Portaria #169, de 3 de Maio de 2023
Portaria #169, de 3 de Maio de 2023
Portaria #169, de 3 de Maio de 2023
1. OBJETIVO
Estabelecer critérios e procedimentos de avaliação da conformidade, por meio do mecanismo de
Declaração do Fornecedor, para Veículos Leves de Passageiros e Comerciais Leves comercializados no
País, com foco na eficiência energética e visando à conservação de energia.
1.1 Agrupamento para efeito da Declaração da Conformidade do Fornecedor
O agrupamento de objetos para efeito da Declaração da Conformidade do Fornecedor é por MMMT,
conforme definido no item 4.21 deste RAC.
2. SIGLAS
AER - Autonomia de operação exclusivamente no modo elétrico
CE - Consumo Energético
CEC - Consumo Energético Combinado Urbano e Estrada
CEE - Consumo Energético Estrada
CEU - Consumo Energético Urbano
Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente
Conpet - Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural
EHR – Etanol hidratado
E22 – Gasolina com 22% de etanol
ENCE - Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
FD - Fator de deterioração
FTP - Federal Test Procedure
Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
LCVM - Licença para Uso da Configuração do Veículo ou Motor
MMMT - Marca, modelo, motor e transmissão
MOM - Massa em ordem de marcha
PBEV - Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular
PEDe - Planilha de Entrada de Dados Eletrônica
Proconve - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores
RAC - Requisitos de Avaliação da Conformidade
RGDF - Requisitos Gerais de Declaração da Conformidade do Fornecedor
VEB - Veículo elétrico a bateria
VEH - Veículo elétrico híbrido
VEHP - Veículo elétrico híbrido recarregável externamente
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Para fins deste RAC, são adotados os seguintes documentos complementares, além dos listados no RGDF
Produtos.
Resolução CONAMA nº 18, de Institui o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
6 de maio de 1986 Automotores – PROCONVE, e suas eventuais substitutas e
complementares
Resolução CONAMA nº 15, de Estabelece nova classificação dos veículos automotores para o controle
13 de dezembro de 1995 da emissão veicular de gases, material particulado e evaporativa
Portaria DENATRAN n° 23, de Dispõe sobre a especificação ano-modelo em relação ao ano de
3 de maio de 2001 fabricação do veículo
Instrução Normativa Ibama Fica acrescido o ensaio de autonomia ao processo de obtenção da
nº 11, de 25 de julho de 2014 Licença para Uso da Configuração de Veículo ou Motor (LCVM) para
veículos leves de passageiro e comercial, nacionais ou importados,
junto ao PROCONVE
Resolução CONAMA nº 492, Estabelece as fases PROCONVE L7 e PROCONVE L8 de exigências do
de 20 de dezembro de 2018 Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores –
PROCONVE para veículos automotores leves novos de uso rodoviário,
altera a Resolução CONAMA nº 15/1995 e dá outras providências
Portaria Inmetro n° 140, de Aprova os Requisitos Gerais de Declaração do Fornecedor de Produtos
2021 (RGDF Produto) – Consolidado
Diretiva 2007/46/CE do Estabelece um quadro para a homologação dos veículos a motor e seus
Parlamento Europeu e do reboques, e dos sistemas, componentes e unidades técnicas
Conselho, de 5 de setembro destinados a serem utilizados nesses veículos
de 2007
ABNT NBR 7024 Veículos Rodoviários Automotores Leves - Medição do consumo de
combustível - Método de Ensaio
ABNT NBR 6601 Veículos Rodoviários Automotores Leves - Determinação de
hidrocarbonetos, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, dióxido
de carbono e material particulado no gás de escapamento
ABNT NBR 12026 Veículos rodoviários automotores leves — Determinação da emissão
de aldeídos e cetonas contidos no gás de escapamento, por
cromatografia líquida — Método DNPH
ABNT NBR 15598 Veículos rodoviários automotores leves - Determinação de etanol não
queimado contido no gás de escapamento por cromatografia gasosa
ou análise fotoacústica
ABNT NBR 16567 Veículos rodoviários híbridos elétricos leves - Medição de emissão de
escapamento e consumo de combustível e energia - Métodos de ensaio
ABNT NBR 8689 Veículos Rodoviários Automotores Leves - Combustíveis para Ensaio –
Requisitos
ABNT NBR 10312 Veículos rodoviários automotores leves - Determinação da resistência
ao deslocamento por desaceleração livre em pista de rolamento e
simulação no dinamômetro.
ABNT NBR ISO 1176 Veículos rodoviários automotores - Massas - Vocabulário e Códigos
SAE J1634:2017 Procedimento de teste de variação e consumo de energia de veículos a
bateria
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
Nota 1: Deve ser utilizada a versão atualizada das normas/atos normativos citados, ou seu(s)
substitutivo(s), em caso de cancelamento, cabendo aos fornecedores, quando aplicável, promover as
adequações necessárias nos procedimentos de avaliação da conformidade, a fim de possibilitar o uso da
base normativa mais recente.
Nota 2: Havendo publicação de norma ABNT equivalente, esta deverá ser utilizada em substituição à
norma SAE J1634.
Nota 3: O prazo para adoção da versão mais atualizada das normas/atos normativos de referência ou
seu(s) substitutivo(s) é o prazo de adequação da própria norma/ato normativo. Não havendo prazo
definido, a adoção da versão mais atualizada deverá ocorrer na etapa de Manutenção anual que suceder
a publicação da versão mais atual.
4. DEFINIÇÕES
Para efeitos deste RAC são adotadas as definições a seguir, complementadas pelas relacionadas no Anexo
E deste RAC, acrescidas de suas fórmulas de cálculo.
4.1 Ano de fabricação
Ano correspondente àquele de produção do veículo.
4.2 Ano modelo
Ano igual ou imediatamente anterior ou posterior ao ano de fabricação do veículo, conforme definido na
Portaria Denatran n° 23, de 2001.
4.3 Área do veículo
Produto do comprimento máximo, expresso em m², excluindo-se saliências dos para-choques e o
conjunto de roda e pneu sobressalente quando afixado externamente, pela largura máxima, excluindo-se
os retrovisores externos, frisos decorativos ou de proteção, estribos e as maçanetas das portas.
4.4 Autonomia
Relação expressa em km/l, km/m3, ou km/leq correspondente à distância percorrida com 1 (um) litro de
combustível líquido (etanol, gasolina ou diesel), 1 (um) metro cúbico de gás natural ou 1 (um) litro de
gasolina equivalente, quando usando eletricidade, nas condições do ensaio do ciclo urbano ou ciclo
estrada.
