Apostila QGE Maro 2019
Apostila QGE Maro 2019
Apostila QGE Maro 2019
NATUREZA (ILACVN)
MATERIAL DIDÁTICO
QUÍMICA GERAL no
LABORATÓRIO
Organização:
Profa. Marcela Boroski
SUMÁRIO
Apresentação................................................................................................................... 1
Pratica 10 –Termoquímica............................................................................................. 53
Química.
interpretação de resultados.
dia de aula, e a cada prática, noções específicas sejam ressaltadas visando minimizar a
Química Geral, tais como reações químicas, preparo de soluções, cálculos estequiométricos,
O estudante deverá antes da prática, ler o roteiro e se certificar que conhece todos os
termos descritos. Atividades, tais como a pesquisa por termos desconhecidos ou cálculos é
para sanar dúvidas. Este conjunto de práticas tem sido utilizado pelos professores da área de
levantadas após as práticas e a redução do volume de resíduos gerados em cada aula prática.
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
PREPARAÇÃO DO CADERNO DE LABORATÓRIO
detalhistas, enquanto outras são mais diretas. Assim, não há um formato único, entretanto, todos
pesquisadores que ainda recorrem aos seus cadernos de laboratório para consulta de
científica, a qual tem como principal característica a objetividade, primando por redigir todas
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
atividade de redação é um exercício individual de aprendizagem, o treinamento da redação
prática, sem a consulta excessiva ao roteiro experimental. Alguns estudantes optam por redigir
todo o conteúdo do roteiro experimental, outros preferem um resumo e ainda há aqueles que
preferem adicionar as informações de modo bastante visual. Não há apenas um modo, sugere-
se que o estudante procure sua melhor forma de se preparar para aula prática, buscando a cada
Tudo que envolver a aula prática! Esta é a melhor resposta. Todas as observações sobre
a execução dos experimentos devem estar contidas. Estas anotações farão toda a diferença no
momento da discussão dos resultados, pois irão fornecer elementos sobre como os resultados
foram atingidos, as evidencias de erros experimentais ou de método. São estas informações que
trazem a pessoalidade de quem executou a prática. Além disto, tem como objetivo organizar os
experimento.
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Seguem algumas normas para o preparo do caderno de laboratório:
1) A primeira regra é não se esquecer de trazer o caderno de laboratório em todas as aulas. Não
se deve fazer uso de papeis soltos ou bloco de anotações, visto que todas as informações devem
evitar esquecimentos.
2) Escolha um caderno de capa dura e brochura. Duas razões: a capa dura torna o caderno mais
4) As páginas do caderno devem estar numeradas. Você pode comprar um caderno com folhas
podem ser feitos a lápis, mas a versão definitiva deve ser feita a caneta.
7) A cada novo experimento começar sempre em uma nova folha, inutilizando o espaço em
8) Nunca um dado deve ser apagado ou uma página rasgada, isso tira toda a autenticidade e
validade do caderno, se houver essa necessidade em caso extremo, usar a expressão “digo”
colocando a parte a ser substituída entre parênteses e a parte que irá substituir após. As correções
devem ser feitas traçando-se uma linha por cima de forma que permaneça legível, não rasure,
nem apague.
10) Não deixe espaços em branco. Inutilize com um traço o espaço em branco entre os dados
4
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
12) Indicar quaisquer modificações no roteiro, incluir observações durante o experimento, as
marcas comerciais dos reagentes e equipamentos usados (chapa aquecedora, agitador, etc).
13) Os resultados de cada experimento devem ser claramente colocados com suas possíveis
4) Apenas as Tabelas devem ser confeccionadas com espaçamento simples entre linhas;
5) O recuo para elaboração do parágrafo deve ser: tab=1,25cm. Todas as páginas devem ser
7) Para evitar os frequentes problemas com impressoras, faça a impressão do documento com
antecedência;
11) As questões propostas como atividades tem o objetivo de orientá-los sobre os aspectos
principais das práticas que devem estar incluídos na discussão dos resultados;
12) Segue abaixo o modelo de Capa e outras normas a serem seguidas para elaboração do
relatório.
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Química Geral no Laboratório
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Atenção para as
margens! Superior,
inferior, direita e
esquerda: 2,5 cm.
RELATÓRIO DA PRÁTICA 1
“DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CÁLCIO EM BEBIDAS LÁCTEAS”
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
O relatório é dividido nestas seções:
1. Introdução 1. Introdução
2. Objetivo
3. Materiais e métodos
4. Resultado e discussões
5. Conclusões
6. Referências Bibliográficas
7. Anexos
Não é necessário colocar um item em
Nesta seção, antes de iniciar a pesquisa, ler o cada página. Com exceção da capa, o
objetivo da Prática. As referências devem ajudar a relatório pode ser impresso frente e
atingir o objetivo da Prática, embasando as verso. Todos os títulos das diferentes
seções do texto devem ser apresentados
discussões dos resultados. em Negrito e ter apenas a primeira letra
Esta seção deve ter entre 1 e 2 páginas. de cada palavra em letra maiúscula.
Citar pelos menos 3 referências. Artigos que não Caso seja necessária utilização de sub
tenham a autoria não servem como referência para os tópicos nas seções do texto esses devem
relatórios. ser apresentados sem negrito e em
Nada de copiar um parágrafo inteiro, ou pior um itálico.
texto inteiro sem citar a referência, isto pode se
figurar como plágio, e trazer indesejáveis
consequências!
