TCC 2015 2 NHGSilva
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TCC 2015 2 NHGSilva
"Se você pensa que pode ou sonha que pode, comece. Ousadia tem genialidade,
poder e mágica. Ouse fazer e o poder lhe será dado"
Johann Goethe
Resumo
i
Abstract
This study aims to model and simulate the differential protection one three-phase
transformer of 100 MVA evaluating the correct or incorrect operation of the front relays
to situations of internal faults, external faults, situations energizing, condition of over-
excitement, CT (Current Transformer) saturation and removal of external faults near the
power transformer by the software ATP (Alternative Transient Program). The Power
transformers are essential equipment to the power supply whose repair or replacement
implies greater power outage time, direct and indirect costs. Currently it is estimated that
12% of the Brazilian electrical system recorded faults are logged in power transformers.
Thus, it is essential that electric utilities invest in protection systems to ensure the
electrical system safety, reliability and higher quality service. The principal methodology
adopted for protection of power transformers corresponds to protection differential
through the percentage differential relay protection device that compares the input
current and output of the equipment or system is able to identify internal faults and
isolate the transformer electrical system, thus avoiding further injury. However, despite
the wide applicability of this method, the differential relay can be moved by operating
maneuvers that you do not want that protection turn off the system because they do not
constitute internal faults to the transformer.
ii
Sumário
Agradecimentos ............................................................................................................................... iv
Resumo.................................................................................................................................................. i
Abstract ................................................................................................................................................ ii
Sumário .............................................................................................................................................. iii
Lista de Figuras ................................................................................................................................. v
Lista de Tabelas.............................................................................................................................. vii
Lista de Siglas ................................................................................................................................. viii
Capítulo 1 - Introdução ................................................................................................................... 9
1.1. Relevância do tema em investigação .......................................................................................... 9
1.2. Objetivos do Trabalho .................................................................................................................... 10
1.3. Metodologia........................................................................................................................................ 11
1.4. Organização do Texto ..................................................................................................................... 12
Capítulo 2 - A Proteção Diferencial ......................................................................................... 13
2.1. Introdução .......................................................................................................................................... 13
2.2. Princípio de funcionamento da proteção diferencial ............................................................... 13
2.3. Situações indesejáveis na operação do sistema de proteção diferencial ................... 19
Capítulo 3 - Modelagem do sistema elétrico para avaliação da proteção diferencial
.............................................................................................................................................................. 31
3.1. Introdução .......................................................................................................................................... 31
3.2. Revisão bibliográfica: Sistemas elétricos modelados ........................................................ 31
3.3. Alternative Transient Program ....................................................................................................... 32
3.4. Fundamentação dos componentes do sistema elétrico .................................................... 34
Capítulo 4 – Metodologia Aplicada e Análise dos Resultados Observados ............... 47
4.1. Introdução .......................................................................................................................................... 47
4.2. Metodologia aplicada ...................................................................................................................... 47
4.3. Apresentação e análise dos resultados observados ........................................................... 53
4.5. Resumo Geral dos Resultados Simulados ............................................................................... 72
iii
Capítulo 5 - Conclusão.................................................................................................................. 74
Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 76
ANEXO I– Algoritmo Computacional do relé Diferencial 87T ........................................ 78
5.1. Leitura dos Dados ............................................................................................................................ 78
5.2. Interpolação de Dados ................................................................................................................... 78
5.3. Filtragem ............................................................................................................................................. 79
5.4. Interpolação NPC ............................................................................................................................. 79
5.5. Estimação dos Fasores através do método dos quadrados mínimos .......................... 80
5.6. Lógica operacional do Relé Diferencial 87T .......................................................................... 80
5.7. Obtenção do conteúdo de harmônicos .................................................................................... 82
5.8. Funções Adicionais e recorrentes.............................................................................................. 82
iv
Lista de Figuras
v
Figura 4.8 - Curvas de corrente no primário e secundário do transformador de potência em condição de
falta externa nas três fases..................................................................................................................................................... 57
Figura 4.9 - Análise da operação do relé diferencial em condição de falta interna do tipo trifásico ................ 58
Figura 4.10 - Análise dos harmônicos presentes no sistema elétrico em condições de falta externa de
natureza Trifásica (fase C) ..................................................................................................................................................... 58
Figura 4.11 – Curvas de Corrente do lado primário e secundário do transformador de potência para a
condição de saturação de TCs............................................................................................................................................... 59
Figura 4.12 - Resultado da função interna do relé de estimação de fasores para condição de saturação de
TCs .................................................................................................................................................................................................... 60
Figura 4.13 - Análise da operação do relé diferencial na condição de saturação dos TCs devido ao surgimento
de uma falta externa trifásica ............................................................................................................................................... 61
Figura 4.14 – Análise dos harmônicos presentes no sistema elétrico estudado (fase C) ...................................... 61
Figura 4.15 – Curvas de corrente do lado primário e secundário para a condição de sobre-excitação .......... 62
Figura 4.16 – Análise da operação do relé diferencial em condições de sobre-excitação ..................................... 63
Figura 4.17 - Conteúdo de harmônicos presentes no sistema elétrico de potência em condições de sobre-
excitação (fase C)........................................................................................................................................................................ 64
Figura 4.18 - Curvas de corrente no primário e no secundário do transformador de potência em condições
de energização singela sem conexão à LT ....................................................................................................................... 65
Figura 4.19 - Curvas de corrente no primário e no secundário do transformador de potência em condições
de energização singela com conexão à LT ....................................................................................................................... 66
Figura 4.20 - Conteúdo de harmônicos para condições de energização singela sem conexão à LT (fase C) 66
Figura 4.21 - Conteúdo de harmônicos presentes no SEP para condições de energização singela com conexão
à LT (fase C) ................................................................................................................................................................................. 67
Figura 4.22 – Análise da operação do relé diferencial percentual em condição de energização singela sem
conexão à LT ................................................................................................................................................................................. 67
Figura 4.23 - Análise da operação do relé diferencial comum em condição de energização singela com
conexão do secundário do transformador à LT ............................................................................................................ 68
Figura 4.24 - Análise da operação do relé diferencial comum em condição de energização solidária ........... 69
Figura 4.25 – Análise da corrente drenada do gerador pelos dois transformadores, Trafo 1 e Trafo 2 ......... 70
Figura 4.26 - Conteúdo de harmônicos presentes no SEP para condições de energização solidária (fase C)
............................................................................................................................................................................................................ 70
Figura 4.27 - Conteúdo de harmônicos presentes no SEP para condições de remoção de faltas externas
próximas ao transformador de potência (fase c) ......................................................................................................... 71
Figura 4.28 – Análise da operação do relé diferencial para condição de remoção de falta externa próxima ao
transformador de potência .................................................................................................................................................... 72
vi
Lista de Tabelas
vii
Lista de Siglas
TC - Transformador de Corrente
ATP - Alternative Transient Program
SEP - Sistemas elétricos de potência
STC - Saturable Transformer Current
SEL - Schweitzer Engineering Laboratories
LT – Linha de Transmissão
viii
Capítulo 1 - Introdução
Tabela 1.1 Estatística de falha para alguns equipamentos do sistema (Bhide, 2004)
Equipamento Probabilidade Falha [%]
Linhas de Transmissão 50,0
Disjuntores 12,0
Transformadores de Corrente, 12,0
equipamentos de controle, etc.
