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JOSilllilJA BJEJN[OLTIEJL

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DA VJIDA
1905

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FA/CICVLO /PECIMEN
LI/BOA PORTVCAL

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G
DA VJIDA
1905

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FA/CICVLO /PECIMEN
LI/BOA PORTVCAL

..
A visita a Po•tugal, em ~ª'fº de Nos últimos anos da Monarquia. \.·.--rias grandes individualidades hon-
raram o nosso pais com a sua vi.sita. Na fotografia junta vi-se Guilhtrme li,
à O>rct Poreugutsa. como as visicas de Afonso XIII. Eduardo Vil. Prtsl-
dcn<t Loub<t. R•I de Saxe. Pnnctsa Matilde de Saxc. e o Principe Gui-
190S, do Imperador da Alemanha, fardado de oficial da Marinha de Gutrra Altmã. acompanhado pelas rainhas lhttme dt Hotn:.olern. etc ..
O. Amélia • O. Maria Pia, pelo Princlpe O. Lui< l'elipe < pelo Marquf• de D<- todos ê.ste.s acontecimento, da.s fosta.s dJda.s em honra dos visi ..
Guilherme li Soveral. vendo-.se ainda na gravura outr<ls grandes individualidade.s da poli· tantt'S e dos fact~ mais salientes que com fies st p..usaram dará o Arquivo
llca da época. Grdflco pormenorizada reportagem, dccuto n mais valiosa que hoje se
Al~m desta. outras visitas de Chefes de Estado foram. então, ftlta..s pode publlcar.

No dia ~ de Junho de 1901 realizou-se com grande cerimonial o lan- lho. altos dignitdriOS. politic~. of:c·a.s c!o Exércho t muito põ\"O.
çamento da primeira pedra para o monumento ao Marechal Saldanha. Além dêste, muito." outro~ acontecimentos scr.30 documentai<>$ no
que altivo e imponentt se osttnta hoje na praça do mtsmo nome. A ceri- Arquivo GrJ.f•c<>. que abrange todos os uh:mos anos :lo reinado de O. Car-
mónia. que tt>\ e foros de t'Conttcimento citadino. foi presidida ptlo Rei los. desde a chegada de Alo1uo XIII até à ultima fotografia tirada no Ter-
O. Carlos. assisundo também H ntit Ribeiro, então Pru!denre do Conse- reiro do Paço momentos 01ntu do atentado que lhe roubou a vida.

A Fest• da Padroeira do Reino na Sé. SS. MM. El-Rei O. Carlos l A inauguraçJo do Caminho de Ferro Víla Real-Pedras Salgadas:
e a Rainha O. Amélia entrando na St. S. M. El-Rei O. Carlos à chegada às Pedra• Salgadas.

Arqutvo Or•flco - 4 -
Sun< /\ln1e.vadcs El-Rci D. Cario•. a Rainha D. Amt/10. o Príncipe Real
P•ocluão de Ramos nas Neceuldades D. Lui: Pchpc e ru infantes D. Afonso e Manuel. pasJ.Ondo rnltc ollu de povo.
16 de A brll de 1905 ~~g1lido.'i do •ru $équito. cm /rentf': do PoláC'io Real diu Nccc~idodcs. incorpo-
rado ... nn Proâ,~lto tlt• Ramos.
Viagem ltégia ao Norte O. Manuel II, quando da sua viagem ao Norte, entrando no antigo
edifído do.s Paços do Concelho do Purto, cidade Invicta, recebendo as
(Novembro de 1908) homenagens dos seus subditos.

- 5 - ArquCvo Griflco
Em 1908 O. Manuel li realizou a sua primeira visita oficial, indo ã generais Craveiro Lopes. comandante da !. • Divisão. general Pimentel Pinto.
&cola do Exército. onde foi recebido com demonstrações de simpatia pelos Todo o reinado de O. Manuel desde o regicidio até à ·partida do rei
alunos e pelos oficiai.s que all prestavam serviço. para o exílio. terá no Arquivo Gráfico Farta e valiosa documentação, de que
Na gravura junta vfem-se. além do soberano, o Infante O. Afonso. os a primeira vbita régia t um exemplo.