4.5 Autonomia de operação exclusivamente no modo elétrico (AER)
Distância total e contínua que um VHEP percorre no modo exclusivamente elétrico (no qual o motor de
combustão do veículo não entra em operação), ou seja, anteriormente à primeira partida do motor em
determinado ensaio com carga completa.
4.6 Categorias dos veículos
Agrupamentos de modelos de veículos definido em função da área, características em comum ou uso do
veículo, conforme definido no Anexo D.
4.7 Ciclo de Condução Estrada
Ciclo de condução que simula as condições de trânsito encontradas nas rodovias, conforme previsto na
norma ABNT NBR 7024.
4.8 Ciclo de Condução Urbana
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
Ciclo de condução que simula as condições de trânsito encontradas em áreas urbanas, conforme previsto
na norma ABNT NBR 6601.
4.9 Classificação
Enquadramento do veículo em relação ao Consumo Energético Combinado, podendo variar de “A” (mais
eficiente) a “E” (menos eficiente), obtida comparando-se o consumo energético ponderado declarado
pelo fornecedor às faixas de classificação estabelecidas para a categoria a qual se enquadre o veículo e
para a categoria geral, e que serão inseridas na ENCE.
4.10 Classificação geral
Aquela resultante da comparação do Consumo Energético Combinado de todos os veículos participantes
do PBEV.
4.11 Classificação na categoria
Aquela resultante da comparação do Consumo Energético Combinado de todos os veículos participantes
do PBEV agrupados dentro de uma mesma categoria.
4.12 Classificação nas emissões
Aquela resultante da classificação de emissões de poluentes definida pelas regulamentações específicas
do Ibama em vigência no momento da Declaração do Fornecedor.
4.13 Coeficientes da Equação da Força Resistiva
Coeficientes de ordem zero (f0) e de segunda ordem (f2) que compõem a equação da Força Resistiva ao
Deslocamento, conforme previsto na norma ABNT NBR 10312.
4.14 Consumo Energético Combinado (CEC)
Consumo de energia em MJ (Mega Joule) por quilômetro percorrido, calculado em função da fonte
energética usada para movimentar o veículo, obtido a partir dos consumos energético nos ciclos urbano
e estrada ponderados conforme previsto na norma ABNT NBR 7024 e para veículos elétricos SAE J1634
ou norma brasileira equivalente e que servirá para a classificação do consumo energético dos veículos.
4.15 Distância Percorrida para o veículo elétrico a bateria
Distância total e contínua que um VEB percorre até o esgotamento total da bateria, ou seja, conforme
ensaio com carga completa.
4.16 Faixas de classificação
Faixas limitantes de consumo energético, calculadas conforme metodologia e critério de atualização
previstos no Anexo C.
4.17 Fator de deterioração
Fator aplicado para caracterizar a degradação das emissões de gases poluentes do veículo, após o ensaio
de acúmulo de rodagem, conforme Resolução CONAMA nº 492, de 20 de dezembro de 2018.
4.18 Marca
Nome que individualiza e identifica uma linha de veículos de um fornecedor.
4.19 Massa em Ordem de Marcha (MOM)
Conforme definido na norma ABNT NBR ISO 1176 no item “Massa do veículo completo em ordem de
marcha”.
4.20 Massa do veículo para ensaio (MVE)
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
Anexo F, com aplicação do fator de deterioração (FD), em atendimento aos requisitos previstos na
Resolução CONAMA nº 492, de 2018.
6.1.2.1.2 Ensaio de medição de consumo de combustível ou energia
6.1.2.1.2.1 O Ensaio de Medição de Consumo de Combustível ou Energia deve ser realizado para o ciclo
de condução urbano e para o ciclo de condução de estrada, conforme normas técnicas ABNT NBR 10312,
ABNT NBR 7024, ABNT NBR 6601, ABNT NBR 16567, SAE J1634:2017 ou norma ABNT equivalente e suas
normas sucedâneas.
6.1.2.1.2.2 Componentes e acessórios que causem alguma influência na determinação do consumo
energético nas condições do ensaio, inclusive pneus, e que tenham previsão de venda superior a 33% das
unidades comercializadas de um MMMT devem ser considerados nos veículos a serem ensaiados.
6.1.2.1.2.3 Para aqueles modelos ou versões que também são comercializados sem os referidos
componentes e acessórios, desde que satisfaça o critério supramencionado, o fornecedor tem a opção
de:
a) usar o mesmo dado de consumo do veículo com os referidos componentes e acessórios ou;
b) usar o dado de consumo obtido no ensaio sem os referidos componentes e acessórios, declarando novo
MMMT.
6.1.2.1.2.4 A massa do veículo para ensaio deve estar de acordo com o subitem 4.20 deste RAC. Para
ensaio de Coast Down em pista, contabilizar a massa do operador do veículo, massa de equipamentos de
medição para os ensaios e lastros adicionais.
6.1.2.1.2.5 O método para este ensaio deve ser o balanço de carbono, conforme estabelecido na ABNT
NBR 7024.
6.1.2.1.2.6 Para veículos com tração 4x4 ou regeneração de energia em dois eixos, o ensaio deve ser
realizado conforme norma técnica ABNT NBR 6601 ou ABNT NBR 16567, conforme processo de
homologação de veículo junto ao Ibama. Para veículos elétricos, devem ser atendidos os requisitos da
norma SAE J1634 ou norma ABNT equivalente.
6.1.2.1.2.7 A partir dos resultados obtidos, as informações devem ser declaradas de acordo com o
estabelecido no Anexo F.
6.1.2.2 Definição da amostragem
A amostragem deve seguir os critérios para homologação do veículo junto ao Ibama. Os mesmos critérios
de amostragem devem ser aplicados para veículos elétricos.
6.1.2.3 Definição do Laboratório
Para os ensaios iniciais, o Fornecedor deve adotar laboratórios de ensaio conforme previsto no RGDF
Produtos ou critério adotado no processo de homologação junto ao Ibama.
6.1.3 Emissão da Declaração da Conformidade do Fornecedor
6.1.3.1 A emissão da Declaração da Conformidade do Fornecedor deve ser conforme estabelecido no
RGDF Produto, no que for aplicável.
6.1.3.2 O fornecedor deve emitir a Declaração da Conformidade para cada MMMT, preencher a Planilha
de Entrada de Dados Eletrônica (PEDe), a ser disponibilizada pelo Inmetro, apresentando os dados
solicitados na mesma, conforme previsto no Anexo F, além dos seguintes documentos para cada MMMT
que compõe a PEDe:
a) ENCE de cada MMMT, em formato imagem, com dados compatíveis com a PEDe; e
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
b) Relatórios de ensaio, de acordo com o estabelecido no subitem 6.1.2 deste RAC, quando solicitados.