Transformadores 10,0
Cabos subterrâneos 9,0
Geradores 7,0
Total 100,0
O alto custo deste equipamento, aliado à sua importância para o sistema elétrico,
requer uma atenção especial quanto a sua operação, proteção e manutenção. Na
ocorrência de alguma falha interna no transformador de potência, a concessionará deve
estar dotada de um sistema de proteção que o isole, para que seja feita a manutenção
9
corretiva do equipamento. Esse procedimento de atuação frente a falhas internas impede
a perda total e a troca de um equipamento de elevado custo.
A principal metodologia adotada para proteção dos transformadores de potência
corresponde à proteção diferencial que, através do relé diferencial percentual, dispositivo
de proteção que compara as correntes de entrada e saída do equipamento, é capaz de
identificar falhas internas e isolar o transformador do sistema elétrico, evitando assim um
prejuízo maior. Apesar da eficácia da proteção diferencial no isolamento do
transformador de potência quanto a identificação de uma falha interna, o método
apresenta algumas limitações e situações especiais que fazem que o componente principal
da proteção diferencial, o relé, atue indevidamente, quando sensibilizado por essas
situações especiais. Para lidar com essas situações especiais, concessionárias de energia
elétrica buscam continuamente tecnologias para a proteção diferencial de
transformadores que garantam uma melhor seletividade dos casos e uma maior
velocidade de operação.
750 1 0 2 1 4 3,2
440 2 33 7 0 42 2,6
345 16 34 43 1 94 31,3
1.3. Metodologia
11
Estudo da arte sobre a operação do relé diferencial abordando limitações e as
principais situações que levam a operação indesejável do relé.; Desenvolvimento
do modelo elétrico da proteção diferencial a transformadores de potência no ATP;
Desenvolvimento do algoritmo computacional do relé diferencial percentual
MATLAB;
Realização das simulações de faltas internas e de casos especiais;
Avaliação dos resultados simulados
12
Capítulo 2 - A Proteção Diferencial
2.1. Introdução
Existem três tipos de relés diferenciais utilizados: o relé diferencial comum, que
utiliza o relé de sobrecorrente 50 ou 51 exercendo a função 87, o relé diferencial
percentual e o relé diferencial percentual com restrição de harmônicos. A atuação da
proteção para ambos os tipos de relés corresponde à mesma, entretanto no caso do relé
diferencial comum a probabilidade da proteção atuar devido à saturação de TCs,
imperfeição no casamento dos TCs e outras causas inerentes ao transformador é maior
do que no caso dos relés percentuais, pois a presença de uma bobina de restrição permite
empregar certa limitação à faltas externas. Portanto, o relé percentual caracteriza-se
como a melhor opção para restringir a proteção das faltas externas. Já quando considera-
se apenas os relés percentuais, o de restrição de harmônicos apresenta uma melhor
performance, em virtude de apresentar a capacidade de restringir harmônicos
indesejáveis para operação da proteção. Na Figura 2.2 é ilustrado o sistema de proteção
diferencial com relé percentual. O princípio básico do relé diferencial percentual baseia-
se nos torques gerados nas bobinas de restrições e de operação.
14
Figura 2.2 – Sistema de Proteção Diferencial com relé percentual (Kindermann, 2005)
Na Figura 2.2 observa-se que o relé é constituído por duas bobinas: de Restrição,
que tem uma derivação central, o campo magnético gerado nesta bobina de restrição atua
atraindo um êmbolo produzindo um torque negativo, isto é, contrário ao torque da
operação; e a de operação cujo campo magnético atrai um êmbolo que produz o torque
positivo (Kindermann, 2005). O relé percentual opera quando o torque positivo, for
superior ao torque negativo. A grande vantagem traduz-se, portanto, da seguinte maneira:
quando há presença de defeitos externos, o relé fortifica a restrição e enfraquece a
operação, garantindo a não atuação do relé e quando há defeitos internos, o relé
enfraquece a restrição e fortifica a operação, garantindo a atuação do relé.
O esquema de proteção diferencial com relé percentual encontrado pode ser
representado como ilustra a Figura 2.3.
