TCC-A Revisado
TCC-A Revisado
TCC-A Revisado
BELO HORIZONTE
JUNHO/2022
JOÃO VITOR BRAGA DE SOUSA
BELO HORIZONTE
JUNHO/2022
Dedicamos este TCC, primeiramente a
Deus, aos integrantes desse grupo e todos
que nos apoiaram nessa jornada.
AGRADECIMENTOS
Aos nossos pais, irmãos e namoradas, que nos incentivaram nos momentos difíceis e
compreenderam a nossa ausência enquanto nós nos dedicávamos à realização deste
trabalho.
Aos amigos, que sempre estiveram ao nosso lado, pela amizade incondicional e pelo
apoio demonstrado ao longo de todo o tempo em que nos dedicamos ao mesmo.
“A ciência é a aproximação progressiva do
homem com o mundo real”.
(PLANCK, Max)
RESUMO
O seguinte trabalho tem como objetivo, apresentar para empresa Decoralita uma
possível melhoria para o processo de injeção de massa sintética que se encontra em
estado manual. Esse procedimento apresentado tem a proposta de automatizar uma
parte significativa do processo, o operador irá somente iniciar e acompanhar o
processo. Esta melhoria irá utilizar o controle de processo adaptativo e Controladores
Lógicos Programáveis para otimizar o tempo de injeção de forma automática e
minimizar significativamente perdas de matéria prima por falta de qualidade ou erro
de processo. Otimizando também o fluxo do processo para diferentes moldes, uma
vez que o controlador será possível ser utilizado em diferentes moldes.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8
3. METODOLOGIA ............................................................................................. 39
4. CRONOGRAMA .............................................................................................. 41
ANEXO ..................................................................................................................... 46
8
1. INTRODUÇÃO
Com essa visão, foi iniciado um estudo em relações aos gargalos e pontos críticos da
produção, visando pontos que necessitam de alta vazão na produção com o menor
refugo possível, chegando assim nas injetoras. Hoje o processo usa máquinas
injetoras antigas, que não são automatizadas e nem possuem um controle de
processos. Todo o procedimento de operação da injetora é manual, deixando o
controle nas mãos do operador e assim aumentando o tempo de ciclo do processo e
não tendo um controle do desperdício de matéria prima.
O objetivo deste trabalho, é encontrar uma maneira onde operador da injetora, consiga
ter um controle sobre a quantidade de massa utilizada nessa parte do processo de
fabricação de pias e tanques. Espera-se elaborar um sistema controlador de vazão do
material utilizado para diminuir os impactos econômicos e fazer com que o processo
da injetora seja mais dinâmico, dando mais eficiência a linha de produção.
1.4. Justificativa
1.6. Hipótese
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ademais, o surgimento das estradas de ferro durante o século XIX, foi essencial para
o transporte dos produtos manufaturados, levando-os em lugares mais distantes, de
forma mais rápida e os tornando mais baratos.
Em 1878, um jovem tipógrafo, John Wesley Hyatt, criou uma das primeiras maquinas
de injeção. A máquina era do tipo de cilindro de aquecimento e câmeras aquecidas a
vapor. Um bico descarregava o material de um embolo, que era acionado
hidraulicamente, pressionando o material fundido. Na época a matéria prima utilizada
era o nitrato de celulose, desenvolvido pelo próprio John W Hyatt. O nitrato de celulose
tem um comportamento muito instável, e, devido a isso, Hyatt introduziu uma perna
hidráulica vertical ao lado de sua máquina, onde depositava o material fundido no
molde fechado. (ABIPLAST, 2012)
Futuramente, este equipamento foi sendo aperfeiçoado até chegar nas figuras atuais,
onde os fabricantes buscam diversifica-las para obter a maior eficiência e a máxima
redução energética. Dessa maneira, se obtém maior qualidade das peças injetadas.
2.2. Densidade
Densidade é uma relação de massa por volume de um certo composto e pode ser
utilizada para determinarmos outras propriedades da substância, como o seu raio
atômico e, também, são exemplos na análise dimensional. (RUSSELL, 2014). Ela é
utilizada em várias áreas do conhecimento, como a física, a matemática, entre outros.
