
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO
A partir da segunda metade do século XX, a comunidade científica tem demonstrado
crescente preocupação e realizado estudos sobre a degradação e deterioração das
estruturas de concreto armado. Segundo Torres (2011), até a década de 1960, a
corrosão das armaduras não era um problema significativo no concreto. No entanto, a
partir desse período, surgiram diversos desafios devido a uma combinação de fatores,
incluindo mudanças nos cálculos estruturais, avanços tecnológicos nos materiais,
aumento da esbeltez dos elementos estruturais, uso indiscriminado de aditivos e o
aumento da agressividade ambiental urbana e industrial. Esses fatores contribuíram
para a manifestação de problemas relacionados à durabilidade e vida útil das
estruturas de concreto armado.
No Brasil, a partir do final dos anos 1980, foram conduzidos estudos abordando as
manifestações patológicas em estruturas de concreto armado. Dentre as diversas
manifestações patológicas identificadas nas obras examinadas, constatou-se uma alta
incidência de corrosão de armadura. A Tabela 01 apresenta a taxa de incidência dessa
manifestação patológica encontrada por diferentes pesquisadores em edificações
localizadas em várias regiões ou estados. É importante ressaltar a elevada incidência
observada nas obras examinadas na cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará.
De acordo com o IBGE (BRASIL, 2012), o Brasil possui uma extensa costa de 7367
km banhada pelo Oceano Atlântico, abrangendo 12 capitais de estado e várias outras
grandes cidades costeiras, como Santos, Cubatão, Guarujá, Angra dos Reis, Niterói,
Cabo Frio, Ilhéus, Porto Seguro, Paranaguá e Itajaí. Nessas áreas costeiras, existem
numerosas construções em concreto armado ao longo da orla marítima. Essa
realidade justifica a inclusão do teor de cloretos como uma das variáveis relevantes no
estudo da durabilidade do concreto armado. A presença desse fator é essencial devido
às condições ambientais específicas e aos possíveis efeitos corrosivos causados
pelos cloretos presentes na atmosfera marítima.
A corrosão das estruturas de concreto armado está predominantemente associada ao
processo de carbonatação. No entanto, em regiões costeiras, os cloretos encontrados
no spray ou névoa salina provenientes do ambiente marinho desempenham um papel
significativo nas manifestações patológicas das estruturas de concreto armado
expostas nesse ambiente. A alta agressividade desses cloretos no ataque às
armaduras torna-os a principal causa de deterioração nessas estruturas.
À luz dos resultados e descobertas dos estudos sobre a deterioração de estruturas de
concreto armado realizados globalmente e no Brasil, a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), órgão responsável pela elaboração das normas técnicas no
país, decidiu revisar e modificar a norma brasileira NB-1:1980. O objetivo dessa
revisão foi aprimorar o desempenho e garantir a durabilidade dessas estruturas em
ambientes agressivos. Como resultado, a norma original foi desmembrada em
diversas outras normas, como a ABNT NBR 6118:2007, que estabelece os
procedimentos para projetos de estruturas, a ABNT NBR 12655:2006, que regula os
procedimentos de preparo, controle e recebimento do concreto, a ABNT NBR
14931:2004, que define os requisitos detalhados para a execução de obras de
concreto projetadas de acordo com a ABNT NBR 6118, a ABNT NBR 15575:2013, que
introduz o conceito de Vida Útil de Projeto (VUP), e a ABNT NBR 5674:2012, que
estabelece os requisitos para sistemas de gestão de manutenção de edifícios.
A norma brasileira ABNT NBR 6118:2007 incorporou em seu conteúdo a avaliação da
agressividade do ambiente, considerando o íon cloro como um dos principais agentes
agressores que contribuem para a velocidade e intensidade da corrosão das
armaduras e deterioração do concreto em estruturas de concreto armado. Isso
resultou em novas exigências para projetistas e construtores em relação aos projetos
estruturais, especificações de materiais e serviços, com o objetivo de garantir maior
durabilidade e vida útil, estabelecidas desde a fase de projeto.
A presença de teores específicos de cloretos nas estruturas de concreto desencadeia
a despassivação das armaduras e o início do processo de corrosão. Esses cloretos
podem ser incorporados ao concreto durante a sua mistura, através do uso de aditivos
aceleradores de pega que contenham cloro em sua composição, ou podem ocorrer por
meio da contaminação da água ou dos agregados utilizados. Além disso, no estado
endurecido, a contaminação do concreto ocorre pela penetração do íon cloro
proveniente do ambiente externo, como em áreas costeiras, ambientes industriais ou
devido ao uso de substâncias de degelo.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Figura 2 – Diagrama de Pourbaix de equilíbrio termodinâmico. Potencia E-pH para o sistema ferro/água
(Fe, Fe2O3 e Fe3O4) a 25°C e 1 atm
Atualmente, ainda são aceitas as teorias estabelecidas pelo comitê 222 do ACI
(1991) para explicar os efeitos do íon cloro na corrosão das armaduras de aço do
concreto armado, conforme a seguir:
1ª) Teoria do Filme de Óxido: Nessa teoria, é observado que o íon cloro (Cl) tem
maior capacidade de infiltrar-se nas falhas do filme de óxido passivante em
comparação com outros íons, devido ao seu reduzido tamanho atômico. Isso pode
resultar na dispersão coloidal da camada passivante, facilitando sua penetração
até a barra de aço passivada, além de abrir caminho para a entrada de outros íons
agressivos.
2ª) Teoria da Adsorção: De acordo com a Teoria da Adsorção, constata-se que os
íons cloro são adsorvidos na superfície do metal, competindo com o oxigênio
dissolvido e os íons hidroxila. Nessas circunstâncias, a presença dos íons cloro
induz à hidratação dos íons metálicos, desencadeando assim a dissolução do ferro
na forma de cátions.
3ª) Teoria do Complexo Transitório: Essa teoria descreve que, na presença de íons
cloro (Cl-), ocorre uma competição com as hidroxilas (OH-) geradas na zona
catódica, para reagir com os cátions de Fe2+ e Fe3+ provenientes da dissolução
do ferro no ânodo, próximo à área anódica adjacente. Essa reação forma um
complexo solúvel de cloreto de ferro (FeCl3, FeCl2) conhecido como complexo
transitório. Esses compostos complexos se espalham para outras regiões a partir
do ânodo, perpetuando o processo corrosivo. A uma certa distância do ânodo, o
complexo é quebrado e o hidróxido de ferro é precipitado por hidrólise, formando o
hidróxido ferroso Fe(OH)2 e liberando novamente o íon cloreto Cl-, que reage com
íons de ferro, mantendo assim o processo corrosivo induzido pelo cloreto. Dessa
forma, o íon cloro atua como um catalisador, pois não é consumido no processo de
corrosão. Devido à falta de estanqueidade do processo corrosivo, mais íons de
ferro migram no concreto a partir do ponto de corrosão e reagem com o oxigênio,
resultando na formação de óxidos que causam o aumento do volume da armadura
de aço, levando a fissuras no concreto devido às tensões internas de tração.
De acordo com a perspectiva de Freire (2005), a terceira teoria é a mais
amplamente aceita nos dias de hoje. Nessa teoria, os íons cloro competem com os
íons hidroxila, reagindo com os íons ferrosos e férricos para formar complexos
transitórios. As reações subsequentes (equações 5 e 6) demonstram a migração
dos íons cloro em direção ao ânodo. Posteriormente, ocorrem reações de hidrólise
que levam à formação de produtos de corrosão mais estáveis (equações 7 e 8).
5. Fe2+ + 4Cl- → FeCl4 2
6. Fe3+ + 6Cl- → FeCl6 3
7. FeCl4 2- + 2OH- → Fe(OH)2 + 4Cl
8. FeCl6 3- + 3OH- → Fe(OH)3 + 6Cl
Segundo Neville (1997), de acordo com sua pesquisa, o processo de corrosão que
envolve o íon cloro tem seu início com a formação do cloreto ferroso (FeCl2), que
posteriormente reage com a água presente na solução eletrolítica dos poros,
resultando na formação do hidróxido ferroso (Fe(OH)2) e do ácido clorídrico (HCl).
Em um ambiente aquoso eletrolítico, é importante notar que o ácido clorídrico tem
a propriedade de regenerar o íon cloro (Cl-), reiniciando as reações com Fe++ e
estimulando assim o processo corrosivo. Esse fenômeno pode ser observado nas
equações 9, 10, 11 e 12, que ilustram a participação significativa do íon cloro no
processo corrosivo, desempenhando o papel de catalisador e acelerando o avanço
corrosivo.