A~ festas do Sag . ado Co•aw~o d e Je• .. • S. M. El-Rel O. Manuel e S. A. o 1nfante D. Afonso. saindo da
(Junho de 1909) Basílica da E.strfla, após as cerimónias.

Arquivo Gt-Aflco - 6 -
,
l

o QUE SERÁ o
ARQUIVO
GRÁFICO
S últimos anos do regime deposto, a sua As visitas régias e de outras altas personalidades

O queda com os episódios dramáticos ou pito-


rescos que sempre acompanham os grandes
acontecimentos que indubitàvelmente ficam
fazendo parte integrante da história duma nacionali~
a Portugal. os actos oficiais e as festas realizadas em
sua honra; a história dos últimos a nos do reinado de
D. Carlos I. com as apoteóticas aclamações aos sobe-
ranos, a tragédia do Terreiro do Paço que matou o rei
dade, depois o nascimento do novo regime, por entre e o príncipe D. Luiz. a greve académica de Coimbra,
as esperanças de uns e as descrenças de outros, tudo onde, pela primeira vez, se revelaram os jóvens próce-
tem o seu documentário adequado no Arquivo Gráfico, res que tornaram vitoriosa a República. as viagens do.s
que brevemente inicia a sua publicação. reis !? a luta no franquismo, os grandes comícios da
Todas as fotografias que Benoliel. o grande «ás» República com os seus caudilhos inflamados e convin-
da reportagem fotográfica, tirou durante a sua longa e centes. todo o reinado de O. Manuel II e. finalmente.
acidentada carreira terão, com legendas explicativas e a revolução triunfante de 191 O, tudo tem no Arquivo
apropriadas, o seu lugar nesta publicação que ficará Gráfico o seu maior e melhor documentário.
sendo única no seu género em Portugal. Depois os primeiros anos da República, as pri-
Não foi sem razão que os seus camaradas de jor- meiras desinteligências dos chefes e a primeira luta nas
nalismo, que justamente muito o estimavam, o cogn~ ruas. E se na crónica êste período da nossa acidentada
minaram de «Rei dos Fotógrafos e Fotógrafo dos Reis» história de há muito está feita . não tinha ainda sido
num apropriado trocadilho de espírito. publicada a sua documentação gráfica, mais vibrante
Toda a vida agitada dessa época convulsa que vai sempre e necessáriamente mais fiel e mais exacta do
desde 1903 a 1918 - a época das grandes catástrofes, que as descrições apaixonadas - mesmo quando ve~
das convulsões extraordinárias, dos atentados. das rídicas - dêste ou daquele escritor.
grandes revoltas - passa ante a sua objectiva como O 27 de Abril com o idealismo romântico de Ma-
um filme bizarro e único - o filme da vida duma nação. chado dos Santos, o 14 de M aio com as suas persegui-

- 7 Arquivo Gr<iifico
.,

Os estudantes de Coimbra a caminho do Parlamento por ocasião zação do debate pedida peli1s oposições e a Academia saiu das galerias pro-
da greve acad~mlca que se generalizou a todas as escolas do Pais. A Comis- testando concra a maioria franquista.
são da greve coimbrã leva a mensagem dirigida à Câmara dos Depurados. Toda a greve académica, a~ «:Jémarches• efectuadas pelos grêvistas
contendo as reclamações <1ca~émlcas. E.Ma mensagem foi redigida por Antó- e estudantes. os conflitos entr\! fstes. ter:to no Arquivo Grtifico a sua me-
nio Cranjo, Carlos Olavo e Rama.da Curto. A Câmara recusou a genzrali~ lhor documentação. assim como as cormqü~nclas pollricas do facto.