Vamos aprender a fazer um relatório corretamente, e
que seja para toda vida acadêmica e profissional de
vocês!
As citações literais no texto ou quando se refere a ideias de autores devem ser feitas
pelo sobrenome do autor (em letras minúsculas), seguido do ano de publicação e página (Soares,
2017). Quando houver dois autores, os nomes devem ser separados por “e” (Soares e Kaliw,
2008). Quando houver três ou mais autores, deve-se citar o primeiro autor seguindo de et al.
(Silva et al., 2014).
Exemplo:
O linho (Linum usitatissimum L.) é uma espécie que se destina à produção de fibras
têxteis de alta qualidade e sua semente, a linhaça, é matéria-prima para produção de óleo e
diversos produtos alimentícios (Morris, 2005).
2. Objetivo
Determinar os níveis de cálcio em bebidas lácteas;
Comparar duas metodologias volumétricas e indicar a mais adequada para avaliação do
teor de cálcio em bebidas lácteas.
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3. Materiais e métodos
Usar a terceira pessoa do singular ou plural do tempo verbal pretérito perfeito para
relatar com detalhes o experimento. Atenção! Frequentemente modificações da aula prática são
realizadas, assim, descrever as modificações nesta seção.
Exemplo:
Para a obtenção dos extratos, utilizaram-se 10,0 g das folhas desidratadas de trigo
colhidas aos 80 dias. O extrato metanólico foi obtido por meio da percolação de 70 mL de
solvente metanol através das amostras trituradas durante 48 h, com adição de novas alíquotas
de metanol a cada 24 h. O solvente foi removido em evaporador rotatório a pressão reduzida a
40 ºC.
4. Resultado e discussões
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Química Geral no Laboratório
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partir dos extratos obtidos das folhas de linho. Quanto menos os valores, maior a eficiência
como antioxidante para promover a inibição do radical DPPH. Desde modo, os melhores
resultados foram encontrados para a fração acetato, seguido da butanoica e hexânica. Os dados
encontrados foram similares aos de Castro e Souza (2005) que investigaram folhas de linho
colhidas aos 40 dias. Embora o tempo de colheita seja inferior, os resultados foram similares.
Tabela 1. Concentração (μg mL-1) dos extratos obtidos das folhas de linho colhidas aos 80 dias,
necessário para inibir 50% do radical DPPH.
Fração Concentração (μg mL-1)
Hexânica 241,9±2,3
Acetato 153,7±1,0
Butanoica 228,7±0,9
Metanólica 387,0±3,8
Aquosa > 500
Os resultados são medias desvio padrão de análises em triplicata.
Equações matemáticas
As Equações devem ser centralizadas e numeradas sequencialmente. Quando da
apresentação de fórmulas matemáticas no texto, essas devem ser confeccionadas utilizando-se
a ferramenta Microsoft Equation implementada no Word ® (ou similar) e devem ser numeradas
no canto direito da mesma com numeração entre parênteses. Quando necessário deve-se utilizar
legenda para descrever os componentes das fórmulas.
Exemplo:
Os cálculos foram realizados segundo método de Joseph e Ackman (1992), conforme
equação 1.
Ax xM p xFct
Mx (Equação 1)
Ap xM a xFcea
Onde:
Mx: massa do ácido graxo x em mg g-1 de lipídio;
Mp : massa do padrão interno em mg;
Ma : massa da amostra de lipídios totais em g;
Ap: área do padrão interno;
Ax : área do ácido graxo x;
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Fcea: fator de conversão de metil éster para ácido graxo;
Fct: fator de correção (do detector de ionização chama) teórico do ácido graxo.
5. Conclusões
As conclusões devem ser relevantes e congruentes com os objetivos, ou seja, deve
responder à pergunta de pesquisa. Não devem conter citações bibliográficas, nem sugestões
e/ou considerações adicionais nesta seção.
6. Referências
As referências devem ser apresentadas de acordo com as Normas da ABNT NBR
6023:2018.
7. Anexos
Caso sejam incluídas informações adicionais, como cálculos, e outras informações
complementares, os mesmos podem ser incluídos nos anexos.
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PRÁTICA 1
Segurança no Laboratório de Química
Objetivos
Introdução
que um acidente que ocorra no laboratório pode prejudicar a vida de todos os usuários.
individual (EPI) e Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). Nesta aula os estudantes devem
Nesta prática os estudantes devem refletir sobre os principais aspectos na conduta que
Procedimento Experimental
Materiais
Metodologia
Parte A
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Quadro 1. Relação de EPIs e EPCs utilizados nos Laboratórios de Química.
EPI EPC
Parte B
vão contra as normas de segurança. Os estudantes deverão, dentro da equipe, elencar estes itens
e preencher o Quadro 2.
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Química Geral no Laboratório
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Parte C
finalidades.
Atividades
Referências
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
V. Química Geral – Práticas Fundamentais. 1. ed. Viçosa: Editora UFV, 2005. p. 9-23.
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PRÁTICA 2
Medidas de volume, pesagem e o conceito de mol
Conhecimento prévio
- Trazer anotado no caderno de laboratório a fórmula para o cálculo da média, desvio padrão e
coeficiente de variância;
- Trazer para a aula prática: tabela periódica, tabela de nome de ânions, tabela de solubilidade
de sais em água.
