Genêros Textuais Parte 2
Genêros Textuais Parte 2
Genêros Textuais Parte 2
Para tratar da concepção de liberdade, Nadja Hermann retoma Stuart Mill para afirmar que
a) o livre arbítrio só não leva em conta a tolerância religiosa para exercer com legitimidade a liberdade
dos indivíduos.
b) a liberdade de opinião e crença baseia-se em ideais cujo maior propósito é exercer legitimamente o
poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade.
d) a liberdade abrange ampla e total autonomia tanto de opinião como de sentimento em assuntos das
mais diversas ordens.
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TEXTO 8
Aos 60 anos, Rossmarc foi confinado na cadeia Raimundo Pessoa em Manaus, dividindo uma cela com 80 detentos. Dormia no chão
junto de uma fossa sanitária. Para manter-se vivo usava toda a sua inteligência para fazer acordos com os detentos. Lá havia de tudo:
drogados, jagunços, pseudomissionários, contrabandistas etc. Fora vítima do advogado. Com toda a lábia, nunca fora a Brasília defender
Rossmarc. Por não ter apresentado a defesa, foi condenado a 13 anos de prisão. O advogado sumira, Rossmarc perdera o prazo para
recorrer. Como era estrangeiro, os juízes temiam que fugisse do Brasil. O juiz ordenou sua prisão imediata. A cela, com oitenta detentos,
fervilhava, era mais do que o inferno. Depressivo, mantinha-se tartamudo num canto, remoendo sua história, recordando-se dos bons
tempos em que navegava pelos rios da Amazônia com seus amigos primatas.
Nos processos de construção textual, muitas vezes, é possível inferir ações, eventos, significados, mesmo que
não explicitados no texto. Pensando nisso, assinale a alternativa que indica corretamente o aspecto linguístico
responsável pela inferência de que, no último parágrafo do texto, Pássaro Azul tem uma relação sexual com um
homem:
a) o recurso da comparação tanto para o par masculino quanto para o par feminino, significando que
ambos eram furiosos amantes.
b) o emprego predominante do pretérito imperfeito na descrição dos ruídos provocados pelo casal como
forma de expressar que a ação era interminável.
c) o conjunto de elementos lexicais presentes no trecho e que são próprios do campo semântico da
atividade sexual.
d) o uso de verbos de ação e de cognição que revelam o pensamento libidinoso do homem que usava
correntões de ouro.
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Atenção: A questão refere-se a A e B, trechos de capítulos da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.
A.
CAPÍTULO 2
O CORPO
Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor
Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés
Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés.
A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem
compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento.
A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para
facilitar a qualidade das trocas.
As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das
inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.
B.
CAPÍTULO 8
AS EXTREMIDADES
8.4 OS PÉS
2. O limpador de para-brisas
Posição: sentada com os braços atrás do corpo e as mãos apoiadas no chão
− Gire os tornozelos para dentro e para fora;
− Levante e abaixe os calcanhares mantendo as barrigas das pernas no chão (os dois juntos; depois um de cada vez).
a) têm como objetivo sugerir ao leitor a realização de uma tarefa, apresentando o passo a passo da
atividade; em ambos os casos, o executor não tem espaço para livre escolha.
c) não podem ser aproximados sob nenhum critério, pois, fazendo parte de universos absolutamente
distintos − como o comprovam tanto o assunto de cada um, quanto o estilo adotado em cada um
deles − , jamais estarão inseridos em contextos comunicativos iguais ou somente parecidos.
d) apresentam traços distintos em sua composição, como se nota pelo emprego do imperativo (em B) e
do infinitivo (na receita); entretanto, essa específica diferença não impede o reconhecimento de que
partilham a mesma finalidade de instruir o receptor.
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Agora me digam: como é que, com tio-avô modinheiro parente de Castro Alves, com quem notivagava na Bahia; pai curtidor de um
sarau musical, tocando violão ele próprio e depositário de canções que nunca mais ouvi cantadas, como “O leve batel”, linda, lancinante,
lúdica e que mais palavras haja em “l’s” líquidos e palatais, com versos atribuídos a Bilac; avó materna e mãe pianistas, dedilhando aquelas
valsas antigas que doem como uma crise de angina no peito; dois tios seresteiros, como Henriquinho e tio Carlinhos, irmão de minha mãe,
de dois metros de altura e um digitalismo espantosos, uma espécie de Canhoto (que também o era) da Gávea; como é que, com toda essa
progênie, poderia eu deixar de ser também um compositor popular…
Vinicius de Moraes, Samba falado:(crônicas musicais). Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008. Adaptado.
Das características abaixo, frequentemente encontradas em crônicas, a única que NÃO se aplica ao texto é:
a) emprego de neologismos.
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Cosplay = Comportamento que consiste em caracterizar-se de personagens fictícios de desenhos animados, mangás, filmes e/ou séries
televisivas.
O Texto 2 explora um recurso comum ao gênero discursivo a que ele pertence, a saber:
a) a reificação
b) a ambiguidade.
c) a paródia.
d) a intertextualidade.
e) a comicidade.
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Os gêneros textuais estão vinculados à nossa vida social e organizam nossas atividades comunicativas.
