Apostila QGE Maro 2019

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INSTITUTO LATINO AMERICANO DE CIENCIAS DA VIDA E DA

NATUREZA (ILACVN)

MATERIAL DIDÁTICO

QUÍMICA GERAL no
LABORATÓRIO

Organização:
Profa. Marcela Boroski
SUMÁRIO

Apresentação................................................................................................................... 1

Preparação do caderno de laboratório............................................................................. 2

Informes sobre o preparo dos relatórios.......................................................................... 5

Pratica 1 – Segurança no laboratório de Química.......................................................... 11

Pratica 2 – Medidas de volume, pesagem e conceito de mol......................................... 14

Pratica 3 – Chama, técnicas de separação e modelo atômico........................................ 22

Pratica 4 – Reações iônicas e moleculares..................................................................... 26

Pratica 5 – Preparo de soluções e diluições................................................................... 32

Pratica 6 – Padronização de soluções............................................................................. 36

Pratica 7 – Determinação de pH e hidrólise................................................................... 40

Pratica 8 – Determinação de ferro em lâmina de barbear.............................................. 44

Pratica 9 – Equilíbrio químico....................................................................................... 48

Pratica 10 –Termoquímica............................................................................................. 53

Pratica 11 – Cinética química........................................................................................ 58

Pratica 12 – Pilha de Daniel e reações de oxidação e redução....................................... 64


Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
APRESENTAÇÃO

As práticas descritas neste material didático foram selecionadas para aprofundar o

conhecimento de Química Geral e desenvolver habilidades inerentes ao Laboratório de

Química.

Os conteúdos teóricos deverão ter necessariamente uma abordagem prática, mostrando

ao estudante sua contextualização no Laboratório de Química. Por meio das práticas os

estudantes poderão desenvolver métodos de trabalho em equipe, capacidade de observação

crítica e de resolução de problemas inerentes ao trabalho de laboratório; desenvolver

habilidades para manipulação de reagentes e materiais; aprimorar a capacidade de observação,

raciocínio e dedução lógica; domínio dos métodos clássicos quantitativos de análise e

interpretação de resultados.

Noções de segurança de laboratório devem ser introduzidas aos estudantes no primeiro

dia de aula, e a cada prática, noções específicas sejam ressaltadas visando minimizar a

possibilidade de acidentes de laboratório. O conhecimento das vidrarias e materiais comuns no

laboratório faz parte das práticas introdutórias da disciplina.

As práticas foram selecionadas com a finalidade de abarcar os tópicos fundamentais de

Química Geral, tais como reações químicas, preparo de soluções, cálculos estequiométricos,

padronização de soluções, equilíbrio químico e iônico, termoquímica, cinética e eletroquímica.

O estudante deverá antes da prática, ler o roteiro e se certificar que conhece todos os

termos descritos. Atividades, tais como a pesquisa por termos desconhecidos ou cálculos é

solicitada anteriormente a prática, com a finalidade que o estudante aproveite o experimento

para sanar dúvidas. Este conjunto de práticas tem sido utilizado pelos professores da área de

química da Unila, entretanto buscou-se neste material didático enriquecer as questões

levantadas após as práticas e a redução do volume de resíduos gerados em cada aula prática.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
PREPARAÇÃO DO CADERNO DE LABORATÓRIO

Por que ter um caderno de laboratório?

Um caderno de laboratório tem como objetivo central incluir todas as informações

relacionadas a uma atividade laboratorial seja os conhecimentos prévios necessários para o

desenvolvimento do experimento, a coleta de dados ou o desenvolvimento dos cálculos. A

organização de um caderno de laboratório é algo pessoal, sendo algumas pessoas mais

detalhistas, enquanto outras são mais diretas. Assim, não há um formato único, entretanto, todos

os cadernos devem contar com itens essenciais.

Por que ele deve ser completo?

Um caderno de laboratório, organizado e completo, tem como objetivo o registo de todas

as atividades desenvolvidas no laboratório, servindo como apoio para o desenvolvimento de

futuras pesquisas e atividades profissionais. As informações pessoais, modificações no roteiro

experimental, ajustes realizados para a análise de determinadas amostras podem auxiliar em

procedimentos a serem desenvolvidos na vida profissional. Não raro há um relato de

pesquisadores que ainda recorrem aos seus cadernos de laboratório para consulta de

informações não descritas nos roteiros experimentais.

Por que o caderno de laboratório precisa ser individual?

Outro objetivo do caderno de laboratório é o desenvolvimento da habilidade da escrita

científica, a qual tem como principal característica a objetividade, primando por redigir todas

as observações relevantes. As informações devem ser adicionadas diretamente ao caderno de

laboratório, sem a necessidade de adicioná-las em rascunhos. Do mesmo modo que toda

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
atividade de redação é um exercício individual de aprendizagem, o treinamento da redação

cientifica tem o mesmo objetivo.

Como devo me preparar para a aula prática?

O caderno de laboratório tem a função de auxiliar o estudante a se preparar para a aula

prática. Em geral um caderno organizado denota a habilidade de organização do analista antes

da execução da prática, seja pela realização dos cálculos necessários, ou pesquisa de

informações relevantes para a plena execução do experimento. Após a leitura da prática, o

estudante deve indicar no caderno de laboratório as informações essenciais para a execução da

prática, sem a consulta excessiva ao roteiro experimental. Alguns estudantes optam por redigir

todo o conteúdo do roteiro experimental, outros preferem um resumo e ainda há aqueles que

preferem adicionar as informações de modo bastante visual. Não há apenas um modo, sugere-

se que o estudante procure sua melhor forma de se preparar para aula prática, buscando a cada

aula melhorar seu desempenho.

O que anotar no caderno de laboratório?

Tudo que envolver a aula prática! Esta é a melhor resposta. Todas as observações sobre

a execução dos experimentos devem estar contidas. Estas anotações farão toda a diferença no

momento da discussão dos resultados, pois irão fornecer elementos sobre como os resultados

foram atingidos, as evidencias de erros experimentais ou de método. São estas informações que

trazem a pessoalidade de quem executou a prática. Além disto, tem como objetivo organizar os

dados coletados durante as práticas e inclusão de todas as observações cientifica durante o

experimento.

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Seguem algumas normas para o preparo do caderno de laboratório:

1) A primeira regra é não se esquecer de trazer o caderno de laboratório em todas as aulas. Não

se deve fazer uso de papeis soltos ou bloco de anotações, visto que todas as informações devem

ser transcritas diretamente no caderno de laboratório. Faça as anotações imediatamente para

evitar esquecimentos.

2) Escolha um caderno de capa dura e brochura. Duas razões: a capa dura torna o caderno mais

resistente e a brochura evita que sejam removidas folhas.

3) Destine o caderno unicamente para o uso no laboratório.

4) As páginas do caderno devem estar numeradas. Você pode comprar um caderno com folhas

numeradas, ou numerá-las a próprio punho.

5) O caderno é de uso individual.

6) As anotações devem ser feitas de forma legível e à caneta (preferivelmente). Os cálculos

podem ser feitos a lápis, mas a versão definitiva deve ser feita a caneta.

7) A cada novo experimento começar sempre em uma nova folha, inutilizando o espaço em

branco eventualmente deixado na página anterior. Indicar a data e horário de início do

experimento, estudantes que participaram do experimento, título do experimento, objetivo,

resumo (esquema), pesquisas e cálculos prévios.

8) Nunca um dado deve ser apagado ou uma página rasgada, isso tira toda a autenticidade e

validade do caderno, se houver essa necessidade em caso extremo, usar a expressão “digo”

colocando a parte a ser substituída entre parênteses e a parte que irá substituir após. As correções

devem ser feitas traçando-se uma linha por cima de forma que permaneça legível, não rasure,

nem apague.

10) Não deixe espaços em branco. Inutilize com um traço o espaço em branco entre os dados

registrados e a assinatura ou o restante do texto.

11) Indique todas as fórmulas usadas para os cálculos.

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12) Indicar quaisquer modificações no roteiro, incluir observações durante o experimento, as

marcas comerciais dos reagentes e equipamentos usados (chapa aquecedora, agitador, etc).

13) Os resultados de cada experimento devem ser claramente colocados com suas possíveis

conclusões e interpretações sobre cada passo. Se possível e aplicável, incluir a análise

estatística. Indicar a bibliografia consultada quando pertinente.

INFORMAÇÕES SOBRE O PREPARO DOS RELATÓRIOS

1) Os manuscritos devem ser digitados em fonte Times New Roman 12;

2) Formato A 4 (210x297mm), com alinhamento justificado, mantendo margens laterais de 2,5

cm e espaço 1,5 em todo o texto;

3) Remover espaçamento entre os parágrafos;

4) Apenas as Tabelas devem ser confeccionadas com espaçamento simples entre linhas;

5) O recuo para elaboração do parágrafo deve ser: tab=1,25cm. Todas as páginas devem ser

numeradas no canto inferior direito;

6) As páginas devem estar numeradas consecutivamente, a partir da introdução.

7) Para evitar os frequentes problemas com impressoras, faça a impressão do documento com

antecedência;

8) Utilize o corretor de Revisão de Ortografia e Gramática para evitar erros no texto;

9) Os relatórios devem ser redigidos em português ou espanhol;

10) Com relação a unidades utilizar mg L-1 ao invés de mg/L ou mg.L-1.

11) As questões propostas como atividades tem o objetivo de orientá-los sobre os aspectos

principais das práticas que devem estar incluídos na discussão dos resultados;

12) Segue abaixo o modelo de Capa e outras normas a serem seguidas para elaboração do

relatório.

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Profa. Marcela Boroski

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE CIENCIAS DA VIDA


E DA NATUREZA (ILACVN)
Curso: Química – Licenciatura
Disciplina: Química Analítica Quantitativa (QUI0052)
Professora: Marcela Boroski

Atenção para as
margens! Superior,
inferior, direita e
esquerda: 2,5 cm.
RELATÓRIO DA PRÁTICA 1
“DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CÁLCIO EM BEBIDAS LÁCTEAS”

Os nomes dos estudantes devem


estar completos e com a mesma
redação que no Sigaa. Colocar em
ordem alfabética.
Atenção! Não colocar o nome de
quem participou somente por
Estudantes: Aline S. Fontana telepatia, ou que argumenta que
“com certeza irá ajudar no
Clarissa N. de Souza próximo relatório”.

Foz do Iguaçu, 10 de março de 2019.

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Química Geral no Laboratório
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O relatório é dividido nestas seções:
1. Introdução 1. Introdução
2. Objetivo
3. Materiais e métodos
4. Resultado e discussões
5. Conclusões
6. Referências Bibliográficas
7. Anexos
Não é necessário colocar um item em
Nesta seção, antes de iniciar a pesquisa, ler o cada página. Com exceção da capa, o
objetivo da Prática. As referências devem ajudar a relatório pode ser impresso frente e
atingir o objetivo da Prática, embasando as verso. Todos os títulos das diferentes
seções do texto devem ser apresentados
discussões dos resultados. em Negrito e ter apenas a primeira letra
Esta seção deve ter entre 1 e 2 páginas. de cada palavra em letra maiúscula.
Citar pelos menos 3 referências. Artigos que não Caso seja necessária utilização de sub
tenham a autoria não servem como referência para os tópicos nas seções do texto esses devem
relatórios. ser apresentados sem negrito e em
Nada de copiar um parágrafo inteiro, ou pior um itálico.
texto inteiro sem citar a referência, isto pode se
figurar como plágio, e trazer indesejáveis
consequências!
Vamos aprender a fazer um relatório corretamente, e
que seja para toda vida acadêmica e profissional de
vocês!