Objetivos
balança analítica;
de cientistas que ao longo dos séculos desenvolveram materiais que atendessem as suas
foi pensando para evitar respingar as soluções durante uma reação, permitindo ao analista
homogeneizar o conteúdo, por exemplo, durante uma análise por titulação. Já a função do
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Química Geral no Laboratório
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O manuseio das vidrarias e equipamentos no laboratório requer treino e o
desenvolvimento de habilidades. Esta aula terá uma abordagem prática, que permitirá ao
estudante tornar-se apto a diferenciar as vidrarias usadas para medidas de volume, daquelas
Pure and Applied Chemistry – IUPAC) tem como, um dos objetivos, simplificar a linguagem
usada pelos químicos no mundo inteiro. Embora muitos livros tragam a denominação de
Desde 1971 o mol era definido como sendo a quantidade de matéria de um sistema que contém
tantas entidades elementares quantos são os átomos contidos em 0,012 kg de carbono 12. Em
uma recente divulgação técnica da IUPAC, o conceito de mol foi alterado, baseando-se sua
acordo com esta nova definição, um mol contém exatamente 6.022 140 76 x 10 23 entidades
estabelece a igualdade entre a quantidade de matéria (n) e o numero de entidades (N), dado pela
equação 1.
N = NA . n (Equação 1)
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Química Geral no Laboratório
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Procedimento Experimental
Materiais
Metodologia
Parte A
1) Pese um béquer seco de 50 mL. Meça 10 mL de água com uma proveta, coloque-a no béquer
2) Repita este procedimento mais duas vezes e anote os pesos obtidos no Quadro 1.
Medida Béquer (g) Béquer + água (g) Massa de água (g) Volume de água
(mL)
1
2
3
Média
Desvio padrão (DP)
Coeficiente de
variância (CV)
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Química Geral no Laboratório
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Medida Béquer (g) Béquer + água (g) Massa de água (g) Volume de água
(mL)
1
2
3
Média
Desvio padrão (DP)
Coeficiente de
variância (CV)
Medida Béquer (g) Béquer + água (g) Massa de água (g) Volume de água
(mL)
1
2
3
Média
Desvio padrão (DP)
Coeficiente de
variância (CV)
5) Determinar a temperatura da água para estimar o volume dos itens 1,3 e 4. Consultar a Tabela
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Química Geral no Laboratório
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Atividade 1
Questão 1. Qual das vidrarias apresentou maior precisão? Calcular o erro relativo. Qual
apresentou maior exatidão nas medidas? Explique a razão das diferenças observadas
empiricamente.
Parte B
1) Pipetar com a pipeta graduada (transferindo para diferentes tubos de ensaio) 2,0 mL; 2,7 mL
e 3,8 mL de água. Esta prática tem a finalidade de treinar o aluno para controlar volumes
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Química Geral no Laboratório
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variáveis numa pipeta graduada. Atenção! Nunca pipetar com a boca, utilizar sempre um
pipetador.
2) Encher a bureta com água. Transferir o volume para o erlenmeyer. Observar a diferença entre
Parte C
1) Numa balança de precisão pesar 6 grãos de feijão. Realizar o procedimento três vezes
Questão 2. Supondo que um grão de feijão seja um átomo, ou uma fórmula (para compostos
iônicos), ou uma molécula de alguma espécie, por exemplo, de água (H 2O), e que a produção
a) Quantos anos se passariam para produzir a quantidade de feijões, que contém a constante de
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Química Geral no Laboratório
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os grãos de feijão, em termos de algarismos significativos na forma costumeira e na forma de
notação científica.
Parte D
1) Antes da aula iniciar, determinar a massa molecular de cada uma das substâncias – sulfato
de cobre, cloreto de sódio, água e ferro, fórmula química, densidade, volume e indicar a massa
de amostra (g) necessária para se pesar 1 mol de cada uma das substâncias. Preencher
2) Cada grupo será responsável pela pesagem de uma substancia. Pese um mol de cada umas
Ferro (sólido)
Atividade 3
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Química Geral no Laboratório
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c) Por que a grandeza mol é útil na química?
e) Por que um mol de água pesa menos que um mol de sulfato de cobre?
Referências
SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
MARQUARDT, R.; MEIJA, J.; , MESTER, Z.; TOWNS, M.; WEIR, R.; DAVIS, R.;
STOHNER, J. Definition of the mole (IUPAC Recommendation 2017). Pure and Applied
TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.
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Química Geral no Laboratório
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PRÁTICA 3
Chama e técnicas de separação
Conhecimento prévio
a) Anote no seu caderno de laboratório um resumo da teoria que se baseia o Modelo de Bohr,
b) Qual a diferença entre mistura homogênea e heterogênea? Citar 3 exemplos de cada tipo de
Objetivos
Aprender a técnica de manuseio do acessório de laboratório
Bico de Bunsen;
Correlacionar a prática de ensaio por via seca com a teoria
atômica de Bohr;
Aprender e diferenciar as técnicas de separação de misturas.
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Química Geral no Laboratório
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Procedimento Experimental
Materiais
Metodologia
Parte A
1) Levar a chama, com auxílio de uma espátula metálica uma pequena porção de sais. Observar
Parte B
1) Medir em um proveta 20 mL da solução de Na2CO3 0,50 mol L-1 e em uma outra proveta,
medir 20 mL da solução de solução de CaCl2 0,50 mol L-1. Em um béquer misturar as soluções.
Levar o béquer a uma chapa de aquecimento por 5 min a uma temperatura de 70 oC, desligar e
filtrar em seguida. Separe o sólido do líquido, por decantação, deixando em repouso por mais
ou menos 60 minutos.
