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Encontros | Português, 12.

º ano

Matriz do teste de avaliação

Fernando Pessoa – Poesia dos heterónimos


Domínios Descritores de desempenho Conteúdos
Educação EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e • Fernando Pessoa, Poesia dos
Literária universos de referência, justificando. heterónimos
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. – Alberto Caeiro
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as – Ricardo Reis
características dos textos poéticos […]. – Álvaro de Campos
RETOMA
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos
mencionados no Programa. • Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa
EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em • Antero de Quental, Sonetos
diferentes textos da mesma época e de diferentes Completos
épocas.
Leitura L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando. • Apreciação crítica
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando. • Artigo de opinião
L7.3. Fazer inferências, fundamentando. • Diário
• Memórias
RETOMA

• Artigo de divulgação científica


• Exposição sobre um tema
• Relato de viagem
Gramática G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos • Valor temporal
nos anos anteriores. • Valor aspetual
G18.1. Demonstrar, em textos, a existência de coerência • Valor modal
RETOMA
textual.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual. • Fonética e fonologia
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo. • Etimologia e lexicologia
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica. • Funções sintáticas
G19.3. Distinguir valores aspetuais. • Frase complexa
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades. • Processos irregulares de formação
de palavras
• Coesão e coerência textual
• Reprodução do discurso no
discurso
• Dêixis: pessoal, temporal e espacial

Escrita E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do • Exposição sobre um tema
género […].
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma
planificação, evidenciando um bom domínio dos
mecanismos de coesão textual:
a) texto constituído por três partes (introdução,
desenvolvimento e conclusão), individualizadas e
devidamente proporcionadas; b) marcação correta de
parágrafos; c) articulação das diferentes partes por meio
de retomas apropriadas; d) utilização adequada de
conectores diversificados.
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso
correto do registo de língua, vocabulário adequado ao
tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe
e na pontuação.

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Encontros | Português, 12.º ano

Estrutura, cotações e critérios de classificação

Estrutura Tipologia de questões e Critérios de classificação*


cotações
Grupo I Parte A Resposta restrita A cotação é distribuída por parâmetros
Avaliam-se Integra um poema • 3 itens de construção – 60 deconteúdo (12 pontos) e de
conhecimentos/ pertencente pontos (20 pontos cada) estruturação do discurso (4 pontos) e
capacidades no à poesia dos correção linguística
domínio da heterónimos, que (4 pontos).
Educação constitui o suporte
Literária e da de itens de resposta.
Escrita. Parte B Resposta restrita
Nota: Neste grupo, É constituída por • 2 itens de construção – 40
além da
itens de resposta pontos (20 pontos cada)
interpretação de
textos/excertos
restrita com base
em presença, a em:
resposta aos itens • Almeida Garrett,
pode implicar a Frei Luís de Sousa
mobilização de ou
conhecimentos
sobre outras obras
• Antero de Quental,
estudadas. Sonetos Completos
Grupo II Resposta restrita Itens de escolha múltipla: A cotação
Avaliam-se capacidades/ • 7 itens de seleção – 35 do item só é atribuída às respostas que
conhecimentos no domínio da Leitura e pontos apresentem de forma inequívoca a
da Gramática. (5 pontos cada) opção correta.
• 3 itens de construção – 15
pontos
(5 pontos cada)
Grupo III Resposta extensa (200 a 300 • A cotação é distribuída por
Avaliam-se capacidades no domínio palavras) – 50 pontos parâmetros de estruturação temática
da Escrita, articuladas ou não com e discursiva (30 pontos) e de
conhecimentos de Educação Literária. correção linguística (20 pontos).
• Estão previstos descontos por
aplicação de fatores de
desvalorização no domínio da
correção linguística**. Estes
descontos são efetuados até ao limite
das pontuações indicadas nos
critérios de classificação.
• São desvalorizadas as respostas que
não respeitem as indicações
apresentadas relativamente ao
género textual, ao tema ou à
extensão.
• São classificadas com zero pontos as
respostas em que se verifique o
afastamento integral do tema
proposto ou em que a extensão seja
inferior a oitenta palavras.
* Critérios gerais de classificação
• As respostas ilegíveis são classificadas com zero pontos.
• Em caso de omissão ou de engano na identificação de uma resposta, esta pode ser classificada se for possível identificar
inequivocamente o item a que diz respeito.
• Se for apresentada mais do que uma resposta ao mesmo item, só é classificada a resposta que surgir em primeiro lugar.
• A classificação das provas nas quais se apresente, pelo menos, uma resposta escrita integralmente em maiúsculas é sujeita a uma
desvalorização de cinco pontos.
** Fatores de desvalorização − correção linguística
• Desvalorização de um ponto: erro inequívoco de pontuação; erro de ortografia (incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra
minúscula ou de letra maiúscula e erro de translineação); erro de morfologia; incumprimento das regras de citação de texto ou de
referência a título de uma obra.
• Desvalorização de dois pontos: erro de sintaxe; impropriedade lexical.