6.1.3.3 O fornecedor deve informar na PEDe todos os MMMT, detalhando todos os modelos e versões
dos veículos de sua comercialização, no ano, que sejam enquadrados nas categorias do PBEV, e que
devem ser idênticos aos declarados para obtenção da Licença para Uso da Configuração do Veículo ou
Motor – LCVM, do Ibama.
6.1.3.4 Cada MMMT deve corresponder a uma única linha na PEDe e ser caracterizado pelo uso exclusivo
dos valores de autonomia obtidos na realização dos ensaios de pré-homologação, com cada combustível,
ou fonte energética, para os ciclos urbano e estrada, conforme a Instrução Normativa Ibama n° 11, de
2014.
6.1.3.5 Os modelos e versões que forem representados pelos resultados dos ensaios de um MMMT não
podem ocupar outras linhas na PEDe, devendo ter as suas distintas versões lançadas no mesmo campo
“Modelo” da PEDe.
6.1.3.6 Os veículos deverão ser declarados conforme enquadramento nas categorias definidas no Anexo
D.
6.1.4 Validade da Declaração da Conformidade do Fornecedor
A validade da Declaração da Conformidade do Fornecedor é de 5 (cinco) anos, devendo atender aos
demais critérios estabelecidos no RGDF Produtos.
6.2. Avaliação de Manutenção da Declaração do Fornecedor
Após a emissão da Declaração da Conformidade, é de responsabilidade do Fornecedor manter as
condições técnico-organizacionais que deram origem à Declaração inicial. A avaliação de manutenção
deve ser realizada a cada 12 (doze) meses para os ensaios de consumo energético e emissões, conforme
os critérios estabelecidos neste RAC.
As informações previstas no Anexo F devem ser atualizadas, anualmente, até o dia 30 de setembro de
cada ano, na PEDe e encaminhadas ao Inmetro, ou a qualquer momento, em caso de necessidade de
atualização dos dados ou dos modelos em comercialização, através do e-mail
[email protected].
6.2.1 Ensaios de Manutenção da Declaração do Fornecedor
6.2.1.1 Definição dos ensaios a serem realizados
6.2.1.1.1 Os ensaios de Manutenção da Declaração devem ser realizados conforme os subitens 6.1.2.1.1
e 6.1.2.1.2.
6.2.1.1.2 Os ensaios devem ser realizados de forma a contemplar a verificação e comprovação dos dados
declarados pelo fornecedor na PEDe, referente ao ano corrente, com os seguintes dados apresentados e
obtidos pela amostra do MMMT selecionada:
a) configurações do veículo: pneus (marca, dimensões e calibragem);
b) Massa em Ordem de Marcha (kg);
c) Classe de Inércia Relativa à MOM Declarada (NBR 6601) (kg);
d) forças resistivas f0 (N) e f2 (N/(km/h)2), verificadas através do ensaio de Coast Down em pista;
e) emissões em Ciclo Urbano e Ciclo Estrada, verificadas através do ensaio em laboratório, em
conformidade com as especificações em vigor pelo Proconve (Resolução CONAMA nº 18, de 1986 e suas
sucedâneas), a ser realizada pelo Ibama;
f) autonomia em Ciclo Urbano e Ciclo Estrada (km/l);
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
f0 ou dos f2 das três unidades não poderá ser maior que o declarado em até 10,0% (dez por cento) para
o modelo ser considerado conforme.
6.2.1.3.4 Constatada a não conformidade do resultado no item 6.2.1.3.3, o fornecedor deverá:
a) alterar as características identificadas como não conformes,
b) ensaiar o veículo conforme o subitem 6.1.2.1.2 com os novos dados dos coeficientes f0 e f2 obtidos no
item 6.2.1.3.2, para obtenção de novo consumo energético, e
c) passar a utilizar a nova ENCE, em conformidade com os resultados obtidos nos ensaios de Manutenção,
em até 30 dias a partir do recebimento da notificação, caso os resultados dos ensaios de consumo
energético estejam em não conformidade com os valores declarados.
6.2.1.3.5 Os resultados do Consumo Energético Combinado (em MJ/km), obtidos a partir da realização do
ensaio previsto na ABNT NBR 7024, na ABNT NBR 16567, ou na SAE J1634 ou ABNT equivalente, para fins
da Manutenção, devem ser comparados com os dados declarados pelo fornecedor do Consumo
Energético Combinado para aquele MMMT, sendo aceitável um desvio de até 6,0% (seis por cento) no
valor.
6.2.1.3.6 Se o resultado do Consumo Energético Combinado (em MJ/km) for entre 6,0% (seis por cento)
e 8,0% (oito por cento) maior do que o valor declarado, o veículo deve ser reensaiado no laboratório de
origem, devendo o novo resultado não ultrapassar 6,0% (seis por cento) do valor declarado para ser
considerado conforme.
6.2.1.3.7 Os veículos com valores acima de 8,0% (oito por cento) do valor declarado no Consumo
Energético Combinado declarado não serão considerados em conformidade com o PBEV.
6.2.1.3.8 Constatada a não conformidade do resultado, devem ser avaliadas mais 02 (duas) unidades
daquele MMMT no laboratório de origem e a média aritmética dos resultados das três unidades não
poderá ser maior que o declarado em até 6,0% (seis por cento) do valor declarado para ser considerado
conforme.
6.2.1.3.9 Constatada a não conformidade do resultado conforme item 6.2.1.3.8 o veículo será
automaticamente reclassificado pelo Inmetro e o fornecedor deverá:
a) suspender imediatamente o uso da ENCE para o(s) MMMT não conforme(s);
b) alterar as características identificadas como não conformes e passar a utilizar a nova ENCE, em
conformidade com os resultados obtidos nos ensaios de Manutenção, em até 30 dias a partir do
recebimento da notificação; e
c) apresentar ao Inmetro evidências documentais que comprovem o uso da nova ENCE nos veículos a
venda no país, em conformidade com os resultados obtidos nos ensaios de Manutenção, em até 45 dias
a partir do recebimento da notificação.
