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O ENSINO DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA

CRIANÇAS

Maciele Henrique de Medeiros; Olivia Barbosa Souto Leal; Rickison Cristiano de Araújo
Silva; Amanda Bezerra Gouveia

Universidade Estadual da Paraíba; Universidade Estadual da Paraíba; Universidade Estadual da Paraíba;


Universidade Estadual da Paraíba
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Resumo: Com a crescente busca em aprender a língua espanhola, se faz necessário que pensemos no
processo de ensino/aprendizagem da língua voltado para todos os públicos. Assim, o ensino de
Espanhol como Língua Estrangeira – ELE para crianças é de extrema importância, uma vez que
estudos comprovam que aprender uma língua estrangeira na infância é mais rápido. Posto isto, o
presente trabalho concentra-se em desenvolver e apresentar reflexões sobre o ensino de espanhol para
crianças, tratando primeiramente a respeito da formação de professores de línguas estrangeiras para
este público, refletindo sobre os desafios existentes no processo formativo, convidando-os a se
preocuparem com seus modos de atuação, para que possam ser cada vez mais críticos e reflexivos.
Abordaremos também, a importância do ensino de espanhol para as crianças, já que o estudo de uma
nova língua encantará, pois é algo novo para eles, e também algumas possibilidades de trabalho com
este público infantil, para que as aulas não sejam de forma mecanizada, aspecto recorrente em algumas
práticas docente, acontecendo assim envolvimento e motivação das crianças na aprendizagem. Para
isso, utilizaremos alguns estudiosos que nortearam as nossas discussões como Boéssio (2010),
Fernández e Rinaldi (2009), Pires (2001), Silva e Costa Junior (2018) entre outros. Cientes dessa
importância, procuramos ratificar de forma clara que se faz necessário que as instituições formadoras
promovam reflexões e formação para o processo de ensino/aprendizagem de espanhol para crianças,
como também a relevância do ensino de espanhol.

Palavras-chave: Educação infantil, Formação de professores, Espanhol para crianças.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O ensino do espanhol, apesar das dificuldades em meio ao ensino, cresce a cada dia
sua importância, a exemplo disto é o Brasil que está rodeado de países que falam a língua, e
assim, o contato e uso da língua vai tornando-se cada vez mais frequente. Com isso, o ensino
dessa língua estrangeira voltado para crianças é de extrema importância, fazendo com que
professores necessitem de uma busca constante de aprendizado e desenvolvimento nas suas
competências de ensino com este público, para assim poder se ter uma aula onde os alunos
tenham interesse e vontade de participar. É a partir das brincadeiras, dos jogos, da interação,
do divertimento e alegria em sala de aula que as crianças desenvolvem suas imaginações, e é
nessa fase que elas buscam interação, divertimento, em meio a isto, torna-se ainda mais
importante à forma de se trabalhar a cada dia de aula.
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Tendo em vista estas questões citadas acima, nos perguntamos: Qual a importância da
formação de professores para o ensino de espanhol para crianças? E qual a importância do
ensino de espanhol para crianças? Assim, este artigo tem o objetivo de refletir sobre o ensino
da língua espanhola para crianças, perspectiva essa esquecida, algumas vezes, pelas escolas e
pelas instituições formadoras dos professores.
Para isso, nos baseamos em Boéssio (2010), Fernández e Rinaldi (2009), Pires (2001),
Silva e Costa Junior (2018), que corroboraram com nossos estudos sobre a temática abordada.
Com isso, essa pesquisa pretende contribuir com a formação de profissionais para o ensino de
espanhol para crianças, uma vez procuramos evidenciar da melhor forma possível que o
ensino de espanhol para crianças é relevante e necessário, e pode ser passado de maneira
envolvente e agradável.
Desse modo, apresentaremos no primeiro tópico algumas discursões sobre a formação
de professores de línguas estrangeiras em seguida abordaremos a importância do ensino de
espanhol para as crianças e por ultimo mencionaremos algumas sugestões de trabalho com
este público infantil.

