Maccole,+16 +O+BINGO+DAS+FRAÇÕES+ATUAL
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RESUMO
Objetiva-se apresentar um relato de experiência sobre frações à luz da resolução de
problemas. Para isso, foi utilizado o jogo bingo das frações numa turma de 36 alunos
do 2° do ensino médio, de uma escola Estadual da baixada fluminense do Estado do
Rio de Janeiro, em 2017. A fim de propiciar uma reflexão à prática do professor, o
trabalho ressalta a importância do planejamento de uma aula e destaca a resolução de
problemas, segundo Pólya (1995), na aplicação do jogo. A proposta surge da
necessidade de relembrar frações para as aulas de sequências, uma vez que os alunos
estavam apresentando dificuldades para encontrar a razão de uma progressão
geométrica e para calcular a soma de finitos e/ou infinitos termos em ambos os tipos
de sequências (aritmética e geométrica). Constata-se o caráter colaborativo,
investigativo e argumentativo que o jogo pode desenvolver através da mediação do
professor nas aulas de matemática.
PALAVRAS-CHAVE: Fração; Resolução de problemas; Jogo.
ABSTRACT
The objective is to present an experience report on fractions in the light of problem
solving. For this, the fraction bingo game was used in a class of 36 high school students
from a State school in the Baixada Fluminense region of the State of Rio de Janeiro,
in 2017. In order to provide a reflection on the teacher's practice, the work highlights
the importance of planning a lesson and highlights problem solving, according to
Pólya (1995), in the application of the game. The proposal arises from the need to
remember fractions for the sequence classes, since the students were having
difficulties to find the reason for a geometric progression and to calculate the sum of
finite and / or infinite terms in both types of sequences (arithmetic and geometric).
There is a collaborative, investigative and argumentative character that the game can
develop through the mediation of the teacher in mathematics classes.
KEYWORDS: Fraction; Troubleshooting; Game.
DOI: 10.21920/recei72020616244256
http://dx.doi.org/10.21920/recei72020616244256
1
Mestre em Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E-mail: [email protected] /
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-8742-6981
2
Mestre em Ensino de Ciências pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
(IFRJ). E-mail: [email protected] / ORCID: http://orcid.org/0000-0002-9468-8664
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INTRODUÇÃO
Deparamo-nos ainda hoje com muitos alunos que possuem aversão à matemática.
Diversos argumentos podem ser encontrados para fundamentar isto. Falta de estímulo ao
raciocínio lógico, alto nível de abstração, elevado número de fórmulas e complexidade dos
conteúdos são alguns dos fatores que apoiam tal afirmação. Talvez o que justifique isso seja o
notório distanciamento da matemática escolar daquela presente no cotidiano dos alunos, o que
dificulta a relação entre teoria e prática nas aulas de matemática. Então, por que não tentarmos
minimizar esse desestímulo dos alunos com relação à matemática? Ao refletirmos sobre isso,
torna-se considerável voltarmos nossa atenção para o professor. A metodologia adotada por ele
é essencial para desencadear no aluno diferentes estímulos e interferir, positiva ou
negativamente, na aprendizagem dele. Segundo Libâneo (2005), nem a reflexão sobre a prática
e nem mesmo a experiência refletida resolvem tudo, mas são necessárias estratégias,
procedimentos e uma cultura geral sólida para, assim, ajudar o trabalho do professor e
melhorar a capacidade de reflexão sobre o que mudar e como.
Concomitantemente, faz-se necessário destacarmos a importância da Resolução de
Problemas no Ensino da Matemática, bem como as dificuldades presentes em seu processo de
ensino e aprendizagem. Neste sentido, objetivamos neste artigo apresentar a metodologia da
Resolução de Problemas para o ensino médio, como maneira de subsidiar a prática docente. A
escolha por esse tema é justificável, pois, além da Resolução de Problemas ser assunto de
muitos congressos e encontros da área de matemática, ela é também considerada uma
tendência em educação matemática. Esperamos, com este artigo, possibilitar que o professor
reflita sua prática pedagógica a fim de que o mesmo utilize a Resolução de Problemas não com
mecânicos e repetitivos exercícios, mas com embasamento teórico a respeito de sua
potencialidade e importância no Ensino da Matemática.