ções e violências. a revolução de Sidónio Pais - para geante da vida duma Nação. que marcam as suas etapas
só falar nas datas mais salientes do nosso extenso ca- no progresso e na conquista da civilização como as
lendário revolucionário - . têm no Arquivo G ráfico o proezas da aviação. os primeiros vôos em P ortugal, têm
seu mais exacto documentário e ali mesmo. pela foto- o seu lugar neste Arquivo. onde também têm cabimento •
grafia tambêm, o seu melhor todos os acontecimentos trágicos
comentário. que de quando em quando enlu-
Vem depois o ministério da tam as nacionalidades. O s terra-
«União Sagrada» com a luta motos de Benavente. as inunda-
violenta entre os chefes repu - ções do Porto e de Santarém, os
blicanos. que antecedeu a sua grandes incêndios. os crimes po-
formação. e logo depois a en- líticos e passionai~. tudo terá no
trada de Portugal na Grande Arquivo Gráfico a sua melhor
Guerra. que ali tem. como não documentação.
podia deixar de ser. o seu capí- É esta uma publicação úni-
tulo especial nesta grandiosa e ca. pois que ning uém poderá fa-
única publicação. As manifesta- zer outra igual ou simplesmente
ções nas ruas. o delírio das mul- semelhante. Só Benoliel. com a
tidões entusiasmadas que aplau- sua longa e extraordinária car-
diam a intervenção de Portugal reira. possuía um tão grande ar-
no grande confli to. o confisco quivo, composto de mais de
dos barcos alemães que se en- 60.000 «clichés». que são o do-
contravam no Tejo. a partida cumentário da vida nacional.
do embaixador da A lemanha. a desde os derradeiros a nos do
quem se quis insinuar um certo A PROPAGANDA REPUBLICANA reinado de O. Carlos 1 até ao •
ar de mistério e onde algumas Um interessante flagrante de:.ssa Intensa propa~ fim da Grande Guerra - o que
pessoas quiseram ver - com ra- ganda que nas páginas do Arquivo Gráfico tem un•• marca todo um período dos mais
zão? sem razão? - cumplicida- vasta e detalhada documentação. agitados e dos mais interessan-
des torvas de portugueses com tes da nossa história.
o representante do inimigo. O enunciado que atrás fi-
Outras páginas foram destinadas à documentação, zemos deixa já antever o que será êsse Arquivo por-
em números sucessivos, das greves e tumultos que tan- tentoso e magnífico mas mais, muito mais ainda há a
tas vezes têm sobressaltado a natural acalmia da Na- acrescentar e alguns assuntos enunciaremos já. para.
ção. Por esta obra. extraordinária de interêsse, desfi- exemplificando. melhor demonstrarmos o que será essa
larão os diversos tipos nacionais e os tipos da rua, que obra magnífica e única. em óptimo papel no formato
uns e outros marcam na história duma cidade e na dêste número especime, com magníficas gravuras e ex- ..
história dum Povo. celentes tricromias.
T odos os outros acontecimentos que são parte inte- Assim, entre os assuntos a publicar no Arquivo

Arquivo Gr•fico - 8 -
Arquh'(> Or/IRco
Visita Résia a mi-d·id
(Ma rco 1906)

SS. MM. El-Rei D. Carlos l e D. Affonso X II/ assis-


tindo iJ missa campal no Pa.ssek> da Cas11ellana.
Um aspccto da lura da Rotunda. durante a revolução de 5 de Outubro lançtira rcpublknnos e mon/lrq1dcos dcscon1c11tc$ "ª luto ro11Jra o trono tan-
de 1910. que implantou em Portugal o rcg11nc republicano. tas uc.:.cs secul,1r. M nis do que ns rt-vo~to~ e que o o ..atór;a <los comícios,
condu:.iu à proclamação dn RcptibUco os erro~ dos mon.1rquicos.
Vinha de longe o pro1,ngnnda tio Rrt)líblicu. que ifl Saldanha quisera De todos ~stc~ fnct~. que co1Klu:irttm t) vitt..Y.io f;nal da Rotunda. publi-
proclamar. A Ditadura de: /ol'to Prnnoo mo1's (Jinds exacerbara os ânimos e carú o Arquivo Gráfico ltug;i documentoçiio alguma dela i11édita.

Gráfico, teremos também, entre muitos outros. a ex- pela objectiva sempre desperta e atenta de Benoliel e
pulsão dos jesuítas após a revolução de 5 de Outubro. que. reproduzidas em excelentes gravuras. impressas em
as trágicas festas do Centenário Camoneano. a aclama- magnífico papel. constituindo um Arquivo de atraente
ção de Sidónio Pais. a sagração de O. António Mendes aspecto gráfico, fica sem dúvida o melhor e o mais pre·
Belo. os vários aspectos da mor- cioso repositório gráfico da épo-
te e funerais de Miguel Bom- ca que pretende focar e o único
barda e Cândido dos Reis. as existente em Portugal. mesmo
viagens régias a Braga. Aveiro. em referência a outra qualquer
Porto e Coimbra. a revolta do época.
cruzador «D. Carlos» dur<inte o Por isso o Arquivo Gráfico
govêrno de João Franco. as agi- está destinzido a um êxito certo
tadas fases da propaganda re- e. como é fácil de prever, o bom
publicana. o «movimento das es- acolhimento que o público lhe
padas». a reünião clandestina do vai dar. o que mais valiosa ainda
Congresso da República no Pa- tornará a obra. pois que ela terá
lácio da Mitra. o embarque dos que ser catalogada entre os li-
soldados de Portugal que foram vros raros cujo valor <iumenta
ocupar o seu posto de honra em sempre na proporção dzi pro-
Africa e na Flandes. as visitas cura. visto que se publicará esta
de Sidónio Pais a vários pontos única edição.
do País. a «Semana Trágica» de Assim o Arquivo Gráfico
1908. o caso célebre das «Chi- será uma obra valiosa dentro em
nas dos bichos dos olhos». as pouco de iniçrualável valor his-
vindas ao Tejo das esquadras PORTUGAL NA GRANDE GUERRA tórico e de flagrante utilidade.
das mais diversas nações. e ris Toda a preparação e trabalho intenso dos so.- Mui tas individualidades
visitas a Portugal de Eduar- dados portugueses e sua partida para os campos dt bala· hoje em foco pelas suas atitudes
lha strão dadas no Arquivo Gráfico por interes~ames
do VII. do Kaiser. do rei de Es- lo1ogran.... na vida política ou em destaque
panha. do Presidente Loubet. da na vida social do Pais foram
Rainha Alexandra. do Rei do colhidas pela objectiva sempre
Sião e de outras personalidades. os incêndios da Ma- vigilante de Benoliel. e se o Arquivo Gráfico se interes-
dalena e as grandes manifestações de arte. de elegância sasse pela política. faria o confronto entre as atitudes
e de desporto, tauromaquia e vida escolar, as cerimó- de então e as de hoje.
nias religiosas, durante a época referida, etc.. etc.. Mas o Arquivo Gráfico não é uma publicação po·
É impossível. nesta pálida ideia que queremos dar lítica, e esta só lhe interessa como assunto de óptimos
do que será essa obra monumental e extraordinária. e «clichés» que publica. alguns deles inéditos e bastante
que ninguém mais pode repetir, enumerar, seguir, todos curiosos. podendo hoje considerar-se esta publicação o
os temas, todos os títulos ou todos os assuntos focados melhor, o mais completo e mais fiel documentário da

- 9 - Arquivo Gráfico
Um aspe<to do desafio de Foot-Ball Benfica-Sporting, no dia da inau- Um a.pecto de M ira-Gaia, (Porto). quando das gran~<S cheias do
guraçllo do campo da Amadora (1916). rio Douro em 1909.