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

É perceptível atualmente uma grande preocupação com os estudos para formação de


professores de línguas estrangeiras no que diz respeito a formar profissionais críticos e
reflexivos. O docente necessita dessa preocupação com sua prática de ensino, pois se ele não
pensar no próprio modo de atuação e nas necessidades existentes no processo de
aprendizagem vai se tornar um profissional mecanizado, que não é capaz de perpassar as
diversidades existentes aos seus alunos, como bem cita Silva e Costa Junior (2018, p.63):

[...] a prática de reflexão é um aspecto complexo que envolve a formação do


profissional de Letras e de outras instâncias formadoras, por isto torna-se relevante
indagar-nos sobre o exercício reflexivo durante o curso de Licenciatura, para
questionar se o profissional formado tem o hábito de refletir sobre o seu próprio agir
docente.

Com isso, destacamos, também, no ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras, o


contexto da diversidade cultural, que em um mundo como hoje se faz necessário um professor
que reflita, que busque, que consiga reconhecer e respeitar os diversos modos de viver do
outro, sendo capaz de auto avaliar-se, estando sempre aberto ao que é novo. Apesar de
presenciarmos alguns avanços a respeito da formação
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de professores de línguas estrangeiras, atualmente estes ainda enfrentam diversos desafios em
sua formação inicial. Muitos estudantes de Letras que concluem o curso sofrem ainda uma
série de dificuldades no momento da prática, sabendo que o processo de ensino/aprendizagem
de uma língua não é fácil, ainda mais uma língua estrangeira. Além de desafios como a
questão da própria aprendizagem, podemos citar também a pouca valorização no mercado de
trabalho, voltada principalmente para algumas línguas específicas, como por exemplo, o
espanhol, que vem passando por perdas de espaço no cenário educacional, uma vez que a lei
11.161 foi revogada, ou seja, o espanhol deixou de ser oferta obrigatória na escola.
O estudo de uma língua estrangeira não está relacionado somente à aprendizagem de
sistemas linguísticos, mas conectados aos aspectos culturais diferentes da sua, seja em
questões sociais, políticas e dentre outros, que necessitam estar interligados e serem passados
no processo de ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira, exigindo que o professor seja
capaz de compartilhar tudo isso para seus alunos a cada aula, solicitando-lhe uma boa
formação. Não obstante, mesmo com uma boa formação muitas vezes o docente recém-
formado não se sente tão preparado o quanto deveria, e ao por em pratica tudo que aprendeu,
percebe que a realidade é totalmente diferente do que imaginava.

A questão da má formação do professor não diz respeito apenas à sua formação


linguístico-comunicativa, mas toca também à própria prática pedagógica. Esta não
deve ser tratada apenas no momento em que os estudantes se dedicam à prática de
ensino nas faculdades de educação, mas também nos primeiros anos de sua vida
profissional, quando muitas vezes são desassistidos no próprio ambiente escolar
onde trabalham (RODRIGUES, 2017, p. 18).

A partir daí podemos perceber outra questão que também é enfrentado pelo professor
principalmente quando se forma jovem, no que diz respeito a sua prática, quando este vai
atuar por primeira vez e muitas vezes não tem apoio da comunidade escolar, como bem nos
evidencia Rodrigues (2017, p.19):

A experiência inicial, muitas vezes traumática, é constantemente relatada pelos


professores recém-formados. É o momento em que esse professor constata sua
formação deficiente (tanto linguística quanto teórica), se sente desamparado, já que,
por estar longe da universidade, não conta com o apoio dos professores e
orientadores e agora, na escola ou no curso de idiomas onde trabalham, contam
ainda menos com o acompanhamento de um supervisor ou simplesmente com o
auxílio de algum colega mais experiente.