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Teste de avaliação 3
Português, 12.º ano
Fernando Pessoa – Poesia dos heterónimos

GRUPOI (100 PONTOS)

A
Lê o poema.

O Guardador de Rebanhos, XX
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

O Tejo tem grandes navios


5 E navega nele ainda,
Para aqueles que veem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.

O Tejo desce de Espanha


10
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
15
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

Pelo Tejo vai-se para o mundo.


Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
20
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.


Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

CAEIRO, Alberto (2001). Poesia. Lisboa: Assírio & Alvim, pp. 53-54.

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
1. Explica por que razão o sujeito poético refere que o Tejo é “mais belo” e “não é mais belo” do
que o rio que corre pela sua aldeia. (20 PONTOS)

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2. Interpreta o sentido do verso “aqueles que veem em tudo o que lá não está” (v. 6). (20 PONTOS)

3. Identifica um recurso expressivo que estruture o poema, comentando a sua expressividade.


(20 PONTOS)

Lê o início da obra Frei Luís de Sousa.

Ato Primeiro
Câmera antiga, ornada com todo o luxo e caprichosa elegância portuguesa dos princípios do século de-
zassete. Porcelanas, xarões, sedas, flores, etc. No fundo, duas grandes janelas rasgadas, dando para um
eirado que olha sobre o Tejo e donde se vê toda Lisboa; entre as janelas o retrato, em corpo inteiro, de um
cavaleiro moço, vestido de preto, com a cruz branca de noviço de S. João de Jerusalém. Defronte e para a
5 boca da cena um bufete pequeno, coberto de rico pano de veludo verde franjado de prata; sobre o bufete
alguns livros, obras de tapeçaria meias feitas e um vaso da China de colo alto, com flores. Algumas cadei-
ras antigas, tamboretes rasos, contadores. Da direita do espectador, porta de comunicação para o interior
da casa, outra da esquerda para o exterior. É no fim da tarde.

Cena I
Madalena só, sentada junto à banca, os pés sobre uma grande almofada, um livro aberto no regaço,
10
e as mãos cruzadas sobre ele, como quem descaiu da leitura na meditação.

Madalena (repetindo maquinalmente e devagar o que acaba de ler).

Naquele ingano d’alma ledo e cego,


que a fortuna não deixa durar muito…

– Com paz e alegria d’alma… um ingano, um ingano de poucos instantes que seja… deve de ser a felici-
15
dade suprema neste mundo. E que importa que o não deixe durar muito a fortuna? Viveu-se, pode-se
morrer. Mas eu!… (Pausa). Oh! que o não saiba ele ao menos, que não suspeite o estado em que eu
vivo… este medo, estes contínuos terrores, que ainda me não deixaram gozar um só momento de toda
a imensa felicidade que me dava o seu amor. Oh! que amor, que felicidade… que desgraça a minha!
(Torna a descair em profunda meditação; silêncio breve.)
GARRETT, Almeida (2014). Frei Luís de Sousa. Porto: Porto Editora, pp. 5-7.

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

4. Explicita o valor simbólico do espaço descrito na didascália inicial. (20 PONTOS)

5. Analisa a relação que se estabelece entre a situação de D. Madalena e a situação


representada no livro lido – o episódio de Inês de Castro (Os Lusíadas). (20 PONTOS)

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G R U P O II (50 PONTOS)

Lê o texto.

Junho, Matosinhos
Ah! Tu é que tinhas razão, Irene. Neste país só ganha o seu estatuto de escritor quem escrever ro-
mances. Entrega-se um livro de crónicas e espera-se um romance?! Também não me faltou a pedrada:
não sabe fazer romance. Mas o que é hoje um romance? E não haveria ali suficiente romance para olhos
5
atentos? A narração corre por três veios: o da narradora, que entrega ao vento as suas queixas, mas se
recusa, justamente, a entregar o seu romance, no entanto amplificado pelo romance das vidas daquela
beirada de mar e pelo romance mítico, criado a partir dos nomes das praias de Lilon e Chale (curiosa-
mente suposto por outro crítico recolha etnográfica). Havia, portanto, três veios de romance: um que se
escondia e negava e dois romances expressos: o inconcluso das vidas e o romance, fechado, do mito.
10 Isto sem falar no romance da linguagem. […]

Julho, Lisboa
Gulbenkian – Fernando Pessoa, em exposição
A sua morte passou no silêncio, secreto, que tinha sido a sua vida.
No entanto, eu antes de entrar para a Faculdade já o sabia, sobretudo pela Ode Marítima e pela to-
15 cadora de harpa – “… se eu beijasse / Teu gesto, sem beijar as tuas mãos!”
Depois começou a estar em moda com as Edições Ática. Em casa de António Sérgio, algumas dis-
cípulas liam-no fria e intelectualizadamente. Agora, com esta exposição começa o mito. Heterónimos,
óculos, caneta, cadeira, mesa, chapéu são espaços poéticos, não dele, mas nossos. Conhecimento e
desconhecimento de janelas do eu que buscam interstícios d’alma, desvãos, outros, onde morar.

DACOSTA, Luísa (1992). Na Água do Tempo. Lisboa: Quimera, pp. 294-296.

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.

1. O texto adota o género textual (5 PONTOS)


(A) apreciação crítica.
(B) relato de viagem.
(C) memórias.
(D) diário.

2. O elo temático que estabelece a relação entre as duas partes do texto é (5 PONTOS)

(A) a escrita ficcional.


(B) o estatuto do escritor.
(C) a escrita heteronímica de Fernando Pessoa.
(D) a projeção da literatura portuguesa no mundo.

3. No primeiro segmento textual (ll. 1-10) a autora reflete sobre (5 PONTOS)

(A) os preconceitos inerentes à escrita autobiográfica.


(B) a valorização de determinados géneros literários em detrimento de outros.
(C) a importância da pesquisa etnográfica para a produção de romances.
(D) o valor da descrição na escrita de narrativas.

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4. No segundo segmento textual (ll. 11-19), a autora (5 PONTOS)


(A) recorda um episódio experienciado na sua infância.
(B) tem como ponto de partida um aspeto da vida quotidiana.
(C) satiriza o facto de Pessoa ter sido lido de forma intelectualizada.
(D) desvaloriza a importância da exposição da Gulbenkian para a projeção da obra pessoana.

5. O conector “No entanto” (l. 14) estabelece uma oposição entre (5 PONTOS)
(A) o conhecimento da autora e o saber comum relativamente à poesia de Pessoa.
(B) a “Ode Marítima” e a “tocadora de flauta” (ll. 14-15).
(C) a projeção que Fernando Pessoa teve em vida e após a morte.
(D) o conhecimento da autora antes e depois de entrar na Faculdade.

6. O advérbio “Agora” (l. 17) (5 PONTOS)

(A) tem valor deítico, apontando para o espaço da enunciação.


(B) surge em correlação com o advérbio “Depois” (l. 16), contribuindo para a conexão interfrásica.
(C) estabelece uma relação de concessão.
(D) contribui para a coesão gramatical referencial.

7. O recurso expressivo que não está presente na expressão “Conhecimento e desconhecimento


de janelas do eu que buscam interstícios d’alma, desvãos, outros, onde morar.” (ll. 18-19) é (5 PONTOS)
(A) a metáfora. (C) a enumeração.
(B) a antítese. (D) a personificação.

