Diretiva 70 - 311 - CEE
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001 — 1
►B DIRECTIVA DO CONSELHO
de 8 de Junho de 1970
relativa à aproximação das legislações dos Estados-membros respeitantes aos dispositivos de
direcção de veículos a motor e seus reboques
(70/311/CEE)
Alterada por:
Jornal Oficial
o
n. página data
Alterada por:
►A1 Acto de Adesão da Dinamarca, da Irlanda e do Reino Unido da Grã-
-Bretanha e da Irlanda do Norte (*) L 73 14 27.3.1972
▼B
DIRECTIVA DO CONSELHO
de 8 de Junho de 1970
relativa à aproximação das legislações dos Estados-membros
respeitantes aos dispositivos de direcção de veículos a motor e seus
reboques
(70/311/CEE)
▼M2
Artigo 1.o
Para efeitos do disposto na presente directiva, entende-se por «veículo»
qualquer veículo conforme definido no artigo 2.o da Directiva 70/156/
/CEE.
▼B
Artigo 2.o
Os Estados-membros não podem recusar a recepção CEE nem a
recepção de âmbito nacional de um veículo por motivos relacionados
com os dispositivos de direcção, se estes corresponderem às prescrições
que constam dos ►M1 anexos ◄.
▼A1
Article 2 bis
Les États membres ne peuvent refuser ou interdire la vente,
l'immatriculation, la mise en circulation ou l'usage des véhicules pour
des motifs concernant leurs dispositifs de direction si ceux-ci répondent
aux prescriptions figurant à l'annexe.
▼B
Artigo 3.o
As alterações necessárias para adaptar ao progresso técnico as
prescrições dos ►M2 anexos ◄ serão adoptadas em conformidade
com o procedimento previsto no artigo 13.o da Directiva do Conselho de
▼B
6 de Fevereiro de 1970, relativa à recepção dos veículos a motor e seus
reboques.
Artigo 4.o
1. Os Estados-membros porão em vigor as disposições necessárias
para dar cumprimento à presente directiva no prazo de dezoito meses, a
contar da sua notificação, e desse facto informarão imediatamente a
Comissão.
2. Os Estados-membros devem assegurar que a Comissão seja
informada do texto das principais disposições de direito nacional que
adoptarem no domínio regulado pela presente directiva.
Artigo 5.o
Os Estados-membros são destinatários da presente directiva.
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 4
▼M2
LISTA DE ANEXOS
▼M1
ANEXO I
▼M2
ÂMBITO, DEFINIÇÕES, PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO CE, HOMO-
LOGAÇÃO CE, DISPOSIÇÕES RELATIVAS AO FABRICO,
DISPOSIÇÕES RELATIVAS AOS ENSAIOS, MODIFICAÇÃO DE
MODELOS E ALTERAÇÃO DE HOMOLOGAÇÕES, CONFORMIDADE
DA PRODUÇÃO
0. ÂMBITO
0.1. A presente directiva aplica-se aos dispositivos de direcção dos veículos
das categorias M, N e O conforme definidas na parte A do anexo II da
Directiva 70/156/CEE.
0.2. Não abrange dispositivos de direcção com mecanismos exclusivamente
pneumáticos, exclusivamente eléctricos ou exclusivamente hidráulicos,
excepto:
0.2.1. Dispositivos de direcção auxiliares com mecanismos exclusivamente
eléctricos ou exclusivamente hidráulicos no que diz respeito aos
veículos das categorias M e N.
0.2.2. Dispositivos de direcção com mecanismos exclusivamente hidráulicos
no que diz respeito aos veículos da categoria O.
▼M1
1. DEFINIÇÕES
Para efeitos do disposto na presente directiva, entende-se por:
1.1. aprovação do veículo, a aprovação de um modelo de veículo no que
respeita ao equipamento de direcção.
1.2. modelo de veículo, veículos que não apresentem entre si diferenças no
referente à designação do modelo de veículo dada pelo fabricante e/ou
a variações susceptíveis de afectar a sua direcção.
1.3. equipamento de direcção, o conjunto do equipamento que deve
determinar a direcção de marcha do veículo.