No que se refere a nossa própria formação enquanto estudantes do curso de


Licenciatura em Letras – Espanhol e futuros
professores é que falta uma formação voltada para o (83) 3322.3222
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ensino de língua espanhola para crianças, desde teorias que versem sobre, até a nossa prática
docente vivenciada a partir de disciplinas como o Estágio Supervisionado. Porém, sabemos
que isso pode ser algo recorrente ao fato citado no inicio do texto, a pouca valorização
atualmente do espanhol no mercado de trabalho, que com isso se fecham as oportunidades e a
própria universidade não tem como nos indicar escolas para estágios com crianças, restando-
nos atuar no ensino fundamental II e médio.
Outro ponto chave que nos remete a formação de professores para o ensino de línguas
estrangeiras para crianças são os Projetos Pedagógicos de Cursos, documento este que
norteiam os cursos superiores, informando quais disciplinas os alunos cursarão em seus
respectivos cursos, e muitas vezes podemos perceber a falta de disciplinas pedagógicas que se
preocupe com essa perspectiva, caso este vivenciado, por nós, na Universidade Estadual da
Paraíba. Assim, sabemos que durante a graduação, é no componente curricular Estágio
Supervisionado que, nós, estudante de Letras estaremos vivenciando e atuando a realidade da
sala de aula, oportunidade para refletir sobre as teorias estudadas “[...] o Estágio
Supervisionado apresenta-se como uma oportunidade sine qua non para o aprimoramento da
formação de professores cada vez mais reflexivos e críticos [...]” (SILVA; COSTA JUNIOR,
2018, p.65).
Mediante toda essa discussão sobre a formação de professores de línguas estrangeiras,
com algumas possibilidades mais também muitos desafios ainda existentes em sua formação,
veremos adiante a atuação do docente no que diz respeito ao ensino do espanhol para crianças,
tema central do nosso estudo.

O ENSINO DO ESPANHOL PARA CRIANÇAS

Considerando a grande importância que é um ensino de língua estrangeira,


discutiremos aqui o ensino do espanhol voltado para o público infantil, ou seja, para as
crianças. E logo de início podemos destacar a necessidade de se ter um ensino de espanhol
voltado para crianças, que na realidade de hoje, são poucas as escolas regulares que ofertam,
como por exemplo, no ensino fundamental, e supomos que é raro também em escolas
particulares ofertarem esse ensino, e quando ofertam é geralmente apenas o inglês, porém,
sabemos que o espanhol é importante tão quanto o inglês.
O público infantil é aquela fase onde a curiosidade é enorme, na qual se encantam com
o novo, com o diferente, e principalmente quando é
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uma língua estrangeira, em nosso caso, o espanhol. E nesta fase, a aprendizagem de uma nova
língua torna-se mais fácil, pois estes se apropriam da língua de forma rápida e eficiente, mais
do que mesmo um adulto, como bem nos aponta Pires (2001) na qual afirma que a puberdade
traz mudanças significativas para o cérebro, diminuindo sua capacidade sináptica pela metade,
assim “[...] Não por coincidência, os estudos com aprendizes de segunda língua demonstram
que aqueles que iniciam o contato com a língua na infância alcançam uma maior proficiência
do que aqueles que iniciam após a adolescência. [...]” (PIRES, 2001, p.47).
Observando não só a questão da própria fala, vemos que com o estudo desta nova
língua, neste caso o espanhol, a criança terá a oportunidade de conhecer um mundo novo,
diferentes povos, cultura, modos de vida, dentre tantas coisas, e com isso conhecerão e
aprenderão coisas diferentes da sua, desenvolvendo assim um respeito para com o próximo.
Nesta linha de pensamento, Fernández e Rinaldi (2009, p.356) destacam:

[...] com a língua estrangeira a criança pode vir a criar, no seu íntimo, ao longo do
seu desenvolvimento intelectual e social, um espaço para abrigar o que lhe for novo
- sem rechaçar o desconhecido, sem repelir o diferente, mas ao contrário, com
respeito ao que lhe vier a ser diverso. Uma das formas de imprimir na criança
valores não discriminatórios é dar-lhes a oportunidade de, também nos primeiros
anos do Ensino Fundamental, conhecer outras culturas por meio do estudo de
línguas estrangeiras. [...]