2) Medir em um proveta 20 mL da solução de Na2CO3 0,50 mol L-1 e em uma outra proveta,
medir 20 mL da solução de solução de CaCl2 0,50 mol L-1. Em um béquer misturar as soluções.
Levar o béquer a uma chapa de aquecimento por 5 min a uma temperatura de 70 oC, desligar e
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Química Geral no Laboratório
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filtrar em seguida. Monte o aparato para a filtração simples e utilize um papel de filtro. Umedeça
o papel com água destilada e inicie a filtração. O resíduo que ficar no béquer, lavar com o
3) Pese o papel de filtro em balança analítica e anote o peso. Medir em uma proveta 20 mL da
solução de Na2CO3 0,50 mol L-1 e em uma outra proveta, medir 20 mL da solução de solução
de CaCl2 0,50 mol L-1. Em um béquer misturar as soluções. Levar o béquer a uma chapa de
aquecimento por 5 min a uma temperatura de 70 oC, desligar e filtrar em seguida. Utilize o
sistema de filtração a vácuo (pressão reduzida), e antes de iniciar a filtração, umedeça o papel
de filtro (previamente pesado) no funil de buchner. O resíduo que ficar no béquer deve ser
lavado com água a uma temperatura de 70 oC. Leve o papel de filtro para secar em um vidro de
relógio devidamente rotulado por grupo e levar para secagem em estufa a 130oC por 24h.
Atividades
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
2) Explique o que foi observado, baseando-se no modelo atômico de Bohr.
à Pressão Reduzida quanto aos aspectos de velocidade de separação, aspecto da fase sólida
obtida (mais úmido ou mais seco), aspecto da fase líquida obtida (límpida ou turva).
Referências
SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.
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Química Geral no Laboratório
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PRÁTICA 4
Reações iônicas e moleculares
Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.
Objetivo
Introdução
A análise qualitativa utiliza dois tipos de ensaios: reações por via seca e reações por via
Os ensaios por via seca podem ser conduzidos sem dissolver a amostra, por exemplo, o teste da
Os ensaios por via úmida são realizados com a amostra e os reagentes em solução.
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Química Geral no Laboratório
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A equação química que descreve uma transformação durante uma reação é chamada de
Uma representação mais precisa da reação, como realmente ocorre em solução, é dada
solução. A fórmula do cloreto de prata (AgCl) é escrita na forma molecular porque os seus íons
não estão separados. Como nas reações analíticas por via úmida não detectamos o sal, mas sim
o(s) íon(s) deste sal, representa-se estas de uma forma simplificada denominada equação iônica
Procedimento Experimental
Materiais/ Vidrarias
Reagentes
(Quantidades)
Estante NaCl 0,10 mol L-1
Pissete com água destilada AgNO3 0,10 mol L-1
tubos de ensaio KSCN 0,10 mol L-1
CuSO4 0,10 mol L-1
Na2CO3 (sat)
HCl 6,0 mol L-1
NaOH 0,10 mol L-1
NH4OH 0,10 mol L-1
Fe(NO3)3 0,10 mol L-1
Pb(NO3)2 0,10 mol L-1
K2CrO4 0,10 mol L-1
FeCl3 0,10 mol L-1
NH4SCN 0,10 mol L-1
Papel alumínio picado
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Química Geral no Laboratório
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Metodologia
Tubo 1
Adicione num tubo de ensaio 10 gotas de solução de cloreto de sódio 0,10 mol L-1. Em
seguida adicione 10 gotas de nitrato de prata 0,10 mol L-1. Observe a reação. Escreva a equação
Molecular:
1
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:
Tubo 2
Adicione num tubo de ensaio 5 gotas de solução de sulfato de cobre 0,10 mol L-1. Em
seguida, adicione 10 gotas de hidróxido de sódio 0,10 mol L-1. Observe a reação química.
Molecular:
2
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:
28
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Tubo 3
seguida, adicione lentamente pelas paredes do tubo de ensaio, 10 gotas de solução de ácido
clorídrico 6,0 moL L-1. Observe a reação química. Escreva a equação química e anote as suas
observações.
Molecular:
3
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:
Tubo 4
Adicione em um tubo de ensaio 10 gotas de solução de nitrato férrico 0,10 mol L-1. Em
seguida, adicione 5 gotas de solução de tiocianato de potássio 0,10 mol L-1. Observe a reação
Molecular:
4
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:
29
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Tubo 5
0,5 cm). Em seguida adicione lentamente pelas paredes do tubo de ensaio, gotas de solução de
ácido clorídrico 6,0 mol L-1 (o suficiente para deixar o papel de alumínio submerso). Observe
Molecular:
5
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:
Tubo 6
Num tubo de ensaio adicionar 20 gotas de solução de nitrato de chumbo 0,10 moL L-1 e
6 Molecular:
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:
Tubo 7
Num tubo de ensaio adicionar 20 gotas de solução de sulfato de cobre 0,10 mol L-1 e 20
Molecular:
7
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:
30
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Tubo 8
Em um tubo de ensaio adicionar 5 gotas de solução 0,10 mol L-1 de cloreto férrico e 30
8 Molecular:
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida
Atividades
Referências
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,
TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.
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Química Geral no Laboratório
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PRÁTICA 5
Preparo de soluções
Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.
Objetivo
Introdução
Uma solução é composta por duas ou mais substancias, em que aquela que está presente
em maior quantidade é denominada solvente e aquela que está presente em menor quantidade
é denominada de soluto. Assim, a solução é uma mistura homogênea que pode estar presente
solução.
