Relatorio Laura

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UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ÉTICA E CIÊNCIAS HUMANAS

EXTENSÃO DA MACIA

Laura Ernesto Cossa

RELATÓRIO DO ESTÁGIO INTEGRAL:


Cuidado de Enfermagem na Alimentação do Paciente Hospitalizado no Hospital Distrital
de Quissico. (I° Trimestre de 2023)

Macia, Junho, 2023


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Dedicatória

Com este trabalho por mim feito, dedico com todo júbilo e orgulho a todos aqueles que
directa ou indirectamente contribuíram para a realização deste instrumento de registo e
também dedico ao meu esposo, meus filhos e a toda familia que esteve sempre ao meu lado
em todos os momentos.

Agradecimentos
Em primeiro lugar, a Deus por me ter concedido vida e força para trabalhar, para que hoje o
sonho tornasse uma realidade.

A materialização deste relatório foi possível graças ao apoio recebido de várias pessoas.
Endereço os meus profundos agradecimentos a essas pessoas que, directa ou indirectamente
contribuíram para que este trabalho se tornasse possível.

Aos meus pais por terem criado todas as condições possíveis para os meus estudos em todas
as vertentes: financeiramente, moralmente e psicologicamente.

Aos Docentes desta instituição do ensino pelo acompanhamento total e persistência na


transmissão dos conhecimentos técnico-profissionais, teórico e prática.

As equipas de serviços de Enfermaria, serviços de urgências e bloco de consultas externas


pelo acolhimento durante o período de estágio e paciência que tiveram ao transmitir suas
experiências e ensinamento de várias técnicas e pelo apoio no meu aprendizado.

Aos colegas da turma pelo intercâmbio na busca de soluções ao longo da formação.


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Abreviaturas

BS – Banco de Socorros
BO - Bloco Operatório
CIR - Cirurgia
EG – Enfermagem Geral
EPI – Equipamento de Protecção Individual
HDQ -Hospital Distrital de Quissico
US – Unidade Sanitária
USTM – Universidade São Tomás de Moçambique
PCI – Prevenção e controle de infecções
PED – Pediatria
MED – Medicina
SOS- Se fôr necessário
TEC- Traumatismo crâneo-encefálico
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CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização

Desde a antiguidade, a alimentação é declarada como essencial para a saúde e o bem-estar.


Hipócrates, defendia a ideia de que o alimento seria o remédio que o ser humano precisaria,
sendo uma das bases da saúde. Assim, a alimentação adequada tem papel fundamental na
qualidade de vida.

Demárioet al. apontam que vários estudos observaram que o contexto da hospitalização
transforma os papéis sociais dos indivíduos. Segundo Kamiyama (2018), "é da
responsabilidade do Enfermeiro explicar os cuidados administrados, esclarecer dúvidas sobre
a doença e tratamento, medicação, exames, ocorrências inesperadas no plano assistencial
(suspensão de exames, tratamentos ou mesmo da operação) dentro dos limites impostos pela
ética, responsabilidade profissional, potencialidade do paciente e respeitando-se sua área de
trabalho na equipe de saúde multiprofissional".O Estágio constitui uma etapa fundamental
para a consolidação dos conhecimentos teórico-práticos, por parte do estudante buscando
mais experiência e habilidades práticas para o exercício da profissão.

O presente relatório insere-se no âmbito do curso de Licenciatura em Enfermagem Geral nas


enfermarias de Medicina, Cirurgia, Pediatria, Sector Administrativo, Pacientes de Psiquiatria
e Cuidados Intensivos nas enfermarias, Sector do Banco de Socorros enquadradas desde o
primeiro semestre do primeiro ano até ao quarto semestre do 4 o ano, ministrado pela
Universidade São Tomás de Moçambique. A realização deste estágio tem como principais
objectivos: Consolidar os conhecimentos teórico-práticos adquiridos desde o primeiro
semestre do ano lectivo, com particular atenção para os estudantes no corrente período
académico.
O estágio ofereceu a estudante a oportunidade de planificar, realizar e avaliar diversas
actividades que constam do plano do estágio, contribuindo no treinamento das suas
habilidades práticas, e na melhoria do nível de assistência de saúde, qualidade de prestação de
cuidados Clínicos, proporcionando o bem-estar dos doentes e da comunidade em geral.
Para a elaboração deste relatório foi utilizada uma metodologia descritiva recorrendo à
análise e à reflexão pessoal crítica sobre os acontecimentos vivenciados em cada contexto da
prestação de cuidados, revelando aspectos que consideramos interessantes e pertinentes no
contexto em que se realizou o estágio.
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1.2.Delimitação da Área de Estudo

Espacial

O presente estágio integral foi realizado no Hospital Rural de Quissico, Distrito de


Zavala,Provincia de Inhambane. Este por ser um hospital do tipo 3 e com internamento,
atende diariamente pacientes vindos dos Distritos de Zavala, Inharrime, Manjacaze entre
outros. A escolha do local para esta pesquisa prende-se pelo facto de este, ser mais acessível
para a pesquisadora e permitir que com muita facilidade sejam recolhidos os dados dos factos
que ocorrem para a elaboração deste relatório científico.

Temporal

A questão temporal do estágio integral, baseou-se num período de cinco (5) meses, sendo que
o caso de Cuidado de Enfermagem na Alimentação do Paciente Hospitalizado, em destaque
neste relatório, foi evidenciado e acompanhado durante três (3) meses correspondentes ao
primeiro trimestre de dois mil e vinte e três (2023). E por entender que dados deste período
podem ajudar bastante na construção da pesquisa.