O equipamento de direcção engloba:
— o comando de direcção,
— o mecanismo de direcção,
— as rodas direccionais,
— eventual alimentação em energia;
1.3.1. comando de direcção, a parte do equipamento de direcção que
comanda o seu funcionamento e que pode ser accionada com ou sem a
intervenção directa do condutor. No caso de um equipamento de
direcção em que as forças de direcção sejam asseguradas exclusiva-
mente ou em parte pelo esforço muscular do condutor, o comando de
direcção compreende todas as peças até ao ponto onde o esforço de
direcção é transformado por meios mecânicos, hidráulicos ou
eléctricos;
1.3.2. mecanismo de direcção, todos os órgãos do equipamento de direcção
por meio dos quais é feita a transmissão das forças de direcção do
comando de direcção até às rodas direccionais; compreende todas as
peças a partir do ponto em que o esforço sobre o comando de direcção
é transformado por meios mecânicos, hidráulicos ou eléctricos;
1.3.3. rodas direccionais, as rodas cujo alinhamento em relação ao eixo
longitudinal do veículo pode ser modificado, directa ou indirectamente,
para obter a mudança da direcção de marcha do veículo (esta definição
engloba o eixo em tomo do qual se faz virar as rodas direccionais para
determinar a direcção de marcha do veículo);
1.3.4. alimentação em energia, os órgãos do equipamento de direcção que lhe
fornecem a energia, regulam o débito desta energia e que,
eventualmente, a condicionam e armazenam. Compreende igualmente
os eventuais depósitos para o agente de funcionamento e as condutas
de retomo, mas não o motor do veículo (excepto na acepção do ponto
4.1.3), nem o transporte entre este e a fonte de energia;
1.3.4.1. fonte de energia, a parte da alimentação em energia que fornece a
energia na forma desejada: por exemplo, bomba hidráulica, compressor
de ar;
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 6
▼M1
1.3.4.2. depósito de energia, a parte da alimentação em energia na qual é
armazenada a energia fornecida pela fonte de energia;
1.3.4.3. depósito de armazenamento, a parte da alimentação em energia na qual
o agente de funcionamento é armazenado à pressão atmosférica ou a
uma pressão próxima desta.
▼M1
viragem das rodas direccionais do reboque está directamente
relacionada com o ângulo relativo entre o eixo longitudinal do quadro
do reboque, ou de um carregamento que o substitua, e o eixo
longitudinal do falso quadro ao qual o ou os eixos estão fixados.
1.5.3. Podem-se distinguir os seguintes tipos de equipamentos de direcção em
função da disposição das rodas direccionais:
1.5.3.1. equipamento com rodas dianteiras direccionais em que apenas as
rodas do ou dos eixos dianteiros são direccionais. Esta definição inclui
todas as rodas que estão viradas na mesma direcção;
1.5.3.2. equipamento com rodas traseiras direccionais, em que apenas as rodas
do ou dos eixos traseiros são direccionais. Esta definição inclui todas
as rodas que estão viradas na mesma direcção;
1.5.3.3. equipamento multieixos direccionais, em que um ou mais dos eixos
dianteiros ou traseiros são eixos direccionais;
1.5.3.3.1. equipamento com todas as rodas direccionais, quando todas as rodas
são rodas direccionais;
1.5.3.3.2. equipamento de direcção para quadros articulados, em que o
movimento das partes do quadro umas em relação às outras é
produzido directamente pelas forças de direcção.
▼M2
1.5.3.4. Dispositivo de direcção auxiliar, em que as rodas dos eixos dos
veículos das categorias M e N são rodas direccionais, em complemento
das rodas que fornecem o sinal de direcção principal não exclusiva-
mente eléctrico, hidráulico ou pneumático, na mesma direcção ou na
direcção oposta às rodas que fornecem o sinal de direcção principal, e/
/ou em que o ângulo de viragem das rodas dianteiras, centrais e/ou
traseiras pode ser ajustado em função do comportamento do veículo.
▼M1
2. PEDIDO DE APROVAÇÃO
▼M2
2.1. O pedido de homologação CE, em conformidade com o n.o 4 do artigo
3.o da Directiva 70/156/CEE, de um modelo de veículo no que diz
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 8
▼M2
respeito ao seu dispositivo de direcção deve ser apresentado pelo
fabricante.
2.2. No apêndice 1 figura um modelo de ficha de informações.
▼M1
2.3. Um veículo representativo do modelo a aprovar deve ser apresentado
ao serviço técnico encarregado de fazer o controlo das especificações
técnicas.
▼M2
3. HOMOLOGAÇÃO CE DE UM MODELO DE VEÍCULO
3.1. Se os requisitos relevantes forem satisfeitos, deve ser concedida a
homologação CE em conformidade com o n.o 3 e, se aplicável, o n.o 4
do artigo 4.o da Directiva 70/156/CEE.
3.2. No apêndice 2 figura um modelo de certificado de homologação CE.
3.3. cada modelo de veículo homologado deve ser atribuído um número de
homologação conforme com o anexo VII da Directiva 70/156/CEE.