vida política e também social do período que foca . só êle. com a sua orientada carreira de «reporter» foto-
Outro facto que aumenta o valor desta publica- gráfico, podia reünir.
ção é a circunstância de não serem feitas novas edições. Passou o Benoliel - era Benoliel tout-court que
estando esta. em vista do seu êxito de antemão asse- o conheciam os seus amigos. os seus colegas e os seus
gurado. destinada a esgotar-se ràpidamente. tanto que admiradores - grande parte da sua vida trabalhando
a tiragem será condicionada ao número de assinaturas. como «reporter» fotográfico, deixando no S éculo e na
o que tudo dará a certeza de que esta obra. dentro em Ilustração Portuguesa páginas que não foram ultrapas-
pouco. será catalogada com a classificação de rara. sadas de ineditismo e de sensação, demonstrando a
É. pois, o Arquivo Gráfico uma obra valiosa. de convivência com reis. altos dignatários. pessoas do
inestimável oportunidade e de flagrante utilidade, que maior destaque e de toda a categoria daquele a quem
será no futuro consultada por quantos se interessam A fonso XIII chamara o seu grande a migo e que os
pelos assuntos históricos na época compreendida entre reis de Portugal distinguiram sempre com o seu melhor
os anos a que se referirá esta que. nunca é de mais cumprimento. Porque assim era, Benoliel pôde conse-
repeti-lo. não poderá ser igualada por nenhuma outra, guir a formidável colecção d~ «clichés» que agora serão
nem em referência a esta ou a qualquer outra época. coligidos e publicados em volume, constituindo uma
Por isso o Arquivo ficará bem em todas as estantes e das mais oportunas obras dos últimos momentos.
terá um lugar reservado no gabinete de todos os estu- Justo se torna. pois. salientar o valor de tão impor-
diosos. tante trabalho. obra extraordinária e monumental. o
E justifica-se que assim seja, pois não é possível maior documentário da vida política e social dos tem-
que qualquer pessoa que não tenha as condições de pos modernos. que não se pode ig'l.lalar a nenhuma
Benoliel. reüna um tão grande e completo arquivo. que outra escrita em português.

A& procissões dos Passos. a da Saúde e a do Triunfo. São recor- dos nos )ornal.s: depois os seus anjinhos com ric..1s arrccadils: de opa nomes
dações saüdosas. gritantes de cõr, de bizarria e de lncditismo. Nesses dias conhecido,, na aristocracia, na magistratura, e na política: à frente. de cruz
toda a Lisboa vinha para a rua, despovoavam ....sc os bairros excêntricos, alçada. anafados clérigos, e por vezes. incorporados no cortejo, os Reis ou
rcíloriam...se ~ balcõts de damas gentis para ver passar a procissão com a seus filhos. Fechando o préstito a tropa com suas bandas. tocando mar-
suf pompa e o seu ritual únicos. Lá vnn. lã wm a prodssllo!. .. Às varas os chas marciais. e nas ruas e nas janelas o povo simples e Ingénuo que não
alt°" <lignitârtos da Côrte, nomes do <earnet mondaln , freqüentemente cita- perde a ocaslllo de presenciar um belo. um bom espectaculo •

Arqat• o Grifleo - 10 -
:::

Greve Gerol Durtmfc o periodo da propaganda republicana. foram aos opcrliríos feitas as mais rasgadas pro·
messa.s. dando-lhes quási a certe:a de que após o advento do novo regime enfeariam 11uma época de
(31 de .Jo nelro de 1912) justiça social. de eqiiidade. de verdade e de fraternidade. Foi bem trlstc a realidade, que em 1U1da corres·
p0ndeu às espert.mças dos deadern opcrlm'os. o que deu em resultado explodirem aqui e além, algumas
ve:cs com freqiiéncia, conflitos entre o capital e o trabalho. entre os oped1rios e a fôrça armada, alguns
Um carro eléctrico. pejado de grevistas. atravessa. escolrado pela dos quais se resolviam de forma bastante sang:-cnta. De todos é.stes factos dará também o Arquivo Grá~
tropa vigilante, a antiga rua de S. Joaquim de Ale.fintara. (hoje do Calvârio). fico magnífica documenfaçiio.
No dia 1i de Agru10 de l 911, o Parlamenlo da Republica elegeu o C.Omo esta. o kquivo Grltfico publicará interessantes gravuras que
sr. dr. Manurl dr Arriaga !ltu p:imriro Presidente. A gravura que ac:ma documentar:io a vida agitada do., prime-iros anos da República. com interes--
publicamos mosira o Chefr do Es1ado recebendo as aclamações populares. santes flagrantes dos movimentos pohticos, das greves. revoluções, etc..