1.3.Localização do Distrito de Zavala


Zavala é um Distrito da província de Inhambane situado na parte meridional da província de
Inhambane. A sua sede é vila de Quissico com os seguintes limites geográficos:
 Norte: Distrito de panda e Inharrime
 Leste e Sul: oceano índico
 Oeste: Distrito de Manjacaze, província de Gaza.
O Distrito de Zavala possui uma superfície de 1987 km 2 e uma população de 1.499.479
habitantes em 2015 correspondente a uma densidade populacional de cerca de 21 habitantes
por km2 e uma superfície de 68,775 km2 (aproximadamente a 8,6% do território nacional) e
quase um milhão e meio de habitantes. As duas principais línguas são Português e Chope.

1.3.1.Hospital Distrital de Quissico


O hospital Distrital de Quissico localiza-se no Distrito de Zavala, Província de Inhambane, é
uma unidade de nível secundário prestando serviços aos munícipes da vila de Quissico e a
comunidade em geral do Distrito.
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1.4.Justificativa
Pessoal

A escolha deste tema, deveu-se ao facto de perceber que alimentação exerce um papel
fundamental na recuperação de doentes, uma vez que é essencial para garantir todos os
nutrientes que o corpo precisa, principalmente, em um momento de enfermidade. Dentre os
diversos serviços de um hospital, por muitos anos, o assunto alimentação carrega o estigma
de algo ruim, sem gosto e desagradável ao paladar. No entanto, hoje em dia, a alimentação
hospitalar já é considerada um segundo remédio para os pacientes.

Por isso, ganha, cada dia mais, destaque e altos investimentos, como a contratação de
empresas e profissionais especializados para trabalhar tanto dentro quanto fora dos hospitais.
Também a escolha deste tema deve-se ao facto da pesquisadora ter sido estagiária no Hospital
Distrital de Quissico em referência durante o período proposto para o estudo e ter vivenciado
e experienciado diversas conversas, práticas dos enfermeiros afectos neste hospital, no que
tange a alimentação dos pacientes o que despertou maior atenção em querer perceber de
facto, de que formas o enfermeiro contribui na alimentação do paciente hospitalizado.

Social

Com base na escolha deste tema a pesquisadora pretende incutir aos profissionais de
enfermagem a necessidade do seu maior envolvimento no processo de evolução do paciente
hospitalizado, garantindo não só o melhor tratamento mas também, contribua na alimentação
do paciente.

Académica

Por isso, apraz deixar para os leitores uma pesquisa que versa sobre a temática do enfermeiro
na alimentação do paciente hospitalizado para perceber os cuidados de enfermagem na
alimentação dos pacientes hospitalizados. Também proporcionar a curiosos e académicos
conteúdos que os ajude a perceber de que formas o enfermeiro pode contribuir na
alimentação do paciente hospitalizado. Assim como para os interessados em usar desta
pesquisa para de forma profundarem outras pesquisas.
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1.5.OBJECTIVOS E HIPÓTESES

Geral
 Analisar o Cuidado de Enfermagem na Alimentação do Paciente Hospitalizado no
Hospital Distrital de Quissico. (I° Trimestre de 2023).

Específicos

 Identificar as formas de Cuidado de Enfermagem na Alimentação do Paciente


Hospitalizado;

 Descrever a importância do envolvimento do enfermeiro no Cuidado de Enfermagem


na Alimentação do Paciente Hospitalizado;

 Sugerir estratégias para a melhoria do Cuidado de Enfermagem na Alimentação do


Paciente Hospitalizado.

1.6.REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo serão discutidos os conceitos básicos da pesquisa, como forma de deixar óbvio
o assunto a discutir nesta pesquisa de forma holística e diacrónica.

1.6.1.Enfermeiro

Do ponto de vista de Minuchinn (2000), o enfermeiro é essencialmente o cuidador do outro


ser humano, no entanto, a sobrecarga imposta pelo quotidiano do trabalho, transforma a
assistência em uma forma mecanizada e tecnicista e não-reflexiva.

Segundo Murray (2008, p. 89): o enfermeiro é o indivíduo que por meio da sua arte augura
uma tentativa de melhorar a qualidade de assistência ao paciente. A assistência do enfermeiro
é planejada para alcançar as necessidades específicas do paciente, sendo então redigida para
que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistência.
Quando esse plano não é redigido, observam-se omissões e repetições. Não havendo um
plano escrito, o paciente precisa repetir informações pessoais e referências a cada pessoa que
o assiste.
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Do ponto de vista de Brittoet al, (2015), enfermeiro é o indivíduo que actua na promoção,
prevenção, recuperação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e
legais.

Conforme Tanaka e Leite (2008), define o enfermeiro na perspectiva de uma formação


generalista com competência para o desenvolvimento de suas actividades em quatro áreas
fundamentais, denominadas assistência, gerência, ensino e pesquisa.

Na perspectiva de Hausmann e Pedruzzi (2009), o enfermeiro é aquele que acumula diversas


funções, que vão desde a assistência directa ao paciente, como a realização de procedimentos
até as indirectas, como a administração e organização do funcionamento da unidade aonde
atua. Alguns estudos sobre o processo de trabalho deste profissional mostram a
predominância de actividades gerenciais, sobretudo com ênfase no gerenciamento dos
serviços.