Um Estado-membro não pode atribuir o mesmo número a outro
modelo de veículo.
▼M1
4. DISPOSIÇÕES RELATIVAS AO FABRICO
▼M1
características equivalentes, e não deve ser submetido a nenhuma
deformação sensível durante o funcionamento normal do sistema de
direcção.
▼M2
▼M1
4.2.1. Com a nd o d e di re c ç ã o
4.2.2. Me c a ni smo de di re c ç ã o
4.2.3.1. As rodas traseiras não devem ser as únicas rodas direccionais. Esta
disposição não se aplica aos semi-reboques.
4.2.4. Al i m e n t a ç ã o e m e ne rgi a
▼M1
4.2.4.1.2. em caso de avaria da fonte de energia, a eficiência da travagem não
deve ficar aquém da eficiência prescrita para o travão de serviço, tal
como definida no ►M2 anexo II ◄ ►M2 (1) ◄, desde o primeiro
accionamento do travão;
4.2.4.1.3. em caso de avaria da alimentação em energia, a eficiência da travagem
deve estar em conformidade com as prescrições do ►M2 anexo II ◄
►M2 (1) ◄;
4.2.4.1.4. um sinal de alarme sonoro ou visual deve avisar o condutor caso o
nível do líquido no depósito de armazenamento baixe para um valor
que possa acarretar um aumento do esforço sobre o comando de
direcção ou de travagem. Este sinal pode ser combinado com o
dispositivo destinado a avisar da ocorrência de uma avaria dos travões;
o condutor deve poder verificar facilmente o bom funcionamento do
sinal.
4.2.4.2. A mesma fonte de energia pode ser utilizada para alimentar o
equipamento de direcção e outros dispositivos para além do dispositivo
de travagem, desde que o condutor seja avisado por um sinal sonoro ou
visual quando o nível do líquido no depósito de armazenamento baixar
para um valor que possa acarretar um acréscimo de esforço sobre o
comando de direcção; o condutor deve poder verificar facilmente o
bom funcionamento do sinal.
4.2.4.3. O dispositivo de alarme deve estar ligado directa a permanentemente
ao circuito. Durante a utilização normal do motor e na ausência de
qualquer avaria do equipamento de direcção, o dispositivo de alarme
apenas deve disparar durante o tempo necessário para o enchimento do
ou dos depósitos de energia após o arranque do motor.
(1) As exigências referidas no anexo II podem, igualmente, ser verificadas aquando dos
ensaios de homologaçãão de acordo com a Directiva 71/320/CEE.
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 11
▼M1
5.2.5. Medição do esforço sobre o comando de direcção em veículos a motor
com o equipamento de direcção em boas condições
5.2.5.1. Partindo da marcha em linha recta, faz-se virar o veículo segundo uma
espiral, a uma velocidade de 10 km/h. Mede-se o esforço sobre o
comando de direcção com o raio nominal do comando de direcção até
que a posição do comando de direcção corresponda ao raio de viragem
indicado no quadro abaixo para a categoria de veículo em causa,
estando o dispositivo de direcção em boas condições.
É executada uma manobra da direcção para a direita e outra para a
esquerda.
5.2.5.2. A duração máxima admissível para o accionamento da direcção e o
esforço máximo admissível sobre o comando de direcção, estando o
equipamento de direcção em boas condições, são indicados no quadro
abaixo para cada categoria de veículo.
5.2.6. Me di ç ã o do e sforç o sob re o c om a nd o de di re c ç ã o e m
veí c ul os a m ot or com o e quip a m e nto d e dire cçã o a va ria do
5.2.6.1. Repete-se o ensaio descrito no ponto 5.2.5, com um equipamento de
direcção avariado. Mede-se o esforço sobre o comando de direcção até
que a posição do comando de direcção corresponda ao raio de viragem
indicado no quadro abaixo para a categoria de veículo em causa,
estando o equipamento de direcção avariado.
5.2.6.2. A duração máxima admissível para o accionamento da direcção e o
esforço máximo admissível sobre o comando de direcção, estando o
equipamento de direcção avariado, são indicados no quadros abaixo
para cada categoria de veículo.
Disposições relativas ao esforço sobre o comando de direcção
M1 15 4 12 30 4 20
M2 15 4 12 30 4 20
M3 20 4 12 ►M2 ( ) ◄ 1
45 6 20
N1 20 4 12 30 4 20
N2 25 4 12 40 4 20
1 2
N3 20 4 12 ( ) 45 ( ) 6 20
(1) Ou viragem das rodas até ao fim de curso, caso este valor não possa ser atingido.
