Mod 4 - Introdução A Teoria Geral Do Crime
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Analise os gráficos abaixo e observe os aspectos mais cobrados nas provas de Concurso
Público sobre o tema Introdução à Teoria Geral do Crime -> oriente seus estudos por essa
análise.
Conforme estudado nos capítulos anteriores, o Direito Penal tem por função a tutela dos
bens considerados mais importantes para os indivíduos em uma sociedade. Nesse sentido,
podemos afirmar que a aplicação da lei penal refere-se à ultima ratio, ou seja, o Estado deve
utilizar das normas penais como seu último recurso, de modo a garantir o princípio da
intervenção mínima, limitando o seu poder punitivo (Questões 300, 301, 302).
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Nessa medida, partindo desse pressuposto, fez-se necessário a criação de uma Teoria Geral
do Direito Penal no sentido de organizar e identificar os elementos acerca da configuração do
crime e da imposição das penas, de uma maneira mais lógica e coerente, como consequência
da prática delitiva e do descumprimento do preceito legal.
1. Crime e Contravenção Penal
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Áudio de Revisão
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QUESTÃO FCC
O conceito de delito formal é o fato humano proibido pela lei penal, e material há lesão
ou perigo de lesão a um bem jurídico-penal.
CORRETO
TRADUÇÃO JURÍDICA
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TRADUÇÃO JURÍDICA
Desse modo, na construção material o crime constitui lesão ou perigo de lesão ao bem
jurídico tutelado, o conceito formal estabelece o crime como a conduta prevista na lei penal
para a qual o legislador atribui pena. O conceito analítico, por sua vez, apresenta os
elementos que compõem o delito, sendo constituído por fato típico, ilícito e culpável (teoria
tripartida). Em conformidade com essa definição, a punibilidade não integra o conceito de
crime, sendo considerada apenas uma consequência jurídica.
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O fato típico nos crimes materiais é constituído pelos elementos conduta, resultado, nexo
causal e tipicidade. A conduta, necessariamente consciente e voluntária, manifesta-se através
da ação ou omissão. O resultado pode ser denominado resultado jurídico (normativo) ou
material (físico). O resultado jurídico refere-se à lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico
tutelado e o resultado material refere-se à modificação do mundo exterior produzido pela
conduta humana.
ATENÇÃO
Alguns autores sustentam que o crime é composto por quatro elementos: fato típico,
ilicitude, culpabilidade e punibilidade. Essa posição quadripartida é claramente minoritária e
deve ser afastada, pois a punibilidade não é elemento do crime, mas sim consequência da
sua prática
Cumpre ressaltar que tanto o crime como as contravenções penais são fatos típicos e
antijurídicos. Entretanto, as condutas mais gravosas que merecem uma punição mais severa
são classificadas como crimes. As condutas menos graves, com penas mais brandas, são
denominadas de contravenções.
QUESTÃO CESP
a) Crimes – podem ser aplicadas as penas de reclusão; reclusão e multa; reclusão ou multa;
detenção; detenção e multa e detenção ou multa. Nesse caso, o tempo máximo de
cumprimento da pena não pode exceder 30 (trinta) anos.
b) Contravenções – possuem penas mais brandas: prisão simples; prisão simples e multa;
prisão simples ou multa e somente multa.
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ATENÇÃO
Art. 10 da Lei de Contravenções Penas “A duração da pena de prisão simples não pode, em
caso algum, ser superior a cinco anos, nem a importância das multas ultrapassar cinquenta
contos.”
a) Crimes – podem ser processados por meio de ação penal pública incondicionada, ação
penal pública condicionada à representação ou ação penal privada;
FICA A DICA: O Supremo Tribunal Federal já afirmou que a prática da contravenção penal de
vias de fato (art. 21 da Lei de Contravenções Penais) é processada mediante ação penal
pública incondicionada.
TRADUÇÃO JURÍDICA
QUESTÃO MS CONCURSOS
A tentativa de recusa a receber, pelo seu valor, moeda de curso legal no país, em
conformidade com a Lei de Contravenções, não é punível.
CORRETO
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a) Crimes – a competência para processar e julgar crimes pode ser Estadual, como Federal.