Ainda, conforme Hausmann e Peduzzi (2009), na assistência, o enfermeiro toma como


objecto de intervenção as necessidades de cuidado de enfermagem e tem por finalidade o
cuidado integral, enquanto no gerencial, o enfermeiro toma como objecto à organização do
trabalho e os recursos humanos em enfermagem, com a finalidade de criar e implementar
condições adequadas de cuidado dos pacientes e de desempenho para os trabalhadores. O
processo de trabalho de enfermagem apresenta a característica da divisão técnica do trabalho
que envolve diferentes categorias, sendo elas enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem.
Este processo fragmenta a assistência e o cuidado e indica a necessidade de recomposição dos
trabalhos e de mudança da concepção do processo saúde-doença na perspectiva do cuidado
integral e da integralidade da saúde. O cuidado integral refere-se a uma modalidade de
organização da assistência de enfermagem na qual um trabalhador presta todos os cuidados
de enfermagem a um paciente ou grupo de pacientes, que requer a participação dos
trabalhadores de enfermagem de nível médio, junto à enfermeira, no planeamento do cuidado
integral (Hausmann; Pedruzzi, 2018).

Em resumo, o processo de cuidados do enfermeiro constitui o instrumento ou a metodologia


da enfermagem profissional que auxilia os profissionais a tomar decisões, bem como prever
e avaliar consequências. Para a utilização proveitosa do processo de enfermagem, um
profissional necessita da aplicação dos conceitos e teorias de enfermagem, das ciências
biológicas, físicas e comportamentais e das ciências humanas, para que ofereça um
fundamento racional para a tomada de decisões, julgamentos, relações interpessoais e acções.
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Espera-se que os profissionais que aprendem a utilização do processo de enfermagem tenham


necessidade de utilizar inúmeras referências e recursos para incrementar seu conhecimento e
habilidades, à medida que avançam em seu programa de estudos de enfermagem profissional.

Segundo a teoria de Horta (2011), o enfermeiro é aquele que usa da sua arte uma para assistir
o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, tornando-o independente desta
assistência quando possível (através do ensino do autocuidado), recuperando, mantendo e
promovendo a saúde em colaboração com outros profissionais.

Segundo Kurcgant (2019) o enfermeiro é aquele a avaliação da assistência, sendo que o


resultado desta avaliação implica muitas vezes na decisão sobre a assistência no dia seguinte,
portanto se no decorrer do dia houver falhas em uma decisão, isto ocasionará uma situação
grave. Por isso o enfermeiro, nessa área, engloba o conhecimento profundo das necessidades
dos pacientes no que se refere à doença enquanto processo mórbido e suas consequências.

Pode-se dizer que o conhecimento necessário para um enfermeiro vai desde a administração e
efeito das drogas até o funcionamento e adequação de aparelhos, actividades estas que
integram as actividades rotineiras de um enfermeiro desta unidade e deve ser por ele
dominado. De acordo com Hudak e Gallo (2007) o trabalho do enfermeiro consiste em obter
a história do paciente, fazer exame físico, executar tratamento, aconselhando e ensinando a
manutenção da saúde e orientando os enfermos para uma continuidade do tratamento e
medidas.

Além disso, compete ao enfermeiro a coordenação da equipe de enfermagem, sendo que isto
não significa distribuir tarefas e sim o conhecimento de si mesmo e das individualidades de
cada um dos componentes da equipe. Frente a estes apontamentos, é possível dizer que o
enfermeiro desempenha funções cruciais dentro da unidade de terapia intensiva, no que
concerne à coordenação e organização da equipe de enfermagem.

Para Nishide; Cintra; Nunes (2003), o enfermeiro é o indivíduo que assume a


responsabilidade de cuidar do paciente, tanto nos casos de emergência quanto no apoio à
vida, capacitado, independente do diagnóstico ou do contexto clínico, a cuidar de todos os
doentes, utilizando-se de uma abordagem ampla assegure-lhe sua estima e integridade,
quanto a uma ampla base de conhecimentos científicos e de especializações. Resumindo: os
enfermeiros precisam integrar suas habilidades técnicas e intelectuais à prática diária.
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1.6.2.Alimentação

No que diz respeito a nutrição, o corpo necessita de diversos tipos de nutrientes para
conseguir desempenhar adequadamente suas funções e obter o desenvolvimento do
organismo. Uma alimentação correta é tão essencial que pode até mesmo contribuir para a
prevenção de doenças.

A alimentação é o processo pelo qual os organismos obtêm e assimilam alimentos ou


nutrientes para as suas funções vitais, incluindo o crescimento, movimento, reprodução e
manutenção da temperatura do corpo.

Alimentação é a acção ou o processo de ingerir alimentos. A aplicação mais usual desse


termo está relacionada com o consumo de alimentos por seres humanos e animais,
concernente a nutrição.

Mas a alimentação é definida também como o providenciar do que é preciso para que algo se
desenvolva ou funcione. Desse modo, o termo pode possuir diferentes acepções.

A alimentação é o combustível essencial para o crescimento e desenvolvimento, garantindo o


pleno funcionamento das funções metabólicas, como a circulação, a respiração, formação de
hormônios, células e tecidos, etc. se uma pessoa ou animal não come, então não pode
sobreviver.