(2) 50 para os veículos rígidos com dois (ou mais) eixos direccionais, à excepção dos dotados de um
equipamento de autodirecção.
▼M1
deste ponto, o reboque deve obedecer às condições enunciadas no
ponto 5.3.1.
5.3.4. Os ensaios descritos nos pontos 5.3.2 e 5.3.3 devem ser realizados com
uma viragem das rodas à esquerda e uma viragem das rodas à direita.
▼M2
6. MODIFICAÇÃO DE MODELOS E ALTERAÇÃO DE HOMOLO-
GAÇÕES
6.1. No caso de modificações do modelo de veículo homologado nos
termos da presente directiva, aplicam-se as disposições do artigo 5.o da
Directiva 70/156/CEE.
7. CONFORMIDADE DA PRODUÇÃO
7.1. As medidas destinadas a garantir a conformidade da produção devem
ser tomadas de acordo com o disposto no artigo 10.o da Directiva 70/
/156/CEE.
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 13
▼M2
Apêndice 1
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 14
▼M2
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 15
▼M2
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 16
▼M2
Apêndice 2
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 17
▼M2
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 18
▼M2
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 19
▼M1
ANEXO ►M2 II ◄
M1 80 5,8 50
M2 e M3 60 5,0 70
N1 80 5,0 70
N2 et N3 60 5,0 70
Travão
Eficiência residual
Categoria V (km/h) deemergência
(m/s2)
(m/s2)
M1 80 2,9 1,7
M2 60 2,5 1,5
M3 60 2,5 1,5
N1 70 2,2 1,3
N2 50 2,2 1,3
N3 40 2,2 1,3
▼M2
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 20
▼M1
ANEXO ►M2 III ◄
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
O presente anexo não exige que os veículos estejam munidos de um
equipamento de direcção auxiliar, devendo, no entanto, aquelas que o
possuam estar em conformidade com as suas disposições.
2. DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS
2.1. Mecanismo
2.1.1. Mecanismos de direcção mecânicos
Aplica-se o ponto 4.1.4 do anexo I da presente directiva.
2.1.2. Mecanismos de direcção hidráulicos
O mecanismos de direcção hidráulicos devem ser protegidos contra
pressões mais elevadas que a pressão de serviço máxima autorizada T.
2.1.3. Mecanismos de direcção eléctricos
os mecanismos de direcção eléctricos devem ser protegidos contra uma
alimentação excessiva em energia.
2.1.4. Combinação de mecanismos da direcção
A combinação de mecanismos mecânicos, hidráulicos e eléctricos deve
estar em conformidade com as disposições dos pontos 2.1.1, 2.1.2 e
2.1.3.
M1, N1 100 80
M2, N2 50 50
M3, N3 50 45
(1) Se, devido à configuração do local de ensaio, não se puder satisfazer os valores
dos raios, os ensaios podem ser efectuados em pistas com outros raios (desvio
máximo ± 25 %), desde que a velocidade seja variada de modo a obter a
aceleração transversal resultante do raio e da velocidade indicados no quadro
para a categoria de veículo em questão.
(2) Se o dispositivo de direcção auxiliar estiver numa posição bloqueada
mecanicamente a esta velocidade especificada, a velocidade do ensaio deve
ser modificada de modo a corresponder à velocidade máxima em que o sistema
está a funcionar. A velocidade máxima significa a velocidade a que o
dispositivo de direcção auxiliar se bloqueia, reduzida de 5 km/h.
3
( ) Se as características dimensionais do veículo implicarem um risco de
capotagem, o fabricante deve fornecer ao serviço técnico dados de simulação
do comportamento que demonstrem uma velocidade máxima segura inferior
para efectuar o ensaio. O serviço técnico escolhe então essa velocidade de
ensaio.
1970L0311 — PT — 16.02.1999 — 003.001 — 21
▼M2
A avaria deve ser provocada quando a velocidade especificada tiver sido
atingida. O ensaio deve ser realizado no sentido horário e no sentido anti-
-horário.
▼M1
2.2.1.2. e nsa i o e m c ond i ç õ e s t ra nsi t óri a s
enquanto se aguarda que sejam estabelecidos métodos de ensaio
uniformes, o fabricante do veículo deve informar os serviços técnicos
dos seus métodos de ensaio e dos resultados relativos ao comportamento
transitório do veículo em caso de avaria.
▼M1
ANEXO ►M2 IV ◄
2. DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS