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Encontros | Português, 12.

º ano

Matriz do teste de avaliação

José Saramago – O Ano da Morte de Ricardo Reis


Domínios Descritores de desempenho Conteúdos
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e • José Saramago, O Ano da Morte de
Educação universos de referência, justificando. Ricardo Reis
Literária EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. RETOMA

EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as • Poesia trovadoresca


características dos textos […] narrativos. • Luís de Camões, Os Lusíadas
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos • Cesário Verde, Cânticos do
mencionados no Programa. Realismo
(O Livro de Cesário Verde)
Leitura L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando. • Apreciação crítica
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando. • Artigo de opinião
L7.3. Fazer inferências, fundamentando. • Diário
• Memórias
RETOMA

• Artigo de divulgação científica


• Discurso político
• Exposição sobre um tema
• Relato de viagem
Gramática G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos • Valor temporal
nos anos anteriores. • Valor aspetual
G18.1. Demonstrar, em textos, a existência de coerência • Valor modal
textual. • Organização de sequências textuais
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual. • Intertextualidade
G18.3. Identificar marcas das sequências textuais. RETOMA

G18.4. Identificar e interpretar manifestações de • Fonética e fonologia


intertextualidade. • Etimologia e lexicologia
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo. • Funções sintáticas
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica. • Frase complexa
G19.3. Distinguir valores aspetuais. • Arcaísmos e neologismos
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades. • Coesão e coerência textual
• Reprodução do discurso no discurso
• Dêixis: pessoal, temporal e espacial
Escrita E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do • Exposição sobre um tema
género […]. • Apreciação crítica
E12.1. Respeitar o tema. • Artigo de opinião.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma
planificação, evidenciando um bom domínio dos
mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua […].

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Encontros | Português, 12.º ano

Estrutura, cotações e critérios de classificação


Estrutura Tipologia de questões e cotações Critérios de classificação*
Parte A Resposta restrita A cotação é distribuída por parâmetros
Grupo I Integra um excerto • 3 itens de construção – de conteúdo (12 pontos) e de
Avaliam-se da obra, O Ano da 60 pontos (20 pontos cada) estruturação do discurso (4 pontos) e
conhecimentos/ Morte de Ricardo
correção linguística (4 pontos).
capacidades no Reis, que constitui o
domínio da suporte de itens de
resposta.
Educação
Parte B Resposta restrita
Literária e da
É constituída por • 2 itens de construção –
Escrita. itens de resposta 40 pontos (20 pontos cada)
Nota: Neste grupo, restrita com base
além da
em conteúdos
interpretação de
sobre:
textos/excertos
• poesia
em presença, a
trovadoresca ou
resposta aos itens
pode implicar a
• Luís de Camões,
mobilização de
Os Lusíadas, ou
conhecimentos • Cesário Verde,
sobre outras obras Cânticos do
estudadas. Realismo (O Livro
de Cesário Verde)
Grupo II Resposta restrita Itens de escolha múltipla: A cotação
Avaliam-se conhecimentos/ • 7 itens de seleção – 35 pontos do item só é atribuída às respostas que
capacidades no domínio da Leitura e (5 pontos cada) apresentem de forma inequívoca a
da Gramática. • 3 itens de construção – 15 pontos opção correta.
(5 pontos cada)
Grupo III Resposta extensa (200 a 300 • A cotação é distribuída por
Avaliam-se capacidades no domínio palavras) – 50 pontos parâmetros de estruturação temática e
da Escrita, articuladas ou não com discursiva (30 pontos) e de correção
conhecimentos de Educação Literária. linguística (20 pontos).
• Estão previstos descontos por
aplicação de fatores de desvalorização
no domínio da correção linguística**.
Estes descontos são efetuados até ao
limite das pontuações indicadas nos
critérios de classificação.
• São desvalorizadas as respostas que
não respeitem as indicações
apresentadas relativamente ao género
textual, ao tema ou à extensão.
• São classificadas com zero pontos as
respostas em que se verifique o
afastamento integral do tema proposto
ou em que a extensão seja inferior a
oitenta palavras.
* Critérios gerais de classificação
• As respostas ilegíveis são classificadas com zero pontos.
• Em caso de omissão ou de engano na identificação de uma resposta, esta pode ser classificada se for possível identificar
inequivocamente o item a que diz respeito.
• Se for apresentada mais do que uma resposta ao mesmo item, só é classificada a resposta que surgir em primeiro lugar.
• A classificação das provas nas quais se apresente, pelo menos, uma resposta escrita integralmente em maiúsculas é sujeita a uma
desvalorização de cinco pontos.
** Fatores de desvalorização − correção linguística
• Desvalorização de um ponto: erro inequívoco de pontuação; erro de ortografia (incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra
minúscula ou de letra maiúscula e erro de translineação); erro de morfologia; incumprimento das regras de citação de texto ou de
referência a título de uma obra.
• Desvalorização de dois pontos: erro de sintaxe; impropriedade lexical.