A alimentação é um processo onde os seres vivos fazem a assimilação do alimento que é


necessário para o desempenhar das actividades vitais. Se uma pessoa não se alimenta, então
ela não consegue desempenhar suas actividades vitais que são básicas, tais como o
crescimento e a reprodução.

Na hora de descrever o conceito de alimentação, pode ser dito que este é o processo mediante
o qual os seres vivos consomem diferentes tipos de alimentos com o objetivo de receber os
nutrientes necessários para sobreviver. Estes nutrientes são os que depois se transformam em
energia e provê ao organismo vivo os elementos que requerem para viver. A alimentação é,
portanto, uma das actividades e processos mais essenciais do mundo dos seres vivos já que
está diretamente relacionada com sua sobrevivência diária.

A alimentação sempre é um ato voluntário e pelo geral, levado à cabo atê a necessidade
fisiológica ou biológica de incorporar novos nutrientes e energia para funcionar corretamente.
Os tipos de alimentação podem variar de acordo com o tipo de ser vivo que estamos falando.
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Neste sentido, devemos mencionar a alimentação herbívora (aquela que se sustenta só de


plantas), alimentação carnívora (que recorre só à carne de outros animais) e finalmente a
alimentação ornívora (combinação das duas anteriores e característica do ser humano.

Alimentação hospitalar tem como objectivo principal,favorecer a recuperação do paciente e


não permitir que a desnutrição ocorra no ambiente hospitalar. O alimento e os seus nutrientes
são responsáveis por assegurar o turnover celular.

1.6.3.Paciente

Segundo Ferreira (2020), paciente (do latim patiente) é uma pessoa que está sendo cuidada
por um médico, enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta, cirurgião,dentista ou outro profissional
da área da saúde.

Paciente é aquele que espera, ou seja, que deve ter paciência e esperar por ações e
intervenções dos profissionais de saúde. Muitas vezes, a demora para ser atendido é tão
grande que haja paciência.

Paciente: o termo paciente é utilizado para se referir à pessoa que está sob cuidados médicos
ou precisa de atendimento, não deixando de ser ao mesmo tempo cliente e usuário de um
serviço clínico.

A palavra paciente é chamada assim a fim de atravessar uma fase da vida, quando se têm uma
condição que ameaça o bem-estar para modificar o estatuto ontológico da saúde. Isto pode ser
desencadeado por diferentes razões, quer intrínsecas ou extrínsecas com evidência da
natureza do organismo causador da doença. Esses gatilhos são conhecidos sob o nome de
insultos. Ademais, de acordo com a etimologia da palavra, a mesma é proveniente do latim e
significa “falta de firmeza” e é um processo que acontece em um ser vivo e altera seu estado
normal de saúde. Já na linguagem quotidiana, a doença é entendida como a ideia oposta ao
conceito de saúde: é algo que provoca uma perturbação ou quebra a harmonia em um
indivíduo, quer a nível molecular, físico, mental, emocional ou espiritual.

Dada a dificuldade de definir especificamente o que é o termo paciente (porque cada


indivíduo a tem de acordo com as suas próprias experiências), existem vários conceitos que
podem ser utilizados, de acordo com o contexto, como um sinônimo: patologia, anomalia,
desordem, transtorno e desequilíbrio, entre outros. Existem diferentes ciências que são
responsáveis por estudar, analisar e combater a doença. A fitopatologia, por exemplo, é
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dedicada a analisar as doenças que afetam plantas e outros gêneros botânicos. As pessoas que
ficam doentes assim como os animais vulneráveis, por outro lado, são abordados pelo
veterinário. A ciência médica, no entanto, é responsável por doenças humanas.

Assim, os vários ramos da medicina investigam as peculiaridades inerentes a toda criatura,


seus sintomas e consequências são resultantes do morfofisiológico dado a evidência de que
faz biologia no organismo do paciente.

1.6.4.Hospitalizar

O hospital é uma instituição concreta onde se tratam doentes, internados ou não. Quando nos
referimos ao hospital, automaticamente, pensamos em algum tipo de doença já instalada, só
sendo possível a intervenção secundária e terciária para prevenir seus efeitos adversos, sejam
eles físicos, emocionais ou sociais (Castro &Bornholdt, 2004).

Segundo Foucault (1995), o hospital é um meio de intervenção sobre o doente, que tem por
função assegurar o enquadrilhamento, a vigilância, a diciplinarização do mundo confuso do
doente e da doença, como também transformar as condições do meio em que os indivíduos
serão colocados, com o objetivo de assumir os cuidados com pessoas doentes que não podem
ser tratadas em suas próprias casas.

Segundo Campos (1995), a Organização Mundial de Saúde classifica o hospital como parte
integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade
completa assistência médica, preventiva ou curativa, incluindo serviços extensivos à família
em seu domicílio e ainda funcionando como centro de formação dos que trabalham no campo
da saúde, no desenvolvimento de pesquisas biopsicossociais.