6.2.1.3.10 São admitidas as seguintes variações máximas nas medições de massa, de área e de requisitos
dimensionais dos veículos nos ensaios de manutenção:
a) massa do veículo para ensaio: +/- 10kg;
b) para as medições de área: desvio de até 0,1 m2;
c) para as medições de ângulo: desvio de até -1° (um grau negativo) para Utilitários Esportivos e Fora de
Estrada; e
d) para as medições lineares: desvio de até -20 mm (vinte milímetros negativos) para Utilitários Esportivos
e Fora de Estrada.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
6.2.1.3.11 Constatada a não conformidade de resultado no item 6.2.1.3.10, devem ser avaliadas mais 2
(duas) unidades daquele MMMT e a média aritmética dos resultados das três unidades não poderá ser
maior que o valor declarado para ser considerado conforme.
6.2.1.3.12 Constatada a não conformidade do resultado conforme item 6.2.1.3.11 o veículo deve ser
automaticamente enquadrado em nova categoria, condizente com o resultado obtido nas medições, e
reclassificado pelo Inmetro e o fornecedor deverá:
a) suspender imediatamente o uso da ENCE para o(s) MMMT não conforme(s);
b) alterar a categoria e passar a utilizar a nova ENCE, em conformidade com os resultados obtidos nos
ensaios de Manutenção, em até 30 dias a partir do recebimento da notificação;
c) apresentar ao Inmetro evidências documentais que comprovem o uso da nova ENCE nos veículos a
venda no país, em conformidade com os resultados obtidos nos ensaios de Manutenção, em até 45 dias
a partir do recebimento da notificação; e
d) informar ao consumidor, por meio de ampla publicidade, sobre a nova classificação do MMMT
reprovado.
6.2.1.3.13 Constatada a não conformidade de quaisquer das características declaradas no PBEV e que
influenciem na classificação ou mesmo nas autonomias declaradas aos consumidores, o MMMT será
automaticamente reclassificado pelo Inmetro e o fornecedor deverá:
a) suspender imediatamente o uso da ENCE para o(s) MMMT não conforme(s);
b) alterar as características identificadas como não conformes; e
c) utilizar nova ENCE, em conformidade com os resultados obtidos nos ensaios de Manutenção, em até
30 dias a partir do recebimento da notificação;
d) apresentar ao Inmetro evidências documentais que comprovem o uso da nova ENCE nos veículos a
venda no país, em conformidade com os resultados obtidos nos ensaios de Manutenção, em até 45 dias
a partir do recebimento da notificação; e
e) informar ao consumidor, por meio de ampla publicidade, sobre os novos dados do MMMT reprovado.
6.2.1.4 Definição do laboratório para os ensaios de Manutenção da Declaração do Fornecedor
6.2.1.4.1 Cabe ao Inmetro a definição da pista na qual serão realizados os ensaios de Coast Down na etapa
de Manutenção da Declaração.
6.2.1.4.2 Os ensaios de emissões de escapamento e de medição de consumo de combustível ou energia,
na etapa de manutenção da Declaração, devem ser realizados em laboratório que tenha participado da
comparação interlaboratorial, realizada pelo Inmetro, para os ensaios previstos neste RAC.
6.2.1.4.3 O laboratório selecionado para os ensaios, bem como os fornecedores, quando da realização
dos ensaios de pista, deverão dispor de todos os equipamentos necessários para as avaliações das forças
resistivas em pista, para as medições de massa e dimensionais requeridas (área e ângulos), bem como
para avaliação dos ensaios de consumo energético e emissões previstos neste RAC.
6.3 Avaliação de Renovação
Os critérios para a Avaliação de Renovação são definidos no RGDF Produtos, realizada de acordo com os
critérios estabelecidos no subitem 6.2 deste RAC.
Devem ser apresentados pelo Fornecedor os documentos previstos no subitem 6.1.1, alíneas “b” e “c”.
Os documentos previstos nas alíneas “d” e “e” somente são apresentados caso tenha ocorrido alguma
alteração.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
10.1. Do Inmetro
10.1.1. Acolher as solicitações encaminhadas pelos fornecedores, analisar, controlar e emitir as
autorizações pertinentes dentro do prazo.
10.1.2. Zelar pela perfeita administração do PBEV, acompanhando e verificando as condições de sua
aplicação.
10.1.3 Manter sigilo e não difundir qualquer informação concernente ao processo de fabricação dos
produtos objetos deste RAC, inclusive no tocante aos ensaios realizados ou ainda, à quantidade vendida
ou mesmo produzida, salvo no caso de autorização prévia e por escrito do fornecedor.
10.1.4 Difundir e manter atualizadas em seu sítio as informações relativas aos produtos do PBEV.
10.2. Do Fornecedor
10.2.1 Atender às condições descritas nas normas aplicáveis e aos requisitos referentes ao PBEV,
apresentadas neste RAC.
10.2.2 Afixar a ENCE somente nos produtos autorizados.
10.2.3 Utilizar a ENCE e as informações do PBEV de acordo com as regras estabelecidas neste RAC.
10.2.4 Dar publicidade a toda e quaisquer informações sobre o consumo energético dos veículos
participantes do PBEV, em quaisquer outros meios de comunicação, somente de acordo com os critérios
definidos neste RAC.
10.2.5 Efetuar e manter controles e registros de medição relativos à ENCE pelo mesmo período de vigência
da Declaração da Conformidade.
10.2.6 Disponibilizar ao Inmetro os veículos solicitados, conforme previamente acordado, para a
realização dos ensaios anuais de manutenção.
10.2.7 Acatar as decisões tomadas pelo Inmetro, conforme as disposições referentes à ENCE, nos limites
deste RAC.
10.2.8 Manter serviço, registro e tratamento, na forma de Serviço de Apoio/Atendimento ao Consumidor
(SAC), ou equivalente, de reclamações/críticas/sugestões, relativas às informações apresentadas aos
produtos etiquetados com a ENCE.
10.2.9 Assegurar a veracidade e representatividade dos valores declarados.
10.2.10 Arcar com os custos relativos à realização dos ensaios, incluindo disponibilização de veículo para
ser submetido aos ensaios, custos de transporte e armazenamento do veículo e de equipamentos
necessários aos ensaios, custos de contratação ou locação de laboratório ou pista de ensaios, custos de
contratação, transporte e hospedagem da equipe de acompanhamento indicada pelo Inmetro e outros
custos ligados à realização e acompanhamento dos ensaios.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
11.3 Sendo constatada a sua admissibilidade pelo Inmetro, este determinará que seja realizado ensaio no
modelo em laboratório acreditado.