Cumpre ressaltar que os crimes previstos no art. 109 da Carta Magna são de competência da
Justiça Federal. Vejamos:
b) Contravenções – a Lei de Contravenções Penais, por sua vez, determina o prazo de 1 (um)
a 3 (três) anos (Questão 304);
Além das diferenças supracitadas entre o crime e a contravenção penal, existem outras que
podemos citar, como por exemplo a utilização da interpretação restritiva quanto às
contravenções penais no que tange ao confisco de bens, bem como a aplicação das medidas
cautelares diversas da prisão nos casos da prática de crimes.
FICA A DICA: As medidas cautelares diversas da prisão estão previstas no art. 319 do Código
de Processo Penal.As mesmas representam instrumentos diversos da prisão, que visam
restringir a liberdade do condenado, em caráter urgente e provisório, como forma de
controle e acompanhamento do mesmo (ex: impossibilidade de se ausentar da Comarca
quando a conveniência seja necessária para a investigação ou instrução). As medidas
cautelares gozam de quatro principais características: provisoriedade, revogabilidade,
substitutividade e excepcionalidade.
Art 1º “Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa;
contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou
de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.” (QUESTÃO 2532, 2533, 2534)
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(QUESTÃO 2535)
2. Sujeitos do Crime
Podemos definir como sujeitos do crime:
2.1. Sujeito Ativo
Trata-se daquele que, de forma direta ou indireta, realiza a conduta descrita no tipo penal
como infração, podendo ser qualquer pessoa maior de 18 (dezoito) anos (Questão 305). Insta
salientar que somente seres humanos podem praticar crimes, sendo que os seres
inanimados e os mortos não podem ser sujeitos ativos de uma empreitada criminosa.
Ademais, destaca-se que os animais podem ser instrumentos da ação criminosa de alguém,
mas não praticam, por si mesmos, os crimes.
Nesse sentido, o sujeito ativo pode ser tanto aquele agente que realiza o verbo típico,
quanto aquele agente que possui o domínio final do fato – Teoria do Domínio do Fato – ou,
até mesmo, aquele que de qualquer modo concorra para a prática do crime (Questões 306,
307).
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– Autor: aquele que executa diretamente a conduta típica ou, de acordo com a teoria do
domínio do fato, tem o controle sobre a ação criminosa.
– Co-autor: é aquele que realiza a conduta típica ou controla a ação em conjunto com outra
pessoa.
QUESTÃO UEG
Sobre sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal, verifica-se que sujeito ativo do
crime é aquele que pratica a conduta descrita em lei, ou seja, o fato típico.
CORRETO
ATENÇÃO
A Teoria do Domínio do Fato é aquela que afirma que é autor, e não mero partícipe, a pessoa
que, mesmo não tendo praticado diretamente a infração penal, decidiu e ordenou sua
prática a um subordinado seu. Ou seja, conforme essa teoria, o mentor da infração é visto
como autor do crime. Ex: o chefe do trafico não realiza o crime em si, porém, tem total
domínio do fato.
TRADUÇÃO JURÍDICA
Cascão, Mônica e Magali tramaram cometer o homicídio de Cebolinha que havia roubado o
coelhinho da Mônica. Mônica pagou duzentos mil reais a Cascão e prometeu a Magali dois
anos de comida livre em um restaurante #TambémPrefiroAComida. No momento do crime,
Magali ficou responsável para ver se não tinha ninguém no local, bem como de segurar a
vítima, e Cascão disparou a arma alvejando o sujeito.
Nesse caso, tanto Cascão, quanto Mônica e Magali são os sujeitos ativos do crime:
Em relação à pessoa jurídica, a doutrina tem admitido cada vez mais sua participação como
sujeito ativo. No que se refere ao tema, existem três correntes acerca dessa possibilidade: a
primeira corrente defende que somente a pessoa física é capaz de cometer delitos; a
segunda é a Teoria da Dupla Imputação e admite que a pessoa jurídica possa ser
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responsabilizada penalmente juntamente com a pessoa física e, por fim, existe uma corrente
prevista pelo Supremo Tribunal Federal, que prevê que tanto a pessoa física, como a pessoa
jurídica, são capazes de cometer crimes, devendo ambas serem responsabilizadas na seara
penal. Nessa medida, devemos ter por base essa última Teoria. Cumpre destacar que em
crimes contra a ordem econômica e financeira, contra a economia popular, ou crimes contra
o meio ambiente, ainda que a pessoa física seja absolvida, é possível a condenação da
pessoa jurídica (Questão 308).