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Teste de avaliação 7
Português, 12.º ano
José Saramago – O Ano da Morte de Ricardo Reis
GRUPOI (100 PONTOS)

A
Lê o texto.

Ricardo Reis dissera ao gerente, Mande-me o pequeno-almoço ao quarto, às nove e meia, não que
pensasse dormir até tão tarde, era para não ter de saltar da cama estremunhado, a procurar enfiar os
braços nas mangas do roupão, a tentear os chinelos, com a impressão pânica de não ser capaz de me-
xer-se tão depressa quanto era merecedora a paciência de quem lá fora sustentasse nos braços ajouja-
5
dos a grande bandeja com o café e o leite, as torradas, o açucareiro, talvez uma compota de cereja ou
laranja, ou uma fatia de marmelada escura, granulosa, ou pão de ló, ou vianinhas de côdea fina, ou
arrufadas, ou fatias paridas, essas sumptuosas prodigalidades de hotel, se o Bragança as usa, a ver
vamos, que este é o primeiro pequeno-almoço de Ricardo Reis desde que chegou. Em ponto, garantira
Salvador, e não garantira em vão, que pontualmente está Lídia batendo à porta, dirá o bom observador
10
que é isso impossível para quem ambos os braços tem ocupados, muito mal estaríamos nós de servos
se os não escolhêssemos entre os que têm três braços ou mais, é o caso desta vossa criada, que sem
entornar uma gota de leite consegue bater suavemente com os nós dos dedos na porta, continuando a
mão desses dedos a segurar a bandeja, será preciso ver para acreditar, e ouvi-la, O pequeno-almoço do
senhor doutor, foi ensinada a dizer assim, e, embora mulher nascida do povo, tão inteligente é que não
15 esqueceu até hoje. Se esta Lídia não fosse criada, e competente, poderia ser, pela amostra, não menos
excelente funâmbula, malabarista ou prestidigitadora, génio adequado tem ela para a profissão, o que
é incongruente, sendo criada, é chamar-se Lídia, e não Maria. Está já composto Ricardo Reis de vestuá-
rio e modos, barba feita, roupão cingido, abriu mesmo meia janela para arejar o quarto, aborrece os
odores noturnos, aquelas expansões do corpo a que nem poetas escapam. Entrou enfim a criada, Bom
20 dia, senhor doutor, e foi pousar a bandeja, menos prodigamente oferecendo do que se imaginara, mas
mesmo assim merece o Bragança nota de distinção, não admira que tenha tão constantes hóspedes,
alguns não querem outro hotel quando vêm a Lisboa. Ricardo Reis retribui a salvação, agora diz, Não,
muito obrigado, não quero mais nada, é a resposta à pergunta que uma boa criada sempre fará, Deseja
mais alguma coisa, e, se lhe dizem que não, deve retirar-se discretamente, se possível recuando, voltar
25 as costas seria faltar ao respeito a quem nos paga e faz viver, mas Lídia, instruída para duplicar as aten-
ções, diz, Não sei se o senhor doutor já reparou que há cheia no Cais do Sodré, os homens são assim,
têm um dilúvio ao pé da porta e não dão por ele, dormiram a noite toda de um sono, se acordaram e
ouviram cair a chuva foi como quem apenas sonha que está chovendo e no próprio sonho duvida do
que sonha, quando o certo certo foi ter chovido tanto que está o Cais do Sodré alagado, dá a água pelo
30 joelho daquele que por necessidade atravessa de um lado para outro, descalço e arregaçado até às viri-
lhas, levando às costas na passagem do vau uma senhora idosa, bem mais leve que a saca de feijão
entre a carroça e o armazém.
SARAMAGO, José (2016). O Ano da Morte de Ricardo Reis. Porto: Porto Editora, pp. 61-63.