11.4 O laboratório acreditado pelo Inmetro para proceder ao ensaio de investigação da denúncia deve
submeter o modelo denunciado aos ensaios previstos nos subitens 6.1.2.1.1 e 6.1.2.1.1.2
11.5 Se no primeiro ensaio a denúncia restar procedente, observados os critérios previstos neste RAC, o
fornecedor do modelo denunciado deve ser notificado pelo Inmetro e, nesta hipótese, podem ser
realizados ensaios de contraprova e testemunha em mais outros dois veículos de mesmo modelo para
confirmação dos resultados, os quais podem ser acompanhados pelo fornecedor denunciado, pelo
denunciante e pelo Inmetro, sem direito à manifestação
11.6 Aquele que não acompanhar a realização do ensaio de contraprova não poderá, posteriormente,
questionar administrativamente os resultados obtidos.
11.7 Os ensaios, seus resultados e a guarda dos veículos ensaiados devem ficar sob a responsabilidade do
Inmetro até a conclusão do procedimento da denúncia.
11.8 Os veículos devem ser entregues a quem arcou com os custos de sua aquisição, após a conclusão do
procedimento da denúncia.
11.9 O Inmetro deve zelar pela confidencialidade no tratamento das denúncias, com o objetivo de manter
a efetividade do PBEV, sendo comunicado apenas ao denunciante a improcedência da mesma.
11.11. Sendo a denúncia procedente, o MMMT deve ser automaticamente reclassificado pelo Inmetro e
o fornecedor deve:
a) suspender imediatamente o uso da ENCE para o(s) MMMT(s) não conforme(s); e
b) alterar as características identificadas como não conformes e passar a utilizar a nova ENCE, em
conformidade com os resultados obtidos nos ensaios, em até 30 dias a partir do recebimento da
notificação.
12. PENALIDADES
12.1 Os critérios para penalidades devem seguir o definido no RGDF Produtos.
12.2 A inobservância das regras contidas neste RAC sujeita os fornecedores participantes do PBEV às
seguintes penalidades:
a) advertência;
b) suspensão cautelar da autorização para uso da ENCE;
c) suspensão da autorização para uso da ENCE; e
d) cancelamento da autorização para uso da ENCE.
12.3 O uso abusivo da ENCE e das informações do PBEV sujeita os fornecedores participantes às
penalidades estabelecidas neste RAC e na legislação ambiental vigente do Conama/Ibama.
12.4 Considera-se uso abusivo da ENCE e das informações do PBEV:
a) utilização antes da autorização do Inmetro;
b) utilização após o cancelamento da autorização para participação do PBEV, ou após ter sido notificado
que não mais poderia utilizar a ENCE;
c) utilização com dados não verificados;
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
15
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
ANEXO A
SOLICITAÇÃO DE ENTRADA NO PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM VEICULAR
ETIQUETAGEM
PROGRAMA BRASILEIRO DE
ETIQUETAGEM - PBE DATA APROVAÇÃO: ORIGEM:
INSTITUTO NACIONAL DE
METROLOGIA, QUALIDADE E SOLICITAÇÃO DE REVISÃO: DATA ÚLTIMA
TECNOLOGIA ETIQUETAGEM / /
03 ENDEREÇO
14 INFORMAÇÕES ADICIONAIS
16
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
ANEXO B
Empresa/Instituição: CNPJ:
Endereço:
(Nome da empresa/instituição), acima qualificada, neste ato representado (s) por seu (s) representante
(s) legal (is) , cargo (s) , Carteira de Identidade sob o no , CPF sob o no , declara, perante o Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro, autarquia federal criada pela Lei no 5.966, de 11 de
dezembro de 1973, CNPJ/MF sob o no 00.662.270/0001-68, que:
I) para obter a autorização para uso da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, compromete-se a
cumprir todas as cláusulas do presente Termo de Compromisso e as prescrições e obrigações contidas
nos Requisitos de Avaliação da Conformidade para Veículos Leves de Passageiros e Comerciais Leves,
aprovado(s) pela(s) Portaria(s) Inmetro nº , de , e as eventuais alterações e normas complementares
que venham a ser baixadas pelo Inmetro, bem como a manter uma postura empresarial/profissional em
sintonia com os preceitos estabelecidos neste documento;
II) tem conhecimento de que o Inmetro disponibiliza, em sua página na Internet,
https://www.gov.br/inmetro/, todos os documentos relativos aos Programas de Avaliação da
Conformidade, inclusive as eventuais revisões e demais atos legais;
III) tem conhecimento de que este Termo de Compromisso poderá ser resilido unilateralmente, a qualquer
tempo, mediante comunicação, por escrito, da parte interessada, no prazo mínimo de 90 dias, respeitados
os compromissos assumidos;
IV) concorda em eleger a Justiça Federal, no Foro da cidade do Rio de Janeiro, Seção Judiciária do Estado
do Rio de Janeiro, como a única para processar e julgar as questões, oriundas do presente instrumento,
que não puderem ser dirimidas administrativamente, renunciando a qualquer outro, por mais privilegiado
que seja.
( Local ) , de de 20 .
----------------------------------------------------------------------------------------------------
(Representante legal da empresa)
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
ANEXO C
FAIXAS DE CLASSIFICAÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
ANEXO D
CATEGORIAS DE VEÍCULOS
com área entre 8,00 m2 e inferior a 8,50 m2, exceto veículos derivados de passageiros para transporte de
carga e veículos esportivos.
D.2.5 Categoria de veículo de passageiros extragrande
Veículo com massa total máxima de até 3.856 kg e massa em ordem de marcha de até 2.720 kg, projetado
para o transporte de passageiros e que não tenha mais de 8 (oito) assentos, além do assento do motorista,
com área igual ou superior a 8,50 m2; exceto veículos derivados de passageiros para transporte de carga
e veículos esportivos.
D.2.6 Categoria de veículo utilitário esportivo compacto
Veículo com massa total máxima de até 3.856 kg e massa em ordem de marcha de até 2.720 kg, projetado
para o transporte de passageiros e que não tenha mais de 8 (oito) assentos, além do assento do motorista,
com área inferior a 8,00 m², desprovidos de caçamba para transporte de cargas e, no mínimo, quatro das
seguintes características calculadas para o veículo com a massa em ordem de marcha, em superfície plana,
com as rodas dianteiras paralelas à linha de centro longitudinal do veículo e os pneus inflados com a
pressão recomendada pelo fornecedor:
- ângulo de ataque mínimo de 23°, que deve ser medido a partir do ponto tangencial anterior da área
de contato do pneu até o ponto tangencial mais baixo da parte dianteira em balanço do veículo;
- ângulo de saída mínimo de 20°, que deve ser medido a partir do ponto tangencial posterior da área
de contato do pneu até o ponto tangencial mais baixo da parte traseira em balanço do veículo;
- ângulo de transposição de rampa mínimo de 10°, que deve ser medido como a média dos ângulos a
partir do ponto tangencial mais baixo entre os eixos do veículo até os pontos tangenciais posterior da área
de contato do pneu do eixo dianteiro e anterior da área de contato do pneu do eixo traseiro;
- altura livre do solo, entre os eixos, mínimo de 200mm; e
- altura livre do solo sob os eixos dianteiro e traseiro mínimo de 180mm.