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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
especialistas. Dentre eles, destaca-se George Pólya (1949), importante nome quando o assunto
é Resolução de Problemas. Tal fato se dá, principalmente, pelo seu clássico livro How to solve
it , que levou a diversas discussões sobre o assunto e é referencial teórico de muitos trabalhos
4
que tratam sobre a temática em questão. Desde então, a Resolução de Problemas é alvo de
3
National Council of Teachers of Mathematics, dos E.U.A. No Brasil, Conselho Nacional de Professores de
Matemática, que é a principal organização sem fins lucrativos para professores de matemática.
4
Traduzido no Brasil como “A arte de resolver problemas”.
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propostas para a sala de aula de matemática. O Parâmetro Curricular Nacional (1997), por
exemplo, defende sua inserção nas aulas como um dos caminhos para se fazer matemática em
sala. Ressalta ainda que “um problema matemático é uma situação que demanda a realização
de uma sequência de ações ou operações para obter um resultado. Ou seja, a solução não está
disponível de início, no entanto é possível construí-la” (PCN, 1997, p. 32-33).
A Base Nacional Comum Curricular (2017) também apresenta indicações para a
utilização da matemática para resolver problemas, aplicando conceitos, procedimentos e
resultados para obter soluções e interpretá-las segundo os contextos das situações.
Pólya (1995) tinha como proposta tornar os alunos bons resolvedores de problemas.
Ele compara o ato de resolver um problema a uma arte. Para ele, “uma grande descoberta
resolve um grande problema, mas há sempre uma pitada de descoberta na resolução de
qualquer problema” (PÓLYA, 1995, p. 18-19). E é a busca por esta descoberta que aflora o
senso investigativo e imaginativo que alavancam o interesse pelo exercício mental. Para ele a
arte de resolver um problema pode ser esquematizada em quatro fases. Primeiro, compreende-
se o problema. Nesta etapa delimita-se o objetivo que se quer alcançar ao se dedicar a um dado
problema. É o momento também do reconhecimento do que se busca (incógnita) e dos dados
já conhecidos. Depois, constrói-se um plano de resolução, elaborando estratégias e analisando
caminhos para encontrar a solução do problema. Posteriormente, executa-se o plano de
resolução. Caso o resolvedor do problema encontre contratempos no caminho escolhido,
pode-se voltar à etapa anterior para se estabelecer nova estratégia. Por fim, faz-se a conferência
e verificação do resultado encontrado. Neste momento é pertinente realizar uma revisão de
todo o trajeto percorrido até a chegada do resultado final, tendo em vista a mediação docente
que será o elo de apoio à construção do conhecimento durante o percurso da resolução do
problema.
O ENSINO DE FRAÇÕES
Apesar de ser um conteúdo visto antes do ensino médio, muitos estudantes ainda
chegam a tal nível com dificuldades de realizar operações com elas ou mesmo de compreender
suas diferentes representações. Campos e Rodrigues (2007) ressaltam que alunos do ensino
médio e até superior “apresentam dificuldades no trato com as frações e demonstram não
conhecer aspectos relevantes do conceito de número racional, o que acarreta prejuízos à
compreensão de novos conceitos matemáticos” (p. 70). Neste relato de experiência, a
dificuldade dos alunos com relação às frações se aflorou ainda mais e veio à tona ao estudar
progressões aritméticas e geométricas. As operações realizadas e a própria composição das
sequências numéricas se tornaram muito mais complicadas, pois os alunos não haviam
compreendido as operações básicas envolvendo frações e nem as suas diferentes
representações.