Cabe ressaltar, ainda, que a própria Constituição Federal e a Lei nº 9.605/98 tratam acerca da
responsabilidade penal da pessoa jurídica, esta última, inclusive, estabelece as penas
aplicáveis à pessoa jurídica (art. 21 a 23), diferenciando-as das penas aplicáveis à pessoa
física, se houver (Questão 309).
a) Crime Comum – é aquele crime que pode ser praticado por qualquer pessoa, pois o tipo
penal não exige nenhuma condição em especial do agente (Questão 310);
TRADUÇÃO JURÍDICA
Qualquer um de nós pode cometer esse delito, uma vez que o tipo penal descreve apenas a
conduta de subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, sem exigir qualquer
característica específica do sujeito ativo.
b) Crime Próprio – nesse caso, é exigida uma qualidade pessoal do agente prevista no
próprio tipo penal, sendo que as circunstâncias são incomunicáveis. Destaca-se que é
admitida a coautoria (Questão 311);
TRADUÇÃO JURÍDICA
c) Crime de Mão Própria – O crime de mão própria é o crime cuja qualidade exigida do
sujeito é tão específica que não se admite co-autoria, pois somente o agente em pessoa pode
praticar este tipo de crime. Ex: falso testemunho (somente a testemunha pode praticar o
delito, não se admitindo co-autoria) (Questões 312, 313);
TRADUÇÃO JURÍDICA
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Art. 342 CPB – crime de falso testemunho. Lembrem-se: crime de mão PRÓPRIA -> a mão
própria pertence apenas a um agente! Não admite a mão de outra pessoa.
ATENÇÃO
Em uma relação jurídica penal, o sujeito passivo sofre uma ação ou sujeição pelo sujeito
ativo. Nesse caso, o crime é praticado em seu desfavor, sendo ele o prejudicado. O sujeito
passivo pode ser qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica, ou até mesmo aquele ente que
não possui personalidade jurídica própria (Questões 314, 315).
b) Formal (constante, mediato, geral ou genérico) – sabemos que o próprio Estado é titular
do mandamento proibitivo. Desse modo, o ente estatal é o sujeito passivo formal do crime,
uma vez que sempre é lesado, ainda que indiretamente, pela conduta criminosa que viola
suas regras (Questão 316).
ATENÇÃO
Nos crimes praticados contra a Administração Pública, o Estado pode ser sujeito material ou
sujeito formal, uma vez que nesse caso o seu bem jurídico próprio foi lesado diretamente.
FICA A DICA: O de cujus não pode ser sujeito passivo, pois não é titular de direitos. Nesse
caso, insta salientar que o sujeito passivo pode ser a família do falecido, mas nunca ele
próprio;
Ninguém pode ser, diante de sua própria conduta, sujeito ativo e passivo;
Os animais não podem ser sujeitos passivos de crimes, porém, podem ser objeto material,
de modo que os seus proprietários ou a própria coletividade se tornem vítimas do crime.
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3. Objeto do Crime
O objeto do crime é o bem contra o qual se dirige a conduta criminosa. O objeto pode ser
dividido em material ou jurídico.
a) Objeto Material – refere-se ao objeto definido dentro de cada norma penal, ou seja, trata-
se da própria coisa atingida pelo crime.
TRADUÇÃO JURÍDICA
b) Objeto Jurídico – refere-se ao valor jurídico que o direito busca proteger e foi violado pela
prática do crime em questão.