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Procedimento Experimental
Metodologia
g mL-1) necessário para preparar 50 mL de uma solução de HCl 0,1 mol L-1.
Pipeta o volume calculado e transfira-o, gota a gota, pelas paredes e com agitação, para
IMPORTANTE: Toda solução ácida ou básica deve ser preparada adicionando-se ácido ou
base á água (e nunca o contrário) para evitar explosão, devido ao alto calor de dissolução desses
reagentes.
33
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Parte C – Preparo de solução de NaOH 0,10 mol L-1
Prepare 250 mL de uma solução 0,10 mol L-1 de NaOH, a partir do reagente sólido P.A
(95%). Calcule a massa necessária. Pese a massa calculada em um vidro de relógio utilizando
bastão de vidro e, após esfriar, transfira para um balão volumétrico de 250 mL, com auxílio de
um funil de separação.
Prepare 100 mL de uma solução de álcool etílico comercial 70% (v/v) em água a partir
de álcool etílico comercial (95% v/v). Para o preparo desta solução medir o volume de etanol e
água em provetas separadas e misturar em um terceira proveta. Qual o efeito observado? Repetir
Atividades
1) Qual o volume de ácido clorídrico concentrado (36,5 % em massa e densidade 1,184 g mL-
1
) necessário para preparar 50 mL de uma solução de HCl 0,10 mol L-1 (Parte A)?
2) Qual o volume da solução de HCl 0,10 mol L-1 necessário para preparar uma solução 0,010
3) Qual a massa de NaOH necessário para preparar uma solução de NaOH 0,10 mol L-1 em um
5) Qual a massa necessária para preparar uma solução saturada de carbonato de cálcio, em um
volume de 100 mL? Esta solução tem caráter ácido, neutro ou básico. Mostre as reações.
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
6) Qual o volume de álcool etílico comercial (95% v/v) necessário para preparar 100 mL de
uma solução etanólica 70% (v/v)? Para o preparo desta solução medir o volume de etanol e
água em provetas separadas e misturar em uma terceira proveta. Qual o efeito observado?
Explique.
Referências
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,
TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.
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Química Geral no Laboratório
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PRÁTICA 6
Padronização de soluções
Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.
Objetivo
Conhecimento prévio:
Procedimento Experimental
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Química Geral no Laboratório
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Metodologia
solução de NaOH. Pesar a massa calculada em um pesa filtro e transferir quantitativamente para
gotas de fenolfateína.
Descartar esta solução. Atenção: Não misturar a solução usada para ambientar a bureta com a
3) Preencher a bureta com a solução de NaOH, certificando-se que todas as bolhas foram
4) Colocar uma folha de papel branco embaixo do erlenmeyer e realizar a titulação, adicionando
a base gota a gota sempre agitando o erlenmeyer, até o aparecimento de uma coloração rosa
5) Sempre que uma gota da solução proveniente da bureta cair nas paredes do erlemeyer,
interromper a titulação e arrastar a gota com água destilada, utilizando o frasco lavador, para
que esta reaja com a solução contida no erlenmeyer. Registrar o volume gasto de solução de
NaOH. Repetir a operação 3 vezes, sempre zerando a bureta antes de uma titulação.
37
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Quadro 1. Resumo dos resultados da prática de padronização da solução de NaOH.
1 2 3
Massa biftalato de postássio (g)
Número de mols de biftalato de postássio
Volume de NaOH (mL)
[NaOH] (mol L-1)
Média [NaOH] (mol L-1)
Desvio padrão
Coeficiente variância (%)
1) Colocar em um erlemeyer de 250 mL, 10 mL da solução HCl 0,10 mol L-1 e 3 gotas do
indicador fenoftaleina. Com o auxilio de uma bureta, adicionar; gota a gota, a solução de NaOH
coloração rosa permanente que seja fracamente perceptível. Sempre que uma gota da solução
proveniente da bureta cair nas paredes do erlenmeyer, interromper a titulação e arrastar a gota
com água destilada, utilizando o pissete, para que esta reaja com a solução contida no
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Média [HCl] (mol L-1)
Desvio padrão
Coeficiente variância (%)
Atividades
3) O que ocorre quando a solução padronizada de NaOH entra em contato com a solução contida
titulação?
6) Qual o volume de NaOH 0,10 mol L-1 estimado reagir com 10 mL de uma solução de HCl
Referências
SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.
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Química Geral no Laboratório
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PRÁTICA 7
Determinação do pH
Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.
Objetivo
Introdução
(H3O+ ou H+) e hidroxila (OH-) presentes no meio. As substâncias ácidas que podem ser
Os estudos sobre nossos próprios fluidos corporais também mostram que alguns são
estômago pode ser muito ácido – as células que revestem as paredes do estômago secretam
ácido clorídrico. A urina humana pode ser ligeiramente ácida ou básica, dependendo do que foi
40
Química Geral no Laboratório
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ingerido ou do estado de saúde da pessoa. O sangue humano, as lágrimas e a saliva quase sempre
equação 1.
para medir a atividade de íons H+ que fornece uma voltagem de saída que depende do logarítmo
estequiométrica) medindo a quantidade de uma base forte (tal como NaOH) requerida para
reagir completamente com uma amostra do ácido. Isso chamamos de uma titulação ácido-base.