Em um estudo realizado com professores polivalentes, Santos (2005) observou que em
atividades com frações o uso de material didático pedagógico é imprescindível, pois diminui a
possibilidade dos professores recorrerem às estratégias enraizadas desde o seu tempo de
estudante da educação básica. Nesse sentido, o autor ressalta a utilização de materiais e enfoque
didático-pedagógicos no conteúdo de frações como auxiliadores no processo de ensino e
aprendizagem do assunto. O conceito de números fracionários é muito complexo e abstrato
para que uma criança aprenda sem a utilização de materiais concretos, jogos e brincadeiras.
Magina, Bezerra e Spinillo (2009) ressaltam a necessidade de se explorar alternativas de ensino
que “considerem uma visão mais ampla da fração (tanto em termos de representação como de
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significação), que encorajem o aluno a adotar seu conhecimento informal sobre frações e que
auxiliem na superação das dificuldades encontradas em relação a esse conceito” (p. 415).
Para além, se o aluno apresentar dificuldades em determinado assunto que impeça a
continuação de um dado conteúdo, cabe ao professor detectar as lacunas e ofertar
possibilidades de revisão. Para este estudo, buscou-se auxílio nos jogos para rememorar o
conteúdo frações no ensino médio para que as aulas sobre progressões pudessem dar
continuidade sem muitos empecilhos de formações anteriores. A estratégia de utilizar o jogo
para revisão e dinamização do conteúdo ocorreu pois, conforme cita Mota (2009), ele é um
instrumento facilitador e motivador que poderá, quando bem empregado, levar o aluno a se
interessar mais pelos assuntos da matemática. A autora ainda ressalta que “os jogos são um
instrumento que podem ajudar a desenvolver competências, mas que não dispensam a
intervenção do professor para ajudar a desenvolver e a consolidar essas competências” (p. 32).
A aplicação de jogos em sala de aula possibilita não só o aprendizado dos conceitos
matemáticos, como também permite o desenvolvimento da socialização e colaboração entre
alunos e entre alunos e professor.
METODOLOGIA
A atividade foi desenvolvida com trinta e seis alunos do segundo ano do ensino médio
de uma escola estadual, situada na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, no ano de
2017. Os alunos tinham idade que variava entre dezesseis e vinte e um anos. A proposta se
apresentou como uma intervenção prática para tentar resgatar o conceito de frações, bem como
suas operações dentro do assunto de sequencias numéricas. Isso se deu, pois os alunos estavam
estudando as progressões aritmética e geométrica e nas sequências que envolviam frações os
mesmos estavam sentindo bastantes dificuldades, principalmente em encontrar a razão de uma
progressão geométrica e em calcular a soma de finitos e/ou infinitos termos em ambos os tipos
de sequências.
De posse desse quadro de dificuldades frente ao estudo de sequências, propomos aos
alunos uma pausa nesse assunto para que numa próxima aula realizássemos uma atividade que
os fizessem se inteirar mais com as frações e, assim, relembrar seu conceito e as operações que
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envolvem tal assunto; assim seria possível darmos prosseguimento ao conteúdo já planejado
sobre progressões. Cabe destacar aqui a importância do planejamento de uma aula. Nota-se
que o mesmo deve ser flexível para comportar situações como esta. Segundo Schmitz (2000),
“qualquer atividade, para ter sucesso, necessita ser planejada. O planejamento é uma espécie de
garantia dos resultados” (p. 101).