Segundo Foucault (1995), o hospital é um meio de intervenção sobre o doente, que tem por
função assegurar o enquadrilhamento, a vigilância, a diciplinarização do mundo confuso do
doente e da doença, como também transformar as condições do meio em que os indivíduos
serão colocados, com o objetivo de assumir os cuidados com pessoas doentes que não podem
ser tratadas em suas próprias casas. Segundo Campos (1995), a Organização Mundial de
Saúde classifica o hospital como parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja
função é dispensar à comunidade completa assistência médica, preventiva ou curativa,
incluindo serviços extensivos à família em seu domicílio e ainda funcionando como centro de
formação dos que trabalham no campo da saúde, no desenvolvimento de pesquisas
biopsicossociais.
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A medicina cuida da doença em si, do órgão prejudicado, separando, o corpo da mente,


deixando de lado a história pessoal, familiar e social do sujeito (Campos, 1995). Por vezes,
estar doente significa estar em situação de fraqueza e dependência. A doença neste sentido
pode representar sofrimento orgânico e psicológico.

Quando hospitalizado, o indivíduo passa a viver em um ambiente novo e estranho, cercado de


pessoas desconhecidas, tendo que estabelecer novas relações com o ambiente hospitalar e
lidar com a doença. Assim, o ambiente hospitalar é um contexto no qual confrontam-se de
forma ambivalente e paradoxal sentimentos como vida e morte, cura e sofrimento, qualidade
de vida plena e limitada, alegrias e tristezas (Dias, Baptista & Baptista, 2003).

O acto de “ser hospitalizado” é um acontecimento que necessita de uma adaptação às


mudanças no seu dia-a-dia. O paciente tem contacto com suas limitações, dependência e
impotência. O adoecimento e a hospitalização provocam experiências emocionais intensas e
complexas. A doença faz surgir um novo contexto, que exige a mobilização de recursos
internos para a adaptação necessária à situação imposta pelo adoecer. Novas relações se
estabelecem, e o médico, o hospital passam a fazer parte desse novo contexto (Lima,2004;
Campos, 1995).

O processo de hospitalização é visto, portanto, entre outras coisas, como uma interrupção da
produtividade do indivíduo. Esse processo é vivido, por vezes, como vergonhoso e limitante
na medida em que o adoecer representa uma paralisação da sua vida normal e da sua família.
(Albernaz, 2003).

A interrupção das rotinas quotidianas, do contacto com o ambiente familiar, a presença de


equipamento estranho e ameaçador, a necessidade de administrar tratamentos ou meios de
diagnóstico assustadores e dolorosos, a necessidade de fazer contacto com muitas pessoas
entre o pessoal técnico e auxiliar, e a impossibilidade de manter o controle sobre os
acontecimentos, são condições que dificilmente podem ser administradas. A pessoa não fica
alheia à percepção da gravidade da situação, directamente, ou através das reações dos
acompanhantes e do próprio pessoal hospitalar, nem hà necessidade de se confrontar com
processos físicos estranhos, difíceis de compreender, dolorosos, e potencialmente limitadores
da actividade habitual (Barros, 1998).

A hospitalização passa a ser determinante de muitas situações consideradas invasivas e


abusivas na medida em que não respeitam os limites e imposições da pessoa hospitalizada. O
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hospital, o processo de hospitalização e o tratamento que visam o restabelecimento, não


fazem parte dos projetos existenciais da maioria das pessoas. Nesse sentido, toda e qualquer
invasão no espaço vital é aversivo que, além do caráter abusivo, apresenta ainda componentes
de dor e desalento (Angerami-Camon, 2004).

Segundo Trinca (1987, Lima, 2004), os procedimentos hospitalares podem ser sentidos como
punição, ou ainda como ameaça de aniquilamento ou retaliação. Como resultado, angústias
primitivas são evocadas e mecanismos defensivos primários intensificados (sono, choro,
negativismo, desinteresse), ou, então, podem ocorrer diferentes alterações da adaptação
psicológica global (sequelas psicopatológicas). Segundo Peterson, & Mori, (1988, citado em
Barros, 1998), a maior preocupação relacionada a estas sequelas relacionam-se com a
perturbação comportamental, como o aumento da ansiedade. Neste sentido considera-se que a
perturbação comportamental a curto prazo, quer se manifeste por ansiedade, agressividade,
ou regressão, é em si própria problemática, e também pode conduzir a problemas futuros em
situações em que o paciente tenha de lidar com estressores médicos.
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CAPÍTULO II. METODOLOGIA

Na esteira de Prodanov e Freitas (2013, p. 14), “Metodologia é a aplicação de procedimentos


e técnicas que devem ser observados para construção do conhecimento, com o propósito de
comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade.”

Neste capítulo são discutidos os caminhos que nos levam a finalidade desta pesquisa de
acordo com os autores que retratam a questão de metodologia de pesquisa científica de forma
pormenorizada. No entanto, pode-se verificar o tipo de pesquisa, o método de pesquisa, as
técnicas de recolha e análise de dados e a população amostra.

2.1.Descrição do local de estudo


A população em estudo localiza-se no Hospital Distrital de Quissico, Distrito de Zavala,
província de Inhambane. A escolha do caso de estudo sobre o cuidado de enfermagem na
alimentação do paciente hospitalizado neste local deveu-se ao facto dos residentes deste
povoado terem que percorrer longas distâncias (cerca de 1 ou + km) para acederem aos
cuidados sanitários e em paralelo destaca-se a dificuldade que os pacientes hospitalizados
enfrentam também relacionada a alimentação no hospital e não estarem em condições de a
providenciar diariamente o que torna o enfermeiro incapaz de apoiar o doente a curar da sua
enfermidade.