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Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1. Localiza o excerto na estrutura interna do romance a que pertence. (20 PONTOS)

2. Refere um efeito expressivo da enumeração presente nas linhas 5 a 7. (20 PONTOS)

3. Analisa a postura do narrador ao longo do texto. (20 PONTOS)

B
Lê a cantiga.

Como morreu quem nunca bem


houve da rem1 que mais amou,
e que[m] viu quanto receou
dela, e foi morto por en:2
5
ai, mia senhor, assi moir’eu!

Como morreu quem foi amar


quem lhe nunca quis bem fazer, 1. rem: coisa.
2. vv. 3-4: Deus fez-lhe ver que foi morto de pesar por
e de que lhe fez Deus veer causa dela.
de que foi morto com pesar: 3. ensandeceu: enlouqueceu.
4. ledo: alegre.
10 ai, mia senhor, assi moir’eu!

Com’home que ensandeceu3,


senhor, com gram pesar que viu
e nom foi ledo4 nem dormiu
depois, mia senhor, e morreu:
15
ai, mia senhor, assi moir’eu!

Como morreu quem amou tal


dona que lhe nunca fez bem,
e quen’a viu levar a quem
a nom valia, nen’a val:
20 ai, mia senhor, assi moir’eu!

CONDE, Gil Pérez (s/d), in Maria Ema Tarracha Ferreira,


Antologia Literária Comentada – Idade Média, 4.ª edição. Lisboa: Ulisseia, pp. 25-26.

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

4. Traça o perfil do sujeito poético. (20 PONTOS)

5. Explicita a relação existente entre o sujeito poético e o seu interlocutor. (20 PONTOS)

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G R U P O II (50 PONTOS)

Lê o texto.

Eira Pedrinha, Cernache, 16 de agosto de 1981 – Depois de dar largas ao instinto, a caçar patos
nos pauis, vim, lambuzado de terra, satisfazer a fome do espírito na contemplação de um retábulo ingé-
nuo onde um S. Jorge tutela da sua montada uma donzela andarilha que conduz à trela o dragão vem-cido.
Aquela estranha e sempre surpreendente Idade Média conhecia o valor dos símbolos e sabia re-
5 presentá-los à medida de todas as compreensões. Que imagem mais flagrante e convincente da força
dominadora do bem do que o mal a caminhar docilmente pela mão de uma frágil mulher? Sim, hoje
somos capazes de ir à Lua. Mas não temos artes de vencer assim, e ainda menos de figurar assim venci-
dos, os monstros do medo que nos atormentam.
Praia do Pedrógão, 17 de agosto de 1981 – O mar. O mar preguiçoso de férias, igual ao de outras
1 praias e de outros verões. O mar tónico dos banhos lúdicos, nivelador de todos os desníveis sociais. O
0
mar omnipresente e concreto que me faz a esquecer o marulho que durante o ano sinto a bater obses-
sivamente nas veias e na memória de animal fisiológica e nacionalmente anfíbio, privado de metade do
seu meio natural.