9. Fe++ + 2Cl - → FeCl2
10. FeCl2 + 2H2O → Fe(OH)2 + 2HCl
11. Fe+++ + 3Cl- → FeCl3
12. FeCl3 + 3(OH- ) → 3Cl- + Fe(OH)3
De acordo com Helene (1986), é notável que os íons cloro possuem a capacidade
de causar danos à armadura do concreto, mesmo em situações em que a solução
dos poros apresenta alta alcalinidade, o que os distingue do CO2 e outras
soluções ácidas.
A partir das equações, podemos observar que ocorre a formação de cloretos de
ferro como produtos intermediários da corrosão, mesmo que o elemento cloro não
esteja presente nos compostos finais gerados no final do processo corrosivo. Isso
significa que a maioria dos íons cloro não é consumida durante o processo, o que
assegura a continuidade do ataque corrosivo, desde que haja água e oxigênio em
quantidades suficientes para as reações eletroquímicas ocorrerem. Portanto, a
ação dos íons cloro se estende desde a despassivação da armadura até sua
participação nas reações de formação dos produtos de corrosão (FREIRE, 2005).
2.5. A ação do vento
A interação do vento com a superfície do mar resulta na geração do aerosol
marinho, conhecido como névoa marinha, que contém íons cloro (GUIMARÃES et
al., 2003). Essas partículas são transportadas pelo vento desde as praias em
direção ao interior do continente, onde se depositam ao longo de sua trajetória,
influenciadas pela massa das partículas, características do vento e presença de
obstáculos (FITZGERALD, 1991).
2.6. Resistividade elétrica
Segundo Helene (1993), a resistividade elétrica é um dos parâmetros do concreto
que controla o fluxo de íons no material, permitindo sua difusão através da solução
aquosa nos poros da pasta de cimento. Essa resistividade elétrica também
influencia a velocidade das reações de corrosão nas armaduras, desde que haja
oxigênio disponível. De acordo com Levy (2001), a resistividade elétrica é um
indicador crucial para determinar a probabilidade do início da reação de corrosão
das armaduras, enquanto Cascudo (1997) destaca que a resistividade é um dos
fatores determinantes da função eletroquímica.
A taxa de corrosão da armadura é influenciada significativamente pela resistividade
elétrica do concreto (CABRAL, 2000), uma vez que o progresso do processo
corrosivo depende da resistividade elétrica entre o ânodo e o cátodo, desde que
haja disponibilidade de oxigênio no cátodo (NEVILLE, 1997). Vários autores,
conforme mencionado por Cabral (2000), encontraram uma relação inversamente
proporcional entre a resistividade e a taxa de corrosão das armaduras, embora
existam alguns resultados que não confirmem essa relação. A resistividade é
influenciada por diversos fatores, como as condições de umidade no interior do
concreto, sendo que uma completa secagem poderia interromper a corrosão
(NEVILLE, 1997); a proporção dos materiais na mistura (traço) (CABRAL, 2000); a
umidade relativa do ar no ambiente em que o concreto está exposto, levando em
consideração as condições de saturação dos poros do concreto (HELENE, 1993;
ENEVOLDSEN19 et al., 1994 apud CABRAL, 2000); a presença de sais
dissolvidos e íons agressivos, como Cl-, SO4 2-, H+ (HELENE, 1993); o grau de
hidratação da pasta de cimento (tempo de cura), em menor escala (CABRAL,
2000); e a relação água/cimento utilizada na dosagem do concreto, visto que um
aumento nessa relação resulta em uma significativa redução da resistividade
(HELENE, 1993), entre outros fatores.
2.7. Potencial de eletrodo
A corrosão das armaduras no concreto resulta na formação de pilhas eletrolíticas,
em que o potencial de eletrodo representa a diferença de potencial entre a região
anódica do metal e o eletrólito. Esses valores numéricos refletem um equilíbrio
entre as reações anódicas e catódicas, embora não forneçam dados quantitativos
sobre a velocidade real de corrosão da armadura. A técnica de medição dos
potenciais de eletrodo envolve a obtenção desses potenciais em corpos de prova
ou estruturas de concreto, seguida pelo seu registro. No entanto, devido à
impossibilidade de medir diretamente esses potenciais, eles são sempre tomados
em relação a um eletrodo de referência. A magnitude desses potenciais indica o
grau de risco de corrosão (CASCUDO, 1997).