D.2.7 Categoria de veículo utilitário esportivo grande
Veículo com massa total máxima de até 3.856 kg e massa em ordem de marcha de até 2.720 kg, projetado
para o transporte de passageiros e que não tenha mais de 8 (oito) assentos, além do assento do motorista,
com área igual ou superior a 8,00 m², desprovidos de caçamba para transporte de cargas e, no mínimo,
quatro das seguintes características calculadas para o veículo com a massa em ordem de marcha, em
superfície plana, com as rodas dianteiras paralelas à linha de centro longitudinal do veículo e os pneus
inflados com a pressão recomendada pelo fornecedor:
- ângulo de ataque mínimo de 23°, que deve ser medido a partir do ponto tangencial anterior da área
de contato do pneu até o ponto tangencial mais baixo da parte dianteira em balanço do veículo;
- ângulo de saída mínimo de 20°, que deve ser medido a partir do ponto tangencial posterior da área
de contato do pneu até o ponto tangencial mais baixo da parte traseira em balanço do veículo;
- ângulo de transposição de rampa mínimo de 10°, que deve ser medido como a média dos ângulos a
partir do ponto tangencial mais baixo entre os eixos do veículo até os pontos tangenciais posterior da área
de contato do pneu do eixo dianteiro e anterior da área de contato do pneu do eixo traseiro;
- altura livre do solo, entre os eixos, mínimo de 200mm; e
- altura livre do solo sob os eixos dianteiro e traseiro mínimo de 180mm.
D.2.8 Categoria de veículo utilitário esportivo compacto 4x4
Veículo com massa total máxima de até 3.856 kg e massa em ordem de marcha de até 2.720 kg, projetado
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
para o transporte de passageiros e que não tenha mais de 8 (oito) assentos, além do assento do motorista,
com área inferior a 8,00 m², desprovidos de caçamba para transporte de cargas, provido de tração nas
quatro rodas e, no mínimo, quatro das seguintes características calculadas para o veículo com a massa
em ordem de marcha, em superfície plana, com as rodas dianteiras paralelas à linha de centro longitudinal
do veículo e os pneus inflados com a pressão recomendada pelo fornecedor:
- ângulo de ataque mínimo de 23°, que deve ser medido a partir do ponto tangencial anterior da área
de contato do pneu até o ponto tangencial mais baixo da parte dianteira em balanço do veículo;
- ângulo de saída mínimo de 20°, que deve ser medido a partir do ponto tangencial posterior da área
de contato do pneu até o ponto tangencial mais baixo da parte traseira em balanço do veículo;
- ângulo de transposição de rampa mínimo de 10°, que deve ser medido como a média dos ângulos a
partir do ponto tangencial mais baixo entre os eixos do veículo até os pontos tangenciais posterior da área
de contato do pneu do eixo dianteiro e anterior da área de contato do pneu do eixo traseiro;
- altura livre do solo, entre os eixos, mínimo de 200mm; e
- altura livre do solo sob os eixos dianteiro e traseiro mínimo de 180mm.
D.2.9 Categoria de veículo utilitário esportivo grande 4x4
Veículo com massa total máxima de até 3.856 kg e massa em ordem de marcha de até 2.720 kg, projetado
para o transporte de passageiros e que não tenha mais de 8 (oito) assentos, além do assento do motorista,
com área igual ou superior a 8,00 m², desprovidos de caçamba para transporte de cargas, provido de
tração nas quatro rodas e, no mínimo, quatro das seguintes características calculadas para o veículo com
a massa em ordem de marcha, em superfície plana, com as rodas dianteiras paralelas à linha de centro
longitudinal do veículo e os pneus inflados com a pressão recomendada pelo fornecedor:
- ângulo de ataque mínimo de 23°, que deve ser medido a partir do ponto tangencial anterior da área
de contato do pneu até o ponto tangencial mais baixo da parte dianteira em balanço do veículo;
- ângulo de saída mínimo de 20°, que deve ser medido a partir do ponto tangencial posterior da área
de contato do pneu até o ponto tangencial mais baixo da parte traseira em balanço do veículo;
- ângulo de transposição de rampa mínimo de 10°, que deve ser medido como a média dos ângulos a
partir do ponto tangencial mais baixo entre os eixos do veículo até os pontos tangenciais posterior da área
de contato do pneu do eixo dianteiro e anterior da área de contato do pneu do eixo traseiro;
- altura livre do solo, entre os eixos, mínimo de 200mm; e
- altura livre do solo sob os eixos dianteiro e traseiro mínimo de 180mm.
