O documento trata de uma ação previdenciária movida por Fulana de Tal requerendo aposentadoria por idade rural junto ao INSS. Ela apresentou diversas provas como certidão de casamento, carteira de filiação ao sindicato rural, comprovantes de programas agrícolas para comprovar o exercício da atividade rural por mais de 20 anos. Apesar de ter trabalhado esporadicamente em atividades urbanas, sempre retornou à agricultura, que era sua principal atividade.
O documento trata de uma ação previdenciária movida por Fulana de Tal requerendo aposentadoria por idade rural junto ao INSS. Ela apresentou diversas provas como certidão de casamento, carteira de filiação ao sindicato rural, comprovantes de programas agrícolas para comprovar o exercício da atividade rural por mais de 20 anos. Apesar de ter trabalhado esporadicamente em atividades urbanas, sempre retornou à agricultura, que era sua principal atividade.
O documento trata de uma ação previdenciária movida por Fulana de Tal requerendo aposentadoria por idade rural junto ao INSS. Ela apresentou diversas provas como certidão de casamento, carteira de filiação ao sindicato rural, comprovantes de programas agrícolas para comprovar o exercício da atividade rural por mais de 20 anos. Apesar de ter trabalhado esporadicamente em atividades urbanas, sempre retornou à agricultura, que era sua principal atividade.
O documento trata de uma ação previdenciária movida por Fulana de Tal requerendo aposentadoria por idade rural junto ao INSS. Ela apresentou diversas provas como certidão de casamento, carteira de filiação ao sindicato rural, comprovantes de programas agrícolas para comprovar o exercício da atividade rural por mais de 20 anos. Apesar de ter trabalhado esporadicamente em atividades urbanas, sempre retornou à agricultura, que era sua principal atividade.
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EXMO. (A) SR. (A) DR.
(A) JUIZ (A) FEDERAL DA _____ VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
ESTADO DO ESTADO XXXX, JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE CIDADE XXXX, ESTADO XXXX. FULANA DE TAL, brasileira, solteira, desempregada, portadora da carteira de identidade RG nº. XXXX SSP/XX e CPF nº XXXX, residente e domiciliado na Rua XXXX nº XXX, Bairro XXXX, Cidade XXXX, Estado XXXX, CEP: XXXXX vem, mui respeitosamente a presença de Vossa Excelência, através de seu advogado que ao final assina e legalmente habilitado (doc. anexo), com endereço profissional à Rua XXXX, nº XXX, Bairro XXXX, Cidade XXXX, Estado XXXX, CEP: XXXX, com endereços eletrô nicos: XXXX, onde recebem as intimaçõ es de estilo vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA - APOSENTADORIA POR IDADE RURAL Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, Autarquia Federal, podendo ser citada em sua procuradoria especializada à Rua XXXX nº XXX, Bairro XXXX, Cidade XXXX, Estado XXXX, CEP: XXXXX, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. DA JUSTIÇA GRATUITA: Invoca o autor os benefícios da gratuidade da justiça por se enquadrar no que preceituam os arts. 98 e 99 do Có digo de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) e o art. 5º, inciso LXXIV, da Constituiçã o Federal. DOS FATOS E DO DIREITO: O promovente, nascido em XX/XX/XXXX, requereu, junto ao INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, em XX/XX/XXXX, benefício de aposentadoria por idade, na qualidade de segurado especial, que foi indeferido. O autor tem seu histó rico de vida na agricultura, vez que iniciou a labuta na roça desde a mais tenra idade ainda com seus pais e continua trabalhando na roça com sua esposa, vez que é casado com uma trabalhadora rural, a Sra. BELTRANA, conforme Certidã o de Casamento anexa aos autos, onde consta a profissã o de agricultores de ambos. A este respeito, cumpre salientar que a