Não lol lacil a vida do regime nos seus primeiros anos. As lutas entre raro ostensivamente as su.u espadas. nascendo então a ditadura de Pimenta
os dirigentts republicanru cau<aram grandes embaraçru à marcha normal das de Castro.
novas ins11tu1çO..s. Um aspecto. e decerto dos mal$ curlosru dessa luia. foi o A todos htes factos terá ~ste Arquivo ocasiao de largamente se
cmovimento das espadas). em que bastantes oficiais, descontentes. entrega· referir, publicando as mai., Interessantes fotografias.

Arqui .. o GrMfco - 12 -
Arq.. rwo Oriflco

A 11\anlfesta~ão Republicano Os Dr:s. Afonso Costa. Augusto de V asconcdo.s. António José de Almeida.
Bernardino Mocluxlo e ]oúo de Meneses, seguidos dos mat1lfe:stantc1 repubJJcono1.
ae 1 ae Julho ae 190e a caminho da Câmara dos Pores. onde foram entre,qar o p"'otCSIO rot1frn a no
n1<·o~·L10 tio Sr. ErncMo Schroetcr para ministro da Pa:cnda.
A. p•ocl6'9sna~bo de
No dia 10 dt Maio dt 1918. o <r. dr. S:dón10 Pai<. ,1pós o 1r1unfo O ptriodo político qur- na J-hs16ria ficou conhecido pdo no1nt de
Sidóroio P - i • da revoluç3o de 5 de Outmbro. foi tltho Ch:fr do Estado. por sulr.910 ~tdonismo tera no Arquivo G ..il/ico o ~tu mf!'lhor documtntJ.rio. até :. data
d rccto. A gravura acima mostra o momento rmoclonante em que o novo do Armbttdo. tm que a população inttira vitort0u o t$fõrço dos soldados
Chefe do Estado. à \laranda do Mun!cip!o de Lisboa. r~ccbe as aclamações de Porrugal. que. tm terras de Frnnça. comba.teram pela causa dos
C:a populaç:io tnt~itJSmada. aliados.
''ARQUIVO GRÁFICO''
,
FOCARA TODOS OS ASPECTOS
DA VIDA PORTUGUESA

..

de 19 03 a 918 ...

...

Além de ser. como atrás referimos. o melhor documentário referida épocà. têm no Arquivo Gráfico da Vida Portuguesa a
da nossa vida política durante a agicada época de 1903 a 1918. melhor e a mais fiel documentação.
o Arquivo Gráfico da Vida Portuguesa insere também larga e Tem também o Arquivo Gráfico aspectos pitorescos da
curiosa documencação de todos os aspectos da vida social por- nossa vida. Algumas páginas serão dedicadas a homens que se
tuguesa. tornaram célebres nas artes, nas ciências e nas letras. a magis-
Os grandes desafios de «foot-ball> e outras manifestações trados. etc.. havendo ainda outras dedicadas a tipos de rua.
da accividade desportiva nacional. as festas do Paço e da socie- As castiças varinas. os vendedores ambulantes. os tipos da
dade, os congressos ciencíficos e internacionais realizados em rua e os tipos característicos das várias regiões, os cortejos e
Portugal naquela época. as solenidades religiosas. cheias de os comícios. os mais diversos. os bandos precatórios. a tudo se
aparato. as corridas de touros. tanto do agrado dos portugueses. referirá. com reproduções de óptimas gravuras. bastantes delas
as grandes regatas internacionais, os grandes crimes. o nasci- originais. o Arquivo Gráfico. que assim se torna útil e necessá-
mento do automóvel em Portugal. a visita de várias personali- rio a todos - aos velhos. que recordam o passado e o revivem,
dades a Portugal. aspectos da vida económica e da vida militar. e aos novos. que terão na sua estante um livro vivo da vida
as grandes catástrofes. numa palavra. toda a vida da N açã o, na nacional. onde muito podem estudar e aprender.