As citações literais no texto ou quando se refere a ideias de autores devem ser feitas
pelo sobrenome do autor (em letras minúsculas), seguido do ano de publicação e página (Soares,
2017). Quando houver dois autores, os nomes devem ser separados por “e” (Soares e Kaliw,
2008). Quando houver três ou mais autores, deve-se citar o primeiro autor seguindo de et al.
(Silva et al., 2014).

Exemplo:
O linho (Linum usitatissimum L.) é uma espécie que se destina à produção de fibras
têxteis de alta qualidade e sua semente, a linhaça, é matéria-prima para produção de óleo e
diversos produtos alimentícios (Morris, 2005).

Observem o tempo verbal!


Usar o verbo no infinitivo.

2. Objetivo
Determinar os níveis de cálcio em bebidas lácteas;
Comparar duas metodologias volumétricas e indicar a mais adequada para avaliação do
teor de cálcio em bebidas lácteas.

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3. Materiais e métodos
Usar a terceira pessoa do singular ou plural do tempo verbal pretérito perfeito para
relatar com detalhes o experimento. Atenção! Frequentemente modificações da aula prática são
realizadas, assim, descrever as modificações nesta seção.

Exemplo:
Para a obtenção dos extratos, utilizaram-se 10,0 g das folhas desidratadas de trigo
colhidas aos 80 dias. O extrato metanólico foi obtido por meio da percolação de 70 mL de
solvente metanol através das amostras trituradas durante 48 h, com adição de novas alíquotas
de metanol a cada 24 h. O solvente foi removido em evaporador rotatório a pressão reduzida a
40 ºC.

4. Resultado e discussões

Tabelas, Quadros e Figuras


As Tabelas têm por finalidade sintetizar dados numéricos, de um modo geral com
tratamento estatístico. Os Quadros apresentam os resultados brutos e possuem linhas de grade
de modo a formar um quadro. As Tabelas não devem apresentar grades laterais e as grades
internas devem ser utilizadas apenas se necessário (ver exemplo abaixo). As notas têm por
função conceituar ou esclarecer o conteúdo da tabela e se necessária deve ser indicada, no
rodapé da tabela, por letras ou símbolos gráficos, e em tamanho de letra menor do que aquela
utilizada no corpo da tabela.
Os resultados dever ser apresentados em Figuras ou Tabelas. As Tabelas e Figuras
devem ser apresentadas numeradas consecutivamente em algarismos arábicos segundo a ordem
que aparecem no texto. Tabelas e Figuras devem aparecer no texto com os seus respectivos
títulos.
As Tabelas, Figuras e Quadros devem sempre ser acompanhadas de título que descreva
claramente o conteúdo apresentado nas mesmas. O título deve ser autoexplicativo e
complementar o texto. Não é necessário utilizar o mesmo título da apostila, o ideal é
complementá-lo. Para Tabela e Quadro o título deve ser apresentado na parte superior e para as
Figuras na parte inferior das mesmas. As Tabelas, Quadros e Figuras devem ser mencionadas
no texto, por exemplo:
A Tabela 1 apresenta os valores de concentração de diferentes frações preparadas a

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partir dos extratos obtidos das folhas de linho. Quanto menos os valores, maior a eficiência
como antioxidante para promover a inibição do radical DPPH. Desde modo, os melhores
resultados foram encontrados para a fração acetato, seguido da butanoica e hexânica. Os dados
encontrados foram similares aos de Castro e Souza (2005) que investigaram folhas de linho
colhidas aos 40 dias. Embora o tempo de colheita seja inferior, os resultados foram similares.

Tabela 1. Concentração (μg mL-1) dos extratos obtidos das folhas de linho colhidas aos 80 dias,
necessário para inibir 50% do radical DPPH.
Fração Concentração (μg mL-1)
Hexânica 241,9±2,3
Acetato 153,7±1,0
Butanoica 228,7±0,9
Metanólica 387,0±3,8
Aquosa > 500
Os resultados são medias  desvio padrão de análises em triplicata.

Equações matemáticas
As Equações devem ser centralizadas e numeradas sequencialmente. Quando da
apresentação de fórmulas matemáticas no texto, essas devem ser confeccionadas utilizando-se
a ferramenta Microsoft Equation implementada no Word ® (ou similar) e devem ser numeradas
no canto direito da mesma com numeração entre parênteses. Quando necessário deve-se utilizar
legenda para descrever os componentes das fórmulas.

Exemplo:
Os cálculos foram realizados segundo método de Joseph e Ackman (1992), conforme
equação 1.
Ax xM p xFct
Mx  (Equação 1)
Ap xM a xFcea
Onde:
Mx: massa do ácido graxo x em mg g-1 de lipídio;
Mp : massa do padrão interno em mg;
Ma : massa da amostra de lipídios totais em g;
Ap: área do padrão interno;
Ax : área do ácido graxo x;

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Fcea: fator de conversão de metil éster para ácido graxo;
Fct: fator de correção (do detector de ionização chama) teórico do ácido graxo.

Importante!! Figuras, Quadros e Tabelas tem o objetivo de organizar a apresentação dos


resultados. Torna-se essencial discutir esses resultados no texto, citando os principais resultados
obtidos na tabela, indicando a media acompanhada do desvio padrão e o coeficiente de
variância.

5. Conclusões
As conclusões devem ser relevantes e congruentes com os objetivos, ou seja, deve
responder à pergunta de pesquisa. Não devem conter citações bibliográficas, nem sugestões
e/ou considerações adicionais nesta seção.

6. Referências
As referências devem ser apresentadas de acordo com as Normas da ABNT NBR
6023:2018.

7. Anexos
Caso sejam incluídas informações adicionais, como cálculos, e outras informações
complementares, os mesmos podem ser incluídos nos anexos.

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PRÁTICA 1
Segurança no Laboratório de Química

Objetivos

Conhecer as normas básicas de segurança no Laboratório de Química.

Identificar as principais vidrarias e utensílios em um laboratório

químico e conhecer suas aplicações.

Introdução

A segurança no laboratório de química é uma preocupação individual e coletiva, visto

que um acidente que ocorra no laboratório pode prejudicar a vida de todos os usuários.

São de fundamental importância o conhecimento dos Equipamentos de Proteção

individual (EPI) e Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). Nesta aula os estudantes devem

tomar conhecimento destes equipamentos de segurança.

Nesta prática os estudantes devem refletir sobre os principais aspectos na conduta que

podem comprometer sua segurança no laboratório de química. As normas gerais estão

disponíveis em Machado e Mól (2008), Lenzi et al. (2004) e Almeida (2011).

Procedimento Experimental

Materiais

- EPIs e EPCs utilizados nos Laboratórios de Química;

- Vidrarias e acessórios de uso no Laboratório de Química.

Metodologia

Parte A

Nesta aula o estudante tomará conhecimento do laboratório e de seus acessórios. Irá

conhecer os EPIs e EPCs utilizados nos Laboratórios de Química e preencher o Quadro 1.

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Quadro 1. Relação de EPIs e EPCs utilizados nos Laboratórios de Química.

EPI EPC

Parte B

Os estudantes vão se deparar com situações perigosas e incorretas no laboratório, que

vão contra as normas de segurança. Os estudantes deverão, dentro da equipe, elencar estes itens

e preencher o Quadro 2.

Quadro 2. Dados obtidos no grupo de laboratório.

Itens Situações de perigo no laboratório Qual a possível consequência


1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16

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Parte C

Vidrarias e acessórios de laboratório serão apresentados com suas respectivas

finalidades.

Atividades

Preencher os dados dos Quadros 1 e 2, compartilhando os dados com outros grupos.

Referências

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

ALMEIDA, P. C. V. Segurança e Normas de Trabalho em Laboratório. In: ALMEIDA, P. C.

V. Química Geral – Práticas Fundamentais. 1. ed. Viçosa: Editora UFV, 2005. p. 9-23.

MACHADO, P. F. L.; MÓL, G. S. Experimentando química com segurança. Química Nova

na Escola, São Paulo, n. 27, 2008.

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PRÁTICA 2
Medidas de volume, pesagem e o conceito de mol

Conhecimento prévio

- Noções de segurança e conhecimento das vidrarias comuns no Laboratório de Química.

Preparação para a realização da prática

- Pesquisar a densidade e massa molecular dos sais descritos na Atividade 3 (Tabela 1) e as

Questões 3. Trazer as informações anotadas individualmente no caderno de laboratório;

- Trazer anotado no caderno de laboratório a fórmula para o cálculo da média, desvio padrão e

coeficiente de variância;

- Definir o termo exatidão e precisão no caderno de laboratório;

- Trazer para a aula prática: tabela periódica, tabela de nome de ânions, tabela de solubilidade

de sais em água.

Objetivos

Aprender a manusear vidrarias comuns no laboratório e usar a

balança analítica;

Contextualizar o significado de mol no laboratório de química.


Introdução

As diferentes vidrarias disponíveis nos laboratórios são resultado do trabalho artesanal

de cientistas que ao longo dos séculos desenvolveram materiais que atendessem as suas

necessidades, melhorando o desenvolvimento do experimento. O formato cônico do erlenmeyer

foi pensando para evitar respingar as soluções durante uma reação, permitindo ao analista

homogeneizar o conteúdo, por exemplo, durante uma análise por titulação. Já a função do

béquer é de armazenamento e transferência de líquidos e sólidos, não constituindo uma vidraria

de alta precisão e exatidão.

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Química Geral no Laboratório
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O manuseio das vidrarias e equipamentos no laboratório requer treino e o

desenvolvimento de habilidades. Esta aula terá uma abordagem prática, que permitirá ao

estudante tornar-se apto a diferenciar as vidrarias usadas para medidas de volume, daquelas

empregadas para armazenamento.

A União Internacional de Química Pura e Aplicada (do inglês International Union of

Pure and Applied Chemistry – IUPAC) tem como, um dos objetivos, simplificar a linguagem

usada pelos químicos no mundo inteiro. Embora muitos livros tragam a denominação de

“número de Avogadro”, o termo correto é “constante de Avogadro”. O mol é uma unidade de

medida do Sistema Internacional de Unidades (SI) para a grandeza quantidade de matéria.

Desde 1971 o mol era definido como sendo a quantidade de matéria de um sistema que contém

tantas entidades elementares quantos são os átomos contidos em 0,012 kg de carbono 12. Em

uma recente divulgação técnica da IUPAC, o conceito de mol foi alterado, baseando-se sua

definição em um número específico de entidades elementares (Marquardt et al., 2018). De

acordo com esta nova definição, um mol contém exatamente 6.022 140 76 x 10 23 entidades

elementares. Quando se utiliza a unidade mol, as entidades elementares devem ser

especificadas, podendo ser átomos, moléculas, elétrons, outras partículas ou agrupamentos

especiais de tais partículas (Silva e Rocha-Filho, 1995). A constante de Avogadro (NA)

estabelece a igualdade entre a quantidade de matéria (n) e o numero de entidades (N), dado pela

equação 1.