O autor da prática delitiva não gera o objeto jurídico, ele o viola. Ademais, é importante
deixar claro que o crime não deve se confundir com o objeto jurídico, ou seja, o crime é
justamente o que atinge o objeto, e não ele próprio. No que tange aos bens jurídicos
tutelados pelo Direito Penal, a doutrina apresenta duas teorias fundamentais:
– Teoria Monista: segundo essa teoria, o direito penal deve tutelar a pessoa ou a sociedade
como um todo sob a ótica coletivista;
– Teoria Monista Personalista: nesse caso, a pessoa deve ser privilegiada, ou seja, os bens
jurídicos individuais tem maior importância que os coletivos na cadeia de proteção da
legislação penal;
– Teoria Monista Coletiva: essa teoria leva em consideração a ideia de que os bens jurídicos
coletivos se sobrepõem frente aos bens jurídicos individuais. Nesse caso, a tutela penal deve
proteger os bens jurídicos sob o ponto de vista coletivo.
QUESTÃO CESPE
Em relação ao tema concurso de pessoas no Código Penal Brasileiro (CPB), prevê o art.
29, in verbis prevê:
“Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na
medida de sua culpabilidade.” A teoria adotada pelo CPB
referente ao concurso de pessoas é a monística, admitindo-se a exceção pluralista à
teoria monista.
CORRETO
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b) Teoria Dualista: essa teoria pressupõe a divisão dos bens jurídicos em individuais e
coletivos, entretanto, nesse caso não há relação de superioridade ou inferioridade entre eles.
(QUESTÃO 2536)
– Individuais: são aqueles cuja proteção recai na pessoa titular do bem jurídico, seja ele a
vida, o patrimônio ou a liberdade. Ex: a vida, a integridade física, a propriedade e a honra.
– Difuso: são aqueles bens jurídicos que se referem à sociedade em sua totalidade, de forma
abrangente. Essa espécie de bem não pode ser dividido em relação aos titulares. Ex: meio
ambiente, as relações de consumo, a saúde pública e a economia popular.
a) Crime Simples: é aquele que possui tipo penal único, protegendo apenas um único bem
jurídico.
TRADUÇÃO JURÍDICA
b) Crime Qualificado: é aquele que traz uma circunstância a mais que altera ou complementa
o tipo penal, ou seja, o crime qualificado aumenta a pena da conduta típica;
TRADUÇÃO JURÍDICA
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Nesse caso, uma vez cometido o crime mediante a ocorrência de uma ou mais circunstâncias
mencionadas, a pena do delito aumenta, isto é, essas circunstâncias tornam o crime mais
grave, majorando a sua punição.
c) Crime Privilegiado: é aquele que possui determinadas circunstâncias que tornam a pena
do tipo legal menos grave;
TRADUÇÃO JURÍDICA
Art. 155, § 2º – Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar
somente a pena de multa.
d) Crime Complexo: é a fusão de dois ou mais tipos penais, resguardando dois ou mais bens
jurídicos, pode ser entendido em sentido estrito ou em sentido amplo: – Crime Complexo Puro
(stricto sensu): é aquele que reúne tipos penais distintos;
TRADUÇÃO JURÍDICA
Art. 157, §1º – “Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega
violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a
detenção da coisa para si ou para terceiro.”
Nesse caso, além da violência e da ameaça que deve ser praticada pelo sujeito ativo, exige-se
dele o objetivo de assegurar a impunidade do delito ou a detenção do objeto, ou seja, faz-se
mister a prática de duas condutas tipicamente penais.
– Crime Complexo Impuro (lato sensu): é o crime que deriva da fusão de um crime com uma
circunstância por si só atípica. Nesse caso, a fusão desses elementos é necessária para a
caracterização do delito (Questão 317, 2537, 2538);
TRADUÇÃO JURÍDICA
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Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de
investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra
alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
TRADUÇÃO JURÍDICA
Art. 157 – Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
ATENÇÃO: Súmula 582 do STJ: “Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do
bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em
seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo
prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.”
f) Crime Permanente: é aquele crime cuja consumação não é imediata à ação, ou seja, se
prolonga no tempo em conformidade com a vontade do criminoso. Os crimes permanentes
podem ser identificados pelo verbo do núcleo do tipo, o qual permite uma constância
temporal, como: portar, manter, privar, ocultar (Questão 318).
TRADUÇÃO JURÍDICA
Art. 148 – Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado:
Nesse caso, para que se configure o crime de sequestro e cárcere privado faz-se necessário
que o indivíduo tenha sua liberdade privada por um período de tempo, se prolongando a
consumação delitiva.