O Eletrodo Saturado de Calomelano é amplamente empregado como eletrodo de
referência em testes de concreto armado, tanto em laboratório como em campo.
Esse eletrodo é composto por mercúrio metálico coberto por uma pasta de cloreto
de mercúrio (Hg2Cl2), conhecida como "calomelano", e imerso em um eletrólito
contendo íons de cloro, geralmente uma solução saturada de cloreto de potássio
(KCl). O potencial de redução do Eletrodo Saturado de Calomelano em relação ao
Eletrodo Padrão de Hidrogênio é de +242 mV a 25ºC.
O potencial de eletrodo ou eletroquímico de corrosão das armaduras do concreto
oferece apenas uma indicação aproximada e qualitativa da presença de corrosão
ou passividade, devendo ser sempre utilizado em conjunto com outros ensaios e
nunca de forma isolada ou absoluta. Esse potencial é influenciado por diversas
variáveis, como teor de umidade e oxigênio no concreto, idade do concreto,
espessura do cobrimento das armaduras, presença de fissuras e imperfeições no
concreto, ocorrência de correntes irregulares e outros fatores. A medição consiste
em determinar a diferença de potencial elétrico entre o aço das armaduras do
concreto e um eletrodo de referência conhecido, colocado sobre a superfície do
concreto (ANDRADE Perdrix, 1992; CASCUDO, 1997).
3. OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo analisar e destacar formas de análise e viabilização
do concreto armado e como evitar sua corrosão em pontes e elevados em
Fortaleza/CE. Será realizada inicialmente uma análise do mecanismo da corrosão e de
algumas propriedades básicas do concreto, permitindo a interpretação dos fenômenos
e o entendimento das patologias geradas nas estruturas de concreto.
4. METODOLOGIA
4.1. Testes
Serão conduzidos os seguintes procedimentos para a validação e testagem da
aplicação dos aços em concretos armados para pontes e viadutos em
Fortaleza/CE:
1) Potencial de corrosão: Esse ensaio é frequentemente realizado para
medir os potenciais eletroquímicos das armaduras em relação a uma
referência. Ele fornece informações sobre a atividade de corrosão e
pode ajudar a identificar áreas de risco.
2) Resistividade elétrica: A medição da resistividade elétrica do concreto
pode ser útil para avaliar a qualidade do concreto e sua capacidade de
resistir à corrosão. Valores mais altos de resistividade indicam uma
maior proteção contra a corrosão.
3) Perda de massa: O ensaio de corrosão por perda de massa é um
método utilizado para avaliar a resistência à corrosão de materiais
metálicos. Ele consiste em expor uma amostra do material em estudo a
um ambiente corrosivo durante um determinado período de tempo e,
em seguida, medir a perda de massa ocorrida devido à corrosão.
4) Vela molhada: O teste de corrosão de vela molhada é um procedimento
utilizado para avaliar a resistência à corrosão de materiais metálicos em
ambientes úmidos ou molhados. Esse teste é comumente utilizado para
determinar a suscetibilidade à corrosão de ligas de aço e outros
materiais utilizados em ambientes marítimos ou industriais, onde a
presença de umidade pode acelerar o processo de corrosão.
5) Inspeção visual: A inspeção visual é uma etapa importante para
identificar sinais visíveis de corrosão, como manchas, eflorescência,
fissuras ou desplacamentos na superfície do concreto. Essa inspeção
pode ser realizada de forma periódica ou durante a manutenção das
estruturas.
4.2. Metalização
O processo de metalização, também conhecido como metalização por aspersão
térmica, é uma medida protetiva utilizada para combater a corrosão em metais.
Ele envolve a aplicação de um revestimento metálico sobre a superfície do metal
base, formando uma camada protetora.
Existem diferentes técnicas de metalização, sendo as mais comuns a aspersão
térmica por chama e a aspersão térmica por arco elétrico. Ambas as técnicas
envolvem o aquecimento do material de revestimento metálico em forma de pó ou
fio, que é fundido e acelerado em direção à superfície do metal base. Ao entrar em
contato com a superfície, o material se solidifica, formando uma camada aderente.