Mas o seu principal desenvolvimento é utilizado na química, onde pode ser usada para
determinar qual material irá flutuar sobre a outra, em uma mistura heterogênea, pois
a densidade influencia diretamente na força peso exercida sobre esses materiais, o
de maior densidade terá maior força peso, logo irá afundar em relação ao outro.
Em âmbitos do dia a dia, ela é usada para averiguar se um combustível de uma bomba
do posto de combustível está adulterado ou não. É muito comum a adulteração do
etanol com a adição de água na mistura, mas têm-se uma determinação da
quantidade de água aceitável na mistura, que não será prejudicial ao carro, e como
resposta a esses acontecimentos, foram implementadas nas bombas dos postos, um
densímetro para o consumidor ter fácil visualização da qualidade do etanol, como
mostrado na Figura 9.
Em uma substância pura, a densidade é calculada pela Equação 1, e tem uma unidade
de medida de g/mL.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = (1)
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
Já para uma mistura homogênea é um pouco mais complicado, mas caso se saiba a
quantidade exata utilizada de cada substância, em porcentagem, consegue-se
encontrar a densidade utilizando a Equação 2.
Sendo,
d1 = Densidade da substância 1;
d2 = Densidade da substância 2;
Por fim, a terceira das causas é a temperatura. Quanto menor a temperatura mais
juntas as partículas das moléculas ficarão, assim, diminuindo o volume da substância.
E quanto mais quente estiver a temperatura mais afastadas e agitadas as moléculas
estarão fazendo o volume aumentar. Uma única substância que não irá respeitar essa
regra é a água, pois a água quanto mais ela diminui a temperatura mais o volume
diminui, até chegar por volta dos 4ºC. Após isso ela começa a mudar o seu estado
químico de liquido para solido, e na sua formação de gelo, a água ela não aproxima
23
cada vez mais as moléculas, mas elas se organizam de uma forma que o volume irá
se expandir, assim novamente, diminuindo a sua densidade, e é por isso que o gelo
boia quando o colocamos na água. (NOVAIS, 2022)
No processo de injeção, foi observado que uma das causas do desperdício de massa
é relacionado à densidade. As massas das pias têm uma densidade diferente das
massas dos tanques, e um pouco a mais que o operador deixa a válvula aberta,
continua descendo cada vez mais massa também. E para ser feita melhoria da injetora
é levado em consideração essa diferença para os novos parâmetros da máquina.
Quando a massa chega a injetora, ela é colocada dentro de um tambor com uma
abertura embaixo, onde o operador abre a válvula e deixa a massa cair em cima do
molde. Para ser feito a melhoria da injetora, a primeira coisa que devesse pensar é
em como será feito a abertura dessa válvula e quanto tempo de abertura ela terá. E
para se alcançar esse tempo, é necessário um cálculo de densidade da massa.
Com o avanço dos tempos a tecnologia de válvulas, teve sua chegada a Europa e
com isso com a introdução da tecnologia de fundição e maquinaria hidráulica. Válvula
de torneira de chumbo e cobre. No ano de 1611 obteve se um desenvolvimento dessa
tecnologia, com a utilização de válvula de segurança para utilização de cadeiras. Em
1679, o francês Denis Papin criou um digestor a vapor, que foi a primeira e mais
rudimentar válvula de segurança criada, conhecido como Digestor de Papin, na Figura
12 pode-se visualizar uma figura aproximada do digestor.
25
Fonte: Wikiwand
Hoje em dia são utilizados sistemas de acionamento de válvulas via IoT, controle de
programas, e até mesmo de controle remoto. No mercado das indústrias a utilização
26
∆𝑉
𝑄= = 𝑉×𝐴 (3)
∆𝑡
Onde,
Q = Vazão em volume;
∆𝑚
𝑄𝑚 = (4)
∆𝑡
Onde,
Qm = Vazão em massa;
Com a compreensão das equações propostas, temos uma relação entre a vazão em
massa e vazão em volume, que é dada pela Equação 5 e com a mesma simplificada,
ficará como na Equação 6.