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TRADUÇÃO JURÍDICA
Nesse caso, uma vez morta a vítima do homicídio, não há o que se fazer. Desse modo, a
conduta ocorreu em um momento determinado, porém, os efeitos delitivos são inalteráveis
e permanentes.
Os crimes militares são aqueles previstos nos arts. 9º e 10º do Código Penal Militar, vejamos:
I – os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal
comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou
assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração
militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar,
ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da
reserva, ou reformado, ou civil;
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou
reformado, ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a
administração militar, ou a ordem administrativa militar; […]
III – os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as
instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como
os do inciso II, nos seguintes casos:
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar;
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou
assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de
função inerente ao seu cargo;
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação,
exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras;
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de
natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da
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a) Crime Militar Próprio: é aquele que se encontra exclusivamente previsto no Código Penal
Militar e só pode ser cometido por militar;
QUESTÃO CESPE
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CORRETO
a) Crime Habitual Próprio: como o próprio nome aduz, o crime habitual é aquele que
pressupõe a prática de um conjunto de atos sucessivos, ou seja, a conduta do agente ocorre
reiteradas vezes. Nesse caso, o crime continua sendo apenas um crime, independentemente
de quantas vezes ocorrer;
TRADUÇÃO JURÍDICA
Nesse caso, a conduta típica deve ser reiterada para que o delito reste caracterizado,
podendo, inclusive, constituir um estilo ou hábito de vida.
TRADUÇÃO JURÍDICA
Desse modo, uma vez ocorrida a fraude o crime está configurado. Porém, nesse caso ocorre
também a reiteração da conduta ilícita, que se prolonga até ser descoberta.
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a) Crime Comissivo: é aquele que exige uma atuação positiva por parte do sujeito ativo, ou
seja, descumprindo a norma que descreve uma conduta de “não fazer”. Em outras palavras,
trata-se de uma conduta desvaliosa proibida pela norma incriminadora.
TRADUÇÃO JURÍDICA
Nesse caso, o crime foi praticado por um comportamento ativo do agente, que agiu com a
intenção de matar a vítima.
b) Crime Omissivo: trata-se do crime que ocorre em razão da abstenção do agente, que
deveria ter realizado uma conduta, porém, não a praticou. Nesse caso, ocorre a não
realização de conduta que o agente estava juridicamente obrigado e que lhe era possível
fazer. O crime omissivo pode ser (Questão 320):
– Omissivo Próprio/Puro: é aquele cujo tipo penal descreve a omissão de um dever de agir,
traduzindo-se em uma norma penal mandamental. Nesse caso, para fins de consumação do
crime não é necessário a produção de um resultado naturalístico, uma vez que se trata de
delito de mera conduta (Questões 321, 322, 323, 324);
TRADUÇÃO JURÍDICA
Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
– Omissivo Impróprio ou Comissivo por Omissão: nesse caso, o tipo penal descreve um dever
de agir que visa evitar um resultado concreto. Nessa situação, o agente está na posição de
garante – ou garantidor – do resultado e, para a consumação do crime omissivo impróprio, é
necessário que haja um resultado material e, consequentemente, a presença de nexo causal
entre conduta omitida e o resultado (Questões 325, 326, 327, 328, 329, 330).
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QUESTÃO CESPE
Tendo em conta o tipo penal do crime de homicídio (art. 121 do Código Penal: “Matar
alguém”), a mãe que intencionalmente deixa de amamentar a criança, causando-lhe a
morte por inanição, pratica um crime comissivo por omissão.
CORRETO
ATENÇÃO
Resultado naturalístico é aquele que modifica o mundo exterior, por exemplo: a morte de
uma pessoa é um resultado naturalisticamente comprovável
MACETE
Crime omissivo próprio: é aquele que você PRÓPRIO pode praticar, mesmo que não esteja na
posição de “garantidor”.
Crime omissivo impróprio: no alfabeto, a letra “I” de impróprio está mais próxima da letra “G”
de garantidor! Portanto, no crime omissivo impróprio o agente está na posição de
garantidor.
TRADUÇÃO JURÍDICA
“Como assim prof.? Caso uma enfermeira contratada para cuidar de um enfermo não lhe aplicar
os medicamentos na hora certa, provocando a sua morte, qual crime ela comete?”