N = NA . n (Equação 1)

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Procedimento Experimental

Materiais

Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Amostras/Reagentes


Balança analítica Grãos de feijão
Pesa filtro ou vidro de relógio Sulfato de cobre
Pissete com água destilada Cloreto de sódio
Béquer 50 mL Ferro
Proveta 10 mL
Pipeta volumetria 10 mL
Pipeta graduada 10 mL
Tubo de ensaio (2)
Bureta
Erlenmeyer 125 mL
Termômetro

Metodologia

Parte A

1) Pese um béquer seco de 50 mL. Meça 10 mL de água com uma proveta, coloque-a no béquer

de 50 mL e pese-o novamente. Evitar tocar o béquer diretamente com as mãos.

2) Repita este procedimento mais duas vezes e anote os pesos obtidos no Quadro 1.

Quadro 1. Dados obtidos no laboratório de química, pesando-se 10 mL de água com auxílio


de uma proveta.

Medida Béquer (g) Béquer + água (g) Massa de água (g) Volume de água
(mL)
1
2
3
Média
Desvio padrão (DP)
Coeficiente de
variância (CV)

3) Seque o béquer de 50 mL previamente pesado e repita o procedimento anterior, utilizando

agora uma pipeta volumétrica de 10 mL. Anote os pesos no Quadro 2.

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Química Geral no Laboratório
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Quadro 2. Dados obtidos no laboratório de química, pesando 10 mL de água com auxílio de


uma pipeta volumétrica.

Medida Béquer (g) Béquer + água (g) Massa de água (g) Volume de água
(mL)
1
2
3
Média
Desvio padrão (DP)
Coeficiente de
variância (CV)

4) Seque o béquer de 50 mL previamente pesado e adicione 10 mL de água destilada, utilizando

a graduação do próprio béquer. Anote os pesos no Quadro 3.

Quadro 3. Dados obtidos no laboratório de química, pesando 10 mL de água diretamente no


béquer seguindo a graduação da vidraria.

Medida Béquer (g) Béquer + água (g) Massa de água (g) Volume de água
(mL)
1
2
3
Média
Desvio padrão (DP)
Coeficiente de
variância (CV)

5) Determinar a temperatura da água para estimar o volume dos itens 1,3 e 4. Consultar a Tabela

de massa específica da água em função da temperatura (Quadro 4).

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Química Geral no Laboratório
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Quadro 4. Massa específica da água (g mL-1) a diferentes temperaturas.


Temperatura
o Em decimos de grau
C
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
10 0,999700 691 682 673 664 654 645 635 624 615
11 605 595 585 574 564 553 542 531 520 509
12 498 486 475 463 451 439 427 415 402 390
13 377 364 352 339 326 312 299 285 272 258
14 244 230 216 202 188 173 159 144 120 114
15 099 084 069 054 038 023 007 991 975 959
16 0,998943 926 910 893 877 860 843 826 809 792
17 774 757 739 722 704 686 668 650 632 613
18 595 576 558 539 520 501 482 436 444 424
19 405 385 365 345 325 305 285 265 244 224
20 203 183 162 141 120 099 078 056 035 013
21 0,997992 970 948 926 904 882 860 837 815 792
22 770 747 724 701 678 655 632 608 585 561
23 538 514 490 466 442 418 394 369 345 320
24 296 271 246 224 196 171 146 120 095 069
25 044 018 992 967 941 914 888 862 836 809
26 0,996783 756 929 703 676 649 621 594 567 540
27 512 485 457 429 401 373 345 311 289 261
28 232 204 175 147 118 089 060 031 002 973
29 0,995944 914 885 855 826 796 766 736 706 676
30 646 616 586 555 525 494 464 433 402 371
Valores na pressão de 1 atm. Fonte: Handbook of Chemistry and Physics, CRC press, Ed 64.

Atividade 1

Preencher os dados dos Quadros 1, 2 e 3 e calcular os valores de média, desvio padrão e

coeficiente de variância a partir das medidas de volume.

Questão 1. Qual das vidrarias apresentou maior precisão? Calcular o erro relativo. Qual

apresentou maior exatidão nas medidas? Explique a razão das diferenças observadas

empiricamente.

Parte B

1) Pipetar com a pipeta graduada (transferindo para diferentes tubos de ensaio) 2,0 mL; 2,7 mL

e 3,8 mL de água. Esta prática tem a finalidade de treinar o aluno para controlar volumes

18
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
variáveis numa pipeta graduada. Atenção! Nunca pipetar com a boca, utilizar sempre um

pipetador.

2) Encher a bureta com água. Transferir o volume para o erlenmeyer. Observar a diferença entre

uma vidraria volumétrica e de transferência de líquidos.

Parte C

1) Numa balança de precisão pesar 6 grãos de feijão. Realizar o procedimento três vezes

empregando diferentes grãos de feijão. Anotar o valor da pesagem no Quadro 5.

Quadro 5. Dados obtidos no laboratório de química, pesando-se 6 grãos de feijão.

Medida Valor Pesado Arredondamento Arredondamento


para 3 casas para 2 casas
decimais decimais
1
2
3
Média* - -
Desvio padrão (DP)* - -
Coeficiente de - -
variância (CV)*
*As fórmulas devem ser pesquisadas antes da aula prática.
Atividade 2

Preencher os dados do Quadro 5, compartilhando os dados com outros grupos.

Questão 2. Supondo que um grão de feijão seja um átomo, ou uma fórmula (para compostos

iônicos), ou uma molécula de alguma espécie, por exemplo, de água (H 2O), e que a produção

anual a nível nacional em 2017, foi 25.750.000 toneladas de feijão.

a) Quantos anos se passariam para produzir a quantidade de feijões, que contém a constante de

Avogadro de grãos (6,023x1023 unidades). Calcular e expressar os respectivos resultados, para

19
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
os grãos de feijão, em termos de algarismos significativos na forma costumeira e na forma de

notação científica.

b) Quantos séculos este valor corresponde?

Parte D

1) Antes da aula iniciar, determinar a massa molecular de cada uma das substâncias – sulfato

de cobre, cloreto de sódio, água e ferro, fórmula química, densidade, volume e indicar a massa

de amostra (g) necessária para se pesar 1 mol de cada uma das substâncias. Preencher

completamente a Tabela 1, antes da aula prática.

2) Cada grupo será responsável pela pesagem de uma substancia. Pese um mol de cada umas

das quatro substâncias: sulfato de cobre, cloreto de sódio, água e ferro.

Tabela 1. Atividade auxiliar para interpretação da definição de mol.


Massa Massa Massa Volume
Formula
Substância molecular amostra específica aproximado
química
(g/mol) (g) (g/ cm3) (cm3)
Sulfato de cobre (sólido)

Cloreto de sódio (sólido)

Água (líquida a 25 oC)

Ferro (sólido)

Atividade 3

Preencher a Tabela 1 antes da aula prática.

Questão 3. Responda as perguntas abaixo antes da aula prática.

a) Qual o significado de mol?

b) Ordene as substâncias estudadas em ordem crescente de massa molecular. Os volumes

acompanham esta mesma ordem?

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
c) Por que a grandeza mol é útil na química?

d) Seria prático vender ovos utilizando a grandeza mol ao invés de dúzia?

e) Por que um mol de água pesa menos que um mol de sulfato de cobre?

Referências

CHRISPINO, A. Manual de química experimental, Campinas: Editora Átomo, 2010, 253 p.

SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,

São Paulo, n.1, p. 12-14, 2005.

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

MARQUARDT, R.; MEIJA, J.; , MESTER, Z.; TOWNS, M.; WEIR, R.; DAVIS, R.;

STOHNER, J. Definition of the mole (IUPAC Recommendation 2017). Pure and Applied

Chemistry. n. 90, v. 1, p. 175-180, 2018.

TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski

PRÁTICA 3
Chama e técnicas de separação

Conhecimento prévio

Noções de segurança no laboratório de química.

Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.

Preparação para a realização da prática

- Verifique e pesquise termos ou conceitos desconhecidos;

- Pesquisar e anotar no caderno de laboratório (individualmente):

a) Anote no seu caderno de laboratório um resumo da teoria que se baseia o Modelo de Bohr,

Modelo de Dalton e Modelo de Thomson – será necessário para interpretar os resultados da

prática (Atividade 1).

b) Qual a diferença entre mistura homogênea e heterogênea? Citar 3 exemplos de cada tipo de

mistura (Atividade 2).

c) Equacionar a reação entre o carbonato de sódio e cloreto de cálcio.

Objetivos
Aprender a técnica de manuseio do acessório de laboratório
Bico de Bunsen;
Correlacionar a prática de ensaio por via seca com a teoria
atômica de Bohr;
Aprender e diferenciar as técnicas de separação de misturas.

22
Química Geral no Laboratório
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Procedimento Experimental

Materiais

Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Amostras/Reagentes


Balança analítica Sais inorgânicos
Pesa filtro ou vidro de relógio Na2CO3 0,50 mol L-1
Pissete com água destilada CaCl2 0,50 mol L-1
Bico de bunsen
Filtro de papel
Béquer 100 mL (3)
Proveta 25 mL (2)
funil
Funil de buchner, kitassato e sistema de filtração
a vácuo

Metodologia

Parte A

1) Levar a chama, com auxílio de uma espátula metálica uma pequena porção de sais. Observar

a coloração e anotar na Tabela 1 (Atividade 1).

Parte B

1) Medir em um proveta 20 mL da solução de Na2CO3 0,50 mol L-1 e em uma outra proveta,

medir 20 mL da solução de solução de CaCl2 0,50 mol L-1. Em um béquer misturar as soluções.

Levar o béquer a uma chapa de aquecimento por 5 min a uma temperatura de 70 oC, desligar e

filtrar em seguida. Separe o sólido do líquido, por decantação, deixando em repouso por mais

ou menos 60 minutos.

2) Medir em um proveta 20 mL da solução de Na2CO3 0,50 mol L-1 e em uma outra proveta,

medir 20 mL da solução de solução de CaCl2 0,50 mol L-1. Em um béquer misturar as soluções.

Levar o béquer a uma chapa de aquecimento por 5 min a uma temperatura de 70 oC, desligar e

23
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
filtrar em seguida. Monte o aparato para a filtração simples e utilize um papel de filtro. Umedeça

o papel com água destilada e inicie a filtração. O resíduo que ficar no béquer, lavar com o

filtrado ou com água destilada a 70 oC para manter a temperatura.

3) Pese o papel de filtro em balança analítica e anote o peso. Medir em uma proveta 20 mL da

solução de Na2CO3 0,50 mol L-1 e em uma outra proveta, medir 20 mL da solução de solução

de CaCl2 0,50 mol L-1. Em um béquer misturar as soluções. Levar o béquer a uma chapa de

aquecimento por 5 min a uma temperatura de 70 oC, desligar e filtrar em seguida. Utilize o

sistema de filtração a vácuo (pressão reduzida), e antes de iniciar a filtração, umedeça o papel

de filtro (previamente pesado) no funil de buchner. O resíduo que ficar no béquer deve ser

lavado com água a uma temperatura de 70 oC. Leve o papel de filtro para secar em um vidro de

relógio devidamente rotulado por grupo e levar para secagem em estufa a 130oC por 24h.

Tratamento de resíduo: Recolha os resíduos (precipitado), junto com o papel de filtro,

para o frasco de resíduos sólidos.

Atividades

1) Preencher a tabela 1 com os dados dos sais e a cor observada.

Tabela 1. Atividade experimental de teste de chama com diferentes sais.

Nome do sal Fórmula química Cor observada

24
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
2) Explique o que foi observado, baseando-se no modelo atômico de Bohr.