Ressaltando a questão de criatividade da criança, Boéssio (2010) nos diz em seus


estudos que o ensino de língua espanhola para crianças se baseia em questões como a
oportunidade de criação que a criança tem quando utiliza a língua, seja a língua estrangeira ou
a materna, porque sabemos que quando se está adquirindo uma língua não só se ouve e repete,
mas também se cria. “A criança constrói conhecimento ao viver a fantasia quando cria através
da imaginação associando, muitas vezes, até mesmo a própria realidade. [...]” (SANTOS,
2012, p.5). A criatividade é um dos pontos que podemos mencionar dentro dos jogos e
brincadeiras, onde as crianças poderão aprender de maneira divertida. Pois brincar e jogar
desperta o pensar na criança, desenvolvendo um maior raciocínio, maior contato com outras
crianças, ou seja, com o meio que está inserido, e desenvolve e desperta também habilidades,
conhecimentos e criatividade.
Outro ponto que podemos expor é que além da falta de oportunidade de ensino de
língua estrangeira para se trabalhar com crianças, tem-se também a necessidade de se incluir
disciplinas na formação de professores com maneiras de se trabalhar com este público. Muitos
professores acreditam já estarem totalmente formados para isso, que é só “fazer qualquer
coisa” e pronto, sendo que muitos professores não têm
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estudos superiores e mesmo assim supõem que para trabalhar com crianças é só agrada-las,
levar um jogo, uma música e assim elas aprenderão. Porém, não é bem assim, se necessita
uma busca constante de melhores formas de se trabalhar com este público. E é a partir desta
questão que abordaremos no próximo tópico possíveis propostas didáticas.

TRABALHANDO ESPANHOL COM CRIANÇAS

Antes mesmo de iniciamos esta sessão, gostaríamos de ratificar a importância da


atuação do professor em auxiliar seus alunos no processo de ensino/aprendizagem, de modo
com que eles não criem bloqueios na hora de aprender, gerando desmotivação, desinteresse e
vergonha, como bem nos afirma Boéssio (2010, p.16):

Tendo em vista a importância da motivação na aprendizagem/aquisição de LE,


percebo que o professor tem um papel fundamental, o de motivar, ou mesmo de
incentivar a motivação natural do aluno, de despertar o gosto, a curiosidade e o
interesse da criança, e mantendo-os em todo o processo de aprendizagem/aquisição
de LE. Além disso, o professor deve transmitir segurança, permitindo que a criança
se arrisque sempre, sem medo de errar. A autoestima, a confiança e a segurança são
fundamentais no processo de aquisição de LE.

Então, é importante que se apresente a língua estrangeira de maneira natural, entre


temas de interesses infantis, trabalhando aspectos lúdicos, seja através de jogos ou
brincadeiras que abordem temáticas educativas, como destaca Fernández e Rinaldi (2009) que
nos primeiros contatos com o novo idioma é necessário que o professor perceba a importância
que a ludicidade tem na formação infantil.

[...] Permitir que o primeiro contato com línguas estrangeiras aconteça naturalmente,
ainda que num espaço de aprendizagem formal, através de jogos e brincadeiras,
maneira frequente pela qual as crianças aprendem, pode contribuir para se criar uma
base sólida de comportamento e de desenvolvimento tanto de conhecimento de
outros idiomas quanto de tolerância em relação ao diferente (FERNÁNDEZ e
RINALDI, 2009, p. 357).

O jogo segundo Schwartz (1998) possui duas funções, sendo uma delas, o lúdico
quando propicia a diversão e o prazer e, a outra, quando educacional servindo para
complementar o conhecimento do indivíduo. O educador entendendo as necessidades das
crianças e sabendo utilizar a ludicidade principalmente com aquelas atividades mais difíceis
terá assim, um melhor proveito. A atividade lúdica proporciona interação, é prazerosa, e a
partir disso a criança fica entusiasmada quando se apresenta para ela um estudo utilizando um
jogo educativo. O jogo vai estimular as crianças,
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fazendo com que estas se desenvolvam, despertando o interesse na construção de novos
conhecimentos. Verificamos como bem explana Vaz (2007, p. 6-7) sobre este assunto:

Ao utilizar-se de meios lúdicos, o ensino cria ambiente gratificante e atraente que


serve de estímulo para o desenvolvimento integral da criança. Ao tempo que une a
vontade e o prazer durante a realização de uma atividade, o jogo possibilita o
desenvolvimento de habilidades como coordenação, rapidez, força, destreza,
concentração, além de contribuir para a formação de atitudes sociais, tais como: o
respeito mútuo, a cooperação, o senso de responsabilidade e justiça, a obediência às
regras, etc.