TNU já pacificou entendimento na Sú mula nº 06. Vejamos: Súmula nº 06, TNU: A certidão de casamento ou outro documento idôneo que evidencie a condição de trabalhador rural do cônjuge constitui início razoável de prova material da atividade rurícola. Além da Certidã o de Casamento, foram juntados diversos outros documentos capazes de corroborar a qualidade de segurado especial do autor, como a có pia da Carteira de Filiaçã o ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Cidade XXXX, Estado XX com data de ingresso, có pias dos Comprovantes de Participaçã o no Programa Garantia-Safra, có pia dos boletins de movimentaçã o do Programa Hora de Plantar com datas diversas que compreendem 1995 a 1997, 2006/2007 e 2010 a 2018, declaraçõ es da secretaria do desenvolvimento Agrá rio - DAS, Declaraçõ es de Entrega do Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR datadas de 2007 a 2017; dentre outras (todas listadas adiante). A desnecessidade da prova documental corresponder a todo o período de carência também já é entendimento pacificado, pois de acordo com a Sú mula nº 14 da TNU, “para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova material corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício”. Assim, o exercício do labor rural por parte do demandante por período bastante superior ao de carência exigido para a concessã o do benefício em querela está exaustivamente comprovado pelas provas materiais acostadas. A partir das provas colacionadas, é de se observar também que quando as condiçõ es estavam precá rias, para fugir das intempéries do campo no Ceará , o autor precisou ir em busca de melhores condiçõ es para sustento pró prio e de sua família, passando a trabalhar de forma intercalada e, posteriormente, concomitante ao labor agrícola no labor de natureza urbana. De acordo com a có pia de sua CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social, acostada aos autos, verifica-se que o demandante teve vínculos urbanos no período compreendido entre 19XX e 20XX. Observa-se que tais vínculos sã o curtos e intercalados ao labor rurícola sempre exercido pelo demandante. É importante mencionar, ainda, que os vínculos constantes nesse intervalo temporal estã o fora do período de carência, devendo, portanto, serem completamente desconsiderados. Cumpre observar, no entanto, que o autor nã o se afastou da atividade agrícola, pois mesmo quando manteve vínculo como servente/pedreiro, ele sempre retornava ao labor agrícola, tendo sido seu labor urbano intercalado à s atividades agrícolas, vez que estas sempre foram a principal fonte de sustento do grupo familiar, indispensá veis, portanto, ao sustento da família do demandante. Sobre o trabalho urbano intercalado ao labor agrícola, a Turma Nacional de Uniformizaçã o - TNU já solidificou entendimento de que nã o constitui ó bice para a concessã o do benefício em questã o. Neste sentido, a Sú mula nº 46 da TNU afirma que “o exercício de atividade urbana intercalada não impede a concessão de benefício previdenciário de trabalhador rural, condição que deve ser analisada no caso concreto”. A este respeito, os tribunais também têm entendido que nã o há ó bice para a concessã o do benefício de aposentadoria por idade na condiçã o de segurado especial quando há o exercício de atividade urbana concomitante ao labor agrícola. Vejamos: PREVIDENCIÁ RIO. SEGURADA ESPECIAL APOSENTADORIA POR IDADE. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE RURAL COMPROVADO ATRAVÉS DE INÍCIO DE PROVA MATERIAL CORROBORADO PELA PROVA ORAL. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. COMPENSAÇÃ O DOS VALORES RECEBIDOS A TÍTULO DE BENEFÍCIOS INACUMULÁ VEIS CONDENAÇÃ O DO INSS EM CUSTAS PROCESSUAIS. AÇÃ O PROPOSTA NA JUSTIÇA ESTADUAL NÃ O ISENÇÃ O DA AUTARQUIA. REDUÇÃ O DA VERBA HONORÁ RIA. SINGELEZA DA QUESTÃ O. JUROS DE MORA E CORREÇÃ O MONETÁ RIA. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/97, COM REDAÇÃ O DA LEI 11.960/2009. APELAÇÃ O E REMESSA OFICIAL TIDA COMO INTERPOSTA PARCIALMENTE PROVIDA. 1. A aposentadoria por idade (art. 201, pará grafo 7º, inc. II, CF), é assegurada ao trabalhador rural que tenha 60 anos de idade, se homem, e 55 anos, se mulher, e comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período anterior ao requerimento benefício, em nú mero de meses idêntico à carência do referido benefício (art. 143 da Lei 8.213/91), que no caso é de 174 meses, tendo em vista que o demandante implementou o requisito etá rio no ano 2010. 2. Comprovada a idade mínima necessá ria para a obtençã o do benefício, uma vez que o requerente contava 60 anos à data da postulaçã o administrativa (17/05/2010), visto que nasceu em 28/03/1950. 3. O autor apresentou razoável início de prova material do exercício de labor rural, à vista da sua participação em programa governamental de apoio aos trabalhadores rurais, no intervalo entre 19/08/1998 e 16/04/1999, assim como nos programas Garantia Safra e Hora de Plantar, nos anos de 2001 a 2003, 2007/2008 e 2010; e, ainda, considerando que o INSS reconheceu o seu trabalho na agricultura, de 01/08/1998 a 13/05/2010, conforme Termo de Homologação de Atividade Rural, acostado aos autos. 4. O fato de o autor ter desempenhado trabalho remunerado, em interregnos intermitentes, entre os anos de 1977 e 1998, chegando a perfazer mais de 11 (onze) anos de tempo de serviço, conforme CNIS anexado ao feito, não descaracteriza sua qualidade de segurado especial, porquanto voltou-se para a atividade campesina, praticando a agricultura de subsistência, nos anos seguintes, bem como tendo em vista que o demandante, em seu depoimento em juízo, não contraditado pela autarquia ré, afirmou que, mesmo quando trabalhava em firma, não se afastou da labuta do campo, de modo a restar comprovada a sua condição de trabalhador rural e o cumprimento do necessário período de carência, razão pela qual faz jus à concessão da aposentadoria rural por idade pleiteada. 5. Os valores recebidos pelo demandante, a título de amparo social ao idoso, deverã o ser descontados da quantia que é lhe devida em razã o da concessã o da aposentadoria rural por idade, uma vez que estes benefícios sã o inacumulá veis, de acordo com o art. 124, inc. I, da Lei 8.213/91, 6. Mantida a condenaçã o da autarquia ré ao pagamento das custas processuais, pois, de acordo com a jurisprudência consolidada no STJ, consubstanciada na Sú mula nº 178, o INSS nã o é isento do pagamento das custas quando o litigo se dá perante a Justiça Estadual, nã o se aplicando em tais hipó teses a regra do art. 8º da Lei 8.620/93, devendo incidir o enunciado da referida Sú mula. 7. Reduçã o da verba honorá ria advocatícia arbitrada de 15% (quinze por cento) do valor da condenaçã o, em virtude da singeleza da questã o e da norma do pará grafo 4º do art. 20 do CPC, vigente à data do ajuizamento da açã o, ao percentual de 10% (dez por cento) do valor das parcelas vencidas, até da prolaçã o da sentença, nos termos da Sú mula 111 do STJ. 8. Ante a declaraçã o de inconstitucionalidade do art. 5º da Lei 11.960/2009 (ADIs 4.357/DF e 4.425/DF), devem ser aplicados juros morató rios de 0,5% (meio por cento) ao mês, segundo entendimento firmado pelo Plená rio desta Corte, a partir da citaçã o (Sú mula 204 do STJ) até a vigência da Lei 11.960/2009, e a correçã o monetá ria de acordo com os índices previstos no manual de cá lculos da Justiça Federal. 