3) Com relação aos métodos de separação, responda:

a) Equacione a reação entre cloreto de cálcio e carbonato de sódio e descreva detalhadamente

suas observações. Escrever as equações molecular, iônica e iônica líquida.

b) Calcule o rendimento teórico esperado de formação do precipitado.

c) Calcule o rendimento obtido experimentalmente.

d) Discuta as possíveis fontes de erro, responsáveis pelas diferenças de rendimento.

e) Compare os três processos anteriores de separação: Decantação, Filtração Simples e Filtração

à Pressão Reduzida quanto aos aspectos de velocidade de separação, aspecto da fase sólida

obtida (mais úmido ou mais seco), aspecto da fase líquida obtida (límpida ou turva).

4) Descreva o procedimento de disposição de todos os resíduos gerados na aula prática.

Referências

CHRISPINO, A. Manual de química experimental, Campinas: Editora Átomo, 2010, 253 p.

SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,

São Paulo, n.1, p. 12-14, 2005.

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski

PRÁTICA 4
Reações iônicas e moleculares

Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.

Preparação para a realização da prática


- Leia atentamente o roteiro e monte um esquema ilustrativo da prática;
- Verifique e pesquise termos ou conceitos desconhecidos;
- Trazer para a aula prática: tabela periódica, tabela de nome dos ânions e cátions, tabela de
solubilidade de sais em água;
- Pesquisar e escrever as reações químicas, previstas nas atividades da prática. Anotar
individualmente no caderno de laboratório.

Objetivo

Estudar reações químicas no laboratório.

Introdução

A análise qualitativa utiliza dois tipos de ensaios: reações por via seca e reações por via

úmida. As primeiras são aplicáveis a substâncias sólidas, e as últimas, a substâncias em solução.

Os ensaios por via seca podem ser conduzidos sem dissolver a amostra, por exemplo, o teste da

chama utilizando bico de Bunsen, ou ainda métodos instrumentais avançados.

Os ensaios por via úmida são realizados com a amostra e os reagentes em solução.

Nestes ensaios percebe-se a ocorrência de reação pela formação de precipitado, por

desprendimento de gás, ou mudança de cor, ou ainda mudança nas propriedades físicas

químicas, tais como variações no pH, condutividade e potencial redox.

26
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
A equação química que descreve uma transformação durante uma reação é chamada de

equação molecular. Por exemplo:

NaCl (aq) + AgNO3 (aq) → AgCl (s) + NaNO3 (aq)

Uma representação mais precisa da reação, como realmente ocorre em solução, é dada

pela equação iônica. Assim:

Na+(aq) + Cl-(aq) + Ag+(aq) + NO3-(aq) → AgCl(s) + Na+(aq) + NO3-(aq)

Nesta equação, todas as substâncias iônicas são solúveis e encontram-se dissociadas na

solução. A fórmula do cloreto de prata (AgCl) é escrita na forma molecular porque os seus íons

não estão separados. Como nas reações analíticas por via úmida não detectamos o sal, mas sim

o(s) íon(s) deste sal, representa-se estas de uma forma simplificada denominada equação iônica

representativa ou líquida, isto é, à equação que resume as mudanças que ocorrem:

Cl-(aq) + Ag+(aq) → AgCl(s)

Procedimento Experimental

Materiais/ Vidrarias
Reagentes
(Quantidades)
Estante NaCl 0,10 mol L-1
Pissete com água destilada AgNO3 0,10 mol L-1
tubos de ensaio KSCN 0,10 mol L-1
CuSO4 0,10 mol L-1
Na2CO3 (sat)
HCl 6,0 mol L-1
NaOH 0,10 mol L-1
NH4OH 0,10 mol L-1
Fe(NO3)3 0,10 mol L-1
Pb(NO3)2 0,10 mol L-1
K2CrO4 0,10 mol L-1
FeCl3 0,10 mol L-1
NH4SCN 0,10 mol L-1
Papel alumínio picado

27
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Metodologia

Tubo 1

Adicione num tubo de ensaio 10 gotas de solução de cloreto de sódio 0,10 mol L-1. Em

seguida adicione 10 gotas de nitrato de prata 0,10 mol L-1. Observe a reação. Escreva a equação

química. Guarde este tubo e examine-o após 30 minutos.

TUBO REAGENTES OBSERVAÇÕES

Molecular:
1
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:

Tubo 2

Adicione num tubo de ensaio 5 gotas de solução de sulfato de cobre 0,10 mol L-1. Em

seguida, adicione 10 gotas de hidróxido de sódio 0,10 mol L-1. Observe a reação química.

Escreva a equação química e a característica do precipitado formado.

TUBO REAGENTES OBSERVAÇÕES

Molecular:
2
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:

28
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Tubo 3

Adicione em um tubo de ensaio 10 gotas de solução saturada de carbonato de sódio. Em

seguida, adicione lentamente pelas paredes do tubo de ensaio, 10 gotas de solução de ácido

clorídrico 6,0 moL L-1. Observe a reação química. Escreva a equação química e anote as suas

observações.

TUBO REAGENTES OBSERVAÇÕES

Molecular:
3
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:

Tubo 4

Adicione em um tubo de ensaio 10 gotas de solução de nitrato férrico 0,10 mol L-1. Em

seguida, adicione 5 gotas de solução de tiocianato de potássio 0,10 mol L-1. Observe a reação

química. Escreva a equação e a característica do produto formado.

TUBO REAGENTES OBSERVAÇÕES

Molecular:
4
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:

29
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Tubo 5

Adicione em um tubo de ensaio um pedaço de papel alumínio (aproximadamente 1,0 x

0,5 cm). Em seguida adicione lentamente pelas paredes do tubo de ensaio, gotas de solução de

ácido clorídrico 6,0 mol L-1 (o suficiente para deixar o papel de alumínio submerso). Observe

a reação química. Escreva a equação química e anote as suas observações.

TUBO REAGENTES OBSERVAÇÕES

Molecular:
5
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:

Tubo 6

Num tubo de ensaio adicionar 20 gotas de solução de nitrato de chumbo 0,10 moL L-1 e

20 gotas de solução de cromato de potássio 0,10 moL -1. Agitar e observar.

TUBO REAGENTES OBSERVAÇÕES

6 Molecular:
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:

Tubo 7

Num tubo de ensaio adicionar 20 gotas de solução de sulfato de cobre 0,10 mol L-1 e 20

gotas de solução de hidróxido de amônio 0,10 mol L-1. Agitar e observar.

TUBO REAGENTES OBSERVAÇÕES

Molecular:
7
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida:

30
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Tubo 8

Em um tubo de ensaio adicionar 5 gotas de solução 0,10 mol L-1 de cloreto férrico e 30

gotas de solução 0,10 mol L-1 de tiocianato de amônio, agitar e observar.

TUBO REAGENTES OBSERVAÇÕES

8 Molecular:
EQUAÇÕES Iônica:
Iônica líquida

Atividades

1) Preencher os quadros com os nomes de reagentes utilizados em cada reação, as equações

correspondentes e as observações empíricas (liberação de cor, formação de precipitado,

mudança de coloração, etc).

2) Quais as semelhanças observadas nos tubos 4 e 8 e nos tubos 2 e 7?

Referências

CHRISPINO, A. Manual de química experimental, Campinas: Editora Átomo, 2010, 253 p.

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,

São Paulo, n.1, p. 12-14, 2005.

TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski

PRÁTICA 5
Preparo de soluções

Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.

Preparação para a realização da prática


- Leia atentamente o roteiro e monte um esquema ilustrativo da prática;
- Verifique e pesquise termos ou conceitos desconhecidos;
- Pesquise e apresente um breve comentário sobre os cuidados e manuseio dos seguintes
reagentes: Ácido clorídrico e hidróxido de sódio P.A.
- Fazer a leitura do material complementar de soluções.
- Preparar os cálculos para a prática individualmente, no caderno de laboratório. Fazer os
cálculos das atividades 1 a 6.

Objetivo

Aprender a preparar soluções no laboratório.

Introdução

Uma solução é composta por duas ou mais substancias, em que aquela que está presente

em maior quantidade é denominada solvente e aquela que está presente em menor quantidade

é denominada de soluto. Assim, a solução é uma mistura homogênea que pode estar presente

no estado sólido, líquido e gasoso. Em face a solubilidade do soluto no solvente, as soluções

podem ser classificadas em soluções saturadas, insaturadas ou supersaturada. Assim, o

coeficiente de solubilidade estabelece a quantidade máxima solvente pode ser dissolvido na

solução.

32
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski

Procedimento Experimental

Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Reagentes


Béquer 100 mL (5) HCl PA 36,5% m/m
Pissete com água destilada NaOH 95% m/m
Béquer 250 mL (5) Álcool etílico comercial (95% v/v)
Balões Volumétricos de 100 mL (2)
Balões Volumétricos de 250 mL (2)
Espátula de Porcelana (2)
Pipeta Graduada de 10 mL
Pipeta Volumétrica de 20 mL (1)
Pipeta Volumétrica de 25 mL (1)

Metodologia

Parte A – Preparo de solução de HCl 0,10 mol L-1

Calcule o volume de ácido clorídrico concentrado (36,5 % em massa e densidade 1,184

g mL-1) necessário para preparar 50 mL de uma solução de HCl 0,1 mol L-1.

Pipeta o volume calculado e transfira-o, gota a gota, pelas paredes e com agitação, para

um béquer de 25 mL já contendo aproximadamente 10 mL de água destilada. Após esfriar,

transfira para um balão volumétrico.

IMPORTANTE: Toda solução ácida ou básica deve ser preparada adicionando-se ácido ou

base á água (e nunca o contrário) para evitar explosão, devido ao alto calor de dissolução desses

reagentes.

Parte B – Preparo de solução de HCl 0,010 mol L-1

A partir da solução preparada anteriormente, prepare, por diluição, 100 mL de solução

0,01 mol L-1 de ácido clorídrico.

33
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Parte C – Preparo de solução de NaOH 0,10 mol L-1

Prepare 250 mL de uma solução 0,10 mol L-1 de NaOH, a partir do reagente sólido P.A

(95%). Calcule a massa necessária. Pese a massa calculada em um vidro de relógio utilizando

balança analítica. Transfira a massa pesada para um béquer de 50 mL já contendo

aproximadamente 20 mL de água destilada. Dissolva completamente com um auxilio de um

bastão de vidro e, após esfriar, transfira para um balão volumétrico de 250 mL, com auxílio de

um funil de separação.

Parte D – Preparo de solução de uma solução de etanol a 70% (v/v)

Prepare 100 mL de uma solução de álcool etílico comercial 70% (v/v) em água a partir

de álcool etílico comercial (95% v/v). Para o preparo desta solução medir o volume de etanol e

água em provetas separadas e misturar em um terceira proveta. Qual o efeito observado? Repetir

o mesmo procedimento fazendo as mesmas medidas, adicionando água no lugar do etanol.

Atividades

1) Qual o volume de ácido clorídrico concentrado (36,5 % em massa e densidade 1,184 g mL-
1
) necessário para preparar 50 mL de uma solução de HCl 0,10 mol L-1 (Parte A)?

2) Qual o volume da solução de HCl 0,10 mol L-1 necessário para preparar uma solução 0,010

mol L-1 utilizando um balão de 100 mL (Parte B)?

3) Qual a massa de NaOH necessário para preparar uma solução de NaOH 0,10 mol L-1 em um

balão de 250 mL (Parte C)?

4) O NaCl é empregado como padrão primário na volumetria de precipitação. Qual a massa

necessária para preparar 50 mL de uma solução 0,10 mol L-1?