Praia do Pedrógão, 18 de agosto de 1981 – Fez-me a exibição de um relógio de pulso que só não
falava. E dececionei-o:
1
5 – Não o queria nem de graça.
– Porquê?!
– Porque não tem ponteiros. Em vez de atenuar, agrava os inconvenientes dos outros. É mais abstra-
tizante ainda. O tempo que eu entendo é cíclico, move-se, dura. E tenho necessidade de me sentir inte-
grado nesse movimento através de um indicador qualquer: uma sombra que se desloca num quadrante
solar, um fio de areia que se escoa numa ampulheta, ou mesmo uma agulha que gira incansavelmente
2
0 sobre o seu eixo num mostrador. É desesperante, mas há ainda uma identificação com o natural. Tam-
bém os astros circulam no céu incessantemente em órbitras fechadas. Mantém-se de certa maneira a
imagem do andamento cósmico. Mas, no caso de um mecanismo que apenas indica as horas por nú-
meros luminosos, perde-se toda a referência. Flutua-se no vazio, deixa-se de pertencer ao mundo real.
Entra-se na eternidade em vida.
TORGA, Miguel (1999). Diário VIII a XVI. Lisboa: Dom Quixote, pp. 1446-1447.

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.

1. Os temas aflorados na primeira entrada do diário são (5 PONTOS)


(A) o telurismo, a religiosidade e o medo.
(B) a representação do feminino, a Idade Média e o progresso humano.
(C) a Lua, o sonho e a insatisfação humana.
(D) a natureza, o instinto e efemeridade da vida humana.

2. A referência a S. Jorge tem a função de (5 PONTOS)


(A) introduzir o tema que será abordado de seguida.
(B) justificar uma afirmação anteriormente apresentada.
(C) refutar a afirmação que será apresentada de seguida.
(D) concluir uma reflexão.

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3. A expressão “lambuzado de terra” (l. 2) contém uma (5 PONTOS)


(A) personificação. (C) metáfora.
(B) hipérbole. (D) antítese.

4. O enunciado “Sim, hoje somos capazes de ir à Lua.” (ll. 6-7) tem um valor modal (5 PONTOS)
(A) epistémico. (C) deôntico (de permissão).
(B) deôntico (de obrigação). (D) apreciativo.

5. Na segunda entrada do diário, Miguel Torga reflete sobre a importância do mar, (5 PONTOS)
(A) focando o seu valor enquanto motivo literário.
(B) num tom objetivo e recorrendo a linguagem denotativa.
(C) criticando os desníveis sociais que lhe podem ser associados.
(D) sob uma perspetiva social e pessoal.

6. A terceira entrada do diário é constituída por uma sequência dialogal que inclui (5 PONTOS)
(A) uma sequência narrativa.
(B) uma sequência explicativa.
(C) uma sequência descritiva.
(D) outra sequência dialogal.

7. Na linha 20, os dois pontos têm a função de introduzir (5 PONTOS)


(A) uma enumeração exemplificativa.
(B) um comentário crítico.
(C) o discurso reproduzido por outro enunciador.
(D) o desfecho de um raciocínio, com base na ironia.

8. Identifica o valor da oração “que se escoa numa ampulheta” (l. 21). (5 PONTOS)

9. Identifica a função sintática desempenhada pelo constituinte “de me sentir integrado nesse
movimento […] num mostrador” (ll. 19-22). (5 PONTOS)

10. Explicita o valor aspetual veiculado no enunciado “Entra-se na eternidade em vida.” (l. 26)
(5 PONTOS)

G R U P O III (50 PONTOS)

Com base na tua experiência de leitura e colocando-te no papel de crítico literário, redige uma
apreciação crítica do romance saramaguiano O Ano da Morte de Ricardo Reis.

A tua apreciação deverá conter entre duzentas e trezentas palavras.

Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando
esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos
algarismos que o constituam (ex.: /2017/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras –, há
que atender ao seguinte:
• um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
• um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.