9. Apelaçã o e remessa oficial tida como interposta parcialmente providas para determinar a compensaçã o dos valores percebidos pelo autor, a título de amparo social ao idoso, assim como para reduzir a verba honorá ria advocatícia para 10% (dez por cento) sobre o valor das parcelas vencidas (Sú mula 111 do STJ), e a taxa dos juros de mora para 0,5% (meio por cento) ao mês, a partir da citaçã o (Sú mula 204 do STJ). (TRF- 5 - AC: 00030169720164059999 CE, Relator: Desembargador Federal Edílson Nobre, Data de Julgamento: 13/12/2016, Quarta Turma, Data de Publicaçã o: Diá rio da Justiça Eletrô nico TRF5 (DJE) - 15/12/2016 - Pá gina 73). Considerando que a labuta na roça iniciou quando ele era criança, ou seja, antes mesmo do seu primeiro emprego com carteira assinada, verifica-se que o autor faz jus ao benefício ora requerido por ter comprovaçã o de labor rural por período bastante superior a 15 (quinze) anos, exigência legal, junto ao implemento da idade, para concessã o da aposentadoria por idade na condiçã o de segurado especial - agricultor. Assim, embora o segurado possua vínculos no CNIS, parte deles sã o vínculos antes mesmo da vigência da Lei de Benefícios, e a outra parte nã o tem o condã o de descaracterizar sua qualidade de segurado especial porque fora do período de carência, além de curtos e, ainda, intercalados ao labor rural, fazendo jus ao benefício previdenciá rio em liça. DADOS SOBRE O SEGURADO: 01 - Completou 60 (sessenta anos) em XX/XX/XXXX; 02 - Exerceu atividade rural desde a mais tenra idade até a presente data; 03 - Natureza da Atividade: Trabalhador Rural (economia familiar); 04 - Localidade e Município: Sítio XXXX, Distrito XXXX, Cidade XXXX, Estado XXXX; 05 - Produtos Cultivados: Milho, Feijã o, Fava. Dentre as provas documentais apresentadas, o autor juntou: • Procuraçã o; • CONIND - Informaçõ es de Indeferimento; • Có pia da carteira de identidade e CPF; • Có pia das carteiras de trabalho e previdência social - CTPS; • Có pia da Certidã o de Casamento celebrado em XX/XX/XXXX, onde consta a profissã o de agricultor do autor e de sua esposa, Sra. CICRANA; • Có pia do comprovante de residência em nome de sua esposa, comprovando que o casal reside na zona rural a Cidade XXXX, Estado XX, distrito Romualdo, no Sítio Baixio dos Monteiros; DADOS SOBRE O REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO: 01 - Nú mero do Processo Administrativo: XXXX; 02 - Data do Requerimento Administrativo: XX/XX/XXXX; 03 - Documento Anexado: Comunicaçã o de Decisã o. DA APOSENTADORIA POR IDADE DO SEGURADO ESPECIAL: A aposentadoria por idade é devida ao segurado que, cumprida a carência exigida, completar a idade prevista na lei. Aos trabalhadores rurais é prevista uma reduçã o de 5 anos da estabelecida para os demais segurados, conforme artigo 48 da lei nº 8.213/91. Assim sendo, consoante fazem prova os documentos retro relacionados, todos sã o aptos a demonstrar que o requerente cumpriu requisitos referentes à idade e à carência contidos na Lei de Benefícios, posto que sã o provas indubitá veis da condiçã o de segurado especial na qualidade de trabalhador rural do autor. A jurisprudência também é unâ nime quando o assunto é prova da atividade rurícola, senã o vejamos: PREVIDENCIÁ RIO. PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA POR IDADE. TRABALHADORA RURAL. INÍCIO RAZOÁVEL DE PROVA MATERIAL. COMPLEMENTAÇÃO POR PROVA TESTEMUNHAL. ART. 106, DA LEI Nº. 8.213/91. ROL EXEMPLIFICATIVO. CONDIÇÃO DE RURÍCOLA DA AUTORA. CARÊNCIA LEGAL CUMPRIDA. TERMO INICIAL. CORREÇÃ O MONETÁ RIA. JUROS DE MORA. HONORÁ RIOS ADVOCATÍCIOS. CUSTAS. APELAÇÃ O PARCIALMENTE PROVIDA. 1. O benefício da aposentadoria por idade é concedido mediante a comprovaçã o da condiçã o de trabalhador rural, ou de produtor rural em regime de economia familiar, por prova material plena ou por prova testemunhal baseada em início de prova documental, na forma do art. 39, I, da Lei n. 8.213/91, bem como a idade superior a 60 anos para homem e 55 anos para mulher. 