5) Qual a massa necessária para preparar uma solução saturada de carbonato de cálcio, em um

volume de 100 mL? Esta solução tem caráter ácido, neutro ou básico. Mostre as reações.

34
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
6) Qual o volume de álcool etílico comercial (95% v/v) necessário para preparar 100 mL de

uma solução etanólica 70% (v/v)? Para o preparo desta solução medir o volume de etanol e

água em provetas separadas e misturar em uma terceira proveta. Qual o efeito observado?

Explique.

Referências

CHRISPINO, A. Manual de química experimental, Campinas: Editora Átomo, 2010, 253 p.

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,

São Paulo, n.1, p. 12-14, 2005.

TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.

35
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski

PRÁTICA 6
Padronização de soluções

Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.

Preparação para a realização da prática


- Leia atentamente o roteiro e monte um esquema ilustrativo da prática;
- Verifique e pesquise termos ou conceitos desconhecidos;
- Preparar os cálculos para a prática individualmente, no caderno de laboratório. Fazer os
cálculos das atividades 1 a 6.

Objetivo

Realizar a padronização de soluções no laboratório.

Conhecimento prévio:

Procedimento Experimental

Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Reagentes


Biftalato de potássio
Béquer 100 mL (3)
(C8H5KO4, 204,22 g mol-1)
Pissete com água destilada Solução de NaOH 0,1 mol L-1
Balões Volumétricos de 100 mL (2) Solução de HCl 0,1 mol L-1
Pesa filtro Indicador Fenolftaleína
Pipeta Graduada de 10 mL
Pipeta Volumétrica de 20 mL (1)
Erlenmeyers de 250 mL (2)
Bureta de 50 mL
Suporte universal de ferro e garra para
bureta

36
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Metodologia

Parte A – Padronização do NaOH com padrão primário

1) Calcular a massa de biftalato de potássio necessária para titular uma alíquota de 10 mL de

solução de NaOH. Pesar a massa calculada em um pesa filtro e transferir quantitativamente para

um erlenmeyer de 250 mL. Adicionar aproximadamente 25 mL de água destilada e colocar três

gotas de fenolfateína.

2) Lavar a bureta 3 vezes com aproximadamente 5 mL da solução de NaOH a ser padronizada.

Descartar esta solução. Atenção: Não misturar a solução usada para ambientar a bureta com a

solução que será usada na titulação.

3) Preencher a bureta com a solução de NaOH, certificando-se que todas as bolhas foram

removidas. Zerar a bureta.

4) Colocar uma folha de papel branco embaixo do erlenmeyer e realizar a titulação, adicionando

a base gota a gota sempre agitando o erlenmeyer, até o aparecimento de uma coloração rosa

permanente que seja fracamente perceptível.

5) Sempre que uma gota da solução proveniente da bureta cair nas paredes do erlemeyer,

interromper a titulação e arrastar a gota com água destilada, utilizando o frasco lavador, para

que esta reaja com a solução contida no erlenmeyer. Registrar o volume gasto de solução de

NaOH. Repetir a operação 3 vezes, sempre zerando a bureta antes de uma titulação.

6) Calcular a concentração, em mol L-1, da solução de NaOH.

7) Preencher o Quadro 1 com os resultados.

37
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Quadro 1. Resumo dos resultados da prática de padronização da solução de NaOH.
1 2 3
Massa biftalato de postássio (g)
Número de mols de biftalato de postássio
Volume de NaOH (mL)
[NaOH] (mol L-1)
Média [NaOH] (mol L-1)
Desvio padrão
Coeficiente variância (%)

Parte B – Padronização do HCl com a solução padrão de NaOH

1) Colocar em um erlemeyer de 250 mL, 10 mL da solução HCl 0,10 mol L-1 e 3 gotas do

indicador fenoftaleina. Com o auxilio de uma bureta, adicionar; gota a gota, a solução de NaOH

padronizada anteriormente, sempre agitando o erlenmeyer, até o aparecimento de uma

coloração rosa permanente que seja fracamente perceptível. Sempre que uma gota da solução

proveniente da bureta cair nas paredes do erlenmeyer, interromper a titulação e arrastar a gota

com água destilada, utilizando o pissete, para que esta reaja com a solução contida no

erlenmeyer. Anotar o volume de NaOH utilizado. Realizar o experimento em triplicata. Zerar a

bureta antes de uma nova titulação.

2) Preencher o Quadro 2 com os resultados.

Quadro 2. Resumo dos resultados da prática de padronização da solução de HCl.


1 2 3
[NaOH] (mol L-1)
Volume de NaOH (mL)
Número de mols de NaOH
Número de mols de HCl
Volume da solução de HCl (mL)
[HCl] (mol L-1)

38
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Média [HCl] (mol L-1)
Desvio padrão
Coeficiente variância (%)

Atividades

1) Calcular a massa de biftalato de potássio necessária para titular uma alíquota de 10 mL de

solução de NaOH 0,10 mol L-1.

2) Quais os requisitos que tornam o biftalato de potássio um padrão primário?

3) O que ocorre quando a solução padronizada de NaOH entra em contato com a solução contida

no erlenmeyer ? Apresente a equação.

4) Qual o significado da mudança de coloração da solução contida no erlenmeyer, no final da

titulação?

5) As soluções de ácido preparadas na prática anterior poderiam ser consideradas soluções

padrão? Por quê?

6) Qual o volume de NaOH 0,10 mol L-1 estimado reagir com 10 mL de uma solução de HCl

0,10 mol L-1?

Referências

CHRISPINO, A. Manual de química experimental, Campinas: Editora Átomo, 2010, 253 p.

SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,

São Paulo, n.1, p. 12-14, 2005.

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski

PRÁTICA 7
Determinação do pH

Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.

Preparação para a realização da prática


- Leia atentamente o roteiro e monte um esquema ilustrativo da prática.
- Verifique e pesquise termos ou conceitos desconhecidos.
- Pesquise a estrutura dos indicadores: fenolftaleína, alaranjado de metila e vermelho de metila
e mostre as estruturas em meio ácido e em meio básico. Anote individualmente no caderno de
laboratório.
- Pesquise três aplicações de medidas de pH na área de atuação do curso.

Objetivo

Determinar o pH de soluções utilizando indicadores e o


potenciômetro.
Conhecimento prévio:

Introdução

As determinações de pH fornecem informações sobre as concentrações de íons hidrônio

(H3O+ ou H+) e hidroxila (OH-) presentes no meio. As substâncias ácidas que podem ser

encontradas incluem sucos cítricos, vinagres, refrigerantes carbonatados e produtos para

limpeza. Subtancias de carater básico incluem o bicarbonato de sódio, detergentes, amônia,

alvejantes clorados e tabletes antiácidos para o estômago.

Os estudos sobre nossos próprios fluidos corporais também mostram que alguns são

ácidos enquanto outros são praticamente neutros ou ligeiramente básicos. O conteúdo do

estômago pode ser muito ácido – as células que revestem as paredes do estômago secretam

ácido clorídrico. A urina humana pode ser ligeiramente ácida ou básica, dependendo do que foi

40
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
ingerido ou do estado de saúde da pessoa. O sangue humano, as lágrimas e a saliva quase sempre

são ligeiramente básicos.

As concentrações de ions H+ e OH- são expressas em mol L-1. O pH (potencial

hidrogenionico) é uma função logarítmica da concentração de ions H+, relacionados pela

equação 1.

pH = - log [H+] (Equação 1)

O pHmetro é um aparelho sensor de íon, o qual consiste de uma célula eletroquímica

para medir a atividade de íons H+ que fornece uma voltagem de saída que depende do logarítmo

da concentração de íons hidrogênio.

Os indicadores ácido base são substancias que apresentam colorações diferentes em

função do pH. O quadro 1 apresenta as diferentes cores assumidas pelas substâncias em

diferentes intervalos de viragem.

Mas podemos determinar C (que chamamos de acidez total ou de concentração

estequiométrica) medindo a quantidade de uma base forte (tal como NaOH) requerida para

reagir completamente com uma amostra do ácido. Isso chamamos de uma titulação ácido-base.

Quadro 1: Indicadores ácido-base.


Indicador Intervalo de pH de Mudança de cor
viragem
Azul de timol 1,2 a 2,8 Vermelho para amarelo
Alaranjado de metila 3,1 a 4,4 Vermelho para alaranjado
Azul de bromofenol 3,0 a 4,6 Amarelo para violeta
Verde de bromocresol 4,0 a 5,6 Amarelo para azul
Vermelho de metila 4,4 a 6,2 Vermelho para amarelo
Azul de bromotimol 6,2 a 7,6 Amarelo para azul
Azul de timol 8,0 a 9,6 Amarelo para azul
Fenolftaleína 8,0 a 10,0 Incolor para vermelho
Timolftaleína 9,4 a 10,6 Incolor para azul
Amarelo de alizarina 10,1 a 12,0 Amarelo para vermelho

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski

Procedimento Experimental
Materiais Indicadores ácido base Reagentes
pHmetro timolftaleína ácido clorídrico 0,1 mol L-1
fita de pH verde de bromocresol ácido acético 0,1 mol L-1
tubos de ensaio alaranjado de metila acetato de sódio 0,1 mol L-1
vermelho de metila hidróxido de amônio 0,1 mol L-1
amarelo de alizarina cloreto de amônio 0,1 mol L-1
azul de bromotimol hidróxido de sódio 0,1 mol L-1
azul de bromofenol
fenolftaleína
azul de timol

Metodologia

1) Em 4 tubos de ensaio e adicionar 2 mL de solução 0,1 mol L-1 de ácido acético. Adicione a

cada tubo algumas gotas dos indicadores: azul de timol, alaranjado de metila, azul de

bromofenol e verde de bromocresol, respectivamente. Anote as cores observadas e, determine

a faixa de pH provável da solução de ácido acético.

2) Repita o processo do item 1 usando a solução de ácido clorídrico 0,1 mol L -1 e os mesmos

indicadores.

3) Repita o procedimento do item 1 usando a solução de hidróxido de amônio 0,1 mol L-1 e os

indicadores azul de timol, fenolftaleína e amarelo de alizarina.

4) Repita o procedimento do item 1 usando a solução de hidróxido de sódio 0,1 mol L-1 e os

indicadores do item 3.3.

5) Repita o procedimento do item 1 usando a solução de acetato de sódio 0,1 mol L-1 e os

indicadores azul de bromotimol, azul de timol, fenolftaleína e timolftaleína.

6) Repita o procedimento do item 1 usando a solução de cloreto de amônio 0,1 mol L -1 e os

indicadores azul de bromofenol, verde de bromocresol, vermelho de metila e azul de

bromotimol.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
7) Repita o procedimento utilizando fita medidora de pH.

8) Usando o potenciômetro, meça o pH exato das soluções utilizadas nos itens anteriores. Anote

os valores obtidos.

Atividades

Preencher o Quadro 1 com os resultados da prática e responder as questões abaixo.

Quadro 1. Resultados de medidas de pH em diferentes soluções.


Solução pH estimado com pH estimado com pH medido em
indicador ácido-base fita de pH pHmetro
CH3COOH 0,1 mol L-1
HCl 0,1 mol L-1
NaOH 0,1 mol L-1
NH4OH 0,1 mol L-1
CH3COONa 0,1 mol L-1
NH4Cl 0,1 mol L-1
NaCl 0,1 mol L-1

1) Qual a vantagem de se usar o potenciômetro nas medidas de pH?