Nesse caso, a enfermeira tinha o dever de cuidado para com o paciente, respondendo,
então, pelo crime de homicídio. Crime comissivo por omissão.
TRADUÇÃO JURÍDICA
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“Como assim prof.? Caso uma enfermeira contratada para cuidar de um enfermo não lhe aplicar
os medicamentos na hora certa, provocando a sua morte, qual crime ela comete?”
Nesse caso, a enfermeira tinha o dever de cuidado para com o paciente, respondendo,
então, pelo crime de homicídio. Crime comissivo por omissão.
TRADUÇÃO JURÍDICA
Prevalece a 2ª corrente!
OMISSÃO PRÓPRIA
OMISSÃO IMPRÓPRIA
Dever de agir
O dever de agir decorre de uma cláusula geral e não do próprio tipo incriminador
Presente o dever jurídico de agir e evitar o resultado, o omitente responde por crime
comissivo por omissão
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c) Crime de Conduta Mista: é aquele cuja conduta exige tanto uma ação como uma omissão;
TRADUÇÃO JURÍDICA
Art. 169, §único, II: quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente,
deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade
competente, dentro no prazo de 15 (quinze) dias.
b) Crime Plurissubjetivo: é aquele que é praticado por dois ou mais sujeitos variando
conforme a forma de execução. A pratica desse crime pode ser através de conduta paralela,
quando as ações dos sujeitos se desenvolvem em colaboração; de condutas divergentes,
quando iniciam sem auxílio mútuo, mas se encontram ao final; ou de condutas convergentes,
quando partem de pontos opostos e desenvolvem-se uma contra a outra (Questão 331).
4.5. Crime Unissubsistente e Crime Plurissubsistente
TRADUÇÃO JURÍDICA
TRADUÇÃO JURÍDICA
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Art. 157 – Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
Nesse caso, o crime se consuma desde que comprovado a ocorrência de vários atos –
subtração da coisa + violência/ameaça.
QUESTÃO FCC
Diz-se crime tentado quando ele não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente, após iniciada a execução
CORRETO
a) Crime Consumado: trata-se do crime que ocorre quando nele se reúnem todos os
elementos de sua definição legal, ou seja, se aquilo que está descrito no tipo penal ocorrer
no caso concreto, o crime se caracteriza como consumado (Questões 332, 333, 334, 335);
TRADUÇÃO JURÍDICA
b) Crime Tentado: é aquele em que, quando iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente (Questões 336, 337, 338, 339, 2544, 2545, 2546,
2547, 2548);
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FICA A DICA
ELEMENTOS DA TENTATIVA
1) Início da execução;
2) Não ocorre a consumação do delito por circunstâncias alheias à vontade do agente;
3) Dolo de consumação;
4) Resultado possível;
c) Crime Exaurido: é aquele delito no qual o agente alcança o resultado material que
desejava, além do próprio resultado que consuma o delito.
TRADUÇÃO JURÍDICA
a) Crime Material: é aquele delito que depende de um resultado naturalístico para que seja
consumado. Esse resultado está descrito na própria norma penal, sendo indispensável a sua
ocorrência para a consumação delitiva (Questões 340, 341);
TRADUÇÃO JURÍDICA
TRADUÇÃO JURÍDICA
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Nesse caso, a falsificação da moeda já é suficiente para a caracterização do delito, ainda que
esta moeda não venha circular na sociedade.
c) Crime de Mera Conduta: trata-se o resultado para se consumar, pois a própria conduta do
agente, por si só, já configura o crime;
TRADUÇÃO JURÍDICA
Nesse caso, não se exige que ocorra nenhum resultado naturalístico, sendo punida a simples
conduta de entrar em casa alheia clandestinamente. O crime formal produz resultado, mas
independentemente do resultado há crime. No crime de mera conduta, por sua vez, não se
exige que ocorra nenhum resultado naturalístico
QUESTÃO FEPESE
Em matéria de Direito Penal, ocorre crime doloso quando o agente assumiu o risco de
produzir o ato.