Todo texto pertence a um gênero, como o que segue:
Fábulas para o Ano 2000 (Rodrigo Lacerda e Gustavo Martins; Ilustrações de Paulo Batista; 80 p.; Lemos Editorial; 0800-177899; 10 reais)
Novos autores sempre surgem, mas autores novíssimos são bem mais raros. Gustavo Martins tem apenas 15 anos e, antes que você se
espante com isso, é bom lembrar que ele publicou seu primeiro livro aos 8 anos, o que lhe valeu uma menção no Guinness, o livro dos
recordes. Rodrigo Lacerda, de 29 anos, convenhamos, também é um jovem autor se comparado, por exemplo, aos medalhões da
Academia de Letras. Mas o que interessa mesmo é que ambos fazem ótima literatura. Estas fábulas são a melhor prova disso. Com talento e
bom humor, eles adaptaram histórias tradicionais, como A Princesa e o Sapo ou Os Três Porquinhos, aos tempos modernos. O resultado foi
uma espécie de cyber-conto-de-fadas, onde uma rã transforma-se em princesa e casa-se com um metaleiro ou três porquinhos sem-terra
encaram um lobo latifundiário. Para manter o espírito edificante, os autores não abriram mão da famosa "moral da história" no final de cada
conto. Um exemplo: "Os Powers Rangers podem até vencer o monstrão, desde que ele não tenha um bom advogado". Moderníssimo.
c) Resenha porque apresenta uma descrição resumida e uma valoração crítica a respeito de
um produto cultural, no caso um livro.
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b) Me lembrei dessa história por conta de outra completamente diferente, (l. 8).
d) ele também não podia imaginar que eu pedisse desculpas (l. 28).
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c) Criação do efeito de objetividade no tratamento dos fatos, com apresentação de dados concretos,
como nomes, idades, locais.
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Relacionando as informações dos textos I e II e ana- lisando sua forma e conteúdo, pode-se afrmar que
b) o eu lírico, em ambos os textos, é uma fgura feminina que emprega linguagem emotiva.
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d) A entrega do abacate → A delação da irmã e a consequente surra aplicada na menina pela mãe.
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Pode-se definir “metalinguagem” como a linguagem que comenta a própria linguagem, fenômeno presente na
literatura e nas artes em geral.
O quadro A perspicácia, do belga René Magritte, é um exemplo de metalinguagem porque:
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O quadro produz um estranhamento em relação ao que se poderia esperar de um pintor que observa um modelo
para sua obra.
Esse estranhamento contribui para a reflexão principalmente sobre o seguinte aspecto da criação artística:
a) perfeição da obra
b) precisão da forma
c) representação do real
d) importância da técnica
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a) sonora e visual.
b) gráfica e erudita.
c) visual e geométrica.
d) espacial e minimalista.
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Certo Errado
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CÓDIGOS E LINGUAGENS
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.
Em 1876, os Estados Unidos comemoraram o centenário de sua independência com um evento de encher os olhos. Realizada na
Filadélfia, a “Exposição internacional de arte, manufatura e produtos do solo e das minas" ocupava uma área quase do tamanho do parque
do Ibirapuera, em São Paulo.
Nesse ambiente de excitação e curiosidade, o professor escocês Alexandre Graham Bell, de 29 anos, parecia deslocado.Seus
primeiros dias na feira foram de desânimo e frustração. Ele trazia de Boston, cidade em que morava, uma engenhoca chamada de “novo
aparato acionado pela voz humana". A organização da feira lhe destinara uma pequena mesa escondida no fundo de um corredor. Era um
espaço fora do roteiro dos juízes encarregados de avaliar e premiar as invenções. Como se inscrevera na última hora, seu nome nem sequer
aparecia na programação oficial.
Tudo isso mudou devido a uma extraordinária coincidência. Em um final de tarde, uma voz fina e esganiçada chamou-lhe
a atenção:
− Mr. Graham Bell?
Ao se virar, ele deparou-se com o imperador do Brasil, dom Pedro II. Os dois tinham se conhecido semanas antes, em Boston,
onde Graham Bell criara uma escola para surdos-mudos.
− O que o sr. está fazendo aqui? − perguntou dom Pedro.
Graham Bell contou-lhe que acabara de patentear um mecanismo capaz de transmitir a voz humana. A cena que se seguiu é hoje
parte dos grandes momentos da história da ciência. Escoltado pelo imperador do Brasil, por um batalhão de repórteres e pelos juízes, que,
àquela altura, estavam por perto, Graham Bell pediu que dom Pedro II se postasse a cerca de cem metros e mantivesse junto aos ouvidos
uma pequena concha metálica conectada a um fio de cobre. No extremo oposto da fiação, pronunciou as seguintes palavras, da peça
Hamlet, de William Shakespeare:
− To be or not to be (ser ou não ser).
− Meu Deus, isso fala! Exclamou dom Pedro II.
Mais tarde rebatizado como telefone, o aparato seria considerado um dos marcos do século XIX, chamado de “Século das luzes"
devido às inovações científicas que mudaram radicalmente a vida das pessoas. Encomendado por dom Pedro II pessoalmente a Graham Bell,
o telefone chegou ao Rio de Janeiro antes mesmo de ser adotado em alguns países europeus supostamente mais desenvolvidos do que o
Brasil.
(Adaptado de Laurentino Gomes. 1889. São Paulo, Editora Globo, 2013, formato ebook)
a) dissertativo.
b) narrativo.
c) argumentativo.
d) poético.
e) analítico.
Respostas 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28: 29: 30: 31: 32: 33: 34:
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