2.2.Dados Gerais do Hospital


Direccao do Hospital Nome Formação
Director do Hospital Carlos Afonso Sitoe Têcnico Superior de
Cirurgia
Director Clinico Stelio Muchanga Médico generalista
Administrador Francisco Técnico Superior N1
Directora de Enfermagem Delfina Salvador Enfermeira Superior
Zandamela
Director cientifico João Meleco Psicólogo Clinico
Fonte: Relatório de Estágio Integral, 2023.
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Recursos Humanos nos sectores de Pediatria, Cirurgia e Medicina


Numero de ordem Categoria Disponivel
1 Enfermeiros médios 6
2 Medicos Gerais 6
3 Mdicos Cirurgioes 2
4 Nutricionista 1
5 Administrativa 1
Fonte: Relatório de Estágio Integral, 2023.

Recursos Humanos do bloco operatório


Numero de ordem Categoria Disponivel
1 Enfermeiros 2
Instrumentistas
2 Anestesistas 2
3 Enfermeiro Superior 1
4 Auxiliares 3
Fonte: Relatório de Estágio Integral, 2023.

Recursos Humanos do Banco de Socorros


Número de ordem Categoria disponivel

1 Enfermeiros medios 6
2 Enfermeiros Superiores 1
3 Técnicos de Medicina 5
Fonte: Relatório de Estágio Integral, 2023.

2.4.População do estudo
Subscrevendo-nos a visão de Prodanov e Freitas (2013), população (ou universo da pesquisa)
é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características definidas para um
determinado estudo. A definição da população-alvo tem uma influência directa sobre a
generalização dos resultados. Portanto, o pesquisador deve se preocupar com o tamanho e a
qualidade da amostra, entendida como “um subconjunto de indivíduos da população-alvo”,
sobre o qual o estudo será efetuado.
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É, ainda, o número total de pessoas descritas ou existentes no espaço de pesquisa, que possui
um parâmetro comum e não precisa ser necessariamente humana pôis, pode ser, qualquer
conjunto de parâmetro comum.

Pretende-se com o caso, estudar-se o Cuidado de Enfermagem na alimentação do paciente


hospitalizado no Hospital Distrital de Quissico. Neste estudo, sem considerar-se os critérios
de exclusão, define-se como população todos 35 pacientes hospitalizados num total de 28
profissionais de enfermagem e uma direcção composta por 6 membros.

2.5.CRITÉRIOS

2.5.1.Critérios de inclusão
A análise do caso em estudo neste relatório abrangiu três (3) grupos, nomeadamente:
 Direcção do Hospital Distrital de Quissico;
 Profissionais de enfermagem;
 Pacientes hospitalizados desde que tenham consentido.

2.5.2.Critérios de exclusão
 Não farão parte deste estudo:
 2.5.Todos os pacientes que não estejam internados
 Todos que não têm o consentimento para participarem da colheita de dados para este
relatório;
 Pessoas com distúrbios ou qualquer perturbação mental;
 Visitantes que estejam no local de estudo por um período inferior a um (1) mês.

2.6.Amostragem e tamanho da amostra

Segundo Ferreira (2003), “a constituição da amostra é sempre intencional, baseando-se em


critérios programáticos e teóricos, em detrimento dos critérios probabilísticos, procurando as
variações máximas e não a uniformidade”. O critério de selecção da amostra a ser aplicado é
o de amostragem probabilística. Este critério consiste em dividir a população em grupos de
povoados, geograficamente compactos e selecionar-se aleatoriamente. A população alvo
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neste caso de cuidados de enfermagem foi de quatro (4) profissionais de enfermagem, cinco
(5) pacientes hospitalizados e dois (2) membros de direcção, totalizando 11 entrevistados.

2.7.Tipo de pesquisa
O presente relatório é fruto da experiência vivenciada durante o estágio integral, que
culminou com a análise de um caso de cuidado de enfermagem de forma qualitativa-
quantitativa baseado em uma abordagem prática por meio de actividades desenvolvidas em
diversos sectores do Hospital Distrital de Quissico. Segundo Silva (2016), a pesquisa
qualitativa-quantitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real, prático e
o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do
sujeito que pode ser traduzido teoricamente bem como praticamente.

Pela natureza do caso, pautamos pela pesquisa qualitativa-quantitativa, em que as


informações obtidas para além de teóricas, são quantificáveis na produção de conhecimentos.

Em termos metodológicos, nesta pesquisa será usado como método de abordagem o indutivo
pois, segundo Gil (2017), o método indutivo consiste na adopção da seguinte linha de
raciocínio: “quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são
insuficientes para a explicação de um fenómeno, surge o problema. Para tentar explicar a
dificuldades expressas no problema, é formulado o problema de pesquisa. É nessa perspectiva
que usou-se este método com vista a responder de forma metodológica os caminhos usados
para o alcance da verdade do objecto em estudo, circunscritos no cuidado de enfermagem na
alimentação dos pacientes hospitalizados.

Para garantir a objectividade e a apreciação do estudo deste caso, optou-se pelo método
monográfico que de acordo com Gil (2008apud Prodanov 2013, p. 39), tem como princípio
que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado representativo de muitos
outros ou mesmo de todos os casos semelhantes. Portanto, este método permitiu fazer um
estudo profundo sobre o cuidado de enfermagem na alimentação dos pacientes
hospitalizados.