A criança é alegre e cheia de energia, e sendo assim, o professor pode aproveitar


dessas características para incluir seus alunos em aulas dinâmicas, pois elas gostam do
barulho, da rapidez, de usar a imaginação, e o professor pode e deve utilizar isso ao seu favor
ao ensinar uma LE. Claro que nem sempre as crianças estarão dispostas, podem estar
cansadas, mas “[...] O professor deve ser flexível e ter outras atividades preparadas para essas
ocasiões. Quando as crianças estão cansadas, pode ser uma boa ideia deixálas desenhar. [...]”
(PIRES, 2001, p.51-52). Quando elas estiverem muito agitadas e dispersas o professor pode
sugerir um jogo que envolva a turma, que eles possam interagir entre si, ou seja, faz-se
necessário sempre buscar maneiras de se trabalhar de acordo com o que está ocorrendo e
utilizar isso ao seu favor, pois não basta preparar uma aula e simplesmente querer aplicar
daquela forma, pois nem sempre sairá como planejado.
Uma das possibilidades é a utilização de áudios e vídeos infantis em língua espanhola,
por exemplo, músicas infantis com o conteúdo que está trabalhando, filmes de historinhas
infantis que eles mesmos já conhecem em sua língua materna tais como: chapeuzinho
vermelho, bela adormecida, branca de neve, etc., tudo isso estimularão aos pequenos e assim
trabalhará a audição ao ouvir uma música ou assistir um vídeo. E ao se trabalhar o tema do
corpo humano, por exemplo, pode utilizar algum vídeo onde os alunos irão ver e ouvir a
pronuncia das partes do corpo, podendo ir repetindo determinadas partes e ainda tocar no seu
próprio corpo (por exemplo, tocar as mãos), utilizando assim o corpo de maneira divertida,
com gestos e movimentos.
Outra atividade que pode ser realizada com a utilização de áudios é fazendo uma
relação com imagens. O professor escolhe um determinado tema, os animais, por exemplo, e
seleciona imagens de diferentes animais, com isso as crianças vão escutar o áudio com nomes
de animais em espanhol e circular a imagem referente a cada animal que escutaram, e isso
pode ser desenvolvido com diversos temas, como as
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cores, as partes do corpo, os alimentos, dentre outros que estimulam a aprendizagem da língua
espanhola.
Além da audição, outras atividades em língua espanhola podem ser efetuadas a partir
da literatura, como os contos, representações teatrais, recriações de outras historinhas a partir
das que estão trabalhando, “[;...] atividades manuais que tenham como inspiração o conto
(desenho espontâneo, pintura, modelagem) são produções que demonstram compreensão da
criança sobre o que ouviu. [...]” (FERNÁNDEZ; RINALDI, 2009, p. 362).
Diversas atividades manuais referentes a língua espanhola podem ser realizadas, como
recortes, colagens, pinturas, tudo isso incluindo o tema que será trabalhado, utilizando a
criatividade dos alunos para criarem algo, nesses momentos à imaginação é o foco principal.
Podem desenvolver uma maquete, criar uma arvore genealógica, construir um boneco
montando suas partes uma por uma, dentre outras coisas que possam ser exploradas a respeito
de cada tema.
Desta mesma forma o professor pode trabalhar o tema cores e frutas a fim de
desenvolver a criatividade dos alunos e fazer com que aprendam as cores e também as frutas
de uma forma dinamizada, sendo assim, o professor poderá selecionar uma cor de tinta para
cada dupla, ou individual, de acordo com a realidade da turma, logo em seguida, com a ajuda
do professor eles irão pintar embaixo do pé e depois colocar o pé encima de uma folha em
branco, ficando o formato do pé na folha. Cada pessoa ou dupla fará o molde de seis pés com
a mesma cor. Feito isso vai esperando secar e depois irão recortar da folha ficando só o
desenho do pé. Logo em seguida a professora irá falar pra eles escreverem o nome de uma
fruta em cima do desenho do pé da respectiva cor, por exemplo, se meu pé foi pintado de
laranja posso escrever a fruta laranja, tudo isso sendo em espanhol, obviamente. E com isso
eles irão formar em um mural um arco íris. Logo depois quando acabarem de montar tudo a
professora abrirá um dialogo com eles, com as seguintes perguntas: que cor foi a sua? Qual
fruta você escolheu? Qual sua cor favorita? Qual sua fruta preferida? E vai perguntando a
todos e interagindo de modo divertido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo de nossas discussões, abordamos a importância e a necessidade de se ter um