D.2.10 Categoria de veículo fora-de-estrada compacto
Veículo com massa total máxima de até 3.856 kg e massa em ordem de marcha de até 2.720 kg,
projetado para o transporte de passageiros e que não tenha mais de 8 (oito) assentos, além do assento
do motorista, que possui tração nas quatro rodas, com área inferior a 8,00 m2 e, no mínimo, quatro das
seguintes características calculadas para o veículo com a massa em ordem de marcha, em superfície plana,
com as rodas dianteiras paralelas à linha de centro longitudinal do veículo e os pneus inflados com a
pressão recomendada pelo fornecedor:
- ângulo de ataque mínimo de 25°, que deve ser medido a partir do ponto tangencial anterior da área
de contato do pneu até o ponto tangencial mais baixo da parte dianteira em balanço do veículo;
- ângulo de saída mínimo de 20°, que deve ser medido a partir do ponto tangencial posterior da área
de contato do pneu até o ponto tangencial mais baixo da parte traseira em balanço do veículo;
- ângulo de transposição de rampa mínimo de 20°, que deve ser medido conforme Apêndice 1 da
22
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
ANEXO E
𝐶𝐸 = 𝐶𝐸𝑒𝑙𝑒 𝑥 0,0036
Onde:
CE - Consumo Energético em MJ/km
CEele – Consumo de energia elétrica de fonte externa ao veículo em Wh/km
E.1.1.6 O Consumo Energético (CE) nos ciclos urbano ou estrada quando usando mais de uma fonte de
energia, no caso, combustível e eletricidade – veículo elétrico híbrido recarregável externamente (VEHP)
- será calculado em função do consumo de energia elétrica de fonte externa ao veículo e o consumo de
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
combustível na situação de ensaio de carga completa conforme definida pela norma ABNT NBR 16567 e
deverá ser calculado de acordo com a equação:
𝐷𝐸
𝐶𝐸 =
𝐴𝑒𝑞
Onde:
CE - Consumo Energético em MJ/km
DE - densidade energética do combustível utilizado no ensaio em MJ/l ou MJ/m3
Aeq= autonomia por litro equivalente ao combustível utilizado no ensaio em km/l
E.1.1.7 A autonomia por litro equivalente ao combustível quando usando mais de uma fonte de energia,
no caso, combustível e eletricidade – veículo elétrico híbrido recarregável externamente (VEHP) - será
calculada em função da autonomia por litro de energia elétrica equivalente ao combustível usado no
ensaio, da autonomia por litro de combustível e do fator de utilização em função de distância teórica de
redução de carga, na situação de ensaio de carga completa conforme definida pela norma ABNT NBR
16567 e deverá ser calculado de acordo com a equação:
1
𝐴𝑒𝑞 = UF (1−UF)
(𝐴 + )
ele Acomb
Onde:
Aeq = autonomia por litro equivalente ao combustível em km/l
Aele – autonomia por litro de energia elétrica equivalente ao combustível consumida no ensaio em km/lele
(ECcd convertido em autonomia por litro equivalente – Conforme ABNT NBR 16567)
Acomb – Autonomia por litro de combustível consumido no ensaio em km/l
(Yufw – Conforme ABNT NBR 16567)
UF – Fator de utilização na situação de distância teórica de redução de carga.
(UF[Rcdc] – Conforme ABNT NBR 16567)
E.1.1.8 Os valores da densidade energética dos combustíveis (DE) são definidas na Tabela 1:
Tabela 1: Densidades energéticas
Combustíveis de referência
(MJ/l) ou (MJ/Nm³)
E00 31,65
E22 28,99
AEHC 20,09
Diesel 35,65
GNV 35,24
E.1.1.9 Os combustíveis a serem utilizados para os ensaios devem atender aos requisitos definidos na
norma ABNT NBR 8689.
25
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
E.2 AUTONOMIA
E.2.1 Autonomia dos veículos elétricos a bateria (VEB)
E.2.1.1 Para o cálculo da autonomia por litro de gasolina equivalente dos VEB, deverá ser considerada a
densidade energética da gasolina, conforme a equação:
AeqVEB = DE / CE
Onde:
AeqVEB - é a autonomia equivalente à gasolina em km/le para VEB
DE - densidade energética da gasolina em MJ/l
CE - consumo de energia elétrica em MJ/km, conforme item E.1.1.5
Nota: Para o ensaio para a medição da autonomia dos VEB não devem ser utilizados os ciclos US06, SC03
e Cold FTP previstos na norma SAE J1634:2017.
E.2.1.2 Os valores apresentados na ENCE e nas divulgações da autonomia em quilometragem por litro
equivalente (km/le) nas condições cidade (conforme ciclo urbano) e estrada (conforme ciclo estrada) para
veículos elétricos a bateria devem ser os obtidos nos ensaios de consumo energético, ajustados para
refletir o uso cotidiano, descrito como autonomia real (AReq), através da aplicação da seguinte equação:
𝐴𝑅𝑒𝑞𝑉𝐸𝐵 = 𝐴𝑒𝑞 × 0,7
Onde:
AReqVEB = autonomia por litro equivalente ajustada no ciclo urbano ou estrada, em km/leq para VEB
Aeq = autonomia por litro obtida em ensaio de consumo no ciclo urbano ou estrada, em km/leq
E.2.2.1 Para o cálculo da autonomia por litro de gasolina equivalente dos VEHP deverá ser considerada a
densidade energética da gasolina, conforme a equação:
AeqVEHP = DE / CE
Onde:
AeqVEHP - é a autonomia equivalente à gasolina em km/le para VEHP
DE - densidade energética da gasolina em MJ/l
CE - Consumo Energético em MJ/km, conforme item E.1.1.6
E.2.2.2 Os valores apresentados na ENCE e nas divulgações da autonomia em quilometragem por litro
(km/l) ou quilometragem por litro equivalente (km/leq) nas condições cidade (conforme ciclo urbano) e
estrada (conforme ciclo estrada) dos veículos a combustão ou veículo híbrido (VEH) ou veículo elétrico
híbrido recarregável externamente (VEHP) devem ser os obtidos nos ensaios de consumo energético
ajustados para refletir o uso cotidiano, descrito como autonomia real (AR), através da aplicação das
seguintes equações:
1
Para ciclo urbano: 𝐴𝑅𝑢 = 1,18053
0,0076712+
𝐴𝑢
26
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
Onde:
ARu = autonomia por litro ajustada no ciclo urbano, em km/l ou km/leq
Au = autonomia por litro obtida em ensaio de consumo no ciclo urbano, em km/l ou km/l eq
1
Para ciclo estrada: 𝐴𝑅𝑒 = 1,3466
0,0032389+
𝐴𝑒
Onde:
ARe = autonomia por litro ajustada no ciclo estrada, em km/l ou km/leq
Ae = autonomia por litro obtida em ensaio de consumo no ciclo estrada, em km/l ou km/l eq
E.2.2.3 No caso de veículos bicombustíveis ou tri-combustíveis, as correções acima devem ser calculadas
para as medições com gasolina E-22 e os mesmos percentuais de variação devem ser aplicados aos
resultados obtidos com etanol E-100 ou com gás natural (GN).