2. É pacífica a jurisprudência no sentido de que o rol do art. 106 da Lei 8.213/91 é meramente exemplificativo, sendo admissíveis, portanto, outros documentos hábeis à comprovação do exercício de atividade rural, além dos ali previstos. 3. Cópia da certidão de casamento civil, realizado em 04.02.1967 (fl. 13) e certidão de óbito do marido ocorrido em 11.05.1982 (fl. 14), com a profissão de "lavrador", condição extensível à esposa, configuram início razoável de prova material. 4. A prova material indiciá ria foi corroborada pela prova testemunhal (fls. 103/105), no sentido do exercício da atividade de rurícola por parte da autora. 5. DIB na data do ajuizamento da açã o, conforme pedido da autora 6. A correçã o monetá ria incide sobre o débito previdenciá rio, a partir do vencimento de cada prestaçã o, conforme Manual de Orientaçã o de Procedimentos para os Cá lculos na Justiça Federal. 7. Cedendo à orientaçã o desta c. Turma, os juros morató rios sã o devidos no percentual de 1% a.m. até a ediçã o da Lei nº. 11.960/2009, quando entã o serã o devidos no percentual de 0,5% a.m. conforme sã o aplicados nas cadernetas de poupança. Contam-se da citaçã o, para as parcelas eventualmente vencidas anteriormente a ela, e do respectivo vencimento, para as que lhe sã o posteriores. 8. Esta Corte estabilizou o entendimento de que sã o devidos honorá rios advocatícios na ordem de 10% sobre o valor da condenaçã o, correspondente à s parcelas vencidas até a assentada desse julgamento. 9. O INSS goza de isençã o de custas nas causas ajuizadas na Justiça Estadual de Minas Gerais, por força do disposto no art. 10, inciso I, da Lei estadual nº. 14.939, de 29 de dezembro de 2003, que revogou a Lei nº. 12.427, de 27 de dezembro de 1996 e por ser a apelante beneficiá ria da gratuidade judiciá ria. 10. Apelaçã o parcialmente provida, para reformar a sentença e julgar parcialmente procedente o pedido, nos termos dos itens 5 a 9. (TRF-1 - AC: 48229 MG 0048229-30.2007.4.01.9199, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO DE ASSIS BETTI, Data de Julgamento: 19/09/2012, SEGUNDA TURMA, Data de Publicaçã o: e-DJF1 p.740 de 19/10/2012). Desta feita, razã o assiste ao pleito do autor atinente à sua aposentadoria, posto que é este, de fato, trabalhador rural, conforme provam os documentos acostados, baseados no inciso VII, do art. 11, da Lei 8.213/91. O suplicante, como assaz comprovado exerceu exaustivamente a atividade agrícola em regime de economia familiar, posto que no período retro descrito laborou na condiçã o de segurado especial (art. 11, VII, da lei nº 8213/91) e, conforme as disposiçõ es do art. 143 da lei de Benefícios, faz jus à concessã o do benefício pleiteado, porquanto demonstrou, satisfatoriamente, o exercício de atividade rural pelo período de carência do respectivo benefício. Conforme se verifica, houve o reconhecimento da qualidade de segurado especial do autor por parte da autarquia previdenciá ria, o que corrobora ainda mais o direito do postulante, vez que o Superior Tribunal de Justiça já sumulou o entendimento sobre a possibilidade da extensã o da eficá cia probató ria na Sú mula 577, STJ. DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA Verificada a presença dos requisitos para a satisfaçã o antecipada do direito pleiteado pelo autor, demonstrado o dano real que aquele ainda sofre, torna-se imperativo o deferimento da antecipaçã o de tutela para que este juízo determine a concessã o de sua aposentadoria por idade. A medida antecipató ria, objeto de liminar na pró pria açã o principal, representa providências de natureza emergencial, executiva e sumá ria, adotadas em cará ter provisó rio, eis que a parte autora nã o possui outros rendimentos, estando assim totalmente desamparada e dependente da percepçã o do benefício para sua sobrevivência. Conforme alude o 300 do Có digo de Processo Civil, in