Nos métodos de procedimentos, aplicaremos o estudo de caso que na visão de Gil (2010, p.
37) afirma que o estudo de caso “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou mais
objectos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.”
19

Define-se, também, um estudo de caso da seguinte maneira: “[...] é uma estratégia de


pesquisa que busca examinar um fenómeno contemporâneo dentro de seu contexto. [...]
Igualmente, estudos de caso diferem do método histórico, por se referirem ao presente e não
ao passado.”

Yin(2002, p. 23) observa que o método de estudo de caso:

Permite uma investigação para preservar as características holísticas e significativas


dos eventos da vida real, tais como ciclos de vida individuais, processos
organizacionais e a maturação de alguns sectores. Com efeito, neste trabalho
desenvolve-se uma análise do contributo do enfermeiro na alimentação dos pacientes
hospitalizados.

2.8.Técnicas e instrumentos de recolha de dados


 Consulta bibliográfica
No entendimento de Lakatos & Marconi (2016), expõem que na pesquisa bibliográfica sua
finalidade é colocar o pesquisador em contacto direito com aquilo que foi escrito sobre
determinado assunto.

A pesquisa bibliográfica consistiu na consulta de artigos científicos, revistas tornadas


públicas por diferentes autores, que de certa forma possibilitará na compreensão do tema em
estudo. A pesquisa bibliográfica permitiu aprimorar a base teórica do estudo e obter um ponto
de referência para comparação de resultados. Contudo, para o efeito usamos os seguintes
autores: Marras (2018); Chiavenato (2016); Carvalho e Nascimento (2016); Araújo e Garcia
(2019); entre outros.

 Consulta documental

A pesquisa documental é a realizada em documentos conservados em interior de órgãos


públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registos,anuais, regulamentos,
circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes,
fotografias, vídeo-tape, informações em disquete, diários, cartas pessoais e outros (Lakatos &
Marconi, 2018).
20

Para este estudo a pesquisa documental consistiu na consulta dos documentos que versam
sobre: o ensino à distância como estratégia inovadora no processo de ensino-aprendizagem,
no primeiro semestre de 2022.

 Observação directa

Consiste na acção de observar para perceber, tomar conhecimento de um facto ou


conhecimento que ajuda a explicar a compreensão da realidade objecto do trabalho observado
e como tal, encontrar os caminhos necessários aos objectivos a serem alcançados. É um
processo mental e, ao mesmo tempo, técnico (Souza, 2018).

Para a realização deste estudo de caso concreto, recorreu-se ao local de estudo. Isto é,
Hospital Distrital de Quissico onde serão obtidas mais informações.

A observação permitiu durante o processo de estágio, a participação activa e interação com os


principais actores de enfermagem no Hospital Distrital de Quissico.

 Entrevista

É um procedimento individualizado, que prioriza o contacto e é directo entre a entrevistadora


e o/a entrevistado/a e tem por objectivo colher informações óbvias de análise para o estudo. A
entrevista está relacionada ao encontro de duas pessoas, para que uma delas consiga
informações desejadas sobre um determinado assunto, em que é feita uma colecta de dados
para ajudar em um diagnóstico ou até mesmo em um problema social (Marconi e Lakatos,
2017).

Nesta perspectiva, a entrevista será elaborada e impressa previamente e aplicada com um


roteiro de perguntas para quatro (4) profissionais de enfermagem, cinco (5) pacientes
hospitalizados possibilitando assim, entrar em contacto com dois (2) membros Direcção.
21

2.9.CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Considerando a ética como base para uma vida humana saudável e convivência decente
entre os homens, não pode ser descartada no campo do conhecimento científico, pelo que o
consentimento das instituições para iniciar a pesquisa será baseado na legalidade, como
também os valores, sentimentos e motivos dos participantes são fundamentais e precisam ser
muito respeitados.

Com isso, o estudo será submetido para uma revisão no Comité Institucional de Bioética para
a Saúde de Gaza (CIBS-Gaza). Nenhuma actividade do estudo deverá ser iniciada antes da
aprovação final do protocolo pelo Comité de Ética e em observância aos princípios éticos
definidos na Declaração de Helsínquia.

Do ponto de vista pragmático, antes de avançar com pesquisa no campo, numa primeira fase
submeter-se-á o pedido de Credencial a nível institucional para a autorização e credibilidade
da pesquisa. Chegado ao Hospital Distrital de Quissico, houve a apresentação de credencial
do Estágio e explicação clara dos objectivos da pesquisa à entidade responsável.

Nesta pesquisa, a participação do grupo-alvo será de espontânea vontade, e antes serão


informados a respeito da natureza e objectivos da pesquisa, através duma linguagem clara e
objectiva para que participem conscientes, e se houver caso em que o inquirido queira desistir
por qualquer motivo que lhe deixe emocionalmente desconfortável, será respeitada a sua
decisão.

O preenchimento dos formulários e mais esclarecimentos se necessários ocorrerão de forma


segura para que os entrevistados se sintam a vontade e se expressem livremente. As
informações que oferecerão servirão apenas para efeitos da pesquisa. Ainda haverá respeito a
identidade e imagem de cada entrevistado porque não constarão nomes na pesquisa e nem
fotografias dos participantes.
22

a) Recrutamento e Consentimento
Serão selecionados os pacientes dispostos e que se apresentem alinhadas com a pesquisa, por
meio de sensibilização. Para garantir o sigilo os nomes serão codificados, os inqueridos não
serão obrigados a responder a entrevista, os resultados não serão divulgados a nenhum órgão
de informação nem a terceiros e decorrerá num ambiente de alta privacidade e a informação
recolhida terá acesso restrito.