Figura 2.3 – Sistema de proteção diferencial com relé percentual (Horowiz & Phadke, 1996)
15
No esquema representado na Figura 2.3 chama-se atenção para a inclusão das
relações de transformação entre os TCs e do transformador de potência, pois em
condições normais de operação ou de faltas externas, espera-se que a corrente de entrada
seja igual a corrente de saída desde que a seguinte a relação dos TCs seja respeitada:
𝑁1 𝑛1 (1)
=
𝑁2 𝑛2
Obedecendo essa relação, as correntes 𝐼𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 e 𝐼𝑠𝑎í𝑑𝑎 terão a mesma magnitude, logo
define-se que a corrente diferencial ou de operação, 𝑖𝑑 , seja:
Então, para a condição normal de operação, esta corrente diferencial será nula. Já em
casos de faltas internas, a corrente diferencial torna-se significativa, sensibilizando a
bobina de operação (elemento de sobrecorrente R na Figura 2.3).
Para os casos em que a relação não é respeitada, o relé diferencial deverá ser
provido de múltiplos tapes para a medição das correntes do primário e do secundário do
transformador, o que irá fornecer um meio de correção para a diferença esperada entre
as correntes dos secundários dos TCs (Bernardes, 2006). No caso dos relés digitais temos
ajustes contínuos para os tapes, que permite anular totalmente a diferença entre as
corrente secundárias devido à desigualdade na relação.
A corrente de restrição cuja função é garantir que a proteção não atue para
eventuais erros proporcionados pelas diferentes relações de transformação dos TCs,
falhas externas e erros em função das características construtivas do relé equivale à média
das correntes das correntes de entrada e saída. A corrente de restrição é mostrada
matematicamente a seguir pela Equação 3.
𝐼𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 + 𝐼𝑠𝑎í𝑑𝑎
𝑖𝑟 = (3)
2
17
transformador. Os ajustes são feitos a partir do valor de K que é expresso em percentuais
os quais os típicos são 10, 20 e 40%. Dentre esses percentuais, o de ajuste fino e mais
sensível corresponde ao de 10%, portanto o de menor região de operação do relé é o
ajuste percentual de 40%.
18
filtros utilizados na proteção deve possuir certas características, a saber (Schweitzer &
Hou, 1993):
• Banda passante nas proximidades da frequência fundamental cuja largura de
banda não provoque em atrasos significativos no sinal;
• Rejeição de rampa e nível CC, de forma a atenuar os efeitos da componentes CC
de decaimento exponencial;
• Rejeição de componentes harmônicas;
• Boa resposta transitória;
• Facilidade de projeto e implementação.
A função numérica de interpolação é comumente aplicada na entrada do algoritmo
de tratamento de dados para sistemas de proteção, com objetivo de uniformizar a
frequência de amostragem de um conjunto de amostras reais. Dessa forma, a interpolação
tem a função de reconstruir os conjuntos de dados discretos em uma nova frequência de
amostragem.
21
para o desenvolvimento da proteção diferencial eficiente em sistemas elétricos de
potência. Sua relevância é justificada pelo fato da mesma ser capaz de alcançar valores de
10 a 20 vezes a corrente nominal durante energização do transformador e em regime
permanente de 1% a 2%.
O surgimento desse transiente eletromagnético tem efeitos indesejáveis no
sistema elétrico de potência, tal como estresse dinâmico das bobinas do transformador,
deterioração da capacidade de isolamento, falha de operação da proteção diferencial e
subsequente redução na qualidade e continuidade do fornecimento de energia elétrica.
Devido à sua elevada magnitude, acarreta ainda no superdimensionamento dos
componentes do sistema elétrico. As correntes de inrush são normalmente ocasionadas
nas seguintes situações:
Energização do transformador;
Energização de um transformador em paralelo com um que já se encontra
em operação;
Remoção de faltas externas próximas ao transformador de potência;
Chaveamento de banco de capacitores;
O fenômeno transitório da corrente de Inrush é o resultado da necessidade do
transformador de estabelecer um campo magnético no seu núcleo. Ela surge sempre que
sempre que a polaridade e a magnitude de seu fluxo residual forem diferentes da polaridade e
da magnitude do valor instantâneo do fluxo de regime permanente. A Figura 2.7 apresenta esta
situação em que o fluxo residual, ou também chamado de fluxo remanescente, Br é contrário
ao fluxo de regime permanente interrompido na desernergização do transformador.
Quando o transformador é desenergizado, a não linearidade entre densidade de fluxo
magnético e campo magnético, ocasionada pelo ciclo de histerese leva a corrente de
magnetização até o zero, enquanto a densidade de fluxo segue para um valor residual Br. Na
Figura 2.7 apresenta-se o instante em que a curva de corrente magnetização é interrompida e o
fluxo residual se confirma. Caso o transformador não fosse desenergizado, as ondas de corrente
e de densidade de fluxo teriam seguido as curvas tracejadas, entretanto, como ocorreu a
desenergização, elas se apresentam pelas linhas sólidas 𝐼2 e 𝐵2, sendo a corrente em zero e a
densidade de fluxo em +Br (Souza, 2007).
22
Figura 2.7 - Produção de corrente de inrush em um transformador (Souza, 2007)
23
Deve-se considerar que se o transformador pudesse ser energizado no instante em
que o valor da onda de tensão correspondesse ao fluxo real magnético do núcleo, a
energização seria uma suave continuação da operação anterior, sem a ocorrência de um
transitório magnético.
Como a corrente de inrush pode ser tão grande quanto à corrente de curto- circuito,
é de suma importância que algumas características de ambas sejam levantadas para que
seja possível discriminá-las. O propósito de saber distinguir uma da outra é para que não
ocorram falsos alarmes, ou ainda pior, o sistema de proteção não identifique
corretamente que um curto-circuito ocorreu e não desarme a máquina.