A rqurvo OrAflco - H -
o o ARQUIVO
o
o o GRAFICO
DA V:IIDA PORTUGUESA
História da vida nacional em todos os seus asp ectos. de 1903 a 1918, realizada pela colecção foto-
gráfica de

JOSHUA BENOLIEL
com um prefácio do historiador

ROCHA MARTINS
com legendas de:
FERNANDO DE SOUSA. GENERAL DOMINGUES DE OLIVEIRA. BENTO CARQUEJA. RO-
CHA MARTINS. CRISTIANO DE CARVALHO. MATOS SEQUEIRA. NORBERTO DE ARAúJO,
DR. JOAQ UIM MANSO. DR. FIDELINO DE FIGUEIREDO, ALBINO FORJAZ DE SAMPAIO,
DR. RAMADA CURTO, DR. MÃRIO MONTEIRO, ROGÉRIO PERES. VASCONCELOS E SÃ,
DR. JORGE DE FARIA, AUGUSTO PINTO. NOBRE MARTINS. GOMES MONTEIRO, P. • MI-
GUEL DE O LIVEIRA, DR. SALAZAR CARREIRA, ADELINO MENDES. CARLOS RATES. MA-
NUEL JOAQUIM DE SOUSA, ALFREDO MARQUES, COSTA JúNIO R. RIBEIRO DOS REIS,
E DE OUTROS DISTINTOS JORNALISTAS.

O elogio de Benoliel. como «reporter> fotog ráfico. o pri- ficando com direito a requisitar, em devido tempo e contra apre-
meiro do Pais e um dos primeiros da Peninsula. está feito de há sentação do recibo. a capa de luxo destinada à encadernação
muito. O arquivo por êle deixado é o melhor e o mais fiel do- desta grandiosa obra.
cumentário da nossa vida política. social. mundana, desportiva, Em prestações de 60$000 réis ( 6 tomos). pagos adiantada-
teatral, etc .. e a sua publicação em volume será um resumo his- mente, com direito a uma capa vulgar e nas mesmas condições.
tórico-fotográfico. largamente documentado, dos últimos anos do A tomos O assinante receberá no seu domicílio, cada mês,
reinado de O. Carlos, de todo o reinado de D. Manuel II e dos um tomo da obra, que terá de pagar ao correio que lho apresen-
primeiros anos da República. tar pelo seu custo, 10$000 réis, acrescidos de 500 réis ($50).
São os grandes factos dessa época revelados e postos a para despesas de cobrança.
claro ante os mais flagrantes instantâneos, tirados, dia a dia,
pelo jornalista que falava com os reis. convivia com os politicos. NOTA - Os tomo.ç que n~o forem liquldadoo logo à ·primeira apre-
acompanhava os régios visitantes !? outras notabilidades que sentação terão de pagar mai.5 500 réis ($50) por cada vez que forem nova-
mente enviados.
vinham ao Pais. Quando n1lo sejam liquidados à tercelrà vez, o assinante perde o direito
Adquirir o Arquivo Gráfico da Vida Portuguesa, que re- a receber os tomos seguintes.
comendamos aos leitores. é possuir o repositório. o arquivo mais
completo dos últimos anos da Monarquia e . dos primeiros da PARA AS COLóNIAS
República.
O Arquivo Gráfico da Vida Portuguesa é uma luxuosa im- Só se aceitam assinaturas pela totalidade com pagamento
pressão em papel especial, no formato dêste espécime. ilustrado adiantado. acrescido de 22$080 réis para portes de correio.
com magnificas tricromias, «hors~textes>. e milhares de gravu-
ras, algumas inéditas. retratos das personagens m~rcantes. etc. PARA O BRASIL E ESTRANGEIRO

Aceitam-se assinaturas pela totalidade com pagamento


CONDIÇÕES DE ASSINATURA adiantado. acrescido de 43$200 réis para portes de correio.

MUITO IMPORTANTE: - A tiragem desta obra é limi-


tada exclusivamente ao número dos seus assinantes, isto é, não
será posta à venda avulso.
01.191. ...... «»• P'-"dldos - •
Quem não obtiver o livro Arquivo Gráfico da Vida Portu-
guesa 1903-1918, por assinatura, nunca poderá consegui-lo de
outro maneira, porque desta obra não se farão reimpressões.
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FORMAS DE PAGAMENTO: G R .& F 1 e o
Por um ano, (12 tomos), 120$00 réis adiantadamente T. Conide••- do Rio~ ~7 - l.l~BOA

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