CORRETO
a) Crime Doloso: é aquele crime no qual o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo. Desta forma, o dolo pode ser direto ou indireto, sendo o primeiro aquele no qual
o agente DESEJA a ocorrência do resultado, e o segundo quando o agente assume o risco de
produzir o resultado lesivo (Questões 342, 343, 344, 345, 346, 347, 2549);
TRADUÇÃO JURÍDICA
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Agora vamos dizer que Pedrinho pegou um revólver, retirou a metade dos projéteis, colocou
contra a cabeça de Zezinho e disse que vai brincar de roleta-russa, acabou apertando o
gatilho e matou Zezinho. Nesse caso, Pedrinho pode até não ter tido a intenção de matar,
mas assumiu o risco de fazê-lo e, por isso, terá agido dolosamente (dolo eventual).
b) Crime Culposo: é aquele crime que ocorre quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia (Questões 348, 349, 350, 351, 352, 353, 354, 355, 2550,
2551, 2552, 2553).
FICA A DICA:
Parágrafo único – Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
TRADUÇÃO JURÍDICA
Mariazinha deixou seu revólver cair da bolsa sem querer e, ao bater no chão, ele disparou e
matou Rosinha. Nesse caso, ela não desejou e nem assumiu o risco de matar Rosinha, mas
agiu com imprudência, pois ninguém deveria andar com uma arma destravada em uma
bolsa.
TRADUÇÃO JURÍDICA
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Art. 129, § 3º – Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o
resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
Diminuição de pena
Art. 19 – Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o
houver causado ao menos culposamente.
a) Crime de Dano: é aquele em que ocorre verdadeira lesão ao bem jurídico tutelado pela
norma típica para que ocorra a consumação delitiva;
TRADUÇÃO JURÍDICA
b) Crime de Perigo: é aquele delito que se consuma com a simples ameaça de lesão ao bem
jurídico tutelado pelo direito penal. Pode ser classificado como:
– Crime de Perigo Concreto: nesse caso, há de se provar que o perigo efetivamente ocorreu,
colocando em risco concreto o bem jurídico tutelado. Portanto, deve ser demonstrado o risco
para pessoa certa e determinada. Ex: periclitação de vida e da saúde;
– Crime de Perigo Abstrato: o tipo penal descreve uma conduta e pressupõe que o bem
jurídico será exposto ao risco. Ou seja, ocorre uma presunção absoluta, uma vez que a
própria norma proíbe o comportamento considerado perigoso. Ex: omissão de socorro
(Questões 358, 359, 360).
ATENÇÃO
Parte da doutrina que acredita que o crime de perigo abstrato viola os princípios da
lesividade e ampla defesa. Entretanto, o STF entende que a criação dessa espécie de crime
representa uma proteção eficiente do Estado!
– Crime de Perigo Abstrato de Perigosidade Real: o perigo advindo da conduta deve ser
comprovado, porém, dispensa risco para pessoa certa e determinada;
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QUADRO-RESUMO
Infração Penal
– Formal (formal sintético): segundo esse aspecto, crime é toda conduta proibida em lei
traduzida por meio de uma norma penal incriminadora;
– Material (ou substancial): crime é a conduta de um indivíduo que provoca lesão ou
ameaça de lesão a um bem jurídico tutelado pelo Direito Penal;
– Analítico (dogmático ou formal analítico): entende o crime como fato típico, antijurídico e
culpável, adotando a Teoria Tripartida.
Contravenção Penal
Sujeitos do Crime
a) Sujeito Ativo: é aquele que, de forma direta ou indireta, realiza a conduta descrita no
tipo penal como infração, podendo ser qualquer pessoa maior de 18 (dezoito) anos. Insta
salientar que somente seres humanos podem praticar crimes, sendo que os seres
inanimados e os mortos não podem ser sujeitos passivos de uma empreitada criminosa.
Ademais, os animais podem ser instrumentos da ação criminosa de alguém, mas não
praticam, por si mesmos, crimes.
b) Sujeito Passivo: em uma relação jurídica penal, o sujeito passivo sofre uma ação ou
sujeição pelo sujeito ativo. Nesse caso, o crime é praticado em seu desfavor, sendo ele o
prejudicado. O sujeito passivo pode ser qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica, ou até
mesmo aquele ente que não possui personalidade jurídica própria.