2) Qual a razão de serem observados valores diferentes de pH para as soluções de ácido acético

e ácido clorídrico a 0,1 mol L-1 e entre hidróxido de amônio e hidróxido de sódio 0,1 mol L-1?

3) Em quais situações não podemos utilizar indicadores?

4) Todas as soluções salinas apresentam pH igual a 7? Explique baseando-se nas reações

químicas.

Referências

CHRISPINO, A. Manual de química experimental, Campinas: Editora Átomo, 2010, 253 p.

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.

SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol uma nova terminologia. Química Nova na Escola,

São Paulo, n.1, p. 12-14, 2005.

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Química Geral no Laboratório
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PRÁTICA 8
Determinação de ferro em lâmina de barbear

Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.

Preparação para a realização da prática


- Leia atentamente o roteiro e monte um esquema ilustrativo da prática;
- Verifique e pesquise termos ou conceitos desconhecidos;
- Escreva a equação iônica balanceada para a reação entre os íons Fe 2+ e o agente oxidante
MnO4- em meio ácido;
- Pesquisar a periculosidade dos reagentes envolvidos na prática;
- Desenvolver os cálculos empregados na aula prática.

Objetivo

Determinar a porcentagem de ferro existente em lâminas de barbear.

Introdução

Os compostos de ferro, muito abundantes na natureza, são integrantes da composição

química do solo, das rochas e da matéria vegetal. Em condições redutoras, o ferro existe no

estado Fe2+ (ferroso) (Lutz 2008). Em águas expostas ao ar ou em condições oxidantes, os íons

ferrosos são oxidados a íons férrico (Fe3+), o qual se hidrolisa formando hidróxido de ferro III

insolúvel, dependendo dos valores do pH do meio. O ferro ocorre em solução aquosa, em estado

coloidal que pode ser peptizado por matéria orgânica, em complexos inorgânicos ou orgânicos

ou em partículas em suspensão (Lutz 2008).

Nesta pratica será determinado o teor de íons Fe 2+ em uma amostra sólida. Torna-se

necessário o preparo da amostra, caracterizado pela dissolução em meio ácido. A metodologia

44
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
baseia-se em volumetria de oxi-redução empregando como titulante uma solução de

permanganato de potássio, técnica também conhecida como permanganometria.

O método baseia-se na oxidação de íons Fe2+ para Fe3+, em condições ácidas e presença

do agende oxidante KMnO4, substancia que sofrerá redução durante a reação de oxi-redução

(equação 1). Caso existam substâncias interferentes no meio, estas necessitam ser removidas,

pois podem gerar um falso resultado positivo.

5Fe2+ + MnO4- + 8H+ ↔ 5Fe3+ + Mn2+ + 4H2O(l) (Equação 1)

As lâminas de barbear são materiais em desuso, visto que foram substituídas por

aparelhos de barbear descartáveis, mas ainda podem ser encontradas em mercados no comércio.

Procedimento Experimental
Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Amostras/Reagentes
Béquer 50 mL Ácido sulfúrico 0,10 mol L-1
Erlenmeyer de 125 mL KMnO4 0,010 mol L-1 (padronizada)
Proveta de 25 mL
Bureta de 25 mL
Pipeta volumétrica 10 mL
Balão volumétrico 50 mL
Funil
Vidro de relógio pequeno
Suporte para filtração
Papel de filtro
Lamina de barbear

Metodologia

1) Pese a quarta parte de uma lâmina de barbear seca e limpa em uma balança analítica.

2) Coloque-a em um béquer de 50 mL com aproximadamente 10 mL de ácido sulfúrico 3 mol

L-1.

45
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
3) Coloque sobre o béquer um vidro de relógio pequeno e aqueça brandamente dentro de uma

capela, em chapa de aquecimento, até dissolver completamente a lâmina. Cesse o aquecimento

caso a reação torne-se vigorosa.

4) Filtre a solução com papel de filtro após o resfriamento, para retirar o material em suspensão.

Colete o filtrado em um balão volumétrico de 50 mL.

5) Lave o béquer, o funil e o papel de filtro com água destilada em pequenas porções. Cuidado

para não exceder o volume de 50 mL do balão.

6) Complete o volume do balão com água destilada e homogeneíze.

7) Com auxílio de uma pipeta volumétrica, transfira 10 mL da solução acima para um

Erlenmeyer de 125 mL e adicione 30 mL de água destilada.

8) Realize a titulação da amostra com uma solução padronizada de KMnO4 0,010 mol L-1 até o

aparecimento de uma cor rosa permanente. Realizar o procedimento em triplicata.

Atividades

1) Escreva a equação iônica balanceada para a reação entre os íons Fe 2+ e o agente oxidante

MnO4- (em meio ácido).

2) Por que as titulações usando o agente oxidante KMnO4, em meio ácido, dispensam o uso do

indicador?

3) O ácido nítrico é um agente oxidante muito forte. Qual o inconveniente de usar o ácido

nítrico como agente titulante?

4) Preencher o Quadro 1 com os resultados da prática, em seguida responder as questões abaixo.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Quadro 1. Resumo dos resultados da prática de determinação de Fe em lâmina de barbear.
1 2 3
Massa da amostra (lâmina) (g)
[KMnO4] (mol L-1)
Volume das alíquotas contendo Fe2+ (mL)
Número de mols de MnO4-
Número de mols de Fe2+
Massa de ferro presente na amostra (g) (10 mL)
Massa de ferro presente na amostra (g) (50 mL)
% de ferro na lâmina
Média (% Fe na lâmina)
Desvio padrão
Coeficiente de variância (%)
Valor fornecido pelo fabricante (%)
Erro relativo (%)

Referencias

LUTZ 2008. Instituto Adolfo Lutz (São Paulo). Métodos físico-químicos para análise de

alimentos. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008 p. 1020.

ARAUJO, M. B. C.; AMARAL, S. T. Química Geral Experimental. Porto Alegre: Editora

UFRGS, 2012.

47
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
PRÁTICA 9
Equilíbrio Químico – Fatores que influenciam o equilíbrio químico

Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.

Preparação para a realização da prática


- Leia atentamente o roteiro e monte um esquema ilustrativo da prática;
- Verifique e pesquise termos ou conceitos desconhecidos;
- Pesquisar a periculosidade dos reagentes envolvidos na prática.

Objetivo
Estudar o efeito da temperatura, concentração e catalisador no
equilíbrio químico.
Aprofundar os conhecimentos do Princípio de Le Chatelier.

Introdução

As reações que se encontram em equilíbrio químico possuem natureza reversível que

podem ser alteradas variando-se os fatores concentração dos reagentes ou produtos, e

temperatura do meio. Alterações na pressão são mais expressivas quando gases são estudados.

A presença de catalisadores tem efeito sobre a velocidade que a reação atinge o equilíbrio,

porém não afeta a composição do equilíbrio.

Nesta pratica será estudada a reação prevista na equação 1.

O cloreto de cobalto (CoCl2) é usado para indicar a presença de água, podendo se

adicionado em agende dessecante do tipo sílica-gel. O cloreto de cobalto hidratado (CoCl2.H2O)

apresenta coloração rosa e é constituído por íons cobalto hexahidratado ([Co(H2O)6]2). Sob

aquecimento, esta espécie octaédrica é desidratada deslocando o equilíbrio para formação do

composto [Co(H2O)4]2+ o qual possui coloração azul (equação 1) (Lee, 1999).

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Química Geral no Laboratório
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[Co(H2O)6]2+ ↔[Co(H2O)4]2+ + 2H2O(l) (Equação 1)

A solução empregada nesta aula é preparada a partir do sal nitrato de cobalto, o qual em

água apresenta-se na sua forma estável [Co(H2O)6]2+. Quando a esta solução é adicionado ácido

clorídrico, ela assume uma cor azul devido a mudanças nos ligantes do metal cobalto (equação

2) (Lee, 1999).

[Co(H2O)6]2+ + 4Cl- ↔ [Co(Cl)4]2- + 4H2O(l) ΔH = ? (Equação 2)

(rosa) (azul)

A coloração apresentada pelos complexos formados com o metal cobalto o torna

interessante como pigmento para as indústrias de cerâmica, vidro e tintas, especialmente como

pigmento azul.

Procedimento Experimental
Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Reagentes
Tubos de ensaio (6) Co(NO3)2 0,20 mol L-1
Béqueres de 250 mL (2) HCl 12 mol L-1
Espátula (2) NaCl sólido
AgNO3 0,2 mol L-1
Co(NO3)2 sólido

Metodologia

a) Preparo de soluções

1) Adicione 2,5 mL de nitrato de cobalto 0,20 mol L-1 em 6 tubos de ensaio. Nestes tubos,

adicione volumes de HCl 12 mol L-1 e água destilada conforme indicado no Quadro 1. Anote

as cores e calcule a concentração inicial das espécies de Co 2+ e HCl.

49
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Quadro 1. Resumo dos resultados de preparo de soluções de cobalto.
Co(NO3)2 [HCl]
HCl 12 mol H2O Total [Co(H2O)6]2+
Tubo (mL) Cor (mol L-1)
L-1 (mL) (mL) (mL) (mol L-1)1 1

1 2,5 0,0 5,0 7,5


2 2,5 2,0 3,0 7,5
3 2,5 3,0 2,0 7,5
4 2,5 3,5 1,5 7,5
5 2,5 4,0 1,0 7,5
6 2,5 5,0 0,0 7,5
1
Concentração inicial das soluções.

b) Influência da temperatura

1) Selecione o tubo que apresenta a cor intermediária e o divida em três porções iguais. Aqueça

a primeira porção em um béquer com água da torneira e coloque a segunda porção em um

béquer contendo gelo, mantendo a terceira porção como padrão de comparação.

2) Compare as cores das soluções aquecida e resfriada com a do padrão e interprete os

resultados em termos de deslocamento de equilíbrio.

3) Registre no Quadro 2 as cores adquiridas pelas soluções em cada tubo após aquecimento e

resfriamento, justificando em termos de deslocamento de equilíbrio.

Quadro 2. Resumo dos resultados da influência da temperatura no deslocamento do equilíbrio


químico.
Tubo Cor final [Co(H2O)6]2+ Cl- [Co(Cl)4]2-
Padrão - - -
Aquecido
Resfriado
Indicar com setas o aumento (↑) ou diminuição (↓) da concentração das espécies após o
distúrbio do equilíbrio.

50
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
c) Influência da adição de íons em comum

1) Misture as três porções e separe a solução (agora na temperatura ambiente novamente) em

quatro novas porções.

2) Adicione alguns cristais de Co(NO3)2 na primeira porção, agitando até dissolver.

3) Repita este procedimento adicionando cristais de NaCl na segunda porção.

4) Adicione gotas da solução de NaCl na terceira porção, mantendo a quarta porção com padrão

de comparação.

3) Após a dissolução completa, compare com a solução padrão e complete o Quadro 3 indicando

a cor final das soluções. Considerando a equação 2 indicar na tabela em qual sentido o equilíbrio

químico é deslocado (reagentes ou produtos)?

4) Dobre o volume do tubo 6 do início da experiência com água destilada e observe a mudança

na coloração.

Quadro 3. Resumo dos resultados da influência da concentração de produtos ou reagentes no


deslocamento do equilíbrio químico.
Tubo Cor final Co(NO3)2 NaCl AgNO3 H2O(l)
Padrão - - - -
Porção 1 - - -
Porção 2 - - -
Porção 3 - - -
6 - - -

Atividades

1) Escreva a expressão da constante de equilíbrio (Keq) para a reação em estudo, considerando

a equação 2.