verbis: Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. A probabilidade do direito poderá ser corroborada simplesmente com a aná lise da documentaçã o em anexo, juntamente com os depoimentos do autor e das testemunhas que serã o colhidos, os quais demonstrarã o o preenchimento pelo autor de todos os requisitos previstos na Lei nº 8.213/91 para a concessã o do benefício. Assim sendo, nã o pode o autor continuar sofrendo pela falta de recursos financeiros para sua manutençã o e da sua família quando teria que obrigatoriamente estar percebendo o benefício de aposentadoria por idade, ao invés de se encontrar passando dificuldades financeiras. Diante de todo o exposto, está evidente a prá tica abusiva na relaçã o de seguro social, devendo ser concedido o benefício de aposentadoria por idade na qualidade de segurado especial - trabalhador rural - imediatamente. Ademais, sã o inegá veis os danos causados ao autor decorrentes da conduta ilícita da parte Ré. DO PEDIDO Uma vez que se encontra comprovada a condiçã o de trabalhador rural do postulante, posto que a documentaçã o colacionada aos autos demonstra a sua condiçã o de segurado especial e, assim, faz jus à aposentadoria por idade na condiçã o de segurado especial, de acordo com o disposto no artigo 201, § 7º, II da CF/88 e art. 48 da Lei nº 8.213/91, acrescentado pela orientaçã o jurisprudencial dos Tribunais Superiores, requer o autor à Vossa Excelência o que se segue: a) a citaçã o da requerida, através de seu representante legal, para responder aos termos da presente açã o, sob pena de revelia e confissã o, bem como sua intimaçã o para que, até a audiência de tentativa de conciliaçã o, junte aos autos o processo administrativo; b) a concessã o da gratuidade da justiça, conforme requerido preliminarmente; c) a concessã o da antecipaçã o de tutela pleiteada para condenar o INSS a conceder liminarmente o benefício de aposentadoria por idade rural ao autor; d) seja ao final julgada procedente a presente ação proposta, compelindo a Autarquia Promovida a conceder ao autor o benefício de Aposentadoria por Idade na qualidade de trabalhador rural, fundamentado nos dispositivos legais vigentes e na farta jurisprudência sobre a matéria discutida nestes autos, com efeito retroativo à data do requerimento administrativo mais antigo; e) a condenação do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS - ao pagamento das parcelas vencidas, a partir da data da entrada do requerimento administrativo ou do mais antigo, devidamente corrigidas monetariamente, de acordo com a legislaçã o aplicada à espécie, juros de mora à razã o de 1% (um por cento) ao mês, por se tratar de benefício previdenciá rio, e os honorá rios advocatícios, estes à base de 10%, mínimo fixado pelo art. 85, § 2º do Có digo de Processo Civil, sobre o valor da condenaçã o. PROTESTA provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitido, principalmente, a prova material anexada à petiçã o inicial, oitiva de testemunhas, juntada posterior de documentos, processo administrativo, que será apresentado pelo Instituto Promovido, tudo de logo requerido. Na oportunidade, renuncia a parte autora ao valor acaso excedente ao da alçada. Dá -se à causa o valor de R$ XXXX (XXXX reais). Nestes Termos Pede deferimento. ROL DE TESTEMUNHAS: 01 - XXXX, brasileira, solteira, do lar, portadora da carteira de identidade RG nº XXXX SSP/XX, CPF nº XXX, residente na Rua XXXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, CEP: XXXX. 02 - XXXX, brasileira, solteira, do lar, portadora da carteira de identidade RG nº XXXX SSP/XX, CPF nº XXX, residente na Rua XXXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, CEP: XXXX. ____________, ___, de_______ de 20___. ______________________________________________ XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Advogado - OAB/CE nº XXXXX