As Figura 2.8 ilustra a forma de onda resultante da corrente de magnetização (𝐼𝑟 )
para as três fases envolvidas.
24
Uma das características marcantes da corrente de Inrush consiste no elevado de
conteúdo de harmônicos presentes em seu sinal. De acordo com a pesquisa feita pela
INEPAR, presente na bibliografia (Piovesan, 1997) e mostrada na Tabela 2.2, confirma-se
a forte presença de harmônicas na corrente de magnetização em que destaca-se a
componente de 2º harmônico em 4 tipos de transformadores trifásicos.
Outra característica que destaca a corrente de magnetização é sua elevada
magnitude que pode chegar de 8 a 20 vezes maior que corrente nominal em regime
permanente, sendo que os picos sucessivos caem rapidamente em um tempo efetivo de 6
ciclos elétricos
Tabela 2.2 Composição de harmônicas em correntes de magnetização
Transformadores trifásicos
Componentes 66 kV, 275 kV, 275kV, 50 MVA 500 kV, 1000 MVA
12 MVA 150 MVA 2 Bancos em paralelo 2 Bancos em paralelo
(%) (%) (%) (%)
Fundamental 100 100 100 100
Corr. contínua 62 100 100 97,1
2ª 60 30,4 33,1 78,1
3ª 9,4 9,6 18,2 31
4ª 5,4 1,6 6,5 18
5ª 0,7 7,2 11,4
26
Figura 2.9 - Esquematização do fenômeno de energização solidária (Kumbhar &
Kulkarini, 2007) (Horowitz & Phadke, 2008)
27
Figura 2.10 – Tipos de correntes transitórias de magnetização io, i1 e i2 (Bronzeado &
Yacamini, 1995)
28
que é decorrente de passar de um valor de falta para um de pós-falta, o fluxo magnético
por consequência comporta-se da mesma maneira. Dependendo do instante que ocorrer
a retirada da falta, a transição acarreta no surgimento de um deslocamento da
componente DC no fluxo o que provoca a saturação do núcleo. Deste modo, as formas de
onda de corrente primária serão similares às correntes de inrush.
Em (Segatto, 2003) é descrito a satisfatória metodologia para impedir que a
situação de remoção de falta externa próxima ao transformador acarrete na operação de
proteção indevida que se dá por meio do treinamento das redes neurais artificiais
aplicadas na lógica de relés digitais.
29
para a proteção diferencial a detecção das componentes harmônicas de 3ª e 5ª ordem
para detectar condições de sobre-excitação.
30
Capítulo 3- Modelagem do sistema elétrico para avaliação da
proteção diferencial
3.1. Introdução
31
frequência ou não. O sistema elétrico é construído através da linguagem de programação
do ATP MODELs.
Em (Farid Tavares, 2014) desenvolve-se um estudo sobre a modelagem do
transformador de potência para fins de análise do seu comportamento frente a fenômenos
transitórios provenientes de sua energização. Utiliza-se também o ATP para simular a
resposta de transformadores em regime permanente e transitório utilizando diferentes
modelos, a partir de ensaios a vazio, de curto-circuito e energização. Neste trabalho
destaca-se os modelos Saturable Transformer Component e o BCTRAN utilizados na
caracterização do sistema elétrico.
Em (Bernardes, 2006) desenvolveu-se um procedimento completo de simulação
da proteção digital diferencial aplicada à transformadores de potência, visando o emprego
deste à avaliação do comportamento de relés comercialmente disponíveis. O
procedimento simulou situações de faltas internas, externas, situações de energização,
sobreexcitação e saturação de TC através dos componentes e modelos elétricos existentes
no ATP.
Em (Antures Tavares, 2013) apresenta-se a modelagem e simulação de um relé
numérico microprocessado para proteção de transformadores de potência, relé o qual é
implementado por 3 funções diferentes de proteção: Diferencial Percentual de Fase (87T),
de sequência negativa (87Q) e de falta à terra restrita (REF). Neste utiliza-se o ambiente
gráfico do ATP para construção dos componentes do sistema elétrico avaliado e a
linguagem de programação MODELs para desenvolver a lógica computacional do relé
microprocessado.
33
O ATPDraw é um recurso que compõe o ATP e que permite interagir com o usuário
através de uma interface gráfica. Nele, o usuário pode construir o sistema elétrico
desejável utilizando modelos já pré-definidos e na inexistência do modelo, é possível
construir o modelo desejado.
A metodologia proposta neste trabalho de graduação consiste na modelagem e
simulação por meio do software ATPDraw do sistema de proteção diferencial de um
transformador de potência sujeita a condições de faltas e transitórios eletromagnéticos
ocasionados pela sobre-excitação, energização singela e solidária de transformadores de
potência. Nesse contexto, a utilização do ATPDraw no pré-processamento da simulação
dos efeitos dos transitórios eletromagnéticos mostra-se, portanto, uma aplicação
relevante e confiável para avaliar o comportamento do sistema de proteção diferencial
em transformadores de potência.
34
3.1:Gerador, transformador de potência, transformadores de corrente, linhas de
transmissão e carga ao fim da linha.
35
Figura 3.2 Representação do circuito estrela de transformadores de N- enrolamentos
36
3. Corresponde um modelo de grande instabilidade numérica para o caso de
três enrolamentos. Nas bibliografias consultadas, acredita-se que esse erro
seja causada por acumulação de erros de arredondamento.
4. A extensão deste modelo para representação de transformadores trifásicos
é feita através da adição do parâmetro relutância de sequência zero.