8. Especifica o valor epistémico sugerido pelo enunciado “E não haveria ali suficiente romance
para olhos atentos?” (ll. 4-5). (5 PONTOS)

9. Identifica a função sintática desempenhada pelo constituinte “do mito” (l. 9). (5 PONTOS)

10. Classifica o tipo de sujeito presente na frase “Depois começou a estar em moda
com as Edições Ática.” (l. 16). (5 PONTOS)

G R U P O II (50 PONTOS)

Redige uma exposição sobre a questão da heteronímia em Fernando Pessoa, que contenha entre
duzentas e trezentas palavras.
No teu texto deves:
• identificar e caracterizar o estilo literário dos principais heterónimos pessoanos;
• fundamentar as ideias apresentadas com exemplos pertinentes.

Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando
esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos
algarismos que o constituam (ex.: /2017/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras –, há
que atender ao seguinte:
• um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
• um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.

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Critérios de classificação do teste de avaliação


Fernando Pessoa – Poesia dos heterónimos
Cotação, cenários de resposta e critérios de classificação

GRUPOI (100 PONTOS)

Item Cotação Cenário de resposta Critérios específicos


de classificação
• Referências que assentam em diferentes perspetivas: • Aspetos de conteúdo –
· Tejo como rio “mais belo” por se tratar de um rio mais conhecido e 12 pontos.
1. 20 pontos famoso do que o que corre na aldeia do sujeito poético; • Aspetos de estruturação
· Tejo como menos belo do que o que corre na aldeia do sujeito
do discurso e correção
poético por se tratar de um rio mais distante, que não suscita uma
relação de intimidade/afetividade/proximidade. linguística:
• Referência aos que valorizam demasiado o valor simbólico do rio · estruturação do
2. 20 pontos (associado à cultura e a memória), em detrimento da perceção do discurso – 4 pontos;
real. · correção linguística – 4
Exemplo: pontos.
• Recurso expressivo: comparação.
• Expressividade da comparação: destacar a oposição existente
3. 20 pontos entre:
· o Tejo e o rio que corre na aldeia do sujeito poético, por um lado;
· os diferentes formas de conceber o real – a intelectualização e a
perceção pelos sentidos.
• Descrição que remete para a ideia de felicidade (aparente):
· espaço humanizado (“Porcelanas, xarões, sedas, flores”, l. 2; “o
retrato, em corpo inteiro, de um cavaleiro moço”, ll. 3-4);
4. 20 pontos · espaço que evidencia um ambiente de riqueza e requinte;
· espaço conotado com a luz e a liberdade – iluminado, com vista
para o Tejo (“No fundo, duas grandes janelas rasgadas, dando
para um eirado que olha sobre o Tejo e donde se vê toda Lisboa”,
ll. 2-3).
• Relação marcada pela:
· analogia – ambas as relações amorosas terão um final trágico;
5. 20 pontos · oposição – “engano de alma ledo e cego” (Inês de Castro) vs.
Sofrimento e pelo terror constantes, devido à consciência da
situação (D. Madalena de Vilhena).

G R U P O II (50 PONTOS)

Item Cotação Cenário de resposta


1. 5 pontos (D)
2. 5 pontos (B)
3. 5 pontos (B)
4. 5 pontos (B)
5. 5 pontos (A)
6. 5 pontos (B)
7. 5 pontos (D)
8. 5 pontos Valor epistémico de dúvida
9. 5 pontos Complemento do nome
10. 5 pontos Sujeito (nulo) subentendido

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G R U P O III
Cenário de resposta Critérios específicos de
classificação
Heterónimos de Fernando Pessoa • Estruturação temática e discursiva –
• Alberto Caeiro – poeta bucólico, que advoga o primado das sensações, 30 pontos
recusando a intelectualização. • Correção linguística – 20 pontos
Ex.: “O meu olhar é nítido como um girassol”
• Ricardo Reis – poeta “clássico”, que advoga a intelectualização das
emoções, que procura uma ordem interior através do Epicurismo e do
Estoicismo e que tem consciência e encena a mortalidade.
Ex.: “Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio”
• Álvaro de Campos – poeta da modernidade, que canta o progresso e a
máquina, mas que, numa fase posterior, revela a consciência da passagem
do tempo e a nostalgia da infância.
Ex.: “Ode triunfal”, “Aniversário”