ensino de espanhol voltado para criança, evidenciando algumas características pertinentes a
formação de professores para este ensino.

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Destacamos a partir da realidade do ensino do espanhol para crianças no Brasil, que há
uma necessidade de ações que conduzam a uma boa formação dos docentes, a proposta é que
se crie e incluam disciplinas na formação do docente, atendendo suas necessidades voltadas
para este tema que é de suma importância. Sendo assim é importante e necessário um
exercício de reflexão por parte dos docentes e futuros docentes de língua estrangeira que
atuem ou venham a atuar com crianças que se sintam comprometidos com um ensino de
línguas, para que este seja produtivo.
Assim, com base em argumentos teóricos, levantamos algumas propostas de ensino
para este público, como por exemplo, trabalhar com a ludicidade, um agente que motiva,
anima e alegra as aulas. É como uma representação de liberdade, sendo assim um instrumento
de grande relevância para a formação dos indivíduos, propiciando um conhecimento mais
amplo. O que é de tamanha importância para o aprendizado dos pequenos. E seguimos
mostrando algumas sugestões de atividades com jogos, com músicas, filmes etc... Tudo o que
chama atenção da criança para um melhor desenvolvimento destes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOÉSSIO, Cristina Pureza Duarte. Saberes necessários para o ensino de língua espanhola
para crianças: revisitando autores. Revista e-Curriculum, São Paulo, vol.6, núm.1, p. 1-18,
dezembro, 2010.
FERNÁNDEZ, Gretel Eres; RINALDI, Simone. Formação de professores de espanhol para
crianças no Brasil: alguns caminhos possíveis. Trabalhos em Linguística Aplicada,
Campinas, vol. 48, núm.2, p.353-365, julho/dezembro, 2009.
PIRES, Simone Silva. Vantagens e desvantagens do ensino de língua estrangeira na
educação infantil: um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) –
Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, p. 1-131, fevereiro, 2001.

RODRIGUES, Luiz Carlos Balga. A formação do professor de língua estrangeira no


século XXI: Entre as antigas pressões e os novos desafios. Signum: Estudos da Linguagem,
vol. 19, núm. 2, p.13-34, Londrina, dezembro, 2017.
SANTOS, J. O. O lúdico na Educação Infantil. Realize. P. 1-16, Campina Grande, 2012.
SILVA, Rickison Cristiano de Araújo; COSTA JÚNIOR, José Veranildo Lopes da. Língua,
Cultura e Formação docente: Reflexões sobre o professor interculturalista. In: SOUZA, F.M
et all (orgs). Tecnologias, Culturas e Linguagens para ensinar e aprender. São Carlos, SP:
Pedro & João, 2013, p. 59 – 69.

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SCHWARTZ, Gisele Maria. O processo educacional em jogo: algumas reflexões sobre a
sublimação do lúdico. LICERE-Revista do Programa de Pós-graduação
Interdisciplinar em Estudos do Lazer, vol. 1, núm. 1, p. 66-76, Belo Horizonte, 1998.
VAZ, Eliane. A utilização de jogos no ensino dos verbos na língua espanhola. Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. Monografia (Especialização em Ensino de Línguas
Estrangeiras Modernas). P. 1-13, Curitiba, 2007.

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