41
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Procedimento Experimental
Materiais Indicadores ácido base Reagentes
pHmetro timolftaleína ácido clorídrico 0,1 mol L-1
fita de pH verde de bromocresol ácido acético 0,1 mol L-1
tubos de ensaio alaranjado de metila acetato de sódio 0,1 mol L-1
vermelho de metila hidróxido de amônio 0,1 mol L-1
amarelo de alizarina cloreto de amônio 0,1 mol L-1
azul de bromotimol hidróxido de sódio 0,1 mol L-1
azul de bromofenol
fenolftaleína
azul de timol
Metodologia
1) Em 4 tubos de ensaio e adicionar 2 mL de solução 0,1 mol L-1 de ácido acético. Adicione a
cada tubo algumas gotas dos indicadores: azul de timol, alaranjado de metila, azul de
2) Repita o processo do item 1 usando a solução de ácido clorídrico 0,1 mol L -1 e os mesmos
indicadores.
3) Repita o procedimento do item 1 usando a solução de hidróxido de amônio 0,1 mol L-1 e os
4) Repita o procedimento do item 1 usando a solução de hidróxido de sódio 0,1 mol L-1 e os
5) Repita o procedimento do item 1 usando a solução de acetato de sódio 0,1 mol L-1 e os
bromotimol.
42
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
7) Repita o procedimento utilizando fita medidora de pH.
8) Usando o potenciômetro, meça o pH exato das soluções utilizadas nos itens anteriores. Anote
os valores obtidos.
Atividades
2) Qual a razão de serem observados valores diferentes de pH para as soluções de ácido acético
e ácido clorídrico a 0,1 mol L-1 e entre hidróxido de amônio e hidróxido de sódio 0,1 mol L-1?
químicas.
Referências
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.
SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,
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Química Geral no Laboratório
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PRÁTICA 8
Determinação de ferro em lâmina de barbear
Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.
Objetivo
Introdução
química do solo, das rochas e da matéria vegetal. Em condições redutoras, o ferro existe no
estado Fe2+ (ferroso) (Lutz 2008). Em águas expostas ao ar ou em condições oxidantes, os íons
ferrosos são oxidados a íons férrico (Fe3+), o qual se hidrolisa formando hidróxido de ferro III
insolúvel, dependendo dos valores do pH do meio. O ferro ocorre em solução aquosa, em estado
coloidal que pode ser peptizado por matéria orgânica, em complexos inorgânicos ou orgânicos
Nesta pratica será determinado o teor de íons Fe 2+ em uma amostra sólida. Torna-se
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Química Geral no Laboratório
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baseia-se em volumetria de oxi-redução empregando como titulante uma solução de
O método baseia-se na oxidação de íons Fe2+ para Fe3+, em condições ácidas e presença
do agende oxidante KMnO4, substancia que sofrerá redução durante a reação de oxi-redução
(equação 1). Caso existam substâncias interferentes no meio, estas necessitam ser removidas,
As lâminas de barbear são materiais em desuso, visto que foram substituídas por
aparelhos de barbear descartáveis, mas ainda podem ser encontradas em mercados no comércio.
Procedimento Experimental
Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Amostras/Reagentes
Béquer 50 mL Ácido sulfúrico 0,10 mol L-1
Erlenmeyer de 125 mL KMnO4 0,010 mol L-1 (padronizada)
Proveta de 25 mL
Bureta de 25 mL
Pipeta volumétrica 10 mL
Balão volumétrico 50 mL
Funil
Vidro de relógio pequeno
Suporte para filtração
Papel de filtro
Lamina de barbear
Metodologia
1) Pese a quarta parte de uma lâmina de barbear seca e limpa em uma balança analítica.
L-1.
45
Química Geral no Laboratório
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3) Coloque sobre o béquer um vidro de relógio pequeno e aqueça brandamente dentro de uma
4) Filtre a solução com papel de filtro após o resfriamento, para retirar o material em suspensão.
5) Lave o béquer, o funil e o papel de filtro com água destilada em pequenas porções. Cuidado
8) Realize a titulação da amostra com uma solução padronizada de KMnO4 0,010 mol L-1 até o
Atividades
1) Escreva a equação iônica balanceada para a reação entre os íons Fe 2+ e o agente oxidante
2) Por que as titulações usando o agente oxidante KMnO4, em meio ácido, dispensam o uso do
indicador?
3) O ácido nítrico é um agente oxidante muito forte. Qual o inconveniente de usar o ácido
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Química Geral no Laboratório
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Quadro 1. Resumo dos resultados da prática de determinação de Fe em lâmina de barbear.
1 2 3
Massa da amostra (lâmina) (g)
[KMnO4] (mol L-1)
Volume das alíquotas contendo Fe2+ (mL)
Número de mols de MnO4-
Número de mols de Fe2+
Massa de ferro presente na amostra (g) (10 mL)
Massa de ferro presente na amostra (g) (50 mL)
% de ferro na lâmina
Média (% Fe na lâmina)
Desvio padrão
Coeficiente de variância (%)
Valor fornecido pelo fabricante (%)
Erro relativo (%)
Referencias
LUTZ 2008. Instituto Adolfo Lutz (São Paulo). Métodos físico-químicos para análise de
UFRGS, 2012.
47
Química Geral no Laboratório
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PRÁTICA 9
Equilíbrio Químico – Fatores que influenciam o equilíbrio químico
Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.
Objetivo
Estudar o efeito da temperatura, concentração e catalisador no
equilíbrio químico.
Aprofundar os conhecimentos do Princípio de Le Chatelier.
Introdução
temperatura do meio. Alterações na pressão são mais expressivas quando gases são estudados.