Estruturação temática e discursiva


Descritores dos níveis de desempenho
15 12 9 6 3
Trata, sem desvios, o tema Trata o tema proposto, embora Aborda lateralmente o tema
proposto. com alguns desvios. proposto.
Mobiliza informação ampla e Mobiliza informação suficiente, Mobiliza muito pouca
diversificada, de acordo com de acordo com o género de informação, sem ter em conta
NÍVEL INTERCALAR

NÍVEL INTERCALAR
o género de texto exposição texto exposição sobre um as marcas específicas do
Género sobre um tema: tema: género exposição sobre um
de texto • apresenta informação • apresenta informação objetiva tema:
objetiva relativamente aos relativamente a dois • apresenta informação
e tema
três heterónimos, cada um heterónimos, cada um deles relativamente a um só
deles ilustrado com, pelo ilustrado com, pelo menos, heterónimo;
menos, um exemplo um exemplo significativo; • produz um discurso
significativo; • produz um discurso geralmente inconsistente
• produz um discurso globalmente coerente, apesar e, por vezes, ininteligível.
coerente e sem qualquer tipo de algumas ambiguidades.
de ambiguidade.
10 8 6 4 2
Redige um texto bem Redige um texto Redige um texto com
estruturado, refletindo uma satisfatoriamente estruturado, estruturação muito deficiente
planificação adequada e refletindo uma planificação e com insuficientes
evidenciando um bom com algumas insuficiências e mecanismos de coesão
domínio dos mecanismos de evidenciando um domínio textual:
coesão textual: suficiente dos mecanismos de • raramente marca parágrafos
NÍVEL INTERCALAR

NÍVEL INTERCALAR

• marca corretamente os coesão textual: de forma correta;


parágrafos; • marca parágrafos, mas com • raramente utiliza conectores
Estrutura • utiliza, adequadamente, algumas falhas; e mecanismos de coesão
mecanismos de coesão • utiliza apenas os conectores textual ou utiliza-os de forma
e coesão
textual que evidenciem e/ou outros marcadores inadequada;
nexos lógicos (ex.: discursivos mais comuns, • não mantém conexões entre
conectores embora sem incorreções as coordenadas de
e outros marcadores graves; enunciação ao longo do
discursivos); • estabelece, com algumas texto.
• estabelece conexões descontinuidades, conexões
adequadas entre as coordenadas de
entre coordenadas de enunciação (pessoa, tempo,
enunciação (pessoa, tempo, espaço) ao longo do texto.
espaço) ao longo do texto

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Descritores dos níveis de desempenho


5 4 3 2 1
Mobiliza, com Mobiliza, com alguma Não mobiliza de forma
intencionalidade, intencionalidade, recursos da satisfatória recursos da
recursos da língua língua adequados ao género língua adequados ao género
adequados ao solicitado: solicitado:
género solicitado: • mantém parcialmente a rede • não mantém a rede

NÍVEL INTERCALAR

NÍVEL INTERCALAR
• mantém a rede semântica semântica do tema. semântica do tema.
Léxico e do tema; • utiliza esporadicamente • utiliza procedimentos de
adequação • não utiliza procedimentos procedimentos de modalização que atestam a
de modalização que modalização que atestam a adoção de um ponto de
do discurso
atestem a adoção de ponto adoção de um ponto de vista. vista.
de vista pessoal.
Utiliza, em geral, o registo de Utiliza indiferenciadamente
Utiliza o registo de língua língua adequado ao texto, mas registos de língua, sem
adequado ao texto. apresentando alguns manifestar consciência do
afastamentos que afetam registo adequado ao texto,
pontualmente a adequação ou recorre a um único
global. registo inadequado.

Correção linguística
Fatores de desvalorização Desvalorização (pontos)
• Erro inequívoco de pontuação 1
• Erro de ortografia (incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra minúscula ou de
letra maiúscula e erro de translineação)
• Erro de morfologia
• Incumprimento das regras de citação de texto ou de referência a título de uma obra
• Erro de sintaxe 2
• Impropriedade lexical

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