A Importância Da Família
A Importância Da Família
A Importância Da Família
“Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa
de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação;
abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei
aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti
serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12.3)
a) Observe que o Senhor fala de multiplicar a família de Abrão com o
propósito de abençoar TODAS as famílias da terra.
b) Ou seja, Deus está prometendo abençoar uma família para, através dela,
poder abençoar todas as demais famílias do planeta (em todas as épocas).
É evidente que o Criador, em seus planos e propósitos para a humanidade,
pensa em termos de família.
c) Encontramos este padrão (salvação individual mas propósito familiar) nas
histórias bíblicas. Basta recordar o que aconteceu com Noé:
“Porque eis que eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir, de debaixo do
céu, toda a carne em que há espírito de vida; tudo o que há na terra expirará.
Mas contigo estabelecerei o meu pacto; entrarás na arca, tu e contigo teus
filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos.” (Gênesis 6.17,18)
a) Noé chamou a atenção de Deus com sua integridade. Ele, sozinho,
conseguiu isso. Mas o livramento se estendeu a toda a sua família. Vemos
o mesmo com Ló:
“(Gênesis 19.12-17)
Então disseram os homens a Ló: Tens mais alguém aqui? Teu genro, e teus
filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens na cidade, tira-os para fora deste
lugar; porque nós vamos destruir este lugar, porquanto o seu clamor se tem
avolumado diante do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo. Tendo
saído Ló, falou com seus genros, que haviam de casar com suas filhas, e
disse-lhes: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a
cidade. Mas ele pareceu aos seus genros como quem estava zombando. E ao
amanhecer os anjos apertavam com Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua
mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças no castigo da
cidade. Ele, porém, se demorava; pelo que os homens pegaram-lhe pela mão
a ele, à sua mulher, e às suas filhas, sendo-lhe misericordioso o Senhor.
Assim o tiraram e o puseram fora da cidade. Quando os tinham tirado para
fora, disse um deles: Escapa-te, salva tua vida; não olhes para trás de ti, nem
te detenhas em toda esta planície; escapa-te lá para o monte, para que não
pereças.”
“(Atos 11.14)
E ele nos contou como vira em pé em sua casa o anjo, que lhe dissera: Envia
a Jope e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro, o qual te
dirá palavras pelas quais serás salvo, tu e toda a tua casa.”
“(Atos 16.30)
Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”
d) Precisamos compreender esse propósito divino para a família.
e) Entender o projeto de Deus nos ajudará a discernir o valor que Ele atribui à
família.
MANDAMENTOS FAMILIARES
a) Além das bênçãos sobre a família (que revelam o quanto o Senhor a
aprecia e quer que vivamos o Seu melhor), encontramos na Palavra de
Deus, também, a questão dos mandamentos familiares.
b) Desde que instituiu a família, o Criador a protegeu, dando aos homens leis
que deveriam proteger a instituição chamada família.
c) Nos Dez Mandamentos, temos dois deles diretamente ligados à questão
familiar (a ordem de honrar os pais e a de não adulterar – sem contar o de
não cobiçar a mulher do próximo).
d) As Sagradas Escrituras estão repletas de mandamentos familiares –
ordens divinas acerca da vida familiar.
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),
para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.” (Efésios 6.1-3)
a) Obedecer aos mandamentos que protegem a família nos farão ser bem-
sucedidos em tudo e ainda aumentar nossos dias de vida. Prosperidade e
longevidade num pacote só!
b) Os filhos devem a seus pais não apenas obediência, mas também honra.
Ao se casarem, os filhos deixam pai e mãe e se unem ao seu cônjuge; isso
põe fim à necessidade de obediência, mas não de honra:
“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a
irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo.
Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo.
Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui,
não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14.26,27 e 33)
O Senhor deve estar à frente dos pais, cônjuge, filhos e qualquer outro
familiar. Ele deve ser o primeiro valor em nossa lista ou escala de
prioridades. Deve vir antes de nossa própria vida. Deve vir antes de nossos
bens ou qualquer outra coisa. Quando falamos sobre Deus vir antes, não é
porque as coisas que nos dispomos a renunciar não têm mais lugar em
nossas vidas; apenas elas vêm depois.
Por exemplo, se o meu cônjuge, incomodado com minha fé me dá um
ultimato e me manda escolher entre ele ou o Senhor, me disponho a
sacrificá-lo e ficar com Deus, pois Deus é o maior valor de minha vida.