A presença de catalisadores tem efeito sobre a velocidade que a reação atinge o equilíbrio,
apresenta coloração rosa e é constituído por íons cobalto hexahidratado ([Co(H2O)6]2). Sob
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Química Geral no Laboratório
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[Co(H2O)6]2+ ↔[Co(H2O)4]2+ + 2H2O(l) (Equação 1)
A solução empregada nesta aula é preparada a partir do sal nitrato de cobalto, o qual em
água apresenta-se na sua forma estável [Co(H2O)6]2+. Quando a esta solução é adicionado ácido
clorídrico, ela assume uma cor azul devido a mudanças nos ligantes do metal cobalto (equação
2) (Lee, 1999).
(rosa) (azul)
interessante como pigmento para as indústrias de cerâmica, vidro e tintas, especialmente como
pigmento azul.
Procedimento Experimental
Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Reagentes
Tubos de ensaio (6) Co(NO3)2 0,20 mol L-1
Béqueres de 250 mL (2) HCl 12 mol L-1
Espátula (2) NaCl sólido
AgNO3 0,2 mol L-1
Co(NO3)2 sólido
Metodologia
a) Preparo de soluções
1) Adicione 2,5 mL de nitrato de cobalto 0,20 mol L-1 em 6 tubos de ensaio. Nestes tubos,
adicione volumes de HCl 12 mol L-1 e água destilada conforme indicado no Quadro 1. Anote
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Química Geral no Laboratório
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Quadro 1. Resumo dos resultados de preparo de soluções de cobalto.
Co(NO3)2 [HCl]
HCl 12 mol H2O Total [Co(H2O)6]2+
Tubo (mL) Cor (mol L-1)
L-1 (mL) (mL) (mL) (mol L-1)1 1
b) Influência da temperatura
1) Selecione o tubo que apresenta a cor intermediária e o divida em três porções iguais. Aqueça
3) Registre no Quadro 2 as cores adquiridas pelas soluções em cada tubo após aquecimento e
50
Química Geral no Laboratório
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c) Influência da adição de íons em comum
4) Adicione gotas da solução de NaCl na terceira porção, mantendo a quarta porção com padrão
de comparação.
3) Após a dissolução completa, compare com a solução padrão e complete o Quadro 3 indicando
a cor final das soluções. Considerando a equação 2 indicar na tabela em qual sentido o equilíbrio
4) Dobre o volume do tubo 6 do início da experiência com água destilada e observe a mudança
na coloração.
Atividades
a equação 2.
Quadro 1.
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
3) Considerando o efeito da temperatura sobre o equilíbrio químico, a reação descrita pela
4) Com relação aos efeitos da adição dos reagentes do Quadro 3, explique detalhadamente o
a) Co2+
b) NaCl
c) AgNO3
d) H2O
Referencias
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.
UFRGS, 2012.
LEE, J. Química Inorgânica não tão concisa. Ed. Edgar Blucher, 1999.
52
Química Geral no Laboratório
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PRÁTICA 10
Termoquímica – Calor de reação
Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.
Objetivo
Estudar o significado de calor de reação ou entalpia;
Determinar experimentalmente o calor integral da solução, o calor de
diluição e de neutralização de ácidos e bases fortes.
Introdução
uma parte da termodinâmica que estuda o calor absorvido ou liberado em uma reação química.
Nesta prática tem-se como objetivo o estudo dos calores envolvidos na dissolução do
53
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
O calor da reação pode ser experimentalmente estimado como uma variação da
qp = m c ΔT (Equação 3)
onde:
m= massa em gramas;
qp = Ccal ΔT (Equação 4)
onde:
Nesta aula prática o calor liberado nas reações de dissolução do NaOH e dissolução
variação de temperatura de processos químicos em fase aquosa. Para o cálculo do calor liberado,
i. o calor liberado na reação pode ser medido pelo calorímetro ou sistema composto por solução
ii. O calor liberado no processo (qt) é igual a soma dos calores absorvidos (q1+q2) ou
calorímetro, o qual deve ser dividido pelo número de mols do reagente (n), de acordo com a
qt = (q1+q2)/n (Equação 5)
54
Química Geral no Laboratório
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iii. Considera-se a capacidade calorífica da solução (c) igual a da água, que é de 4,18 J g ºC-1
iv. Considera-se a capacidade calorífica do vidro igual a 0,836 J g-1 ºC-1 ou 0,2 cal g-1 ºC-1
Procedimento Experimental
Materiais Reagentes
Erlenmeyer de 125 mL NaOH(s)
Proveta de 50 mL Solução de HCl 0,10 mol L-1
Termômetro
Vidro de relógio ou pesa filtro
Balança Analítica
Metodologia
55
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
5) Agitar cuidadosamente com auxílio do próprio termômetro. Anote a temperatura no Quadro
Atividades
1
Considera-se a densidade da solução igual a densidade da água, consultar a densidade da água, de acordo com a
temperatura.
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Resultados
ΔH reação (KJ mol-1)
ΔH reação (KJ mol-1) (valores teóricos) -44,50 -102,18 -57,68
Erro relativo (%)
Erro relativo (ΔH Parte a + ΔH Parte c)
experimental com ΔH Teórico Parte b (%)
Erro relativo (ΔH Parte a + ΔH Parte c)
experimental com ΔH experimental Parte b
(%)
4) Com relação ao erro relativo (%) de cada reação, aponte três fontes de erro para esta prática.
Teórico Parte b .
b.
Referencias
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
UFRGS, 2012.