Entretanto, seu uso para unidades trifásicas é limitado. Considera-se que
para análise de unidades trifásicas, as unidades são melhores modeladas
com matrizes indutância e indutância inversa obtidas através do Modelo
BCTRANS
O BCTRAN consiste de uma rotina suporte utilizada para obtenção das matrizes [L]
- [R] em que as matrizes são características de transformadores polifásicos, de dois ou
mais enrolamentos, com núcleo do tipo envolvente ou envolvido a partir dos dados dos
testes de curto-circuito e a vazio. As perdas por excitação podem ser levadas em conta
neste modelo, embora estas possam ser desprezadas para transformadores monofásicos
e trifásicos de baixa relutância ou de elevada potência.
As equações de regime permanente para transformadores polifásicos com
diversos enrolamentos podem ser expressas através da matriz impedância:
[𝑉] = [𝑍] ∙ [𝐼] (9)
Para a simulação de transitórios, a equação 9 deve ser reescrita da seguinte forma:
𝑑𝑖 (10)
[𝑉] = [𝑅] ∙ [𝐼] + [𝐿] ∙ [ ]
𝑑𝑡
37
para pequenas correntes de excitação ou quando essas são ignoradas. Para sanar esse
problema, rescreve-se a equação (9) através da matriz da admitância da seguinte forma:
[𝐼] = [𝑌] ∙ [𝑉] (11)
onde [Y] sempre existe e seus elementos podem ser obtidos diretamente de testes
padrões de curto-circuito. Para estudos de transitórios, [Y] deve ser dividido em seus
componentes resistivos e indutivos. Portanto, o transformador pode ser modelado
mediante a seguinte equação de estado:
𝑑𝑖
[ ] = [𝐿]−1 ∙ [𝑣] − [𝐿]−1 ∙ [𝑅] ∙ [𝑖] (12)
𝑑𝑡
38
convertido em um circuito elétrico equivalente usando o princípio da dualidade (MORK
et al,2007).
39
Tabela 3.2 - Parâmetros do transformador trifásico determinados a partir do ensaio de
curto-circuito (CONTI, 2013)
40
-
41
A caixa de seleção Auto-add nonlinearities estão marcadas para acrescentar o ramo
de magnetização externamente ao modelo, o qual é necessário para avaliação de
fenômenos transitórios como a energização do transformador.
A respeito da modelagem de transformadores trifásicos no BCTRAN para análise
de transitórios eletromagnéticos ocasionados pela energização do transformador,
considerou o transformador distante da unidade geradora desta forma tornou-se
necessário a inserção de uma resistência em série, dessa forma, o tempo de decaimento
foi rápido, caso o transformador fosse considerado próxima à unidade geradora, o
resistoria poderia ser dispensado. O modelo BCTRAN de 100 MVA desenvolvido no
ATPDraw para os trafos 1 e 2, indicados na Figura 3.1 é represetando pela Figura 3.5.
42
defasagem de 30 graus entre as correntes dos lados primários e secundários do
transformador. Essa defasagem é suficiente para que provoque o aparecimento de
correntes diferenciais de destaque nos secundários dos TCs e, para corrigir esse problema
defasagem angular, é usado na prática um artifício que consiste em instalar os
equipamentos de medição (TCs) de maneira invertida às ligações do transformadores
principal. Dessa forma, para um transformador ligado em estrela-triângulo, por exemplo,
usam-se os TCs conectados em triângulo-estrela, e vice-versa (Caminha, 1977). A Figura
3.6 apresenta um esquema de ligação dos TCs em um transformador de potência estrela-
triângulo está conectado de maneira invertida, triângulo-estrela (Kindermann, 2005).
43
Para o trabalho foram utilizados dois TCs, um (o primeiro) com relação de
transformação de 200:5 A no lado do enrolamento de alta tensão e o outro (o segundo)
com relação de transformação de 1200:5 A no lado do enrolamento de baixa tensão.
A família de curvas de excitação do TC da SEL (Schweitzer Engineering
Laboratories), escolhido para aplicação, é mostrada na Figura 3.7. A partir desta, aplicou-
se a rotina SATURATION, interna ao ATP, para a obtenção da curva fluxo –corrente
necessária para considerar o efeito de saturação no TC.
44
a linhas de 34,5 kV de acordo a literatura. A Tabela 3.4 apresenta os dados de sequência
positiva (R1 e L1) e para sequência zero.
3.4.4. Gerador
Filtro Passa-
Aquisição de Baixa (fc=300 Estimação de
Dados Hz) Fasores
46
Capítulo 4 – Metodologia Aplicada e Análise dos Resultados
Observados
4.1. Introdução
47
e de casos especiais de operação, tais como energização singela e solidária, saturação dos
TCs, sobre-excitação do transformador de potência e remoção de falta externa.
As amostras reduzidas de corrente coletadas pelos transformadores de corrente
foram então exportadas para o código de programação do relé diferencial 87T no software
MATLAB, o qual, após o tratamento dos dados, fornece as curvas do primário e do
secundário do transformador de potência, bem como os gráficos de operação e do Bias do
relé diferencial.
A Figura 4.1 apresenta o sistema elétrico modelado segundo as configurações
determinadas no capítulo anterior.
Figura 4.1 – Sistema elétrico modelado para avaliação da proteção diferencial percentual
em transformadores de potência
Foram executadas no total 13 simulações, sendo que para cada uma o sistema
elétrico apresentado pela Figura 4.1 foi configurado de maneira distinta para uma análise
específica. A seguir, destacam-se as principais considerações para cada simulação.
48
4.2.1.1. Faltas internas e Externas ao transformador de potência
Tabela 4.1 Status dos disjuntores para simulações de falta interna e externa
49
transformadores, configurou-se a impedância do secundário para operar no limite da
região de operação, ou seja, na tensão de joelho da curva característica para ambos os
transformadores de corrente.
As simulações executadas considerando o efeito de saturação dos TCs consistiram
em inserir faltas externas, sendo elas introduzidas no ponto B do sistema elétrico através
de curtos-circuitos monofásicos, bifásicos e trifásicos.