Mas se, mesmo não sendo cristão, meu cônjuge não se importa que eu
busque ao Senhor, então ele passa a ser meu segundo maior valor ou
prioridade (1 Co 7.12,13). O primeiro lugar de nossa vida, indiscutivelmente,
é de Deus:
“Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas.” (Mateus 6.33)
Repetindo: isso não quer dizer que as outras coisas não caibam em nossas vidas;
tão somente que elas vêm depois de Deus.
“Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família,
tem negado a fé, e é pior que um incrédulo.” (1 Timóteo 5.8)
Não há dúvida de que a família é nossa segunda prioridade depois de
Deus. Se alguém negligenciar sua família por causa da igreja, do ministério,
ou de qualquer outra coisa, por mais “espiritual” que pareça, estará contra a
Palavra de Deus.
Paulo disse que tal pessoa está negando a fé e é pior do que um incrédulo.
Agora veja, o apóstolo estava falando com os crentes que iam à igreja mas
estavam negligenciando o lar. Logo, concluímos que a família vem antes da
igreja na nossa escala de valores. Há um outro texto que mostra claramente
a família como uma prioridade antes da igreja e do ministério. É o conselho
pastoral que Paulo queria estender a todos os ministros debaixo da
supervisão de Timóteo:
“É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só
mulher, …que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em
sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua
própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)” (1 Timóteo 3.2,4 e 5)
Observe que o homem de Deus deve ser exemplar quanto à sua família. Fiel à sua
esposa, e governando bem sua casa e seus filhos; caso contrário, não poderá
cuidar de igreja e ministério.
“Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias
mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”. (Efésios
4.28)
1. A Palavra de Deus também diz que aquele que não trabalha está andando
desordenadamente, fora do plano divino:
“Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: Se alguém não quer
trabalhar, também não coma. Pois, de fato, estamos informados de que entre
vós há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes se
intrometem na vida alheia. A elas, porém, determinamos e exortamos, no
Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranquilamente, comam o seu próprio
pão.” (2 Tessalonicenses 3.10-12)
2. O mandamento de Deus é claro: quem não trabalha, não deve ser
sustentado pelos outros.
3. Cada homem tem a obrigação e a responsabilidade de se envolver com o
trabalho; isto não apenas o proverá quanto às suas necessidades, mas
ocupará corretamente o seu tempo, livrando-o de outros problemas. Paulo
se orgulhava de nunca ter sido um peso para ninguém, e de suas próprias
mãos (seu trabalho) terem lhe provido o sustento (At 20.34).
4. Mesmo quando Deus chama alguém para o ministério de tempo integral – o
que também é trabalho – deve-se ter a sensibilidade de reconhecer que, em
determinados momentos, devido à falta de recursos, nada há de errado em
se trabalhar em uma outra área até que a condição de sustento mude – foi
isto o que aconteceu com Paulo em Corinto (At 18.1-5).
5. Na vida dos que se dedicam de tempo integral, o ministério se enquadra na
prioridade “trabalho”. Jesus ao enviar seus discípulos para pregar e
ministrar ao povo, aplicou a eles o termo “trabalhadores” e mencionou seu
direito de salário, que é a recompensa legítima do trabalhador (Mt 10.7-10).
6. Alguns estudantes crentes não sabem onde devem colocar seus estudos
nesta escala. Considerando que o estudo é um meio de profissionalização e
preparo para melhores trabalhos, deve ser colocado no mesmo lugar que o
trabalho.
7. Porém, algumas famílias conseguem manter seus filhos somente
estudando sem que trabalhem, mas a maioria não. Portanto, devemos
aconselhar e encorajar nossos jovens que enfrentem a correria de exercer
as duas atividades, pois, independentemente da necessidade financeira, o
trabalho engrandece e amadurece a pessoa.
8. Se dermos o valor devido a cada uma destas atividades, mantendo-as em
ordem na escala de valores e respeitando esta ordem em nosso dia a dia,
deixaremos de ter muitos dos problemas que já tem nos incomodado. O
trabalho tem o propósito de servir ao cuidado familiar; mas requer muita
atenção e equilíbrio de nossa parte, uma vez que alguns, por se dedicar
demais ao trabalho, acabam perdendo a própria família da qual deveriam
cuidar, enquanto outros, por sua vez, negligenciam o cuidado básico.