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PRÁTICA 11
Cinética Química – Fatores que influenciam a velocidade das reações
Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.
Objetivo
Introdução
velocidade da reação química, utilizando-se a reação entre ácido oxálico (H2C2O4) e íons
No início, a reação é lenta mesmo sob aquecimento da solução, mas com o aumento da
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
A velocidade de uma reação está relacionada com a quantidade de reagente que se
intervalo de tempo.
Procedimento Experimental
Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Amostras/Reagentes
Erlenmeyers 125 mL (5) H2SO4 2,5 mol L-1
Proveta de 50 mL (1) H2C2O4 0,50 mol L-1
Pipeta graduada 10 mL (2) KMnO4 0,040 mol L-1
Bequer 50 mL (3)
Bastão de vidro (1)
Pipeta de pasteur (1)
Cronômetro (1)
Banho Maria (1)
Agitador Magnético + barra magnética (1)
Metodologia
solução de ácido oxálico 0,5 mol L-1 e adicionar 2 mL de solução de KMnO4 0,04 mol L-1.
Agitar a solução. Contar o tempo de descoramento a partir do instante em que for adicionado o
ácido oxálico 0,5 mol L-1. Acrescentar com auxílio de uma proveta de 12,5 mL de água destilada
e agitar a solução, até homogeneizar. Com auxílio de uma pipeta, adicionar 2 mL de solução de
ácido oxálico 0,5 mol L-1. Acrescentar com auxílio de uma proveta de 25 mL de água destilada
59
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
e agitar a solução, até homogeneizar. Com auxílio de uma pipeta, adicionar 2 mL de solução de
ácido oxálico 0,5 mol L-1. Acrescentar com auxílio de uma proveta de 50 mL de água destilada
e agitar a solução, até homogeneizar. Com auxílio de uma pipeta, adicionar 2 mL de solução de
ácido oxálico 0,5 mol L-1. Acrescentar com auxílio de uma proveta de 75 mL de água destilada
e agitar a solução, até homogeneizar. Com auxílio de uma pipeta, adicionar 2 mL de solução de
Atenção:
60
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Parte B - Estudo da Influência da temperatura
1) Lavar e secar os 4 erlenmeyers da primeira parte para utilizar novamente.
d) Elevar a temperatura no banho maria do erlenmeyer 2 até próximo aos 35ºC. Adicionar 2
mL de solução de KMnO4 0,040 mol L-1. Agitar a solução. Anotar o tempo e a temperatura na
qual ocorreu o descoramento.
e) Elevar a temperatura no banho maria do erlenmeyer 3 até próximo aos 45ºC. Adicionar 2 mL
de solução de KMnO4 0,040 mol L-1. Agitar a solução. Anotar o tempo e a temperatura na qual
ocorreu o descoramento.
f) Elevar a temperatura no banho maria do erlenmeyer 4 até próximo aos 55ºC. Adicionar 2 mL
de solução de KMnO4 0,040 mol L-1. Agitar a solução. Anotar o tempo e a temperatura na qual
ocorreu o descoramento.
Atenção:
61
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Atividades
Anexo.
2) Escrever a expressão geral da velocidade média desta reação, em função dos reagentes
reação em relação ao ácido oxálico, e a concentração de ácido oxálico no eixo das abscissas.
reação em relação ao ácido oxálico no eixo das ordenadas a temperatura inicial dos reagentes
em graus Kelvin (K) e no eixo das abscissas. Qual a conclusão pode ser tirada do gráfico?
Experimento c.
as diferenças observadas.
62
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Referencias
UFRGS, 2012.
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
PRÁTICA 12
Eletroquímica – Espontaneidade de reações e pilha de corrosão
Conhecimento prévio:
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.
Objetivo:
Introdução
oxidante foi aquela que recebeu elétrons de outras espécies, e, portanto, se reduziu. Por outro
lado, a espécie redutora ou agente redutor perdeu elétrons e, portanto, sofreu oxidação. A
tendência de uma espécie receber elétrons ou doar elétrons pode ser determinada pelo potencial
de redução.
A presença de íons ferro (II) (Fe2+) podem ser detectados em presença de íons
azul intenso
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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Procedimento Experimental
Metodologia
Tubo 1) Adicionar um volume de 5,0 mL da solução de CuSO4 0,10 mol L-1. Colocar neste tubo
um prego limpo (usar uma palha de aço para polir a superfície do prego). Tome o cuidado para
que parte do prego fique submersa e a outra parte em contato com o ar. Preencha os dados
abaixo.
Reação global
65
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Tubo 2) Adicionar um volume de 5,0 mL da solução de FeSO4 0,10 mol L-1. Colocar neste tubo
um pedaço de fio de cobre. Tome o cuidado para que parte do fio fique submersa e a outra parte
Reação global
Tubo 3) Adicionar um volume de 5,0 mL da solução de AgNO3 0,10 mol L-1. Colocar neste
tubo um pedaço de fio de cobre. Tome o cuidado para que parte do fio fique submersa e a outra
Reação global
66
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Parte B – Pilha de Corrosão
2) Conectar o prego e o fio de cobre por meio de um fio de cobre, imobilizando-os a uma certa
distância.
4) Evite mexer no béquer. Mantenha sem movimentação até o final do experimento e realização
das atividades.
Atividades
4) Considerando as observações, o que ocorreu na parte a solução que ficou vermelha? Indicar
5) Considerando as observações, o que ocorreu na parte a solução que ficou azul? Indicar as
Referencias
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,
M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.
UFRGS, 2012.
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