O status de operação dos disjuntores foi equivalente às simulações de faltas
internas e externas indicadas pela Tabela 4.1.
Não foram consideradas as não-linearidades do transformador de potência e a
simulação apresentou as seguintes configurações: período de amostragem de 0,1 ms,
tempo de simulação de 0,5 s e tempo de ocorrência da falta externa em 0,2871 s.
50
Tabela 4.2 - Status dos disjuntores para a simulação de sobre-excitação
51
O Disjuntor D2 referente a condição de sobre-excitação é permanentemente
mantido em aberto;
Como trata-se de fenômenos onde há o aparecimento das correntes de
inrush, considerou-se as não-linearidades do transformador de potência
modelado no capítulo anterior.
Para fins de análise, foi simulada também a energização singela com o secundário
dos transformadores de potência já conectados a linha de transmissão.
As simulações para energização singela e solidária apresentaram as seguintes
configurações: período de amostragem de 0,1 ms e tempo de simulação de 0,5 s
(Energização Singela) e 0,6s (Energização solidária).
52
Tabela 4.3 - Status dos disjuntores para a simulação de remoção de falta externa próxima ao
transformador de potência
53
4.3.1. Operação normal sem a presença de faltas ou condições
especiais de operação
55
Figura 4.6 - Análise da operação do relé Figura 4.7 - Análise dos harmônicos do
diferencial em condição de falta interna sistema Elétrico em condição de falta
do tipo trifásico interna do tipo trifásico (fase C)
56
Nas Figuras 4.8, 4.9 e 4.10 são apresentados as curvas de corrente do primário e
secundário do transformador de potência obtidas pelos TCs, da análise da operação do
relé diferencial e dos harmônicos presentes no Sistema Elétrico para condição de falta
externa trifásica, respectivamente. Ressalta-se que o sistema de proteção comportou-se
da mesma maneira para uma falta externa monofásica e bifásica.
Assim como nas faltas internas, não foi evidenciado harmônicos superiores à
frequência fundamental, conforme pode ser observado a partir da Figura 4.10.
57
Figura 4.9 - Análise da operação do relé diferencial em condição de falta interna do tipo
trifásico
58
4.3.4. Saturação de TCs
59
Figura 4.12 - Resultado da função interna do relé de estimação de fasores para condição
de saturação de TCs
Como dito, o relé diferencial atuou tanto para o ajuste de 25% como para o de 40%.
Na Figura 4.13 é possível observar a análise da operação do relé diferencial para condição
de falta externa trifásica em que se considera a saturação do TC.
Destaca-se que, nesta simulação na qual o núcleo do transformador de corrente é
saturado, há o aparecimento de harmônicos de segunda ordem e terceira ordem sendo
que representam respectivamente 22,6% e 8,26% do espectro de corrente da
componente fundamental. A Figura 4.14 mostra a presença de harmônicos de segunda e
terceira ordem no sistema elétrico estudado.
60
Figura 4.13 - Análise da operação do relé diferencial na condição de saturação dos TCs
devido ao surgimento de uma falta externa trifásica
Figura 4.14 – Análise dos harmônicos presentes no sistema elétrico estudado (fase C)
61
4.3.5. Sobre-excitação
62
Figura 4.16 – Análise da operação do relé diferencial em condições de sobre-excitação
63
Figura 4.17 - Conteúdo de harmônicos presentes no sistema elétrico de potência em
condições de sobre-excitação (fase C)
Através dos resultados obtidos para a energização singela, foi possível observar e
analisar o comportamento da corrente de magnetização durante energização do
transformador. As curvas de corrente para as três fases apresentaram grandes
disparidades em forma de onda, amplitude e fase como se pode visualizar pela Figura
4.18. Destaca-se nesta figura a ausência da corrente no secundário devido ao fato de
processos de energização ocorrerem com o secundário do transformador em aberto.
Porém, a título de análise, foi simulado a energização do transformador já conectado a
linha de transmissão. Neste caso houve redução das distorções nas curvas de corrente nas
três fases sendo maior na fase A como se pode visualizar na Figura 4.19.
As Figuras 4.20 e 4.21 ilustram o conteúdo dos harmônicos de segunda, terceira e
quinta ordem encontrados para cada caso simulado. As componentes de segunda ordem
e quinta ordem constituem-se como uma das principais características da corrente de
magnetização e como principal causa da atuação indesejável do relé diferencial
percentual comum. Em relés diferenciais com restrição ou de bloqueio de harmônicas de
segunda e quinta ordem, o sistema de proteção diferencial é mais eficiente.
64
O conteúdo de terceira ordem encontrado na simulação para energização dos
transformadores é resultado do desequilíbrio entre fases ocasionado em consequência do
fenômeno transitório e também pelo fato da configuração do sistema representado ser
estrela com neutro aterrado. Dessa forma, para evitar erros na atuação da proteção
diferencial comum, as correntes de sequência zero devem ser subtraídas das correntes
.medidas no enrolamento conectado em estrela.
65
Figura 4.19 - Curvas de corrente no primário e no secundário do transformador de
potência em condições de energização singela com conexão à LT
66
Figura 4.21 - Conteúdo de harmônicos presentes no SEP para condições de energização
singela com conexão à LT (fase C)
68
Figura 4.24 - Análise da operação do relé diferencial comum em condição de energização
solidária
69
Figura 4.25 – Análise da corrente drenada do gerador pelos dois transformadores, Trafo
1 e Trafo 2
71
O deslocamento da curva devido a componente contínua e a presença de
harmônicos de segunda ordem provocaram a sensibilização do relé diferencial após a
remoção da falta externa tanto para o relé de ajuste de 25% como para o de 40% como
apresenta no gráfico do relé diferencial percentual 87T na Figura 4.28.