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Critérios de classificação do teste de avaliação


José Saramago – O Ano da Morte de Ricardo Reis
Cotação, cenários de resposta e critérios de classificação

GRUPOI (100 PONTOS)

Ite Cotação Cenário de resposta Critérios específicos


m de classificação
• Excerto localizado no início da ação: • Aspetos de conteúdo –
· correspondendo ao segundo contacto entre Ricardo Reis e Lídia; 12 pontos.
1. 20 pontos · indiciando o tipo de relação amorosa que irá estabelecer-se entre • Aspetos de
Ricardo Reis e Lídia (marcada pela assimetria que resulta da
estruturação do discurso
pertença a diferentes classes sociais – médico/criada).
e correção linguística:
• Sugestão do ambiente de luxo/sumptuosidade supostamente
2. 20 pontos existente no hotel Bragança, de acordo com a imaginação de Ricardo · estruturação do
Reis. discurso – 4 pontos;
• Narrador interventivo, que: · correção linguística – 4
· mostra conhecer os pensamentos da personagem Ricardo Reis (ll. pontos.
2-4, 8-9);
· reflete sobre a verosimilhança da história narrada (ll. 9-13);
3. 20 pontos
· de forma irónica, critica os preconceitos de classes existentes na
sociedade (ll. 13-17);
· jocosamente, parodia a condição humana (ll. 19-20);
· censura o culto da aparência por parte do hotel (ll. 20-22).
• Amor não correspondido pela “senhor”.
4. 20 pontos • Sofrimento intenso (coita de amor) que culmina na morte de amor (cf.
refrão e última estrofe).
• Relação de vassalagem/submissão amorosa do trovador em relação
5. 20 pontos à “senhor” – o trovador ama intensamente a dama; esta não só não
reage ao amor do sujeito poético, como também é arrebatada por outro
que não a merece (vv. 16-19).

G R U P O II (50 PONTOS)

Ite Cotação Cenário de resposta


m
1. 5 pontos (A)
2. 5 pontos (A)
3. 5 pontos (C)
4. 5 pontos (A)
5. 5 pontos (D)
6. 5 pontos (B)
7. 5 pontos (A)
8. 5 pontos Valor restritivo
9. 5 pontos Complemento do nome
10. 5 pontos Valor genérico

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G R U P O III (50 PONTOS)

Cenário de resposta Critérios específicos de classificação


Dada a natureza deste item, não é apresentado cenário de resposta. • Estruturação temática e discursiva – 30 pontos
• Correção linguística – 20 pontos

Estruturação temática e discursiva (30 PONTOS)


Descritores dos níveis de desempenho
15 12 9 6 3
Trata, sem desvios, o tema Trata o tema proposto, Aborda lateralmente o
proposto. embora com alguns desvios. tema proposto.
Mobiliza informação ampla e Mobiliza informação suficiente, Mobiliza muito pouca
diversificada, com eficácia de acordo com o género informação e com eficácia
argumentativa, de acordo apreciação crítica, mas nem
NÍVEL INTERCALAR argumentativa reduzida,

NÍVEL INTERCALAR
com o género de texto sempre sem ter em conta as
apreciação crítica: com eficácia argumentativa: marcas específicas do
Género • descreve sucintamente o • descreve o objeto em género apreciação
de texto objeto em apreciação; apreciação, mas fá-lo de crítica:
e tema • articula a descrição com forma desproporcional (de • não descreve o objeto
comentários críticos; forma demasiado em apreciação;
• produz um discurso pormenorizada ou com • não articula a descrição
coerente lacunas); com comentários críticos;
e sem qualquer tipo de • articula a descrição com • produz um discurso
ambiguidade. alguns comentários críticos; geralmente inconsistente
• produz um discurso e, por vezes, ininteligível.
globalmente coerente, apesar
de algumas ambiguidades.
10 8 6 4 2
Redige um texto bem Redige um texto Redige um texto com
estruturado, refletindo uma satisfatoriamente estruturado, estruturação muito
planificação adequada e refletindo uma planificação deficiente e com
evidenciando um bom com algumas insuficiências e insuficientes mecanismos
domínio dos mecanismos de evidenciando um domínio de coesão textual:
coesão textual: suficiente dos mecanismos de • apresenta um texto em
• apresenta um texto coesão textual: que não se conseguem
constituído por três partes • apresenta um texto identificar claramente três
(introdução, constituído por três partes partes (introdução,
desenvolvimento e (introdução, desenvolvimento desenvolvimento e
NÍVEL INTERCALAR