2) Calcule as concentrações de Co2+ e HCl no Quadro 1. Indique os resultados diretamente no

Quadro 1.

51
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
3) Considerando o efeito da temperatura sobre o equilíbrio químico, a reação descrita pela

equação 2 é endotérmica ou exotérmica? Escreva a reação indicando se a reação possui um

ΔH> 0 ou ΔH <0. Explique como você chegou a esta conclusão.

4) Com relação aos efeitos da adição dos reagentes do Quadro 3, explique detalhadamente o

deslocamento de equilíbrio para cada uma das substancias adicionadas.

a) Co2+

b) NaCl

c) AgNO3

d) H2O

5) Qual a diferença entre a adição de água no tubo 1 e no tubo 6?

6) Como foi feito o tratamento de resíduos desta aula prática?

Referencias

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

TRINDADE, D. F. Química básica experimental. 5.ed. São Paulo: Ícone, 2013, 174 p.

ARAUJO, M. B. C.; AMARAL, S. T. Química Geral Experimental. Porto Alegre: Editora

UFRGS, 2012.

ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química. Ed. Bookman, 2005.

LEE, J. Química Inorgânica não tão concisa. Ed. Edgar Blucher, 1999.

52
Química Geral no Laboratório
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PRÁTICA 10
Termoquímica – Calor de reação

Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.

Preparação para a realização da prática


- Leia atentamente o roteiro e monte um esquema ilustrativo da prática;
- Verifique e pesquise termos ou conceitos desconhecidos;
- Pesquisar a periculosidade dos reagentes envolvidos na prática;
- Desenvolver os cálculos empregados na aula prática.

Objetivo
Estudar o significado de calor de reação ou entalpia;
Determinar experimentalmente o calor integral da solução, o calor de
diluição e de neutralização de ácidos e bases fortes.

Introdução

A termodinâmica é uma área da química que se dedica ao estudo a energia de um modo

mais ampla, envolvendo o estudo das formas, transformações e eficiência. A termoquímica é

uma parte da termodinâmica que estuda o calor absorvido ou liberado em uma reação química.

Nesta prática tem-se como objetivo o estudo dos calores envolvidos na dissolução do

hidróxido de sódio (NaOH), equação 1 e calor de neutralização (Equações 2 e 3).

NaOH(s) →NaOH(aq) ΔH1 = ? (Equação 1)

NaOH(s) + HCl(aq) →NaCl(aq) + H2O(l) ΔH2 = ? (Equação 2)

NaOH(aq) + HCl(aq) →NaCl(aq) + H2O(l) ΔH3 = ? (Equação 3)

53
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
O calor da reação pode ser experimentalmente estimado como uma variação da

temperatura que ocorre durante a reação,sendo calculado pela equação 3.

qp = m c ΔT (Equação 3)

onde:

qp: quantidade de calor em J ou cal;

m= massa em gramas;

c= calor específico em J g-1 K-1 ou cal g-1 ºC-1;

ΔT= variação da temperatura em ºC ou K.

qp = Ccal ΔT (Equação 4)

onde:

Ccal= capacidade calorífica do calorímetro em J K-1 ou cal ºC-1;

Nesta aula prática o calor liberado nas reações de dissolução do NaOH e dissolução

podem ser realizadas em um erlenmeyer ou em calorímetro calibrado. Deve-se monitorar a

variação de temperatura de processos químicos em fase aquosa. Para o cálculo do calor liberado,

utiliza-se a Equação 3 ou Equação 4, considerando que:

i. o calor liberado na reação pode ser medido pelo calorímetro ou sistema composto por solução

(q1) e pelo vidro (erlenmeyer) (q2);

ii. O calor liberado no processo (qt) é igual a soma dos calores absorvidos (q1+q2) ou

calorímetro, o qual deve ser dividido pelo número de mols do reagente (n), de acordo com a

equação 5, sendo qt expresso em J mol-1 ou cal mol-1.

qt = (q1+q2)/n (Equação 5)

54
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
iii. Considera-se a capacidade calorífica da solução (c) igual a da água, que é de 4,18 J g ºC-1

ou 1,0 cal g-1 ºC-1;

iv. Considera-se a capacidade calorífica do vidro igual a 0,836 J g-1 ºC-1 ou 0,2 cal g-1 ºC-1

Procedimento Experimental
Materiais Reagentes
Erlenmeyer de 125 mL NaOH(s)
Proveta de 50 mL Solução de HCl 0,10 mol L-1
Termômetro
Vidro de relógio ou pesa filtro
Balança Analítica

Metodologia

Parte A - Determinação do calor de dissolução de NaOH em água

1) Pesar o erlenmeyer de 125 mL, anotar o valor no Quadro 1.

2) Adicionar ao erlenmeyer, 50 mL de água destilada com auxílio de uma proveta. Determinar

a temperatura anotar a temperatura no Quadro 1 (T1).

3) Pesar, utilizando um vidro de relógio ou pesa filtro, 2,0 g de NaOH.

4) No erlenmeyer, dissolver o NaOH em 50 mL de água destilada, agitando com auxílio do

próprio termômetro. Anote a temperatura no Quadro 1 (T2). Monitore a temperatura máxima.

4) Adicionar a solução em um béquer e rotular. Esta solução será utilizada na Parte C.

Parte B - Determinação do calor de reação do HCl em solução com NaOH (s)

1) Lavar e secar o erlenmeyer utilizado na Parte 1.

2) Adicionar 50 mL da solução de HCl 0,10 mol L-1. Determinar a temperatura no equilíbrio.

Anote a temperatura no Quadro 1 (T1).

3) Pesar, utilizando um vidro de relógio ou pesa filtro, 2,0 g de NaOH.

4) Dissolver o NaOH no erlenmeyer contendo os 50 mL da solução de HCl 0,10 mol L-1.

55
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
5) Agitar cuidadosamente com auxílio do próprio termômetro. Anote a temperatura no Quadro

1 (T2). Monitore a temperatura máxima.

Parte C - Determinação do calor de reação do HCl em solução com NaOH em solução

1) Colocar no erlenmeyer previamente pesado, 50 mL da solução de NaOH preparado na Parte

a. Determinar a temperatura no equilíbrio. Anote a temperatura no Quadro 1 (T1).

2) Junte 50 mL de HCl ao erlenmeyer. Agite cuidadosamente com o termômetro e anote a

temperatura máxima Quadro 1 (T2).

Atividades

1) Preencher o Quadro 1 com os resultados da prática.

Quadro 1. Resumo dos resultados e cálculos da prática de termoquímica.


Aquisição de dados
Parte a Parte b Parte c
Massa do erlenmeyer (g)
Temperatura inicial (oC) T1
Temperatura equilíbrio (oC) T2
Variação da temperatura (oC) (T2-T1)
Massa de NaOH (g)
Pureza NaOH (%)
Massa de NaOH corrigida (g)
Massa da solução (g)1
Cálculos
Calor absorvido pela solução (KJ) q1
Calor absorvido pelo vidro (KJ) q2
Calor total absorvido (KJ) (q1+ q2)
Número de mols NaOH
Calor total absorvido (KJ mol-1) (q1+ q2)/n

1
Considera-se a densidade da solução igual a densidade da água, consultar a densidade da água, de acordo com a
temperatura.

56
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Resultados
ΔH reação (KJ mol-1)
ΔH reação (KJ mol-1) (valores teóricos) -44,50 -102,18 -57,68
Erro relativo (%)
Erro relativo (ΔH Parte a + ΔH Parte c)
experimental com ΔH Teórico Parte b (%)
Erro relativo (ΔH Parte a + ΔH Parte c)
experimental com ΔH experimental Parte b
(%)

2) Escrever as equações envolvidas nos Processos 1, 2 e 3. Demonstrar a Lei de Hess.

3) Considerando que a dissolução de sólidos é um processo endotérmico, como se explica o

efeito exotérmico da dissolução do NaOH(s)?

4) Com relação ao erro relativo (%) de cada reação, aponte três fontes de erro para esta prática.

5) Discuta os erros relativos considerado o ΔH Parte a + ΔH Parte c experimental com ΔH

Teórico Parte b .

6) Discuta os erros relativos ΔH Parte a + ΔH Parte c experimental com ΔH experimental Parte

b.

7) Como foi realizado o tratamento de resíduos nesta prática?

Referencias

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

ARAUJO, M. B. C.; AMARAL, S. T. Química Geral Experimental. Porto Alegre: Editora

UFRGS, 2012.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski

PRÁTICA 11
Cinética Química – Fatores que influenciam a velocidade das reações

Conhecimento prévio
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.

Preparação para a realização da prática


- Leia atentamente o roteiro e monte um esquema ilustrativo da prática;
- Verifique e pesquise termos ou conceitos desconhecidos;
- Pesquisar a periculosidade dos reagentes envolvidos na prática;
- Realizar o cálculo da concentração do ácido oxálico no Quadros 1, 2 e 3 (individualmente) no
caderno de laboratório ou diretamente no Roteiro da Prática.

Objetivo

Verificar a influência da temperatura, da concentração e de um

catalisador sobre a velocidade de uma reação química.

Introdução

Nesta prática serão estudados os efeitos da concentração, temperatura e catalisador na

velocidade da reação química, utilizando-se a reação entre ácido oxálico (H2C2O4) e íons

permanganato (MnO4-) em meio ácido descrito na equação 1. Em meio ácido, o permanganato

pode ser padronizado com uma solução padrão de oxalato de sódio.

5H2C2O4(aq) + 2MnO4-(aq) + 6H+(aq) ↔ 10CO2(g) + 2Mn2+(aq) + 8 H2O(l) (Equação 1)

No início, a reação é lenta mesmo sob aquecimento da solução, mas com o aumento da

concentração do catalisador Mn2+ a reação é acelerada.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
A velocidade de uma reação está relacionada com a quantidade de reagente que se

transforma em produto por intervalo de tempo, ou a quantidade de produto formado, por

intervalo de tempo.

Procedimento Experimental
Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Amostras/Reagentes
Erlenmeyers 125 mL (5) H2SO4 2,5 mol L-1
Proveta de 50 mL (1) H2C2O4 0,50 mol L-1
Pipeta graduada 10 mL (2) KMnO4 0,040 mol L-1
Bequer 50 mL (3)
Bastão de vidro (1)
Pipeta de pasteur (1)
Cronômetro (1)
Banho Maria (1)
Agitador Magnético + barra magnética (1)

Metodologia

Parte A - Estudo da influência da concentração

1) Numerar os cinco erlenmeyers, limpos e secos;

2) No erlenmeyer 1, pipetar em ordem: 5 mL de solução de H2SO4 2,5 mol L-1, 2,5 mL de

solução de ácido oxálico 0,5 mol L-1 e adicionar 2 mL de solução de KMnO4 0,04 mol L-1.

Agitar a solução. Contar o tempo de descoramento a partir do instante em que for adicionado o

KMnO4 e registrar este tempo.

3) No erlenmeyer 2 adicionar 5 mL de solução de H2SO4 2,5 mol L-1, 2,5 mL de solução de

ácido oxálico 0,5 mol L-1. Acrescentar com auxílio de uma proveta de 12,5 mL de água destilada

e agitar a solução, até homogeneizar. Com auxílio de uma pipeta, adicionar 2 mL de solução de

KMnO4 0,04 mol L-1. Agitar a solução e contar o tempo de descoramento.