Figura 4.28 – Análise da operação do relé diferencial para condição de remoção de falta
externa próxima ao transformador de potência
72
proteção diferencial, sugere-se adoção de funções de restrição ou bloqueio de
harmônicos, compensação de sequência zero e de relés digitais com ajustes automáticos
que permitam o casamento ideal entre transformador de potência e de corrente.
Tabela 4.4 Resumo dos casos simulados para o sistema de proteção diferencial no
transformador de potência de 100MVA
Atuação
Atuação
87T - Operação Operação
Caso Descrição 87T – 40%
25%
A B C Correta/Incorreta A B C Correta/Incorreta
73
Capítulo 5 - Conclusão
74
Avaliação dos efeitos de saturação em transformadores de correntes
provocados por faltas internas no núcleo do transformador. Os harmônicos
gerados pela saturação podem retardar o envio do sinal e a distorção pode
fazer com que a corrente diferencial encontre-se na região de restrição.
Desenvolvimento de algoritmos especiais de proteção diferencial de
transformadores de potência que operam adequadamente quando há o
aparecimento de correntes com harmônicos relevantes de 2ª, 3ª e 5ª
ordem. Destaca-se os algoritmos de restrição e bloqueio de harmônicos e o
de compensação de sequência zero.
Aplicação da metodologia de análise do impacto de transitórios
eletromagnéticos em diferentes segmentos da proteção de sistemas
elétricos de potência, como por exemplo, à proteção de linhas de
transmissão, de barramentos, máquinas e de geradores.
Aplicação da mesma metodologia para diferentes transformadores de
potência e diferentes modelos de transformadores de potência no
ATPDraw.
Avaliação da proteção diferencial sobre os efeitos de rejeição de carga e
chaveamento de banco de capacitores.
75
Referências Bibliográficas
77
ANEXO I– Algoritmo Computacional do relé
Diferencial 87T
clear all;
close all;
%Dados de entrada
NFILTRO = 2;
FCORTE = 300;
NPC = 16;
F0 = 60;
%-----------------------------------------------------
% 1a PARTE: Leitura dos dados
% Leitura dos dados
load nomedoarquivo.out
ORIENTRADA = nomedoarquivo
%-----------------------------------------------------
% 2a PARTE: Interpolacao para FAP
% Interpola para FAP = 4KHz
%Através da interpolação, pode-se construir uma função que aproximadamente
% se "encaixe" nestes dados pontuais, conferindo-lhes, então, a
continuidade desejada.
FAP = 4000;
Ti = ORI(1,1);
Tf = ORI(end,1);
Tap = (Ti:(1/FAP):Tf)'; %interpola na nova frequencia
[Yap] = (interp1(ORI(:,1),ORI(:,2:end),Tap)); %1 Coluna ja e o tempo. ORI
exclui a coluna de numeros de barra
PAR = [Tap Yap]; %Matriz com T e os dados interpolados(4000hz)
78
% Plota dados interpolados para FAP
%plota_curvas(PAR,2,'2 - Dados interpolados em FAP');
figura2='_interpolacao'
5.3. Filtragem
%-----------------------------------------------------
% 3a PARTE: Filtragem
% Projeto do filtro passa-baixa
NFILCOR = NFILTRO/2; %ordem do filtro
FNYQ = FAP/2;
FNOR = FCORTE/FNYQ;
[B1,A1] = butter(NFILCOR,FNOR); %coeficientes da ft filtro calculados
% Executar a filtragem dupla
FIL = PAR; %renomeia matriz dados
FIL(:,2:end) = filtfilt(B1,A1,PAR(:,2:end)); %Filtragem passa baixa
% Calcular o ganho em 60 Hz (H0)
F = [0 60];
H = freqz(B1,A1,F,FAP); %Calculo ganho filtro (Usado depois para voltar
amplitude original)
H60 = H(2);
%pause
FIL(:,2:end) = FIL(:,2:end)/(abs(H60)^2); %Novos dados filtrados para 100Hz
% Plota dados interpolados para FAP
plota_curvas(FIL,3,'3 - Dados filtrados');
%-----------------------------------------------------
% 4a PARTE: Interpolacao para NPC
% Padronizacao do numero de pontos por ciclo
%Interpola semelhante a funcao acima para 16 Pontos por ciclo
FAA = NPC*F0; %16*60 = 960hz
Ti = ORI(1,1);
Tf = ORI(end,1);
Taa = (Ti:(1/FAA):Tf)'; %tempo interpolado separadamente
[Yaa] = interp1(FIL(:,1),FIL(:,2:end),Taa);
AMO = [Taa Yaa]; %Vetor tempo+vetor dados
79
5.5. Estimação dos Fasores através do método dos quadrados
mínimos
%-----------------------------------------------------
% 6a PARTE: Estimacao dos fasores (Minimos quadrados)
[IL,NPA] = MMQ(il,tk(2)-tk(1)); %Calculo dos fasores de corrente local
[IR,NPA] = MMQ(ir,tk(2)-tk(1)); %Calculo dos fasores de corrente remota
%-----------------------------------------------------
% 7a PARTE: Recuperacao dos dados no tempo
%transforma o fasor para uma senoide de 60hz novamente.