NÍVEL INTERCALAR

conclusão), individualizadas, e conclusão), nem sempre conclusão) ou em que


devidamente proporcionadas devidamente articuladas estas estão
Estrutura e articuladas entre si de entre si ou com desequilíbrios insuficientemente
modo consistente; de proporção mais ou menos articuladas;
e coesão
• marca corretamente os notórios; • raramente marca
parágrafos; • marca parágrafos, mas com parágrafos de forma
• utiliza, adequadamente, algumas falhas; correta;
mecanismos de coesão • utiliza apenas os conectores • raramente utiliza
textual diversificados para e/ou outros marcadores conectores e mecanismos
assegurar a articulação discursivos mais comuns, de coesão textual ou
interfrásica (ex.: conectores embora sem incorreções utiliza os de forma
e outros marcadores graves; inadequada;
discursivos); • mantém, com algumas • raramente constrói
• mantém, de forma descontinuidades, cadeias de cadeias de referência;
sistemática, cadeias de referência; • não mantém conexões
referência através de entre as coordenadas de
substituições nominais e enunciação ao longo do
pronominais adequadas. texto.

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Descritores dos níveis de desempenho


10 8 6 4 2
• estabelece conexões • estabelece, com algumas
adequadas entre descontinuidades, conexões
coordenadas de entre as coordenadas de
enunciação enunciação (pessoa, tempo,

NÍVEL INTERCALAR

NÍVEL INTERCALAR
(pessoa, tempo, espaço) espaço) ao longo do texto.
Estrutura ao
e coesão longo do texto.
(cont.)

5 4 3 2 1
Mobiliza, com Mobiliza, com alguma Não mobiliza de forma
intencionalidade, recursos intencionalidade, recursos da satisfatória recursos da
da língua adequados ao língua adequados ao género língua adequados ao género
género solicitado: solicitado: solicitado:
• repertório lexical variado • repertório lexical adequado ao • utiliza vocabulário
e pertinente, associado à género solicitado, mas pouco elementar e restrito (muitas
área em questão; variado; vezes redundante) ou
• figuras de retórica e • procedimentos de globalmente inadequado ao
tropos, procedimentos de modalização (ex.: uso género solicitado;
NÍVEL INTERCALAR

NÍVEL INTERCALAR
modalização (ex.: uso expressivo do adjetivo e do • não recorre a
expressivo do adjetivo e do advérbio, pontuação) que procedimentos de
Léxico e advérbio, pontuação) que atestem o ponto de vista modalização (ex.: uso
atestem o ponto de vista adotado (apreciativo/ expressivo do adjetivo e do
adequação
adotado (apreciativo/ depreciativo). advérbio, pontuação) que
do discurso depreciativo). atestem o ponto de vista
adotado (apreciativo/
Utiliza o registo de língua Utiliza, em geral, o registo de depreciativo).
adequado ao texto, língua adequado ao texto, mas
eventualmente com apresentando alguns Utiliza indiferenciadamente
esporádicos afastamentos, afastamentos que afetam registos de língua, sem
que se encontram, no pontualmente a adequação manifestar consciência do
entanto, justificados pela global. registo adequado ao texto,
intencionalidade do ou
discurso e assinalados recorre a um único registo
graficamente (com inadequado.
aspas ou sublinhados).

Correção linguística (20 PONTOS)


Fatores de desvalorização Desvalorização (pontos)
• Erro inequívoco de pontuação 1
• Erro de ortografia (incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra minúscula ou de
letra maiúscula e erro de translineação)
• Erro de morfologia
• Incumprimento das regras de citação de texto ou de referência a título de uma obra
• Erro de sintaxe 2
• Impropriedade lexical

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