4) No erlenmeyer 3 adicionar 5 mL de solução de H2SO4 2,5 mol L-1, 2,5 mL de solução de

ácido oxálico 0,5 mol L-1. Acrescentar com auxílio de uma proveta de 25 mL de água destilada

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
e agitar a solução, até homogeneizar. Com auxílio de uma pipeta, adicionar 2 mL de solução de

KMnO4 0,04 mol L-1. Agitar a solução e contar o tempo de descoramento.

5) No Erlenmeyer 4 adicionar 5 mL de solução de H2SO4 2,5 mol L-1, 2,5 mL de solução de

ácido oxálico 0,5 mol L-1. Acrescentar com auxílio de uma proveta de 50 mL de água destilada

e agitar a solução, até homogeneizar. Com auxílio de uma pipeta, adicionar 2 mL de solução de

KMnO4 0,04 mol L-1. Agitar a solução e contar o tempo de descoramento.

6) No Erlenmeyer 5 adicionar 5 mL de solução de H2SO4 2,5 mol L-1, 2,5 mL de solução de

ácido oxálico 0,5 mol L-1. Acrescentar com auxílio de uma proveta de 75 mL de água destilada

e agitar a solução, até homogeneizar. Com auxílio de uma pipeta, adicionar 2 mL de solução de

KMnO4 0,04 mol L-1. Agitar a solução e contar o tempo de descoramento.

Atenção:

- Adicionar o KMnO4, acionando o cronometro sempre no mesmo instante, ou no início da

adição do KMnO4, ou no final.

- Homogeneizar a solução reagente sempre da mesma forma e velocidade.

- Parar o cronometro no momento do descoramento total do permanganato.

- Ler e registra o tempo (s) no Quadro 1.

Quadro 1. Resumo dos resultados do estudo da influência da concentração na velocidade da


reação.
Volum Vmedia
Erlenm H2SO4 H2C2O4 H2 O KMnO4 [C2O4-2] Δt
e total -1
(mol L-1s-
eyer (mL) (mL) (mL) (mL) (mol L ) (s)
1
(mL) )
1 5,0 2,5 0 2,0
2 5,0 2,5 12,5 2,0
3 5,0 2,5 25 2,0
4 5,0 2,5 50 2,0
5 5,0 2,5 75 2,0
[H2SO4] = 2,5 mol L-1 ; [H2C2O4] = 0,50 mol L-1 ; [KMnO4] = 0,04 mol L-1 ; Tempo de
escoramento Δt (s).

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Parte B - Estudo da Influência da temperatura
1) Lavar e secar os 4 erlenmeyers da primeira parte para utilizar novamente.

2) Adicionar aos erlenmeyers 1, 2, 3 e 4, 5 mL de solução de H2SO4 2,5 mol L-1, 2,5 mL de


solução de ácido oxálico 0,5 mol L-1 e 5 mL de água destilada.

3) Ao erlenmeyer 1, adicionar, à temperatura ambiente, 2 mL de solução de KMnO4 0,040 mol


L-1. Agitar a solução. Anotar o tempo e a temperatura na qual ocorreu o descoramento.

d) Elevar a temperatura no banho maria do erlenmeyer 2 até próximo aos 35ºC. Adicionar 2
mL de solução de KMnO4 0,040 mol L-1. Agitar a solução. Anotar o tempo e a temperatura na
qual ocorreu o descoramento.

e) Elevar a temperatura no banho maria do erlenmeyer 3 até próximo aos 45ºC. Adicionar 2 mL
de solução de KMnO4 0,040 mol L-1. Agitar a solução. Anotar o tempo e a temperatura na qual
ocorreu o descoramento.

f) Elevar a temperatura no banho maria do erlenmeyer 4 até próximo aos 55ºC. Adicionar 2 mL
de solução de KMnO4 0,040 mol L-1. Agitar a solução. Anotar o tempo e a temperatura na qual
ocorreu o descoramento.

Atenção:

- Aquecer a solução de permanganato na mesma temperatura da solução.

Quadro 2. Resumo dos resultados do estudo da influência da temperatura na velocidade da


reação.
[C2O4-
T KMnO4 Volume Vmedia
Erlen H2SO4 H2C2O4 H2O 2
] Δt
(oC) (mL) total (mol L-
meyer (mL) (mL) (mL) (mol (s) 1 -1
(mL) s )
L-1)
1 5,0 2,5 5 2,0
2 5,0 2,5 5 2,0
3 5,0 2,5 5 2,0
4 5,0 2,5 5 2,0
[H2SO4] = 2,5 mol L-1; [H2C2O4] = 0,50 mol L-1 ; [KMnO4] = 0,04 mol L-1 ; Tempo de
descoramento Δt (s).

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski

Atividades

1) Preencher os dados dos Quadros 1 e 2 obtidos nos experimentos, incluindo os resultados. No

relatório, os resultados devem estar organizados em Tabelas e os cálculos apresentados em

Anexo.

2) Escrever a expressão geral da velocidade média desta reação, em função dos reagentes

permanganato e ácido oxálico.

3) Construir o gráfico do Experimento a, colocando no eixo das ordenadas a concentração do

ácido oxálico e no eixo das abcissas o tempo de descoramento.

4) Construir o gráfico do Experimento a, colocando no eixo das ordenadas a velocidade da

reação em relação ao ácido oxálico, e a concentração de ácido oxálico no eixo das abscissas.

5) Construir o gráfico do Experimento b, colocando no eixo das ordenadas a velocidade da

reação em relação ao ácido oxálico no eixo das ordenadas a temperatura inicial dos reagentes

em graus Kelvin (K) e no eixo das abscissas. Qual a conclusão pode ser tirada do gráfico?

6) Explicar a causa das diferentes velocidades nos béquer de Béquer 1a, 2 e 1b na do

Experimento c.

7) Determine a velocidade média nos erlenmeyers 1, 2, 3 e 4 dos Experimentos a e b. Explique

as diferenças observadas.

8) Quantas vezes mais rápida é a velocidade da reação catalisada no Experimento c?

9) Como é feito o tratamento de resíduo da aula prática?

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Química Geral no Laboratório
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Referencias

ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química. Ed. Bookman, 2005.

ARAUJO, M. B. C.; AMARAL, S. T. Química Geral Experimental. Porto Alegre: Editora

UFRGS, 2012.

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski

PRÁTICA 12
Eletroquímica – Espontaneidade de reações e pilha de corrosão

Conhecimento prévio:
Noções de segurança no laboratório de química.
Conhecimento de vidrarias e materiais comuns no laboratório de química.

Preparação para a realização da prática:


- Leia atentamente o roteiro e monte um esquema ilustrativo da prática;
- Verifique e pesquise termos ou conceitos desconhecidos;
- Pesquisar a periculosidade dos reagentes envolvidos na prática.

Objetivo:

Entender e aplicar conceitos envolvidos nas reações de oxi-redução;


Compreender a espontaneidade de reações de oxidação e redução.

Introdução

As reações de oxidação e redução são caracterizadas pela transferência de elétrons entre

as espécies. Em termos de nomenclatura, pode-se definir que a espécie oxidante ou agente

oxidante foi aquela que recebeu elétrons de outras espécies, e, portanto, se reduziu. Por outro

lado, a espécie redutora ou agente redutor perdeu elétrons e, portanto, sofreu oxidação. A

tendência de uma espécie receber elétrons ou doar elétrons pode ser determinada pelo potencial

de redução.

A presença de íons ferro (II) (Fe2+) podem ser detectados em presença de íons

ferrocianeto ([Fe(CN)6]3-(aq)) ocorrendo a formação de uma espécie de coloração azul intenso,

representado pela equação 1.

Fe2+(aq) + [Fe(CN)6]3-(aq) → Fe3[Fe(CN)6]2(aq) (Equação 1)

azul intenso

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Procedimento Experimental

Materiais/ Vidrarias (Quantidades) Amostras/Reagentes

Tubos de ensaio (3) CuSO4 0,10 mol L-1


Proveta de 50 mL (1) FeSO4 0,10 mol L-1
Pipeta graduada 10 mL (2) AgNO3 0,10 mol L-1
Béquer 250 mL (1) NaCl 0,10 mol L-1
Bastão de vidro (1) K3 Fe(CN)6 0,10 mol L-1
Pipeta de pasteur (1) Prego de ferro (Fe)
Pedaço de fio de cobre
Fenolfatleína

Metodologia

Parte A – Avaliação da espontaneidade da reação

Tubo 1) Adicionar um volume de 5,0 mL da solução de CuSO4 0,10 mol L-1. Colocar neste tubo

um prego limpo (usar uma palha de aço para polir a superfície do prego). Tome o cuidado para

que parte do prego fique submersa e a outra parte em contato com o ar. Preencha os dados

abaixo.

Representação: Coloração inicial Aspectos após 10 min de reação

Semi reação oxidação: Eo(V):

Semi reação redução: Eo(V):

Reação global

A reação é espontânea? Explique.

65
Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Tubo 2) Adicionar um volume de 5,0 mL da solução de FeSO4 0,10 mol L-1. Colocar neste tubo

um pedaço de fio de cobre. Tome o cuidado para que parte do fio fique submersa e a outra parte

em contato com o ar. Preencha os dados abaixo.

Representação: Coloração inicial Aspectos após 10 min de reação

Semi reação oxidação: Eo(V):

Semi reação redução: Eo(V):

Reação global

A reação é espontânea? Explique.

Tubo 3) Adicionar um volume de 5,0 mL da solução de AgNO3 0,10 mol L-1. Colocar neste

tubo um pedaço de fio de cobre. Tome o cuidado para que parte do fio fique submersa e a outra

parte em contato com o ar. Preencha os dados abaixo.

Representação: Coloração inicial Aspectos após 10 min de reação

Semi reação de oxidação: Eo(V):

Semi reação de redução: Eo(V):

Reação global

A reação é espontânea? Explique.

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Química Geral no Laboratório
Profa. Marcela Boroski
Parte B – Pilha de Corrosão

1) Adicionar no béquer cerca de 200 mL da solução de cloreto de sódio, 1,0 mL de fenolftaleína

e 2,0 mL da solução de ferricianeto de potássio. Homogeneizar.

2) Conectar o prego e o fio de cobre por meio de um fio de cobre, imobilizando-os a uma certa

distância.

3) Colocar o aparato dentro do béquer contendo a mistura de reagentes.

4) Evite mexer no béquer. Mantenha sem movimentação até o final do experimento e realização

das atividades.

Atividades

1) Considerando o anodo e o catodo, escreva as semi reações e os respectivos potenciais de

redução. Escrever o potencial de redução global da reação? Esta reação é espontânea?

2) Qual a função do fio de cobre que conecta os dois eletrodos?

3) Qual a função do NaCl?

4) Considerando as observações, o que ocorreu na parte a solução que ficou vermelha? Indicar

as semi-reações e a reação global. O que causou a coloração vermelha da solução?

5) Considerando as observações, o que ocorreu na parte a solução que ficou azul? Indicar as

semi-reações e a reação global. O que causou a coloração azul da solução?

6) Desenhe a pilha de corrosão.

Referencias

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; FILHO, E. A. V.; SILVA, M. B.; GIMENES,

M. J. G. Química Geral Experimental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004.

ARAUJO, M. B. C.; AMARAL, S. T. Química Geral Experimental. Porto Alegre: Editora

UFRGS, 2012.

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