𝜌∆𝑉 ∆𝑚
𝑄𝑚 = = = 𝜌×𝑄 (5)
∆𝑡 ∆𝑡
28
𝑄𝑚 = 𝜌 × 𝑄 (6)
Para a medição da vazão, mede se a pressão entre dois pontos próximos à restrição
jusante, e outro a montante. As Equações 7 e 8 abaixo, relacionam a vazão de um
líquido e a pressão diferencial.
𝑄𝑚 = 𝐾 × 𝐴 × √∆𝑃 × 𝜌 (7)
∆𝑃
𝑉 = 𝐾×√𝜌 (8)
Onde,
Q = Vazão em volume;
Qm = Vazão em massa;
V = velocidade;
ΔP = Pressão diferencial;
ρ = Densidade.
29
No mercado das indústrias são encontrados diversos tipos de válvulas, dentre eles as
que mais se destacam são: Válvula Gaveta, Válvula de Esfera, Válvula Borboleta e
Válvula Redutora de Pressão.
• Válvula Gaveta
A válvula gaveta se abre levantando uma barreira para fora do caminho do fluido.
Basicamente uma função de abertura de uma gaveta. Na Figura 13, se consegue
visualizar a válvula em diferentes ângulos, para uma melhor compreensão de seu
corpo. Um fator importante é saber que existem dois tipos de Válvulas Gaveta, as com
hastes ascendentes e as hastes não ascendentes.
• Válvula Esfera
A válvula esfera abre e fecha com uma volta de ¼, abrindo uma esfera que permite o
fluxo passar por quando o furo da esfera está alinhado com a passagem. Quando o
furo da esfera está a 90° da passagem fica fechada. Na Figura 14, tem-se uma
representação dessa válvula. Existem diferentes tipos de válvulas esferas, as mais
comuns são as de esfera monobloco, bipartida e tripartida.
• Válvulas Borboletas
A válvula borboletas é utilizada para grandes fluxos. Tem-se um disco que abre e
fecha a passagem de fluido, quando o disco está aberto e perpendicular a passagem
do fluido, ele irá fluir. Para melhor entendimento na Figura 15, é possível visualizar
como a válvula funciona aberta e fechada. Basicamente ela irá atuar com uma função
de abertura e fechado na passagem de fluido.
31
• Válvula Globo
Sua composição é tida por sistemas específicos que verificam o fluxo, as saídas e
ações da produção, baseados no feedback de sensores e equipamentos de
monitoramento de dados. (KALATEC, 2021). Em suma, os controladores recebem as
medições realizadas por sensores, comparados ao set-point e, após os devidos
cálculos, repassados aos atuadores para o ajuste do sistema, conforme ilustra a
Figura 18.
Todo sistema de controle contém uma variável controlada (medida pelo sensor –
transmissor), uma variável manipulada (elemento final de controle, os atuadores),
além dos controladores. Na Figura 19, vê-se uma malha típica de controle.
zerado pela ação integral e obtido com uma velocidade antecipada pela ação
derivativa.
Para cada tipo, se obtém uma característica específica, a ação proporcional produz
um sinal de saída que é proporcional a amplitude do erro. A ação integral corrige o
valor da variável manipulada em um intervalo de tempo fixo chamado tempo de
integração. O tempo de integração é definido como o recíproco do ganho de
integração. Se o ganho integral for baixo, o sistema pode levar muito tempo para
atingir o valor de referência. No entanto, se o ganho integral for muito alto, o sistema
pode se tornar instável. Já a ação derivativa fornece correção antecipada de erros,
reduz o tempo de resposta e melhora a estabilidade do sistema. As ações derivadas
funcionam em intervalos de tempo fixos, chamados de tempo diferencial. Este
parâmetro é inversamente proporcional à taxa de variação da variável controlada. Isso
sugere que a ação diferencial não deve ser utilizada em processos onde o sistema
deva responder rapidamente a distúrbios, nem em processos onde há muito ruído no
sinal de medição, pois causaria instabilidade no processo.