A metalização oferece uma série de benefícios como medida protetiva contra a
corrosão. A camada metálica aplicada atua como uma barreira física, impedindo a
exposição direta do metal base ao ambiente corrosivo. Além disso, o revestimento
metálico possui características de resistência à corrosão superiores às do metal
base, oferecendo maior durabilidade e vida útil ao componente.
A metalização também pode ser combinada com outras técnicas de proteção
contra corrosão, como a utilização de primers ou tintas anticorrosivas. Essa
combinação proporciona uma proteção ainda mais eficaz, pois o revestimento
metálico serve como base sólida e aderente para a aplicação desses materiais de
proteção adicionais.
É importante ressaltar que o sucesso da metalização como medida protetiva
contra a corrosão depende de fatores como a escolha adequada do material de
revestimento, a preparação adequada da superfície do metal base e a correta
aplicação da técnica de metalização. Portanto, é essencial contar com
profissionais capacitados e equipamentos adequados para garantir a qualidade e
eficiência do processo.
4.3. Aplicação do Concreto
A preparação do concreto armado como medida protetiva contra a corrosão
envolve uma série de práticas e técnicas com o objetivo de minimizar o risco de
danos causados pela corrosão das armaduras metálicas internas. A corrosão do
aço de reforço é uma das principais preocupações no concreto armado, pois pode
comprometer a integridade estrutural e reduzir a vida útil da estrutura.
A seguir, vou descrever algumas medidas de preparação e proteção utilizadas no
concreto armado contra a corrosão:
1. Cobrimento adequado: O cobrimento é a camada de concreto que
protege as barras de aço das armaduras. Um cobrimento adequado é
essencial para evitar a exposição direta do aço ao ambiente agressivo. O
cobrimento recomendado varia de acordo com o tipo de estrutura, a
exposição ambiental e a especificação do projeto.
2. Qualidade do concreto: A qualidade do concreto é fundamental para
garantir a proteção contra a corrosão. Um concreto bem compactado, com
baixa porosidade e permeabilidade, reduz a penetração de agentes
corrosivos até as armaduras. A utilização de aditivos e adições especiais,
como aditivos impermeabilizantes e sílica ativa, pode melhorar a resistência
à corrosão.
3. Aditivos inibidores de corrosão: Aditivos inibidores de corrosão podem
ser adicionados ao concreto para proteger as armaduras contra a corrosão.
Esses aditivos formam uma camada passivadora na superfície do aço,
reduzindo a taxa de corrosão. Eles podem ser adicionados durante a
mistura do concreto ou aplicados posteriormente na forma de
revestimentos.
4. Proteção catódica: A proteção catódica é uma técnica utilizada para
proteger as armaduras contra a corrosão. Nesse método, uma corrente
elétrica é aplicada nas armaduras, tornando-as catódicas em relação aos
ânodos de sacrifício ou ao aço inoxidável, evitando a corrosão.
5. Revestimentos protetores: A aplicação de revestimentos protetores sobre
a superfície do concreto é uma medida adicional de proteção. Esses
revestimentos podem ser tintas ou vernizes especiais que atuam como uma
barreira física contra a penetração de agentes corrosivos.
6. Inspeção e manutenção: A realização regular de inspeções e a
implementação de programas de manutenção adequados são essenciais
para identificar e tratar precocemente quaisquer sinais de corrosão. Isso
pode envolver reparos localizados, remoção de concreto deteriorado,
aplicação de revestimentos de proteção adicionais ou outros procedimentos
de reabilitação.
Em resumo, a preparação do concreto armado como medida protetiva contra a
corrosão inclui práticas como a definição de um cobrimento adequado, a utilização
de concreto de qualidade, a adição de aditivos inibidores de corrosão, a aplicação
de proteção catódica, a utilização de revestimentos protetores e a implementação
de inspeções e manutenção adequadas. Essas medidas visam minimizar a
exposição das armaduras de aço ao ambiente corrosivo, prolongando a vida útil da
estrutura de concreto armado.
5. CONCLUSÃO
Em vista dos ensaios previstos acima e dos possíveis processos para retardar o
processo de corrosão chega-se à duas soluções: metalizar o aço ou modificar o
cimento.
5.1. METALIZAÇÃO
6. BIBLIOGRAFIA