27
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
AER = D x 0.7
Onde:
AER – Autonomia de operação exclusivamente no modo elétrico, a ser declarado na ENCE para um
VEHP
D – Distância ponderada para um VEHP
28
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
ANEXO F
29
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
F.31 Autonomia Urbana no modo combustão (km/l) para VEHP, segundo o ciclo CST da NBR16567
F.32 Autonomia Estrada no modo combustão (km/l) para VEHP, segundo o ciclo CST da NBR16567
F.33 Autonomia no modo Elétrico (km), para VEHP segundo a NBR16567, e VEB segundo a SAE J1634
F.34 Emissões de CO2 Urbano EHR (g/km)
F.35 Emissões de CO2 Urbano E22 (g/km)
F.36 Emissões de CO2 Estrada EHR (g/km)
F.37 Emissões de CO2 Estrada E22 (g/km)
F.38 Emissões de CO2 Urbano Diesel (g/km)
F.39 Emissões de CO2 Estrada Diesel (g/km)
F.40 Emissões de CO2e Urbano para VEHP, segundo o ciclo FCT (g/km)
F.41 Emissões de CO2e Estrada para VEHP, segundo o ciclo FCT (g/km)
F.42 Emissões de NMOG+NOx (mg/km)
F.43 Emissões de CO (mg/km)
F.44 Emissões de CHO (mg/km)
F.45 Emissões de Material Particulado para motores Ciclo Otto com Injeção Direta (mg/km)
F.46 Emissões de Material Particulado motores Diesel (mg/km)
F.47 Categoria do veículo no PROCONVE (PL = Passageiros, CL=Comercial)
F.48 Número da LCVM
F.49 Nome do Modelo Homologado
F.50 Volume do Tanque de Combustível (litros)
F.51 Capacidade Nominal Bateria (kWh), para VE e VEHP
F.52 Pressão dos Pneus Dianteiros / Traseiros (psi)
F.53 Altura Livre entre eixos para categorias SUV e Fora de Estrada (mm), conforme Anexo G
F.54 Altura Livre sob eixo dianteiro para categorias SUV e Fora de Estrada (mm), conforme Anexo G
F.55 Altura Livre sob eixo traseiro para categorias SUV e Fora de Estrada (mm), conforme Anexo G
F.56 Ângulo de Entrada para categorias SUV e Fora de Estrada (graus), conforme Anexo G
F.57 Ângulo de Saída para categorias SUV e Fora de Estrada (graus), conforme Anexo G
F.58 Ângulo de Transposição para categorias SUV e Fora de Estrada (graus), conforme Anexo G
Nota 1: A declaração de emissões de CO2 deve refletir o resultado da média aritmética dos dois ensaios
de pré-homologação separadamente para cada combustível.
Nota 2: Os resultados das emissões de NMOG+NOX, CO, CHO e MP, para veículos movidos por um único
combustível, devem ser declarados pela média aritmética dos dois ensaios de pré-homologação. Para
veículos flex, deve ser a média aritmética dos quatro ensaios de pré-homologação, sendo dois ensaios
com E22 e dois com EHR.
30
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
Nota 3: Os resultados das emissões de NMOG+NOX, CO, CHO e MP devem ser declarados com aplicação
do fator de deterioração (FD), em atendimento aos requisitos previstos na Resolução CONAMA nº 492,
de 20 de dezembro de 2018.
31
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
ANEXO G
METODOLOGIA DE MEDIÇÃO DE REQUISITOS DIMENSIONAIS PARA VEÍCULOS DAS CATEGORIAS
UTILITÁRIOS ESPORTIVOS E FORA DE ESTRADA.
G.1 A altura livre do solo entre os eixos dos veículos das categorias utilitários esportivos, definidas nos
itens D.2.6, D.2.7, D.2.8 e D.2.9, e veículos fora de estrada, definidas nos itens D.2.10 e D.2.11, deve ser
medida pela distância mais curta entre o plano abaixo do veículo e o ponto fixo mais baixo do veículo, em
seu entre eixos, representada pela área cinza na Figura 1.
Figura 1 – Local a ser considerado para a medição da altura livre do solo entre eixos.
G.2 A altura livre do solo sob os eixos dianteiro e traseiro dos veículos das categorias utilitários esportivos
e fora de estrada, deve ser calculada pela distância, ao plano horizontal, do ponto mais alto pertencente
a um arco de circunferência que passa pelo centro da banda de rodagem dos pneus de um eixo e que toca
o ponto fixo mais baixo do veículo entre os pneus. Nenhuma parte rígida do veículo deve estar na área
cinza, conforme representado na Figura 2.
Figura 2 – Local a ser considerado para a medição da altura livre sob os eixos dianteiro e traseiro.
G.3 As medições do ângulo de transposição de rampa para categorias fora de estrada, definidas nos itens
D.2.10 e D.2.11, devem ser realizadas segundo os métodos de medição definidos no Apêndice 1 da
Diretiva 2007/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, e conforme representado na Figura 3.
Figura 3 – Local a ser considerado para a medição do ângulo de transposição de rampa em veículos
das categorias fora de estrada.
32
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
G.4 Para os veículos das categorias utilitários esportivos e fora de estrada, a medição referente ao
ângulo de entrada deve ser efetuada a partir do ponto tangencial anterior da área de contato do pneu
até o ponto tangencial mais baixo da parte dianteira em balanço do veículo, conforme apresentado na
Figura 4. Não devem ser consideradas na medição as peças flexíveis (Exemplo: peças aerodinâmicas).
Figura 4 – Local a ser considerado para a medição do ângulo de entrada.
G.5 Para veículos das categorias utilitários esportivos e fora de estrada, a medição referentes ao ângulo
de saída, deve ser realizada a partir do ponto tangencial posterior da área de contato do pneu até o
ponto tangencial mais baixo da parte traseira em balanço do veículo, conforme apresentado na Figura
5. Não devem ser consideradas na medição as peças flexíveis (Exemplo: peças aerodinâmicas).
Figura 5 – Local a ser considerado para a medição do ângulo de saída.
G.6 Para veículos das categorias D.2.6, D.2.7, D.2.8 e D.2.9, as medições referentes ao ângulo de
transposição de rampa, devem ser efetuadas como a média dos ângulos a partir do ponto tangencial
mais baixo entre os eixos do veículo até os pontos tangenciais posterior da área de contato do pneu
do eixo dianteiro e anterior à área de contato do pneu do eixo traseiro, conforme figura 6.
Figura 6 – Local a ser considerado para a medição do ângulo de transposição de rampa em veículos
das categorias utilitários esportivos.
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 169/2023
1. Especificação
A ENCE para os modelos de veículos participantes do PBEV deverá ter as características demonstradas
nas imagens disponíveis endereço eletrônico:
https://www.gov.br/inmetro/pt-br/assuntos/avaliacao-da-conformidade/programa-brasileiro-de-
etiquetagem/tabelas-de-eficiencia-energetica/veiculos-automotivos-pbe-veicular
2. Uso e aposição
2.1. O uso da ENCE é obrigatório e exclusivo para os modelos de veículos participantes do PBEV.
2.2. A ENCE deve ser aposta preferencialmente na extremidade superior direita do para-brisa (lado do
passageiro) do veículo.
2.3. Excepcionalmente, a ENCE pode ser aposta na extremidade superior esquerda do vidro lateral
esquerdo traseiro do veículo.
34