𝑡 𝑑𝑒(𝑡)
𝑢(𝑡) = 𝐾𝑝 𝑒(𝑡) + 𝐾𝑖 ∫0 𝑒(𝜏)𝑑𝜏 + 𝐾𝑑 (9)
𝑑𝑡
Onde,
Kp = Ganho Proporcional;
Ki = Ganho Integral;
Kd = Ganho Derivativo;
e = Erro;
t = Tempo;
𝜏 = Tempo de integração.
𝐾𝑖
𝐿(𝑠) = 𝐾𝑝 + + 𝐾𝑑 𝑠 (10)
𝑠
Onde,
s = Frequência Complexa.
Seu principal objetivo é fazer com que a variável se mantenha, ao longo do tempo, o
mais próximo possível do valor desejado, uma vez que, os processos industriais
tendem a se afastar dos set-points definidos, pelo efeito de perturbações ou por
mudanças no valor desejado. Assim o controle automático possui duas funções
básicas. (GARCIA, 2018)
Sendo elas:
Logo, conclui-se que, com a automação da injetora, ao qual está sendo mostrado
nesse relatório, ligado ao controle de processos, espera-se que seja obtido um
aumento na eficiência da produção, uma redução no refugo e uma diminuição dos
desperdícios durante o processo. Uma vez que todo o ciclo será padronizado e as
etapas manuais reduzidas, tendo um controle mais preciso pela automação.
39
3. METODOLOGIA
A Decoralita, apesar de constante e bem desenvolvida, é uma empresa que teve seu
processo pouco atualizado com o passar dos anos, gerando uma grande necessidade
de melhoria por parte tecnológica e metodológica para melhor desenvolver eficiência
do seu processo. Tal processo, viu-se ineficaz com o tempo, gerando um ritmo pouco
constante e também com um alto índice de perda de insumos no processo, o que
acaba por inviabilizar o mesmo. Acompanhando o processo de produção e realizando
estudos baseados no fluxo de produção foi visto que a mesma necessitava de um
mapa de fluxo bem definido e também uma melhoria em seu ferramental, no caso a
injetora de massa dos moldes. Logo, foi iniciado o estudo para a automação do
processo de injeção, afim de reduzir a carga de trabalho manual do operador, reduzir
a perda de matéria prima e otimizar o tempo do processo, aumentando a qualidade e
a produtividade.
Após o estudo, será dado início a etapa de estratificação e catalogação dos moldes
utilizados, e a estruturação do fluxograma do processo, junto a isso, será executado
o estudo de capacidade de cada produto para obtenção da eficiência total. Utilizando
a eficiência como set-point para a produção e determinando as variáveis diretas do
processo, será feito a formulação da função transferência e a definição do método de
controle adaptativo mais apropriado. Com a sistematização e definição do método, o
controle será aplicado e as respostas obtidas serão comparadas com a resposta ideal
para análise. Para cada amostra inicial do processo fora do padrão, será realizada
uma etapa de correção para os próximos moldes. Para finalizar, será feita a avaliação
final dos resultados e construção da conclusão das possíveis melhorias da aplicação
do estudo proposto.
41
4. CRONOGRAMA
LEGENDA
Em Andamento
Concluído
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DORF, R.C.; BISHOP, R.H. Sistemas de Controle Modernos - 13ª edição. Rio de
Janeiro: LTC, 2018.
FSF METALÚRGICA. Método para calcular a vazão. FSF Metalúrgica. Disponível em:
<https://www.fsfmetalurgica.com/artigos/metodo-para-calcular-vazao>. Acesso em:
02 de maio de 2022.
43
HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções: 1789-1848. São Paulo: Ed. Paz e Terra,
2010.
RUSSEL, John. Química Geral. 2ª. Edição. São Paulo: Editora Pearson Education,
julho de 2014.
equipamentos/zuba-comercio-de-maquinas-e-equipamentos-
ltda/produtos/maquinas-ferramenta/injetora-vertical> Acesso em: 30 de abril de 2022.
TRAVEL CHINA GUIDE. Sistema de Irrigação Dujiangyan. Travel China Guide, 2022.
Disponível em:
<https://www.travelchinaguide.com/attraction/sichuan/chengdu/dujiangyan.htm>.
Acesso em: 03 de maio de 2022.
ANEXO