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O bingo das frações é um jogo composto por 18 cartelas, com frações diferentes em
cada uma delas. Totalizam-se 25 frações distintas em todo o jogo. Tais frações envolvem
diversas representações e exigem a manipulação de operações entre elas. Seu objetivo é efetuar
operações com as frações e reconhecer maneiras equivalentes para representar números
fracionários. As cartelas podem ser confeccionadas pelo próprio professor ou impressas através
do manual de instruções do bingo das frações, cujo link está presente nas referências deste
trabalho. Veja algumas dessas cartelas:
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Este jogo foi escolhido por acreditarmos que o mesmo apresenta uma maneira
interessante de abordagem do conteúdo, levando em conta a interação mediadora do professor
no desenvolvimento da aula com os alunos. Ressalta-se, também, que por meio dele e ação
docente, os alunos podem participar mais da aula e interagirem entre si, fomentando discussões
e investigações que enriquecem a aprendizagem. Sem contar que o jogo propicia um ambiente
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mais agradável para o aluno e professor, aproximando-os, proporcionando aos alunos liberdade
para participarem da aula, tirarem dúvidas, exercitarem a argumentação e o desenvolvimento
do raciocínio lógico matemático.
Antes de iniciarmos o jogo, os trinta e seis alunos foram divididos em doze grupos de
três pessoas. A divisão foi por conta dos próprios alunos e o critério de afinidade e
aproximação estabeleceu tal organização. Após, apresentamos e explicamos a eles como
funciona o jogo. Delimita-se aqui a aplicação da primeira fase da resolução do problema
proposto por Pólya (1995) – compreensão do problema. Pois, foi neste momento que
definimos o objetivo a ser alcançado pelo jogo – ganhá-lo através do preenchimento de toda a
cartela pelo sorteio aleatório dos números. Além disso, reconhecemos o que se busca –
interpretar todos os quadradinhos da cartela, encontrando as frações equivalentes a eles; e
estabelecemos os dados conhecidos – toda a revisão anteriormente realizada sobre as relações
de frações com dízimas, números decimais, porcentagem e suas respectivas operações. Os
alunos não apresentaram dificuldades no entendimento do mesmo, uma vez que a maioria
deles já conhecia o jogo do bingo, sendo este apenas uma adaptação para o assunto de frações
comprometido com a aprendizagem. Cada um desses grupos pegou, de forma aleatória, uma
das dezoito cartelas do bingo.
Em seguida, passamos para a segunda etapa estabelecida por Pólya (1995) na resolução
do problema, a saber: construção do plano de resolução. Foi-se acordado que os três alunos de
cada grupo resolveriam de forma colaborativa toda a cartela e, caso persistissem as dúvidas, o
professor era solicitado no grupo para ajudá-los. Observou-se que não houve interação entre
grupos distintos na construção de seus respectivos planos. A questão da rivalidade e da ânsia de
vencer era notório sentimento entre eles. Notou-se que na elaboração das estratégias e na
escolha de caminhos a se percorrer para resolver o problema, os alunos se estabeleceram da
seguinte maneira: nove dos doze grupos formados dividiram os trinta e dois quadradinhos da
cartela entre eles, de modo que um integrante era responsável por dez deles, enquanto os
outros dois ficavam com onze quadradinhos cada. O argumento para tal organização se deu
pelo fato de ganharem tempo e não precisarem se ocupar com todos os cálculos presentes na
cartela. Outros dois grupos decidiram que apenas um integrante colocaria no papel os cálculos
e/ou a resposta, enquanto todos juntos, de forma colaborativa, tentavam resolver cada
quadradinho. Argumentaram dizendo que assim todos se ocupavam juntos de cada
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quadradinho e que era uma maneira de identificar erros, caso aparecessem, no pensamento do
colega. E, por fim, apenas um grupo decidiu que todos os componentes fariam individualmente
todos os quadradinhos e que, ao final, confeririam as respostas para ver se houve ou não
divergências. Justificaram tal estratégia pela menor chance de erros que ela apresentava ao
condicionar todos os integrantes a resolver todos os quadradinhos.