Do ponto de vista do Regulamento Universitário (2015), garante que qualquer estudo


envolvendo seres humanos deve sempre respeitar a dignidade, a liberdade e a autonomia dos
participantes, além de assegurar os direitos e deveres da comunidade científica e do poder
público. Ainda incorporada, pela óptica do indivíduo e das colectividades, os princípios da
teoria principalista: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça.

b) Avaliação de riscos e benefícios


Existem possíveis riscos de a informação vazar e ou se perder e para resolve-los garante
maior segurança no armazenamento da mesma informação.

Como benefícios, os participantes tem um princípio muito grande por se usufruir, que é
autonomia, prova de que o cumprimento desse princípio na realização da colecta de dados
das pesquisas, obrigou com que primeiramente houvesse uma reflexão quanto à abordagem
que seria realizada com pacientes adultos a serem inclusos, é por isso que optou-se por fazê-
lo no serviço onde compareciam às consultas de acompanhamento clínico, neste caso no
Hospital Distrital de Quissico.
23

CAPITULO III. ANÁLISE DO PROCESSO DE ESTÁGIO

3.1.RESULTADOS E DISCUSSÃO DO CASO DE ESTUDO

3.2.PONTOS POSITIVOS
 Boa recepção na parte dos funcionários do HDQ
 Sectores minimamente organizados;
 Pontualidade;
 Cuidados humanizados;
 Bom ambiente para o ensino e aprendizagem;
 Bom relacionamento entre estudantes e enfermeiros e vice – versa;
 Boa qualidade de registo nos processos do paciente.

3.3.PONTOS NEGATIVOS
 Exiguidade de pessoal serventuário no hospital;
 Insuficiência de material médico-cirúrgico,
 Insuficiência de equipamento (Nebulizadores para adultos e crianças, biombos,
humidificadores, suportes,);
 Falta de segurança para manter o hospital seguro;
 Insuficiência de resguardo nas enfermarias de cirurgias;
 Avaria da torneira do lavatório da sala de tratamento para higienização das mãos;
 Insuficiência de cadeiras para visitantes;
 Falta de lavatório na copa;
 Exiguidade de loiça para os pacientes;
 Falta de pijamas e roupa Hospitalar
24

 Muito congestionamento no campo de estagio.

3.4.SUGESTÕES PARA HOSPITAL DISTRITAL DE QUISSICO


 Alocar mais pessoal serventuário;
 Disponibilizar material médico-cirúrgico;
 Alocar biombos, humidificadores nas enfermarias;
 Contratar segurança para hospital;
 Fazer manutenção da canalização de água nos sectores;
 Disponibilizar loiça e cadeiras para doentes;
 Disponibilizar pijamas para os doentes;
 Reduzir o número de estudantes no campo de estagio, para evitar congestionamento;
 Contratar guardas para manter o hospital seguro
 Proporcionar aos funcionários acompanhamento psicológico e psiquiátrico se
necessário.
25

3.5.CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise do estudo possibilitou compreender de forma holística a importância do estágio.


Uma vez que os cuidados prestados pela enfermagem é centrado no paciente na sua totalidade
e não apenas na sua doença. Desta forma, o paciente e a família poderão sentir-se acolhidos,
assistidos, confortados e devidamente acompanhados pelo enfermeiro, além de uma equipe
multidisciplinar com a participação de diversos profissionais de saúde contribuindo através
de suas habilidades e acções voltadas a estes pacientes focando no seu bem-estar.
Os pacientes graves: (Pós-operatório, politraumatizado ou com TEC) necessitam de cuidados,
apoio e dedicação assim é necessário que a equipe de Enfermagem esteja preparada para
entender de forma humanizada todo este processo e conhecer sobre a importância dos seus
cuidados, melhorando sua qualidade de vida e minimizando sua dor. A enfermagem precisa
aprimorar-se e comprometer-se com seu papel de cuidador para que possa compreender
melhor as necessidades de cada um, e assim se envolver com mais efectividade no que diz
respeito aos cuidados, principalmente no controle do sofrimento físico, emocional, espiritual
e social.
De acordo com Abreu (2007), o estágio representa um momento especial e potencial de
formação, em que a experiência se constitui em saber, através de um processo reflexivo
constante sobre as práticas desenvolvidas.
Este relatório incide sobre o estágio desenvolvido nos Sectores seguintes: Enfermarias de
Medicinas, cirurgia, Pediatria e Banco de Socorros.
O estágio permitiu a aquisição e desenvolvimento de competências na prestação de cuidados
ao doente em meio pré-hospitalar e comunicação efectiva com a família. Os contextos da
prática de estágio revelaram-se locais privilegiados de observação e de aprendizagem,
permitindo a aplicação dos conhecimentos, valores e capacidades conducentes a uma prática
de cuidados de excelência.
Neste estágio desenvolvemos habilidades e competências técnicas, científicas e na prestação
de cuidados de enfermagem e competências na melhoria contínua dos cuidados prestados.
26

O relatório encontra-se organizado de acordo com as competências preconizadas pelo plano


de estudos do curso, indicando para cada uma delas as actividades desenvolvidas ao longo do
estágio, permitindo evidenciar o desenvolvimento das competências preconizadas nos
diferentes contextos de prestação de cuidado.

CAPITULO IV.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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