Tipos de Crime
– Crime Consumado: ocorre quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal, ou seja, se aquilo que está descrito no tipo penal ocorrer no caso concreto o crime
se caracteriza como consumado.
– Crime Tentado: é aquele em que, quando iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
– Crime Doloso: é aquele crime em que o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo. Desta forma, o dolo pode ser direto ou indireto, sendo o primeiro aquele que
no qual o agente DESEJA a ocorrência do resultado; e o segundo quando o agente ASSUME
O RiSCO de produzir o resultado lesivo;
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– Crime Culposo: é aquele crime que ocorre quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia.
FRASES PODEROSAS
Sujeito Ativo: é aquele que, de forma direta ou indireta, realiza a conduta descrita no tipo
penal como infração, podendo ser qualquer pessoa maior de 18 (dezoito) anos. Cumpre
destacar que somente seres humanos podem praticar crimes, sendo que os seres
inanimados e os mortos não podem ser sujeitos passivos de uma empreitada criminosa.
Ademais, os animais podem ser instrumentos da ação criminosa de alguém, mas não
praticam, por si mesmos, crimes.
8%
Crime de mão própria: é aquele crime que só pode ser praticado por um agente que
possua uma característica em específico, ou seja, trata-se de infração penal de conduta
infungível, não se admitindo coautoria.
5%
O sujeito passivo formal do delito: refere-se ao Estado, como sujeito responsável pela
tipificação penal e identificação dos bens jurídicos que devem ser tutelados pelo Direito
Penal, de modo a garantir a harmonia social.
3%
Crime Doloso: é aquele crime em que o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo. Desta forma, o dolo pode ser direto ou indireto, sendo o primeiro aquele no
qual o agente DESEJA a ocorrência do resultado; e o segundo quando o agente assume o
risco de produzir o resultado lesivo.
4%
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Crime de Perigo Abstrato: o tipo penal descreve uma conduta e pressupõe que o bem
jurídico será exposto ao risco. Ou seja, ocorre uma presunção absoluta, pois que a própria
norma proíbe o comportamento considerado perigoso. Ex: omissão de socorro
2%
Crime Consumado: ocorre quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal, ou seja, se aquilo que está descrito no tipo penal, ocorrer no caso concreto, o crime
se caracteriza como consumado.
8%
Crime Tentado: é aquele em que, quando iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
7%
Crime Culposo: é aquele crime que ocorre quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia.
13%
TOTAL
50%
FLASHCARDS
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penal é definida como fato típico e antijurídico. Trata-se da Teoria Bipartida, que contraria a
maioria doutrinária, uma vez que esta última entende crime como fato típico, antijurídico e
culpável, adotando a Teoria Tripartida.
Crime de Mão Própria: é aquele crime que só pode ser praticado por um agente que possua
uma característica em específico, ou seja, é infração penal de conduta infungível, não se
admitindo coautoria;
Omissivo Impróprio ou Comissivo por Omissão: nesse caso, o tipo penal descreve um dever
de agir que visa evitar um resultado concreto. Nessa situação, o agente está na posição de
garante – ou garantidor – do resultado. Para a consumação do crime omissivo impróprio, é
necessário que haja um resultado material e, consequentemente, a presença de nexo causal
entre conduta omitida e o resultado.
Crime Doloso: é aquele crime no qual o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-
lo. Desta forma, o dolo pode ser direto ou indireto, sendo o primeiro aquele que o agente
DESEJA a ocorrência do resultado; e o segundo quando o agente ASSUME O RISCO de
produzir o resultado lesivo;
Crime de Perigo: é aquele delito que se consuma com a mera ameaça de lesão ao bem
jurídico protegido pelo tipo penal. Pode ser classificado como:
• Crime de Perigo Concreto: nesse caso, há de se provar que o perigo efetivamente ocorreu,
colocando em risco concreto o bem jurídico tutelado. Ex: periclitação de vida e da saúde;
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• Crime de Perigo Abstrato: o tipo penal descreve uma conduta e pressupõe que o bem
jurídico será exposto ao risco. Ou seja, ocorre uma presunção absoluta, uma vez que a própria
norma proíbe o comportamento considerado perigoso. Ex: omissão de socorro
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