Finalizada a segunda etapa, demos início à execução do plano de resolução acordado
em cada grupo - terceira fase da resolução do problema segundo Pólya (1995). Para isso, foi
estabelecido um tempo de aproximadamente quinze minutos para que cada grupo resolvesse os
quadradinhos presentes em suas respectivas cartelas. Foram poucas às vezes em que houve a
necessidade da mediação do professor, uma vez que a colaboração entre integrantes do mesmo
grupo foi bastante eficaz, fazendo com que a dúvida de determinado aluno fosse sanada por
outro integrante de seu próprio grupo. O grupo que optou pela estratégia de todos
responderem tudo, ao serem questionados se houve inconsistências, responderam que sim e
em apenas dois quadradinhos, mas que já havia sido identificado o erro no cálculo de um dos
colegas, não havendo a necessidade de chamar o professor. Destaca-se aqui o processo
investigativo proporcionado pelo jogo, bem como o papel do professor como mediador da
aprendizagem dos alunos: incentivando-os a dar palpites, a criar e reformular ideias, alertando-
os, fazendo-os descobrir e proporcionando a reflexão crítica daquilo em que eles estão
debruçados (SOARES; PINTO, 2001).
Ao final do tempo estipulado, apenas um grupo não havia conseguido concluir a
atividade e solicitou mais alguns minutos. Foi, então, que munido do gabarito de cada cartela, o
professor foi conferir em cada grupo os resultados encontrados – quarta etapa segundo Pólya
(1995) para a resolução de problemas: conferência dos resultados. Ao término da conferência,
o grupo que não havia concluído os cálculos, conseguiu terminar e apresentar ao professor a
cartela preenchida para a verificação junto ao grupo. Identificaram-se erros em apenas dois
grupos. Em um dos grupos o erro foi pertinente à relação figura e fração presente nas cartelas.
Já no outro grupo tiveram dois erros: um concernente à relação dízima e fração e outro
também referente à relação figura e fração. Tais erros foram resolvidos com toda a turma, onde
integrantes de outros grupos tentavam ajudar resolvendo tais questões no quadro. Destaca-se
que ambos os grupos que apresentaram erros se enquadravam no conjunto de grupos que
dividiram as atividades entre si. Ressalta-se também, conforme explicita Pólya (1995), a
flexibilidade das fases, uma vez que encontrado o erro na quarta etapa, foi-se necessária à
retomada da segunda etapa para a construção de um novo plano (ajuda de todos os alunos)
para posterior execução do plano (resolução no quadro dos quadradinhos que apresentaram
erro) e nova conferência dos resultados encontrados, a fim de validar os mesmos.
Após a execução do plano de resolução, o professor iniciou o sorteio dos números para
preenchimento das cartelas por parte dos grupos. Ganhava, é claro, o grupo que primeiro
preenchesse toda a cartela. Como eles já haviam feito todos os cálculos, neste momento restava
apenas o quesito sorte para que houvesse um grupo vencedor. Ao final de alguns sorteios,
estabeleceu-se o grupo vencedor.
Definido o vencedor, solicitamos que os grupos externassem suas estratégias no
preenchimento da cartela. Notou-se que as representações das frações em forma de dízimas e
figuras foram as mais complexas para eles. Enquanto que as representações em forma de
decimais (dinheiro), reta numérica e porcentagem se apresentaram de maneira mais
compreensível e fácil. Destaca-se, inclusive, que as operações de multiplicação e divisão foram
consideradas por eles como as mais fáceis. Já a soma e subtração, segundo eles, são mais chatas
de serem efetuadas. Porém, mesmo sendo chatas, eles não apresentaram dificuldades em
efetua-las.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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São Paulo: IME-USP; 1996.
LIBÂNEO, José Carlos. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo:
Cortêz, 2005.
MOTA, Paula Cristina Costa Leite Moura. Jogos no ensino da Matemática. (Dissertação de
Mestrado), Universidade Portucalense, Portugal. 2009.
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PÓLYA, George. A arte de resolver problemas: um novo aspecto do método matemático. Rio
de Janeiro: Interciência, 1995.
SCHMITZ, Egídio Francisco. Fundamentos da Didática. 7ª Ed. São Leopoldo, RS: Editora
Unisinos, 2000, p. 101–110.
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