[ill] = rec(IL,tk,tk(2)-tk(1)); %Corrente local
[ir] = rec(IR,tk,tk(2)-tk(1));
-----------------------------------------------------
% 8a PARTE: Combinacao das unidades na frequencia
% Calculo das correntes de operação, restrição e BIAS
[Iop,IRT,bias] = calcbias(IL,IR); %Retorna I0 e IRT
% Início da Curva
%Plotagem do BIAS ajustado
x1 = 0:4;
tam = length(x1);
y1 = [1];
for t=1:(tam-1)
y1 = [y1 1];
end
figure(6)
hold on
80
maior = max(abs(IRT));
maiorvalor = maior(1,1);
if maior(1,1) > maior (1,2) && maior(1,2) > maior(1,3)
maiorvalor = maior(1,1);
elseif maior(1,2) > maior (1,1) && maior(1,2) > maior(1,3)
maiorvalor = maior(1,2);
elseif maior(1,3) > maior (1,1) && maior(1,3) > maior(1,2)
maiorvalor = maior(1,3);
end
histx2 = [];
histx3 = [];
histy2=[];
histy3=[];
for x2=4:10;
y2 = 0.25*x2;%Ajuste de Sensibilidade do Relé
histx2 = [histx2;x2];
histy2 = [histy2;y2];
end
for x3=4:10;
y3 = 0.40*x3;%Ajuste de Sensibilidade do Relé
histx3 = [histx3;x3];
histy3 = [histy3;y3];
end
plot(histx2,histy2,'-k','LineWidth',2,'LineStyle','-.');
plot(histx3,histy3,'k','LineWidth',2);
xlabel('corrente de restrição (A)','fontweight','bold','fontsize',12 );
ylabel('corrente de operação (A)','fontweight','bold','fontsize',12 );
legend('Fase A','Fase B','Fase C' ,'Ajuste de 25%', 'Ajuste de
40%','Location', 'Best');
plot(x1,y1,'k','LineWidth',2)
grid on
figure(7)
plot(tk,bias(:,1),'-rx',tk,bias(:,2),'-b+',tk,bias(:,3),'-
g*','LineWidth',2)
hold on
histbiasajustado1 = [];
histbiasajustado2 = [];
tamtk = length(tk);
for x3=1:tamtk;
y4 = 0.25; %ajuste do bias em 25%
y5=0.40;
histbiasajustado1 = [histbiasajustado1;y4];
histbiasajustado2=[histbiasajustado2;y5];
end
81
plot(tk,histbiasajustado1,'k','LineWidth',2,'LineStyle','-.');
plot(tk,histbiasajustado2,'k','LineWidth',2);
xlabel('tempo (seg)','fontweight','bold','fontsize',12 );
ylabel('BIAS','fontweight','bold','fontsize',12 );
legend('Fase A','Fase B','Fase C', 'Ajuste de 25%', 'Ajuste de
40%','Location', 'Best' );
grid on
\
% 9a parte - FFT
delta_t = 0.0001;
fs=1/delta_t; % Freqüência de amostragem
fnyq=fs/2;
N=length(ORI(:,3)); % Determina o número de amostras
F=fft(ORI(:,3)); % Calcula a DFT
Fesc=F/N; % Escalona para o valor correto
a=0:(N-1)
freq=((a)*fs)/N; % Calcula eixo das freqüências
Fparam = abs(F)
Maior=max(Fparam);
Fparam=(Fparam/Maior)*100
ordem=freq/60;
figure(9)
bar(ordem,Fparam)
title('Análise dos harmônicos','fontweight','bold','fontsize',12 );
xlabel('Ordem') % Label do eixo x
ylabel('Amplitue (%)') % Label do eixo y
xlim([0 7]);
grid on
function plota_curvas(DADOS,n,ttext)
% Plota dados originais
figure(n);
subplot(2,1,1);
plot(DADOS(:,1),DADOS(:,2),'r',DADOS(:,1),DADOS(:,3),'b',DADOS(:,1),DADOS(:
,4),'k','LineWidth',2);
title(ttext)
ylabel('Corrente Primário(A)','fontweight','bold','fontsize',12 );
%xlim([0.95 1.1] );
legend('Fase A','Fase B','Fase C','Location', 'NorthEast');
82
subplot(2,1,2);
plot(DADOS(:,1),DADOS(:,5),'r',DADOS(:,1),DADOS(:,6),'b',DADOS(:,1),DADOS(:
,7),'k','LineWidth',2);
ylabel('Corrente Secundário (A)','fontweight','bold','fontsize',12 );
%xlim([0.95 1.1]);
legend('Fase A','Fase B','Fase C','Location', 'NorthEast');
xlabel('Tempo (s)','fontweight','bold','fontsize',12 );
% Variaveis de controle:
F0 = 60; % Frequencia fundamental
JAN = 1; % Tamanho da janela de dados (em ciclos)
NREGDC = 2; % Numero de regressores DC [ 1 t t^2 t^3 ... ]
NREGAC = 1; % Numero de regressores AC [ sin(wot) cos(wot) sin(3wot)
cos(3wot) ... ]
% Calculo de variaveis auxiliares:
W0 = 2*pi*F0;
NPA = JAN/(F0*dT); % Calculo do numero de pontos da janela
THETAC = W0*dT; % Angulo caracteristico
[NTOT,NC] = size(x); % Numero total de pontos
X = zeros(NTOT,NC); % Fasores calculados
% Montagem da PSEUDO-INVERSA
R = []; % Matriz dos regressores
A = []; % Pseudo-inversa
AC = [];
DC = [];
for i = 1:NPA
%Apaga os vetores
vAC = [];
vDC = [];
%Determina regressores AC
for j = 1:NREGAC
vAC = [ vAC, sin((2*j-1)*W0*i*dT), cos((2*j-1)*W0*i*dT) ] ;
end
%Determina regressores DC
for j = 1:NREGDC
vDC = [ vDC, (dT)^(j-1) ] ;
end
end
% Calcula a pseudo-inversa
A = pinv(R);
83
% Calculo dos fasores
for i = NPA:NTOT
THETA = A*x((i-NPA+1):i,:);
% Determina os fasores
X(i,:) = THETA(1,:) + sqrt(-1)*THETA(2,:);
End
5.8.3. CalcBias
%Calculo de I0
%Calculo de IRT
B = abs(I0(16:end,:)./IRT(16:end,:));
84